Trab. de Psc. Exp. E, Aplic.
Trab. de Psc. Exp. E, Aplic.
Trab. de Psc. Exp. E, Aplic.
Betinha Cristóvão
Fernando Tuaibo
Júlia Manuel Abudo
Lázaro Ngalambe
5° Grupo
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2024
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Betinha Cristóvão
Fernando Tuaibo
Júlia Manuel Abudo
Lázaro Ngalambe
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2024
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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 4
Objetivos Gerais: .......................................................................................................... 4
Objetivos Específicos: .................................................................................................. 4
Conceito de mediação ................................................................................................... 5
Mediação completa e parcial ........................................................................................ 5
Mediação completa ....................................................................................................... 5
Mediação parcial ........................................................................................................... 5
Conceito de estatistica .................................................................................................. 6
Entrevista ...................................................................................................................... 6
Tipos de entrevistas ...................................................................................................... 6
Vantagens e limitações ................................................................................................. 7
Vantagens: .................................................................................................................... 7
Limitações ..................................................................................................................... 7
Preparação da entrevista ............................................................................................... 8
Diretrizes da entrevista ................................................................................................. 8
Questionário ................................................................................................................ 10
Vantagens e desvantagens .......................................................................................... 10
Vantagens: .................................................................................................................. 10
Desvantagens: ............................................................................................................. 11
Processo de elaboração ............................................................................................... 11
O pré-teste ................................................................................................................... 11
Classificação das perguntas ........................................................................................ 12
Conteúdo, Vocabulário, Bateria. ................................................................................. 12
Ordem das perguntas .................................................................................................. 12
Vantagens e desvantagens .......................................................................................... 13
Vantagens: .................................................................................................................. 13
Desvantagens: ............................................................................................................. 14
Testes psicologicos ..................................................................................................... 14
Escalas de mediação ................................................................................................... 15
Escalas de medidas da variaveis ................................................................................. 15
Escalas nominais ......................................................................................................... 15
Escala ordinal .............................................................................................................. 16
Escala intervalar .......................................................................................................... 16
Escalas proporcionais ou de razão .............................................................................. 16
Conclusão.................................................................................................................... 18
Referências .................................................................................................................. 19
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Introdução
Este trabalho tem como objetivo fornecer uma introdução abrangente ao
conceito de mediação e sua relação com a estatística, além de explorar as principais
ferramentas utilizadas nesse processo. Começaremos discutindo o conceito de mediação
e sua importância na psicologia, destacando sua aplicação em diferentes contextos e
suas contribuições para a compreensão do comportamento humano. Em seguida,
abordaremos as entrevistas e questionários como métodos de coleta de dados
amplamente utilizados na pesquisa psicológica. Exploraremos suas características,
vantagens e desafios, destacando suas aplicações práticas e a importância de uma
abordagem adequada na elaboração e administração desses instrumentos.
Ao final deste trabalho, espera-se que o leitor tenha uma compreensão mais
abrangente sobre o processo de mediação, as ferramentas utilizadas nesse processo e sua
importância na pesquisa e prática psicológica.
Objetivos Gerais:
Introduzir o conceito de mediação e sua aplicação na psicologia, destacando sua
importância na compreensão de relações entre variáveis.
Explorar o papel dos métodos de coleta de dados, como entrevistas,
questionários e testes psicológicos, na investigação de fenômenos mediados.
Objetivos Específicos:
Conceito de mediação
O conceito de mediação, segundo Baron e Kenny (1986) e Preacher e Hayes
(2004, 2008), refere-se à explicação da relação entre uma variável preditora e uma
variável de resultado por meio de uma ou mais variáveis intermediárias, chamadas de
mediadoras. Isso implica uma relação de causalidade e temporalidade, onde a variável
independente afeta o mediador, que por sua vez influencia a variável dependente. Este
modelo pressupõe que a variável independente precede temporalmente o mediador, que
por sua vez precede a variável dependente.
Mediação completa
A evidência máxima para a mediação, também conhecida como mediação
completa, ocorre quando a inclusão da variável mediadora reduz a relação entre a
variável independente e a variável dependente para zero.
Mediação parcial
Para estabelecer a mediação total ou parcial, é necessário demonstrar uma
redução significativa na variância explicada pela variável independente ao introduzir o
mediador, confirmado por testes como o teste de Sobel. A presença de efeitos indiretos
estatisticamente significativos pode ocorrer mesmo na ausência de um efeito total,
devido a vários caminhos de mediação que se cancelam. É crucial interpretar os termos
"mediação parcial" e "completa" em relação ao conjunto de variáveis no modelo. A
operação de "fixar uma variável" difere da de "controlar por uma variável", essencial
para uma análise precisa da mediação, especialmente quando os erros são
correlacionados.
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Conceito de estatistica
Estatística: É a ciência que oferece uma coleção de métodos para produzir e
obter dados organizá-los resume-los, analisá-los, interpretá-los e deles extrair
conhecimento (Adaptado de Triola (1999)). Deste modo, a Estatística contribui para que
dados gerem conhecimento e, como tal, deve ter como objetivo não só a produção de
dados, como também a interpretação de dados já existentes, utilizando a combinação de
gráficos, tabelas e medidas numéricas que permitam interpretar o que esses dados
significam.
Entrevista
Entrevista é um instrumento da metodologia qualitativa e mostra-se
especialmente adequada à investigação de processos internos e reflexivos e à produção
de significados da ótica dos entrevistados. Faz-se ainda necessário, no entanto,
estabelecer as diferenças entre as entrevistas, os grupos focais e os questionários, posto
que as três técnicas sejam instrumentos de investigação de processos internos e
reflexivos a partir de significados construídos pelos participantes.
Tipos de entrevistas
Existem diferentes tipos de entrevistas, cada uma com seu propósito específico. A
entrevista padronizada ou estruturada segue um roteiro previamente estabelecido, com
perguntas predeterminadas, permitindo comparações entre os entrevistados. Por outro
lado, a entrevista despadronizada ou não estruturada oferece ao entrevistador liberdade
para explorar amplamente os tópicos, utilizando perguntas abertas em uma conversa
informal. Esse tipo de entrevista, segundo Ander-Egg (1978:110), apresenta três
modalidades:
Vantagens e limitações
Como técnica de coleta de dados, a entrevista oferece várias vantagens e limitações:
Vantagens:
Pode ser utilizada com todos os segmentos da população: analfabetos ou
alfabetizados.
Fornece uma amostragem muito melhor da população geral: o entrevistado não
precisa saber ler ou escrever.
Há maior flexibilidade, podendo o entrevistador repetir ou esclarecer perguntas,
formular de maneira diferente; especificar algum significado, como garantia de
estar sendo compreendido.
Oferece maior oportunidade para avaliar atitudes, condutas, podendo o
entrevistado ser observado naquilo que diz e como diz: registro de reações,
gestos etc.
Dá oportunidade para a obtenção de dados que não se encontram em fontes
documentais e que sejam relevantes e significativos.
Há possibilidade de conseguir informações mais precisas, podendo ser
comprovadas, de imediato, as discordâncias.
Permite que os dados sejam quantificados e submetidos a tratamento estatístico.
Limitações
A entrevista apresenta algumas limitações ou desvantagens, que podem ser
superadas ou minimizadas se o pesquisador for uma pessoa com bastante experiência ou
tiver muito bom-senso. As limitações são:
Preparação da entrevista
A preparação da entrevista é uma etapa importante da pesquisa: requer tempo (o
pesquisador deve ter uma idéia clara da informação de que necessita) e exige algumas
medidas:
Diretrizes da entrevista
A entrevista, que visa obter respostas válidas e informações pertinentes, é uma
verdadeira arte, que se aprimora com o tempo, com treino e com experiência. Exige
habilidade e sensibilidade;· não é tarefa fácil, mas é básica. Quando o entrevistador
consegue estabelecer certa relação de confiança com o entrevistado, pode obter
informações que de outra maneira talvez não fossem possíveis.
sem que o informante se oponha a isso. Uma condição para o êxito da entrevista é que
mereça aprovação por parte do informante.
Questionário
Vantagens e desvantagens
Como toda técnica de coleta de dados, o questionário também apresenta uma
série de vantagens e desvantagens:
Vantagens:
Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados.
Atinge maior número de pessoas simultaneamente.
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Desvantagens:
a) Percentagem pequena dos questionários que voltam.
b) Grande número de perguntas sem respostas.
c) Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas.
d) Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas.
e) A dificuldade de compreensão, por parte dos informantes, leva a uma
uniformidade aparente.
f) Na leitura de todas as perguntas, antes de respondê-las, pode uma questão
influenciar a outra.
Processo de elaboração
A elaboração de um questionário requer precisão nas normas para aumentar sua
eficácia e validade. O pesquisador deve organizar os temas, selecionar questões
importantes e relevantes para os objetivos da pesquisa. O questionário deve ser limitado
em extensão, contendo de 20 a 30 perguntas, e ser acompanhado por instruções claras e
notas explicativas. As questões devem ser codificadas para facilitar a tabulação, e o
questionário deve apresentar uma identificação clara da entidade patrocinadora da
pesquisa. O aspecto material e estético também é importante, incluindo tamanho
adequado, facilidade de manipulação e espaço suficiente para as respostas.
O pré-teste
O pré-teste é uma fase inicial de avaliação realizada antes da implementação
completa de um instrumento de medição, como questionário ou teste. Ele visa avaliar a
viabilidade, eficácia, clareza e adequação do instrumento, sendo administrado a uma
amostra menor de participantes representativa do grupo-alvo. Durante o pré-teste, os
pesquisadores observam e coletam opiniões sobre a compreensão das instruções, clareza
das perguntas, relevância do conteúdo e facilidade de resposta. Com base nesses dados,
ajustes podem ser feitos para melhorar a qualidade e validade do instrumento antes de
sua utilização completa. Essa etapa é crucial para identificar e corrigir problemas
potenciais antes que afetem os resultados da pesquisa ou avaliação.
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b) Seja levado a responder, indo dos itens mais fáceis para os mais complexos;
c) Não se defronte prematura e subitamente com informações pessoais - questões
delicadas devem vir mais no fim;
d) Seja levado gradativamente de um quadro de referência a outro - facilitando o
entendimento e as respostas.
Formulário
Vantagens e desvantagens
O formulário, assim como o questionário, apresenta uma série de vantagens e
desvantagens.
Vantagens:
a) Utilizado em quase todo o segmento da população: alfabetizados, analfabetos,
populações heterogêneas etc., porque seu preenchimento é feito pelo
entrevistador.
b) Oportunidade de estabelecer rapport, devido ao contato pessoal.
c) Presença do pesquisador, que pode explicar os objetivos da pesquisa, orientar o
preenchimento do fonnulário e elucidar significados de perguntas que não
estejam muito claras.
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Desvantagens:
a) Menos liberdade nas respostas, em virtude da presença do entrevistador.
b) Risco de distorções, pela influência do aplicador.
c) Menos prazo para responder às perguntas; não havendo tempo para pensar, elas
podem ser invalidadas.
d) Mais demorado, por ser aplicado a uma pessoa de cada vez.
e) Insegurança das respostas, por falta do anonimato.
f) Pessoas possuidoras de infonnações necessárias podem estar em localidades.
Muito distantes, tornando a resposta difícil, demorada e dispendiosa.
Testes psicologicos
Um teste psicológico é um instrumento projetado para medir construtos não
observáveis, também conhecidos como variáveis latentes. Geralmente, consiste em uma
série de tarefas ou problemas que o indivíduo deve resolver. Enquanto os questionários
também medem construtos não observáveis, os testes psicológicos diferem ao solicitar
ao indivíduo seu desempenho máximo, em oposição ao desempenho típico exigido
pelos questionários. Um teste psicológico eficaz deve ser válido (com evidências
apoiando a interpretação dos resultados) e confiável (consistentemente fornecendo
resultados precisos ao longo do tempo e entre diferentes avaliadores).
Escalas de mediação
De acordo com Herrero & Cuesta (2005), o processo de medição compreende
quatro níveis: a variável (propriedade a ser medida), o atributo (modo de manifestação
da propriedade), o valor (expressão numérica do atributo) e a relação (ligação entre os
valores da variável). Os valores dos atributos são codificados de acordo com quatro
tipos de escalas de medida: nominal, ordinal, intervalar e proporcional (razão).
Escalas nominais
As escalas nominais são um tipo de escala de medida usada para categorizar
dados em diferentes categorias ou grupos, sem atribuir qualquer ordem ou hierarquia
aos valores. Nesse tipo de escala, os números ou categorias representam apenas rótulos
ou identificadores para os diferentes grupos, e não há relação quantitativa ou ordenação
entre eles. Um exemplo comum de escala nominal é a variável "gênero", que pode
incluir categorias como "masculino", "feminino" e "não binário". Nesse caso, os
números ou categorias são usados apenas para identificar os diferentes grupos, e não há
uma ordem específica associada a eles. As escalas nominais são frequentemente
utilizadas em pesquisas de ciências sociais, como sociologia e psicologia, para
categorizar dados em grupos distintos e analisar padrões de distribuição e associação
entre as categorias.
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Escala ordinal
Escala intervalar
A escala intervalar é uma ferramenta fundamental na quantificação de
fenômenos, pois permite medir a intensidade específica de um atributo em relação a um
ponto zero arbitrário. Nessa escala, as variações iguais correspondem às variações
iguais nos valores da variável, garantindo uma representação precisa das diferenças
entre as observações. No entanto, ao contrário das escalas métricas, não há um ponto
zero natural, o que significa que não se pode atribuir significado absoluto a esse ponto.
Por exemplo, nas escalas de temperatura, como Celsius e Fahrenheit, o zero não
representa a ausência total de temperatura, mas sim uma referência escolhida
arbitrariamente. Isso impede a interpretação de proporções entre os valores da escala,
como dizer que uma temperatura é o dobro de outra. Portanto, embora as escalas
intervalares ofereçam uma medida quantitativa precisa, é importante ter em mente suas
limitações ao interpretar os dados.
Conclusão
Ao final do trabalho, o grupo chegou à conclusão de que a compreensão do
conceito de mediação e estatística, juntamente com as técnicas de coleta de dados, como
entrevistas e questionários, bem como a aplicação de testes psicológicos e escalas de
mediação, são fundamentais para a prática e pesquisa em psicologia e áreas afins. Esses
elementos fornecem uma base sólida para a análise e interpretação de fenômenos
psicológicos, bem como para a tomada de decisões informadas em diversos contextos
profissionais. Através da aplicação desses conceitos e ferramentas, é possível entender
melhor o comportamento humano, identificar padrões e tendências, validar hipóteses e
desenvolver intervenções eficazes para promover o bem-estar e o desenvolvimento
individual e coletivo.
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Referências
Almeida, L. &, Freire, T. (2000). Metodologia de investigacao em psicologia e
educacao (2º ed.). Braga: Psiquilíbrios.
AUGRAS, Monique. Opinião pública: teoria e pesquisa. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1974.
Parte II.
GOODE, William J., HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social. 3. ed. São Paulo:
Nacional, 1969. Capítulos 9 a 13, 16 e 17.
LODI, João Bosco. A entrevista: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1974.