Apostila de Direito PT1
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Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca FUMARC e nos concursos anteriores da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: [email protected]
Bons estudos
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pessoal!
CONTEÚDO
1 – Sociedade, ordem social e ordem jurídica. Sociedade e Estado. Estado: origem, formação, ele-
5 - Agentes públicos.
Parte 1:
Sociedade, ordem social e ordem jurídica. Sociedade e Estado. Estado: origem, formação, ele-
mentos, finalidade. Estado e Direito. Estado e Governo: democracia e representação política.
Parte 2:
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Parte 3:
Agentes públicos.
O direito como um fenômeno social visa a manutenção da coerência social entre os indivíduos. As-
sim, por meio do direito é que o Estado consegue disciplinar as condutas permitidas ou não.
Através de suas regras jurídicas (normas e princípios) é possível extrair os valores e aspirações sociais,
bem como se realizar a integração do direito com os demais setores da sociedade. Como exemplo
clássico, cita-se a criação de uma lei pelo Poder Legislativa, o qual, por sua vez, compõe-se dos
representantes eleitos pelo povo.
O direto configura-se por ser um conjunto de normas que controla e aplica sua força em prol do
bem comum e da paz social. Assim, pode-se afirmar o direito como uma ciência social que apresenta
o poder coercitivo.
A sociologia jurídica, incumbe-se do estado do direito enquanto fato social, mormente ao que con-
cerne o estudo:
Por sua vez, a Dogmática Jurídica (Ciência do Direito) estuda a norma jurídica e sua aplicação prática.
A experiência humana serve como base da estruturação e fundamento da ordem jurídica, estando o
direito em contato direto com os indivíduos dentro da sociedade. Além disso, o direito é moldado
conforme os fatos e valores sociais mudam, podendo existir em um dado momento e deixar de
existir posteriormente.
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Inicialmente, tenha em mente que os conflitos sociais não se confundem com conflitos jurídicos.
Afinal, não são todos os conflitos ocorridos na sociedade que são levados ao crivo do Poder Judici-
ário.
Quando uma controvérsia social é levada ao Poder Judiciário para que o Estado-Juiz aprecie e decida,
está-se diante de uma lide - conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida - é em-
pregada quando uma controvérsia é levada à juízo para a apreciação do Estado-juiz. No entanto, é
cada vez mais frequente a solução extrajudicial dos conflitos.
Infere-se, portanto, que os conflitos podem ser solucionados através dos métodos de solução con-
sensual de conflitos. Também poderão ser resolvidos sem auxílio de nenhum aparato judicial/estatal,
quando os próprios envolvidos se acertam.
Não obstante a possibilidade de levar seus conflitos a resolução do Poder Judiciário, muitas vezes
os indivíduos procuram outros meios de solucioná-los. Por exemplo, no caso de uma criança carente
necessitando de um medicamento, em vez de acionar a justiça a mãe recorre a uma associação
beneficente.
Para que uma norma (direito) seja considerada eficaz é necessário que haja a sua observância/obe-
diência pela população.
Neste sentido, surge o chamado princípio da adequação social, segundo o qual se um comporta-
mento for socialmente aceito, não deve se considerar a conduta como ilegal.
Por sua vez, a legitimidade da ordem jurídica se funda no Estado Democrático de Direito, ou seja,
somente será válida uma norma se produzida e aplicada em conformidade à Constituição Federal,
respeitando não apenas os aspectos materiais, mas também os aspectos formais como o respeito
ao devido processo legislativo.
Assim, tendo a norma observado todos estes aspectos, estando de acordo com o sistema jurídico
vigente, será considerada legítima. Contudo, caso a norma não corresponda aos anseios da socie-
dade naquele momento será uma norma ineficaz.
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Inicialmente, é necessário compreender que Estado não se confunde com Governo, tampouco com
Administração Pública.
O Estado refere-se a uma sociedade organizada sob o viés político. Para que seja configurado o
Estado, são necessários a união de três elementos: povo, território e governo soberano:
Elementos do Estado
Povo
Território
Governo
Soberano
O Estado possui direitos e obrigações tanto na ordem interna com seus administrados, quanto na
ordem externa, com outros países.
A seu turno, o Governo é uma ordem social subjacente, que ocupa as estruturas de poder. O governo
é o responsável por conduzir a administração, nada mais é, portanto, que o modo pelo qual o Estado
é administrado.
Uma grande distinção entre Estado e Governo é a de que, enquanto o Estado é permanente, o
Governo é transitório.
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É o conjunto de poderes
Formal
e órgãos
funções legislativa,
Material administrativa e
judiciária
Por fim, tem-se que a Administração Pública é todo aparato existente à disposição dos governos a
fim de que possam ser realizados seus objetivos, sobretudo a promoção do bem comum da coleti-
vidade.
Já a União, Estados membros, DF e Municípios, possuem Autonomia que lhes garante a possibilidade
de ter:
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Tome nota
Quanto a evolução, a administração pública no brasil passou por diversas fases, iniciando pela cha-
mada Administração Pública Patrimonialista.
Surgida no início da colonização brasileira com a chegada dos portugueses em 1500, perdurou por
séculos e, apesar de ainda se ter algumas condutas dessa época (como o desvio de verbas públicas
etc), essa forma de organização fora superada.
Trata-se de uma administração que não separa o patrimônio público do patrimônio privado, o que
facilita a corrupção, nepotismo, clientelismo e outras condutas tidas como vedadas nos dias atuais.
Com as reformas produzidas por Getúlio Vargas, iniciou-se a chamada administração pública buro-
crática.
Possui como características a existência de padrões hierárquicos rígidos, gerando lentidão e inefici-
ência da administração.
Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, iniciou-se a chamada administração pública ge-
rencial. Continua sendo o modelo vigente e tem como foco não apenas administrar, mas gerir, ou
seja, possui foco no resultado. Visa servir/atender os administrados.
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O Governo é a estrutura macro que dá o funcionamento à máquina administrativa, que por sua vez
é composta pelos poderes independente e harmônicos entre si.
Quanto à governabilidade, tem-se que ela se refere às condições necessárias para o exercício do
poder pelo governo.
Nos dizeres de Santos (1997), trata das “condições sistêmicas e institucionais sob as quais se dá o
exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as relações
entre os Poderes, o sistema de intermediação de interesses”.
De acordo com definição do Banco Mundial (1992), governança é: “a maneira pela qual o poder é
exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvi-
mento”.
Por fim, outro conceito que pode cair em sua prova é o de accountability. O accounbtability está
relacionado com a prestação de contas pelos agentes de governança. As contas devem ser prestadas
de forma clara, tempestiva, compreensível etc.
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é um processo de controle
representativo das diversas entidades
sociais, como associações e ONGs as
Accountability social
quais investigam e denunciam abusos
de
poder.
Estado unitário;
Confederação; e
Federação.
O Federalismo foi adotado no Brasil, conforme aduz os primeiros artigos da Constituição Federal de
1988. Os arts. 1º ao 4º tratam dos princípios fundamentais, os quais deixam claro se tratar de uma
Federação, vejamos:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Mu-
nicípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fun-
damentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
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V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário.
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguin-
tes princípios:
I - independência nacional;
IV - não-intervenção;
VI - defesa da paz;
O Federalismo no Brasil, constitui-se pela presença de três esferas governamentais: União, Estados e
Municípios, cada qual com suas respectivas estruturas que devem conviver de forma harmônica con-
forme estabelecido pelo princípio federativo
Este equilíbrio necessário entre os entes federados, faz-se com a presença da autonomia. Sendo
certo que não há que se falar neste caso em soberania (um fundamento da República Federativa do
Brasil), mas em Autonomia.
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Atualmente, prepondera o chamado Federalismo Cooperativo, pelo qual a atuação dos entes se
dá de forma cooperativa entre eles, buscando através dos critérios de repartição de competências
estabelecidos constitucionalmente, atuarem de forma conjunta em prol da República Federativa e
da harmonia.
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