Petição I - Estágio I

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE

DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SOBRAL/CE

ANTÔNIO AUGUSTO, brasileiro, casado, autonomo, portador


de RG 200428673891 SSP/CE e de CPF n° 201.235.678-42, com endereço
eletrônico [email protected] , residente e domiciliado na Rua Portal
de Alencar, 332, Centro, Sobral – CE. Por intermédio de sua advogada
subscrita, vem respeitosamente perante vossa excelência, ajuizar a presente

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

Em face de MaxTV S.A., com CNPJ nº XXXXXX, com sede no


endereço XXXXXX, e Loja de Eletrodomésticos Ltda., com sede no endereço
XXXXXXX. Com fundamento no art. 319, do Código de Processo Civil, pelas
razões de fato e de direito a seguir narradas:

I - DOS FATOS
O requerente comprou um apartamento e logo mudou-se para
o seu novo endereço, no dia 20/10/2022, adquiriu diversos eletrodomésticos de
última geração para seu novo lar, dentre os quais uma smart TV de LED com
sessenta polegadas, que prometia acesso à internet, as mais famosas
plataformas de streaming, inteligência artificial e outras inúmeras funções/
facilidades, pelo valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). A TV funcionou
perfeitamente por 30 dias, após esse período de tempo ela começou a
apresentar um superaquecimento que levou à uma explosão da fonte de
energia do equipamento, que gerou danos irreparáveis a todos os aparelhos
eletrônicos que estavam conectados ao televisor, como a um aparelho Wi-Fi e
a um Soundbar. Posto que a reclamação foi apresentada no dia 25/11/2022,
tanto o fabricante (Max TV S.A.), quanto o comerciante da loja aonde o produto
fora adquirido (Lojas de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes não
prestando nenhum tipo de assistência ou solução ao requerente.
Dessa forma, fica expressa a frustação, lesão e impotência ao
requente em não ter sido auxiliado de forma administrativa pelo fabricante e
nem pelo comerciante, como forma de buscar a justa reparação pelo seu dano
material sofrido o peticionário vem recorrer ao poder judiciário.

II – DO DIREITO

2.1 – Da responsabilidade solidária entre comerciante e fabricante


Diante dos fatos supracitados o Código de Defesa do
Consumidor assegura em seu Art. 18:
“Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou
não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de
qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam
o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade,
com a indicações constantes do recipiente, da embalagem,
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações
decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a
substituição das partes viciadas.”

Desta forma, existe solidariedade geral entre os fornecedores


da cadeia de produção e distribuição.
Na presente situação, ambos causaram prejuízos ao
requerente, e em momento algum ofereceram solução ao problema citado,
permanecendo inertes mesmo após serem reclamados.
O Código de Defesa do Consumidor adota uma extensa
análise acerca do conceito de “fornecedor”, conforme dispõe o caput, do art.
3º:
“Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.”

Por se tratar de responsalbilidade pelo vício do produto ambos


devem serem responsabilizados pelos prejuizos ocasionados ao requetente.

2.2 – Da indenização pelos danos sofridos


Os pedidos indenizatórios são de fundamental importância,
previstos no Art. 27, do Código do Consumidor:
“’Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação
pelos danos causados por fato do produto ou do serviço
prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem
do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.”

Em consequencia dos danos materiais e morais sofridos pelo


requerente, pois o mesmo teve não só o prejuízo pela TV adquirida, mas
também com outros eletrodomésticosque estavam ligados a TV no momento
da explosão (aparelho Wi-Fi e Soundbar), acarrentando danos materias e até
morais por todo constragimento sofrido no decurso desta ação. Diante dos
fatos expostos é justo que os danos sofridos pelo requerente sejam reparados.

III - DOS PEDIDOS

Diante de toda a cituação evidenciada, é a presente para


requerer o que segue adiante:
a) Seja a presente peça recebida e processada os termos
do art. 319, do CPC.
b) Seja citado o réu no endereço informado para que tome
ciência da ação.
c) A substituição do televisor por outro modelo lançado no
ano de 2023, e em perfeito estado.
d) Ao final seja o réu codenado a pagar uma indenização
no valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais) pelos danos materiais referentes a
TV e dos demais aparelhos danificados.
e) Indenização pelos danos morais no valor de R$
10.000,00 (dez mil reais) em virtude de a situação não ter sido solucionada
em tempo razoável, gerando a consequencia do réu se encontrar sem
usar TV.
f) Por fim, que o réu seja condenado a pagar as custas
processuais e honorários de sucumbência, uma vez que deu causa a
presente ação.

Dá-se a causa no valor de R$ 18.000,00 (dezoito mil reais)

Nestes termos,
Pede e espera deferimento.

Sobral, 27 de Fevereiro de 2023.

MARIA GIOVANNA FARIAS FERREIRA


AOB/CE - XX. XXX.

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