Estudo de Risco de Arco Elétrico
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ÁREA OPERATIVA
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TTP76 Nº: F70107-000-JSS-9110-016
ÍNDICE
1. OBJETIVO ............................................................................................................. 4
2. ALCANCE .............................................................................................................. 4
3. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 4
4. TERMOS E DEFINIÇÕES ...................................................................................... 4
5. RESPONSABILIDADES ........................................................................................ 4
6. DESENVOLVIMENTO............................................................................................ 5
6.1. ASPECTOS GERAIS .......................................................................................... 5
6.2. MODELO MATEMÁTICO .................................................................................... 5
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1. OBJETIVO
Analisar as condições de formação de arco elétrico na área operativa do canteiro UOT.
2. ALCANCE
Aplicável às atividades executadas pelo Consórcio P76 formado pelas empresas Technip Brasil - Engenharia,
Instalações e Apoio Marítimo Ltda e Techint Engenharia e Construção. Este Consórcio destina-se à
construção, montagem e integração em FPSO da Plataforma P76, em contrato com a PETROBRAS
NETHERLANDS BV (PNBV).
3. REFERÊNCIAS
Anexo Contratual EXHIBT IX e adendos – Diretrizes de Meio Ambiente, Segurança e Saúde
WI SAF 002 – Consignação de Energias Perigosas
IEEE Transactions on Industry Applications
NR 10 – Norma Regulamentadora sobre Instalações e Serviços em Eletricidade
Micrologic 5.0P Electronic Trip Unit - Instruction Bulletin
4. TERMOS E DEFINIÇÕES
Energia Perigosa: compreende os seguintes tipos de energia: Elétrica (circuitos energizados que estão
conectados aos equipamentos e instalações); Mecânica (engrenagens, folhas de serra e transportadores);
Pneumática (dispositivos de controle de equipamentos transportadores); Hidráulica (carga e descarga de
plataformas); Química (liberação de químicos de tanques, tubulações ou válvulas); Térmica (calor de
equipamentos que operam com vapor); Gravitacional; Radiação; Energia armazenada em equipamentos,
instalações ou sistema e que possa liberar-se intempestivamente (pressão de molas, volantes fora de sua
posição de repouso, contrapesos, amortizadores etc.) e outra energia tal que, ao ser liberada, supera a
capacidade do corpo humano para suportá-la sem causar danos à saúde ou lesões.
Bloqueio: ação destinada a impedir o acionamento dos dispositivos que foram previstos de forma a manter
em uma posição que evite a liberação da energia.
Bloqueadores: são dispositivos para materializar os bloqueios, como cadeados, freios, correntes, bloqueador
de disjuntor, bloqueador de válvula, alavancas, travas ou outros meios idôneos para realizar um bloqueio
efetivo.
5. RESPONSABILIDADES
Gerência do Projeto
Conhecer o presente procedimento;
Prover os recursos necessários para a execução deste procedimento;
MASS
Elaborar e implementar as ações decorrentes deste memorial de calculo;
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Acompanhar o desenvolvimento deste memorial, bem como sugerir alterações quando necessário.
Orientar os colaboradores quanto ao cumprimento deste procedimento e verificar sua aplicação;
Engenheiros e Supervisores
Orientar e supervisionar sua equipe quanto à aplicação deste procedimento;
6. DESENVOLVIMENTO
6.2.MODELO MATEMÁTICO
Inicialmente tomaremos como base o modelo da NFPA 70E, descrita na versão de 2009 da revista “IEEE
Transactions on Industry Applications” publicadado pelo ““Institute of Electrical and Eletronics Engineering”
(IEEE). O qual é valido para as seguintes condições de contorno:
Tensão inferior a 0,60 kV,
Corrente de curto-circuito sólido simétrico de 16 kA até 50kA:
em que:
Ei , energia incidente em cal/cm²
D , distância ao ponto de falha em in;
t , tempo de extinção do arco em s
I bf , corrente de curto-circuito sólido simétrico em kA
Para este projeto, temos que:
D 0.8in (distância dos barramentos nos paíneis de distribuição)
t 0.00002s (item obtido através da folha de dados do relay de
proteção MICROLOGIC 5P)
I bf 50kA (conforme 6840-E-EU-8100001 - DIAGRAMA UNIFILAR
GERAL SUBESTAÇÕES 01, 02 e 03).
Substituindo estes valores na fórmula apresentada acima temos que a energia incidente pelo método da
NFPA 70E é:
Ei 7.37 cal cm
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Existe ainda o modelo apresentado no IEEE Std 1584 (2002) “Guide For Performing Arc-Flash Hazart
Calculations” para calculos de arco elétrico. Trata-se de um método baseado em exaustivos ensaios
cujos resultados receberam um tratamento estatístico. O resultado deste estudo levou a um modelo que
pode ser aplicado desde que as seguintes condições de contorno possam ser aplicadas:
Para a área operativa, onde a tensão máxima não passa de 1000 kV, temos que a seguinte equação
para o calculo da corrente de arco elétrico:
( K 0, 662log(I bf ) 0, 0966V 0, 000526G 0, 5588T log(I bf ) 0, 00304G log(I bf ))
I a 10
em que:
Ia , Corrente de arco em kA;
K , fator de configuração;
Onde K = -0,153 em aberto ou K = -0,097 quando fechado;
I a 27.54kA
em que:
E N , Energia incidente normalizada em J/cm²;
K1 , Fator de configuração, que em aberto vale -0,792 e quando em
fechado vale -0,555;
K 2 , Fator de aterramento, que o valor quando sólido é -0113 e
isolado vale 0;
I a , Corrente de arco em kA;
G , Distância dos condutores em mm, ver Quadro 1
K1 0,792 ;
K 2 0,113;
I a (obtida anteriormente);
G , Distância dos condutores em mm, ver Quadro 1
Resultando em:
E N 4,78J / cm 2
C f 1.5 ;
t 0.002 ;
x 1.641;
Ei 18.18 J cm
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6.3. CONCLUSAO
Os métodos fornecem valores de energia incidente em diferentes unidades, por isso é necessário converte-
los para compara-los. A tabela a seguir relaciona os diferentes graus de risco com os diferentes valores de
energia incidente para cada unidade de medida:
Resistencia Minima
Categoria ao Arco Eletrico
de Risco
J/cm2 cal/cm2
0 5,00 1,2
1 16,74 4
2 33,47 8
3 104,60 25
4 167,36 40
Quadro 2 – Equivalencia de grau de risco conforme energia incidiente.
Ambos métodos fornecem como resultados valores que se encaixam na faixa do grau de risco 2. Portanto, se
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faz necessária a adoção de EPI com tecido FR de categoria 2, ou seja, ATPV mínimo de 8 cal/cm (ou 33,47
2
J/cm ).