Adicionais + Inss + Ir + FGTS

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Adicional Insalubridade e Periculosidade

O artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) define insalubridade como as atividades
ou operações que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados da natureza e da intensidade do agente
e do tempo de exposição aos seus efeitos.
A existência de insalubridade no ambiente de trabalho é caracterizada por meio da realização de
perícia técnica. Ao realizar a perícia, o perito avalia todo o ambiente de trabalho, bem como todos os
equipamentos utilizados para a proteção dos trabalhadores. No final, conclui se estes são capazes de
eliminar ou neutralizar os agentes insalubres, conforme estabelece a Norma Regulamentadora 15 do
Ministério do Trabalho.
Diante do disposto no artigo 192 da CLT, o trabalho exercido em condições insalubres garante ao
trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo.
Assim, o adicional de insalubridade pode variar de acordo com o grau de insalubridade do
ambiente, e essas variações afetam diretamente o valor do benefício conforme demonstrado a seguir:
* Adicional de 40% (quarenta por cento), sobre o salário mínimo, para insalubridade de grau máximo;
* Adicional de 20% (vinte por cento), sobre o salário mínimo, para insalubridade de grau médio;
* Adicional de 10% (dez por cento), sobre o salário mínimo, para insalubridade de grau mínimo.
Já o adicional de periculosidade é caracterizado pelo risco de morte real ao qual o trabalhador é
exposto em função das atividades por ele exercidas. Nesse caso, podemos citar os trabalhadores que
trabalham com: explosivos, inflamáveis, substâncias radioativas ou ionizantes, atividades de segurança
pessoal e patrimonial que exponham o empregado a roubos, situações de violência e grave ameaça
física. Também têm direito ao adicional de periculosidade os trabalhadores que utilizam a motocicleta
para o labor. Assim, a periculosidade é definida nos artigos 193 a 196 da CLT e na Norma
Regulamentadora n. 16 do Ministério do Trabalho e Emprego, e o valor do adicional de periculosidade
corresponde a 30% sobre o salário-base do empregado.
Por fim, é importante mencionar que, não é possível cumular o adicional de periculosidade com o
de insalubridade. O trabalhador que trabalha em condições perigosas e insalubres terá direito a receber
o benefício que lhe for mais vantajoso, seja o de insalubridade ou o de periculosidade.

Adicional Noturno
Nas áreas urbanas, todo aquele que acontece entre as 22 horas de um dia às 5 horas da manhã
seguinte. Muitas profissões funcionam dessa forma, como: seguranças, motoristas de transporte público,
vigias, porteiros e trabalhadores de fábricas e indústrias. Já, nas áreas rurais, o período do trabalho
noturno começa uma hora mais cedo, às 21 horas, para plantio e colheita e duas horas mais cedo, às 20
horas, para pecuária.
Além da diferença salarial comparada aos trabalhadores diurnos, quem trabalha à noite possui
outra carga horária. Durante o dia, o valor-hora do trabalhador tem duração normal (60 minutos). Para
um funcionário noturno, entretanto, o valor-hora é contado a cada 52 minutos e 30 segundos de
trabalho, o que representa uma redução de 12,5% da hora normal.
Além dessa diferença da duração do valor-hora, o trabalhador noturno tem outra vantagem: o
direito de receber o adicional noturno, que consiste em um acréscimo de pelo menos 20% sobre o valor-
hora diurno tradicional. O adicional noturno deve ser pago tanto nas jornadas normais quanto nas horas
extras noturnas.
Calculando os Adicionais
Adicional Insalubridade
Salário mínimo: R$ 1.320,00
Adicional Insalubridade Grau Mínimo: 10% do salário mínimo – 1320 * 10% = R$ 1320,00
Adicional Insalubridade Grau Médio: 20% do salário mínimo – 1320 * 20% = R$ 264,00
Adicional Insalubridade Grau Máximo: 40% do salário mínimo – 1320 * 40% = R$ 528,00

Adicional Periculosidade
30% do Salário Base (contratual) do trabalhador
Exemplo 1: Salário base R$ 1.600,00
Adicional Periculosidade = 1600 * 30% = R$ 480,00
Exemplo 2: Salário base R$ 2.500
Adicional Periculosidade = 2500 * 30% = R$ 750,00

Adicional Noturno
O acréscimo do adicional noturno é de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora diurna, podendo esta porcentagem ser
majorado em instrumento coletivo.
Exemplo: Salário base R$ 1.600,00
Jornada mensal 220:00
Horas noturnas 120:00
Adicional noturno 20%
Salário hora = salário mensal / jornada mensal = 1600 / 220 = 7,27
Salário hora noturno = Salário hora * % do adicional noturno = 7,2727272727 * 20% = 1,45454545
Valor do adicional noturno = salário hora noturno * horas noturnas = 1,09 * 120 = R$ 174,54

Hora Extra
As horas excedentes da jornada de trabalho serão remuneradas com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da
hora normal, podendo esta porcentagem ser majorado em instrumento coletivo.
Exemplo: Salário base R$ 1.600,00
Jornada mensal 220:00
Horas extras 02:00
Adicional 50%
Salário hora = salário mensal / jornada mensal = 1600 / 220 = 7,27272727
Valor da hora extra = (salário hora normal + % do adicional de hora extra) * quantidade de horas extras = (7,27 + 50%) * 2
= R$ 21,81
Reflexo das variáveis
As verbas variáveis, tais como adicional noturno, horas extras, comissões, entre outras, quando habituais devem ser
computadas no cálculo do Descanso Semanal Remunerado. A integração das variáveis no descanso semanal
remunerado, calcula-se da seguinte forma:
Somam-se as variáveis do mês; divide-se o valor total pelo número de dias úteis do mês e multiplica-se pelo número
de DSR´s (domingos + feriados)
Exemplo: considerando o mês de Setembro/2023
Salário base R$ 1.600,00
Hora extra R$ 21,81
Reflexo das variáveis: (Soma das variáveis / dias úteis) * número de DSR´s =( 21,81 / 24) * 6 = R$ 5,45
Obs: os adicionais de insalubridade e periculosidade não são considerados verbas variáveis.

IMPORTANTE
Quando o trabalhador recebe vários adicionais, o cálculo das verbas deve respeitar a sequência abaixo:
1º adicional insalubridade / periculosidade
2º adicional noturno
3º horas extras
Quando o empregado possui adicional insalubridade ou periculosidade, este deve ser somado ao salário base para cálculo
do adicional noturno ou hora extra. E quando possuir adicional noturno, este dever ser somado ao salário base para
cálculo da hora extra, conforme exemplo a seguir:
Jornada mensal: 220:00
Mês: Junho/2022
Salário mensal: R$ 1.600,00
Adicional Periculosidade: R$ 480,00 – (1600 * 30%)
Adicional Noturno 20% (120:00): R$ 226,91 – (1600 + 480) / 220 = 9,45 * 20% = 1,89 * 120 = 226,91
Hora extra 50% (2:00): R$ 31,46 – (1600 + 480 + 226,91) / 220 = 10,48 + 50% = 15,73 * 2 = 31,46
Reflexo das variáveis: R$ 64,59 – ((226,91 + 31,46) / 24) * 6 = 64,59
TOTAL DA REMUNERAÇÃO – R$ 2.402,96
Calculo contribuição mensal - INSS

Fonte: https://www.gov.br/inss/pt-br/direitos-e-deveres/inscricao-e-contribuicao/tabela-de-contribuicao-mensal

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: ATUALMENTE O TETO DO INSS É DE R$ 7.507,49, ISSO


SIGNIFICA QUE NÃO DESCONTA INSS ACIMA DESTE VALOR. SE O TRABALHADOR RECEBE R$
7.507,49 POR MÊS, DESCONTARÁ DELE A TÍTULO DE INSS R$ 876,95. SE ELE RECEBER ACIMA
DISSO, R$ 10.000,00 POR EXEMPLO, CONTINUA DESCONTANDO APENAS ESTE MESMO VALOR
R$ 876,95. ISSO ACONTECE, POIS NENHUM TRABALHADOR NA INICIATIVA PRIVADA, SE
APOSENTA POR MAIS DE R$ 7.507,49. ESTE É O TETO PARA DESCONTO E PARA PAGAMENTO DE
BENEFICIOS.

Exemplo 1: base de cálculo de R$ 1.990,00


Este valor se encaixa na faixa de 9% da tabela.
1º passo: calcular o desconto da primeira faixa.
R$ 1.320,00 * 7,5% = R$ 99,00
2º passo: Calcular a próxima faixa de valores:
1990 (base de cálculo) – 1320 (primeira faixa já calculada) = 670,00
Em seguida, aplicamos os 9% ao valor obtido.
R$ 670,00 * 9% = R$ 60,30
3º passo: somar as parcelas encontradas = 99,00 + 60,30 = R$ 159,30
TOTAL DO DESCONTO DO INSS = R$ 159,30
Exemplo 2: base de cálculo de R$ 5.125,00
Este valor se encaixa na faixa de 14% da tabela.
1º passo: calcular o desconto da primeira faixa.
R$ 1320,00 * 7,5% = R$ 99,00
2º passo: Calcular a próxima faixa de valores:
2571,29 (valor do teto para 9%) – 1320,01 (primeira faixa já calculada) = 1251,29
Em seguida, aplicamos os 9% ao valor obtido.
R$ 1251,29 * 9% = R$ 112,61
3º passo: Calcular a próxima faixa de valores:
3856,94 (valor do teto para 12%) – 2571,30 (segunda faixa já calculada) = 1285,65
Em seguida, aplicamos os 12% ao valor obtido.
R$ 1285,65 * 12% = R$ 154,27
4º passo: Calcular a faixa final dos valores:
5125,00 (base de cálculo) – 3856,95 (terceira faixa já calculada) = 1268,06
Em seguida, aplicamos os 14% ao valor obtido.
R$ 1268,06 * 14% = R$ 177,52
5º passo: somar as parcelas encontradas = 99,00 + 112,61 + 154,27 + 177,52 = R$ 543,42
TOTAL DO DESCONTO DO INSS = R$ 543,42
Tabela de Incidência Mensal - IR

fonte: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/meu-imposto-de-renda/tabelas/2023
O imposto de renda é uma contribuição obrigatória, onde uma porcentagem da remuneração do
empregado, é direcionada ao governo. Nas empresas o Imposto de Renda Retido na Fonte, é retido em
folha de pagamento e recolhido ao governo em guia própria (DARF). NÃO EXISTE LIMITE PARA O
DESCONTO DO IR EM FOLHA.
Exemplo 1:
Remuneração (base de calculo) – R$ 4.200,00
Dependente para IR – 02
INSS descontado – R$ 413,92
CALCULANDO O IMPOSTO DE RENDA EXEMPLO
( + ) REMUNERAÇÃO ( + ) 4200,00
( – ) INSS ( – ) 413,92
( – ) DEPENDENTES ( – ) 379,18 ( 2 X 189,59)
( – ) DESCONTO SIMPLIFICADO ( – ) 528,00
( = ) VALOR LIQUIDO P IR ( = ) 3.406,90 (buscar esse valor na tabela)
( * ) ALIQUOTA DA TABELA ( * ) 15 %
( = ) VALOR DO IR ( = ) 511,03
( – ) PARCELA A DEDUZIR ( – ) 370,40
( = ) VALOR DO DESCONTO DO IR ( = ) 140,63
Exemplo 2:
Remuneração (base de calculo) – R$ 4.200,00
Dependente para IR – 00
INSS descontado – R$ 413,92

CALCULANDO O IMPOSTO DE RENDA EXEMPLO


( + ) REMUNERAÇÃO ( + ) 4200,00
( – ) INSS ( – ) 413,92
( – ) DEPENDENTES ( – ) 0,00
( – ) DESCONTO SIMPLIFICADO ( – ) 528,00
( = ) VALOR LIQUIDO P IR ( = ) 3.672,00 (buscar esse valor na tabela)
( * ) ALIQUOTA DA TABELA ( * ) 15 %
( = ) VALOR DO IR ( = ) 550,80
( – ) PARCELA A DEDUZIR ( – ) 370,40
( = ) VALOR DO DESCONTO DO IR ( = ) 180,40

CALCULO FGTS
Todo trabalhador brasileiro com contrato de trabalho formal, regido pela Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT), e, também, trabalhadores domésticos, rurais, temporários, intermitentes, avulsos,
safreiros (operários rurais que trabalham apenas no período de colheita) e atletas profissionais têm
direito ao FGTS. O diretor não empregado pode ser incluído no regime do FGTS, a critério do
empregador.
No início de cada mês, os empregadores depositam em contas abertas na Caixa, em nome dos
empregados, o valor correspondente a 8% da remuneração cada colaborador. Este valor não é
descontado do trabalhador e a alíquota é fixa, sem variações por faixa.

Exemplo: base de cálculo de R$ 2.000,00


R$ 2.000,00 * 8% = R$ 160,00

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