Aula 04-18 - M02-01 - Sífilis 1 - Dr. Gilmar de Souza
Aula 04-18 - M02-01 - Sífilis 1 - Dr. Gilmar de Souza
Aula 04-18 - M02-01 - Sífilis 1 - Dr. Gilmar de Souza
Gilmar S Osmundo Jr
Etiologia
•Infecção sistêmica crônica;
Transmissão:
•sexual, vertical e via hemotransfusão;
•Inoculação a partir do contato do treponema com mucosa
íntegra ou pele com solução de continuidade;
•Pode infectar praticamente qualquer tecido: pele com solução
de continuidade e mucosas vaginal, oral e anal;
Epidemiologia
• O número de casos notificado de sífilis nos EUA aumentou duas vezes entre 2005 e 2014;
• Em 2014, nos EUA, taxa anual de novos casos de sífilis foi de 6,3 casos / 100.000 indivíduos;
• OMS estima aproximadamente um milhão de gestantes infectadas por sífilis no mundo, em 2012;
Epidemiologia
“Roséola sifilítica”
1 a 2 meses após a forma primária;
Doença sistêmica:
– Exantema máculo-papular róseo;
– Febre;
– Cefaleia;
– Linfadenomegalia;
– Artralgia;
– Alopecia;
Sífilis Latente
Pesquisa do agente:
Testes não-treponêmicos:
•VDRL, RPR;
•Não são específicos;
•Positivam 5-6 semanas após infecção;
•Permitem análise quantitativa;
•1% falso-positivo;
•Tendem a negativar após 6-12 meses do tratamento;
•Valores persistentes baixos (< 1:4) podem significar cicatriz sorológica;
•Resposta ao tratamento: queda dos títulos do VDRL em 4 vezes;
•Podem ter comportamento atípico em pacientes HIV+;
Testes treponêmicos:
•Teste rápido
•Imunocromatografia;
•Teste treponêmico;
•Resultado Reagente:
•Necessário colher amostra de sangue para realizar teste não-
treponêmico;
Diagnóstico
Líquor Céfalo-Raquidiano
•Diagnóstico de neurossífilis;
•VDRL (baixa sensibilidade);
•PCR;
•Indicações:
•Sintomas neurológicos;
•Sífilis terciária;
•Resposta inadequada ao tratamento (aumento do VDRL);
Transmissão Vertical
- Sheffeld JS. Congenital syphilis after maternal treatment for syphilis during pregnancy. Am J Obstet
Gynecol 2002.
Repercussões Perinatais
•30% de óbito fetal;
•10% de óbito neonatal;
•Quadro clínico fetal:
•Restrição de Crescimento;
•Prematuridade;
•Hepatomegalia;
•Placentomegalia;
•Anemia;
•Trombocitopenia;
•Ascite;
•Hidropisia;
•Aborto;
Sífilis Congênita
•Forma Precoce:
•Ocorre nos primeiros 2 anos de vida;
•Na maioria dos casos, os primeiros sintomas surgem com 3 a 5 meses de vida;
•Quadro clínico:
•Hepatomegalia;
•Rinorreia sanguinolenta;
•Rash cutâneo;
•Adenomegalia;
•Meningite;
•Pneumonia;
Sífilis congênita
Forma Tardia:
Se +: tratar;
Cicatriz Sorológica
•Notificação compulsória;
•Neurossífilis:
•Penicilina cristalina 3.000.000 UI, endovenoso, 4/4h por 10 a 14 dias;
•Penicilina G Benzatina 2.400.00 UI intramuscular, 1x/sem, por 3 semanas;
•Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para a prevenção da transmissão vertical de HIV,
sífilis e hepatites virais. 2015;
Tratamento Inadequado
•Risco de sífilis congênita;
•Considera-se tratamento inadequado:
•Tratamento realizado com qualquer medicamento que não seja penicilina;
•Tratamento incompleto;
•Se a gestante atrasar ou perder uma das doses, é necessário recomeçar todo o esquema;
•Tratamento inadequado para a fase clínica da doença;
•Parto antes de 30 dias do término do tratamento;
•Parceiros sexuais não tratados;
•Boletim Epidemiológico Sífilis 2015 ano IV n01 – Ministério da Saúde – Secretária de Vigilância em Saúde
Reação à penicilina:
•Reação de Jarisch-Herxheimer;
•Liberação maciça de lipopolissacarídeos das espiroquetas;
•NÃO é uma reação alérgica;
•Ocorre 1-2 horas após a aplicação da penicilina;
•Quadro clínico: tremores, taquicardia, hipotensão, mialgia e febre;
•Em gestações de 3’ trimestre: risco de contrações, trabalho de parto prematuro e
sofrimento fetal;
Alergia à penicilina:
•Prevalência de 5 a 10%;
•Hipersensibilidade mediada por IgE:
•Urticaria;
•Broncoespasmo;
•Anafilaxia;
•A reexposição pode desencadear novo episódio de
anafilaxia, potencialmente letal;
Alergia à penicilina:
•Workowski KA, Bolan GA. Sexually transmitted diseases treatment guidelines, 2015. MMWR Recomm Rep 2015; 64:1
Alergia à Penicilina
•Deve ser realizada em ambiente hospitalar por profissionais capacitados, seguindo protocolos pré-
estabelecidos;
•Essas pacientes NÃO devem ser submetidas a teste cutâneo nem à penicilina;
•Nesses casos, o tratamento recomendado é:
•Ceftriaxone 1g IV ou IM por 8-10 dias;
• Workowski KA, Bolan GA. Sexually transmitted diseases treatment guidelines, 2015. MMWR Recomm Rep 2015; 64:1
Seguimento pós-tratamento
•VDRL mensal;
•Os títulos de VDRL devem cair, pelo menos, quatro vezes nos seis primeiros meses após o
tratamento;
Falha de tratamento