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N9 189

REFORHA TRIBUTÁRIA

Mario Henrique Simons.en

Março de 1992
CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Constituição de 1967 "deu ao Brasil um sistema tributário

moderno, extremamente coerente, mas baseado numa premissa pOlítica:

concentração das receitas e despesas ao nível do Governo Federal,

deixando em plano secundário a autonomia dos Estados e Municípios.

o centralismo chegou ao auge logo após o AI-5, quando a participação

dos Estados e Municípios no Imposto de Renda e no IPI foi reduzida

de 20% para 12%. Mais ainda, no início da década de 1970 Estados e

Municípios foram induzidos a associar-se ao Governo Federal na polí-

tica de subsídio à exportação de manufaturados, através dos crédi-

tos-prêmio do ICM, que duplicavam os do IPI.

o movimento descentralizador iniciou-se no Governo Geisel,

com a gra0ual recuperação dos 20% de participação dos Estados e Mu-


,
nicípios no Imposto de Renda e do IPI e com a eliminação dos cre-

ditos-prêmio do ICM. Prolongou-se no Governo Figueiredo, com a ele-

vação do percentual dos Fundos de Participação de 20% para 32% e com

a elevação das alíquotas do ICM de 14% para 17%. Finalmente, durante

o Governo Sarney, a Constituição de 1988 aurnentou'a participação dos

Estados e Municípios no Imposto de Renda para 47%~ no IPI para 57% e

eliminou os Impostos Únicos (sobre combustíveis e lubrificantes, e-

nergia elétrica e mineração), substituindo-os pelo ICMS. No meio tem


."
po, as dívidas dos Estados com a União cresceram desordenadamente,

inclusive pela ação" dos bancos estaduais, via redescontos no Banco

Central.

Note-se que a descentralização das receitas

surgiu corno reação política à dependência dos Estados e Município:)

em relação à União. A contrapartida natural, a descentralização dos

encargos, jamais foi ohjcto Jc cogit~ç~o na elahoração da nova Con~-

tituição, ou mesmo nas etapas pr~vias ~o movim0nto federativo.


.2.

Para o Governo Federal, o resultado foi o gradual empobre-

cimento financeiro~agravado pelos ônus do endividamento interno e

externo, da inflação (via efeito-Tanzi) e mais recentemente dos en-



cargos da previdência Social. A União, por seu turno, para buscar

maiores receitas, passou a dar preferência aos impostos que não pre-

cisavam ser partilhados com Estados e Municípios. Isso a desinteres-

sou nos seus melhores impostos, justamente o Imposto de Renda e o

IPI, e fez prolife~ar trib~tos de baixLssima funcionalidade como o

IOF (concebido na Constituição de 1967 como Reserva Monetária),

FINSOCIAL (recentemente considerado inconstitucional por ter base de

cálculo idêntica à do PIS, e economicamente execrável pela incidên-

cia em cascata). Mais recentemente, a idéia de reforçar os cofres da

previdência Social com um imposto adicional sobre o lucro das empre-

sas, a Contribuição Social, tornou escorchante a tributação dos ga-

nhos da pessoa jurídica.

Nessa mixórdia, a vida dos Estados e Municípios tornou-se

bem mais confortável, pelo menos a julgar pelo aumento das suas des-

pesas de pessoal, de 4,6% para 6,9% do PIB entre 1987 e 1991. Com-

plicada tornou-se a vida do contripuinte, envolto num emaranhado de

impostos, cada qual com sua fiscalização própria, ~ que incidem bru-

talmente sobre as empresas que nao conseguem descobrir os furos da

lei, e que abrem espaço para muita engenharia fiscal. E o próprio

Governo Federal, atrapalhado no cipoal das leis que inventou e pre-

mido pelas restrições ao aumento de seu pessoal, perdeu amplamente a



sua capacidade de fiscalização tributária.

A atual situação exige respost~ a cinco perguntas:

a) como modificar a atual repartição de rendas entre União, Estados

e Municípios; inclusive no que tange ao processo de endividamento?

b) como simplificar o atual sistema tributário?

c) como tornar o sistema tribut~rio neutro em relaç50 a

d) como melhorar a fiscalizaç30 kribut~ria?

c) como fin.:.Jllciar êl previdência social?


.3.

A terceira das perguntas acima já foi solucionada pela lei

8.383/91 com a criação da UFIR e da contabilidade em UFIR para

efeitos f~scais. Isso não só elimina o efeito Tanzi, como também e-

limina qualquer tributação de lucros ilusórios e dispensa a correção

monetária dos balanços. A legislação sobre essa correção, sempre ba-

seada em aproximações de primeira ordem, tornou-se um tremendo com-

plicador da vida dos contribuintes, e um maná para a engenharia fis-

cal. O importante a sublinhar é que a contabilização em UFIR signi-

fica, por si só, um apreciável aumento da carga fiscal.

Em parte, a quarta pergunta também já foi respondida pela

mesma lei, no que tange ao problema do sigilo bancário. Nesse ponto,

a emenda do congresso foi muito mais útil do que o projeto original

do Executivo. Onde o sonegador pode abrigar-se no sigilo bancário é

nas contas de identificação falsa, onde o nome do contribuinte nao

corresponde ao seu verdadeiro CPF ou CGC. A lei torna os bancos cor-

responsáveis por essa identificação, a menos que a verifiquem junto

à Secretaria da Receita Federal, Com isso, o fisco tem todas as con-


dições para pescar no arrastão todas as contas frias, sem necessi-

dade de devassar as contas dos contribuintes. No mais, é preciso re-

forçar os quadros de agentes de tributos federais, restaurar as an-

tigas rotinas de fiscalização que foram desenvolvidas até 1984, e e§

tabelecer sistemas de fiscalização conjunta, entre


. impostos fede-

rais, contribuições para a previdência social, reforçados por conve-

nios de fiscalização com Estados e Municípios.

O problema da simplificação tributária, assim como o do

financiamento da previdência social, nos remete a dois temas especí-

ficas: o imposto de renda, e as contribuições para a previdência. De

fato, neles está ã origem de toda a complicação tributária surgida

nos anos recentes. Esses dois temas serão discutidos nas secções

que se seguem.

Quanto a primeira indagação, relativa a distribuiçZío ele

rendas entre Uni30, Estados e Municípios, é preciso aceitar uma rea-

lic1ude política: os con9ressistas sao elei tos pelos E>;tados, C COlloO


.4.

tal, cometeriam suicídio político se votassew. qualquer redução da


participação dos Estados e Municípios no bolo. ,Isto posto, o que se

pode discutir é o mecanismo'de participação, e como a União pode

transferir encargos para as Unidades Federativas e Municipais.

No que tange aos mecanismos de participação, é de se pre-

sumir que os Estados e Municípios não objetem a uma revisão que nao

afete negativamente-as suas receitas. Essa revisão poderia ser con-

seguida: a) oferecendo aos Estados e Municípios uma percentagem uni-

forme sobre a arrecádação de todos os tributos federais, e nao ape-

nas IPI e Imposto de Renda; b) restaurando os impostos únicos da

constituição de 1967, que entre outros méritos vinculam a despesa ao

contribuinte.

No mais, a transferência de encargos, para ser politica-

mente viável, só pode assumir uma forma: a redução das transferên-

ciãs discri'cionárias da União para Estados e Municípios. O programa

dos CIACs, por exemplo, gera um tipo de despesa absolutamer.te con-

trário à lógica da atual constituição, e não é atoa que inúmeros

congressistas vivem em seu encalço, independentemente de filiação

partidária. De fato, numa Federação forte, como a atual constituição

pretendeu criar, nao há espaço para que o Presidente da República

conquiste o apoio de Governadores em troca de verbas. A eliminaç~o

desse poder de barganha já foi sinalizada na nova lei de rolagem da

dívida dos Estãdos, tecnicamente muito adequada, mas que tira da

União qualquer poder discricionário. O problema é encaixar o Governo

Federal nessa nova disciplina política, tão louvável quao distante

de nossas tradições desde os tempos do Império.


· .
.5.

REFLEXÕES SOBRE O IMPOSTO DE RENDA

A superioridade do imposto de renda sobre outros tributos

resulta de uma observação simples: a renda de um agente econômico é

uma medida objetiva de sua capacidade contributiva. Originalmente, a

idéia era a de um imposto proporcional: todos pagariam, digamos, 15%

de sua renda. Posteriormente introduziu-se a noção de tributação pr2

gressiva, como o objetivo de diminuir as desigualdades econômicas

individuais: quanto maior a renda, maior a percentagem do imposto. O

socialismo democrático europeu levou a idéia de progressividade tri-

butária às últimas consequências nas décadas de 1960 e 1970. Hoje os

méritos da progressividade são fortemente contestados. Boa parte dos

países desenvolvidos reduziu consideravelmente o número de alíquotas

progressivas, assim como a alíquota máxima. E a tendência parece ser

a volta ao imposto proporcional, com uma única exceção, um limite de

isenção, abaixo do qual o contribuinte é dispensado de qualquer im-

posto.

A queda do mito da progressividade se deve a vários fato-

res. Primeiro, a distribuição de riqueza promovida pelo governo nao

é função apenas de um único imposto, mas depende do conjunto dos tr~

butos e sobretudo da composição da despesa pública. Que adianta ter

um imposto de renda fortemente progressivo se com ele convivem ou-

tros impostos fortemente regressivos? O melhor seria fundí-Ios num

único imposto proporcional, ou medianamente progressivo. Por outro

lado, para que serve um sistema tributário progressivo se a despesa

pública be: . ...::ficia os ricos muito mais do que os pobres? Melhor se-

ria, no caso, que o orçamento encolhesse e que o mercado cuidasse os

conflitos de interesses dos ricos. Na realidade a grande tarefa dis-

tributi,va do governo deve ~er opcracionalizada pela despesa púhli~a,

oferecendo edllC,l(~":lO, ;;']lÍc.lC c d!;;;istência ao,] milis Célrentcs. Dia 11 u~


.6.

disso, desfaz-se pelo menos em grande parte o encanto da progressi-


I., vidade.

1
Em segundo lugar, o excesso de progressividade simplesmen-

te desinteressa o contribuinte pelo trabalho e pela assunção de ris-

cos, o que explica a estagnação produzida pelo Welfare State do par-

tido trabalhista britânico, em boa hora desmontado por Margareth

Thatcher. Para que trabalhar mais e correr mais riscos se o governo

se apropria de 80% dos resultados, quando positivos? Na década de

1970 descobriu-se o óbvio: impostos altamente progressivos geram a

preguiça.

Em terceiro lugar, a progressividade cria um incentivo: a

transferência de renda de fictícia de um contribuinte de alíquota

marginal mais alta para um outro de alíquota marginal mais baixa. S~

ponhamos que um indivíduo X, cuja alíquota marginal é 50%, seja cli-

ente do médico Y, com alíquota marginal de 30%, e admitamos que as

despesas médicas, como de costume, sejam dedutíveis de renda tribu-

tável. Um cruzeiro a mais de recibo vale 50 centavos para o cliente e

custa apenas 30 centavos para o médico. O incentivo natural é um re-

cibo frio do médico para o cliente. Em se tratando de contribuintes

cautelosos, o recibo frio será emitido com as devidas precauçoes: o

cliente entregará ao médico um cheque nominativo ~ este lhe devolve-

rá cruzeiros em moeda sonante. Esse exemplo de transferência fictí-


.. cia de renda e apenas um entre milhares num sistema progressivo de

impostos, e não há malha fina que seja capaz de evitá-los •


.
Suponhamos agora que o imposto de renda fosse proporcional,

à alíquota de"25% sobre a renda líquida. Nesse caso, para o fisco

seria absolutament€ irrelevante o médico fornecer ou nao recibo ao

contribuinte, no exato valor, sub ou superavaliado. Um recibo no va-

lor X simplesmente significaria uma economia fiscal de 0,25X para o

cliente e um onus i:ldicional no mesmo montante pi:lra o médico. Como o

mercado func ionol, é de se pres~mi r que o médico, em troca do rec i-

bo, <JlIl:lent<:lsse preço da consul til em O, 25X, práticil hi"lstilnte di fun'] i-

da entre nós. MQis ninda, que do ponto de vista da burocracia, a me-


.7.

lhor solução seria o médico nada pagar e o cliente nada deduzir de

imposto, ou seja, a consulta sem recibo.


~.

Essa observação serve para desfazer um equívoco muito di-

fundido entre nós, a confusão entre o contribuinte de fato e o res-

ponsável pelo recolhimento do imposto. Se o não recolhimento do im-

posto pelo contribuinte A obriga o contribuinte B a pagar a mais ~

que A deixa de recolher, A não está sonegando. Está simplesmente de-

legando a Ba função de contribuinte substituto. No caso do imposto

de renda sobre salários pagos por empresas esse princípio e bem en-

tendido, pois vem explicitado nos contracheques: o contribuinte efe-


.
tivo é o assal.arado, cujo imposto é descontado na fonte. Mas o res-

ponsável pelo recolhimento é a empresa. No caso dos médicos a situa-

ção é semelhante, embora não haja DARF nem contracheques. Na medida

em que as despesas médicas sejam dedutíveis, o não fornecimento de

recibo simplesmente transforma o cliente em contribuinte substituto.

o fisco,Só perde se a alíquota marginal do imposto devido pelo médi-

co for superior à do cliente, o que pode ser verdade ou nao no im-

posto progressivo, e é certamente falso no imposto proporcional.

o não entendimento da diferença entre contribuinte efetivo


e responsável pelo recolhimento dos tributos é a origem da crença

generalizada no Brasil de que médico praticamente 'nao paga imposto

de renda. De fato, muitos médicos pouco recolhem em matéria de im-

posto de renda. Mas, ao diferenciarem o preço da consulta com ou

sem recibo, tornam-se contribuintes de fato, na medida em que as de~



pesas médicas sejam dedutíveis. Diga-se de passagem, a maioria dos

assalariados também nao recolhe imposto de renda, é descontada na

fonte.

Outro problema pouco entendido é a tributação dos juros e

rendimentt...., de capital, em geral. A alegação de que capitalista nao

pug.J imposto de rendi) se baseia numa falácia, qual seja, esquecer

que o imposto de renda sobre a pessoa jurídica nada mais é do que a

tributaç~o de seus sócios ou acionistas. Mais uma vez, a diferença

e apenas o contribuinte e o responsável pelo !"ccolhimento dos tri-


.8 .

butos. No caso dos juros, o que nao se costuma perceber


.
e que sua

tributação nada rende ao fisco, a menos de dif~renças_ de alíquotas

marginais. Pois só há credor se houver devedor. Se os juros recebi-


.-
dos são tributáveis e os pagos dedutíveis como despesa, o que o ~o-

verno embolsa de um lado perde do outro. No caso brasileiro, o balan-

ço é provavelmente contra o fisco, pois os juros ativos são tributa-

dos a taxas relativamente módicas, e os passivos sao deduzidos 'do


" lucro das empresas, que hoje pagam alíquotas de 52% a 62%. No caso

-dos títulos públicos, a tributação é a transferência do bolso esque~

do para o direito - o governo, para colocar seus títulos, paga de

juros adicionais o que recolhe de impostos. Muito mais simples seria

esquecer os juros corno simples transferências financeiras, nem os

considerando corno rendimento tributável nem corno despesa dedutível.

Trata-se, mais urna vez, de aceitar apenas a substituição de con-

tribuintes.

o que interessa, no imposto de renda, é alargar o universo

dos contribuintes de fato, e nao o de responsáveis pelo recolhimen-

to. Quanto menor o número desses responsáveis, mas fácil se torna a

fiscalização efetiva do imposto. Por outro lado é preciso abandonar

preciosismos teóricos que não têm corno ser fisc~lizados, como o im-

posto de ganhos de capital em Bolsa, ou o imposto sobre grandes for-

tunas, ambos de arrecadação inexpressiva. Um imposto nunca e


. justo

se nao puder ser efetivamente cobrado. E, para que a cobrança efeti-

va seja possível, é preciso que o imposto seja simples.

No caso do imposto sobre a pessoa física, a redução do nú-

mero de alíquotas a· apenas três, zero, 10% e 25% foi um progresso

notável em direção à simplificação. A etapa complementar seria eli-

minar a alíquota intermediária eal~rgar o limite de isenção, de mo-

do a ter apenas duas alíquotas: O e 25%. Isso permitiria que o con-

tribuinte com várias fontes pessoas jurídicas se desonerasse do

mentialão ou da declaração de ajuste. A fonte principal, indicada pe-

lo contribuinte, descontaria o imposto de acordo levando em conta o

limite de isenção e a única dedução permitida, a dos dependentes.

As demais, descontariam autoITIiJticarnente 25':> de rendimento pago. Isto


.9 .

posto, a declaração de ajuste seria necessária apenas para os con-

tribuintes que percebessem rendimentos pagos por outras pessoas fí-

sicas ou por fontes no exterior, e para justificar a variação patri-

monial. Eventualmente, seria o caso de questionar a pr6pria necessi-

dade da declaração de ajuste, desde que os rendimentos pagos por

outras pessoas físicas e fontes externas fossem recolhidos no atual

"carnê-Ieão".

Na pessoa "jurídica, a principal revolução seria adicionar

ao atual lucro tributável os juros pagos e subtrair os juros recebi-

dos, corno base de cálculo 40 imposto, lembrando que juros nada mais

são do que transferências de capital~

A Constituição de 1967 incorporou à economia brasileira um

sistema tributário funcional e mode~no, e que serviu de modelo para

outros países mais avançados. Nos últimos anos o sistema decaiu por

três fatores: o romantismo da constituição de 1988, o preciosismo

que esquece que tributo justo é o que se consegue cobrar e nao o que

vai nos sonhos dos cientistas sociais, e a aceleração da inflação e

o consequente efeito Tanzi. O resultado foi uma incrível complicação

do sistema tributário, cujo exemplo mais psicodélico foi a declara-

ção de ajuste da pessoa física no exercício de 1990, base 1989. A

tributação dos lucros da pessoa jurídica hoje é escorchante. s6 que,

" nunca foi tão fácil sonegar quanto hoje. É hora de simplificar os

impostos e cobrá-los efetivamente. Nesse sentido a tributação dos

rendimentos de capital (lucros, juros, aluguéis) seria limitada a

35%.
·10.

OS CAMINHOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Qualquer esquema sadio de- seguro social deve basear-se

no princípio de capitalização: os trabalhadores poupam, durante o


,
seu período de atividade~ uma fração de sua renda que e aplicada
num fundo de investimentos. Os rendimentos desse fundo permitem
pagar-lhe uma aposentadoria na fase de inatividade. Desde que o nú-

mero de anos de contribuição, de aposentadoria, de percentagem re-

colhida dos salários e de pagamento das pensões sejam compatíveis

com a taxa de juros, o sistema fecha matematicamente. Na realida-

dade, o número de anos de recebimento da aposentadoria varia de um

indivíduo para outro, conforme sua maior ou menor longevidade. ~las


- I

a média pode ser prevista pela lei dos grandes números. Os siste-

mas de previdência privada costumam funcionar nesse regime, onde

as reservas técnicas garantem o cumprimento dos compromissos assu-

midos pelo programa, ainda que nenhum novo trabalhador entre no


fundo. E, em regime permanente, as reservas técnicas dos fundos de

pensa0 transformam os trabalhadores, que são só seus legítimos prQ

prietários, em capitalistas.

A Previdência Social obrigatória foi instituída no Bra-

sil no primeiro governo Vargas, aparentemente dentro do regime de

capitalização, mas assentando-se sobre uma premissa ilusória: a

contribuição seria tri-partite, um terço do Governo, um terço dus

empresas, um terço dos trabalhadores. A primeira contribuição, u

do Governo, partia da ficção muito arraigada na cultura brosil·!ird


.
até pelo menos a Constituiç50 de 1988, de que o Governo e CQP~.L~ ,i·,
.11.

criar recursos do nada. Como isso nao é verdade, o Governo só po-

deria buscar ess~s recursos lançand~ impostos sobre o capital e,o

trabalho, ou seja, reduzindo o universo dos contribuintes efetivos

a trabalhadores (inclusive os não beneficiários do sistema de Pre-

vidência, o que seria tremenda injustiça) e titulares de rendimen-

tos de capital. Quanto às empresas, ou elas repassariam os custos

adicionais da mão de obra aos preços, ou os deduziriam dos salá-

rios pagos a seus 'empregados. Com efeito, a empresa contabiliza o

empregado pelo que ele lhe custa, seja em termos de salário, seja

em termos de encargos sociais. Isto posto, o trabalhador acaba in-

diretamente arcando com a contribuição da empresa, via diminuição

do salário real.

o problema fundamental, é que todo sistema compulsório

de Previdência Social faz jorrar dinheiro qual Rei Midas nos pri-

meiros anos de sua instituição, quando há muitos trabalhadores con

tribuindo e ainda não houve tempo para que uma massa significativa

se aposentasse. Esse período é a tentação do governo para mandar

para o espaço esse acréscimo de receita no regime de caixa. No ca-

so brasileiro, o Governo simplesmente nunca entrou explicitamente

com sua cota-parte no regime tripartite. E as reservas técnicas

que se acumulavam, foram empregadas em financiamentos habitacio-


A

nais a juros reais fortemente negativos, e apliçações congeneres.

Isto posto, no início da década de 1960 a Previdência Social já

havia entrado no apelidado regime de repartição, ou seja, da mao

para a boca : não mais eram as reservas técnicas cujos rendimentos

pagavam as aposentadorias, pois elas nao mais existiam. Mas as

contribuições dos trabalhadores em atividade. Nesse momento g~:-a-

va-se a bola de neve da transferência entre gerações, onde os jo-

vens pagavam as despesas dos velhos e doentes.


· .12.

Na realidade, o Brasil nao foi o único país a sofrer es-

sa destruição atu.arial da Previdência Social. O mesmo aconteceu

nos Estados Unidos, e praticamen~e em todos os países com sistemas

compulsórios de seguro social. O problema do regime de reparti-

ção ~ que ele cria tremendas il~s5es quanto ~ capacidade de con-

cessão de benefícios do sistema. Enquanto crescem o emprego e 05>

salários reais sempre parace haver mais lugares para a festa, e em

termos práticos isso convida ~ extensão dos benefícios a um uni-

verso cada vez malor de segurados.

Na d~cada de 1970, quando tudo parecia correr às mil ma-

ravilhas, criou-se a aposentadoria do trabalhador rural, a exten-

são dos benefícios do seguro saúde, sem nenhum lastro em novas con

tribuiç5es. Na d~cada de 1980, com a interrupção do crescimento e-

conômico, começaram a surgir os primeiros sinais de advertência.

Em particular, com o aumento da vida m~dia dos indivíduos, a re-

lação entre aposentados e trabalhadores economicamente ativos ele-

vou-se significativamente. Outros países haviam enfrentado o mesmo

problema, mas captaram a mensagem: de um lado,. a aposentadoria por

tempo de serviço perde o sentido quando a melhoria da assistência

a saúde permite o prolongamento da vida humana. De outro lado,

diante de incertezas atuariais, ~ prudente limitar a garantia de

benefícios. Infelizmente a Constituição de 1988, votada no fervor

romântico da revolta contra a aritm~tica, parece ter captado a men

sagem inversa, consagrando a aposentadoria por tempo de serviço e

os benefícios do seguro social como se o governo pudesse criar re-

cursos do nada.

A essa altura o Governo só tem uma alternativa váL.Ja:

mostrar claramente à população que há um conflito de interesses

entre os aposentados e o resto da sociedade. Não se trata de fo-

mentar uma luta de classes, mas de revelar uma obviedade aritm6-


·13.

tica. Num sistema previdenciário que funciona em regime de caixa,

os aposentados n~da recebem pela sua contribuição no passado, a

qual já se transformou em pó: ma~ pelo o que 'os ainda nao aposen-

tados contribuem para o sistema, que hoje funciona qual cadeia da

felicidade. Isto posto, pagar mais aos aposentados significa ti-

rar mais contribuições do resto da população.

~ indispensável que o governo consiga transmitir e~sa

mensagem à sociedade para caminhar para uma segunda etapa indis-

pensável: isolar as contas da Previdência social do Orçamento da

União. A Previdência pagará o que puder, em função do que arreca-

dar. Sem isso, o déficit da previdência corre o risco de se trans-

formar num saco sem fundos. Isto posto, se se quer dar mais aos

aposentados, das duas uma: reduza-se o coeficiente de desperdício

dri sistema com a burocracia e a corrupção, ou aumentem-se as con-


,
tribuições. É claro que a palavra mágica é o combate a corrupçao,

mas, enquanto os efeitos não se manifestam sobre a arrecadação, ou

se aumentam as contribuições ou se raClonam os benefícios.

Terceiro, é preciso reconstruir o sistema do seguro so-

cial voltando à estaca zero. O sistema tem um passivo atuarial a

descoberto: o valor presente do que terá que pagar aos já aposen-

tados e do que deve aos que irão se aposentar pelas


• contribuições

já feitas no passado. Esse passivo a descoberto· é uma herança ne-

gativa da sociedade pelos recursos que o governo arrecadou compul-

soriamente dos segurados e mandou para o espaço. A melhor maneira

de financiar esse buraco é por um imposto geral neutro; trata-se

de um sacrificio a ser partilhado. por toda a sociedade, e nao es-

pecificamente por trabalhadores, empresas ou capitalistas. A 100-

lhor solução é financiar o seu desembolso por um imposto sobro o

valor adicionado, nas mesmas bases do ICMS (ainda que o uso d~

mesma base de cálculo exija Reforma Constitucional). O objetivo


.14.

desse imposto, que deve substituir atuais excrecências fiscais co-

mo o FINSOCIAL e.a Contribuição social sobre o lucro das empresas

deve ser devidamente explicado à. sociedade: trata-se da respon-

sabilidade coletiva sobre urna massa falida, pois a sociedade nao

pode ignorar os compromissos firmados com os atuais aposentados . .

No mais, o seguro social deve voltar ao regime de capi-

talização, aí se enquadrando os novos compromissos por futuras

aposentadorias e o segu~o saúde. O Fundo de Garantia de Tempo de

Serviço e o PIS-PASEP devem incorporar-se a esse sistema: ambos

são esquemas de capitalização, o primeiro introduzido em 1966 pa-

ra oferecer uma alternativa à estabilidade, o segundo introduzi-

do no Governo Medici em 1971 para criar um vasto investidor ins-

tituicional e, de raspão, solucionar o enigma constitucional da

partição nos lucros. No caso, os contribuintes são necessariamente

individualizados, o empregado e o empregador.

Essa parte nova do seguro social deve ser privatizada

nos moldes chilenos pelo. menos como opção de cada trabalhador, que

deve escolher a empresa de Seguro Social que bem entender, podendo

mudar, inclusive, de urna para outra. Essa é a única maneira de as-

segurar que o Estado, com a garantia da continuidade das contri-

buições, não caia na tentação de incidir naquilo que ele próprio

capitula como crime contra a economia popular: a formação de ca-


deias da felicidade.
ENSAI OS ECONOMI COS DA EPGE

100. JUROS. PRECOS E DIVIDA PUBLICA - VOL I: ASPECTOS TEORICOS


- Marco Antonio C. Mar'tins e Clovis de Faro - 1987Cesgotado).
101. JUROS. PRECOS E DI VI DA PUBLI CA - VOL I I: A ECONOMI A BRAS! LEI -
RA -1971/85 - Antonio Salazar P.Brandao. Clovis de Faro e Marco
À. C. Mar·t.! ns - 1987 (esgot.ado).
102. MACROECONOMIA KALECKIANA - Rubens Penha Cysne - 1987(esgotado).
103. O PREMIO DO DOLAR NO MERCADO PARALELO. O SUBBFATURAMENTO DE
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HeI anda Bar' bosa. Rubens Penha Cysne e Mar cos Cost.a Hoi anda -1987
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104. BRAZILIAN EXPERIENCE WITH EXTERNAL DEBT AND PROSPECTS FOR
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105. KEYNES NA SEDICAO DA ESCOLHA PUBLICA Antonio Maria da
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106. O TEOREMA DE FROBENIUS-PERRON - Carlos Ivan Simonsen Leal
1987. (esgo"tado)
1'07. POPULACAO BRASILEIRA - Jesse Montelo - 1987 (esgor..,ado).
108. MACROECONOMIA - CAPITULO VI: "DEMANDA POR MOEDA E A CURVA Ll-i" -
Mario Henr·ique Simon;;en e Rubens Penha Cysne - 1987 (esgotado).
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110. MACROECONOMI A - MODELOS DE EQUI LI BRIO AGREGATI VO A CURTO PPAZO
- Mar i o Henr i que Si monsen e Rubens Penha Cysne 1987
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Sergio Ribe~ro da Costa Werlang e Tommy Chin-Ci'liu
CONCEPTS OF
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1987
(esgotado) .
112. PRECOS LI QUI DOS ( PRECOS DE VALOR AOI CI ONAOO) E SEUS
DETERMINANTES; DE PRODUTOS SELECIONADOS. NO PERIODO 1980/1'
SEMESTRE,/1986 - Raul Ekerman - 1987. (esgot.ado)
113. EMPRESTIMOS BANCARIOS E SALDO-MEDI O: O CASO DE Pi<:ESTACOES
Clovis de Faro - 1988 (esgotado).
114. A DI t.fAt-IT CA DA I NFLACAO Mar i o Henr' i que Si T(IOnSerl
C Ecosgo1Jado) .
115. UNCERT AI NTY A\IERSI ONS ANO THE OPTMAL CHOI SE OF OPRITOLIO
James Dow e Se~gio Ribeiro da Costa Werlang - 1989 (esgotado)
118. O CICLO ECONOMICO - Mario Hen~ique Simonsen - 1988 (esgot.ado)
117. FOREI GN CAPI TAL AND ECONOMI C GROWTH - THE BRAST LI AN CASE STUDY
- Ma~io Henrique Simonsen - 1988 (esgot.ado)
118. COMMON KNOWLEDGE - Sergio Rib~iro da Cost.a Werlang 1988
C esgotado) .
119. OS FUNDAMENTOS DA ANALISE MACROECONOMICA Mario Henrique
Simonsen e Rubens Penha Cysne - 1988 (esgotado).
120. CAPITULO XII - ESPECTATIVAS RACIONAIS - Mario Henrique Simonsen
1988 (esgotado).
121. A OFERTA AGREGADA E O MERCADO DE TRABALHO Mario Henrique
Simonsen e Rubens Penha Cysne - 1988 (esgotado).
122. INERCIA INFLACIONARIA E INFLACAO INERCIAL Mario Henr~que

Simonsen - 1988 (esgotado).


123. MODELOS DO HOMEM: ECONOMIA E ·ADMINISTRACAO - Antonio Maria da
Silveira - 1988. (esgo~ado)
124. u~DERINVOICING OP EXPORTS. OVERINVOlt~CING OP IMPORTS. M~D THE
DOLLAR PREMIW~ ON THE BLACK MARKET Fernando de Holanda
Barbosa. Rubens Penha Cysne e Marcos Costa Holanda 1988
( esgotado) .
126. O REINO MAGICO DO CHOQu~ HETERODOXO Fernando de Holanda
Barbosa. Antonio Salazar Pessoa Brandao e Clovis de Fa~o - 1988
C esgotado) .
126. PLANO CRUZADO: CONCEPCAO E O ERRO DE POLITICA FISCAL Rubens
Penha Cysne - 1988. (esgotado)
127 . TAXA DE JUROS PLUTUANTE 'lERSUS CORRECAO MONET ARI A DAS
PRESTACOES: UMA COM? A? ACAO NO CASO DO SAO E I NFLACAO CONST A?~TE
- Clovis de Faro - 1988. (esgotado)
128. CAPITULO 11 - MONETARY CORRECTIOr..s AND REAL .INTEREST ACCOW~TING

- Rubens Penha Cysne - 1988. (esgotado)


129. CAPI TULO I I I - I NCOME ANDDEMAND POLI eI ES IN BRAZ! L
'Penha Cysne - 1988. (esgotado)
130. CAPI TULO I V - BRAZI LI AN ECONOMY IN THE EI GHTI ES AND THE DEBT
CPI SI S - Ruberls, Penha Cy~rle - 1988. ( esr;rot ado)
131. THE BRAZILIAN AGRICULTURAL POLICY EXPERIENCE: RATIONALE ANO
FUTURE DI RECTI ONS Ant.onio Sal azar Pessoa Brandao
198.8. (esgotado)
132. MORATORIA INTERNA. DIVIDA PUBLICA E J~~OS REAIS - Marla Silvia
• Bastos Marques e Sergio Ribeiro da Cost.a Werlang
1988. (esgotado)
133. CAPITULO IX - TEORIA DO CRESCIMENTO ECONOMICO - Mario Henrique
Simonsen - 1989. (esgotado)
134. CONGELAMENTO COM ABONO SALARIAL GERANDO EXCESSO DE DEMM~DA

Joaquim Vieira Fer~eira Levy e Sergio Ribeiro da Costa Werlang


-1988. (esgot..ado)
135. AS ORIGENS E CONSEQUENCIAS DA INFLACAO NA A.\fERICA LATINA
Fernando de Holanda Barbosa - 1989.(esgot.ado)
136. A CONTA-CORRENTE DO GOVERNO -1970/1989 Mario Henrique
Simonsen - 1989. (esgotado)
137. A REVIEW ON THE THEORY OF COMMON KNOWLEDGE - Sergio Ribeiro da
Costa Werlang - 1989. (esgotado)
138. MACROECONOMIA - Fernando de Holanda Barbosa - 1999 (esgotado)
139. TEORIA DO BALANCO DE PAGAMENTOS: UMA ABORDAGEM SIMPLIFICADA
Joao Lui z Tenr·ei ro Ba~roso - 1989. (esgotado)
140. CONTABILIDADE COM JUROS REAIS Rubens Penha Cysne
1989. (esgotado)
14.1. CREDIT RATIONÜ~G AND THE PERMANEl..fT INCOME HYPOTHESIS - Vicent.e
Madrigal. Tommy Tan. Daniel Vicent.. Sergio Ribeiro da Costa
Wer·lang - 1989. (esgotado)
14.2. A AMAZONIA BRASILEIRA - Ney Coe de Oliveira - 1989. (esgotado)
14.3. DESAGIO DAS LFTs E A PROBABILIDADE IMPLICITA DE MORATORIA
Mar·ia Silvia Bastos: Marques e Sergio Ribeiro da Cost.a Werlang -
1989. (esgotado)
14.4.. THE LOC DEBT PROBLEM: A GAME-THEORETICAL ANALYSIS Mario
Henrique Simonsen e Sergio Ribeiro da Cost.a Werlang-
1989. (esgotado)
145. ANALI SE COt.,j"VEX A NO Rn Mario Henrique Simonsen
1989. (esgot ado)
1.!6. A COt~TROVERSI A MOI..JET ARI ST A NO HEM! SFERI O NORTE Fernando de
Holanda Barbosa - 1989. (esgo~ado)
147. FISCAL REFORM ANO STABILIZATION: THE BRAZILIAN EXPERIENCE
-Fernando d€!' Holanda Ba.rbo~a, Antonio Salazar Pessoa Brandao e
Clovis de Faro - lGS9.(esgotado)
148. RETORNOS EM EOUCACAO NO BRASIL: 1976/1986.

• Carlos Ivan Simonsen Leal e Sergio Ribeiro da Costa Werlang


!. 19a9.(esgotado)
149. PREFERENCES, COMMON KNOWLEOOE ANO SPECULATIVE TRADE James
Dow,Vicente Madrigal e Sergio Ribeiro da Costa Werlang
-1990. (esgotado)
150. EDUCACAO E DISTRIBUICAO DE RENDA - Carlos Ivan Simonsen Leal e
sergio Rib~iro da Costa Werlang - 199o (esgotado)
151 OBSERVACOES A MARGEM DO TRABALHO - A AMAZONI A BRASI LEI RA
li li Ney
Coe de Oliveira - 1990. (esgotado)
152. PLANO COLLOR: UM GOLPE DE MESTRE CONTRA A INFLACAO ? - Fernando
de Holanda Barbosa - 1990. (esgotado)
153. O EFEITO DA TAXA DE JUROS E DA INCERTEZA SOBRE A CURVA DE
PHILLIPS DA ECONOMIA BRASILEIRA Ricardo de Oli veil"a
Cavalcanti - 1990 (esgotado)
154. PLANO COLLOR: CONTRA A FACTUALIDADE E SUGESTOES SOBRE A
CONDUCAO DA POLITICA MONETARIA-FISCAL - Rubens Penha Cysne
1990. (esgotado)
156. DEPOSITOS. DO TEsOtJRO: NO BANCO CENTRAL OU NOS BANCOS
COMERCIAIS'? - Rubens Penha Cysne - 1990 (e~gotado)

156. SISTEMA FINANCEIRO DE HABITACAO: A QUESTAO DO DESEQUILIBRIO DO


FCVS -. Clovis de Faro - 1990.(esgotado)
157. COMPLEMENTO DO F ASCI CULO N2 151 DOS tlENSAI OS ECONOMI COS" CA
AMAZONI A BRAS! LEI RA:> - Ney Coe de 01 i vei r- a - 1 990. (esgotado)
158. POLITICA MONETARIA OTIMA NO COMBATE A INFLACAO - Fernando de
Holanda Barbosa - 1990.Cesgotado)
~

159. TEORIA DOS JOGOS - CONCEITOS BASICOS - Mar-io Henrique Simonsen


- 1990. (esgotado)
160. O MERCADO ABERTO BRASILEIRO: ANALISE DOS PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS - Fernarldo de Holanda Barbosa - 1990. Cesgot.ado)
161. A RELACAO ARBITRAGEM ENTRE A ORTN CAMBI AL E A ORTN MONET ARI A
Luiz Guilher-me Sc:hymur-a de Ollve~r-a - 1990.(esgot..ado)
162. SUBAODI TI VE PROBABI LI TI ES AND PORTFOLIO INERTIA Mario
Henri qtle Simonsen e Sergio Ribeiro da Costa Werlang
1990. (esgot.ado)
16.3. MACROECONOMI A COM M4 - Carlos Ivan Simonsen Leal e Ser'g~o
, Ribeiro da Cost.a Werlang - 1990. (esgotado)
164. A RE-EXAMINATION OF SOLOW'S GROWTH MODEL WITH APPLICATIONS TO
CAPITAL MOVEMENTS - Neanlro Saavedra Rivano - 1990.(esgot.ado)
165. THE PUBLIC CHOICE SEDI TI ON: VARI ATI ONS ON THE THEME OF
SCIENTIFIC WARFARE Ant.onio Maria da Sil veira
1990. (esgotado)
166. THE PUBLIC CHOPICE PERSPECTIVE AND KNIGHT'S INSITTUTIONALIST
BENT - Ant.onio Maria da Silveira - 1990. (esgot.ado)
167. TIiE INDETERMINATION OF SENIOR . .:. Antonio Maria da Silveira
1990. (esgotado)
168. JAPANESE DIRECT INVESTMENT IN BRAZIL ~ Neant.ro Saavedra Rivano
- 1990. (esgolado)
169. A CARTEIRA DE ACOES DA CORRETORA: UMA ANALISE ECONOMICA - Luiz
Guilher·me Schymura de Oliveira - 1991.
170. PLANO COLLOR: OS PRIMEIROS NOVE MESES - Clovis de Faro - 1991.
171. PERCALCOS DA INDEXACAO EX-ANTE - Clovis de Faro - 1991.
172. NOVE PONTO SOBRE O PLANO COLLOR 11 - Rubens Penha Cysne - 1991.
173. A DINAM[CA DA HIPERINFLACAO Fernando de Holanda Barbosa,.
Waldyr Muniz Oliva e Elvia Mureb Sallum - 1991.(esgot.ado)
174. LOCAL CONCAVIFIABILITY OF ?REFERENCES AND DETERMINACY OF
EQUILIBRIUM - Mario Rui Pascoa e Sergio Ribeiro da Costa
Werlang - maio de 1991.
175. A CONTABILIDADE DOS AGREGADOS MONETARIOS NO BRASlL Car'los
Ivan Simonsen Leal e Sergio Ribeiro da Costa Werlang - maio de
1991. (esgot~ado)

176. HOMOTHETIC PREFRENCES - James Do~ e Sergio Ribeiro àa Costa


Werlang - 1991.
177. BARREIRAS A ENTRADA NAS INDUSTRIAS: O PAPEL DA FIRMA PIONEIRA -
Lui.z Guilherme Schymura de Oliveira - 1991. (esgotado)
178. POUPANCA
I
E CRESCIMENTO ECONOMICO - - cASo BRASILEIRA Mario
Henriq.ue Simonsen - agost.o de 1991.
179. EX CESS VúLATI LI TY OF srOCK PPI CE:~ AND KNI GHTI AN UNCERT AI NTY
James Do"" e S€-rgio Ribeiro da Cost.a Werlang - 1991.
180. BRAZIL - CONDITIONS FOR RECOVERY - Mario Henrique Simonsen - 1991.
181. THE BRAZILIAN EXPERIENCE WITH ECONOMIC POLICY REFO~~S AND PROSPECTS
FOR THE FUTURE - Fernando de Holanda Barbosa - Dezembro de 1991.
182. MACRODINÂMICA: OS SISTEMAS DINÂMICOS NA MACROECONOHIA - Fernando de
Holanda Barbosa - Dezembro de 1991.

183. A EFICIÊNCIA DA INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA - Fernando de


Holanda Barbosa - Dezembro de 1991.
184. ASPECTOS ECONOMICOS DAS EMPRESAS ESTATAIS NO BRASIL: TELECOMUNICA-
~ÕES, ELETRICIDADE - Fernando de Holanda Barbosa, ~lanuel Jeremias
Leite Caldas, ~lario Jorge pina e Hélio Lechuga Arteiro - Dezembro
de 1991.

185. "THE EX-ANTE NON-OPTIMALITY OF THE DEMPSTER-SCHAFER UPDATING RULE


FOR AMBIGUOUS BELIEFS" - Sérgio Ribeiro da Costa Werlang e James
Dow - Fevereiro de 1992.

186. NASH EQUILIBRIUM UNDER KNIGHTIAN UNCERTAINTY: !REAKING DOWN BACl<WARD


INDUCTION - James Dow e Sérgio Ribeiro da Costa Wer1ang - Fevereiro
de ~992.

187. REFORMA DO SISTEMA FINANCEIRO NO BRASIL E "CENTRAL BANKING" ""A ALEMA-


NHA E NA ÃUSTRIA - Rubens Penha Cysne - Fevereiro de 1992.

188. A INDETERMINAÇÃO DE SENIOR: ENSAIOS NORMATIVOS - Antonio Maria da


Silveira - Março de 1992.

189. REFORMA TRIBUTÃRIA - Mario Henrique Simonsen - Março de 1992.

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