Apostila Madeiras Ivar Hortegal
Apostila Madeiras Ivar Hortegal
Apostila Madeiras Ivar Hortegal
SÃO LUÍS
MARANHÃO
14
1 INTRODUÇÃO
Espera-se que este trabalho seja de grande valia para a comunidade técnica
que projeta e trabalha com as estruturas de madeira.
16
2.1 Classificação
Em fins do século XIX o reino Vegetal foi dividido em dois grandes grupos:
criptógamas e fanerógamas. Criptógamas são vegetais que não possuem flores e
nem sementes, sendo as espécies mais simples deste reino, enquanto que
fanerógamas são vegetais mais evoluídos, que formam sementes para a sua
reprodução.
Fanerógamas
Grupo de Plantas Superiores
Gimnospermas Angiospermas
(Hemisfério Norte) (Hemisfério Sul)
2.1.1 Gimnosperma
2.1.2 Angiosperma
As monocotiledôneas apresentam caule do tipo colmo (caule aéreo com nós bem
nítidos, como o da cana e o do bambu) e do tipo estipe (caule aéreo longo e cilíndrico,
apresentam caule do tipo tronco (caule aéreo lenhoso com ramificações densas, como o
do ipê, do jequitibá, etc.) e do tipo haste (caule flexível, como o das ervas em geral).
18
Dessa maneira, podemos concluir que as madeiras utilizadas para fins estruturais são as
coníferas e as dicotiledôneas.
Figura 3 –Dicotiledônea. Mangueira
(Fonte: The 1996 Grolier Multimedia Encyclopedia)
alburno, onde está localizado o tecido dotado de vasos lenhosos (elementos anatômicos
ocos da madeira).
elaborada ou orgânica.
A seiva elaborada é uma solução rica em compostos orgânicos, sendo a principal fonte
de energia das células vivas. O seu transporte é realizado por um tecido denominado
líber ou floema, localizado nas regiões internas da casca. Com condução descendente,
parte da solução desloca-se para a raiz e outra radialmente para o interior da árvore,
2.3.1 Lenho
2.3.2 Casca
2.3.3 Câmbio
O câmbio é uma camada de células situada entre o xilema e o floema, cuja função é a de
gerar novas células (tecido meristemático). Essas novas células irão formar os tecidos
Essa identificação é mais visível em vegetais que são encontrados em regiões de clima
luz e água, a atividade cambial é muito intensa, formando células que são caracterizadas
outono até cessar por completo no inverno, que devido a escassez de luz e água,
apresentam uma tonalidade mais escura (lenho tardio ou primaveril). O ciclo anual da
O lenho de uma árvore é composto por uma região mais escura localizada no seu
centro (cerne), que é caracterizado como sendo a região mais resistente e mais densa, de
vasos lenhosos mais antigos. A outra região (alburno), mais clara, é localizada nas
proximidades do câmbio, que é a região jovem do tronco, onde as atividades dos vasos
lenhosos ainda são atuantes, sendo, dessa maneira, uma região mais úmida e menos
resistente.
tronco. Dessa maneira, à medida que a árvore cresce, a sua parte mais central distancia-
horizontal.
23
2.3.7 Medula
É a parte mais central do tronco, que resulta da primeira fase do crescimento vertical. A
medula tem função de armazenar substâncias nutritivas, e por ser constituída de tecido
Por se tratar da região de resistência mais baixa, essa parte do tronco é completamente
Para fins de estruturas de madeira, o engenheiro deve saber apenas o básico em relação
às estruturas microscópicas do tronco. Saber como são estes elementos e como eles se
estrutural.
24
medulares. Os raios medulares são encontrados tanto nas coníferas quanto nas
Além dos raios medulares, as coníferas são constituídas principalmente por traqueídes, e
Coníferas:
2.4.1 Traqueídes
Dicotiledôneas:
2.4.2 Vasos
2.4.3 Fibras
equação abaixo:
luz e clorofila
CO2 + 2H2O + 112,3 cal CH2O + H2O + O2
Carbono 50,00%
Oxigênio 43,00%
Hidrogên 6,10%
io
Nitrogêni 0,04% -
o 0,20%
Cinzas 0,26% -
0,60%
corantes, etc.
Coníferas Dicotiledôneas
Celulose 48 – 56% 46 – 48%
Hemicelulos 23 – 26% 19 – 28%
e
Lignina 26 – 30% 26 – 35%
3.1.1 Celulose
A celulose é um polímero formado de até 3000 elementos que constitui as paredes
das fibras, vasos e traqueídes. A sua fórmula geral é n.(C6H10O5), e a sua fórmula
Lateralmente, as cadeias de celulose, através das suas oxidrilas (OH), são ligadas por
pontes de hidrogênio:
moléculas de água:
A formação dessa molécula origina a água de impregnação. A saída dessa água gera
3.1.2 Lignina
inchamento.
4.1 Umidade
A quantidade de água existente na madeira influi nas suas demais propriedades físicas.
anatômicos. Teoricamente, esse tipo de água não afeta a resistência da madeira, porém a
sua saída brusca em uma secagem pode provocar tensões capilares e trincamento da
peça.
é água de impregnação (em torno de 33%). A perda de água da madeira até esse ponto
não gera problemas para a sua estrutura. A partir desse ponto, a sua secagem requer
mais cuidados para evitar defeitos, pois ela é acompanhada pela retração e aumento de
m1 − m 2
U= ⋅ 100 (%)
m2
Onde:
secagem natural a madeira estabiliza a sua umidade entre 12% e 15%, pois existe um
4.2 Densidade
umidade.
aparente.
somente o seu valor de ocupação do material. Ela é obtida através da densidade das
paredes dos elementos anatômicos. Cientificamente, ela já foi calculada e seu valor é de
Pu
daparente =
V aparente
35
Onde:
Observe na figura 17 que para um material com mesma densidade e umidades diferentes
densidade correspondente à umidade de 12%. Neste trabalho, na Tabela 13, página 51,
seção uniforme.
Onde:
L'
P barra = E água → d ⋅ S ⋅ L = 1⋅ S ⋅ L' d=
L
38
Onde:
ressaltar que o IPT usa esta metodologia substituindo a água por mercúrio, pois os
vazios da madeira não são preenchidos por este líquido, dando uma maior precisão para
a determinação da densidade.
relação a três eixos perpendiculares entre si: axial, radial e tangencial. As diferenças das
retração, que ocorre em porcentagens diferentes nas direções tangencial, radial e axial.
Isso explica a maior parte dos defeitos que ocorrem com a secagem da madeira, tais
gerar problemas de torção nas peças de madeira. A retração radial, com 6% de variação
Podemos observar, através do gráfico acima, que variações de umidade acima do ponto
de saturação (33%) não acarretam retrações nas peças. Fato este também observado em
D n − D o ⋅ 100 (%)
Rn =
Dn
41
Onde:
Dn − Do
In = ⋅ 100 (%)
Dn
Onde:
Estes defeitos podem ser minimizados efetuando-se uma secagem com controle
rigoroso.
43
Conforme a NBR 7190: 1997, são os que pela sua simples ocorrência
determinam a paralisação, no todo ou em parte, do uso da construção, atingindo
de imediato a situação de colapso.
Sd ≤ Rd
Onde:
Sd Solicitação de cálculo
Rd Resistência de cálculo da madeira
R k = 0,7 ⋅ R m R k = R m ⋅ (1 − 1,645 ⋅ δ )
Rk
R d = K mod ⋅ ou
γw
Onde:
Kmod Coeficiente de modificação que leva em conta fatores não previstos por
γw, tais como classe de carregamento, classe da madeira, classe de umidade, etc.
Valor obtido a partir das Tabelas 16, 17 e 18, págs. 54 a 55, deste trabalho
São ações que ocorrem com valores constantes ou com pequena variação
em torno de sua média durante a vida da construção. Exemplo: peso próprio da
estrutura
46
a) Carga permanente;
b) Cargas acidentais verticais;
c) Impacto vertical;
d) Impacto lateral;
e) Forças longitudinais;
f) Força centrífuga;
g) Vento.” (ABNT, 1997, p. 9)
Combinações Normais:
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Onde:
AÇÃO TABELA
Ações permanentes de pequena variabilidade (γg)
Peso da madeira classificada estruturalmente cuja densidade tenha Tabela 5
coeficiente de variação não superior a 10%
Ações permanentes de grande variabilidade (γg)
Peso próprio da estrutura não supera 75% da totalidade dos pesos Tabela 6
permanentes
Ações permanentes indiretas (γε)
Tabela 7
Efeitos de recalques de apoio e de retração dos materiais
Ações variáveis (γq) Tabela 8
Ações variáveis secundárias (ψ0) Tabela 9
Ações variáveis secundárias de longa duração (ψ0,ef)
Igual ao coeficiente para ações variáveis secundárias (ψ0). Quando
Tabela 9
a ação variável principal (Fq1) tiver um tempo de atuação muito
pequeno ψ0,ef = ψ2
Tabela 04 – Caracterização das ações e as referentes tabelas de coeficientes
Ações Variáveis
Ações variáveis em geral Efeitos da
Combinações
incluídas as cargas acidentais temperatura
Normais γq = 1,4 γε = 1,2
Especiais ou de
γq = 1,2 γε = 1,0
Construção
Excepcionais γq = 1,0 γε = 0
Tabela 08 – (Fonte: NBR 7190: 1997)
Fatores de Minoração
Ações em estruturas correntes ψ0 ψ1 ψ2
- Variações uniformes de temperatura em relação à média anual
0,6 0,5 0,3
local
- Pressão dinâmica do vento 0,5 0,2 0
Cargas acidentais dos edifícios ψ0 ψ1 ψ2
- Locais em que não há predominância de pesos de
0,4 0,3 0,2
equipamentos fixos, nem de elevadas concentrações de pessoas
- Locais onde há predominância de pesos de equipamentos fixos,
0,7 0,6 0,4
ou de elevadas concentrações de pessoas
- Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens 0,8 0,7 0,6
Cargas móveis e seus efeitos dinâmicos ψ0 ψ1 ψ2
- Pontes de pedestres 0,4 0,3 0,2*
- Pontes rodoviárias 0,6 0,4 0,2*
- Pontes ferroviárias (ferrovias não especializadas) 0,8 0,6 0,4*
* Admite-se ψ2 = 0 quando a ação variável principal corresponde a um efeito sísmico
Tabela 09 – (Fonte: NBR 7190: 1997)
m n
F d,uti = ∑ F gi,k + ∑ ψ 2 j ⋅ F qj,k
i =1 j =1
Onde:
Efetuar a combinação das ações para o estado limite último e para o estado
limite de utilização
Solução:
Fd = 3683,75 daN
54
6 PROPRIEDADES DA MADEIRA
CONSIDERADAS NO DIMENSIONAMENTO
6.1 Densidade
6.2 Resistência
Coníferas
(Valores na condição padrão de referência U = 12%)
fcok fvk Eco,m ρbas,m ρaparente
Classe
(MPa) (MPa) (MPa) (kg/m3) (kg/m3)
C 20 20 4 3500 400 500
C 25 25 5 8500 450 550
C 30 30 6 14500 500 600
Tabela 11 – Classes de resistência das coníferas
(Fonte: NBR 7190: 1997)
Dicotiledôneas
(Valores na condição padrão de referência U = 12%)
fcok fvk Eco,m ρbas,m ρaparente
Classe
(MPa) (MPa) (MPa) (kg/m3) (kg/m3)
C 20 20 4 9500 500 650
C 30 30 5 14500 650 800
C 40 40 6 19500 750 950
C 60 60 8 24500 800 1000
Tabela 12 – Classes de resistência das dicotiledôneas
(Fonte: NBR 7190: 1997)
Onde:
Eo
E90 =
20
6.4 Umidade
3.(U% − 12)
• Resistência f 12 = f U% .1 +
100
2.(U% − 12)
• Elasticidade E12 = EU% .1 +
100
Rk = 0,7 . Rm
Onde:
Rk
R d = K mod ⋅
γw
Onde:
Valores de Kmod,1
TIPOS DE MADEIRA
Classes do carregamento Madeira serrada
Madeira laminada colada Madeira recomposta
Madeira compensada
Permanente 0,60 0,30
Longa duração 0,70 0,45
Média duração 0,80 0,65
Curta duração 0,90 0,90
Instantânea 1,10 1,10
Tabela 16
(Fonte: NBR 7190: 1997)
Valores de Kmod,2
Madeira serrada
Classe de umidade Madeira laminada colada Madeira recomposta
Madeira compensada
(1) e (2) 1,0 1,0
(3) e (4) 0,8 0,9
Tabela 17
(Fonte: NBR 7190: 1997)
61
Valores de Kmod,3
Categoria da madeira Kmod,3
Madeira de primeira categoria. Passou por classificação visual e 1,0
mecânica.
Madeira de segunda categoria. 0,8
Tabela 18
(Fonte: NBR 7190: 1997)
SOLICITAÇÃO γw
Compressão paralela às fibras 1,4
Tração paralela às fibras 1,8
Cisalhamento paralelo às fibras 1,8
Tabela 19 – Valores de γw para estados limites últimos
(Fonte: NBR 7190: 1997)
A partir dos ensaios pode-se definir o valor médio das propriedades, e o seu
respectivo valor característicos definido no item B.3 (pág.48) da norma. Lembrar
que esse valor característico também pode ser definido como 70% do valor médio
obtido por laboratórios idôneos (Tabela 13, pág. 51).
F co,máx
f co =
S
Onde:
Eco =
σ50% − σ10%
ε50% − ε10%
Onde:
Elementos Geométricos:
Iz Momento de Inércia em torno do eixo z
Iy Momento de Inércia em torno do eixo y
iz Raio de giração em torno do eixo z
iy Raio de giração em torno do eixo y
S Área da seção transversal
λ= Lo
imín
Onde:
Lo Comprimento de flambagem
imín Raio de giração mínimo
Imín
imín =
S
Onde:
σco,d ≤ fco,d
Onde:
68
curta.
Onde:
λ= Lo
λ ≤ 40 Lo Comprimento de Flambagem (pág. 60)
imín Imín Raio de giração mínimo (pág. 60)
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Onde:
f co,k Kmod Coeficiente de modificação (pág. 54)
f co,d = K mod ⋅
γw fco,k Resistência característica à compressão
paralela às fibras (págs. 50 e 51)
γw Coeficiente de minoração (pág. 55)
Onde:
Fd Fd Carga de cálculo (item 2)
σ co,d =
S S Área da seção transversal
σco,d ≤ fco,d
Considere uma barra bi-rotulada com dimensões de 10cm X 17,5cm de ipê amarelo,
Solução:
b ⋅ h3 17,5 ⋅ (10 )3
Iy = = = 1458,33 cm 4 (Momento de Inércia em torno de y)
12 12
71
b ⋅ h 3 10 ⋅ (17,5 )3
Iz = = = 4466,15 cm 4 (Momento de Inércia em torno de z)
12 12
Iy 1458,33
iy = = = 2,89cm (Raio de Giração em torno de y)
S 175
Iz 4466,15
iz = = = 5,05cm (Raio de Giração em torno de z)
S 175
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Fd = 6002,50 daN
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
0,7 pela resistência média encontrada por laboratórios idôneos, como apresentado na pág. 53
deste trabalho.
532
f co,d = 0,48 ⋅
1,4
σco,d = FSd
6002,50
σco,d = 175
σNd σMd
+ ≤1
f co,d f co,d
Onde:
Onde:
λ= Lo
40 < λ ≤ 80 Lo Comprimento de Flambagem (pág. 60)
imín Imín Raio de giração mínimo (pág. 60)
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Onde:
f co,k Kmod Coeficiente de modificação (pág. 54)
f co,d = K mod ⋅
γw fco,k Resistência característica à compressão
paralela às fibras (págs. 50 e 51)
γw Coeficiente de minoração (pág. 55)
Fd Onde:
σNd =
S Fd Carga de cálculo (item 2)
S Área da seção transversal
77
Onde:
Md Md Momento de cálculo atuante
σMd = ⋅y
Imín Imín Momento de inércia mínimo da seção
y Distância entre o eixo de menor inércia e
a extremidade da seção
• Md = Nd ⋅ e d Onde:
Nd Carga normal de cálculo atuante (Fd)
e d Excentricidade de cálculo
FE
• e d = e1 ⋅ Onde:
FE − N d e1 Soma das excentricidades inicial e
acidental
FE Carga crítica de Euler
Nd Carga normal de cálculo atuante (Fd)
• e1 = ei + ea Onde:
ei Excentricidade inicial.
Para treliça ei = 0, ou qualquer
solicitação onde não há M1d atuante.
ea Excentricidade acidental
78
Atuando Mz, h = H
Atuando My, h = B
Lo
• ea = Onde:
300
Lo Comprimento de flambagem
79
π 2 ⋅ E co,ef ⋅ Imín
• FE = Onde:
L o2 Eco,ef Módulo de elasticidade efetivo
Imín Momento mínimo de inércia
Lo Comprimento de flambagem
σNd σMd
+ ≤1
f co,d f co,d
Considere uma barra bi-rotulada com dimensões de 10cm X 17,5cm de ipê amarelo,
Solução:
b ⋅ h 3 17,5 ⋅ (10 )3
Iy = = = 1458,33 cm 4 (Momento de Inércia em torno de y)
12 12
b ⋅ h3 10 ⋅ (17,5 )3
Iz = = = 4466,15 cm 4 (Momento de Inércia em torno de z)
12 12
Iy 1458,33
iy = = = 2,89cm (Raio de Giração em torno de y)
S 175
Iz 4466,15
iz = = = 5,05cm (Raio de Giração em torno de z)
S 175
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Fd = 6002,50 daN
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
0,7 pela resistência média encontrada por laboratórios idôneos, como apresentado na pág. 53
deste trabalho.
532
f co,d = 0,48 ⋅ fco,d = 182,40 daN/cm²
1,4
σNd = FSd
84
σNd =
6002,50
σNd = 34,30 daN/cm²
175
Md
σMd = ⋅y
Imín
π 2 ⋅ E co,ef ⋅ Imín
FE =
L o2
e1 = ei + ea
Lo 200
ea = = = 0,67cm
300 300
e1 = 0 + 0,67 = 0,67cm
FE
e d = e1 ⋅
E
F − N d
31108,18
e d = 0,67 ⋅ = 0,83cm
31108,18 − 6002,50
Md = Nd ⋅ e d
Md
σMd = ⋅y
Imín
4982,08
σMd = 1458,33 ⋅ 5 σMd = 17,08 daN/cm²
“As peças esbeltas, definidas pelo índice de esbeltez λ > 80, não se
permitindo valor maior que 140, são submetidas na situação de
projeto à flexo-compressão com os esforços de cálculo Nd e Md”.
(ABNT, 1997, p. 25)
σNd σMd
+ ≤1
f co,d f co,d
Onde:
longa ou esbelta.
Onde:
λ= Lo
λ > 80 Lo Comprimento de Flambagem (pág. 60)
imín Imín Raio de giração mínimo (pág. 60)
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Onde:
f co,k Kmod Coeficiente de modificação (pág. 54)
f co,d = K mod ⋅
γw fco,k Resistência característica à compressão
paralela às fibras (págs. 50 e 51)
γw Coeficiente de minoração (pág. 55)
Fd Onde:
σNd =
S Fd Carga de cálculo (item 2)
S Área da seção transversal
Onde:
Md Md Momento de cálculo atuante
σMd = ⋅y
Imín Imín Momento de inércia mínimo da seção
y Distância entre o eixo de menor inércia e
a extremidade da seção
FE
• Md = Nd ⋅ e1,ef ⋅ Onde:
E
F − N d Nd Carga normal de cálculo atuante (Fd)
e1,ef Excentricidade efetiva de 1a ordem
FE Carga crítica de Euler
90
• e1,ef = e1 + ec Onde:
e1,ef = ei + ea + ec ei Excentricidade inicial.
Para treliça ei = 0, ou qualquer
solicitação onde não há M1d atuante.
ea Excentricidade acidental
ec Excentricidade suplementar
Atuando Mz, h = H
Atuando My, h = B
Lo
• ea = Onde:
300
Lo Comprimento de flambagem
• (
ec = (eig + e a) ⋅ e c − 1 ) Onde:
eig Excentricidade inicial devido às
cargas permanentes.
Para treliça eig = 0, ou qualquer
solicitação onde não há M1d atuante.
ea Excentricidade acidental
e Base neperiana. e ≅ 2,7183
c Expoente da base neperiana
M1g,d
• eig = Onde:
Ngd
M1g,d Momento de cálculo devido às ações
permanentes
Ngd Carga normal de cálculo atuante devido
às ações permanentes
Onde:
• c=
[
φ ⋅ Ngk + (Ψ 1 + Ψ 2 ) ⋅ Nqk ] φ Coeficiente de fluência
[
FE − Ngk + (Ψ 1 + Ψ 2 ) ⋅ Nqk ] Ngk Valor característico da força normal
devido às cargas permanentes
Nqk Valor característico da força normal
devido às cargas variáveis
ψ1 e ψ2 Coeficientes de minoração
(pág. 45)
FE Carga crítica de Euler
92
Classes de umidade
Classes de carregamento
(1) e (3) e
(2) (4)
Permanente ou de longa duração 0,8 2,0
Média duração 0,3 1,0
Curta duração 0,1 0,5
π 2 ⋅ E co,ef ⋅ Imín
• FE = Onde:
L o2 Eco,ef Módulo de elasticidade efetivo
Imín Momento mínimo de inércia
Lo Comprimento de flambagem
σNd σMd
+ ≤1
f co,d f co,d
93
7.5.2.1 Exemplo 1
Considere uma barra bi-rotulada com dimensões de 10cm X 17,5cm de ipê amarelo,
Solução:
b ⋅ h 3 17,5 ⋅ (10 )3
Iy = = = 1458,33 cm 4 (Momento de Inércia em torno de y)
12 12
94
b ⋅ h 3 10 ⋅ (17,5 )3
Iz = = = 4466,15 cm 4 (Momento de Inércia em torno de z)
12 12
Iy 1458,33
iy = = = 2,89cm (Raio de Giração em torno de y)
S 175
Iz 4466,15
iz = = = 5,05cm (Raio de Giração em torno de z)
S 175
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Fd = 6002,50 daN
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
0,7 pela resistência média encontrada por laboratórios idôneos, como apresentado na pág. 53
deste trabalho.
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
532
f co,d = 0,48 ⋅ fco,d = 182,40 daN/cm²
1,4
σNd = FSd
σNd =
6002,50
σNd = 34,30 daN/cm²
175
Md
σMd = ⋅y
Imín
π 2 ⋅ E co,ef ⋅ Imín
FE =
L o2
c=
[
φ ⋅ Ngk + (Ψ 1 + Ψ 2 ) ⋅ Nqk ]
[
FE − Ngk + (Ψ 1 + Ψ 2 ) ⋅ Nqk ]
Sobrecarga:
99
Vento:
e1,ef = ei + ea + ec
Lo 300
ea = = = 1cm
300 300
( )
ec = (eig + ea ) ⋅ e c − 1 = (0 + 1) ⋅ (2,7183
0,31 − 1) = 0,36cm
13825,86
Md = 6002,50 ⋅ 1,36 ⋅ Md = 14426,80 daN.cm
13825,86 − 6002,50
Md
σMd = ⋅y
Imín
σMd =
14426,80
⋅5 σMd = 49,46 daN/cm²
1458,33
através de peças interpostas (caso do exemplo que será apresentado), a norma dispensa
S1 = b1 ⋅ h1
b1 ⋅ h13 h1 ⋅ b13
I1 = I2 =
12 12
b) Seção composta:
S = n ⋅ S1
I z = n ⋅ I1
I y = n ⋅ I 2 + 2 ⋅ S1 ⋅ a12
I y,ef = β I ⋅ I y
I 2 ⋅ m2
βI =
I 2 ⋅ m2 + α y ⋅ I y
Onde:
L
m=
L1
A verificação deve ser feita como se a peça fosse maciça de seção transversal com área
σNd σMd
+ ≤ 1 , como verificado nos exemplos anteriores deste trabalho.
f co,d f co,d
Nd Md ⋅ I 2 Md I
+ + ⋅ 1 − n ⋅ 2 ≤ f co,d
S I y,ef ⋅ W 2 2 ⋅ a1 ⋅ S1 I y,ef
104
I2
Onde, W 2 =
b1 / 2
peça. A fixação destes tarugos deve ser feita por ligações rígidas com pregos ou
parafusos. Maiores detalhes sobre esta ligação pode ser obtida no item 8 da norma
7.5.2.2.2 Exemplo 2
seguintes ações:
Obs: O tarugo não é utilizado em toda a extensão da peça. Dessa maneira ele não é
Solução:
S1 = b1 ⋅ h1 = 7,5 . 20 = 150cm²
h1 ⋅ b13 20 ⋅ (7,5 )3
I2 = = = 703,13cm4
12 12
S = n ⋅ S1 = 2 ⋅ 150 = 300cm²
I z = n ⋅ I1 = 2 ⋅ 5000 = 10000cm
4
L 300
m= = =3
L1 100
107
I 2 ⋅ m2 703,13 ⋅ (3 )2
βI = = = 0,2784
I 2 ⋅ m 2 + α y ⋅ I y 703,13 ⋅ (3 )2 + 1,25 ⋅ 13125,01
Iz 10000
iz = = = 5,77cm
S 300
I y,ef 3654,01
i y,ef = = = 3,49cm
S 300
300
λ= Lo
= = 85,96
imín 3,49
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Fd = 6002,50 daN
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
0,7 pela resistência média encontrada por laboratórios idôneos, como apresentado na pág. 53
deste trabalho.
532
f co,d = 0,48 ⋅ fco,d = 182,40 daN/cm²
1,4
π 2 ⋅ E co,ef ⋅ Imín
FE =
L o2
c=
[
φ ⋅ Ngk + (Ψ 1 + Ψ 2 ) ⋅ Nqk ]
[
FE − Ngk + (Ψ 1 + Ψ 2 ) ⋅ Nqk ]
Sobrecarga:
Vento:
112
e1,ef = ei + ea + ec
Lo 300
ea = = = 1cm
300 300
( )
ec = (eig + ea ) ⋅ e c − 1 = (0 + 1) ⋅ (2,7183
0,102 − 1) = 0,11cm
FE
Md = Nd ⋅ e1,ef ⋅
FE − N d
34642,25
Md = 6002,50 ⋅ 1,11⋅ Md = 8059,20 daN.cm
34642,25 − 6002,50
113
7) Determinação do valor W2
I2 703,13
W2 = = = 187,50
b1 / 2 (7,5 / 2)
Nd Md ⋅ I 2 Md I
+ + ⋅ 1 − n ⋅ 2 ≤ f co,d
S I y,ef ⋅ W 2 2 ⋅ a1 ⋅ S1 I y,ef
B
114
“A madeira submetida a
esforços de
compressão normal às
suas fibras tem Figura 39 –(Fonte:
Compressão normal às fibras
Calil Junior, 2000)
comportamento
peculiar: inicialmente as deformações mantêm-se
proporcionais às cargas, mas, a partir de certo estágio de
carregamento, o limite de proporcionalidade, as
deformações crescem rapidamente com pequenos
acréscimos de carga. Esse ensaio não apresenta, entretanto
ruptura no sentido usual da palavra: geralmente o corpo de
prova fica apenas esmagado” (HELLMEISTER, 1977).
Trecho Característica
OA Zona elástica onde os anéis de crescimento trabalham em conjunto
AB Plastificação dos anéis mais frágeis
BC Ganho de resistência até o esmagamento
Pela NBR a tensão efetiva fc90 é obtida no trecho AB
Tabela 22 – Considerações do gráfico tensão X deformação – Comp. normal às fibras
1
f c 90,m = ⋅ f co,m
4
σc90,d ≤ fc90,d
Onde:
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Onde:
Fd Fd Carga de cálculo
σ c 90,d =
S S Área de contato onde atua o carregamento
S = a ⋅ b (Figura 41)
117
Onde:
f co,k Kmod Coeficiente de modificação (pág. 54)
f co,d = K mod ⋅
γw fco,k Resistência característica à compressão
paralela às fibras (págs. 50 e 51)
γw Coeficiente de minoração (pág. 55)
Onde:
f c 90,d = 0,25 ⋅ f co,d ⋅ α n
αn Coeficiente que depende da extensão da
carga atuante
• Coeficiente αn
Tabela 23 – Valores de αn
(Fonte: NBR 7190: 1997)
σc90,d ≤ fc90,d
Solução:
Considerações Iniciais
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
F d = 0 + 1,4 ⋅ (16000 + 0 )
120
Fd = 22400 daN
Fd
σ c 90,d =
S
22400
σ c 90,d = σc90,d = 35,61 daN/cm²
629
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
f co,k
f co,d = 0,48 ⋅ f co,d = 0,3429 ⋅ f co,k
1,4
5) Condição de segurança
σc90,d ≤ fc90,d
35,61
f co,k ≥ fco,k ≥ 415,37 daN/cm²
0,08573
415,37
f co,m ≥ fco,m ≥ 593,39 daN/cm² fco.m ≥ 59,34 MPa
0,7
Resposta:
De acordo com a Tabela 13, que apresenta propriedades de algumas
espécies de madeira, concluímos que para a utilização como dormentes no
exemplo citado acima, podemos utilizar as seguintes espécies regionais:
A partir dos ensaios pode-se definir o valor médio das propriedades, e o seu
respectivo valor característicos definido no item B.3 (pág.48) da norma. Lembrar
que esse valor característico também pode ser definido como 70% do valor médio
obtido por laboratórios idôneos (Tabela 13, pág. 51).
F to,máx
f to =
S
Onde:
σ50% − σ10%
E to =
ε 50% − ε10%
Onde:
σt0,d ≤ ft0,d
Onde:
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Onde:
Fd Fd Carga de cálculo
σ to,d =
S S Área da seção transversal onde atua o
carregamento
Onde:
f to,k Kmod Coeficiente de modificação (pág. 54)
f to,d = K mod ⋅
γw fto,k Resistência característica à tração
paralela às fibras (págs. 50 e 51)
γw Coeficiente de minoração (pág. 55)
0,77
f to,k =
f co,k
127
Onde:
σto,d ≤ fto,d
Calcule qual a altura máxima de entalhe (e), para que a peça resista ao esforço de tração.
Solução:
Considerações Iniciais
Determinação da área de tração útil (mais fraca)
S = AB . 7,5
AB = H – e = 15 – e
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Fd = 13825 daN
Fd
σ to,d =
S
13825
σ to,d =
(112,5 − 7,5 ⋅ e)
f to,k
f to,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
667,60
f to,d = 0,48 ⋅ fto,d = 178,03 daN/cm²
1,8
σto,d ≤ fto,d
13825
≤ 178,03
(112,5 − 7,5 ⋅ e)
13825 ≤ 178,03 . (112,5 – 7,5.e)
13825 ≤ 20028,38 – 1335,23 . e
– 6203,38 ≤ – 1335,23 . e .( –1)
6203,38 ≥ 1335,25 . e
131
e ≤ 4,65 cm
Resposta:
Para efeitos construtivos, adotaremos e = 4cm.
132
10 CISALHAMENTO
A partir dos ensaios pode-se definir o valor médio das propriedades, e o seu
respectivo valor característicos definido no item B.3 (pág.48) da norma. Lembrar
que esse valor característico também pode ser definido como 70% do valor médio
obtido por laboratórios idôneos (Tabela 13, pág. 51).
F v,máx
fv =
Av
τd ≤ fv,d
Onde:
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Onde:
Fd Fd Carga de cálculo
τd =
S S Área onde atua o esforço
Onde:
f v,k Kmod Coeficiente de modificação (pág. 54)
f v,d = K mod ⋅
γw fv,k Resistência característica ao
cisalhamento (págs. 50 e 51)
γw Coeficiente de minoração (pág. 55)
τd ≤ fv,d
Solução:
Considerações Iniciais
Determinação da área de cisalhamento:
S = AC . 7,5 S = f . 7,5
m n
F d = ∑ γ gi ⋅ F gi,k + γ q F q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ F qj,k
i =1 j=2
Fd = 17255 daN
137
Fd
τd =
S
17255
τd =
7,5 ⋅ f
f v,k
f v,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
91,70
f v,d = 0,48 ⋅ fv,d = 24,45 daN/cm²
1,8
τd ≤ fv,d
17255
≤ 24,45
7,5 ⋅ f
17255 ≤ 183,38 . f
17255
f≥
183,38
139
f ≥ 94,10 cm
Resposta:
Para efeitos construtivos, adotaremos f = 100cm = 1m.
11 FLEXÃO SIMPLES
Será feita uma breve exposição dos conceitos básicos de tensão normal de
flexão, tensões de cisalhamento na flexão e deflexões (elástica) em peças
fletidas, com base nas teorias elásticas apresentadas em Resistência dos
Materiais.
Iz
Wz Momento resistente da seção genérica dado por: w z = .
y máx
Onde:
M Momento atuante
dM Variável infinitesimal do momento
dX Elemento infinitesimal da peça
σ Tensão devido o momento fletor
141
M⋅ y
Na posição y tem-se σ f = (tensão de flexão), na borda inferior tem-se
Iz
M ⋅ y máx + M
tensão de tração dada por σ +f = = , e na borda superior tem-se
Iz w z+
M ⋅ y máx − M
tensão de compressão dada por σ −f = = . Nos casos de simetria da
Iz w −z
tração e compressão).
b ⋅ h3 b ⋅ h3
Iz =
12 = b ⋅ h
12 2
Iz
wz = =
h y máx h 6
y máx = 2
2
M M 6 ⋅M
σ máx
f
= = σmáx
f
.=
wz b ⋅ h2 b ⋅ h2
6
Onde:
142
Onde:
Q Esforço cortante
dQ Variável infinitesimal do esforço
143
Q ⋅ Ms
τmáx =
f b ⋅ Iz
Onde:
Q Esforço cortante
Ms Momento estático de toda a área abaixo ou acima do eixo z
b largura da seção no Centro de Gravidade (no eixo z)
Iz Momento de Inércia em torno do eixo z
h1 h2
∫
Ms = 0 y ⋅ ds ou ∫
Ms = 0 y ⋅ ds
144
h h b ⋅ h2
Ms = b ⋅ ⋅ =
2 4 8
b ⋅h 3
Iz =
12
b⋅ 2
Q ⋅ h
Q ⋅ Ms 8
τmáx = =
f b ⋅ Iz b⋅ 3
b ⋅ h
Figura 57 – Seção retangular 12
3 Q
τmáx = ⋅
f 2 b ⋅h
Onde:
Mmáx
fM =
We
Onde:
O defletômetro serve para medir as deflexões “v” para cada carga “P”.
Durante o ensaio, para cada carga “P” teremos na seção do meio do vão
uma deflexão “v”, e o diagrama tensão X deformação é dado por:
(FM,50% − FM,10%)⋅ L 3
EM =
(v 50% − v10%) ⋅ 4 ⋅ b ⋅ h3
Onde:
σc1,d ≤ fc0,d
σt2,d ≤ ft0,d
149
Onde:
b) Cisalhamento
τd ≤ fv,d
Onde:
x
Qred = Q ⋅
2⋅h
Onde:
L / 350 do vão;
L / 175 do comprimento dos balanços.
m n
F d,uti = ∑ F gi,k + ∑ ψ 2 j ⋅ F qj,k , como visto no item 5.4.4 deste trabalho.
i =1 j =1
152
Solução:
q ⋅ L 2 210 ⋅ (4,2)2
Mmáx (P) = = = 463,05 daN.m Mmáx(P) ≅ 463 daN.m
8 8
P ⋅L 100 ⋅ 4,2
Mmáx ( A ) = = Mmáx(A) = 105 daN.m
4 4
Qmáx(A) = 50 daN.m
Os valores reduzidos referem-se aos cortantes que estão localizados a uma distância
de 2.h do apoio, de acordo com a explicação apresentada neste trabalho
m n
Md = ∑ γ gi ⋅ Mgi,k + γ q Mq1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ Mqj,k
i =1 j=2
155
Md = 648,20 + 147
m n
Q d = ∑ γ gi ⋅ Q gi,k + γ q Q q1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ Q qj,k
i =1 j=2
Qd = 617,40 – 5,88.h + 70
2.1.1) Compressão
156
6 ⋅M 6 ⋅ 79520
σ c1,d = =
b ⋅ h2 10 ⋅ h 2
47712
σ c1,d =
h2
2.1.2) Tração
47712
σ t 2,d = σ c1,d =
h2
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
0,7 pela resistência média encontrada por laboratórios idôneos, como apresentado na pág. 53
deste trabalho.
532
f co,d = 0,48 ⋅
1,4
f to,k
f to,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
667,60
f to,d = 0,48 ⋅ fto,d = 178,03 daN/cm²
1,8
2.3.1) Compressão
σc1,d ≤ fco,d
47712
≤ 182,40
h2
182,40.h² ≥ 47712
h ≥ 16,17 cm
160
2.3.2) Tração
σt2,d ≤ fto,d
47712
≤ 178,03
h2
178,03.h² ≥ 47712
h ≥ 16,37 cm
8) Verificação – Cisalhamento
f v,k
f v,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
91,70
f v,d = 0,48 ⋅ fv,d = 24,45 daN/cm²
1,8
τd ≤ fv,d
162
3 (687,40 − 5,88 ⋅ h)
⋅ ≤ 24,45
2 10 ⋅ h
2062,2 − 17,64 ⋅ h
≤ 24,45
20 ⋅ h
103,11
− 0,882 ≤ 24,45
h
103,11
≤ 25,332
h
25,332.h ≥ 103,11
h ≥ 4,07 cm
m n
F d,uti = ∑ F gi,k + ∑ ψ 2 j ⋅ F qj,k
i =1 j =1
combinação (Fgi,k)
n
F d,uti = ∑ ψ 2 j ⋅ F qj,k
j =1
Fd,uti = 20 daN
5 ⋅ q ⋅L4
v máx (P) = (Conforme fórmula pág. 125)
384 ⋅ E ⋅ Iz
Onde:
q Carga distribuída
L Comprimento da viga
E Módulo de elasticidade do material
Iz Momento de inércia em torno do eixo z
De acordo com a espécie em estudo – ipê, podemos, através da Tabela 13, pág. 51,
determinar o valor do módulo de elasticidade característico como sendo:
b ⋅ h3 10 ⋅ h3
Iz = = = 0,83 ⋅ h3
12 12
P ⋅ L3
v máx ( A ) = (Conforme fórmula pág. 125)
48 ⋅ E ⋅ Iz
Onde:
165
P Carga concentrada
L Comprimento da viga
E Módulo de elasticidade do material
Iz Momento de inércia em torno do eixo z
b ⋅ h3 10 ⋅ h3
Iz = = = 0,83 ⋅ h3
12 12
P ⋅ L3 20 ⋅ (420 )3 295,00
v máx ( A ) = = =
( )
48 ⋅ E ⋅ Iz 48 ⋅ 126077 ⋅ 0,83 ⋅ h 3 h3
8130,95 295,00
v máx ( T ) = 3
+
h h3
8425,95
v máx ( T ) =
h3
166
De acordo com a norma, a deformação limite para as construções correntes nos vãos
é de:
Assim sendo a deflexão máxima deve ser menor ou igual a 2,10cm. Como
8425,95
v máx ( T ) = , temos que:
h3
8425,95
≤ 2,10
h3
h ≥ 15,89cm
Resposta:
De todos os critérios estabelecidos pela norma, a peça deve ter uma seção
transversal com base de 10cm e altura maior ou igual a 16,37cm.
12 FLEXÃO COMPOSTA
12.1 Flexo–Tração
Figura 72 – Flexo–Tração
Onde:
N Esforço de tração
ez e ey Excentricidades nos eixos z e y, respectivamente
168
Considere:
N M
A tensão de flexão composta atuante será: σ at
fc
=+ ±
S wy
N M
A máxima tração será: σ máx
fc
=+ +
S wy
N M
Na borda comprimida teremos: σ fc = + −
S wy
N M
Observe que dependendo da magnitude das tensões e a seção
S wy
Onde:
σNt,d σMy,d
Situação 1 + ≤1
f t0,d f t0,d
σNt,d σMz,d
Situação 2 + ≤1
f t0,d f t0,d
Seja um pilar de ipê, bi-rotulado suportando uma carga excêntrica como mostrado
abaixo:
Solução:
σNt,d σMy,d
Condição de Segurança: + ≤1
f t0,d f t0,d
m n
Nd = ∑ γ gi ⋅ Ngi,k + γ q Nq1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ Nqj,k
i =1 j=2
Nd = 2800 + 525
Nd = 3325 daN
m n
Md = ∑ γ gi ⋅ Mgi,k + γ q Mq1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ Mqj,k
i =1 j=2
Md = 14000 + 2625
Md = 16625 daN.cm
f to,k
f to,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
667,60
f to,d = 0,48 ⋅ fto,d = 178,03 daN/cm²
1,8
3) Tensões Atuantes
Nd 3325
σNd = =
S 10 ⋅ 15
3.3)
Md 16625
σMd = ⋅y = ⋅5
Iy 15 ⋅ 10 3
12
22,17 66,50
+ ≤1 0,50 ≤ 1 OK!!
178,03 178,03
176
12.2 Flexo–Compressão
Na flexo-compressão o esforço normal produz tensão de compressão que é
acrescida pela parcela de compressão provocada pelo momento fletor,
produzindo situações mais desfavoráveis aos problemas de flambagem para
peças esbeltas (intermediárias ou longas).
Figura 76 –Flexo-compressão
Onde:
N Esforço de compressão
ez e ey Excentricidades nos eixos z e y, respectivamente
Considere:
N M
A tensão de flexão composta atuante será: σ at
fc
=− ±
S wy
N M
A máxima compressão será: σ máx
fc
= − −
S w y
178
N M
Na borda comprimida teremos: σ fc = − +
S wy
N M
Observe que dependendo da magnitude das tensões e a seção
S wy
2
σNt,d
a) + σMz,d + k M ⋅ σMy,d ≤ 1
f f c 0,d f c 0,d
c 0,d
2
σNt,d
b) + k M ⋅ σMz,d + σMy,d ≤ 1
f f c 0,d f c 0,d
c 0,d
Onde:
2
σNt,d
Situação 1 + σMy,d ≤ 1
f f c 0,d
c 0,d
2
σNt,d
Situação 2 + σMz,d + ≤ 1
f f c 0,d
c 0,d
σNd σMd
+ ≤1
f co,d f co,d
σNd σMd
+ ≤1
f co,d f co,d
Seja um pilar de ipê, bi-rotulado suportando uma carga excêntrica como mostrado
abaixo:
Solução:
m n
Nd = ∑ γ gi ⋅ Ngi,k + γ q Nq1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ Nqj,k
i =1 j=2
Nd = 2800 + 525
Nd = 3325 daN
m n
Md = ∑ γ gi ⋅ Mgi,k + γ q Mq1,k + ∑ ψ 0 j ⋅ Mqj,k
i =1 j=2
183
Md = 21000 + 3937,50
Md = 24937,50 daN.cm
f co,k
f co,d = K mod ⋅
γw
Kmod,2 = 1,00 Classe de umidade (1), com Ueq = 12%, e madeira do tipo
pela resistência média encontrada por laboratórios idôneos, como apresentado na pág. 53 deste
trabalho.
532
f co,d = 0,48 ⋅ fco,d = 182,40 daN/cm²
1,4
3) Tensões Atuantes
Nd 3325
σNd = =
S 10 ⋅ 15
185
Md 24937,50
σMd = ⋅y = ⋅5
Iy 15 ⋅ 10 3
12
2
σNt,d
+ σMy,d ≤ 1
f f c 0,d
c 0,d
2
22,17 99,75
+ ≤1 0,56 ≤ 1 OK!!
182,40 182,40
b ⋅ h 3 15 ⋅ (10 )3
Iy = = = 1250 cm4 (Momento de Inércia em torno do eixo y)
12 12
Iy 1250
iy = = = 2,89 cm (Raio de Giração em torno do eixo y)
S 15 ⋅ 10
186
220
λ= Lo
= = 76,13
imín 2,89
σNd = FSd
187
3325
σNd = σNd = 22,17 daN/cm²
150
Md
σMd = ⋅y
Imín
π 2 ⋅ E co,ef ⋅ Imín
FE =
L o2
M1d 24937,50
ei = = = 7,5cm
Nd 3325
Lo 200
ea = = = 0,67cm
300 300
FE
e d = e1 ⋅
FE − N d
198328,88
e d = 8,17 ⋅ = 8,31cm
198328,88 − 3325
Md = Nd ⋅ e d
Md
σMd = ⋅y
Imín
27630,75
σMd = ⋅5 σMd = 110,52 daN/cm²
1250
n
F d,uti = ∑ ψ 2 j ⋅ F qj,k
j =1
Fd,uti = 75 daN
M ⋅ L2
v máx (P) = (Flecha máxima calculada pelas teorias elásticas)
9 ⋅ 3 ⋅ E ⋅ Iy
Onde:
b ⋅ h 3 15 ⋅ (10 )3
Iy = = = 1250 cm 4
12 12
vmáx(P) = 0,30 cm
M ⋅L2
v máx ( A ) = (Flecha máxima calculada pelas teorias elásticas)
9 ⋅ 3 ⋅ E ⋅ Iy
Onde:
b ⋅ h 3 15 ⋅ (10 )3
Iy = = = 1250 cm 4
12 12
vmáx(A) = 0,01 cm
vmáx(T) = 0,31 cm
De acordo com a norma, a deformação limite para as construções correntes nos vãos
é de:
Assim sendo a deflexão máxima deve ser menor ou igual a 1,10cm. Como vmáx(T) =
0,31, temos:
13 FLEXÃO OBLÍQUA
Onde:
My Mz
• Máxima compressão σ − = − − (no ponto B)
wy wz
My Mz
• Máxima tração σ + = + + (no ponto C)
wy wz
Onde:
σMz,d σMy,d
+ kM ⋅ ≤1
f wd f wd
σMz,d σMy,d
kM ⋅ + ≤1
f wd f wd
Onde:
m n
F d,uti = ∑ F gi,k + ∑ ψ 2 j ⋅ F qj,k
i =1 j =1
14 CONCLUSÃO