Guia Ii - Estrutura e Métricas Seis Sigma
Guia Ii - Estrutura e Métricas Seis Sigma
Guia Ii - Estrutura e Métricas Seis Sigma
EMENTA DA AULA 02
FUNÇÃO ATIVIDADE
Alta Direção Responsabiliza-se pela implantação e pelo sucesso do Seis Sigma na organização;
Seleciona os executivos (diretores e gerentes) que desempenharão o papel de
champions;
Acompanha o desenvolvimento da metodologia e o resultado dos projetos.
Champion Possui a função de liderança e normalmente é indicado pela alta direção para
assumir o papel de champion;
(Padrinho) Organiza e guia o começo, o desdobramento e a implantação do seis sigma por
toda a organização;
Compreende as teorias, princípios e práticas do Seis Sigma;
Aprovam e financiam projetos.
Master Black Belt - MBB Ajuda a introduzir o Seis Sigma dentro da organização;
Ajuda os champions na escolha de novos projetos de melhoria;
(Mestre Faixa Preta) Oferece liderança técnica no preparo de Seis Sigma;
É preparado para a solução de problemas estatísticos;
Possui habilidades de comunicação e ensino para treinar BB e GB;
1 MBB para 30 BB.
Black Belt - BB Lideram equipes de projeto;
Assistem na utilização das ferramentas seis sigma;
(Faixa Preta) Dedica de 70% a 100% do tempo para projetos seis sigma;
1 BB para 100 empregados.
Green Belt - GB Executam o Seis Sigma como parte de suas tarefas do dia-a-dia (part time);
Auxiliam os Black Belts no desenvolvimento de experimentos;
(Faixa Verde) Participam das equipes de trabalho, são agentes de mudança;
1 GB para 30 empregados.
White Belts ou Yellow São os membros das equipes, ou seja, conhecedores do processo;
Belts Trabalham auxiliando e coletando dados do processo para os Green Belts.
Tem conhecimento do método DMAIC e das ferramentas básicas;
(Faixa Branca ou Amarela) Tem dedicação pontual nos projetos.
O MÉTODO DMAIC
Procurar e planejar
Matriz de priorização, superfície de
soluções para eliminar ou
resposta, simulação, 5w2h,
minimizar as fontes de
I Improve Melhorar diagrama de árvore, diagrama de
variação para as variáveis
Gantt, PERT - CPM, filosofia lean,
de entrada afetam o
simulação e testes de mercado.
desempenho atual.
Definições básicas
Relações básicas
Relações de rendimento
Exemplo:
RTY
É o rendimento final de uma cadeia levando em Refugo + Retrabalho
consideração o rendimento individual de cada uma
RTY = 1 -
Rendimento Entrada
das etapas.
Total
Exemplo:
1
Fonte: Comitê de Benchmarking FNQ.
Representa a quantidade média de defeitos
DPU normal gerada em cada etapa de uma cadeia de DPU normal = - ln (Y normal)
atividades dentro de um processo.
Utilizando os resultados do exemplo anterior onde temos um processo com 03 etapas (m =3) com
rendimento total de 92,5% então: Y normal = = 0,9743 onde Z = 1,95 (da tabela de
distribuição normal).
Continuando com os cálculos temos DPU normal = - ln 0,9743 então: DPU normal = 0,0260 defeitos por
unidade. Isto significa que a cada 1000 unidades produzidas o processo gera 26 unidades
defeituosas
Como Z ≈ Ze temos que Ze = 1,95 e então ZLT = 1,95 e ZST = 1,95 + 1,5 = 3,45.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Criando a Cultura Seis Sigma. Nova Lima, MG:
Werkema Ed., 2004.
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Lean Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema Ed., 2006.
DeCARLO, Neil. Lean Six Sigma Complete Guide. New York: Alpha Books, 2007.
EMENTA DA AULA 03
.
SELEÇÃO DE PROJETOS
Percebam que nas fases onde o projeto está sendo definido e os dados
mensurados e analisados o envolvimento dos black belt e do Green belt é
bastante alto e o comprometimento baixo. A medida que o projeto progride para as
fases de melhoria e controle o envolvimento do pessoal de operação (white e
yellow belts) aumenta e o do black belt e do Green belt diminui. Em contra-partida
o envolvimento do pessoal de operação aumenta.
Como selecionar um projeto seis sigma
Forte contribuição para o aumento da Voltado a melhorias que não são percebidas
satisfação dos clientes externos. pelos clientes.
Não existe um padrão fixo e definitivo que guie de forma dar a completa
certeza do sucesso de um projeto seis sigma, porém, o planejamento adequado
reduz os riscos e pode ajudar a evitar o fracasso prematuro. Uma das formas de
planejar as atividades para projetos seis sigma é através da elaboração prévia de
uma lista de oportunidades, a qual tem as informações básicas sobre problemas e
desvios da organização seguida da elaboração de um Termo de Abertura do
Projeto, o qual tem por principal objetivo reconhecer a existência do projeto seis
sigma e definir as necessidades do negócio para o referido processo ou produto.
Um dos grandes desafios dos master black belts e dos black belts é o de
anualmente selecionar bons projetos. Bons projetos são aqueles que possuem os
fatores de sucesso listados na tabela 01 e normalmente estas oportunidades
podem ser encontradas:
Muitos projetos Seis Sigma são definidos a partir de metas muito amplas.
Quando isto ocorre, os Master Black Belts, Black Belts e Green Belts podem
sentir-se esmagados pelo peso do trabalho. Portanto, é necessário reduzir o
escopo dos projetos e focar, em primeiro lugar, os trabalhos que resultarão nos
maiores ganhos (como visto em priorização de projetos) e em seguida desdobrar a
meta inicialmente projetada. Ao estabelecer as metas lembre-se que estas devem
ser específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes para a organização. O
exemplo a seguir demonstra como um projeto que possui uma meta muito ampla
pode ser desdobrado em metas menores.
Construindo um Project charter
Declaração da meta Medir o estado atual (como estamos) e projetar o estado futuro
(com desejamos ser) utilizando preferencialmente métricas
financeiras e da qualidade. Enfatizar os ganhos que o sucesso do
projeto proporcionará.
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Lean Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema Ed., 2006.
DeCARLO, Neil. Lean Six Sigma Complete Guide. New York: Alpha Books, 2007.
MARTINS, Wladimir. Apostila de formação de Black Belts. São Paulo: QSP, 2005.
EMENTA DA AULA 04
Outro mito em torno do lean é que a sua aplicação gera corte de pessoas
(demissões). Isto não é verdade, pois, o lean procura fazer o melhor uso de todos
os recursos máquinas, materiais e pessoas e para se alcançar isso, às vezes é
necessário aumentar o número de pessoas.
O lean é conhecido por outros vários nomes, sinônimos por assim dizer. A
seguir exemplificamos alguns deles:
- Lean Manufacturing
- Produção Lean
- Produção Enxuta
- Lean Thinking
- Pensamento Lean
Algumas organizações acabam criando uma denominação própria para o
lean quando empregam a metodologia como parte inerente ao sistema de gestão.
Abaixo algumas destas denominações:
- Etc.
1910 - Henry Ford introduz inovações importantes tanto no campo da mecânica como no
da gestão (vendas a prazo, fomento da exportação, divisão do trabalho, sistema de
retribuição por prêmios, etc.).
1915 - Frank e Lilian Gilbreth acompanharam Taylor no interesse do estudo dos tempos
e movimentos e na racionalização do trabalho como meios de aumento de produtividade.
Dentro dos estudos feitos por ele, destacam as seguintes idéias e métodos: os movimentos
elementares (therbligs); a fórmula de eficiência; o estudo da fadiga humana.
1915 - Henry Gantt, trabalhou com Taylor na Midvalle Steel Co. Desenvolveu métodos
gráficos para representar planos e possibilitar melhor controle gerencial. Destacou a
importância do fator tempo, custo e planejamento para realização do trabalho.
1950 - William Edward Deming, é amplamente reconhecido pelo melhoria dos processos
produtivos nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, sendo porém mais
conhecido pelo seu trabalho no Japão. É considerado o estrangeiro que gerou o maior
impacto sobre a indústria e a economia japonesa no século XX.
1955 – Taiichi Ohno é considerado o maior responsável pela criação do Sistema Toyota de
Produção. De acordo com Taiichi Ohno (1988): “Os valores sociais mudaram. Agora, não
podemos vender nossos produtos a não ser que nos coloquemos dentro dos corações de nossos
consumidores, cada um dos quais tem conceitos e gostos diferentes. Hoje, o mundo industrial
foi forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades”.
1960 – Shigeo Shingo deve-se a ele a estratégia para a melhoria contínua através do
envolvimento criativo de todos os trabalhadores. No período de desenvolveu as idéias de
poka-yoke, SMED e definiu as operações em duas dimensões: as que agregam valor e as que
não agregam valor.
1987 - Mikel Harry o pai da metodologia seis sigma. No final da década de 80, este
engenheiro e estatístico da Motorola começou a estudar o conceito de Deming sobre
variação de processo. Apaixonado pelos conceitos de Deming influenciou sua própria
empresa a estudar a variação como uma forma de melhorar o desempenho. A Motorola
resolveu adotar a visão de Mikel Harry e a partir deste momento nasceu a metodologia Seis
Sigma, a qual foi reconhecida em 15 de janeiro de 1987.
1990 – James P. Womack – fundador do Lean Enterprise Intitute uma instituição sem fins
lucrativos fundada em agosto de 1997. Foi Womack que resgatou e divulgou largamente os
conceitos do Sistema Toyota de Produção na América do Norte a partir e sua obra “A
máquina que mudou o mundo”. Hoje o Lean Institute possui representantes em vários
lugares do mundo, inclusive no Brasil.
2
Fonte: Produção Lean Simplificada. Pascal Dennis (2008)
Ohno, o criador do Sistema Toyota de Produção definiu 07 desperdícios
básicos que podem ocorrer em um sistema produtivo. Alguns autores incluem um
oitavo desperdício ligado mais ao comportamento humano do que a parte técnica
ou ao processo em si.
3
Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br
PRINCÍPIO 01 - DEFINIR O QUE É VALOR
4
Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br
5
Idem.
PRINCÍPIO 03 - CONSTITUIR UM FLUXO CONTÍNUO
6
Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br
Fonte: Baseado em Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil -
www.lean.org.br
7
Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br
Fonte: Baseado em Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil -
www.lean.org.br
PRINCÍPIO 05 - PERFEIÇÃO
8
Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br
ETAPAS SUGERIDAS PARA A IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA LEAN 9
Não existe uma receita para a implantação do Lean. Por isto o quadro a seguir é
uma simples sugestão. Ao implantar a filosofia Lean cada empresa deve levar em
consideração suas características específicas e também sua cultura
organizacional para obter o sucesso desejado.
Fonte: Léxico Lean versão 1.0 de abril de 2003 - Lean Institute Brasil - www.lean.org.br
Fonte: www.leanway.com.br
9
Fonte: Lean Institute Brasil - www.lean.org.br
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Lean Seis Sigma. Nova Lima, MG: Werkema
Ed., 2006.
http://en.wikipedia.org/wiki/Lean_manufacturing#Pre-20th_century acessado em
abril de 2009.