Relatório Clinica
Relatório Clinica
Relatório Clinica
TEORIA COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
PARANAVA
Í 2022
CAROLINA TOMIKO BRAMBILA UEDA
DESIRÉE CAZUZA ISMAIL
EDUARDO LOPES DE OLIVEIRA
IZABELY CREPALDI ALMEIDA
MARIANA BRAMBILA
MEIRIELE CRISTINA SEBASTIÃO
MURILO DA SILVA SANTOS
TEORIA COGNITIVO
COMPORTAMENTAL
PARANAVA
Í 2022
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SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.
..................................................................................................................................
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................6
2.1. SESSÃO DE AVALIAÇÃO INICIAL................................................7
2.2. TÉCNICAS COGNITIVAS COMPORTAMENTAIS.......................7
2.3. PSICOEDUCAÇÃO SOBRE O MODELO COGNITIVO…...........8
2.4. REGISTRO DE PENSAMENTO DISFUNCIONAL.......................8
2.5. TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA ……… 8
2.6. REGISTRO DE PENSAMENTOS
2.7. CARTÃO DE ENFRENTAMENTO
3. OBJETIVOS GERAIS.......................................................................................8
4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS...........................................................................9
5. METODOLOGIA................................................................................................9
6. JUSTIFICATIVA.................................................................................................9
7 . REFERÊNCIAS.............................................................................................14
8.APÊNDICES.....................................................................................................14
9.1 APÊNDICE A – (C.)...........................................................................10
9.2 APÊNDICE B – (C; D).......................................................................19
9.3 APÊNDICE C – (G; J.V; V;C.H;G.C)..............................................29
9.4 APÊNDICE D – (S.)............................................................................41
9.5APÊNDICE E – (A.)............................................................................53
9.6APÊNDICE F – (V.)...........................................................................65
9.7APÊNDICE G – (N.)..........................................................................77
10. ANEXOS...........................................................................................................96
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1. INTRODUÇÃO
Durante o estágio, o aluno chega à clínica e leva sua folha de supervisão para a
supervisora Camila Petyck, assinar com os horários de entrada e saída. Após assinar a
folha de registo de estágio, aguardamos dar o horário de atendimento em uma
antessala para a chegada do paciente para o seu atendimento.
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Usamos a abordagem da Terapia Cognitivo Comportamental ou conhecida
como TCC, que é baseada nos conceitos do Behaviorismo, uma abordagem
psicoterápica. Foi fundada por Aron Beck, neurologista e psiquiatra e que no início
dos anos 60, iniciou com os estudos de um modelo cognitivo da depressão. A TCC
entende que os humanos interpretam os eventos como a maneira como eles nos
afetam, não os eventos em si. Ou seja: é assim que todos olham, sentem e pensam
sobre situações que causam desconforto, dor, tristeza ou qualquer outro sentimento
negativo. (Aron Year, 2018).
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
.
As emoções são comparadas a um sinalizador, uma vez que
mesmo que seja uma emoção negativa, ela sinaliza quando algo não vai bem, o
mesmo com as emoções positivas no qual demonstra e impulsionam a
comportamentos.
As sessões da TCC são estruturas que devem conter uma verificação do humor
e definir a pauta, definir objetivos a serem alcançados e solicitar Feedback, podendo
haver também solicitação de tarefa de casa. A duração padrão das sessões dura em
torno de 45 a 50 minutos, mas a primeira pode levar até 1 hora. (BECK, 2021, p. 87).
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A solicitação do Feedback: Ao psicólogo e pedido no final da sessão,
estimular o Feedback fortalece o vínculo também dá ao paciente a chance de expressar
o que pensa e comunicar algum mal entendido e ao terapeuta a chance de se explicar.
(BECK, 2021).
Nem sempre o paciente vai falar tudo na avaliação inicial, portanto a coleta de
dados continua além da avaliação inicial, com o finalidade de confirmar, alterar ou
acrescentar o diagnóstico.
A sessão de avaliação inicial não só serve para coleta de dados como também
para verificar se somos o terapeuta apropriado para aquele caso e familiarizar o cliente
no processo terapêutico. Nem sempre a avaliação dá certo na primeira sessão, depende
de como o cliente chega na sessão, vamos coletando dados conforme o cliente nos
fala. Podendo haver perguntas em cima daquilo que ele diz.
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indispensáveis no tratamento, elas são focadas na alteração de pensamentos e
comportamentos.
Colocando o paciente em modo que ele possa repetir novamente suas palavras
para que possa verificar sua própria compreensão. No entanto, pode ser mais fácil para
um terapeuta iniciante dedicar parte da primeira sessão à psicoeducação sobre a
relação entre situações desencadeantes, imagens ou pensamentos automáticos e
respostas (emocionais, comportamentais e físicas).
O modelo cognitivo usando o próprio exemplo do paciente. Tento limitar
minhas explicações a algumas frases de cada vez, pessoas com depressão, em
particular, têm dificuldade de concentração. Também pedi ao paciente que repetisse o
que eu disse com suas próprias palavras para que eu pudesse verificar se ela havia
entendido. Se suas habilidades cognitivas estiverem prejudicadas ou limitadas, eu uso
materiais de aprendizagem mais específicos, como rostos com várias expressões para
expressar emoções, personagens de desenhos animados com "balões de pensamento"
no alto.
As pessoas com TPH devem ser o foco de atenção, mas essa característica
de funcionamento é comum a outros transtornos, e essa semelhança às vezes
pode acabar dificultando um diagnóstico correto.
Diferentes formas de tratamento para o transtorno de personalidade
histriônica são principalmente modelos de psicoterapia individual, grupal e familiar,
ou seja, medicamentos prescritos também podem ser administrados por
profissionais qualificados. É importante enfatizar que os medicamentos não são
prescritos para tratar o TPH, mas para aliviar sintomas recorrentes como
ansiedade, depressão e agressividade que costumam estar presentes na maioria
dos diagnósticos de transtorno de personalidade histriônica. Durante a
psicoterapia, durante uma conversa, o especialista deve estar atento a vários
aspectos do paciente, como postura, vestimenta, comportamento e aparência do
paciente, pois isso é importante para que o terapeuta consiga fazer um
diagnóstico.
O terapeuta deve obter informações sobre o paciente com familiares e
amigos, pedir-lhes que relatem seu comportamento na vida diária e fazer as
seguintes perguntas, de acordo com Dalgalarrondo:
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O objetivo do terapeuta na terapia é ajudar o paciente a tomar consciência
de seus pensamentos, comportamentos e atitudes com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida para si e para seus entes queridos, que também são afetados
pelo comportamento inadequado do paciente histriônico.
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Possíveis Resultados: Possivelmente, seu uso exclusivo se deve
pelo motivo de estar sendo empregada em um estudo científico que tem
como objetivo analisar apenas o uso da psicoeducação, diferentemente de
uma psicoterapia a qual é composta por diferentes técnicas empregadas
ao longo das sessões. Na psicoterapia para hipertensos, ela é utilizada
junto com o treino cognitivo, sendo esta intervenção mista pouco
pesquisada no campo acadêmico (LIMA-SILVA; YASSUDA, 2012). O que
se pode concluir é que a psicoeducação pode ser incluída em diferentes
conjuntos de técnicas como forma de auxiliar na saúde do paciente.
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para aumentar seu animo e assim sendo feito como habito no seu dia a dia.
(CONCEIÇÃO, 2020).
TÉCNICA: SOLTE A PANELA
Nessa técnica foi utilizada frases de algumas situações como por exemplo:
Ação do outro.
Hoje gostaria que tivesse chovendo.
Minhas palavras.
Evitar sair
Aprender coisas novas.
E o terapeuta perguntava ao cliente se ele tinha ou não controle dessas
situação, fazendo com que ele entendesse que nem sempre as coisas
dependiam dele, e que ele não tinha responsabilidade sobre as coisas que
ele não tem controle.
2 OBJETIVOS GERAIS
Promover a saúde mental para população de Paranavaí e região.
3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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• Possibilitar a forma gratuita do acesso à psicoterapia.
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5.METODOLOGIA
A prática clínica é desenvolvida na escola/clínica da Unifatecie na cidade de
Paranavaí localizada na Avenida Distrito Federal, 623, centro, um lugar agradável
com salas bem espaçosas para facilitar o tratamento do paciente.
Na clínica/Escola nós recebemos o paciente e fazemos uma avaliação inicial e
explicamos os termos para o mesmo, são dois termos para os pacientes assinaram, um
é sobre compromisso de presença onde se o mesmo tiver três faltas será substituído, o
outro é do sigilo, onde essas informações colhidas nas sessões serão usadas somente
para pesquisas.
A avaliação inicial serve para coletarmos dados e as queixas do paciente,
dados como se a pessoa sofre com alguns transtornos ou se tem filhos, maridos, suas
religiões, sua vida social e profissional, sua saúde e se tem lazer ou hobbies, a sessão
dura cinquenta minutos e em alguns casos precisa levar essa avaliação para outra
sessão pelo fato de o tempo não ser suficiente.
Esse estágio serve para que o aluno possa desenvolver uma visão geral da área,
o que é o papel do psicólogo e do psicodiagnóstico.
Vamos usar o método da psicoterapia breve por termos pouco tempo com os
pacientes, que é de um ano, essa ênfase é de foco, com limite de tempo e focando o
empenho na sua resolução.
4 JUSTIFICATIVA
Os atendimentos foram abertos para população em geral de Paranavaí-PR e
região, com terapia, sendo oferecido uma vez na semana em prol da melhoria das
pessoas que buscam por esses atendimentos, proporcionando saúde para adolescentes,
adultos e crianças.
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Foram estabelecidas algumas regras na qual os pacientes deveriam cumprir,
como horários e caso o paciente tenha três faltas consecutivas ele perde pela vaga do
atendimento e a direção da clínica passa essa vaga para um outro paciente que esteja
na fila de espera.
Foi estabelecido também para os pacientes, o sigilo, onde tudo que eles
falaram para os estagiários, ali irá permanecer. Estabelecendo o sigilo para que o
vínculo seja fortalecido e o paciente se sinta mais à vontade para trazer suas queixas
aos estagiários.
5 REFERÊNCIAS
APÊNDICE A
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: CAROLINA TOMIKO BRAMBILA UEDA R.A: 16622
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 14/03/22
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Na entrevista inicial da paciente, começamos com a apresentação e logo ela se sentiu à
vontade para apresentar a queixa principal que foi um trauma familiar, uma desunião
entre as pessoas da família, explicou que a mãe sempre foi muito ausente e o pai só
teve contato direto 2 vezes durante toda a vida. Além dessa falta de aproximação, os
seus avós que eram seu apoio familiar estavam sempre mudando de cidade, uma vez
que seu avô trabalhava um uma hidrelétrica, no qual nunca ficava em uma única por
muito tempo. Apesar desse momento, foi casada por 10 anos, mas não durou muito, de
acordo com o relato sofreu 2 traições e uma grande decepção amorosa. Tem um filho
de 1 ano e 6 meses que mora com ela e a faz muito feliz. Se sente realizada em sua
profissão de maquiadora, mas acredita possuir algum diagnóstico de doença
psicológica, uma vez que apresenta diversas crises de ansiedade.
Nesta sessão, foi relatado sobre a estrutura familiar e como a paciente sente falta de
ter uma relação familiar. Além disso, explicou sobre sua decisão profissional que
apesar de ser formada em educação física, ela é realizada como maquiadora e se
sente feliz e agradecida por sua profissão.
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4° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 04/04/2022
Foi discutido nessa sessão, sobre relacionamentos conjugais, o que ela sente em
relação ao antigo relacionamento e a forma como se prepara para um novo. Possui
uma difícil relação com o tio e a avó, pessoas essas que eram o seu suporte familiar e
hoje não possui mais tanto contato. Esclareceu a relação com o pai, que não possui
contato, mas sente muito carinho por ele, apesar da distância. Já com o a mãe, se sente
carente pois ela sempre foi mais independente e não se importava tanto com essa
relação mãe-filha.
Nessa semana, a paciente chegou dizendo que não tinha nada para falar, então
retomamos sobre a sua infância e os acontecimentos marcantes de sua vida, ela se
mostrou muito feliz em compartilhar e relembrar esses momentos, mas muito
angustiada por se sentir sozinha durante a fase adulta.
Paciente relatou nesta semana sobre seus traumas do passado e como isso a afeta hoje
em dia. Contou sobre sua maior dor que é a insegurança com o filho, que se sente
“ameaçada” pela família do ex marido. Nessa sessão, foi construído um vínculo maior
entre nós e sendo assim, ela se sentiu mais confortável e disposta. No feedback da
sessão, ela afirmou que cada vez se sentia mais confiante e disponível a aceitar a
psicoterapia.
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Paciente faltou, pois seu filho estava doente.
Foi apresentado nesse dia um problema com a mãe do ex marido, pois não se sente
confortável na presença dela. Então, foi apresentado a técnica “Distinção entre
pensamentos e fatos”, no qual ficou como “tarefa” ela apresentar o que era
pensamentos positivos e negativos de acordo com as situações. Sobre a respiração
diafragma, foi indicado a fazer a técnica cada vez que se sentir ansiosa em qualquer
situação.
Na sessão do dia nove, foi dado um feedback sobre as últimas sessões. Ela se
mostrou bem empolgada pois ao sair para um show no fim de semana, se arrumou e
recebeu vários elogios. Mostrou também uma evolução na relação com o pai do seu
filho. Se mostrou insatisfeita quando se referiu a procrastinação, pois isso a impede
de fazer tarefas que ela julga simples.
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11° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 23/05/2022
Na sessão do dia 30, a paciente relatou ter conhecido a nova namorada do ex marido e
como ela se sentiu livre nessa situação, uma vez que tinha uma dependência
emocional e achava que a situação não chegaria onde está.
Disse que após a psicoterapia, ela consegue distinguir as reações e atitudes.
Relatou nessa sessão sobre o que mais me machuca, a sua relação familiar,
principalmente com seu tio e avó, apesar da situação tem medo de perde-los e ficar
com a consciência pesada. Sente que não tem família pelo fato do pai e da mãe
morarem longes e separados, além de tudo sente envergonhada com a relação pelo
fato de quando conhecer algum parceiro novo e não conseguir apresentar a família.
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15° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 20/06/2022
Nesse atendimento, foi relatado a sinceridade com as amigas e com isso traz um
sentimento de não saber se está certa ou errada, além disso trouxe mais uma vez a
relação com a família do ex marido. Sua relação familiar é desorganizada, mas sente
saudade da mãe e do irmão e foi trabalhado para que fosse visitar as pessoas que
sente falta, principalmente depois de discussões.
Nesse atendimento, foi aplicado uma dinâmica do filtro, no qual foi apresentado
situações de fala que passam por filtros e outras que não passam. Para que ela comece
a filtrar as suas falas para não sofrer as consequências principalmente quando o
assunto for sua sogra e suas amigas, porque são pessoas que muitas vezes, ela fala
coisas e magoa.
Nesta data não houve atendimento pois a aluna Carolina estava de atestado.
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Nesta data não houve atendimento pois a paciente faltou.
Na presente sessão, a paciente chegou relatando sobre as duas semanas que não havia
me encontrado, porém conseguiu lidar com todas as demandas e queixas presentes na
sua vida durante esse período. Como finalização de semestre e início das férias, foi
passado a ela uma tarefa sobre psicoeducação de pensamento, além da indicação de
leitura de alguns livros como “Mentes Inquietas”.
Após a volta das férias, a paciente relatou sobre suas conquistas e demonstrou muita
satisfação sobre as mesmas, pois iniciou uma leitura e conseguiu realizar pequenas
atividades que antes eram sinônimos de procrastinação. Queixou-se sobre sua
relação com o filho, uma vez que ele, de acordo com ela, está em uma fase difícil de
lidar.
Nesse momento, foi atribuída uma sessão livre, a paciente demonstrava felicidade e
animação pois a semana havia sido produtiva. Feliz com seus resultados e muitos
feedbacks positivos sobre a psicoterapia e em relação ao filho, se apresentava mais
tranquila aumentando assim felicidade.
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22° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 15/08/2022
Nesta sessão, a paciente trouxe demandas sobre o filho em relação a babá que ele
frequenta. Houve uma situação que a deixou muito preocupada e nervosa, então
houve o acolhimento e a técnica da respiração diafragma.
Nesta sessão, a paciente relatou problemas com a ex sogra e como esses problemas
influenciam as vivências e educação que ela propõe para seu filho, pois alguns hábitos
dessa avó paterna não a agrada, uma vez que desentendimentos e uma má convivência
entre as famílias afetam diretamente na educação e vivências da criança.
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26° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 19/09/2022
Na seguinte sessão, a paciente relatou sobre a semana e sobre como uma atitude da ex
sogra estava afligindo seus sentimentos, demonstrava desespero em relação a essa
atitude, mas ainda não sabia como relatar para ela, uma vez que eram questões
particulares mas que ainda influenciam na vida e criação de seu filho. Houve nessa
sessão, uma escuta e acolhimento.
Nesta sessão, a paciente relatou sobre suas relações de amizades, trouxe algumas
felicidades, mas também algumas queixas em relação às amigas, pois possui opiniões
diferentes umas das outras e isso gera grandes conflitos entre elas. Além disso, foi
aplicado o RPD.
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trás” quando o assunto é esse, pois acham que as pessoas hoje em dia não sabem dar
o devido valor que as pessoas realmente merecem.
Nessa sessão, a paciente relatou sobre a semana e chegou enfim ao assunto que mais
estava mais deixando ela angustiada, que era o filho, uma vez que ele está na fase do
“terrível two” e ela não sabe como lidar com isso, pois ele não a obedece e faz tudo
para afrontá-la. Disse que a parte que a deixou mais triste foi quando precisou dar
uma “palmadinhas” para que ele aprendesse e a respeitasse.
APÊNDICE B
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: DESIRÉE CAZUZA ISMAIL R.A: 5345
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 21/03/22
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Primeiro atendimento, paciente chorou bastante chegou bem fragilizada, relatando que
procurou pelos atendimentos porque estava com crises de ansiedades recorrentes. A
paciente mora no Sumaré, distrito de Paranavaí-PR. Como essas mesmas crises de
ansiedade estavam acontecendo com muita frequência, a mesma procurou por
atendimento médico no posto de saúde do seu bairro, onde passou por consulta
médica e o Dr. passou um medicamento para que essas crises fossem melhor
administradas. Em seguida ela procurou pelos atendimentos da Clínica Escola
oferecidos pela Unifatecie. Desde então iniciou os atendimentos e sempre agradece
pela oportunidade de estar ali, pois já viu uma melhora gratificante! Trouxe como
queixa também a sua insatisfação com a relação que tem com essa mãe que não é nada
boa, relatou que a mãe sofre de depressão e bipolaridade, mas que se recusa a fazer
tratamento. Desta forma, os problemas que a mãe tem com o tempo desencadeou
ansiedade na filha e por isso ela tem buscado ajuda dia após dia, e agradece o tempo
todo pela oportunidade de estar ali, pois já vê uma melhora benéfica e gratificante,
relatou que está confiante e alegre com os resultados.
Paciente relatou que está fazendo uso de remédios controlados e que já viu uma
melhora muito grande na sua ansiedade e vai procurar por um psiquiatra para associar
com a terapia, para melhores resultados. Relatou também que sua mãe não está
conversando com ela e que a relação delas estão bem difíceis dentro de casa.
Paciente trouxe queixas sobre o seu esgotamento em relação ao seu trabalho, que
está ficando muitas horas a mais do que o combinado. Relatou também, que não teve
mais crises de ansiedade na última semana, que os remédios têm ajudado muito ela.
Contou também, que está pensando em
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voltar para a igreja que ela já frequentava antes, mas, que tem medo do julgamento das
pessoas, do que os outros vão pensar. E que a relação dela com a mãe dentro de casa
melhorou.
Paciente trouxe queixas novamente sobre seu trabalho e sobre o seu âmbito familiar,
onde seu irmão não está querendo ir mais para a escola e sempre chora para não ir,
pois diz que não gosta mais da escola. Apresentou também, dizendo que seus patrões
estão jogando funções para ela executar que não fazem parte do combinado e que ela
está desanimada e está querendo sair do seu emprego pois não está feliz mais
naquele lugar.
Paciente trouxe mais uma vez a queixa do seu trabalho e disse para os seus patrões
que eles podem procurar outra pessoa para substituir ela pois eles não estão
cumprindo com o combinado. Disse também que segunda-feira passada, teve uma
crise de ansiedade, mas que se medicou e dormiu, no outro dia estava bem melhor.
Paciente chegou bem feliz, pois as crises estão bem amenas, que os remédios estão
fazendo efeito muito bem. Mas ainda está reclamando muito do seu trabalho pois
não a pagam corretamente e não cumprem com o combinado dos horários que foram
estabelecidos por eles mesmos, e estão prejudicando seus estudos no período
noturno. Relatou que quer arrumar outro emprego pois não está mais feliz ali.
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7° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 02/05/2022
Paciente relatou que não aguentou e acabou pedindo para sair do seu trabalho, eles
atrasaram o pagamento dela e as cobranças começaram a chegar. Relatou também
que os clientes dela fizeram um PIX no celular do namorado dela e ele usou o
dinheiro para sair com os amigos, o mesmo dinheiro que ela usaria para pagar as
contas que estavam atrasadas.
Paciente trouxe queixas sobre seu relacionamento que está com dependência
emocional e está tratando o namorado como se ele fosse filho e que isso tem a feito
mal. Ele usou o dinheiro dela para sair com os amigos. Trouxe também
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que cortaram a luz da casa dela e ela estava muito triste. E que está fazendo seus
doces para vender na rua e está vendendo bem.
Paciente trouxe uma demanda nova, sobre o seu uso de drogas com o namorado.
Onde havia dito no início dos atendimentos, mas não havia entrado em detalhes até o
momento porque não estava preparada para falar. E hoje, se sentiu à vontade e
preparada para falar. Contou tudo, fiz escuta e acolhimento pois a paciente ficou
muito fragilizada.
Paciente trouxe sobre seus planos futuros no seu novo empreendimento, e que está
feliz com a sua boa relação com a mãe.
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Não houve atendimento, pois eu Désirée estava de atestado. Entreguei o atestado
para Juliana, tirou xerox e anexou na minha pasta.
Paciente trouxe queixa sobre seu namoro, que ele, seu namorado não está dando
carinho e atenção para ela, que ele está muito frio. Ela conversou com ele e o cobrou
dizendo que quer que ele mude e apresentou para ele as coisas as quais estavam
incomodando-a.
Paciente está muito feliz e realizada com os doces que faz para vender, que está
dando tudo certo. Está feliz também pois o seu relacionamento com a sua mãe está
muito bem e saudável. E, que seu namorado está se comportando de forma mais
carinhosa depois que ela o chamou para conversar.
Paciente disse que não tinha nada a falar, que estava tudo bem na medida do possível.
Que não tinha mais nenhuma demanda para trabalhar. Eu estagiária, segui a
orientação da minha supervisora de estágio, falando para a paciente que vamos
trabalhar uma possível alta.
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17° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 18/07/2022
Paciente chorou com a dificuldade que passa com a mãe, chorou muito e não
conseguiu falar muito pois estava muito fragilizada! Eu respeitei o momento, ouvi e a
acolhi.
Paciente disse que está tendo muitas brigas e discussões com a mãe e que por conta
dessas discussões vai sair de casa, pois a convivência está cada vez pior entre as duas.
Relatou também, que a mãe fica jogando na sua cara as coisas que ela usa para a
produção de seus doces que ela faz para vender. Disse também, que a mãe bebe
cerveja e deixa de comprar o leite pro irmão para comprar cerveja, deixando o irmão
pequeno sem o leite. E que essa falta de responsabilidade da mãe a deixa muito triste e
nervosa ao mesmo tempo.
Paciente relatou que já contou para seus pais que vai sair de casa, e que já pagou o
primeiro aluguel e que vai se mudar assim que possível. Relatou também que ela se
inscreveu em um curso de confeiteira e foi sorteada e ganhou um kit no valor de MIL
REAIS e está muito feliz. Disse também que os
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pais ficaram tristes por ela sair de casa, mas, entenderam e estão ajudando ela com
as coisas de casa e mudança, mobília etc…
Paciente relatou que está muito feliz com a sua evolução. Disse também que a casa
que ela está alugando deu certo, e que o pai dela vai fazer uns paletes para ela
começar a mobiliar a casa e que por enquanto ela não pode comprar móveis novos.
Relatou também que vai fazer umas diárias no mercado da cunhada dela para ajudar
nas finanças da casa.
Neste dia, eu Desirée, atendi a paciente das 09:30 às 11:30 pois estava repondo
as horas do dia 14/03 que eu Desirée estava de atestado.
Paciente relatou que vai casar, que já irá mexer com a pintura da casa e vão mudar, ela
e o namorado. Relatou também que a mãe saiu de casa, pois o pai estava traindo a
mãe. Disse que o celular do pai começou a receber notificações sem parar e o pai
estava no banho, sendo assim a mãe resolveu olhar o celular e quando viu ele estava
trocando mensagens com uma mulher. No dia seguinte a mãe resolveu sair de casa e
foi para uma cidade vizinha na casa de um irmão com o filho mais novo.
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Neste dia, eu Desirée, atendi a paciente das 09:30 às 11:30 pois estava repondo
as horas do dia 20/06 que eu Desirée estava de atestado.
Paciente avisou a secretária da clínica escola que não iria comparecer, mas chegou
um pouco atrasada pois estava fazendo sua mudança e conseguiu comparecer ao
atendimento. Disse que não iria comparecer mas de última hora deu tempo e eu
consegui atendê-la. Estava muito eufórica, com a sua mudança para a casa nova e
muito feliz também.
Paciente contou sobre a finalização da mudança para a casa nova. Que estava
tentando organizar tudo um pouco de cada vez, pois ela é sozinha e quando o
marido chega do trabalho ajuda ela com mais um pouco, mas que estava super feliz
de ter o cantinho dela e que dia após dia ela vai deixar a casa dela como sempre
sonhou.
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Paciente faltou novamente.
APÊNDICE B
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: DESIRÉE CAZUZA ISMAIL R.A: 5345
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 26/09/22
Paciente relatou que se sentiu melhor desde o nosso último encontro e conversa que
tivemos na terapia. Relatou que teve uma crise de ansiedade a alguns dias atrás e que
precisou ser hospitalizado, que o Dr que atendeu ele havia receitado um
medicamento novo e que ele está se sentindo muito melhor com esse medicamento
que o médico receitou a ele.
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28° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 10/10/2022
Paciente relatou sobre o seu relacionamento com seu parceiro, fez queixas e disse
que tem sofrido muito com a indecisão e jogo de desinteresse que o parceiro faz com
ele.
Paciente trouxe sobre seu trabalho e sobre a vida pessoal, dizendo que depois que
começou a fazer a terapia que tem melhorado muito a sua relação em casa e em seu
trabalho. Que esta mais centrado e focado em coisas que lhe traz beneficios ao seu
corpo e mente.
Escuta e acolhimento pois o paciente trouxe queixas sobre o seu trabalho, dizendo que
se sente excluido as vezes, e que duvida de sua capacidade no ambito de trbalho para
desenvolver suas funçoes. Deste modo, se cobra muito em relação ao pessoal tambem
e que começa a se sentir inseguro com tudo ao seu redor.
Paciente faltou.
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Paciente relatou sobre o seu relacionamento. Disse que esta tudo fluindo muito bem,
depois que ele parou de se importar e fazer tanta questão. Que ele esta focado somente
nele mesmo e que o resto será consequencia. Que seu parceiro esta muito carinhoso
com ele e eles estao tendo uma relação muito boa e hamoniosa, que ambos tem
crescido muito um com o outro nesses ultimos meses. Paciente relatou tambem, quem
esta muito feliz com o seu crescimento pessoal, profissional e em seu relaciomento.
Trabalhei com o paciente uma o encerramento dos nossos encontros, pois na semana
seguinte, sera nosso ultimo encontro. Deste modo, mostrei pro meu paciente como ele
chegou até os atedimento e como ele esta atualmente, mostrando uma melhora muito
significativa. Ele ficou muito feliz, de poder olhar pra tras e reconhecer suas fraquezas
e poder ressignifica-las. Paciente ficou muito feliz e emocionado. Disse tambem que
tem outra relação com a sua familia, depois que passou a interagir mais com eles nas
refeiçoes principais.
APÊNDICE C
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: EDUARDO LOPES DE OLIVEIRA R.A: 5369
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 14/03/22
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Primeiro atendimento com a paciente “G” de 17 anos, esta informou que é atleta,
pratica o salto em altura em provas de atletismo. Iniciou o curso de Fisioterapia na
UNIFATECIE no ano de 2022. Reside junto com sua mãe e dois irmãos, sendo estes
com idades de 14 anos e 3 anos. De acordo com a paciente, a mãe faz uso de drogas e
que seu irmão de 14 anos também o faz. “G” relata que existem muitos conflitos na
residência principalmente entre ela e o irmão de 14 anos, segundo ela a relação entre
os dois se deteriorou após este começar a fazer uso de drogas. A mãe se encontra
utilizando tornozeleira eletrônica, devido ao fato de já ter sido presa pelo
envolvimento com drogas, se encontra grávida, porém irá entregar a criança para a
adoção, sendo acompanhada por psicólogo do fórum de Paranavaí.
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tratamento terapêutico, está informou que está muito ansiosa e que sofre com
pensamentos disfuncionais sobre si mesma. E que também seu convívio familiar com
os demais está se tornando cada vez mais difícil, e que em certos momentos pode ter
uma parcela de culpa.
A paciente “G” chegou 10 minutos atrasada, relata que houve conflitos com a mãe
durante a semana, o motivo é que a mãe faz comparações entre a paciente e o irmão de
14 anos como quem a paciente também tem atritos. “G” diz que sua mãe está fazendo
uso de tornozeleira eletrônica pois já foi presa pelo crime de tráfico de drogas, a mãe
está gestante de 6 meses e pretende entregar a criança para a adoção, em razão disto
faz acompanhamento psicológico uma vez por mês. Relatou se frustrar com suas
amizades pois segundo ela se dedica mais a amizade do que seus amigos e acaba não
se sentindo retribuída no que faz. Está ansiosa com a competição de atletismo que irá
participar no próximo sábado, sente medo de não corresponder às suas próprias
expectativas e a das outras pessoas com quem convive. Foram realizados exercícios de
respiração e confecção de cartão de enfrentamento para ajudar a lidar com possíveis
frustrações.
41
4° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 04/04/22
A paciente “G” chegou 15 minutos atrasada, chegou com seu chinelo arrebentado,
segundo ela aconteceu no caminho até a clínica, se mostrava agitada com o fato, se
sentindo envergonhada. Relatou que a semana não houve brigas com a mãe, porém
não estava se sentindo bem, pois estava procrastinando com assuntos relativos à
faculdade e sua dieta alimentar enquanto atleta. Foi realizado Psicoeducação de
pensamento, sendo passado como exercícios para serem feitos, que “G”, tomasse nota
de sua rotina durante a semana, e os pensamentos que surgem quando procrastina.
A paciente “G” chegou calada, disse não estar se sentindo confiante com a próxima
competição que irá participar, e que não consegue se concentrar em coisas boas,
somente em seus erros. Foi realizado exercício escrito para o paciente visualizar seus
pontos positivos. Foi solicitado que “G” escrevesse uma carta para ela mesma para ser
lida após a competição e que a escrita não levasse em conta o resultado obtido na
competição.
42
*PACIENTE FALTOU*
*PACIENTE FALTOU*
*PACIENTE FALTOU*
*PACIENTE FALTOU*
APÊNDICE C
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: EDUARDO LOPES DE OLIVEIRA R.A: 5369
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 23/05/22
O paciente J.V. chegou à seção um pouco retraído, foi realizado preenchimento dos
termos e contrato de atendimento. Após isto foi realizado avaliação inicial,
questionando o paciente o motivo que o levou a procurar psicoterapia. Este passou a
relatar que tem dificuldade em seus relacionamentos interpessoais, principalmente
nas questões referentes a
43
relacionamento amoroso, onde segundo ele não consegue assumir compromisso sério
com quem se relaciona, que não é por falta de afetividade, e sim quando começa a
evoluir a relação ele se torna indiferente fazendo com que a parceira perca o interesse
e termine o relacionamento, questionado como se sente com o término, disse não se
importar mas que mesmo assim continua com sentimentos pela pessoa em questão.
Questionado se em todos os relacionamentos ele tem esta postura, relatou que desde o
primeiro quando tinha 15 anos. Nesta data paciente tem 20 anos, está cursando direito
na Unifatecie, e que seus amigos são na maioria amigos de infância e não consegue
fazer novas amizades, não se sente à vontade em se abrir sentimentalmente com
ninguém. Foi explicado a “J.V.” como funciona a abordagem terapêutica da Terapia
Cognitiva Comportamental.
*PACIENTE FALTOU*
*PACIENTE FALTOU*
*PACIENTE FALTOU*
*PACIENTE FALTOU*
44
APÊNDICE C – AVALIAÇÃO INICIAL (V.)
APÊNDICE C
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: EDUARDO LOPES DE OLIVEIRA R.A: 5369
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 20/06/22
*PACIENTE FALTOU*
APÊNDICE C
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: EDUARDO LOPES DE OLIVEIRA R.A: 5369
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 27/06/22
Paciente “C.H.” tem 27 anos, foi realizado preenchimento dos termos e contrato de
atendimento. Após isto foi realizado avaliação inicial, questionando o paciente o
motivo que o levou a procurar psicoterapia. De acordo com “C.H.” terminou um
relacionamento de 10 anos, e que após o término, surgiram brigas e acabou sendo
preso 3 meses por ameaçar a ex. companheira, segundo “C.H.” o casal tem dois filhos
sendo estes com idades
45
de 03 e 08 anos, e que fica com os filhos nos finais de semana, mas se veem todos os
dias pelo celular. Atualmente “C.H.” está morando com a mãe e a irmã, está
trabalhando em uma empresa de seus primos e não consegue deixar de conversar com
a ex. companheira, fica enviando mensagens e acompanhando suas mídias sociais
(Stalker = perseguidor) e pedindo que reatem o relacionamento, porém não é atendido.
A ex-companheira se encontra em novo relacionamento e possivelmente está grávida
de outra pessoa. “C.H.” não se conforma com o fim do relacionamento, acredita que
tinham uma vida maravilhosa e que deveriam continuar juntos, sente culpa pelo fim do
relacionamento e relata que tem pensamentos suicidas que ocorrem no período da
noite, questionado se ele está sozinho quando vem esses pensamentos, diz ser quando
está na casa de sua mãe, quando deita para dormir, mas que vem diminuindo a
frequência destes pensamentos. Foi explicado a “C.H.” como funciona a abordagem
terapêutica da Terapia Cognitiva Comportamental, e passado com exercício a ser
realizado que “C.H.” procure não conversar ou procurar a ex. companheira, limitando
a conversa entre os dois exclusivas a temas relacionados a seus filhos.
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3° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 11/07/22
*PACIENTE FALTOU*
47
6° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 08/08/22
APÊNDICE C
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: EDUARDO LOPES DE OLIVEIRA R.A: 5369
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 15/08/22
A paciente “G.C” relatou estar sofrendo de crises de ansiedade que tem por motivos
recentes seu relacionamento, passou por consulta com Drº Edjair, médico psiquiatra
que orientou a paciente a buscar a psicoterapia. De acordo com a paciente, está
fazendo uso de Bup10mg e Topiramato 50mg 1cp por dia e que procurou ajuda
psiquiátrica e psicoterápica após descobrir que seu namorado trocava mensagens com
outra pessoa com que ele já havia se relacionado, a paciente diz ter “perdoado” o fato
para continuar com o relacionamento. Ao ser questionada quanto de sua família se
emocionou ao falar da mãe, segundo ela a mãe cuida de sua avó paterna o que
sobrecarrega a mãe, então sempre que é possível ela ajuda a mãe, e acaba por abdicar
de várias coisas que gostaria de fazer. Sobre o pai relata não possuir um bom
relacionamento com este e que ele faz uso de bebida alcoólica todos os dias. Ainda
relata que por volta dos 12 anos acreditava ser
48
homoafetiva e que quando a familia descobriu sofreu com a intolerancia, no entanto
hoje diz não sentir atração pelo mesmo sexo, sua mãe e ela são frequentadoras da
igreja Testemunha de Jeová. “G.C” durante a avaliação inicial apresentava sinais de
nervosismo, angústia e choro.
Paciente relata que sua autoestima está abalada, e que fica se comparando com a
pessoa com quem segundo ela o namorado a traiu, e que se sente feia se comparando a
referida pessoa. Não consegue parar de pensar no que aconteceu, diz que o percebe o
namorado mais atencioso, apaixonado, carinhoso e que se sente mais amada. No
entanto gostaria que não precisasse ter acontecido o fato que a incômoda para ele ter
mudado e tem medo de fazer planos por medo de se frustrar. Psicoeducação e
acolhimento.
Paciente relata que fica vasculhando as redes sociais do namorado a procura de algo
que ela julgue traição, ela tem as senhas dos aplicativos e do aparelho celular do
namorado. Pela primeira vez a paciente se referiu a si como gorda. Ao ser questionada
sobre brigas, respondeu que são frequentes todas as vezes que ela lembra da suposta
traição. Ao ser questionada o porquê desse comportamento, diz não querer ser
enganada novamente, e que não entende porque perdoou o namorado que segundo ela
nunca imaginou tendo este comportamento. Psicoeducação, foi sugerido que a
paciente escrevesse durante seus dias até a próxima sessão, todos os pensamentos
negativos( pensamentos disfuncionais) que surgissem e o que levou a pensá-los.
49
4° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 05/09/22
Paciente relatou ter escrito o que lhe foi pedido sobre pensamentos disfuncionais,
achou melhor escrever em seu aparelho celular por medo de alguem da familia ter
acesso, foi sugerido a ela se poderia lê-los ou se preferia que o terapeuta o fizesse. Ao
começar ler os pensamentos a paciente se emocionou, nos relatos a paciente se achava
feia, gorda e que não era o tipo de mulher que o namorado gostava, em outro relato diz
ter acessado o facebook do namorado para ver quem são as mulheres que fazem parte
de sua rede amigos e quais curtiram as postagens do namorado e quando foram estas
curtidas. Foi realizada a Técnica da Cadeira Vazia, sendo mostrado um vídeo da
referida técnica, onde a paciente se identificou com a personagem do vídeo, dizendo
que foi na infância em que ela começou a se sentir feia e gorda. Foi confeccionado o
cartão de enfrentamento.
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6° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 19/09/22
As queixas sobre não conseguir ficar sem brigar com o namorado continuam, e que na
última briga o namorado cogitou a possibilidade do término do relacionamento, que
segundo ele não está fazendo bem para ela e também começando a afetar. Foi
realizado teste de crenças de Robert Leahy, a paciente respondeu o teste no formato
digital, foi apresentado o questionário em um notebook onde a paciente teve
dificuldade em interpretar algumas questões, sendo necessário o terapeuta explicar. Ao
ser questionada o porquê o namorado está com ela, a paciente não soube responder.
Após a correção do teste de personalidade ficou evidenciado no teste Transtorno de
Personalidade Paranóide. Foi sugerido ao paciente que tentasse se conter no que diz
respeito a brigar pelo fato ocorrido, sendo realizado cartão de enfrentamento.
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9° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 10/10/22
APÊNDICE D
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: IZABELY CREPALDI ALMEIDA R.A: 16652
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
Relatou que há 20 anos foi estuprada, mas isso não vinha a incomodando nesse
primeiro momento, sua queixa principal era sua mudança de setor no serviço e suas
colegas estavam a tratando de forma diferente, que a menina que estava no lugar onde
está agora está com cara feia, mas estava gostando do serviço, pois ocupava bastante
sua mente. Relatou que mora sozinha e é divorciada, têm dois filhos, um que mora
em Paranavaí e um que mora fora do país no qual tem um filho.
52
Fez faculdade de gestão pública, trabalha no colégio, era merendeira, agora
cuida do recebimento dos alimentos e fala qual merenda tem que ser feita no dia,
também é responsável pela parte dos uniformes. Não anda tendo muita vida social pois
está economizando dinheiro já que as coisas não andam fáceis, e tem que pagar sua
casa e seu carro, gosta de sair, bater papo com as amigas e assistir filme.
Faz bastante uso de medicamentos, para dormir, dores no corpo, pressão alta,
diabete, colesterol, não soube me dizer certinho os nomes pois eram muitos. Ano
passado já fez acompanhamento seu psiquiatra recomenda pois depois do estupro
desencadeou várias coisas. Agradeceu-me e agradeceu a Unifatecie disse que o que
trabalho que fazemos ali é muito lindo, deixando nossos problemas em casa e estando
ali para ouvir e acolher em um mundo que poucos escutam que muitas pessoas
precisam de terapia e não tem condições e a faculdade ofertar esse atendimento é
ótimo.
S. estava mais calma e relatou que está com a pressão caindo e que por isso
faltou semana passada e tem médico quarta-feira. Disse que ainda não resolveu o
problema da herança com a irmã.
Ontem saiu para passear, mas voltou rápido pois passou mal, comentou que
quando aposentar pensa ir morar com a filha fora do país e que lá seria melhor. Me
disse que quando estava chegando na clínica viu seu Ex marido e entrou rápido na
clínica para ele não a ver já tentou reatar, mas não tem jeito ele não muda.
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Fiz respiração diafragma com ela e uma Psicoeducação de pensamentos, ela
adorou e disse que iria fazer sempre e me disse que vai viajar visitar a filha que mora
fora do país e está bem ansiosa com a viagem.
Chorou ao lembrar do irmão que fez papel de pai em sua vida e morreu brigada
com ela por conta dessa irmã, esse irmão tentou contato, mas ela não conhecia o
número e acabou não retornando à ligação, em um bar onde seu irmão frequentava
pois era alcoólatra o dono do bar disse que ele ficava pedindo perdão e ao questionar
ele por isso disse que fez muito mal pra sua família, conta que gostaria de ter falado
com esse irmão antes dele ter morrido.
54
funcionava a questão do uniforme e seus olhos brilhavam ao falar dos alunos que
estavam se vestindo de farda, que era tudo muito lindo.
Está pensando demais na viagem e isso vem lhe causando dor nas pernas e nos
braços. Da outra vez comprou roupa nova mais dessa vai com
55
as que tem não vai comprar nada pois sua situação financeira vai demorar um pouco
pra se estabilizar, por isso foi atrás de pedir o cálculo da aposentadoria para ver
quantos vai tirar mais ou menos, porque já não está mais aguentando ir trabalhar não
se conforma com as coisas erradas que a direção vem fazendo.
Relatou que está bem corrido na escola, pois está acontecendo uma prova do
estado, e está a dois dias em pé na cozinha e nos pés parece que tem agulha, está com
dor de cabeça, está forçando o braço para cortar mandioca e carne e fora as dores estão
bem, estar aguardando alguns resultados de exames pois está com quedas de pressões
frequentes. Acordou nervosa hoje falou algumas coisas na escola no qual veio se
arrepender, reconheceu seu erro e pediu desculpas.
Vai levar seu anel de formatura para sua filha e que o primeiro brinco que sua
filha a teve, perdeu com as mudanças e isso deixa ela triste. Acertou os últimos
detalhes da viagem agora só esperar o dia.
Em seguida pedi que ela escrevesse em um papel ela me relatou coisas como
gula, ansiedade em coisas que não tem controle e nas coisas
56
que tem controle colocou querer demonstrar amor e aprender coisas novas, depois
conversamos sobre seus itens.
Esse atendimento foi de via on-line, pois DS. está viajando, entrou atrasada e saiu da
reunião mais cedo pois não se encontrava bem, estava vomitando o que dificultou o
atendimento. Me contou que a viagem foi tranquila, mais do que ela esperava e que
encontrou brasileiro, já que um dos seus medos era não encontrar e alguma coisa dar
errada, reforcei com ela então a importância da Psicoeducação de pensamentos e de se
manter com eles positivos.
Chamada on-line, me contou que foi no hospital pois na quinta passada não
estava bem, disse que lá é tudo muito rápido diferente daqui, assim que chegou já foi
fazer uma série de exames pra ver o que tinha, até raio x fizeram, mais não
encontraram nada, que estava bem melhor mais perdeu 5 quilos, me mostrou lá fora
como é, é que lá tem muito verde e ela se encanta com o tanto de verde que tem lá que
choveu pedra e que foi diferente do que é aqui, ao trocar de cômodo me mostrou a
filha e o neto vai ter festa de aniversário sábado da filha não sabe quanto tempo que
não passa o aniversário com a filha. Me contou que a filha faz uma terapia com ela,
mas ela não sabe explicar direito mais que é diferente do Brasil, pedi pra se informar
certinho e me passar.
Disse que está bem feliz, mas às vezes bate uma tristeza questionei se pensava
em algo quando a tristeza batia, ela disse que não que só sentia vontade de ficar mais
quieta no canto, pontuei que poderia ser a vontade de desacelerar já que tudo hoje em
dia é acelerado. Disse que o Ex tá tentando voltar com ela que estão conversando
bastante e que ele quer que ela vá morar com ele mais ela não quer morar junta mais
gostaria de voltar, sugere que eles namorassem sem morar na mesma casa e ela disse
que sugeriu
57
isso pra ele mais que ele quer estar junto, pontuei que a melhor solução seria a
conversa que é a base de tudo e ela disse que sempre que conversam acabam brigando
e que sempre foi assim, disse pra ela que voltar pra brigar não seria uma boa que um
relacionamento a base é a conversa e a missão de um relacionamento é transbordar o
outro.
58
fora do país a qual Dona S. estava visitando contratou uma enfermeira para ficar
com ela, perdeu o apetite as amigas e o filho levava comida pra ela no portão porém
ela não comia porque não descia. Me contou que ficou entristecida com a filha
porque ela avisou seu ex que estava com covid, que ela não tinha que ficar passando
informações da vida dela pra ele.
Perguntei a Dona S. como foi a semana, ela disse que estava tudo bem que
ainda estava mal por conta do covid, mais tava mesmo era incomodada com umas
coisas, as quais perguntei quais eram, Dona S, me contou os perrengues que passou na
viagem pra voltar embora, o motivo dela não ter conseguido embarcar foi por conta da
mala que se perdeu, ela ficou bastante assustada, sua sorte foi um grupo de brasileiro
que estavam passando pela mesma situação e ajudaram ela.
Esse mesmo grupo foi com ela até um hotel que foi pago pela companhia por
conta da mala que se perdeu eles perderam o próximo voo e tiveram que esperar
com esse atraso dona S, perdeu três passagens que tinha comprado pra retornar pra
casa, lhe causando um prejuízo.Quando conseguiu recuperar sua mala ela estava
quebrada e toda bagunçada.
Aconselhei ela a procurar seus direitos porque isso tinha como recorrer e ela me
contou que iria atrás.
59
Dona S. chegou bem, porém quieta, quase não conversando... reclamou que o
cabelo tava caindo demais e ela estava esquecida, comentei com ela que poderia ser
sequelas do covid e ela disse que iria procurar um médico pra passar uma vitamina
alguma coisa.
Dona S. tirou a sessão para me contar da vida do ex, das traições e de como ela
descobria todas elas, me contou que ela ia atrás dele de moto de madrugada só pra
pegar ele no flagra e isso não foi nenhuma e nem duas vezes, disse que uma vez ficou
de tocaia esperando ele sair do motel e ele bem viu ela lá quando ele saiu, uma outra
vez me contou que foi pra um lugar onde não conhecia ninguém e os conhecidos dela
também não estariam nesse lugar de madrugada, chegou no barzinho sozinha e ele lá,
perguntei como ela conseguiu ainda voltar com ele depois de tantas traições, tantas
vezes vendo ele com outra.. ela não soube me responder falei pra ela que era pra ela
pensar nisso.
Dona S, chegou um pouco abalada na sessão disse que o marido de uma amiga
tinha falecido a algum tempo e ela e uma outra amiga, foi visitar a viúva no domingo
chegando lá se depararam com uma cena horrível, a casa estava suja, desorganizada o
quintal só o mato crescendo.. Dona S. disse que ficou em choque e acha que essa
amiga está entrando em depressão, relatou que essa amiga não está comendo e que
disse que não tem ânimo nem pra trabalhar.
Perguntei então a causa da morte, ela me disse que ele foi morto.. eles estavam
juntos a 30 anos e que ele achou uma mulher na rodoviária largou tudo e foi morar
com ela, essa mulher foi envolvida com alguns presidiários e eles acham que foi por
conta disso que ele foi morto que os presidiários envolvido com a mesma mandaram
matar ele.
60
E agora quem está sofrendo é sua amiga, aconselhei a dona S. ficar atenta
aos sinais, a indicar a ela a terapia, e comunicar os filhos a situação que se deparou
la.
Dona S, disse que a semana foi tranquila, que não conseguiu parar de pensar
na amiga que lutou pra amiga ir final de semana na casa dela e não conseguiu mais
que não iria desistir dela. Me perguntou como funcionava o processo de alta. Percebi
que Dona S. a duas sessões comenta mais sobre os outros do que dela, como se
estivesse me escondendo algo.
E essa sessão não foi diferente, me conto sobre uma amiga que trabalhava com
ela que queria se aposentar, mais que estava com medo do salário diminuir, foi no
núcleo pedir pra mulher somar e ela não quis, o filho dessa amiga tem uma ótica no
qual chamou a mãe pra trabalhar com ele meio período e a tarde cuidar dos netos no
qual ele pagaria pra ela ter uma renda a mas, dona S. disse que se fosse ela já teria ido.
Ficar perto dos filhos, cuidar dos netos e de quebra ter uma renda a mais.
Dona S. chegou quieta, me contou sobre sua semana que estava normal e não
tinha acontecido nada de diferente. Foi uma sessão de silêncio, onde fiquei bastante
incomodada porque Dona S. não falava.. mas Dona S. estava relativamente tranquila,
ficava me falando o tempo todo, puxa um assunto não sei o que falar. Perguntei sobre
seu serviço, se estava fazendo seus exercícios, seus hobbies, e ela me respondia
apenas com respostas curtas.
61
22° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 08/09/22
Me contou sobre todos os tipos de drogas e tudo de mal que ela causa, que a
primeira vez que o neto foi internado foi levado às forças, utilizaram a camisa de
força, me contou a diferença da recuperação de lá e a daqui do Brasil.
62
delas era na “frente” onde se faz ligações aos pais quando os filhos estão mal, e com
essa nova função que a diretora inventou as crianças não saem lá da frente passando
mal.
A diretora com a saída dos militares anda brava, pediu pra ela marcar suas
consultas e afazeres na hora do almoço, e ela disse que não tinha como porque as
consultas eram em Maringá. Com as novas funções D. S anda bastante o que faz com
que seu pé doa, ela já entregou na escola uma declaração onde o médico diz que ela
não pode passar muito tempo em pé.
Disse que tem uma nova pessoa saindo com ela, mas que essa pessoa gosta
muito de baile e ela disse que não gosta de frequentar esses lugares, mas quando ela
quiser sair pra comer um lanche ou ir na igreja terá sua companhia. Me contou que
sentiu ciúmes do ex, entrou uma funcionária nova na escola a mesma que está se
insinuando pro ex. Sua amiga disse que iria ficar de olho e falar pra ela qualquer coisa
no momento ela concordou depois pediu pra não falar pois não quer saber pra não
ficar mal.
Dona S. chegou relatando que realmente vai fazer cirurgia e que já levou os
papéis para marcar, esta só esperando a data e que provavelmente será nos dois pés.
Conto que isso não está lhe preocupando porque está bastante preocupada com a
filha, porque ela quase não está respondendo.
O serviço da filha muda de horário sempre e ela fica sem saber qual horário a
filha está fazendo, pergunta pro neto às vezes e o neto só responde dizendo que está
bem. Me disse que o ex também a procurou e quer voltar e ela pediu algumas
explicações pra ele de tudo o que está acontecendo na vida dele. Ela quer voltar mas
não quer, está confusa. Me disse que ele era perfeito porém mulherengo, me disse que
a solidão dói. Aconselhei a sair, conhecer gente nova, ela me relatou que não
consegue imaginar ela com outro homem.
63
Fiz uma atividade com ela de vantagens e desvantagens desse relacionamento,
ela ficou bastante incomodada disse que não sabia como colocar no papel, falei que
era bom passar no papel para organizar as ideais, disse que não consegue aceitar as
traições dele, falei que ela não precisa aceitar e nem teve, coloquei ela pra pensar até
que ponto iria esse amor por ele por valer sua paz.
APÊNDICE E
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: MARIANA BRAMBILA R.A: 04681
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
64
Começamos o primeiro atendimento nos apresentando e explicando as sessões
e explicando os termos passados pela instituição para os atendimentos.
Paciente faltou.
65
uma resposta e não ser do seu agrado, tem um trauma em relação a isso, e entre essas
conversa marcaram de sair, e próximo ao horário de sair seu Ex mandou mensagem a
ameaçando informou que tem maria da penha contra ele, a bloqueou mas começou a se
sentir mal e já estava pronta pra sair, sua filha a chamou pra dar uma volta para ela
distrair um pouco, o rapaz que tinha marcado pra sair ficou insistindo para vela, com
essa insistência chamou sua vizinha para ficar de olho quando ele chegasse, rapaz
chegou eles ficaram no carro conversando relatou que gostou do rapaz e que ele o
roubou um beijo, após isso ele foi embora.
No outro dia eles conversaram pouco e ela com receio de ele não ter gostado
dela. Ficou com ansiedade por não saber o que ele achou dela e ela com medo de
perguntar e receber uma resposta não agradável.
Tem medo do seu Ex, por ele ser uma pessoa com passagem pela polícia, por
já ter batido em uma mulher, e ter roubado a casa dessa mulher.
Relação entre seus pais, seu pai era um homem muito sério, mas não deixava
faltar nada em casa, sua mãe era uma mulher que jogava muito para os homens.
Paciente trouxe uma questão que cria muita expectativa, em cima de algo
mesmo antes mesmo de poder acontecer, cria casos que talvez pode sair e acaba se
arrumando antes mesmo de ser chamada, e se frustra sempre com essas expectativas.
Tento conversar com o Ex e acabou se frustrando não tendo retorno, relata
que sem seus medicamentos acaba ficando mais agressivo. Focou mais no serviço
essa semana para ocupar a mente e se distrair, abriu, mas sua casa para receber sua
mãe e sua amiga, mesmo se sentindo desconfortável se
66
controlou para se socializar mais.
Está conhecendo um rapaz, eles saíram para se conhecer os amigos dele, e
foram comer um lanche, se sente mais leve quando está com ele, relata que parece
outra pessoa quando está com ele, diz que tem dupla personalidade. Relatou que foi
até o postinho de saúde e a enfermeira a pediu um encaminhamento ao psiquiatra mas
ela não quis aceitas ir novamente, diz que está se sentindo bem com os medicamentos
que está tomando.
Paciente relata que se sente muito triste quando acorda, sem ânimo, essa
semana trabalhou pouco, e que na sexta feira teve uma demanda maior de serviço e
acabou se esgotando e ficando cansada.
Relatou que na sexta tinha 3 encontros, mas não quis ir em nem uma, mas se o
outro rapaz tivesse chamado ela iria mesmo assim, não ligaria de estar cansada.
Fala ser uma pessoa muito egoísta, que não pensa no próximo. Traz a questão
que sua filha pega muito em seu pé, quando está em um encontro ela liga várias vezes
acabando atrapalhando, e quer ir embora da onde está o, mas rápido.
A paciente relata que esta semana se sentiu muito triste, não trabalhou muito e
se queixa de falta de cliente, que tem medo de crescer a clientela e não conseguir
atender por conta de dias não se sentir bem, acaba atendendo apenas seus parentes.
Falou que teve uma conversa com o rapaz que está se envolvendo se ele quer
algo sério, ele não deu uma resposta. Então outro rapaz a chamou para ir ao
pesqueiro, ela foi e se divertiu, ele a pediu em namoro e quer apresentar a família,
mas com receio disse para ele ir com mais calma, mas que não gosta dele e sim de
outro rapaz.
67
Aplicação de teste – questionário de crenças dos transtornos de
personalidade – forma reduzida (PBQ-SF)
Resultado: histriônicas: 21 / Borderline: 25
Relatou que o rapaz que estava se relacionando terminou com ela por mensagem e
disse que estava com problemas pessoais e que não queria se envolver nisso. Esta semana
não trabalhou muito por conta que fez uma progressiva e acabou se intoxicando por conta
de não estar usando luva e máscara. Disse que ficou de cama esta semana e que não pode
trocar os remédios porque eles ajudaram a aumentar sua libido, por conta do AVC teve
perda de libido.
A paciente relatou que sua semana foi corrida e que atendeu bastante clientes e
que fez limpeza de duas casas, mesmo não se sentindo bem.
Um rapaz entrou em contato com ela nas redes sociais, conversando a chamou
para sair, mas nessas conversas tiveram um conflito e pararam de se comunicar.
Se queixou de não ter muitos clientes, e não ter clientes fixas, trouxe um
leque para que abra sua mão de obra para outras pessoas conhecerem e acabarem
tendo um retorno positivo.
Relatou que fez vários cursos, mas o que mais gostou foi de ser camareira,
mas não de hotel por ser muito movimentado e ter muitas pessoas, e sim de motel que
quando for limpar o quarto estará vazio.
Atestado médico.
68
10° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 16/05/22
Paciente relata que esta semana recaiu na depressão, que por conta disso seus
serviços tiveram uma caída, e acabou se fechando novamente e não conseguindo sair de
casa, relata que tem dificuldades em prosseguir um relacionamento e não esqueça seu
Ex de 2 anos atrás, e que ainda procura a resposta do porquê do término. Relata que seu
amigo que é pai de sua filha e usuário de drogas, e fez tratamento e hoje está limpo das
drogas, e sempre que encontra sua filha pergunta dela e que não volta com ele por ter
medo dele recair novamente nas drogas.
Está em busca de um curso para ocupar sua mente.
Paciente relata que trabalhou pouco de manicure e fez uma limpa de casa, saiu
com o pai de sua filha para conversar e foram num restaurante, mas não passou disso e
não tiveram, mas contatos.
Um rapaz que conheceu em 2007, e que tiveram um relacionamento voltaram a
conversar, ela terminou com ele por ciúmes de um fato que ocorreu quando foram à
praia.
Tem muito medo que aconteça novamente a traição e acaba colocando a
culpa no outro mesmo o fato não ter acontecido.
Relata que não trabalhou muito por conta da ansiedade e que acabou
exagerando na comida principalmente nos doces, mas com medo por conta que tem
diabete, e que sua filha está com problemas pessoais e acabou deixando sua vida de
lado e focando mais em sua filha, e quer terminar os estudos e fazer um curso de
pedagogia e trabalhar em uma creche.
Está pensando em fazer algo para ocupar a mente e se cansar para
conseguir dormir sem uso de medicamento, pensa em voltar a fazer
WidroPawer, mas com o frio tem medo de pegar pneumonia por conta da
69
piscina ser quente e sair no vento frio por conta que já teve a pneumonia. Abaixou
outro aplicativo de namoro e está gostando por ser algo que ainda não tinha usado.
A paciente se queixa que em seus encontros não fluir para o segundo não sabe
o que está fazendo de errado para isso se repetir frequentemente, acaba se sentindo
frustrada. Traz a questão de ainda não estar conseguindo dormir bem e que quer
procurar um exercício, mas não gosta de caminhar.
Relata novamente que sua filha está com problemas pessoais, e que sua filha
estava preocupada que seu pai estava fazendo uso novamente de drogas.
Paciente faltou.
Paciente relata que surtou em seu aniversário por sua filha comprar um bolo e
quis fazer algo chamando a família de seu marido, acabou brigando com a filha e indo
embora.
Sua filha foi até sua casa e acabaram brigando novamente e disse que se afastou
de sua vizinha por achar ela uma pessoa oportunista por ter feito um aniversário para a
vizinha e dado um presente e em seu aniversário a vizinha nem sequer foi em sua casa
a parabenizar, e que só procura sua casa quando quer algo. E disse que a família de seu
genro só vem atrás dele agora e que sua a mãe abandonou ele pequeno e que só vem
atrás dele agora por conta de terem as coisas, gerando conflito entre sua filha e seu
genro ficando preocupada.
70
16° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 27/06/22
A paciente relatou que sua semana foi produtiva, que trabalhou de manicure e fez
uma faxina, conseguindo o dinheiro para o rapaz fazer a limpeza em seu quintal. Conheceu
um rapaz que está sendo diferente e que ele tem sua personalidade. Mas está sem auto
sabotando, por conta do medo de acabar se decepcionando novamente.
A paciente relatou que teve uma semana intensa, fez o que não fazia a muito
tempo, saiu com o pai de sua filha e tiveram uma noite agradável.
Trabalhou bastante na semana limpeza em casas, e fez as unhas de suas
clientes, e está mais dispostas, e conseguiu uma cliente semanalmente para estar
fazendo cabelo e uma quinzenal para fazer unhas.
A paciente relatou que teve uma semana difícil, muitos conflitos com o pai de
sua filha e família, estava namorando com o pai de sua filha mas acabaram brigando por
consequências externas, pensa conversar com ele para se resolverem.
No decorrer da semana trabalhou bastante estava tudo tranquilo, na sexta
feira ocorrendo o fato acabou decaindo.
A paciente relatou que teve uma semana produtiva, que sua sexta foi cheia de
clientes, e teve uma conversa com o pai de sua filha e se acertaram, e ele se
comprometeu a voltar a tomar os medicamentos.
71
Disse que sente medo desse relacionamento porque ele é como o iceberg,
podendo estar bem e mudar completamente se tiver contato com as drogas. Está se
inscrevendo para um curso de maquiadora e está com medo de perder seu auxílio
por não ter recebido o contato para estar fazendo o recadastramento, está bloqueada
de receber sua única renda.
FÉRIAS
A paciente relatou que teve uma semana neutra, está mais estável conseguindo
filtrar antes de falar, não explodindo com o próximo.
Está pensativa no seu relacionamento, por conta dele ser usuário e ter
recaída em utilizar drogas mais pesadas.
Na semana atendeu suas clientes fixas.
Relatou que seu namorado fez uso de drogas e acabou sumindo, e sua filha
disse que ele conheceu uma mulher e saiu com ela, mas acha que é mentira por conta
de outros episódios de mentiras da parte dela.
Ele apareceu e foi até ela conversar para terem um relacionamento mais
sério, mas disse que está com medo por conta dele ser usuário está em dúvida e
irá colocar os prós e contra desse relacionamento.
Paciente relatou que pai de sua filha, pediu o internamento após um sumiço
para fazer o consumo, ele ficará 3 meses na clínica, está confusa com tudo
72
isso, seu ex namorado reapareceu e está mexendo novamente com ela, sendo
assim está confusa entre estar com ele ou o pai de sua filha.
Paciente relatou que sua filha disse a ela que não é boa suficiente para seu pai,
deixando ela confusa nesta situação a deixando ansiosa.
Ela está conversando com seu ex, nessas conversas começou a enxergar a pessoa
ruim que ele era pra ela, sendo uma pessoa que procura ter atenção a deixando
desgastada não retribuindo a ela os sentimentos, assim voltando a ter compulsão
alimentar, vai até a médica pedir seus medicamento novamente e voltar seu tratamento.
Tem dificuldade de diálogo com sua filha, não a contrariando para não gerar
conflitos, aceitando o que ela fala assim deixando triste.
A paciente relatou que voltou a tomar seus medicamentos, com a volta do uso está
se sentindo triste, disse que tomou a vacina e teve reação no domingo, no dia que teve a
prova do encceja, acabou passando muito mal, não conseguindo fazer a prova acabou
zerando a prova escrita. disse que aquele amor antigo esfriou que nao sente mais vontade de
ver ele e nao era tudo aquilo que ela sentia.
73
conheceu um rapaz novo no aplicativo de relacionamento, e não o conheceu
pessoalmente, mas pelas conversas acha ser um rapaz bom.
A paciente relatou que foi na visita do pai de sua filha e que se surpreendendo
que ele a buscou e gostou que ela foi a velo, ela não estava criando expectativa se ele
iria gostar gerando ansiedade. ele esta se desenvolvendo bem no tratamento a deixando
mas tranquila. no seu trabalho está contente fazendo bastante unha e cabelo, esta se
arrumando pretendo fazer seus cílios para se sentir melhor.
Comprou uma cama e não está contente, não está acostumada, está deitando
durante o dia na cama para conseguir se acostumar, adotou um gatinho para fazer
companhia.
Paciente relatou que não está muito em contato com o gatinho por ser muito
novinho, está com medo de deixá-lo fora de casa por sua cachorra brincar com ele, vai fazer
um teste deixando eles juntos para ver se eles se adaptam. está tendo problemas com a cama
pensa em trocar com sua mãe de cama, a deixando ansiosa por conta disso, está muito em
dúvida em seu relacionamento com o pai de sua filha, fazendo a pensar se isso vai valer a
penas esperar por 3 meses essa internação.
Paciente relatou que está tendo dificuldade em relação com outras pessoas
em questão de trabalho, não conseguindo atender pessoas diferentes não saindo da
sua zona de conforto.
Está procurando uma academia para ocupar sua mente e está mais ocupada
74
no seu dia a dia.
Seu irmão fez uma cirurgia e ela está cuidando dele por um mês, está com
dúvida se iria ver o pai de sua filha na próxima visita.
A paciente relatou que estava ansiosa pela visita, que após a sessão iria o velo
na clínica, estava com medo da reação dele em vela após voltar a fazer uso de
medicamentos, falta apenas um mês para sua saída da clínica, ainda está em dúvida
sobre essa saída dele da clínica, se ele iria conseguir ficar sem fazer uso de drogas, a
deixando ansiosa e preocupada.
Em questão do gato e do cachorra, ela está mais confortável eles estão se
acostumando em ficar juntos. A cama está se adaptando com ela.
A paciente relatou que foi na visita do pai de sua filha, conversaram achou ele
um pouco distante, ela gosta de ser mimada sendo o centro da atenção, mas acha que é
por conta da medicação, decidiu que vai esperar a saída dele, no final da visita ele disse
que está com saudade dele, está com medo após essa saída se ele vai voltar a fazer o uso
de drogas, ela está com medo dessa mudança de ter ele novamente em sua vida, de ter
alguém em casa após 3 meses sozinha..
Vai ser passado uma tabela pra ser feita no seu dia a dia, deixando sua
semana mas ocupada assim a deixando mais confortável.
75
32° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 24/10/22
A paciente se queixou de seus trabalho por estar com pouca clientela e o medo
de atender outros clientes por nao achar seu trabalho suficientemente bom, foi
trabalhado a ela que todos trabalhamos de uma forma e que muito pode gostar e outros
nao nao podemos agradar a todos mas podemos evoluir para isso seja algo benéfico a
ela.
Está ansiosa com a chegada do pai de sua filha, não sabendo lidar com estes
sentimentos e com medo de não se adaptar com ele novamente em casa, por se passar 3
meses longe, mas está com pensamentos positivos de sua chegada e sua mudança.
Relatou que está pensando em aumentar sua clientela, em sua vida pessoal está
com medo da chegada do pai de sua filha, falta apenas 13 dias para sua saída, a
deixando confusa e ansiosa.
Seu ex apareceu novamente e está mexendo com ela, não sabe se deve vê-lo ou não,
está confusa por amar ele ainda, acha que quando vê-lo não irá sentir o mesmo sentimento,
por ter já passado por esta situação, está desconfiando dele por nao desbloquear ela nas
redes sociais e sempre querer ver ela em horários escondidos.
A paciente relatou que estava muito ansiosa, por conta disso ocorreu de sua
labirintite atacada à 3 dias e estava com zumbido e a visão turva, sua ansiedade está vindo
acarretada da saída do pai da sua filha do internamento e o seu ex estar no seu pé para sair a
deixando confusa e ansiosa, esta semana não conseguiu desenvolver muito por conta de
estar sobrecarregada.
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A paciente relatou que no domingo na saída do pai de sua filha da clínica,
fizeram uma confraternização em família para o recebe-lo, após isso ele
conversando com ela pediu para eles irem embora para a casa dela, ela ficou
surpresa por ele não querer ficar com a família e sim com ela, por não ser algo
esperado por ela, mas ele esta quase morando na casa dela faz 10 dias após sua
saída e ele dormi todo os dias lá a deixando um pouco confusa nesta questão por
ter ficado 3 meses sozinha o esperado, a deixando um pouco ansiosa com esta
mudança drástica em sua vida, seu ex esta mandando mensagens por aplicativo a
deixando desconfortável, decidiu excluir o aplicativo e tentar com o pai de sua
filha, mas tem medo de não dar certo e acabando perdendo os dois, a deixando
em duvida do que fazer, após a chegada do pai de sua filha ficou menos ansiosa
esta sabendo lidar com seus sentimentos agora. Tiveram uma discussão por ela
querer ir deitar e ele não querer ir por não está com sono, ela achou ruim e
acabaram discutindo, mas ele não teve recaída pelas drogas sempre que
discutiam ele acabava indo fazer uso, a deixando surpresa e vendo que tudo que
aconteceu foi algo egoísta da parte dela a reconhecendo que estava errada.
Fez duas inscrições de curso de depilação de automaquiagem, curso de
depilação não é uma área que queria e acabou desistindo, mas a de
automaquiagem e algo que quer e vai ir para ver se e aquilo mesmo e se o curso e
algo bom para ela, esta super empolgada com esta nova fase da vida.
APÊNDICE F
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: MEIRIELE CRISTINA SEBASTIÃO R.A: 16774
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTÁGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
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2° ATENDIMENTO (R.) DATA DO ATENDIMENTO: 21/03/22
Iniciou falando sobre a família, mora com o marido, um irmão que tem deficiência
mental e uma filha de 5 anos. Verbalizou que a mãe faleceu devido a um câncer e que
R. cuidou dela até seus últimos dias de vida, neste assunto veio a primeira menção ao
sentimento de culpa.
A principal queixa foi problemas familiares, como, a relação com o irmão, a falta de
comunicação com o marido, a dificuldade para cuidar do outro irmão que é deficiente
mental e também a dificuldade de falar “não” colocando sempre os outros como
prioridade e deixando de lado as próprias vontades.
78
No fim da sessão, falou que a expectativa para o tratamento é conseguir dizer não para
as pessoas e pensar mais nela. Finalizou agradecendo e dizendo que só o fato de ter
alguém para ouvi-la, já era algo que aliviava.
Pedi para que ela fizesse uma “tarefinha” com o intuito de tirar um tempo para ela
durante o dia. Sugeri que assistisse a um filme.
Informou que não assistiu ao filme, mas que tirou um cochilo durante a tarde,
algo que não fazia há algum tempo. Afirmou que sua religião é evangélica e estava um
pouco desanimada com os julgamentos das pessoas da igreja, mas que hoje isso não
afeta tanto ela. Falou também que é diarista e que ama o que faz, vê a profissão como
uma válvula de escape e/ou uma espécie de terapia. Estudou até o 9º ano e disse não
ter vontade de terminar os estudos e que faria apenas por hobbie um curso de
culinária. Por não ter muito tempo, pois se divide entre o trabalho, cuidar do irmão e
cuidar da filha, ela não consegue tirar um momento para o lazer próprio e nem para ter
amigos. Relatou que só tem colegas que aparecem quando precisam dela.
R. diz que ajudar as pessoas a machuca e que se considera uma pessoa fechada,
pois ela tem medo de falar algo que possa magoar as pessoas e as perder.
79
4° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 04/04/22
80
6° ATENDIMENTO (R) DATA DO ATENDIMENTO: 18/04/22
81
9° ATENDIMENTO (R.) DATA DO ATENDIMENTO: 09/05/22
Mora com a mãe e uma irmã de 5 anos, os pais são divorciados desde
novembro de 2020 e nunca teve uma aproximação com o pai, afirma que mesmo
quando o pai ainda morava em sua casa, não eram próximos. Ele estuda no Paroquial
desde os 6 anos e diz não ter muitos amigos, a maior parte deles são de Loanda, cidade
em que os avós, tios, primos e um dos irmãos moram. O avô materno, com quem tinha
mais proximidade, faleceu no início do ano passado. Contou que faziam várias
atividades juntos, conversavam sobre tudo, era o mais próximo de uma figura paterna.
Depois da morte do avô, ele disse sentir o luto, mas que depois de um tempo tudo se
normalizou e a vida seguiu.
82
Relatou que já se consultou com um psicólogo uma vez, mas que não sabe o porquê,
que tanto agora como da última vez, a mãe pediu para ele ir e para fazer a vontade da
mãe ele aceitou.
Sua principal queixa foi o estresse, diz se sentir irritado em algumas situações, mas
não soube pontuar quais, e que isso o incomoda bastante. Afirmou ter “pavio curto”.
O que mais gosta de fazer é jogar jogos de terror, ver anime e seu filme preferido é
Star Wars. Disse que torce pelo Palmeiras e que se reúne com um dos 3 irmãos para
assistir aos jogos. Relatou também que gosta de viajar, embora não viaje muito,
gostaria de conhecer países que tenham uma arquitetura interessante, diz que no Brasil
a arquitetura é muito simples.
83
Verbalizou que está em época de prova e que está indo mal na matéria de
geografia e que para ajudar, ele estuda mais e vê vídeos, mas informa que o professor
passa questões de vestibular e que ele tem medo de reclamar e o professor dificultar
ainda mais. Coloca metas altas em relação ao estudo. Notei que quando eu fazia
perguntas ele respondia curta e diretamente, mas que se sentia confortável falando
sobre temas que gosta.
Falou sobre os irmãos que são 3, dois mais velhos e uma irmã mais nova. Um
irmão tem um bar e mora em Loanda/PR, já o outro irmão mora em Paranavaí/PR.
Gostava de cortar lenha como avô materno que também morava em Loanda, jogavam
cartas e assistiam jogos de futebol juntos. O avô faleceu no começo de 2021, porém
fala dele ainda no presente. Afirma que as relações com a família materna são muito
boas, apesar de todos morarem longe. O pai e o avô não se davam bem.
Paciente ao iniciar a sessão contou sobre a semana, mas que gostaria de ressaltar uma
situação específica que ocorreu na quarta-feira, relatando que foi ajudar uma colega na
escola e se irritou porque foi injustiçado pela professora. Desabafou que não tem
esperança no mundo, porque quando alguém tenta ajudar o próximo, é injustiçado e
afirma que as pessoas querem o mal. Se mostrou com um certo ar de revolta. Em
todas histórias de jogos e animes, pude perceber que ele traz pontos como a relação da
família, um personagem medroso, relação com irmãos, entre outros. E dando
continuidade nessa forma de se expressar, afirmou que gostaria de ter o poder de
evitar situações que afetam/machucam as pessoas. E então começamos a falar sobre
medos, que foi algo que citou nos animes. P. diz ter medo de oceanos, mas de alguma
forma superou, tem medo também de armas, não pelo objeto em si, mas pelo poder
que ela tem, é algo que pode tirar a vida facilmente e ressalta como somos frágeis.
Porém, falou que já teve contato com armas, por conta do pai ser delegado e ele
adorava a profissão, pois se sentia protegido. Questionei sobre a relação com o pai e o
mesmo
84
afirma que gostaria de ter uma maior proximidade, mas como o pai não fazia questão,
ele também se afastou com medo de falar algo para o pai e este reagir de forma
inesperada. Pedi para ele anotar durante a semana, situações que o fazem ficar irritado.
Fez a tarefinha que propus na sessão anterior e trouxe um caderno com as anotações
que fez durante a semana. Relatou que se irrita com situações que saem do seu
controle e quando é injustiçado. Fala coisas no impulso, mas informa não ter receio
em admitir quando está errado e pede desculpas.
Comentou sobre a escola e diz se sentir frustrado quando se dedica muito em algo e
não alcança os objetivos. Ainda sobre a escola, afirma que gosta da rotina corrida e
que vai começar a fazer aulas de luta, mas que quando está em casa, prefere ficar em
seu quarto vendo filmes, pois gosta de ficar sozinho, diz que as pessoas são chatas e
falam demais. Trouxe a história de um anime que fala sobre bondade, dever, ser bom,
mas ser rígido quando necessário e diz gostar de anime porque é mais expressivo,
gosta de explorar o campo de personalidades. Ao final da sessão pedi para escrever
uma história onde os personagens são pessoas da vida dele, com um tema livre, mas
que cada personagem deve ter uma característica marcante. Expliquei também que a
próxima sessão seria com a mãe dele.
Iniciei a sessão explicando para a mãe o porquê chamei ela para uma conversa,
perguntei sobre P., como era seu comportamento em casa e na escola, citei também
que ele havia dito que procurou a terapia porque a mãe mandou e que eu gostaria de
entender um pouco melhor sobre isso. Ela afirmou que o filho é muito dedicado na
escola, mas que se preocupa com ele
85
em casa, pois ele é explosivo, muito fechado e após a morte do avô ela ficou mais
preocupada, devido a relação dos dois, afirma que P. via no avô a figura de um pai.
Relata também ter um namorado e que o filho é muito próximo dele e sente que o
adolescente tem medo dele o abandonar também, pois ele já relatou isso para ela
(neste momento lembrei da última sessão, quando o menino afirmou não ser próximo
do namorado da mãe). Contou também sobre a relação de P. com a irmã, que
aparentemente ele parece ter algum nojo dela, ambos fazem terapia no mesmo
horário, mas não vão juntos para a clínica e no carro ele não senta no lugar que ela
estava sentada, informa que ele tem “frescuras” em relação a limpeza e deu exemplos,
como não beber no mesmo copo de outra pessoas, ou usar os mesmos talheres, entre
outros.
Finalizamos a sessão e informei que tudo o que foi dito ficaria ali em sigilo, que
usaria esta sessão para me nortear, mas que não contaria nada do que foi dito à ele,
gostaria que ele me contasse na percepção dele e no tempo dele.
86
Paciente estava muito nervosa devido à uma situação com a filha, então nesta sessão
expliquei rapidamente sobre os contratos, a paciente assinou e precisou ir embora.
V. inicia a sessão falando de sua espiritualidade, que antes era algo muito forte,
mas que agora se sente fraca. Diz que se sente muito triste e culpada pelo que a
filha vem passando, ela fala muito sobre os problemas da filha e
87
então questionei o que ela poderia fazer em relação à essas situações e V. informa que
gostaria de ir embora, perguntei se era possível ela fazer isso e a mesma disse que
não, devido a problemas financeiros. Fiz a psicoeducação sobre situações que estão ao
nosso controle e situações que não estão.
Retoma a questão de ter voltado de Itapema para Paranavai e que ainda se sente
culpada pelas atitudes da filha, relata que esta ficou revoltada por conta da volta para
cá. Traz a questão do pai, tem 5 irmãos e somente ela é responsável por cuidar dele, se
sente sufocada e presa por conta disso, diz estar com a vida repetitiva, mas que já
tentou falar com os irmãos para
ajudá-la financeiramente já que não pode trabalhar devido a problemas de saúde e ela
ser a única a cuidar do pai, entretanto ninguém se manifestou. Quase ao final da
sessão, contou-me sobre a mãe, que tinha doença de Chagas e que também era ela que
cuidava. A mãe faleceu em seus braços, assim como o ex-marido que foi baleado (pai
de um dos filhos).
88
pedi para que naquela semana, ela pensasse no que era bom para ela, nas atividades
que gostava de fazer e que me trouxesse na próxima sessão. Ela se lembrou que
adorava dançar, solicitei então que ela tentasse fazer isso durante a semana e que me
contasse como foi fazer novamente algo que gostasse na próxima semana.
Perguntei se fez a tarefa que pedi, mas ela afirma não ter feito, porém que está
pensando mais nela e começando a entender que os problemas da filha são da filha, e
que são consequências das escolhas dela. Diz que já aconselhou o que precisava e
que agora não fala mais nada, se sente muito melhor (notei uma grande evolução
neste relato). Continuou falando que ao parar de falar as coisas que a filha deveria
fazer, a menina começou a enxergar as coisas. Disse também que sente falta da vida
de antes, de como era e o quão era boa. Falou que sente dificuldade em deixar a casa,
mesmo que o ex-marido esteja lá ainda, pois ela cria animais e adora fazer isso.
Disse também que faz crochê, que é o passatempo dela e que se não fosse isso,
acredita que nem estaria viva mais. Fica feliz que tenha encomendas de tapetes de
crochê, pois sua irmã pediu para que ela saísse das diárias para cuidar do pai e que ela
pagaria 600,00 reais para ajudar e como V. tem problemas de saúde, ela aceitou.
Porém o dinheiro não é o suficiente, relata que precisa quase implorar para o marido
comprar comida para dentro de casa, mesmo a casa sendo dela e ele morando lá de
“favor”, afirma ser algo que a entristece e revolta também. Finalizamos a sessão.
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estava com medo, isso deixou ela receosa de ir viajar, mas ela disse que precisa ir, que
será bom para ela. Conclui dizendo que talvez seja bom para o pai dela também, para
ele ver que outras pessoas também conseguem fazer o que ela faz e “desapegar” um
pouco dela. Falou de uma situação que aconteceu com a ex-cunhada e ex-marido, pois
eles estão para receber uma herança e essa ex-cunhada também é de Itapema,
escondeu que estava aqui na cidade a pedido do ex-marido de V. para ela não saber
sobre o procedimento da herança. Falou que ficou muito chateada, pois a mulher é
madrinha da filha e nem sequer foi visitar, diz se sentir traída pelos dois, não por
causa dela, mas pela falta de consideração com a filha. Retomou os assédios do ex-
marido, que ele toca nela mesmo ela falando que não, que oferece dinheiro para ela
fazer coisas nele e ela se sente muito enojada, desrespeitada. Passei o vídeo da cadeira
vazia e ela chorou bastante, pedi para ela que como ficaríamos um tempo sem fazer as
sessões, para que ela refletisse sobre o vídeo e que ao retornar me contasse o que
havia pensado e como foi a viagem.
APÊNDICE G
PRÁTICA CLÍNICA
ALUNO: MURILO DA SILVA SANTOS R.A: 16924
DISCIPLINA: SUPERVISÃO DE ESTAGIO CLÍNICO
PROFESSOR (A): MELINA CHIQUETTI
DATA DO ATENDIMENTO: 07/04/22
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A paciente já entrou no consultório nervosa dizendo sua principal queixa, que é seu
casamento, seu marido estava deixando de voltar pra casa depois do seu serviço para ir
direto pro bar com seus amigos, a paciente tem ansiedade e crises, que diz ser por
causa do seu marido a maioria das vezes e também pelo fato dele já ter sido infiel a
uns anos atrás, ele também já foi preso por porte ilegal de maconha na época que eles
moravam em São Paulo que já tem uns oito anos, a mesma tem dez anos de casada e
duas filhas, uma de sete anos e outra de três, disse que não dormem enquanto o marido
e pai de suas crianças não chega e muitas vezes ele já chega na hora de ir para seu
trabalho no outro dia. Ela frequenta o psiquiatra e toma remédios por causa de suas
crises, a crise dela é muito forte, ela não consegue se mexer e fica toda tremendo e diz
que a única coisa que ajuda a melhorar é quando entra embaixo do chuveiro com a
água muito quente. Ela e seu marido são usuários de maconha, seus pais e irmão
querem que ela termine esse casamento pelo fato de estar infeliz e ela diz saber que
isso seria o certo, mas não consegue porque tem medo de começar uma vida sozinha
novamente, diz que seu marido mudou com ela quando ela perdeu um filho dele que
era pra ser o segundo, depois de quatro meses ela engravidou novamente, mas seu
marido já não era o mesmo. A paciente trabalha na solução Network em Paranavaí,
onde ela também abita, mas está afastada do seu serviço por sessenta dias pelo fato de
estar tendo muita crise onde também se queixa que muitas dessas crises são por causa
do seu serviço, onde ela diz ser infeliz.
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A paciente chegou na clínica parecendo ser outra pessoa, totalmente diferente daquela
que vi na semana passada, sorridente e feliz, passou 6 dias no hospital depois daquela
crise, e teve 4 crises enquanto estava lá, disse que a crise se deu sem nenhum motivo,
aonde eu automaticamente estranhei, chegando em sua casa se resolveu com o marido,
aonde ele mesmo disse que pararia de sair à noite e voltar de Madrugada, e disse que
ele é o problema dessas crises dela e iria melhorar, a paciente também deixou claro
que iria começar a fazer coisas que ocupavam a cabeça dela, como academia, dança e
descobriu que tem amigos que ela não sabia que tinha.
*Paciente Faltou*
*Paciente faltou*
*Paciente faltou*
Paciente nova.
R. Tem 51 anos, Primeira vez que aceitou fazer terapia, diz que tem medo, não gosta
de falar muito mas mesmo assim viu que precisava de ajuda, a principal queixa dela é
que ela não sabe dizer não para as pessoas, principalmente para sua filha de 18 anos
que têm somente à metade do coração, ela diz que vive para os outros e não sabe como
quebrar esse ciclo, diz que não tem prazer em nada e a melhor hora do dia é quando
ela deita na
92
cama para dormir, onde diz que ali vai acabar tudo. R. Tem medo de falar não para as
pessoas e no outro dia elas amanhecerem mortas e deu exemplo de sua filha que
quando nasceu o médico disse que só teria 6 horas de vida, Paciente disse que sempre
pensa em suicídio e já tentou algumas vezes, uma destas vezes foi com uma arma de
pressão que seu marido deu pra sua filha, não tem prazer em viver e diz que acha
corajosas as pessoas que conseguem se matar.
*Paciente faltou*
paciente nova
T. Tem 20 anos, chegou meio nervosa na clínica por causa de algumas coisas que
estavam acontecendo no seu relacionamento, a sua principal queixa era que não
conseguia dizer o que estava incomodando para sua parceira de relacionamento, onde
ela disse que deixou as amizades de lado e muitas outras coisas por essa pessoa,
namorada dela mora em Maringá e ela disse que a distância acaba atrapalhando um
pouco e criticou bastante o modo dela falar da sua cidade, que é Paranavaí, onde por
sinal também é cidade dela, ela está em Maringá estudando e a paciente diz que não é
que ela mudou pra lá que tem que falar mal da cidade dela, quando sua parceira vem
pra Paranavaí vive reclamando que não gosta de estar ali e isso afeta um pouco o
relacionamento, mas eu disse e ela tem compreensão que precisar conversar com sua
parceira e deixar tudo claro que ela está sentindo para que esses erros não continuem
acontecendo.
*Paciente faltou*
93
11° ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO: 23/06/22
*Paciente faltou*
paciente novo
J. Tem 28 anos, sua principal queixa é que tudo começou a dar errado na sua vida
depois que ele e uma amiga discutiram, amiga que ele tem uma paixão amorosa, mas
disse que nunca teve relacionamento sério com ela, discussão que foi em meados de
novembro de 2021 aonde ele disse que já estava esgotado e falou tudo o que tinha pra
dizer para essa pessoa, dias depois ele teve que trancar uma faculdade de engenharia
da pesca pelo fato de ainda não ter colado grau da sua outra faculdade que é ed. física,
durante a terapia fui fazendo a avaliação inicial onde ele diz não frequentar igreja
nenhuma mas acredita muito em Deus, seu humor era de insatisfação de tudo isso ter
acontecido com ele, o paciente no momento está sem um trabalho e mora com o pai e
com a mãe, tem um irmão de 37 que mora em Curitiba. Diz ser rodeada de amigos e
ser bem social, diz que um de seus pontos negativos é que ele às vezes pode ser meio
ignorante e egoísta porque diz que sempre entra nas coisas para ganhar.
O paciente estava bem humorado dizendo que a semana está muito boa, às vezes tem
pensamentos disfuncionais. Está tendo dificuldade com a faculdade para colar grau e
sem seu diploma não pode trabalhar na área. Diz ser narcisista e que a pessoa que ele
tem sentimento também é que a pessoa
94
só usava e comparava com seu próprio pai. Ele diz que seu psicológico era inabalável
até ter se apaixonado por essa pessoa, onde tem uma dependência emocional por ela,
ele diz que essa pessoa fez tudo para atingir ele e que fazia coisas de má fé, ele
também está fazendo curso de eco turismo já tem seis semanas.
O paciente estava bem humorado, diz que sua semana foi ativa e que está
negociando para comprar um pesqueiro e está perto de conseguir. Diz que viu a
menina que ele gosta nesta semana e que deu gatilhos de ansiedade nele. Quando está
ansioso faz exercícios porque ajuda a acalmar, anda muito estressado e ele não era
assim, o paciente também comentou que vai tirar o passaporte e que tem ideia de ir
morar em outro país.
*Paciente Faltou*
J. diz estar bem, está em paz e sobre o pesqueiro, não deu certo de arrendar. Disse
que foi atrás da menina que é apaixonado para resolver suas diferenças e problemas,
ele diz que tinha uma terceira pessoa por trás dos
95
dois fazendo bagunça, falando mal para essa menina sobre ele. Depois de oito
meses conseguiu ficar com outra pessoa, diz que resolveu todos os assuntos que
estava deixando-o mal, J. diz que quer ir embora porque sua cidade não tem mais
ao oferecer e diz que vai embora, que quer morar sozinho na praia e só está
esperando seu diploma. Diz que voltou para a igreja, encontro jovens e vai
participar dos jogos com sua faculdade.
J. está feliz, teve uma semana boa, neste dia ele disse algo que não tinha dito antes,
ele não conversa com seu pai, não aceita a forma que o mesmo trata sua mãe... Neste
exato dia trabalhamos vantagens e desvantagens de ele ir embora para outra cidade e
país, o paciente também disse um pouco da relação entre ele e seu pai, onde disse que
seu pai era alcoólatra e judiava de sua mãe quando chegava bêbado de madrugada em
casa.
O paciente diz que sua semana foi turbulenta, teve pensamentos disfuncionais
depois de ver fotos da menina que ele gosta em alguma rede social, conversamos
sobre ele se reaproximar do pai dele e ele negou dizendo que já deu muitas chances
pra ele e continuou dizendo que sair da cidade é o que vai deixá-lo mais feliz. J. diz
que vai mudar para praia e comprar um computador e acabar com um ciclo social que
só o deixa triste, continua dizendo que as pessoas só entram na vida dele para fazer
mal a ele.
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19 ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO:01/09/22
Neste dia ele já estava bem humorado, disse que está indo viajar junto com o dono do
pesqueiro, eles vão de cidade em cidade procurando peixe para comprar. J. comentou
que não sabe reagir a elogios e que isso aumenta demais seu ego, a menina que ele
gosta estava tentando se reaproximar, mas ele não está dando atenção para isso porque
daqui a alguns dias diz que vai para a casa do seu irmão em Curitiba, mas vai voltar
em novembro para jogar nos jogos por sua faculdade, faculdade que ele está
esperando o diploma.
O paciente já chegou dizendo que sua coleção de grau atrasou e só ira ser realizado
dia 19 deste mês, diz que quer morar na praia para ter essa experiencia mas também
disse que conheceu um amigo que vai para o canada e diz que estão conversando para
irem juntos, mas antes tem em sua cabeça que vai arrumar um serviço por aqui para
juntar um dinheiro e esse serviço é seu irmão que vai arrumar, ele não vai mais para a
casa do seu irmão esse mês.
O paciente chegou bem humorado para a terapia, mas disse que algo o tirou do
sério nesta semana, sua prima luta no UFC e quando é dia de luta os familiares se
juntam para assistir em alguma casa, onde ele iria mas desistiu de ir em ultima hora,
foi ver uns stories em uma rede social e viu que a
97
menina que ele gosta estava nesta casa, que era a casa da sua tia, mãe da lutadora,
ele ficou muito bravo e foi onde mandou mensagem pra sua prima que é irmã da
lutadora dizendo várias coisas de mal agrado e cogitou até pegar sua arma, arma
que ele nunca tinha comentado ter, ele diz que essa menina está tentando afetar ele
se aproximando de seus parentes, neste mesmo dia foi aplicado para ele uma
avaliação de personalidade.
J. diz que está bem, que sua semana está tranquila em comparação com a passada,
em relação a suas primas e tia, ele diz que pediu para ser bloqueado para não ver
status delas com essa menina, falamos sobre ele ter armas e ele diz ter duas, que é
uma herança familiar e que sua família era de caçadores e não tem porte de armas mas
disse não pegar essas armas a anos. Indiquei a ele para ir em um psiquiatra para
também ser avaliado e que talvez precisasse tomar algum remédio, ao final apliquei
um questionário para ele sobre personalidade novamente.
98
24 ATENDIMENTO DATA DO ATENDIMENTO:06/10/22
10 Anexo.
99
ANEXO (2) AVALIAÇÃO INICIAL.
DATA:
NOME:
IDADE:
DATA NASCIMENTO:
ENDEREÇO:
TELEFONE:
E-MAIL:
10
0
1. AVALIAÇÃO DO HUMOR
3.2 ACADÊMICA
3.5 SOCIAL
10
1
3.8 FAMILIAR (Com quem mora, se tem irmãos, conflitos, etc.):
3.9 FINANCEIRA
6. FEEDBACK
HISTÓRIA DE VIDA:
Anexo (3)
Solte a panela
Certa vez, um urso faminto perambulava pela floresta em busca de alimento.
A época era de escassez, porém, seu faro aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um
acampamento de caçadores.
10
2
Ao chegar lá, o urso, percebendo que o acampamento estava vazio, foi até a fogueira, ardendo
em brasas, e dela tirou um panelão de comida.
Quando a tina já estava fora da fogueira, o urso a abraçou com toda sua força e enfiou a cabeça
dentro dela, devorando tudo.
Enquanto abraçava a panela, começou a perceber algo lhe atingindo.
Na verdade, era o calor da tina
Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e por onde mais a panela encostava.
O urso nunca havia experimentado aquela sensação e, então, interpretou as queimaduras pelo
seu corpo como uma coisa que queria lhe tirar a comida.
Começou a urrar muito alto. E, quanto mais alto rugia, mais apertava a panela quente contra seu
imenso corpo.
Quanto mais a tina quente lhe queimava, mais ele apertava contra o seu Corpo e mais alto ainda
rugia.
Quando os caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma árvore
próxima à fogueira, segurando a tina de comida.
O urso tinha tantas queimaduras que o fizeram grudar na panela e, seu Imenso corpo, mesmo
morto, ainda mantinha a expressão de estar rugindo.
Quando terminei de ouvir esta história de um mestre, percebi que, em nossa vida, por muitas
vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser importantes.
Algumas delas nos fazem gemer de dor, nos queimam por fora e por dentro, e mesmo assim,
ainda as julgamos importantes.
Temos medo de abandoná-las e esse medo nos coloca numa situação de sofrimento, de
desespero.
Apertamos essas coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto
protegemos, acreditamos e defendemos.
Para que tudo dê certo em sua vida, é necessário reconhecer, em certos momentos, que nem
sempre o que parece salvação vai lhe dar condições de prosseguir.
Tenha a coragem e a visão que o urso não teve.
Tire de seu caminho tudo aquilo que faz seu coração arder.
Solte a panela!
ANEXO (4)
10
3
10
4