Biografias Adventistas
Biografias Adventistas
Biografias Adventistas
Entrevistador: A Revista Adventista de 1977 traz que o templo adventista de Cabedelo foi
construído por Edson Vital. A senhora poderia falar alguma coisa sobre ele? E onde os
adventistas se reuniam antes?
Hosana: A gente se reunia na rua da linha na Cleto Campelo, na rua da balsa, primeiro foi na
casa dos meus tios e depois alugaram uma casa. Edson Vital era valoroso, um irmão forte,
humilde e caridoso. Ele e sua esposa Naia eram para mim como se fosse irmãos de sangue. Um
dia eles estavam procurando um terreno e estavam procurando lá pelo centro e eu que indiquei
esse terreno porque fica perto da minha casa. Eu já pensava que perto de casa ficava mais perto
para eu ir e graças a Deus compraram o terreno, construíram e mobiliaram a igreja com púlpito,
banco, cortina e tudo. Deixaram a igreja uma benção, e ele mesmo era construtor.
Hosana: Nesse tempo, eu não sei porque eu nasci em 1943, mas acredito que nesse tempo eram
inimigos. São amigos por uma parte, mas quando saí da Igreja Presbiteriana só faltei apanhar
porque desde criança era da igreja e cheguei a me batizar com dezoito anos e casei lá. Fui
perseguida pelo povo de lá e em casa também. Só sei dizer que eles perseguem porque não
aceitam a verdade. Eu saí e não me arrependi e até hoje estou na igreja.
Hosana: Eram muito bons, eram melhor que hoje. Porque a igreja, quando era menor, tinha uma
calçada e a gente se reunia a tarde e saía um monte de gente para levar a mensagem. De primeiro
tinha mais daquele calor humano.
Hosana: Tinha a minha tia que veio de São Paulo e nos reuníamos na casa dela. Eu me converti
com trinta anos.
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Entrevistador: A senhora poderia falar mais um pouco sobre os lugares onde a igreja se reuniam
antes de construir o templo?
Hosana: Se reunião na Cleto Campelo no quartinho que foi alugado e vinha muita gente de João
Pessoa como o irmão Raminho, Paulo e Bibiano. Era uma benção. Antônio brigava e dizia que
ia embora de casa e eu orava e também brigava. Ele vinha brigar e me esculhambar e eu deixava
a religião e ia para brabeza também. Quando embarcou, eu botei a Bíblia na mala dele com
todos os estudos do apocalipse que meu filho respondeu e fiquei orando.
Hosana: Eu quero dizer que foi uma benção essa igreja vim para aqui e me sinto muito feliz em
conhecer a verdade e passar para outras pessoas. Meu desejo é que antes de morrer ver uma
igreja no centro.
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Abel Landers Gregory (1867-1950) foi um Médico missionário de sustento próprio, pioneiro
na América Latina. Uniu-se à IASD aos 21 anos e um pouco mais tarde, iníciou seus estudos
no Hospital e Faculdade Hannemann na Califórnia. Dois anos após concluir o curso, ele e sua
esposa, Lulu, filha de J. O. Corliss, ofereceram-se voluntariamente para vir ao Brasil como
médico-missionário. Trabalhou ali por sete anos (1902-1909) e, posteriormente, no Sanatório
River Plate na Argentina por um ano. Voltando aos Estados Unidos, assumiu o setor de
tratamentos no Sanatório Guadalajara (1912-1914). Em 1914 foi para a Flórida onde dirigiu o
Sanatório Orlando por um ano e então trabalhou com um grupo evangelista na Flórida e na
Califórnia (1919-1921). Partiu para seu último posto de serviço missionário, em Honduras,
onde passou mais de um quarto de século como médico evangelista de sustento próprio. Além
de praticar medicina, ajudou a fundar o Colégio Industrial de Honduras (MEMORIA
ADVENTISTA, 2020h).
Albert B. Stauffer (????-????) ou Augustus Baer Stauffer, de acordo com Link (2014), trabalhou
como colportor no Uruguai, Argentina e Brasil e no início do século XIX assumiu posições
importantes na IASD da América do Sul. Ao contrário do que a literatura tradicional da história
da IASD no Brasil normalmente fala, os estudos de Edegar Link demonstraram através de
fontes primárias que o verdadeiro nome de A. B. Stauffer é na verdade Augustus Baer Stauffer.
Esse erro na literatura mais tradicional foi causado pelo fato de que nos relatórios desse
colportor sempre apareceu seu nome abreviado.
Alcides Cruz Rodrigues (1931 -????) foi pastor e nasceu no dia 7 de outubro de 1931, no
município de Álvares Machado, SP. De Álvares Machado, juntamente com sua família, mudou-
se para Presidente Prudente, SP. Em 1953 estudou no Rio de Janeiro, e no início de 1954 foi
para o ENA (Educandário Nordestino Adventista), onde começou a cursar Teologia. Nas férias
colportava para pagar seu estipêndio no internato. Concluiu o curso de Teologia em dezembro
de 1961 no IAE. No dia 21 de fevereiro de 1960 casou-se com Zuíla Rodrigues e da união
matrimonial nasceram três filhos: Walter, Kleber e Sandra Késia. Seu primeiro chamado foi na
Missão Nordeste com sede em Recife, para assumir o distrito pastoral em Garanhuns, PE,
iniciando seu ministério em fevereiro de 1962. De Garanhuns, foi transferido para Campina
Grande, PB. Depois de três anos, a Missão o convidou para assumir alguns Departamentos em
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Recife, sendo eles: Assistência Social, Comunicação, Escola Sabatina e Obra Missionária.
Depois de sete anos e meio em Pernambuco e Paraíba, assumiu o distrito de Moema, na
Associação Paulista (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2021p).
Antônio Bezerra de Lima nasceu no dia 5 de setembro de 1896 e faleceu no dia 26 de novembro
de 1979. Era casado com Maria das Neves Viana. Alguns dos seus filhos são Oséias, Raquel e
Carmita Bezerra Viana. Ele era da Serra das Laranjeiras, mas quando casou foi morar em
Galante. Em 1925, ele se converteu ao adventismo e montou um pequeno grupo de adventistas
em Galante, depois ele se mudou para Serra das Laranjeiras novamente e iniciou um grupo
nesse lugar, em Baixa Verde e em vários lugares da redondeza. O relato da história de Antônio
Bezerra foi montado através das entrevistas realizadas com Oseias Bezerra Viana (2019),
Raquel Bezerra Viana (2019) e Ariosvaldo Castro de Moura (2019). Os dois primeiros são
filhos de Antônio Bezerra e o último era genro. As três entrevistas possuem discrepâncias e em
alguns momentos se contradizem, mas todas concordam nos eventos principais da conversão
dele. Para montar a história foram utilizados os fatos em que pelo menos dois deles concordam
ou que tenha uma linha lógica mais coerente. Em alguns momentos foram colocadas notas de
rodapé para mostrar as principais diferenças dos depoimentos. Ver foto de Antônio Bezerra na
Figura 4.
Apollos Hale (1807-1898) era pastor metodista na Nova Inglaterra. Criou junto com Carlos
Fitch o gráfico profético de 1843. Ele foi editor dos periódicos Advent Shield e Advent Herald.
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Em 1845, Hale e Joseph Turner “ligaram o conceito da porta fechada com o cumprimento da
profecia de 22 de outubro de 1844. Assim eles ensinaram que a obra da salvação geral havia
terminado naquela data: Cristo veio espiritualmente como noivo, as virgens sábias entraram
para as bodas com ele, e a porta havia sido fechada para todos os outros” (KNIGHT, 2015,
p.219). Pouco tempo depois, Hale abandona o movimento da porta fechada e se junta aos
adventistas da porta aberta de Albany.
Arthur Grosvenor Daniells (1858 – 1935) trabalhou como professor, evangelista, pastor e foi
presidente da Associação Geral da Igreja Adventista do Sétimo Dia entre 1901 e 1922.
Ataliba Abreu Netto (1914- ????) foi colportor, professor e pastor. Nasceu no dia 7 de junho de
1914 em Lages, SC. Filho de Pedro Hugo A. Netto e Francisca Abreu Netto. Concluiu o curso
de Odontologia e Farmácia em 1936. Em 1941 diplomou-se em teologia no CAB (UNASP-SP).
No dia 3 de março de 1942, casou-se com Carmelina Moreira de Abreu e da união conjugal
nasceram três filhos: Felícia, Flávio e Ruth Helena. Ocupou a posição de professor na
Associação Paraná e Santa Catarina no ano de 1942. No período de 1943 a 1953 foi pastor
missionário na Missão Nordeste. Estudou no Seventh-Day Theological nas férias de dezembro
e janeiro do ano 1949 a 1950. Foi ordenado no dia 8 de março de 1950. Ocupou a função de
pastor evangelista na Missão Bahia e Sergipe no período de 1953 a 1960 e na Associação Rio-
Minas Gerais entre 1960 a 1972. Concluiu seu doutorado em Direito em 1965 pela Universidade
Católica de Petrópolis, UCP. Publicou os livros: Biografia de João Calvino e O Por Que de o
Sabatismo? Participou das construções de igrejas em João Pessoa e Itabuna, BA (MEMÓRIA
ADVENTISTA, 2021v).
Carlos Dreefk (????-????) era alemão de família luterana. Ele imigrou para Brasil na segunda
metade do século XIX. Segundo Borges (2020) seu sobrinho Borchardt deu seu nome e
endereço para dois missionários que lhe enviaram literatura adventista. Ele recebeu a literatura
por cerca de ano e cancelou.
Carlos Fitch (1805–1844) foi a quarta pessoa mais importante para o milerismo. Ele era pastor
da igreja congregacional de Boston e envolvido com o movimento abolicionista a tal ponto que
escrever um livro sobre o assunto. Após aceitar se unir ao movimento milerita, ele dedicou-se
inteiramente a causa até a sua morte em outubro de 1844 devido a uma tuberculose adquirida
por passar muito tempo batizando pessoas durante um dia frio. Ele chegou a editar um periódico
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milerita intitulado Second Advento of Christ e era o principal líder na região transapalachiana.
Foi ele mais Apollos Hale que criaram o gráfico profético que seria muito utilizado pelos
mileritas e em julho 1843 fez o chamado para os crentes do advento saírem da babilônia, ou
seja, de qualquer igreja que não pregasse o retorno de Jesus por volta de 1843e 1844. Por fim,
Segundo Knight (2015) ele foi a ponte que ligava a ala mais racional do movimento (Miller,
Himes e Litch) à mais carismática (S.S. Snow e George Storrs), sendo essa última que lideraria
o movimento em a partir do desapontamento da primavera (21 de março de 1844).
Celso Camelo Costa (1882-1914) foi colportor pioneiro no Nordeste. Nasceu no dia 28 de maio
de 1882, em Alagoas. Converteu-se por volta de 1910 em seu Estado natal. Era funcionário em
uma fábrica de açúcar na função de auxiliar químico e, após conhecer a Igreja Adventista do
Sétimo Dia, solicitou ao patrão o sábado livre. Tendo seu pedido recusado, demitiu-se. A seguir
foi chamado para atuar como colportor nos Estados da Bahia e Alagoas, onde trabalhou por um
ano com sucesso. Posteriormente foi chamado para exercer o cargo de Diretor de Colportagem
no Estado de Pernambuco. Em dezembro de 1913, foi chamado para São Paulo, pelo Executivo
da União, a fim de melhor preparar-se para o trabalho. No final de abril do mesmo ano, foi
acometido de febre tifóide. Faleceu no dia 27 de maio de 1914, aos 32 anos de idade, na Vila
de Santo Amaro, em São Paulo, e no dia seguinte, data de seu aniversário, foi sepultado no
cemitério de Santo Amaro (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2020i).
nunca se tornou adventista, mas a sua esposa Anna Dorothea Von Stalnburg (1834-1918) e seu
filho Adolfo Hort (1871-1944) estavam entre os primeiros adventistas batizados no Brasil
(1896).
Ellen Gould Harmon (1827-1915), nome de solteira, ou Ellen Gould White, nome de casada,
foi uma fundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia e escritora. Ela pertencia a uma família
metodista que foi excluída do roll de membros por não abandonarem as crenças mileritas.
Enquanto criança, ela recebeu uma pedrada no rosto que quebrou o nariz e causou fratura
craniana quase levando-a a morte. Ela teve que abandonar a escola devido a sua saúde frágil o
que a forçou a estudar em casa. No final de 1844, Ellen começou a receber visões e passou a
visitar grupos adventistas para divulgá-las. Segundo Collins (2007), em algum momento entre
1844 e 1845, Ellen conheceu e passou a ser acompanhada por Tiago White. Os dois casaram-
se em 1846 e ela recebeu o sobrenome White. Ellen foi considerada pelos adventistas sabatistas
como profetisa moderna e suas visões deveriam guiar a igreja no tempo que antecede a volta de
Jesus. Para eles, os seus livros dela serviriam como conselhos, mas, mesmo sendo inspirados
por Deus, eles não possuem a mesma autoridade, ou seja, seus escritos não são tão importantes
quanto à Bíblia. Após a morte de Tiago (1881), Ellen passou alguns anos na Europa e na
Austrália para expandir a Igreja Adventista do Sétimo dia nesses lugares.
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Elon Galusha (1790 – 1856) era filho do governador de Vermont, Advogado, pregador batista
e abolicionista. Segundo Knight (2015), ele era um dos batistas mais poderosos de NovaYork.
Ele se juntou ao milerismo em 1843, tornou-se um dos principais líderes do movimento e atuou
no oeste de Nova York.
Ernst Julius Theodor Schwantes (1854-1922) foi pastor, professor, pioneiro no Sul do Brasil.
Nasceu em Jerusalém Treptow Rega, Pomerânia, Alemanha. Ainda jovem veio ao Brasil e
exerceu o ofício de pastor e professor na Igreja Evangélica Luterana. Casou-se com Elisabeth
Magdalena Adamy (1855-1940) e da união conjugal nasceram oito filhos. No período de 15 a
23 de abril de 1896, faleceram três filhos do casal vitimados por desidratação. Após o
falecimento dos três filhos, mudou-se para o Alto Jacuí, onde requereu terras do governo,
pretendendo terminar seus dias ali, quando o colportor A. B. Stauffer vendeu alguns livros, em
alemão, para a família Schwantes. Quando o Pastor Huldreich F. Graf veio ao Brasil,
empreendeu uma viagem pelo interior do Estado do Rio Grande do Sul em companhia de
Stauffer, logo após sua chegada e chegaram à casa de Ernst Schwantes que acompanhou Graf
a uma viagem à Taquari. Ernst foi consagrado ancião pelo Pastor Graf e designado como
responsável pela pequena igreja. Tal evento ocorreu em fins do ano de 1897. Em agosto do ano
seguinte, Graf voltou a casa de Ernst Schwantes e o convidou para acompanhá-lo em uma
viagem de 100 dias pelo interior do Estado. Passaram por São Pedro do Sul, Ijuí, Passo Fundo
e Carazinho (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2020d).
Fausto Luiz de Moura (1915 -2013) já era adventista quando se mudou de Carpina,
Pernambuco, para Campina Grande no dia 13 de maio de 1935. Ele ajudou a fundar a Igreja
Adventista de Baixa Verde, Campina Grande e vária outras na redondeza (MUNIZ, 1981). Ele,
seu irmão José Moura e Nilo Gomes foram os primeiros adventistas em Campina Grande
(MOURA, 2021).
Frank Henry Westphal (1858-1944) “foi o primeiro pastor adventista alemão enviado para
servir na América do Sul. Ordenado ao ministério em 1883, em Michigan, dedicou-se a missão
urbana de Milwaukee e lecionou história no departamento Alemão do Union College. Em 1894,
foi chamado para servir no continente sul-americano” (BORGES, 2020, p. 76).
Friedrich Dressler (????-????) era alemão e filho de um ministro luterano. Ele era alcoólatra e
ao chegar ao Brasil tinha em suas mãos alguns exemplares da revista adventista Christliche
Hausfreund (Amigo da Família). Ele fez o pedido de mais material impresso a Sociedade
Internacional de Tratados de Battle Creek que lhe enviou mais revistas e livros. Segundo Borges
(2020), ele vendia os impressos adventistas para David Hort que usava para embrulhar a
mercadoria. De acordo com Link (2014), Dressler recebeu a literatura adventista por sete anos
até 1895 quando pastor Frank Henry Westphal (1858-1944) chegou a Brusque e ele estava entre
os interessados que acompanharam o pastor Westphal em Brusque, Santa Catarina.
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Frederick Wheeler (1853–1931), conforme Maxwell (1982), foi o primeiro pastor adventista
norte-americano a aceitar a guarda do sábado. Ele foi convencido a guardar o sábado pela batista
do sétimo dia Raquel Oakes (1809-1868). Ela tinha se mudado para Washington, New
Hampshire, e passou a frequentar uma das igrejas em que Wheeler pregava. Durante uma visita
a sua casa, Oakes falou sobre a guarda do sábado para ele. Wheeler aceitou a guarda do sábado
e convenceu Thomas M. Preble a fazer o mesmo.
F. B. Hahn (???? - ????) morava em Canandaigua, Nova York, e era o secretário da sociedade
médica de seu condado. Segundo Maxwell (1982), ele auxiliou Edson e Croiser nos estudos
sobre o que aconteceu no dia do grande desapontamento.
George Storrs (1786- 1879) era abolicionista e membro da Igreja Metodista. Ele foi um pegador
milerita, editor da Western Midnight Cry e, após o desapontamento da primavera, tornou-se um
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dos líderes do movimento do sétimo mês e foi a favor do chamado para sair de Babilônia.
Depois do grande desapontamento ele se opôs a Himes e aos adventistas de Albany. Ele era
contra a organização de uma denominação por acreditar que “nenhuma igreja pode ser
constituída por invenção humana que não se torne babilônia, no momento em que é organizada”
(KNIGHT, 2015, p. 144).
Guilherme (Wilhelm) Belz (1835-1895) foi primeiro adventista do Sétimo Dia do Brasil.
Nasceu na Pomerânia, Alemanha, em 1935. Casou-se com Johanna Belz e da união nasceram
três filhos: Emília, Reinhold e Francisco. Nascido em uma família luterana, Guilherme tinha
por hábito ler a Bíblia, mas a observância do domingo o intrigava. Inclusive, sua mãe e o pastor
de sua igreja desconversavam sobre o assunto. Muitos anos mais tarde, depois que sua família
se mudou para Braunchweig (hoje Gaspar Alto), no Brasil, encontrou na casa de seu irmão mais
velho, Carl uma cópia de Gedanken Über das Buch Daniel (Reflexões Sobre o Livro de Daniel)
da autoria de Urias Smith. Nessa obra, leu sobre o sábado e começou a investigar na Bíblia.
Depois de algum tempo, aos 54 anos de idade, tomou a decisão de guardar o sábado. Sua
influência levou muitos de seus vizinhos a também guardarem o sábado, alguns anos antes dos
missionários da Igreja Adventista chegarem a Brusque, perto de Gaspar Alto, Santa Catarina.
Foi um dos organizadores da primeira Igreja Adventista no Brasil, em Gaspar Alto. Uniu-se à
Igreja Adventista por volta de 1895 e foi eleito “bibliotecário da Sociedade de Publicações
(folhetos) de Brusque” (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2020e).
Guilherme Miller (1782 - 1849) - William Miller, em Inglês- era um fazendeiro que após de
desenganar com deismo começou a estudar a Bíblia. Durante toda sua vida considerou-se batista
e nunca quis fundar uma nova denominação religiosa com seus estudos. Após alguns anos de
estudos, ele começou a pregar em 1831 que Jesus voltaria por volta de 1843. Alguns anos
depois, após muita pressão, Miller afirmaria que o retorno de Jesus seria em algum momento
entre 21 março de 1843 e 21 de março de 1844. Após passar o período marcado, algumas
pessoas, inicialmente contra a vontade de Miller, marcaram 22 de outubro de 1844 como o dia
do retorno de Jesus. Miller só a aceitou algumas semanas antes de 22 de outubro. Quando o dia
passou e nada aconteceu, Miller queria ficar recluso na sua fazenda e deixar a continuação do
movimento com os mais jovens, mas Josué V. Himes, um grande amigo dele e um dos líderes
do movimento, continuou usando a sua influência para manter o movimento sobre controle.
Com a morte de Miller (1849), o movimento de dividiu em várias vertentes e muitas delas se
organizaram como igrejas.
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Guilherme Stein Junior (1871-1957) foi professor, redator, escritor, erudito e primeiro
adventista batizado no Brasil. Ele era Filho de imigrantes suíços e alemães luteranos. Casou-se
com Maria Khähenbühl (1892- ?), filha também de imigrantes suíços e alemães luteranos, e da
união nasceram três filhos: Guilherme, Waldemar e Alice Irene. Foi batizado em abril de 1895,
pelo Pastor Francis H. Westphal no Rio Piracicaba. O mesmo pastor que o batizou seguiu para
Indaiatuba, onde realizou o batismo de seu pai, Guilherme Stein, sua mãe e quatro irmãos. No
ano seguinte ao seu batismo, ingressou no trabalho adventista, primeiramente como colportor;
porém, não havia literatura em português senão um pequeno livro traduzido nos Estados Unidos
em mau português, intitulado: Passos a Cristo (Caminho para Cristo de Ellen G. White) que
posteriormente Guilherme Stein retraduziu chamando-o de Vereda de Cristo. No ano de 1896,
juntamente com sua esposa, foram para Curitiba, Paraná, onde trabalharam como professores
no Colégio Internacional, considerado o primeiro Educandário Adventista no Brasil. A escola,
que começou com apenas 6 alunos, alcançou no final de seis meses uma matrícula de 120
alunos. Dois anos mais tarde, foram para Brusque, Santa Catarina, a fim de estabelecer a
primeira escola paroquial adventista do Brasil. Foi transferido para Santos, São Paulo, em 1899,
como evangelista e obreiro bíblico. Em 1900, mudou-se para o Rio de Janeiro, e iníciou ali a
publicação da primeira revista adventista missionária no Brasil: O Arauto da Verdade, da qual
foi seu primeiro redator, mantendo as funções de obreiro bíblico e colportor. Em 1912, essa
revista passou a se chamar: Sinais dos Tempos; em 1923, O Atalaia; e, em 1982, Decisão. Do
Rio de Janeiro, foi para a editora Adventista, onde atuou como redator, tradutor e editor, até sua
aposentadoria, em 1918. Dentre os livros escritos por ele, encontram-se: Sucessos Preditos da
História Universal, que foi o primeiro livro adventista de autor brasileiro, publicado em 1909,
pela Sociedade Internacional de tratados no Brasil, precursora da CPB (Casa Publicadora
brasileira), e republicado em 1995; O Sábado, que foi o segundo livro adventista de autor
brasileiro, publicado em 1919 pela mesma editora e também republicado em 1995; O Tupi - De
onde veio sua língua e sua religião, publicado em 1934 pela Livraria Liberdade. Stein foi
também o primeiro a traduzir hinos adventistas para o português. Era um estudioso das línguas.
Conhecia cerca de 40 línguas, dentre as quais: sumério, egípcio e numerosas línguas indígenas
da América. Foi professor de línguas no Colégio Piracicabano e ali também exerceu a função
de conselheiro pastoral. Traduziu os seguintes livros: Vereda de Cristo (Caminho a Cristo),
Vida de Jesus, O Grande Conflito, Guia Prático da Saúde, e outros; além de muitos hinos para
o primeiro hinário adventista sendo assim, o primeiro a traduzir letras de hinos adventistas para
o português. Após sua aposentadoria, dedicou-se ao estudo do monogenismo linguístico.
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Faleceu no dia 5 de outubro de 1957, sendo sepultado em Indaiatuba, São Paulo (MEMÓRIA
ADVENTISTA, 2020a).
Hazen Foss (???? - ????) era um milerita que em 1844 disse que recebeu visões. Contudo, ele
teve medo de divulgá-las e ouviu uma voz que dizia que o dom seria retirado dele e dado a uma
pessoa menos capaz (COLLINS, 2007).
do Rio de Janeiro, onde se encontraram com os seus 20 membros, sendo Margarida Jahn, a
primeira observadora do sábado nesse Estado. De 24 de março a 16 de abril do ano seguinte,
participou em Blumenau, SC, de um congresso bíblico, onde se reuniram 18 obreiros. Era tudo
o que o Brasil possuía. Nesta época foi convidado a visitar as três igrejas e membros isolados
no estado do Espírito Santo. No dia 12 de maio de 1912, partiu de Vitória para Santa Maria,
ES, de trem, para visitar todos os membros adventistas e interessados. No final de junho
realizou-se um batismo de nove pessoas, no rio da cidade e Guilherma Denz foi uma delas. Em
junho do mesmo ano houve um batismo de oito jovens em Serra Pelada, ES e um deles era
Gustavo Storch. Pr. Meyer trabalhou também em Laranjinha e Laranja da Terra, Manteiga e em
Santa Joana, onde esteve reunido com Fritz Kunde, um dos primeiros observadores do sábado
no Espírito Santo. Retornou ao Rio de Janeiro no dia 27 de julho, a fim de visitar os membros
interessados. Por longo tempo dedicara-se ao estudo e aprendizado da língua portuguesa e foi
nesse Estado que pregou o seu primeiro sermão em português. Realizou-se um batismo de nove
pessoas em Cascadura, Rio de Janeiro, entre eles, Regina Menezes, futura obreira bíblica. No
final do ano, partiu para Teófilo Otoni, MG, onde encontrou um ativo grupo de membros. Seu
primeiro ano no Brasil foi dedicado a conhecer as igrejas e grupos adventistas existentes. No
ano de 1914, foi eleito presidente do campo Sul-Rio-Grandense, onde permaneceu
aproximadamente cinco anos. Em dezembro de 1918, foi eleito o primeiro presidente da União
Este brasileira da IASD, recém-organizada. Depois de cinco anos, por ocasião da Conferência
Geral realizada em São Francisco, recebeu um chamado de volta aos Estados Unidos
(MEMÓRIA ADVENTISTA 2021b.
Hiram Edson (1806-1882) era um fazendeiro membro da Igreja Metodista que “morava no
município de Ontário, Nova York, quando ouviu pela primeira vez a mensagem da breve volta
de Jesus” (COLLINS, 2007, p. 29). Segundo Maxwell (1982), ele se juntou ao movimento
milerita em 1843 durante uma série evangelística. A partir de então, tornou-se uma pessoa
importe para o movimento milerita da localidade e a sua casa ponto de encontro. No dia 22 de
outubro de 1844, a fazenda da família Edson, próxima a vila de Port Gibson, Nova York, foi o
local escolhido para os mileritas esperarem a segunda vinda de Jesus. Durante todo o dia e a
noite cataram e revisaram os cálculos e, conforme Maxwell (1982), choraram muito ao
perceberem que Jesus não voltaria naquele dia. No dia seguinte, Edson e um amigo saíram para
consolar algumas famílias, mas, enquanto eles atravessavam o milharal, Edson teve um insight,
uma clareza súbita, sobre o que poderia ter acontecido. No milharal, ele viu Jesus passando do
lugar santo para o santíssimo no santuário conforme ocorria no ritual judaico do dia da expiação
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para purificação, limpeza física, deste local que era realizada apenas pelo sumo sacerdote. A
partir de então, foram organizados estudos bíblicos em sua casa sobre o assunto e eles foram
divulgados em periódicos.
Irene Ferreira de Brito Lyra (1906 – 1974) é considera uma das pioneiras da Igreja Adventista
de Campina Grande. Toda a sua família era da Igreja Evangélica Congregacional de Campina
Grande que tinha como pastor João Clímaco Ximenes. Certo dia, ela estava lendo a Bíblia e
encontrou textos que mandava guardar o sábado, então ela foi perguntar ao pastor Ximenes que
falou que a guarda do sábado havia sido abolida na cruz. Outro dia, ela estava indo a feira
quando viu algumas pessoas cantando no dia de sábado, depois de deixar a feira em casa ela foi
atrás dessas pessoas e se deparou com o pastor Israel Zorub. Ela fez várias perguntas e o pastor
respondeu e começou a dar estudo bíblico a ela escondido para que o marido não soubesse. O
pastor Ximenes havia colocado algumas pessoas para vigiar os adventistas e descobriu que
Irene estava tendo estudo bíblico e falou para o marido dela impedir isso. Mesmo assim ela
continuou e quando se batizou, em 1943, o marido a espancou em frente dos filhos. Depois
desse episódio, ela ficou com medo ir à igreja e então mandava sua filha Raquel para os cultos
sozinhas. Raquel lembra de ver pessoas enviadas pelo pastor Ximenes em frente a Igreja
Adventista para ficar vigiando as pessoas que entravam. Houve uma vez em que Irene foi a um
culto de natal com Raquel e quando voltou o seu marido só a deixou entrar em casa porque um
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dos filhos estava chorando com fome. De acordo com Raquel de Brito Lyra Melo (2020) (ver
APÊNDICE L), o pastor Ximenes dizia ao seu pai, marido de Irene, que expulsasse sua mãe de
casa porque ela estava endemoniada e iria contaminar os filhos. Com o tempo, ele foi aceitando
a situação e permitindo que os colportores se hospedassem na sua casa.
Irineu Pereira de Melo (1893 – 1989) foi um dos primeiros conversos em Baixa Verde através
dos esforços de Antônio Bezerra e Sindolfo Barbosa. Ele era casado com Erminia Pereira de
Melo (1897-2001) e da união nasceram Clarice, Vasti, George, Genésio Zacarias e outros
(BARBOSA, 2009).
João Cabral (1929-????) nasceu em Baixa Verde e trabalhou muitos anos na fazenda de Luiz
Pereira. Chegou a fazer parte da multidão que cercou o templo de Baixa Verde, mas um pouco
antes chegar no local desistiu. Em 1950, ele se batizou na IASD e em 1964 era presidente
(diretor) da Escola Sabatina de Baixa Verde.
João Isidio Da Costa (1921-2013) era pastor e nasceu em Taquaritinga do Norte, PE. Filho de
Capitulino Balbino da Costa e Maria Francisca da Costa. Ao longo de sua infância, mudou-se
juntamente com sua família por três vezes e, finalmente chegou a Recife. Nas cidades menores,
estudou em escolas públicas; já em Recife, frequentou a Escola Adventista, onde terminou o
Curso Primário. Prosseguiu os estudos no Educandário Nordestino Adventista, inicialmente,
IRAN (Instituto Rural Adventista do Nordeste). Lá permaneceu até 1949. Em seguida foi
transferido para o ITA, hoje IPAE, onde permaneceu por dois anos; e depois, foi para o CAB,
atual UNASP-SP, onde se formou em Teologia em 1953. Casou-se com Dilza de Melo Costa e
da união matrimonial nasceram dois filhos: Josildo e Isolda. Assumiu o primeiro distrito em
João Pessoa juntamente com Campina Grande, PB. De Campina Grande foi transferido para
Recife ao distrito de Arruda. Depois assumiu o departamento de Escola Sabatina e Atividades
Leigas na Missão Nordeste. Em Belém do Pará, foi distrital na Igreja Central (MEMÓRIA
ADVENTISTA, 2021o). Em 1960 consta que João Isidio da Costa era pastor do distrito de
Campina Grande e residia na Rua Major Belmiro, 72 (OVERSEAS, 1960).
Jacob G. Kroeker. Missionário e colportor pioneiro. Chegou ao Brasil em oito de julho de 1908,
vindo dos Estados Unidos, época em que F. W. Spies era presidente do campo brasileiro. Seu
primeiro campo de trabalho foi em São Paulo, na linha Sorocabana. Ali visitou Itararé, Tatuí,
Itapetininga e Aracassu. Em 26 de maio de 1910 dirigiu-se a Rio Claro, na época, sede da
361
Missão Paulista. Visitou Ibitinga, onde fez algumas conferências evangelísticas em Nova
Europa, importante núcleo colonial, Barra Seca e Avaré. Assumiu a direção da Conferência
Santa Catarina-Paraná no lugar de Emílio Höezle. Permaneceu nesse campo por um ano,
retornando ao campo paulista em 1911. Alugou uma casa bem espaçosa na capital de São Paulo,
reservando uma sala para as conferências. Na primeira noite, a casa foi apedrejada e muitas
vidraças foram quebradas. Apesar da oposição, as reuniões continuaram quatro vezes por
semana, pois seis pessoas receberam o batismo e uma Escola Sabatina foi organizada com 12
membros. Em maio do mesmo ano, Jacob construiu uma casa em São Bernardo e mudou-se
para lá. Ainda em 19 de dezembro do mesmo ano partiu para uma viagem pelo interior de São
Paulo, quando visitou Nova Europa, Ibitinga, Boa Vista e Guaianás, organizando assim uma
Escola Sabatina com 18 membros. Serviu também como presidente do campo paranaense,
sendo eleito em 1912. Além de atuar como missionário no Sul do país, Kroeker empreendeu
também um trabalho pioneiro no Nordeste, morando durante algum tempo em Recife, PE. Em
1921 visitou Condessas, Vasco, Pau Santo, Contenda, Guarita, Santa Maria, Lagoa Funda,
Pedra Fina e Campestre. No Estado da Paraíba, levou a mensagem adventista a Riacho Fundo,
São José das Pombas e organizou um grupo em São José dos Cordeiros; em Cabaceiras,
organizou uma Escola Sabatina e deixou em Poço Fundo e Brejo da Madre de Deus um bom
grupo de crentes. Jacob Kroeker serviu durante muitos anos no campo brasileiro, e sua atuação
foi deveras importante como colportor, evangelista e missionário nos primórdios da obra
adventista no Brasil. (MEMÓRIA ADVENTISTA, 1921d).
músico e maestro e Vicenta Garcia. Ainda quando pequeno, o pai faleceu e a mãe decidiu
mudar-se para o Brasil e, em seguida, para Cuba. Ali, Jerônimo teve o primeiro contato com a
mensagem adventista, estudando, por algum tempo, em um colégio adventista, em regime de
internato. De volta ao Brasil, Jerônimo decidiu aceitar a fé adventista mesmo contra a vontade
da mãe. Veio para o Colégio Adventista Brasileiro (CAB) em 1920, atual Instituto Adventista
de Ensino (IAE/SP), formando-se cinco anos depois, como presidente da turma. Casou-se no
dia 13 de fevereiro de 1926 com Ana Klein de Araújo. Da união nasceram quatro filhos: Anice,
Flávio, Gilberto e Helena. Seu trabalho caracterizou-se pela ação, dinamismo e pioneirismo.
Iniciou sua carreira ministerial empreendendo séries de conferências evangelísticas no Bairro
do Brás (1926) em São Paulo; em Mogi-Mirim, SP (1927); em Campinas, SP (1930), auxiliado
pela instrutora bíblica Iracema Zorub. No ano de 1931 dirigiu-se a Ribeirão Preto, SP, onde ali
iniciou o trabalho de evangelização da cidade. Depois, dirigiu-se à capital paulista onde
trabalhou em alguns departamentos da Associação Paulista, atual Associação Paulistana da
IASD. Ao mesmo tempo em que servia na Associação Paulista, dirigiu uma série de
conferências evangelísticas na cidade de Araraquara e Mogi das Cruzes (1932). No ano seguinte
foi chamado para o Rio Grande do Sul e ali atuou como pastor-evangelista no município de
Santa Maria. Seu próximo trabalho foi em Porto Alegre (1934-1935), onde dirigiu uma
campanha evangelística no centro da cidade e outra no Bairro São João. Em 1935 Jerônimo foi
chamado para assumir a presidência da Missão Nordeste da IASD e ali permaneceu cinco anos,
quando retornou a São Paulo como professor e vice-diretor do CAB. Posteriormente, a
Associação Sul-Riograndense da IASD chamou-o de volta e ali trabalhou como presidente do
campo (1944-1947). Nessa época fundou a Clínica Bom Samaritano (MEMÓRIA
ADVENTISTA, 2021j).
João Batista de Brito Lyra era filho de Irene de Brito Lyra. Enquanto era criança frequentava a
Igreja Adventista, mas ao crescer saiu da igreja e passou catorze anos sem frequentá-la. Certa
vez estava no Açude de Boqueirão concertando a sua lancha e enquanto isso ouvia o programa
A Voz da Profecia, da Igreja Adventista, e sentiu vontade de voltar a frequentar a igreja.
Contudo, só um mês depois quando voltou de uma viagem em Recife, ele decidiu voltar
definitivamente. Inicialmente a sua esposa, Maria José de Brito Lyra, não gostou da nova
filosofia de vida de seu marido e chamou o seu tio, José de Brito Lyra. José de Brito repreendeu
duramente seu sobrinho que marcou de visitá-lo. João Batista, ao visitar seu tio, falou sobre a
guarda do sábado e após a sua saída ele mandou jogar todos os seus santos. Meses depois, tanto
Maria José de Brito Lyra quanto José de Brito Lyra se tornaram adventistas (LIRA, 1964).
363
John Lipke (Johannes Rodolf Berthold Lipke) (1875-1943) foi pioneiro da obra educacional e
médica. Nasceu em Berlim, Alemanha. Frequentou o Seminário Teológico em Hamburgo,
entrando em seguida na obra da colportagem, tendo como chefe o Pastor Frederico Spies. Em
1896, partiu para os Estados Unidos, onde se dedicou ao mesmo trabalho. No ano seguinte,
continuou seus estudos no Colégio de Battle Creek, em Michigan, onde se casou com Augusta
Schuete. Criou dois filhos adotivos: Daniel e Berta. No mesmo ano, terminados os seus estudos,
recebeu um chamado para o Brasil, onde exerceu a profissão de professor no Rio Grande do
Sul, na escola primária localizada em sua casa. Depois de um ano, foi chamado para Gaspar
Alto, Santa Catarina, onde fundou o primeiro colégio missionário. No ano seguinte, foi
ordenado ao ministério e eleito diretor do campo. Em 1904, mudou-se para São Paulo, a fim de
dirigir um instituto de colportagem. Em 1910, foi enviado à Bahia, onde trabalhou três anos.
Retomou cinco anos depois para São Paulo, onde assumiu a presidência da Missão Paulista da
IASD, em 1915. Neste período, atuou como primeiro diretor do Colégio Adventista Brasileiro
(CAB), atual UNASP - (São Paulo). Empenhou-se também na fundação da primeira editora
adventista no Brasil (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2020f)
John Nevis Andrews (1829-1883) foi escritor, editor da Review and Herald e o primeiro
missionário além-mar autorizado pela IASD. Ele é considerado um dos maiores teólogos que a
IASD já teve tendo seu nome dado a várias instituições de ensino da mesma. A família de
Andrews era milerita e começaram a guardar o sábado através de um folheto de T. M. Preble.
Em 1849, toda a sua família se converte ao adventismo sabatista e ele tornou-se um pregador
itinerante. Ele casou-se com Angeline Stevens (1824-1872) que faleceu de acidente vascular
cerebral. Como primeiro missionário além-mar, foi trabalhar na Suíça e em outros países da
Europa.
Josef Lindermann (????- ????) era o filho mais novo de “Johann Heinrich Lindermann,
fundador de uma igreja sabatista conhecida como Die getaufte Christengemeinde (Comunidade
364
Joseph Marsh (1802-1863) foi um líder importante do movimento milerita e editor de um dos
seus periódicos intitulados Voice of Truth. Em 1843, ele perdeu seu cargo de editor entre os
conexionistas por defender o milerismo e apoiou Carlos Fitch no chamado para sair da
Babilônia. Ele foi um dos primeiros líderes a apoiar o movimento do sétimo mês. Em junho de
1843, ele foi contrário que os mileritas vendessem todas as suas propriedades, mas incentivou-
os a se desfazerem de tudo que não necessitasse no presente. No final de 1844, ele muda a
discussão sobre o que aconteceu no dia do grande despontamento do tempo para a natureza do
evento. Marsh não compareceu à assembleia de Albany (1845) e se opôs aos adventistas
liderados por Himes por achar que eles estavam caminhando para uma organização religiosa e
desta forma tornar-se-ia uma Babilônia espiritual.
Joseph Turner desenvolveu junto com Apollos Hale a teoria da porta fechada. Para eles, Jesus
teria voltado de forma espiritual e somente aqueles que se converteram até 22 de outubro de
1844 seriam salvos. Turner também não compareceu à assembleia de Albany e se opôs aos
adventistas de Albany.
José Bates (1792-1872), Joseph Bates em inglês, foi marinheiro, capitão do mar, líder milerita
e um dos fundadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Segundo Collins (2007), Bates passou
vinte e um anos trabalhando no mar. Ele progrediu na carreira do mar chegando a ser capitão e
co-proprietário do seu navio. Bates era envolvido com o movimento abolicionista e de reformas
de saúde e organizou uma das primeiras sociedades de temperança dos Estados Unidos.
Enquanto era marinheiro, ele começou a se interessar por assuntos religiosos e tornou-se
membro da Conexão Cristã. Em 1839, uniu-se ao movimento milerita após assistir uma palestra
milerita e ir falar com Himes, amigo desde a juventude e que trabalharam juntos em várias
causas, para conhecer mais sobre Miller. “Bates foi uma das 16 pessoas que fizeram a
convocação para a primeira assembleia geral milerita, e, assim como Himes, Litch, e outros
365
dois, ele trabalhou na “comissão de preparo” do evento. Ele também atuou como um dos
diretores auxiliares da segunda assembleia. Bates também estava falando ao público na Campal
de Exeter, New Hampshire, em agosto de 1844, quando uma pessoa pediu que ele cedesse à
vez para S. S. Snow falar sobre os estudos que fizeram surgir o movimento do sétimo mês. Em
1845, Bates leu um artigo sobre o sábado de Thomas Motherwell Preble (1810–1907), ex
ministro Batista e pregador milerita, defendendo a guarda do sábado. Ele ficou com algumas
dúvidas sobre o assunto e foi a casa Frederich Wheeler (1811-1910), pastor do grupo adventista
de Washington , New Hampshire. Os dois conversaram e Bates decidiu guardar o sábado como
dia sagrado. Segundo Collins (2007), ele se uniu a Tiago e Ellen White em 1846 depois de
presenciar Ellen recebendo uma visão. Bates tornou-se o primeiro teólogo e escritor dos
adventistas sabatistas e foi o “responsável por levar os outros dois fundadores do adventismo
sabatista à compreensão básica das doutrinas centrais que estabeleceram esse grupo. Na
verdade, foi Bates quem uniu as várias crenças do novo movimento umas com as outras e com
o esquema profético de Miller. Além disso, ele ampliou essa estrutura escatológica integrando
nelas as novas doutrinas” (KNIGHT, 2015, p. 279).
José de Brito Lyra era cunhado de Irene de Brito. Ele era um homem muito rico e muito católico.
Como possuía uma casa muito Grande na rua Floriano Peixoto, próximo a Catedral, ele chegou
a hospedar diversas vezes o Bispo e diversos padres. Já idoso, com oitenta e quatro anos de
idade, ele se converteu ao adventismo por influência de João Batista de Brito Lyra. Ele foi
batizado pelo pastor Severino Tavares de Lira (MELO, 2020).
José Irajá Da Costa Silva (1938 -????) foi pastor e Nasceu em Fortaleza, Ceará, em 7 de
setembro de 1938. Filho de Francisco Xavier da Costa e Silva e Iracema Garcia. Em Caruaru,
fez o preparativo de admissão a ginásio na escola adventista. O Ginásio cursou em um colégio
batista. O Científico, em um colégio particular em Fortaleza. Em 1961 foi para o ENA cursar
Teologia. Formou-se em 1964. Após a formatura, introduziu o ministério como auxiliar do
pastor Érisson Michiles, em João Pessoa. Três meses depois, foi para o distrito de Casa
Amarela, Recife. Em 1966, assumiu também a igreja de Salgadinho, próximo à Olinda. Casou-
se com Itacy Bessa em 13 de abril de 1967. Da união nasceram: Ináyra, Irlacy e Irlan. No mesmo
ano, assumiu o distrito de Campina Grande, PB. Em Campina Grande, permaneceu até 1968,
quando foi transferido para Maringá, PR (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2021q).
366
José Nunes Siqueira (1917-2005). Pastor, administrador, autor, esposo, e Pai. Nasceu no dia 6
de novembro de 1917 na Freguesia da Escada, Prefeitura Municipal de Guararema, SP. Filho
de Benedito Nunes de Siqueira e Rita Nunes de Siqueira. Ficou órfão aos 5 anos. A mãe viúva
ficou com 8 filhos de 40 dias a 17 anos de idade. Mudaram-se para Santos onde o irmão mais
velho, Inocêncio, aprendeu prótese e começou a trabalhar como dentista. Mudaram-se para
Mogi das Cruzes onde cursou os dois últimos anos do primário no Segundo Grupo Escolar de
Mogi das Cruzes em 1930-31. Para ajudar a família José trabalhou como engraxate e ao mesmo
tempo em 1933 aprendeu prótese dentária com o seu irmão Inocêncio. Por esta época teve
oportunidade de assistir pela primeira vez um serviço religioso na Igreja Adventista do Sétimo
Dia; o pregador foi o Pastor Germano Conrad, líder do grupo de Mogi das Cruzes. Assistiu
classe batismal dirigida pelo Pastor Conrad e foi batizado no dia 30 de dezembro de 1933,
juntamente com seu irmão Francisco Siqueira, e Lydia Conrado (filha do Pastor Conrad e sua
futura esposa) no Rio Tietê, pelo Pastor Ennis Moore , então presidente da Associação Paulista.
Matriculou-se no curso teológico no CAB (atual UNASP-SP) em 1936, formando-se em
dezembro de 1940. Colportava durante as férias para enfrentar o custo dos estudos (MEMÓRIA
ADVENTISTA, 2021k).
José Rodrigues dos Passos (1902-1987). Pastor, professor e administrador. Nasceu no dia 9 de
janeiro de 1902, em Rolante, RS. Era filho de José Rodrigues dos Passos e Maria Emília dos
Passos, irmã de José Amador dos Reis (primeiro pastor brasileiro a receber ordenação no
Brasil). No ano de 1905, sua família aceitou a mensagem adventista, quando ele tinha três anos
de idade. Em 1917, foi batizado pelo Pr. Henrique Mayer, tornando-se membro da IASD de
Rolante, RS, até 1920, quando foi estudar no então Colégio Adventista Brasileiro (CAB), atual
Instituto Adventista de Ensino (IAE/SP). Sendo sua mãe, na época, viúva e sem muitos
recursos, custeou seus estudos através da colportagem. Em 29 de dezembro de 1926, casou-se
com Adelina Benincassa, sua colega de classe. Da união nasceram cinco filhos: Paulo, Esther,
Daniel, Rute e Helena. No mês de março do seguinte ano, concluiu o curso teológico; seguindo
logo para Jacupiranga, no Vale do Ribeira, SP, onde atendeu a alguns interessados. foi ordenado
ao ministério no Rio de Janeiro no dia 9 de janeiro de 1932. Trabalhou na Missão Rio Minas
da IASD como evangelista. Realizou 28 séries de conferências públicas e auxiliou em outras
12 durante seu ministério. Batizou mais de 2.500 pessoas, 800 das quais foram fruto de seu
trabalho pessoal. Atuou também como Departamental de Jovens e Educação, professor de
Educação Religiosa, presidente da Associação Paranaense, da Associação Sul-rio-grandense e
da Missão Mato-Grossense da IASD, aposentando-se em 1961. Faleceu no dia 31 de janeiro de
367
Josias Litch (1809 -1886) era a terceira pessoa mais influente do movimento milerita. Ele se
uniu ao milerismo após estudar um livro com sermões de Miller e ao ver que as conclusões
eram razoáveis dedicou a sua vida a difundi-las. Ele publicou uma sinopse dos sermões de
Miller e depois publicou um livro com suas próprias idéias. Segundo Knight (2005), ele
certamente foi o principal teólogo do movimento milerita. Litch era pastor metodista e para se
dedicar inteiramente ao milerismo pediu afastamento do seu cargo. Diante do bom trabalho que
ele vinha desempenhando e para lhe manter seguro em relação aos cuidados com sua família, a
comissão de publicação indicou-o formalmente como agente geral do movimento e tornou-se,
dessa forma, o primeiro pastor remunerado do movimento milerita. Ele tinha como função
apresentar palestras e aprimorar a circulação de literatura. Por fim, entre 1842 e 1844, ele
centralizou seu trabalho na Filadélfia chegando a criar um novo jornal milerita chamado de
Philadelphia Alarm. As campais mileritas foram onde Litch desenvolveu um papel muito
importante estando envolvido em grande parte delas. As campais eram cruzadas evangelísticas
e não havia local para debate e discussões, pois o fim do mundo em 1843 estava chegando e
não havia tempo a perder. Para auxiliar as campais foi encomendada uma tenda móvel com
capacidade para quatro mil pessoas que era transportada para as cidades que não era possível
alugar salões. Conforme Knight (2015), foram realizadas cerca de 125 campais entre junho de
1842 e outubro de 1844 com frequência de aproximadamente meio milhão de pessoas.
Josué Vaughan Himes (1805-1895), Joshua em inglês, era filho de um comerciante das Índias
Orientais que faliu por causa de maus negócios. Durante a juventude ele se uniu a um grupo
chamado Conexão Cristã que tinha como alvo abandonar crenças humanas e voltar à Bíblia.
Esse mesmo grupo também evitava qualquer tipo de organização religiosa além da congregação
local. Em 1827, Himes deixa o trabalho secular e até 1830 dedica-se tempo integral a trabalhar
como reavivalista, ou seja, dando palestra e sermões para reavivamento espiritual. Depois disso,
tornou-se pastor da First Christian Church de Boston até 1837 quando passou a ser pastor da
Second Christian Church. Segundo Knight (2015), em 1839, Himes conhece Miller e abriu as
portas para igrejas das grandes cidades. Ele também criou diversos periódicos mileritas e
utilizou estratégias publicitárias para divulgar o milerismo. Himes transformou um pequeno
movimento de interior em um grande movimento com divulgação internacional. Quando surge
o movimento do sétimo mês, ele, inicialmente, não aceita o dia 22 de outubro de 1844 como
368
dia do retorno de Jesus. Ele decide aceitar posteriormente devido ao rápido crescimento dessa
ideia entre os mileritas, achando que isso só seria possível com a aprovação de Deus. Contudo,
após o dia marcado, Himes acreditou que o movimento do sétimo mês foi um erro e passa a
combatê-lo. Ele também se torna o principal líder do movimento milerita e organiza a
Assembleia de Albany em 1845.
Lionel Brooking (???? - ????) era enfermeiro adventista inglês, colportor, professor, e um dos
primeiros conversos e missionários na Argentina (DIONISIO, 2020b).
Lucy Phebe Smith Miller (1782-1854) morava com sua família em Poultney, Vermont, a cerca
de 6 milhas da casa Miller em Low Hampton, Nova Iorque. Ela conheceu Miller enquanto ele
trabalhava na cidade onde ela morava. Eles se casaram em 29 de junho de 1803 e tiveram dez
filhos. Segundo Knight (2005), após o casamento Miller foi morar em Poultney onde teve
acesso a livros deistas e isso fez com ele abandonasse o cristianismo.
Luiz Pereira de Melo (1901-1990) era um fazendeiro de Baixa Verde que se converteu ao
adventismo através da influência de Antônio Bezerra e Sindolfo Barbosa, seu primo (SILVA,
2019). Os conversos de Baixa Verde se reunião na sua casa até que por volta de 1938, ele
comprou uma casa nas terras de Claudomiro Gonzaga que foi reformada para ser o primeiro
templo adventista do estado da Paraíba. Também por volta de 1937 aconteceu o primeiro
batismo da IASD em Queimadas no açude que ficava na sua fazenda. Ele era casado com Josefa
Pereira de Melo (1906-1990) e da união dos dois nasceu Maria José de Melo (1932-2008) que
casou com William Alves de Melo (1931-2003), um dos pioneiros da igreja Adventista de
Campina Grande (BARBOSA, 2009).
Manoel Luiz Soares (1900 – 1958) foi um dos primeiros convertidos em Baixa Verde através
de Antônio Bezerra. Era casado com Severina Maria Soares (1900-1978). Da união nasceram
Antônio, Vitor, João, Cleonice e Luiz Soares. A família morava no sítio Muquém onde foram
realizados diversos Batismo (BARBOSA, 2009).
369
Maria Alida Baar Nigri (1904-1995) Missionária pioneira. Nasceu em Riga, capital da Letônia
em 1904. Educou-se em um lar de formação luterana e batizou-se na IASD aos 18 anos. Dirigiu-
se ao Seminário de Friedensau, na Alemanha, onde se graduou em Teologia no ano de 1926,
sendo a única mulher da turma. Após a formatura, aceitou um chamado para ser missionária no
Brasil, trabalhando no Instituto Adventista de Ensino em São Paulo (IAE-SP) como Preceptor
e professora de História Geral durante 11 anos. Em 1938 casou-se com o recém-formado Pastor
Moysés Salim Nigri. Da união conjugal nasceram quatro filhos: Rejane, Elmano, Cássia e
Hélvio. Juntos trabalharam na Missão Nordeste (Recife e João Pessoa), na antiga Associação
Paulista, no Paraná, na antiga União Sul brasileira, na Divisão Sul-Americana e na Associação
Geral da IASD em Washington, DC. Após a jubilação do esposo, Maria Alida passou a residir
nos Estados Unidos. Em 1993 o IAE-SP prestou-lhe significativa homenagem dando seu nome
ao Dormitório Feminino. Sua biografia foi também incluída no livro Notable Adventist
Womem of Today (Mulheres Adventistas Notáveis de Hoje) publicado pelo Departamento do
Ministério da Mulher da Associação Geral. Faleceu no dia 24 de outubro de 1995 em Santo
André, SP (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2021i)..
Michael Belina Czechowski (1818 – 1876) foi ex-padre que saiu fugitivo do seu país por
motivos políticos. Em 1850, ele renunciou ao catolicismo e casou-se. Czechowski partiu para
América no ano seguinte e em 1857 uniu-se aos adventistas sabatistas. Ele pediu para ser
missionário na Europa, mas foi negado devido ao seu temperamento. Assim, ele procurou os
Cristãos do Advento que lhe enviaram para Europa. Lá, ele trabalhou em diversos países e
lançou o periódico L'evengile eternel (O Evangelho Eterno), segundo Maxwell (1982). Ele
formou vários grupos de adventistas sabatistas entre eles a de Tramelan, Suíça, organizada no
início de 1867, que é a primeira Igreja Adventista do Sétimo Dia fora da América do Norte.
Moysés Salim Nigri (1914-2010). Contador e pastor. Nasceu no dia 8 (registrado no dia 10) de
agosto de 1914 em Rio de Janeiro, RJ. Filho de Salim Moysés Nigri, um judeu praticante e
Erina Vieira Nigri, uma brasileira de formação católica. Foi batizado no dia 6 de agosto de 1932
na IASD do Meier pelo pastor E. M. Davis. Formou-se em 1933 como Perito Contador na
Escola Superior de Comércio do Rio de Janeiro. No ano seguinte exerceu a função de auxiliar
de secretário da Missão Rio Minas. Entre 1935 a 1937 cursou teologia no CAB (atual UNASP-
SP). Casou-se no dia 21 de fevereiro de 1938 com Alida Baar Nigri. Da união nasceram quatro
filhos: Rejane, Elmano, Cássia e Hélvia. No mesmo mês, introduziu o trabalho missionário
370
como obreiro em Recife, sendo que seis meses depois foi transferido para o distrito de João
Pessoa. No período, sofreu ameaças e perseguições de pessoas que queriam contrariar a
disseminação do adventismo. Quatro anos depois, recebeu o chamado para ser departamental
da Paulista. Porém, no início de 1942, na bienal da Associação, foi eleito Departamental de
Educação, de Jovens e de Temperança. Em 1943, foi ordenado a ocupar o cargo de pastor na
Igreja central do IAE (atual UNASP-SP). Após sete anos, atuou como Presidente da Associação
Paraná - Santa Catarina até 1951. No ano seguinte, foi chamado para ser Presidente da União
Sul Brasileira (atual União Central e Sul Brasileira). Entre 1952 a 1962, atuo como secretário
executivo da Missão Sul Americana. Foi o primeiro secretário Latino a assumir o cargo, até
então, sempre ocupado por missionários americanos. Em 1970, ocupou a posição de Vice
Presidente da Associação Geral até 1980, fazendo parte da 51º Sessão da Associação Geral que
ocorreu em Atlantic City, New Jersey (EUA). Também ali foi o primeiro Latino e o Primeiro
de língua não inglesa a assumir este cargo. Jubilou-se em junho de 1980, sendo que ocupava a
posição de Vice Presidente da Associação Geral em Dallas, Texas, EUA. Mesmo jubilado,
continuou exercendo suas atividades pastorais. Faleceu no dia 4 de março de 2010 e foi velado
na Igreja do UNASP-SP (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2021h).
Nilo Gomes (1912-2006) nasceu em Vitória do Santo Antão, Pernambuco, e ainda jovem
tornou-se adventista passando a colportar. De acordo com Muniz (1981), em 1936 ele se
estabeleceu em Campina Grande, contudo continuou trabalhando de colportor. Contudo, para
Nascimento (2021) (ver APÊNDICE K), ele teria ido morar em Campina Grande próximo de
1947 porque foi nesse ano que ele começou a trabalhar como vidraceiro. Por volta de 1948, ele
se tornou empresário e tinha um ponto comercial na rua João Pessoa, Campina Grande. Nilo
Gomes e considerado um dos pioneiros do adventismo em Campina Grande e foi ele quem dou
os vidros para a construção da Igreja de Campina Grande que foi inaugurada em 1969.
371
Owen Russell Loomis Crosier (1820-1912) foi um pregador milerita de Canandaigua, Nova
York, que junto com Hiram Edson e F. B. Hahn estudaram uma explicação do que aconteceu
em 22 de outubro de 1844 (dia do grande desapontamento) através da experiência de Edson no
milharal. Ele publicou o resultado dos estudos no artigo A lei de Moises no periódico Day Dawn
em 1846.
Robert Hill Habenicht (1866–1925) foi um missionário norte-americano que trabalhou nos
Estados Unidos e na América do Sul. Ele era um pastor, médico, administrador e pioneiro de
instituições médicas adventistas (SCHOLTUS, 2020).
Rodolfo Belz (1898-1978). Pastor, administrador e escritor. Nasceu no dia 27 de julho de 1898,
no distrito de Gaspar Alto, Brusque, SC. Filho de Gertrudes Waggoner e Francisco Belz. Iniciou
em 1905 o curso primário na Escola Adventista do Brasil, em Gaspar Alto; porém, concluiu os
estudos elementares quatro anos depois na Escola Pública São José, em Florianópolis, SC. Em
1911 foi batizado pelo Pr. Frederico Robert Kümpel em São José, Florianópolis. Logo cedo
começou a trabalhar como alfaiate, sendo promovido no ano seguinte, em Brusque, a primeiro
oficial de alfaiate. Em seguida, mudou-se para Rio Claro, onde terminou o Curso Ginasial. No
dia 17 de dezembro de 1922, formou-se na primeira turma de teologia no Colégio Adventista
Brasileiro (CAB), cujo lema era Rumo ao Mar, e também na Escola Superior de Filosofia em
São Paulo. Casou-se no dia 10 de dezembro do mesmo ano, com Alice Chagas, cuja cerimônia
foi realizada pelo Pr. A. B. Westcott. Da união nasceram quatro filhos: Cláudio, Fábio, Cleide
e Otávio. Começou seu trabalho na organização adventista como evangelista em Ribeirão Preto
e Pinhal, em São Paulo. Foi depois Pastor da Igreja de Vitória, ES, da IASD Central do Meier,
RJ. Ingressando então no magistério, foi professor de História, Geografia, Inglês e Filosofia, no
Colégio Adventista Brasileiro e preceptor (1929-1933). Evangelista da Associação Paulista;
Evangelista da Associação Leste; Departamental dos Missionários Voluntários da Associação
Paulista; primeiro presidente brasileiro da Associação Paulista (1936-1940); primeiro
presidente brasileiro da União Sul-Brasileira da IASD (1940- 1952); Secretário de Campo da
Divisão Sul-Americana da IASD para o Brasil (1953); Diretor Geral do Colégio Adventista
Brasileiro (CAB), (1953-1957); Presidente da Associação Rio-Minas da IASD (1957 e 1958);
primeiro presidente brasileiro da União Este-Brasileira da IASD (1958-1970) (MEMÓRIA
ADVENTISTA, 2021t).
Ricardo José Wilfart (1878-1944). Pastor e evangelista pioneiro. Nasceu no dia 26 de junho de
1878 em Roubaix, França. Filho Henri Wilfart e Zenobie Dumoulin Wilfart, ambos de
nacionalidade belga. Em 1888, emigraram para Rosário de Santa Fé, Argentina, onde ganharam
um exemplar do Novo Testamento, em francês, de um jovem suíço. Dois anos mais tarde a
família mudou-se para o Brasil, fixando residência em Dois Córregos, SP. Aos 13 anos, Wilfart
achava que estava irremediavelmente perdido. Em 1901, aos 23 anos de idade, teve seu primeiro
contato com a Igreja Presbiteriana, aderindo-se a ela por influência de um amigo em 1903. Ele
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chegou ao cargo de presbítero. Casou-se com Jeredyl Batista de Carvalho no dia 29 de setembro
do ano seguinte, e da união conjugal nasceram três filhas: Abigail Wilfart Lopes (esposa de
Januário Lopes); Alice Wilfart Peixoto da Silva (Esposa do Pr. Domingos Peixoto da Silva), e
Ady Wilfart Roloff (esposa de Werner H. R. Roloff). Sua esposa, lendo a Bíblia, encontrou a
do guarda do Sábado e o batismo por imersão, vindo assim o casal a conhecer a IASD em junho
de 1908, através de um membro da família Queiroz. Foi batizado em 22 de novembro do mesmo
ano, pelo Pastor Emílio N. Hölzle, em Ibitinga, São Paulo. No ano seguinte, trabalhou como
colportor* vendendo os livros Sucessos Preditos na História Mundial de Guilherme Stein e
Vida de Jesus de Ellen G. White, e a partir de junho, participou por seis meses do primeiro
curso de colportagem do Brasil em São Bernardo, São Paulo. No final deste, recebeu um
certificado de “Colportor Adventista”, assinado por F. W. Spies e Augusto Pages. Nesta
capacidade, foi para Niterói, Rio de Janeiro em fins de 1909 para atuar como colportor e obreiro
bíblico. Trabalhou como ministro licenciado de 1911 a 1913 e recebeu a ordenação ao
ministério no dia 21 de janeiro do ano seguinte em Santo Amaro, São Paulo. O certificado foi
assinalado pelos pastores F. W. Spies, J. W. Westphal e John Lipke. Trabalhou durante algum
tempo na Missão Este-Brasileira, e em 1914 foi designado superintendente da Missão Nordeste,
que, na época, compreendia os Estados da Bahia, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Pernambuco,
onde permaneceu até 1920. Morou em Jaboatão, Caruaru e Recife, até o início de 1920, sendo
transferido para o Rio de Janeiro (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2020k).
Lionel Brooking (???? - ????) era enfermeiro adventista inglês, colportor, professor, e um dos
primeiros conversos e missionários na Argentina (DIONISIO, 2020b).
Samuel Sheffield Snow (1806-1890) cresceu em um lar ligado à igreja congregacional, mas
quando adulto deixou de ser cristão. Isso viria a mudar com quando seu irmão lhe comprou um
exemplar do livro de Miller e lhe entregou. Com a leitura do livro, ele voltou a ser cristão e se
uniu ao movimento milerita. Após o desapontamento da primavera, Snow desenvolveu os
estudos que fez surgir o movimento do sétimo mês. Com base nos estudos de Snow o retorno
de Jesus foi marcado para 22 de outubro de 1844. Após o grande desapontamento, Snow ficou
contra os adventistas de Albany que eram liderados por Himes e seguiu a linha considerada
fanática por Knight (2015).
pelo Pr. Ernesto Schwantes. Com o crescimento da IASD de Campestre, o grupo dividiu-se
dando origem assim a IASD de Rolante. Trabalhou como agricultor algum tempo até conseguir
recursos para estudar no colégio adventista que havia sido aberto em Taquari, RS. Em 1910, a
escola foi vendida e, nesse ano, Saturnino iniciou a colportagem em Porto Alegre com a idade
de 17 anos, sendo transferido posteriormente para São Paulo onde se casou com Jerônima C.
de Oliveira em 1916, e da união conjugal nasceram quatro filhos: Gideon (médico), Enoch
(pastor), Ruth (contadora) e Rubem (professor). Dirigiu a obra de colportagem por 34 anos e
durante esse período trabalhou em onze Estados do Brasil, visitou 830 cidades, sem contar os
primeiros povoados, sítios e fazendas. Além de caminhar, utilizou todas as formas de
transportes: cavalo, carroça, trem, automóvel e navio. Durante quarenta e dois anos trabalhou
na Obra Adventista, trinta e quatro dos quais na liderança de Campos da União Este brasileira
da IASD. Embora aposentado, continuou sua atividade por dez anos como colportor ocasional
em São Paulo. Faleceu no dia 18 de agosto de 1977, aos 87 anos de idade em São Paulo
(MEMÓRIA ADVENTISTA, 2021f).
Severino Alves de Melo (????-????) ajudou o pastor Nigri a escapar da agressão. Ele se tornou
membro da IASD através do seu batismo que ocorreu no dia 28 de junho de 1996 cerca de
cinquenta e seis anos depois da agressão (NAGEL, 1996)
Sindolfo Barbosa era casado com uma prima de Antônio Bezerra e foi a primeira pessoa que
ele converteu em Serra das Laranjeiras (VIANA, R. 2019). Quando era criança perdeu o pai
que foi assassinado na frente de casa por cangaceiros. Tornou-se fazendeiro e, com o dinheiro
adquirido da negociação com gado, custeou os estudos de várias pessoas na Serra das
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Laranjeiras e em Baixa Verde onde ele também ajudou a fundar a Igrejas Adventista
(ANDRADE, 1995).
Sylvester Bliss (1814-1863) era ministro milerita e editor do Advent Shield junto com Himes e
Apollos Hale. Ele aderiu ao movimento do sétimo mês e após o grande desapontamento ficou
do lado dos adventistas de Albany.
Thomas Motherwell Preble (1810–1907) foi pastor batista e pregador milerita. No início de
1845, ele fez uma publicação defendendo a guarda do sábado. Alguns anos depois, ele
abandonou a guarda do sábado (KNIGHT, 2015).
Tiago White (1821-1881) era membro da Conexão Cristã e foi professor, pregador milerita, um
dos fundadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia, presidente da Associação Geral da Igreja
Adventista do Sétimo Dia nos anos de 1865-1867, 1869-1871 e 1874-1880 e editor da Review
and Herald, Signs of the Times, The Youth's Instructor, Present Truth e Health Reformer. Tiago
era de família humilde e quando criança não conseguia ler devido a um problema na visão que
só melhorou na adolescência. Chegou a ser professor, mas abandonou a profissão para ser
pregador milerita em 1842. Segundo Collins (2007), em algum momento entre 1844 e 1845,
Tiago conheceu e começou a acompanhar Ellen Gould Harmon que estava fazendo visitas a
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grupos adventistas para falar sobre suas visões. Em 1846, os dois se casam e Ellen recebe o
sobrenome White.
Walter Streithorst (1919 -????) foi pastor e administrador. Nasceu em 1919 no Rio Grande do
Sul. Introduziu seus estudos em Teologia na Alemanha e concluiu o curso em 1940 no CAB,
atual UNASP-SP. No ano seguinte, durante dois meses trabalhou na Missão Rio-Minas, como
auxiliar de colportores estudantes. Serviu ao Exército durante um ano. Em seguida, recebeu
chamado para assumir o distrito de Belém do Pará. Permaneceu ali por três meses como obreiro
bíblico. No dia 2 de março de 1942 casou-se com Olga Storch Streithorst e da união matrimonial
nasceram dois filhos: Walter e Sônia. Três dias após seu casamento, viajou para São Luís do
Maranhão, como Obreiro Bíblico. Seis meses depois, assumiu o pastorado do Estado do Piauí
e Maranhão. Depois de cerca de dois anos de trabalho em São Luís, foi transferido para Belém,
PA. Seis meses mais tarde foi nomeado Presidente da Missão Central-Amazonas, com sede em
Manaus. Era o final de 1944 De 1955 a 1968 foi presidente da União Norte Brasileira, que
compreendia os Estados do Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Maranhão, Piauí e Ceará. Neste
período, estabeleceu o Instituto Adventista Grão-Pará, em Belém e o Instituto Adventista
Agroindustrial do Amazonas, colégio em regime de internato, distante 80 km de Manaus. Além
disso, fez um convênio com o Estado do Pará, e com o Governo Federal, para a Obra Adventista
assumir o comando de uma frota de 23 Ambulâncias-Clínicas Móveis. A prestação de serviços
se estendeu por dez anos pela Transamazônica, Maranhão, Ceará, Pará, Bahia e Pernambuco.
Entre outros trabalhos, foi inaugurado em 1953 o Hospital Belém. Após 27 anos de trabalho na
Amazônia, foi chamado para dirigir a União Este Brasileira, com sede no Rio de Janeiro, onde
permaneceu de 1969 a 1972 (MEMÓRIA ADVENTISTA, 2021s).
William Ambrose Spicer (1865 - 1952) foi evangelista, missionário, editor da IASD. Também
atuou como secretário (1903-1922) e Presidente (1922 – 1930) da Associação Geral.
William Ellis Foy (1818-1893) era de família batista, mas em 1835 tornou-se membro da Igreja
Episcopal. Em 1842 ele estava se preparando para ser ministro episcopal e teria recebido visões,
mas por ser negro teve, inicialmente, receio de pregá-las. Mesmo assim, ele as divulgou.