Monografia Natercia
Monografia Natercia
Monografia Natercia
Beira
2022
Natércia Radames Camilo Xavier do Couto
Beira
2022
NATÉRCIA RADAMES CAMILO XAVIER DO COUTO
UL
2022
LOMBADA
II
III
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, pelo carinho e Dedicação, pelas palavras e
conselhos durante a minha jornada académica e pelas decisões tomadas.
Dedico a mim mesma por não ter perdido as esperanças e sempre ter-me esforçado para
chegar até aqui e aos meus irmãos pela confiança que depositam em mim.
Aos meus docentes por terem feito parte de um episódio muito importante em minha
vida e aos que confiaram em mim.
DECLARAÇÃO DE HONRA
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações
do meu supervisor, seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto, nas notas e na Bibliografia final.
______________________________
AGRADECIMENTO
Agradecer a Deus pelo Dom da Vida e Proteção por ter chegado até aqui me dando saúde
e sabedoria para alcançar esta Vitoria.
A minha família que vem me dando forças e conselhos, palavras de sabedoria que sempre
dedicou em me apoiar e indicando qual o melhor caminho a seguir.
Aos colegas do curso que por quatro anos pude obter a experiencia da vida académica e
que me ajudaram nessa caminhada.
VI
RESUMO
Couto, Natercia Radames Camilo Xavier (2022) Estudo do Efeito da Cobertura Vegetal
Morta no Rendimento de Tomate (Lycopersicon esculentum Mill). Com o objectivo de
avaliar o efeito de diferentes coberturas morta sobre o rendimento da cultura de Tomate,
nas condições do distrito de Mussorize, foi conduzido um ensaio no povoado, no
período compreendido entre Agosto à Novembro de 2021, usando o delineamento
experimental de blocos completos casualizados (DBCC), com tres (3) tratamentos: T1-
Sem cobertura, T2- Cerradura, T3- Casca de F. Boer (3) repetições. As variáveis
analisadas foram: número de folhas (NF), largura das folhas (LF), comprimento das
folhas (CF), massa numero de frutos por planta (NFP), Peso dos frutos(PF) e rendimento
(REND) em ton/ha. Todos os parâmetros morfologicos foram influenciados pelo uso de
cobertura do solo, as maiores medias para altura de plantas foram observadas nas
coberturas com serradura com uma media de 15 folhas. Para variavel comprimento das
folhas a serradura apresentou maiores medias com 24.150, Largura de folhas a maior
media foi de serradura com 15.625, Rendimento maiores rendimentos for a =m
encontrados nos tratamentos Serradura e Controlo com medias 14.375 e 9.350, a menor
foi na Serradura com uma media 8.200. Foi usado o pacote estatístico “Statistix 10 ”,
onde foi feita a análise de variância pelo teste F, seguido do teste de Shapiro wilk W
ou teste de normalidade de resíduos para ver seo os dados obedecem distribuição de
Gauss e teste de comparação de medias pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O
uso de cobertura do solo mostrou efeito significativo sobre todas as variáveis analisadas.
No entanto, as coberturas com serradura mostraram vantagens comparativas em relação
as demais coberturas
ABSTRACT
Couto, Natércia Radames Camilo Xavier, (2022). Effect of Dead Vegetable Cover on
Tomato (Lycopersicon esculentum Mill) Yield
Couto, Natercia Radames Camilo Xavier (2022) Study of the Effect of Dead Cover on
Tomato (Lycopersicon esculentum Mill) Yield, with the aim of evaluating the effect of
different mulch on Tomato crop yield, under the conditions of Mussorize district , a trial
was conducted in the village, from August to November 2021, using a randomized
complete block experimental design (DBCC), with four (4) treatments: T1- No cover, T2-
Cerradura, T3- Bark F. Boer (3) repetitions The analyzed variables were: number of leaves
(NF), width of leaves (LF), length of leaves (CF), mass number of fruits per plant (NFP),
Weight of fruits (PF) and yield (REND) in ton/ha. The statistical package “Statistix 10 ”
was used, where the analysis of variance was performed by the F test, and the mean
comparison test by the Tukey test at 5% probability was used. land cover showed
significant effect on t all variables analyzed. However, rice husk and sawdust coatings
showed comparative advantages compared to other coatings
Keywords: Tomato; Lycopersicon esculentum Mill; Roof; Fruit weight and yield.
VIII
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Tabela 1: Composição nutricional do tomate em 100 gramas da parte comestível ....... 16
Tabela 2: Resumo da análise da variância dos parâmetros em estudo ........................... 25
X
Kpa: Kilopascual
ÍNDICE
LOMBADA ................................................................................................................................................. III
DEDICATÓRIA .......................................................................................................................................... IV
DECLARAÇÃO DE HONRA ...................................................................................................................... V
AGRADECIMENTO ................................................................................................................................... VI
RESUMO .................................................................................................................................................... VII
ABSTRACT............................................................................................................................................... VIII
Lista de Figuras ............................................................................................................................................ IX
Lista de Tabelas ........................................................................................................................................ X
Lista de Abreviaturas e Siglas .................................................................................................................. XI
CAPITULO I: INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1
1.2. Justificativa ........................................................................................................................................ 3
1.3. Problematização ................................................................................................................................. 4
1.4.Hipóteses ............................................................................................................................................. 5
1.5. Objectivos .......................................................................................................................................... 5
1.5.1. Objectivo Geral ............................................................................................................................... 5
1.5.2.Objectivos Específicos ..................................................................................................................... 5
1.6. Metodologia e técnicas da pesquisa ................................................................................................... 5
1.6.1. Tipo de pesquisa ............................................................................................................................. 6
1.6.2 Pesquisa exploratória ....................................................................................................................... 6
1.6.3. Quanto aos procedimentos técnicos ................................................................................................ 6
1.6.4 Pesquisa bibliográfica ...................................................................................................................... 6
1.6.5. Pesquisa experimental ..................................................................................................................... 6
1.6.6. Pesquisa do campo .......................................................................................................................... 7
1.7. Enquadramento da pesquisa ............................................................................................................... 7
1.8. Delimitação do Tema ......................................................................................................................... 7
1.9. Relevância do Tema ........................................................................................................................... 8
1.10.1 Caracterização da variedade de tomate a ser usada para ensaio .................................................... 9
1.1.10.2. Condução do ensaio ................................................................................................................... 9
1.10.3 Preparação do solo ......................................................................................................................... 9
1.10.3. Sementeira e Transplante .............................................................................................................. 9
1.10.5. Controlo de infestantes ............................................................................................................... 10
4
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
O presente trabalho é uma Monografia com o tema: Efeito da cobertura vegetal morta no
rendimento de tomate (Lycopersicon esculentum Mill).
O tomate (Lycopersicon esculentum Miller), é originário da América do Sul, Peru, Bolívia e
Equador, onde-se encontram também as 7 espécies silvestres de Lycopersicon. Várias dessas
espécies silvestres potencialmente podem ser muito úteis no melhoramento do tomateiro. As
variedades antigas da América Latina, tinham o estigma exposto, facilitando assim a polinização
cruzada, enquanto nas variedades mais recentes o estigma é muito curto, predominando deste
modo a auto polinização. O tomate contém quantidades consideráveis de vitaminas A e C e é uma
das mais importantes hortícolas do mundo, pois têm-se verificado um aumento generalizado da
sua produção, devido as suas várias utilizações, tais como o consumo fresco, indústria e como
produto secundário é extraído o óleo das suas sementes, (Ribeiro e Rulkens, 1999).
Em Moçambique o tomate é produzido em maior escala nos vales dos rios Incomati e Umbeluzi
em Maputo, Limpopo em Gaza, nas regiões planalticas de Manica, Angônia em Tete, Lichinga em
Niassa, Licuari, Mugeba e Lioma na Zambézia. A sua produção pode começar de Março
prolongando-se até ao mês de Setembro - Outubro, senão todo o ano (algumas variedades),
todavia, com muitas exigências em termos de cuidados no maneio durante o período quente em
que os preços no mercado alcançam valores altos (Ecole e Vasconcelos, 2006).
De acordo com a tendência dos consumidores nestes últimos anos na compra dos produtos
hortícolas, é de pautarem pela qualidade e a aparência do produto. No caso do tomate, aspectos
como cor, brilho e principalmente o tamanho do fruto tem especial relevância. Tal fato é
confirmado pelos preços mais elevados pagos aos frutos de maior tamanho nos centros comerciais,
mercados formais e informais e nos centros de abastecimento (MINAG, 2008).
Uma das formas de melhoria da qualidade e aparência do tomate produzido é a adopção de técnicas
adequadas de gestão da cultura. As principais formas de gestão ou maneio empregues na cultura
do tomate são: tipo de tutoramento, forma de condução e espaçamento (Zambolim et al.,1989).
entre e dentro das filas. Portanto, para poder atender aquilo que é a nova tendência de novos
intervenientes e exigências dos consumidores no mercado é necessário encontrar novas técnicas
de produção buscando tecnologias que sejam viáveis e adequadas as condições dos produtores
locais como forma de tornar a concorrência mais competitiva.
Mossorize, é um distrito da região centro do país, caracterizado pelo uso de uma agricultura de
subsistência a sequeiro devido a condição económica dos camponeses que é baixa, não podendo
utilizar insumos melhorados para o cultivo desta. Neste contexto, a utilização de adubos orgânicos
têm sido uma boa opção para reduzir os custos com fertilizantes minerais, que permite obter um
produto final de melhor qualidade, pois o uso desordenado de fertilizantes minerais pode
prejudicar a saúde do consumidor, além de acarretar os custos de produção (Souza et al., 2005).
A adubação orgânica, têm sido amplamente utilizada nos últimos tempos na produção de alface,
com o objectivo de melhorar as qualidades físicas, químicas e biológicas do solo (Silva et al.,
2001), além disso, a matéria orgânica influência positivamente em diversas características do solo,
tais como: melhorar a capacidade de troca catiónica (CTC), estrutura do solo, diminui a densidade
do solo, aumenta a porosidade, infiltração, retenção de água e aeração (Souza e Resende, 2005).
Capitulo IV: Aborda a respeito das conclusões tiradas face a realização do experimento e as
recomendações destinada aos produtores e aos pesquisadores. Também fazem parte da estrutura
do trabalho o Cronograma das actividades e referência Bibliográfica e Anexos.
1.2. Justificativa
A cobertura morta pode reter muita água o que significa que em épocas de seca haverá mais água
disponível para as plantas, durante um período mais longo, esta propriedade é particularmente
importante para os solos arenosos, pois estes retêm pouca água. A cobertura morta além de
proporcionar o controlo de determinados patógenos de solo, actua na conservação da humidade do
solo, controlo de ervas daninhas, redução na lixiviação de nutrientes, prevenção da compactação
e erosão do solo, afecta passivamente a microflora e microfauna antagonista, favorece o
desenvolvimento da planta e reduz o uso de substâncias químicas, isso quando utilizado de maneira
adequada (Housbeck et al., 1996; Galindo et al., 1984; Jones et al., 1974).
A produção e a massa média de tomate são influenciadas pela densidade de plantas e pelo número
de ramos por planta. Quanto maior a densidade nos canteiros e o número de ramos por planta,
menor será a produção total comercial, a produção de frutos grandes e a massa média dos frutos
grande e médio, e maior será a produção de frutos pequeno (Oliveira et al., 1995; Camargos, 1998).
O presente trabalho visa avaliar o efeito da cobertura morta (mulching) na cultura de tomate, de
forma a fornecer informações científicas aos produtores locais, para incrementar o seu rendimento
por área, a partir dos seus recursos locais (mulching orgânico), nas condições edafo-climáticas
locais
A cobertura vegetal morta, com base em resíduos vegetais é uma técnica que tem sido bastante
utilizada no cultivo de hortícolas no Mundo (Santos et al. 2011; Machado 2008; Júnior e Neto
2005). No entanto, o seu efeito sobre a produtividade das culturas depende do tipo de material em
uso (Quembo, 2013; Machado et al. 2008; Silva et al. 1994; Singh, 2005; Armando, 2013).
Para obter alta produtividade e máximo retorno económico, necessita-se de adubação. Dentre os
nutrientes limitantes, o nitrogénio (N) merece destaque. Quase sempre é necessário aplicar
fertilizante nitrogenado, em dose adequada, para a obtenção de plantas com cabeça de repolho
com a firmeza desejada pela aceitação comercial (Moreira e Vidigal, 2011). O conteúdo crítico
4
de N, P e K nas folhas exteriores que resultam numa redução de 50% do rendimento da cabeça é
1,3%, 0,1% e 0,3%, respectivamente (Ribeiro, 2001)
1.3. Problematização
Em Moçambique, para um bom rendimento, o Tomate requer uma boa práctica dos amanhos
culturais e uso de espaçamento de plantio óptimo nos canteiros, de modo que haja condições
óptimas na zona radicular, onde a planta obtém os nutrientes e a humidade que necessita para se
desenvolver (Alves, 1989).
Em solos arenosos, para fazer face a este problema há necessidade de haver recomendações
técnicas e científicas de cultivo de tomate para os produtores desta cultura em solos arenosos, com
disponibilidade de restos vegetais não contaminados que possam usar como cobertura morta e a
determinação de um espaçamento óptimo de plantio nos canteiros para maximizar o rendimento
nas condições edafo-climáticas locais.
O aumento do custo dos fertilizantes minerais e a crescente poluição ambiental fazem do uso de
resíduos orgânicos na agricultura uma opção atractiva do ponto de vista económico no distrito de
Mussorize, face a esta contraposição torna-se imperioso buscar alternativas viáveis e sustentáveis
para manter o ciclo de produção, em razão da reciclagem do carbono e nutrientes. Para as culturas
frutuosas como é o caso do tomate, problemas sérios podem acontecer no cultivo convencional,
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pois o uso de altas doses de adubos solúveis, principalmente o nitrogénio, aliado à intensa
aplicação de agrotóxicos, pode levar a produção de alimentos de qualidade contestada, que pode
prejudicar a saúde pública e levar a um alto custo de produção. O uso de adubos orgânicos em
detrimento dos adubos químicos, insere-se na perspectiva da agricultura orgânica, que é o cultivo
de plantas sem o uso de produtos inorgânicos. Segundo Vidigal et al. (1995), os adubos orgânicos
devem ser de fácil acesso, e fácil uso em quantidades não industriais.
Qual é o efeito de cobertura de vegetal morta ( serradura de madeira, vagens secas de feijão
bóer ) no rendimento da Cultura de tomate?
1.4.Hipóteses
H1: O efeito de cobertura vegetal morta pode contribuir para baixo rendimento da cultura de
tomate no Posto Administrativo de Dacata;
H0: O efeito de cobertura vegetal morta pode contribuir para alto rendimento da Cultura de tomate
no Posto Administrativo de Dacata;
1.5. Objectivos
1.5.2.Objectivos Específicos
Descrever o efeito da cobertura morta nos canteiros na cultura de tomate para, a altura de
planta, e Diâmetro do Caule por planta e rendimento
Caracterizar o número de frutos por planta em cada tratamento;
Determinar o peso e rendimento dos frutos nos tratamentos.
Quanto aos objectivos esta pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito. Envolveu levantamento bibliográfico, entrevistas
com pessoas experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa
bibliográfica e estudo de caso (GIL, 2002).
Consistiu na leitura de diversas obras bibliográficas que abordam directamente sobre a pesquisa
ou que apresentem abordagens a ela relacionadas que se mostrem relevantes para a pesquisa e a
posterior relacionar com os resultados colhidos.
área útil de 112,18 m2, usado espaçamento de 0,70 x 0,40 entre linhas e plantas. Cada parcela com
16 plantas, totalizando 256 plantas em toda área útil do ensaio, a bordadura foi de 1 m.
Segundo MAE (2005), o clima do Distrito é predominantemente tropical chuvoso de Savana AW,
segundo a classificação de Koppen, com duas estações distintas, a chuvosa e a seca. A
época chuvosa começa em Outubro e termina em Março, e a estação seca se estende de Abril a
Setembro, a temperatura mínima média é de 9.5°C no mês de Julho e a temperatura máxima
média é de 29.1°C no mês de Janeiro, a distribuição da temperatura e da precipitação mostra que
a estação húmida é quente e a estação seca é fria. A precipitação média anual é de 1155mm e a
evapotranspiração anual é de 1386mm. O Distrito de Mossorize possui quatro rios principais:
Revué, Munhinga, Mussapa e Lucite.
Devido a falta de conhecimentos de tecnicas melhoradas por parte dos produtores tem trazido no
final da campanha baixos rendimentos Sendo o tomate é uma das culturas com maior apreciação
Global, devidas as suas composições nutricionais e na melhoria da saúde humana, existe todavia
um interesse por parte das entidades envolvidas no processo produtivo, nomeadamente os
extensionistas e produtores em aumentar os níveis de rendimento e produtividade. Para tal, os
estudos de alternativas sustententaveis e de todos instrumentos técnicos científicos que levem ao
aumento desta produtividade devem ser tomados em consideração em todo processo produtivo.
1.9.2. Económica
O Tomate destaca-se por sua importância económica, sendo uma das leguminosas mais cultivadas
em África como para Moçambique sendo segunda maior cultura e primeira Horticula praticada
pelo sector familiar Pelo facto das variedades melhoradas terem altos rendimentos e alta
capacidade de adaptabilidade espera-se minimizar os custos e maximizar a produção e
consequentemente aumento da sua fonte de alimento e de renda nessa comunidade e em geral.
1.9.3. Cientifico
O delineamento experimental foi adoptado em blocos causalizados (DBCC), com três réplicas e
quatro tratamentos. Cada parcela teve 15m2, quatro linhas de 3 m conduzidas num compasso de
1.0m x 0.5m constituída de 24 planta, o experimento foi constituído por 12 parcelas, o
espaçamento entre bloco será de 1,0m e entre parcela de 0.5 m. A área útil do ensaio foi de 4m2.
Os tratamentos consistiram de cobertura vegetal morta do solo usando as seguintes fontes de
resíduos vegetais: serradura de madeira, vagens secas de feijão bóer e controlo (solo descoberto)
que foram aplicados a 5 cm do solo.
Segundo Ribeiro e Rulkens (1996), as inflorescências podem assumir a forma de cachos simples,
bifurcados ou ramificados. A ramificação do cacho é estimulada em condições de baixas
temperaturas durante a iniciação da floração, assim, são desenvolvidas mais oito flores por cacho
com temperaturas de 13 grus em comparação com temperaturas de 18 graus
foi regado antes e depois do transplante para reduzir o stress das plantas as condições adversas do
campo definitivo.
1.10.4. Rega
A rega foi manual realizada através de regadores 10 litros, efectuada de manha e no final do dia,
duas vezes por dia, sempre que foi necessário, para suprir as necessidades hídricas da cultura
durante todo ciclo.
1.10.7. Pulverização
Foi realizada a pulverização com cypermetrina EC 25%, aos 35 dias após a sementeira, para
prevenção de infestante de afídeos. foi utilizado 6 ml de princípio activo para cada 16 litros de
água, com intervalo de aplicação de 15 em 15 dias até ao final do ciclo da cultura para evitar o
reaparecimento das pragas.
1.10.8. Adubação
O solo antes da sementeira foi estrumado com excremento bovino já curtido na razão de 13 t/ha
(Lopes et al, 2016) para reforçar o desenvolvimento das mudas, uma vez que a cultura necessita
de quantidades significativas de macronutrientes.
1.10.11. Amostragem
Os parâmetros analisados para estudar o rendimento da cultura de tomate baseado em cobertura
vegetal morta, foram avaliados os seguintes parâmetros:
Para mensurar esta variável foi utilizado uma fita métrica como ponto de partida a superfície do
solo até o ápice do caule. Em cada parcela foram selecionadas oito plantas para amostragem
eliminando-se as plantas das bordaduras. Este parâmetro foi efectuado na fase intermédia da
floração com 90% de plantas no estágio de reprodução
Foi utilizado oito plantas da área amostral em cada tratamento nos três blocos em 12 parcelas,
aplicado o diâmetro do caule com auxilio dum paquímetro digital em cm. Para este parâmetro será
mensurado na fase intermédia de reprodução.
Para a determinação de número de fruto foi feito contagem manual obedecendo o mesmo padrão
de amostragem de oito plantas centrais por cada tratamento e durante todo ciclo foi efectuada uma
contagem aos 75 dias depois de transplante.
c) Peso de fruto:
Para determinação do peso dos frutos foram consideradas as oito plantas centrais como amostra
por tratamento, e com ajuda de uma balança electrónica pesaram-se os frutos de modo a
determinar-se o peso médio para o cálculo do rendimento em t/ha foi baseada no mesmo padrão
de amostragem (oito plantas centrais excluindo as de bordadura), com os dados referente as três
colheitas
Esses estudos provaram que o tomateiro está firmemente interligado no género Solanum. Baseado
nesses resultados, uma nova classificação filogenética transferiu o tomateiro para o género
Solanum (Peralta e Spooner, 2007).
O tomateiro tem como centro de origem a região andina, desde o Equador, Colômbia, Peru,
Bolívia, até o norte do Chile (Alvarenga, 2004).
Duas hipóteses têm sido levantadas para o local de domesticação do tomateiro, uma peruana e
outra mexicana. Apesar de provas precisas da época e do local de domesticação serem escassas, o
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México é tido como o local mais provável, com o Peru como o centro de diversidade de parentes
selvagens (Robertson e Labate, 2007).
Porém, pesquisas genéticas recentes têm demonstrado que as plantas conhecidas como
Cerasiforme são uma mistura de tomates selvagens e cultivados em vez de serem ancestrais dos
tomates cultivados (Nesbitt e Tanksley, 2002).
Os espanhóis e portugueses difundiram o tomate pelo mundo através de suas colônias ultramarinas.
Inicialmente, o tomate foi cultivado como ornamental devido à beleza de seus frutos e também
pela associação feita a outro fruto da mesma família das solanáceas, a mandrágora, que é
extremamente venenosa. A primeira referência da aceitação do tomate na alimentação humana foi
feita em 1544 pelo veneziano Matthiolus, que ressalta que a espécie inicialmente introduzida na
Itália era de fruto amarelo. Em Moçambique foi introduzido pelos imigrantes europeus no final do
século XVI (Alvarenga, 2004).
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Solanaceae
Género: Solanum
Fonte:https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20120729140710AA5PGyL.acesso as
12:18 pm.2014.
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É uma planta perene, de porte arbustivo, sendo cultivada anualmente. Possui sistema radicular
constituído de raíz principal ou pivotante, raízes secundárias e raízes adventícias. A raíz pivotante
pode alcançar 1,5 m de profundidade, desde que não haja interrupções, como ocorre em mudas
transplantadas. Nesse caso, as raízes secundárias se desenvolvem rapidamente, tornando-se mais
ramificadas e superficiais, podendo-se estender até um diâmetro de 1,5 m e alcançar uma
profundidade superior a 0,50 m. Geralmente 70 % das raízes localizam-se a menos de 20 cm da
superfície (Alvarenga, 2004).
2.1.2.1. Folhas
São impar e compostas, uma folha típica de tomateiro cultivado tem aproximadamente 0,5 m de
comprimento e pouco menos de largura, um grande folíolo terminal e até oito folíolos grandes
laterais que podem, também, ser compostos. As folhas são recobertas por pêlos do mesmo tipo que
das hastes (Lapuerta, 1995).
2.1.2.2. Inflorescência
Apresenta número variável de flores, é do tipo racimo (cachos), com flores pequenas e amarelas.
As flores são hermafroditas, conferindo à planta autogamia, com frequência de polinização
cruzada de até 5 % (Alvarenga, 2004).
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2.1.2.3. Fruto
É uma baga, carnosa e suculenta com aspecto, tamanho e peso variados, conforme a cultivar. Na
maioria delas, os frutos são de coloração vermelho intenso, quando maduros, resultante da
combinação da cor da polpa com a película amarela (Figueira, 2008).
2.1.2.4. Sementes
São reniformes, pequenas, apresenta minúsculos pêlos e coloração marrom clara. O embrião fica
disposto internamente em forma de espiral (Alvarenga, 2004).
NUTRIENTE VALOR
ÁGUA (G) 94
PROTEÍNA (G) 0.7
CARBONATOS (G) 4
CÁLCIO (MG) 12
FÓSFORO (MG) 24
FERRO (MG) 0.4
POTÁSSIO (MG) 222
VITAMINA A (U.I) 822
TIAMINA (MG) 0.05
RIFLAVINA (MG) 0.04
NIACINA (MG) 0.7
ÁCIDO ASCÓRBICO (MG) 21
VALOR ENERGÉTICO (CAL) 19
Fonte: (Villareal, 1980).
O rendimento do tomate pode variar em função da variedade, podendo obter-se até 50 toneladas
por hectare em variedades de polinização aberta e até 90 ton.ha-1 em variedades híbridas, (Ribeiro
e Rulkens, 1999).
2.1.4.1. Clima
Atendendo as origens do tomateiro, (Fazio, 1981 e Dusi et al., 1993) referem que este cresce bem
em climas tropicais de altitude e subtropicais, frescos e secos, com bastante luminosidade. A
temperatura favorável para a germinação vária de 20 a 25 oC. Para um bom desenvolvimento
vegetativo a temperatura deve variar de 18 a 25 oC.
Além da temperatura, a humidade é outro factor de clima importante para a cultura de tomate. A
humidade condiciona muito o aparecimento de doenças provocadas por fungos. Humidade elevada
cria condição de aparecimento de doenças fungicas quando associada principalmente com
temperaturas elevadas, (Messiaen, 1992).
Ribeiro e Rulkens (1999), consideram o tomate semeado entre Julho e Agosto como da época
quente. Os alfobres feitos entre Julho e Agosto são melhores porque pode se evitar que a cultura
coincida com os períodos de temperaturas e humidade mais elevadas (Janeiro e Fevereiro) e
consequentemente elevadas densidades das pragas.
2.1.4.2. Solos
O tomate dá melhores rendimentos em solos com boa textura e estrutura, leves, ricos em matéria
orgânica, índice baixo de acidez e alta fertilidade. Os solos pesados podem criar condições de
alagamento e consequente asfixiacção das raízes além do risco de ataque por fungos e bactérias
do solo (Messiaen, 1992; Ribeiro e Rulkens, 1999).
altas, locais em consorciação com outras hortícolas em destaque para alface (Lactuca sativa L),
couve (Brassica oleirácea var.) cenoura (Dacus carota L), (Mae, 2005).
A cultura de tomate, apenas é praticada no período fresco, devido a variabilidade do clima, nesta
altura, o que constitui uma actividade de rendimento e reduz o sedentarismo da comunidade, apesar
de baixos rendimentos devido a não observância de tratos culturais, sistemas de rega rudimentares
e qualidade de água de rega (uso de regador, sulcos e ou água salubre), não observância das datas
de sementeira, má adubação (doses inadequadas e/ou adubos não bem curtidos) baixo controlo
fitossanitário, sistemas de cultivos, (Mae, 2005).
O tipo de tutoramento também pode influenciar na maior eficiência de controlo de pragas (Picanço
et al., 1998) e doenças (Boff et al., 1992). O tutoramento mais frequentemente utilizado pelos
agricultores Moçambicanos em particular agricultores de Mocuba são o método tradicional ou “V”
invertido. Olhando para as disvatengens nesse tutoramento ocorre a formação de uma câmara
húmida e aquecida sob o “V” invertido, sendo esta, cria um ambiente favorável ao
desenvolvimento de fungos, que ainda ficam livres da acção dos agrotóxicos que são aplicados na
parte externa das plantas, (SDAE, 2014).
Tentando solucionar este problema, propôs-se o tutoramento triangular. Este sistema teoricamente
reúne as vantagens do método tradicional (estabilidade e não dependência de mãode-obra
especializada) e evita a formação da câmara húmida e aquecida sob o “V” invertido. Outro método
utilizado na cultura do tomateiro é o tutoramento vertical, que permite melhorar a distribuição da
radiação solar e a ventilação, reduzindo o período de em que-se molha a área foliar e, por
conseguinte, a severidade das doenças, (Zambolim et al., 1989).
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Outras vantagens a presentadas por este método são a redução da mão-de-obra. E também o facto
de que o custo de fitilho por hectare é mais barato do que o de bambu. A maioria dos métodos de
tutoramento tradicionalmente adoptados pelos agricultores usa o bambu como tutor. O bambu,
além de ser um material cada vez mais escasso, acaba sendo um vector de patógeno, devido a sua
reutilização nos ciclos subsequente cultural, podendo carregar nematóides, esporos de fungos,
bactérias além de alguns insectos. De acordo com, (Lopes e Stripari, 1998). É uma alternativa ao
bambu e a condução no sistema vertical usando fitilhos de polietileno.
Este método consiste em tutorar as plantas, enrolando-as a um arame horizontal sustentando por
dois mourões de 0.15 m a 0.20 m de diâmetro e 2.30 m de comprimento enterrado no solo, na
profundidade de 0.40 m, a intervalo de 4.00 a 5.00 m, ao longo da linha de plantio (Silva et al.,
2003). Com isso, evita a inoculação de patógeno na área uma vez que a cada ciclo cultural são
utilizados fitilhos novos.
A serragem de madeira é considerada como o produto de madeira mais utilizado como cobertura,
proporciona um aumento na produção de frutos e de raízes, (Patten, 1988 citado por Stratton &
Richcilgl, 1988). Quando algumas culturas são plantadas imediatamente após a incorporação de
serragem, deve-se fazer a adição de N, devido o N disponível no solo se tornar imóvel (Stratton et
al., 1998). Inclusive produtos de madeira que possuem alta relação C:N, através de sua
decomposição podem induzir a exaustão de N disponível no solo para N imóvel (Streck, 1996
citado por Stratton & Richcilgl, 1988). A casca de árvore é muito utilizada como cobertura e um
de seus efeitos é a retenção de humidade, além da melhora na infiltração de água (Sponer, 1970).
A casca tem efeitos nematicidas, seja pela liberação de produtos químicos ou por intermédio da
umidade do solo.Oliveira (1993); Diez et al., (1995), citados por Stratton & Richcilgl (1998),
21
dizem que a cinza de madeira não pode ser considerada como adubo orgânico, pois não aumenta,
diretamente, a quantidade de matéria orgânica no solo, mas ela pode fornecer Ca, K e Mg.
Alguns efeitos proporcionados pela cobertura na estrutura do solo parecem ser devido a
decomposição da cobertura. Segundo Pinamonti (1998) relatou que a chegada de nutrientes na
planta é mais influenciada pelas condições físicas do solo, do que pela disponibilidade de nutriente
no solo.
Manrique (1995), demonstrou que a melhor protecção contra erosão foi quando se utilizou
cobertura com grama e casca de arroz. Cobertura com palha de trigo a uma altura de 5 cm reduziu
o escoamento superficial “runoff” em 43% e a perda de N reduziu de 230 kg/ha sem cobertura para
33 kg/ha com cobertura e de P de 215 kg/ha sem cobertura para 18 kg/ha com cobertura (Shock et
al., 1997).
Alguns problemas de excesso de humidade podem ocorrer com cobertura, principalmente em solos
de péssima drenagem, o que pode causar anaerobiose e perda de N (Sterck et al., 1998; Stratton &
Richcilgl, 1988). Em áreas com altos índices pluviométricos, camada grossa de cobertura pode
levar ao desenvolvimento de condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento de doença
(Manrique, 1995). Além disso, solos com alta humidade podem ser condutivos para determinados
22
A temperatura do solo é afetada pela cobertura principalmente em regiões quentes onde o seu uso
resulta em solos com temperaturas mais amenas, inclusive reduz a flutuação da temperatura do
solo.
O desenvolvimento de doenças causadas por Rhizoctonia solani esta muitas vezes associada com
baixas temperaturas do solo (Haji et al, 2005). Para Stratton & Richcilgl (1998) descreve que
alguns autores demonstraram que a melhoria da temperatura favorece o aumento na quantidade de
raízes.
Todos estes efeitos são dependentes das condições do local em questão, do clima, das propriedades
físicas do solo e do tipo de cobertura.
contribui muito para aumentar N, P e K no solo, porém a cobertura deve ser reposta com mais
frequência, devido a sua rápida decomposição (Stratton & Rechcigl, 1998). Outros autores relatam
que a cobertura do solo além de aumentar o teor de matéria orgânica no solo, aumenta a
disponibilidade de P e K trocável (Pinamonti, 1998) e o teor de C orgânico e Mg (Cadavid et al.,
1998).
Tilander & Bonzi (1997), relatam um aumento na produção de sorgo (Sorghum vulgare Pers) com
o uso de cobertura de folhas de neem (Azadirachta indica) e folhas de neem + composto, assim
bem como uma significativa influência na conservação de água no solo e redução na temperatura.
A utilização de polietileno como cobertura em melancia, (Citrullus lanatus) proporcionou um
aumento na produção, que foi devido a melhoria da disponibilidade e chegada de N (Backer &
Earhart, 1998)
De acordo com Blevins & Thomas (1997) e Borraz et al., (1991), citados por (Stratton & Rechcigl,
1998), relataram uma maior produção em áreas de plantio direto do que em áreas de plantio
convencional e esse aumento foi atribuído ao aumento na infiltração de água e decréscimo na
evaporação.
FV GL NF LF CF NFP PF REND
16 A A
14 AB
B
12
10
Nº de folhas
0
Sem cobertura PVC
Casca de Casca de arroz Serradura
Serradura
F.Boer
Resultados similares foram encontrados por Zizaset al., (2002), estudando a interacção de
cultivares e cobertura do solo na produção e qualidade de Tomate, observaram que a cobertura do
solo com plasticos provocaram aumento consideravel da temperatura do solo, quando comparado
com as restantes cobertura. Resultados contraditórios foram obtidos por Neto et al. (2014),
estudando o desempenho agronómico da Tomate em diferentes quantidades e tempos de
decomposição de jitirana verde, observou que a cobertura não influencia no número de folhas.
Porém, diferenças no material usado para cobertura do solo na presente pesquisa pode ser a
provavel justificativa para estas diferenças encontradas nos estudos em questão.
Peixoto et al. (2013), ao avaliar a produtividade de Tomate com doses de estercos de aves
e bovinos constatou que a maior produção de números de folha por planta foram observadas nas
parcelas onde foram aplicadas esterco de aves semelhantes aos obtidos com fertilizantes minerais
e seguido do esterco bovino. Por sua vez, Oliveira et al. (2008), sustenta que as hortícolas folhosas
respondem muito bem à adubação orgânica e a utilização de adubos minerais promove uma
redução na actividade biológica do solo podendo afectar o desempenho produtivo das culturas.
27
Médias seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey.
CV=7.22%.
Resultados similares foram obtidos por Muller (1991) no seu estudo sobre comportamento
térmico do solo e do ar em Tomate (Lactuca sativa L.) para diferentes tipos de cobertura do solo,
em que a cobertura com plastico foi a que apresentou menor comprimento de folhas quando
comparado com as restantes coberturas. Provavelmente o plástico tenha contribuído para aumentar
a temperatura do solo a níveis que afectou o metabolismo da planta, interferindo desta forma no
seu crescimento e desenvolvimento. Segundo Goto (1998), o uso de cobertura com plástico em
28
Tomate depende da região e a época de cultivo, e o aumento na temperatura do solo pode afectar
o desenvolvimento de raízes, e, por conseguinte, absorção dos nutrientes impactando no
crescimento e desenvolmento da planta.
De acordo com Souza e Resende (2003), o esterco de aves normalmente apresenta maiores
teores de nitrogénio e de fósforo do que o esterco bovino além disso, o esterco de aves é mais
pobre em celulose e possui menor relação C/N do que o esterco bovino, o que leva a uma
decomposição mais rápida. A diferença no tempo de decomposição dos estercos influência na
disponibilidade de nutrientes no solo consequentemente na planta, assim, o esterco de galinha
favoreceu o desenvolvimento das folhas tendo em conta que a Tomate é uma cultura de ciclo curto
(Souto, 2005). Não obstante, a maior largura das folhas observada neste estudo, não diferiu tanto
à largura obtida por Mota et al. (2003), usando esterco de galinha na Tomate americana cultivar
Legacy, que obtiveram uma largura média das folhas de 14,3 cm/planta.
29
20
AB A
15
Largura da folha (cm)
BC
C
10
0
Sem cobertura Casca
PVCde Casca de arroz
Serradura Serradura
Bóer
Gráfico 3: Influência do uso de cobertura do solo na largura de folhas por planta. Médias seguidas por
letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey. CV=12.03%. 3.5. Peso dos
Frutos (kg)
Gráfico 4: : Influência do uso de cobertura do solo na massa fresca da parte aérea (g) por planta. Médias
seguidas por letras diferentes, diferem significativamente (p <0.05) pelo teste de Tukey. CV=5.54%.
Resultado semelhante foi obtido por Andrade et al, (2005), estudando o uso de diferentes
cobertura no cultivo de Tomate, verificaram que a cobertura morta com casca de arroz resultou
na produção de plantas com maior peso, em relação ao solo sem cobertura. Provavelmente o
maior peso que se destacou na cobertura com casca de arroz deve-se ao facto desta cobertura
condicionar temperatura e humidade óptima em relação as outras coberturas contribuindo assim
para o aumento do peso que os outros tratamentos.
Casca de Serradura
Bóer
31
Pereira et al., (2000), no seu estudo sobre o efeito da cobertura do solo na produtividade
da Tomate, tiveram resultados diferente a este estudo, ao constataram que o plástico preto
proporcionou maior peso da cabeça. Essa diferença pode ser atribuída a ausência da competição
da Tomate com as plantas invasoras que, e ter conduzido o seu estudo na época fresca.
50
aérea (g)
40
por Planta
A
da parte
30
AB
de Frutos
BC
Seca
20
C
Numero
Massa
10
0
Sem cobertura PVC
Casca de F. Casca de arroz Serradura
Serradura
bóer
Caronet al. (2004), encontraram valores de peso seco da Tomate baixos aos observados neste
estudo, e que variaram entre 4,24-14g e 5,31-10,03 g/planta de Tomate no Inverno e Primavera,
respectivamente. Dum lado, pode se apontar que a diferença advém do ambiente em que foram
realizados os ensaios, mas também a questão da utilização do adubo pelas plantas é um grande e
importante factor da diferença dos resultados.
3.7. Rendimento
O resultado da influência do uso de diferentes coberturas de solo sobre rendimento médio
da cultura de Tomate em ton.ha-1é apresentado na figura 6. Na mesma pode-se constatar que as
maiores médias foram observadas quando se aplicou a cobertura de serradura, com 13.92 ton.ha-1,
respectivamente. No entanto, o rendimento mais baixo foi observado quando se aplicou casca de
feijão bóer como cobertura, com uma média de 8.2 ton.ha-1. Porém, esta não diferiu
significativamente do tratamento sem cobertura (9.35 ton.ha-1). Estes resultados podem ser, pelo
menos em parte, devido ao maior regulação da temperatura providenciada pelas coberturas com
serradura, influenciando positivamente o metabolismo da planta, garantindo maior crescimento e
desenvolvimento da planta e consequentemente maior rendimento médio.
Resultados similares foram encontrados por Chaves et al. (2003), no seu estudo sobre o
Rendimento de Tomate em função da cobertura do solo e frequência de irrigação, os quais
relataram o efeito do plástico em aumentar a temperatura do solo a níveis de afectar o metabolismo
da planta, interferindo no seu crescimento e desenvolvimento. Já Neto et al., (2002), estudando a
influência de diferentes coberturas do solo sobre o desenvolvimento da cultura da Tomate, obteve
melhores resultados com cobertura de palha de arroz em relação ao uso de plástico. Neto et al.
(2014) e Resende et al. (2005), afirmam que o uso desses materiais, como a casca de arroz e
serradura, favorece a brotação e o crescimento das plantas por não imobilizar quantidades
significativas de nitrogénio devido sua lenta decomposição, além de melhorar as condições de
humidade e de temperatura do solo para as plantas, minimizando assim os efeitos causados pelas
altas temperaturas, aumentando, consequentemente, a produção.
33
20
15 A
A
Rendimento (ton/ha)
10 B
B
0
Sem cobertura PVCde
Casca Casca de arroz Serradura
Serradura
Bóer
Os valores de rendimentos médios encontrados neste ensaio diferem dos encontrados por
Silva et al. (2000) quando avaliavam a produção de Tomate sob diferentes sistemas de cultivo,
onde encontraram valores médios de 18 ton/ha e 24,35ton/ha, mínimos e máximos,
respectivamente, que são superiores aos encontrados no presente estudo. Branco et al., (2010),
estudando o cultivo orgânico sequencial de hortaliças com dois sistemas de irrigação e duas
coberturas de solo constataram que o uso de plástico resultou em maiores produtividades em
relação ao uso de cobertura morta do solo, onde concluíram que, independente do tipo de cobertura
morta, esta é eficaz no controle de plantas esponneas resultando em maior produtividade da cultura
devido à menor competição por água, nutrientes e luz.
34
4.1. Conclusões
Com base os resultados observados no presente estudo, conclui-se que:
O Comprimento das folhas varia em função da cobertura morta a 5% de nível de significância pelo
teste de Fisher, e com o teste de DMS, os diferentes níveis de cobertura dentro dos canteiros
mostraram diferenças significativas, com uma diferença media superior para serradura com de
24,43cm.
Numero de Frutos maiores médias foram observados quando se aplicou a serradura, com e 26.5 g,
respectivamente. No entanto, a menor média de números de frutos por plantas foi observado no
cobertura com casca de feijão bóer, com uma média de 15.47 g .
Peso dos Frutos as maiores médias foram observadas quando se aplicou a cobertura de serradura,
com 138.9 g, respectivamente. No entanto, a menor média de peso de frutos foi observado no
cobertura com casca de feijão bóer com uma média de 82.00 g
Para Largura de folhas a maior media foi de serradura com 15.625ab seguido de casca de feijao
boer com uma media de 12.075bc e a menor foi no tratamento control com 11c
Rendimento maiores rendimentos for a =m encontrados nos tratamentos Serradura e Controlo com
medias 14.375 e 9.350, a menor foi na Serradura com uma media 8.200
4.2. Recomendações
Aos agricultores:
Recomenda-se o uso das coberturas do solo com base na Cerradura porque de acordo com o estudo
proporcionou melhores rendimentos.
Aos investigadores:
35
Recomenda-se que repitam a mesma pesquisa em diferentes regiões e épocas para avaliar o seu
efeito, assim como divulgação dos resultados, pois existe pouca informação disponível referente
ao uso de cobertura morta na base de casca de feijão bóer e Cerradura.
36
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42
67. OLIVEIRA, C. A., & SOUZA, C. M. (2008). Influência da cobertura morta na humidade
ANEXOS
xi
ANEXOS
Anexo1: Orçamento
Total 6 470.10
Variable N W P
NF 16 0.9754 0.9172
CF 16 0.9683 0.8111
LF 16 0.9752 0.9146
MF 16 0.8889 0.0535
MS 16 0.9717 0.8648
Source DF SS MS F P
Total 15 66.0000
CV 11.79
Source DF SS MS F P
Trat Mean
1 11.750
2 13.500
3 15.500
Source DF SS MS F P
Total 15 178.389
CV 7.22
Source DF SS MS F P
Trat Mean
1 17.250
2 19.800
3 24.150
Source DF SS MS F P
Total 15 117.537
CV 12.03
Source DF SS MS F P
Trat Mean
1 11.000
2 12.075
3 15.625
Source DF SS MS F P
Total 15 127.372
CV 5.54
xvii
Source DF SS MS F P
Trat Mean
1 9.350
2 8.200
3 14.375
3 15.500 A
2 13.500 AB
1 11.750 B
3 24.150 A
2 19.800 B
1 17.250 B
3 15.625 A
2 12.075 BC
1 11.000 C
3 14.375 A
1 9.350 B
2 8.200 B
A B
C
D
xxi
E F
I
H
G
xxii
J
xxiii
Legenda:
A- Parcelas do ensaio
D- Colheita de Frutos
F- Plântulas em alfobres
J- Ilustração do ensaio