1) O metodismo se estabeleceu inicialmente no sudeste do Brasil pela Igreja Metodista Episcopal do Sul e depois se expandiu para o Rio Grande do Sul e Amazônia/Nordeste pela Igreja Metodista Episcopal do Norte.
2) João da Costa Corrêa foi o primeiro pregador metodista brasileiro e fundou a primeira igreja metodista em Porto Alegre em 1885.
3) A missão metodista na Amazônia, liderada por Justus Henry Nelson em Belém do Pará de 1880 a 1925, enfrent
1) O metodismo se estabeleceu inicialmente no sudeste do Brasil pela Igreja Metodista Episcopal do Sul e depois se expandiu para o Rio Grande do Sul e Amazônia/Nordeste pela Igreja Metodista Episcopal do Norte.
2) João da Costa Corrêa foi o primeiro pregador metodista brasileiro e fundou a primeira igreja metodista em Porto Alegre em 1885.
3) A missão metodista na Amazônia, liderada por Justus Henry Nelson em Belém do Pará de 1880 a 1925, enfrent
1) O metodismo se estabeleceu inicialmente no sudeste do Brasil pela Igreja Metodista Episcopal do Sul e depois se expandiu para o Rio Grande do Sul e Amazônia/Nordeste pela Igreja Metodista Episcopal do Norte.
2) João da Costa Corrêa foi o primeiro pregador metodista brasileiro e fundou a primeira igreja metodista em Porto Alegre em 1885.
3) A missão metodista na Amazônia, liderada por Justus Henry Nelson em Belém do Pará de 1880 a 1925, enfrent
1) O metodismo se estabeleceu inicialmente no sudeste do Brasil pela Igreja Metodista Episcopal do Sul e depois se expandiu para o Rio Grande do Sul e Amazônia/Nordeste pela Igreja Metodista Episcopal do Norte.
2) João da Costa Corrêa foi o primeiro pregador metodista brasileiro e fundou a primeira igreja metodista em Porto Alegre em 1885.
3) A missão metodista na Amazônia, liderada por Justus Henry Nelson em Belém do Pará de 1880 a 1925, enfrent
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DOIS CAMINHOS DIFERENCIADOS
METODISMO NO RIO GRANDE DO SUL & NA AMAZÔNIA E NORDESTE
Prof. José Carlos de Souza Coube à Igreja Metodista Episcopal do Sul (EUA) retomar a ação missionária no Brasil, estabelecendo-se inicialmente na região sudeste (RJ. SP, & MG). Porém, a Igreja Metodista Episcopal (do Norte dos EUA) foi a responsável por duas significativas iniciativas: No Rio Grande do Sul Na Amazônia e no Nordeste Do Uruguai aos pampas gaúchos Depois da visita de Pitts, o metodismo foi estabelecido em Montevidéu pelo Rev. John Dempster (1836). Porém, o período de maior expansão do metodismo no Rio da Prata foi entre os anos 1860 a 1890, sob liderança de John F. Thompson e Thomaz B. Wood. O Rev. Wood era Superintendente Geral da Missão nessa região quando, por seu intermédio, João da Costa Corrêa converteu-se ao Evangelho. Primeiro pregador metodista brasileiro João da Costa Corrêa – nascido em Jaguarão, RS, prestou serviços nos hospitais de sangue na Guerra do Paraguai. Em Montevidéu, casou-se e veio a se converter à fé metodista, tornando-se “colportor” e, posteriormente, agente da Sociedade Bíblica Americana. Em 1875, realiza a sua primeira viagem ao Rio Grande do Sul, divulgando a Bíblia. Em sua segunda viagem, em 1877, encontra-se com Ransom e conversam sobre a missão metodista no RS. Metodismo em Porto Alegre Já como ministro da IME, em 1885, Corrêa é enviado para dar início à missão metodista em Porto Alegre. Em 27 de setembro de 1885, funda uma congregação com seis membros. Em 19 de outubro, inaugura, com a professora Carmen Chaccon, o Colégio Americano para meninos e meninas. Depois do 1º ano de funcionamento, os três alunos iniciais eram 187. Também no mesmo ano fundaram uma escola para mulheres pobres (84 alunas). Avanço Missionário 1888 – Surge a 2ª igreja metodista no RS, Bento Gonçalves (então Dna Isabel). 1888 – o Rev. Carlos Lazzare é nomeado para pastorear o circuito das Serras gaúchas Em 15 de novembro de 1889, falece, aos 21 anos, Carmen Chaccon. 1892 – o Rev. Matheus Donatti atende à comunidade em Forqueta do Caí, fundada neste ano. Dois Caminhos Diferenciados: Metodismo no Rio Grande do Sul, Amazônia e Nordeste – José Carlos de Souza 2
Transferência para a IMES
1899 – Missão no RS é confiado aos cuidados da IMES 1901 – A igreja de Porto Alegre homologa a transferência 1904 – É fundado o jornal O Testemunho, órgão oficial do metodismo gaúcho. 1906 – Missão no RS se transforma em distrito da Conferência Anual da Missão Brasileira da IMES. 1910 – Constitui-se a Conferência Anual Sul Brasileira Metodismo no Nordeste e Amazônia Rev. William Taylor e as “missões de sustento próprio” Justus Henry Nelson Belém do Pará, de 1880 a 1925 George Benjamin Nind Recife, Pernambuco, de 1882 a 1992. Ambos se ocuparam com a tradução de hinos, conforme indicado nos quadros abaixo: HE Hinos de Justus Henry Nelson 082 Onipotente Rei 121 Exaltai o Senhor 130 Saudai o nome HE Hinos de George Benjamin Nind 265 Perdão 149 O Culto Dominical 286 O Lírio dos Vales 341 Que Segurança tenho em Jesus 295 Constância 388 Não sei por que de Deus o amor 453 Da Linda Pátria 457 Ó Bela terra de fulgor Entre êxitos e dificuldades Desde junho de 1880, Nelson dá aulas de inglês e inicia cultos também em língua inglesa. Em janeiro de 1881, abre o Colégio Americano ao qual se juntam outros professores vindos dos EUA. Dificuldades em manter o corpo docente (professores morrem com febre amarela), obrigam-no a feclar o colégio. Visando assegurar seu sustento, emprega-se numa companhia de comércio americana, R. F. Sears & Company, mas, três ou quatro meses depois, pede demissão por discordar do lema implícito do estabelecimento: “Make money – honestly, if you can, but – make money” [Faça dinheiro honestamente, se puder, mas faça dinheiro]. Após o episódio, sobrevive dando aulas particulares de inglês e outras disciplinas (cf. REILY, D. A. (Comp.). Metodismo na Amazônia, 1982, p. 9-11). 1883 – Tendo iniciado as pregações em português, Nelson funda em Belém a 1ª Igreja Metodista na região da Amazônia. 1886 – Rev. Marcus E. Carver se estabelece em Manaus, mas posteriormente rompe com o metodismo (1889), formando a Igreja Evangélica Amazonense (cf. REILY, D. A. (Comp.). Metodismo na Amazônia, 1982, p. 13-15). 1890-1910 – Nelson edita um periódico semanal: O Apologista Cristão Brasileiro, cujo lema era: “Saibamos e pratiquemos a verdade, custe o que custar”. Enfrentando a oposição: ‘nosso jornal’ “combatia a maçonaria, o jogo, as loterias, o álcool, o tabaco, o espiritismo, a arbitrariedade da predestinação, etc., do calvinismo, o monopólio aquático do reino de Deus, açambarcamento das chaves de São Pedro...”. Dois Caminhos Diferenciados: Metodismo no Rio Grande do Sul, Amazônia e Nordeste – José Carlos de Souza 3
Luta pela liberdade religiosa
Polêmica religiosa: “Na data da re-inauguração da Catedral do Pará, publiquei uma lista de ‘perguntas respeitosas’, indagando de quando, onde e como Maria, mãe de Jesus, foi constituída ‘padroeira’ da Amazônia”. Processo e condenação à prisão por 4 meses, 8 dias e 12 horas que Nelson fez questão de cumprir para esmagar o Art. 185 do Código Penal. 1894 – Frank R. Spaulding restabelece a igreja metodista em Manaus, porém, após 3 anos regressa aos EUA. Sem pastor, “nossa igreja. Foi enxaguada em águas do Rio Negro”. Nelson manteve por iniciativa própria um trabalho social significativo. Graças a um conhecimento básico de medicina, obtido quando se preparava para vir ao Brasil, e ao curso de enfermagem prática, realizado em Belém, “me foi permitido atender aos pobres gratuitamente. Ajudei pessoas indiferentes a credo, raça ou caráter moral e graciosamente” (cf. Reily, D. A. História Documental do Protestantismo no Brasil, 2003, p. 199-200). Fim da Missão metodista na Amazônia Quando a Igreja Metodista Episcopal confiou a missão no Brasil à Igreja Metodista Episcopal do Sul (IMES), Nelson decidiu não abandonar a sua comunidade em Belém assim se justificando: “O motivo principal de eu não pôr-me ao dispor da Igreja Metodista do Sul, era que essa Igreja não cogitava em estabelecer missões na Amazônia, havendo falta de pastores no sul do Brasil. Eu não quis abandonar os meus bons amigos e meu predileto serviço no Pará” (cf. REILY, D. A. (Comp.). Metodismo na Amazônia, 1982, p. 19). Sendo-lhe impossível continuar a atividade missionária, ele agora recomendava aos metodistas que buscassem filiar-se a outras igrejas. Sua esposa retornara com os familiares para os EUA já há seis anos. Sua intenção era tornar-se indispensável, onde quer que se estabelecesse. Por que a missão na Amazônia não prosperou? Política de sustento próprio Falta de articulação entre a Igreja mãe e os missionários metodistas no Brasil Estrutura missionária (board) não deu o devido apoio aos missionários “Sustento próprio das igrejas – não dos próprios pastores – era regra geral tanto de São Paulo como de William Taylor... Se a minha igreja no Pará não chegou a praticar o ‘sustento próprio’ na parte tocante ao ordenado do pastor, o responsável sou eu, que nunca lhe dei ensejo para isso” (J. H. Nelson). BIBLIOGRAFIA BÁSICA BARBOSA, José Carlos. Salvar & Educar: O metodismo no Brasil do século XIX. Piracicaba: Cepeme, 2005. JAIME, Eduardo Mena Barreto. História do Metodismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Empresa Gráfica Moderna, 1963. REILY, D. A. (Comp.). Metodismo na Amazônia, Resumo do Trabalho Missionário de Justus Nelson e sua Despedida da Igreja Metodista de Belém do Pará. Transcrição Integral do "Apologista Christão Brazileiro". Publicado em 1925. São Bernardo do Campo: Co-edição FTIM/IMS, 1982. REILY, D. A. História Documental do Protestantismo no Brasil, São Paulo: ASTE, 2003. SALVADOR, José Gonçalves. História do Metodismo no Brasil, v. 1: Dos primórdios até a Proclamação da República (1835 a 1890). São Paulo: Imprensa Metodista, 1982.