Conass Documenta 30 ANEXO-7
Conass Documenta 30 ANEXO-7
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informação técnica
e memória do CONASS
30 Anexo 7
INTRODUÇÃO
1 Trata-se de texto base utilizado de forma roteirizada para módulo de ensino. Alterado
para o formato de capítulo de livro, com vistas a compor a presente publicação.
2 Conteudista: Antônio César Silva Mallet. Procurador Federal, graduado em direito e filo-
sofia, especialista em direito e mestre em filosofia social. Endereço para acessar este CV:
http://lattes.cnpq.br/0051642009486146
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que faz que políticas, programas e atividades estatais estejam cada vez mais
voltados à satisfação das necessidades básicas das pessoas e para a ga-
rantia da dignidade que lhes é inerente. Isso demanda uma capacidade cada
vez maior do Estado em planejar e organizar suas ações e atividades, na
medida em que há limitação de recursos e a distribuição deles pelo universo
de direitos e garantias passa pelo exercício da priorização e opção política.
Desde as despesas mais simples ou comuns (p. ex.: luz, água, papel
ou telefone) ou obrigatórias (pessoal, p. ex.) até aquelas que representam
dispêndios em grandes programas e obras públicas, tudo é executado a par-
tir da previsão e em consonância com a técnica do orçamento público, já que
nada na vida administrativa pode ser realizado ou executado sem que haja
previsão orçamentária para tanto (art. 167, II, da Constituição Federal).
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na razão direta de que no planejamento e execução diuturna do orçamento é
que restará possível a própria participação nos rumos e diretrizes da vida da
administração pública.
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Poder Público elabora seu plano de trabalho, anuncia à sociedade as ações
que serão realizadas, controla a execução dessas ações e avalia o grau de
sucesso nas suas operações.
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Nesse sentido, da própria Constituição emanam os princípios que,
retratados objetivamente em normas inferiores, informam e condicionam o
orçamento público, por meio do estabelecimento de regras básicas, a fim de
emprestar o maior grau possível de racionalidade, eficiência e transparência
aos processos de elaboração, execução e controle.
PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
Além dos princípios gerais para toda Administração Pública – art. 37,
n. 30 caput, da Constituição Federal, o orçamento público possui princípios especí-
O Direito Sanitário
ficos. Neste trabalho, são citados os princípios adotados como centrais
como instrumento de
fortalecimento do SUS: pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), como
a ênfase na Educação norteadores do orçamento da União.
Permanente em Saúde e
os Resultados do Curso São eles:
de Especialização
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receitas e a fixação das despesas registradas na LOA. Este prin-
cípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei n. 4.320, de 1964.
Segundo o art. 34 dessa lei, o exercício financeiro coincidirá com
o ano civil (1º de janeiro a 31 de dezembro).
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§4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas
pelos impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e
dos recursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, I, “a”
e “b”, e II, para a prestação de garantia ou contragarantia
à União e para pagamento de débitos para com esta. (In-
cluído pela Emenda Constitucional n. 3, de 1993.)
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O ciclo orçamentário é balizado por prazos estabelecidos nas normas
de regência dos orçamento público, conforme se segue: (i) o Plano Pluria-
nual (PPA) é encaminhado pelo Executivo ao Congresso até 31 de agosto
do primeiro ano de cada novo governo, mas ele só começa a valer mesmo
no ano seguinte; (ii) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser apre-
sentada até 15 de abril e aprovada, pelo Congresso Nacional, até o dia 17
de julho; e (iii) a Lei Orçamentária Anual (LOA) até 31 de agosto, sendo que
a regra é de que o Congresso Nacional a aprove até Orçamento até 22 de
dezembro.
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Os créditos que autorizam a realização da despesa pública têm duas
classificações: créditos ordinários e créditos adicionais. Créditos ordinários
são autorizações constantes da LOA. Já os créditos adicionais representam
autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na
LOA e têm três tipos de classificação:
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Observe-se que, embora não seja estritamente considerada como
função de controle da execução do orçamento, a figura da Reprogramação
Orçamentária é um instrumento previsto pela LRF e anualmente consta da
LOA que visa a permitir ao Poder Executivo realizar avaliação bimestral das
despesas e receitas da União. Tal avaliação deve ser encaminhada ao Con-
gresso Nacional e aos demais Poderes.
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As receitas podem ser orçamentárias ou extraorçamentárias. A pri-
meiras são aquelas previstas na LOA e constituem fonte de recursos para
fazer frente às despesas orçamentárias. As extraorçamentárias apresentam
caráter temporário e não integram a LOA. O Estado é mero depositário des-
ses recursos, que constituem passivos exigíveis e cujas restituições não se
sujeitam à autorização legislativa. Exemplos: Depósitos em Caução, Fian-
ças, Operações de Crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO),
emissão de moeda e outras entradas compensatórias no ativo e passivo
financeiros.
n. 30
As receitas podem ser classificadas ainda como receitas correntes ou
O Direito Sanitário
como instrumento de receitas de capital.
fortalecimento do SUS:
a ênfase na Educação As receitas correntes são aquelas arrecadadas dentro do exercício
Permanente em Saúde e e que aumentam as disponibilidades financeiras do Estado, em geral com
os Resultados do Curso
de Especialização
efeito positivo sobre o patrimônio líquido, constituindo-se como instrumento
para financiar os objetivos definidos nos programas e ações correspondentes
às políticas públicas constantes da LOA, de acordo com o § 1º do art. 11 da
Anexo 7
ORÇAMENTO Lei n. 4.320, de 1964.
PÚBLICO NO
BRASIL Já as receitas de capital são aquelas que aumentam as disponibilida-
des financeiras do Estado. Porém, de forma diversa das receitas correntes,
as receitas de capital não provocam efeito sobre o Patrimônio Líquido. De
acordo com o § 2º do art. 11 da Lei n. 4.320, de 1964, com redação dada
pelo Decreto-Lei n. 1.939, de 20 de maio de 1982, receitas de capital são
as provenientes de: realização de recursos financeiros oriundos da constitui-
ção de dívidas; conversão, em espécie, de bens e direitos; recebimento de
recursos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinados
a atender despesas de capital; e, superávit do orçamento corrente.
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OS GASTOS PÚBLICOS E ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA
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entretanto, permite-se que as despesas não sejam pagas no mesmo exercí-
cio do orçamento que as contemplaram. Para estas situações excepcionais
existe a figura do “Restos a Pagar – RAP”.
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tar n. 141, de 13 de Janeiro de 2012, que regulamentou o § 3º do art. 198,
da Constituição Federal, e, por consequência, a Emenda Constitucional (EC)
n. 29, de 2000. A Lei Complementar confirmou, ainda, o percentual mínimo
anual estabelecido pela EC n. 29/2000 da participação dos estados (12%),
Distrito Federal (12% e 15%) e municípios (15%)
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ços de terceiros, manutenção de equipamentos, despesas
com água, energia, telefone etc. Estão nesta categoria as
despesas que não concorrem para ampliação dos servi-
ços prestados pelo órgão, nem para a expansão das suas
atividades manutenção de serviços anteriormente criados
e que corresponda a uma contraprestação em favor da ad-
ministração pública;
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locais. A função operacional do Siafi convive também com a função de trans-
parência e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial da
Administração Pública, pela gama de informações e dados gerenciais, bem
assim para avaliação da programação autorizada no planejamento aprovado
por Lei – LDO – ou Decreto Presidencial (no caso do Executivo Federal).
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REFERÊNCIAS LEGAIS
Leis Complementares
Leis Ordinárias
Anexo 7
ORÇAMENTO BRASIL. PLDO 2016. Disponível em: <http://www.orcamentofederal.gov.br/
PÚBLICO NO
orcamentos-anuais/orcamento-2016/arquivos-pldo/texto-do-projeto-de-lei.
BRASIL
pdf>.
____. Lei n. 13.115, de 22 de abril de 2015 (LOA 2015). Disponível em: <http://
www.orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/orcamento-2015/orca-
mento-2015/arquivos-loa/lei-no-13-115_200415.pdf>.
Decretos
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BRASIL. Decreto n. 8.197, de 20 de fevereiro de 2014. Disponível em: <www.
orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/orcamento-2014/decreto/De-
creto%208_197_%20de%20200214.pdf>.
Portarias Específicas do MP e do MF
____. ____. Portaria SOF n. 15, de 28 de abril de 2015. Disponível em: <http://
www.orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/orcamento-2015/orca-
mento-2015/arquivos%20portarias-sof/portaria-sof-15_-de-280415.pdf>.
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____. ____. Portaria SOF n. 16, de 29 de abril de 2015. Disponível em: <http://
www.orcamentofederal.gov.br/orcamentos-anuais/orcamento-2015/orca-
mento-2015/arquivos portarias-sof/portaria-sof-16_-de-290415.pdf>.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZAMBUJA, Darcy. Teoria Ggeral do Estado. 41. ed. São Paulo: Globo, 2001.
Anexo 7 GALDINO, Flávio. Introdução à teoria do custo dos direitos: direitos não nas-
ORÇAMENTO cem em árvores. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2005.
PÚBLICO NO
BRASIL IVO, Gabriel. O princípio da tipologia tributária e o dever fundamental de pagar
tributos. In: ALENCAR, Rosmar A. R. Cavalcante de (Org.). Direitos fundamen-
tais na Constituição de 1988. Porto Alegre: Nuria Fabris, 2008.
LIMA NETO, Manoel Cavalcante de. Função social dos tributos: ICMS e segu-
rança. Artigo produzido como extrato de Palestra proferida no VIII Congresso
Nacional de Direito Público, em Maceió/AL, no dia 1º/5/2009.
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