Práticas Pedagogicas

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Educação formal e informal


Relatório das Práticas Pedagógicas I

Ananias Alberto Marinze – 708210334

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática


Disciplina: Práticas Pedagógicas I
Ano de Frequência: 1º

Maputo, Janeiro de 2022


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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª  Rigor e coerência


Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

Introdução..................................................................................................................................4
Ficha de leitura...........................................................................................................................5
Redacção (educação formal e informal)....................................................................................6
Resumo.......................................................................................................................................9
Relatório sobre as acividades realizadas na escola Primaria do 1º e 2º Graus de São Vicente
de Paulo....................................................................................................................................10
Planificação do Sistema Educacional.......................................................................................10
Planificação do currículo escolar.............................................................................................11
Administração escolar..............................................................................................................12
A Administração de Espaços física da escola..........................................................................13
Instalações sanitárias na escola................................................................................................15
Átrios e circulações escolares..................................................................................................16
Segurança dos espaços escolares.............................................................................................17
A supervisão escolar................................................................................................................17
Conclusão.................................................................................................................................18
Referências bibliográficas........................................................................................................19
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Introdução
Ao fazer uma abordagem sobre as Praticas Pedagógicas, estamos a falar de uma disciplina
que se reveste de extrema importância na formação de professores visto que esta permite que
os formando na área de ciência de educação possam lidar directamente com a realidade em
que as nossas escolas se encontram.

O presente trabalho de caracter avaliativo da Disciplina de Praticas Pedagógicas I, faz uma


abordagem analítica e profunda sobre a ficha de leitura, fazer um resumo do texto de Alberto
Gaspar, fazer uma redação sobre a informação lida sobre a educação formal e informal e por
fim fazer um relatório sobre as unidades 12 a 24 do módulo de PPI.

No desenvolvimento deste trabalho, os estudantes devem ser capazes de identificar os


elementos que fazem parte de uma ficha de leitura, ser capaz de fazer o resumo e elaborar um
relatório de práticas pedagógicas.

A escolha destes temas para a elaboração do presente trabalho, passa necessariamente de ser
temas que despertam interesse nos estudantes e permite que estes tenham capacidade de lidar
com várias situações de âmbito académico. A elaboração deste trabalho para os estudantes de
curso de licenciatura em ensino de matemática reveste-se de extrema importância visto que
vai permitir que conheçam a realidade das escolas moçambicanas.
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Ficha de leitura
Identificação

Autor: Alberto Gaspar

Obra: A educação Formal e a Educação Informal em Ciências. Número de páginas: 13

Bibliografia do autor: Físico da UNESP/Guaratinguetá e doutor na área de museus de ciência.

Estrutura da Obra

Enredo

A educação sendo um processo de desenvolvimento da capacidade intelectual da criança


possui um significado amplo. Constitui um processo único que deve estar associado a escola.
Existe a educação com o reconhecimento oficial, oferecida pela escola que possui níveis,
programas, currículos e diplomas, que se apelide de educação formal. Constitui um fenómeno
que remonta a vários seculos visando forma o homem para melhor lidar com a situação real
da vida. No início o currículo era estreito focalizado inteiramente em obras literárias e
filosóficas canónicas. O surgimento da escola nas civilizações mais avançadas decorre da
necessidade de preservar e garantir o legado do acervo cultural continuamente gerado por
essas civilizações. Para elem da educação formal, existe a educação informal que não possui
as características que a educação forma possui, não obstante as duas formas de educação
visam formar o homem para lidar com a realidade em que se encontra. Na educação informal,
não há lugar, horários ou currículos. Os conhecimentos são partilhados em meio a uma
interação sociocultural que tem, como única condição necessária e suficiente, existir quem
saiba e quem queira ou precise saber.

A única limitação para que a redescoberta pudesse ocorrer, contribuição fundamental da


teoria piagetiana, seria a necessidade de que os conteúdos abordados estivessem ao alcance
das estruturas cognitivas já consolidadas na mente do aluno. Segundo Vygotsky12, o
conhecimento é transferido daqueles que o detêm para aqueles que devem ou querem adquiri-
lo por meio da linguagem. É a linguagem que origina o pensamento. A transferência
cognitiva de determinado conceito de um professor aos seus alunos pode ser comparada à
transferência de um programa de um computador para outro. Essa transferência, no entanto,
não se faz diretamente, num sequenciamento ordenado de impulsos eletromagnéticos, como
ocorre entre computadores. Trata-se também de um processo biológico e, como tal, pode
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durar alguns minutos, uma aula, um mês, um ano ou mais. Depende da forma como o novo
conhecimento é apresentado, do de nível cognitivo a ser superado e da complexidade das
estruturas mentais.

Uma interação social se efetiva pela linguagem, no sentido mais amplo do termo, e é sempre
assimétrica em relação ao conhecimento partilhado. A aprendizagem, ou seja, a aquisição do
conhecimento pelos parceiros menos capazes ocorre à medida que estes se apropriam da
linguagem dos parceiros mais capazes.

Assunto: educação formal e informação em ciências e as teorias de educação.

Climax: a educação formal é provida de currículo, programa, disciplinas e diplomas, pelo


contrário do que acontece na educação informal é transmitida através de interação cultural.

Desfecho: na essência, tanto a educação formal como informal visam a transição de


conhecimento para a formação do homem de forma a corresponder aos desafios da vida
actual.

Redacção (educação formal e informal)


O processo de ensino e aprendizagem dependendo da sua forma de execução pode ser em
várias nomenclaturas podendo ser formal ou informal até mesmo tradicional. Isso passa
necessariamente de maneira como é que esta se caracteriza, do ponto de vista do material a
usar e dos métodos a serem aplicados na sua execução.

Indo concretamente para a educação formal caracteriza-se por possuir uma lógica ordenada
dos conteúdos, onde se estabelece parâmetros de uma ordem rigorosa e de procedimentos
onde se aplica metodologias, didácticas e psicologia de aprendizagem para o
desenvolvimento das competências nos sujeitos que predem.

Importa ainda esclarecer que nesta abordagem existem a pedagogia e a didáctica como
factores preponderantes no desenvolvimento das competências nos indivíduos que aprendem
e auxiliam ainda os orientadores do processo de ensino e aprendizagem.

Há que sublinhar que a pedagogia constitui a ciência de educação que lida com a questão de
criar uma ordem de conteúdos de a cordo com a idade das crianças, dai a existência da
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exigência de idade para que a criança entre na pré, e em seguida vai às classes subsequentes,
assim em seguida, as classes que vão frequentando, os conteúdos devem adequar as suas
idades, desde momento que iniciou com a idade recomendada.

Por sua vez, a didáctica lida com as técnicas de transmissão dos conteúdos e da preparação
das dosificações, sejam ao nível da ZIP, dosificações quinzenais e planos de aulas. A
didáctica ajuda aos gestores e professores na organização do processo de ensino e
aprendizagem de uma forma geral. Em fim, a psicologia de aprendizagem permite aos
professores ter o domínio psíquico do aluno, saber a realidade do aluno e em que contexto é
capaz de apender com sucesso.

Há que esclarecer que a psicologia de aprendizagem constitui a base na compreensão de


diversos comportamentos dos alunos na sala de aula, e ajuda para que o professor paute por
uma educação personalizada, visto que apesar de estas crianças serem d mesmo mesma zona
elas experimentam realidades muitos diferentes em termos económicos, culturais e
socioeconómicos. Dai, cabe ao professor saber que cada criança tem uma realidade diferente
da outra.

A educação formal, acontece na escola, deve estar provido de regras rígidas, a aprendizagem
acontece na sala de aula, há um orientador que modela o processo de ensino e aprendizagem,
há existência de horário para a aprendizagem, há calendarização que dependendo do sistema
pode ser trimestral ou semestral. É uma educação com o objectivo de formar o individuo de
maneira que este desenvolva competência e consiga resolver os seus problemas de vida.

É por esta razão que a sua programação parte das instâncias mais superior, ou por outras
palavras, no ministério e vai seguindo as hierarquias ate as instâncias mais inferior que é a
sala de aula. Há que esclarecer que os programas de ensino são concebidos pelo ministério de
Educação e Desenvolvimento humano e ao nível da escola são transformados por
dosificações que devem adequar a realidade em que escola encontram.

Por sua vez, a educação informal, acontece de uma forma de interação cultural com uma
situação em que os conteúdos a serem apendidos não estão organização, não há planos de
aprendizagem, não há um monitor fixo, a aprendizagem vai sendo adquirida de uma forma
aleatória. A língua materna é o principal vector de transmissão dos conhecimentos na
educação informal.
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A educação informal constitui uma educação que existiu deste a existência das comunidades
primitivas, a prior, era transmitida de geração em geração onde os protagonistas eram os mais
velhos que educavam os mais novos. Neste tipo de educação não há lugar certo para a
aprendizagem, horário e currículo. A partilha da informação é por meio da interação social. E
temos outras formas de educação informal tais como a educação a distancia, que acontece em
casa, nas igrejas e outros tipos.

A educação informal sempre ocupou um papel fundamental na sociedade, é ela que norteia o
bom relacionamento entre os indivíduos. Já a educação formal possui a função de preparar o
educando para atuar efetivamente junto á sociedade, para tanto oferece o conhecimento
científico.

Na atualidade percebe-se que a educação informal parece pouco importar, a família esta
deixando para que a escola eduque os seus filhos, já a escola esta limitada e não preparada
para esta função.

O educador esta preparado apenas para atuar no processo de ensino-aprendizagem, quando


este se depara com atos de indisciplina em sala de aula, sente-se limitado, e seu trabalho é
fortemente prejudicado. Educandos, com problemas de relacionamento e indisciplina em sala
de aula, são frutos de uma sociedade onde a família esta repassando à escola o papel de
educar, estabelecer limites, já a escola não esta preparada e não possui autoridade para tal ato.

A família é a principal instituição responsável pela educação informal, na qual são ensinados
os costumes humanos, como falar, andar, comer, religião, cultura...

Educação informal caracteriza-se por não ser intencional ou organizada, mas casual e
empírica, exercida a partir das vivências de modo espontâneo. É aquela que se adquire na
família e no convívio em sociedade, é aquela em que se aprende a ter respeito aos outros, a
ter boas maneiras, a conviver com a sociedade, a fazer tarefas básicas, etc. Os responsáveis
por esta educação são os pais, familiares, vizinhos, amigos, e comunidade em geral.
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Resumo
Em resumo, na visão de Vygotsky, o conhecimento é desenvolvida daqueles que o detêm
para aqueles que devem ou querem adquiri-lo através do uso da linguagem. É através da
linguagem que se desenvolve o pensamento. A criança dentro das suas brincadeiras
desenvolve a fala egocêntrica, como forma de exteriorização do seu pensamento. Na analogia
de Vygotsky a transferência cognitiva dos conceitos do professor para aluno pode ser
comparada a transferência de programas de um computador, não obstante esta transferência
não se faz directamente numa sequência ordenada como acontece nos computadores. A nossa
mente cria as estruturas cognitivas necessárias à compreensão de um determinado conceito, à
medida que esse conceito é ensinado. Outras teorias defendem que um novo conceito só pode
ser aprendido quando as estruturas mentais que essa aprendizagem exige já estiverem
concluídas na mente do aprendiz. Não é o desenvolvimento cognitivo que possibilita a
aprendizagem, mas é o processo de ensinar e o esforço de aprender que promovem o
desenvolvimento cognitivo. Uma interação social se efetiva pela linguagem, no sentido mais
amplo do termo, e é sempre assimétrica em relação ao conhecimento partilhado. A aquisição
do conhecimento pelos parceiros menos capazes ocorre à medida que estes se apropriam da
linguagem dos parceiros mais capazes.

O ensino informal e formal, estabelecem relações claras. O primeiro dá origem aos conceitos
espontâneos, e o segundo, aos conceitos científicos. Os conceitos científicos, nesse caso, não
se referem exclusivamente a conteúdos tradicionais de ciências, mas a todo conteúdo de
qualquer disciplina formal. A construção do novo conceito é mais fácil para o aprendiz que
tiver na mente alguma pré-concepção a ele relacionada, mesmo imperfeita ou fragmentada.
Em relação à qualidade dessas pré-concepções reside na compreensão de que conceitos
científicos não se adquirem completa e definitivamente na ocasião em que são ensinados na
educação formal. Não se trata de um “pacote cognitivo” que o professor entrega e o aluno
recebe, se estiver no estágio de desenvolvimento cognitivo adequado e suas pré-concepções
não criarem obstáculos. Ou não recebe, se uma ou ambas as condições não forem satisfeitas.
A aprendizagem de um novo conceito é um processo de desenvolvimento cognitivo longo,
cuja construção apenas começa na ocasião em que ele é ensinado. Essa construção, por sua
vez, se assenta na estrutura cognitiva que o aprendiz desenvolveu até esse momento, num
processo contínuo iniciado desde os seus primeiros dias de vida em sociedade. Vygotsky
postula que a mente do ser humano tem uma estrutura básica, de origem genética, que se
completa até a adolescência, à semelhança da teoria de Piaget.
10

Relatório sobre as actividades realizadas na escola Primaria do 1º e 2º Graus de São


Vicente de Paulo

Planificação do Sistema Educacional


No que diz respeito ao Processo de planificação do Sistema Educacional na escola Primaria
do 1º e 2º Graus de São Vicente de Paulo, da entrevista feita a Director Adjunta da Escola,
esclareceu que a planificação ao nível da escola encontra-se dividida em sectores de
actividades, como se pode destacar o sector pedagógico, o sector administrativo e por parte
de leccionação, ou por outas palavas a planificação feita pelos professores.

Importa aqui esclarece que para que o processo de ensino e aprendizagem possa decorrer sem
muitas lacunas necessita de envolvimento de todos os intervenientes, sendo que base deste é
o sector administrativo como sublinhou a entrevistada. Desta maneira a planificação dos
conteúdos de ensino que faz parte da planificação dos professores parte da planificação feita
pelo ministério de Educação e Desenvolvimento Humano onde as escola fazem as
dosificações dos conteúdos ao nível da ZIP, onde este são divididos por trimestres e em
seguida faz-se a dosificação quinzenal ao nível do grupo de classe ou de disciplina e depois o
plano de aula feito pelo professor.

Níveis de planificação

O Manual de Ministério de Educação (1993, p11, destaca os seguintes níveis e descreve, e


passo a citar:

Planificação estratégica: Processo através do qual a gestão do topo em colaboração com os


gestores de outros níveis define aquilo que é os propósitos globais da organização (missão),
os objectivos gerais bem como a forma de os atingir. A planificação estratégica é portanto um
processo de gestão contínua e sistemática que tem a ver com a formulação de objectivos,
selecção de programas de acção para sua execução, tendo em consideração as condições
internas e externas esperadas dentro da organização;

Planificação táctica ou programa: Processa-se ao nível de gestão intermédia e compreende


o desdobramento do plano estratégico. A planificação táctica envolve empreendimentos mais
limitados, prazos mais curtos, áreas menos amplas e recursos mais limitados;
11

Planificação operacional: Trata-se de uma planificação que visa uma maior


operacionalidade do plano estratégico. Caracteriza-se por um maior detalhe das tarefas,
imediatista, focalizando apenas tarefas de curto prazo e de nível local;

Na abordagem dos níveis de planificação no processo de ensino e aprendizagem, analisa-se a


questão das hierarquias no processo de planificação, onde se destaca a planificação
estratégica que é feita ao nível do topo descrevendo questões básicas que identificam a
instituição. Em seguida temos a planificação táctica que é feita a nível médio e por que a
planificação operacional que se elabora a nível básico. Estes níveis o primeiro é do longo
prazo, o segundo do médio prazo e o último do curto prazo. Quest 2007, p. 32), salienta que
“no início do ano e depois no início de cada trimestre, a maioria dos professores realiza uma
planificação e uma preparação a longo prazo”.

 Na mesma abordagem salienta que nesta planificação deve se considerara o seguinte:


 O seu conhecimento do conteúdo da disciplina em relação ao programa;
 A organização e gestão da turma;
 Os recursos disponíveis;
 Os métodos e as estratégias; bem como a
 Avaliação.
Desta maneira estes constituem os elementos preponderantes para que se faça uma boa
planificação que constitui a previsão de como as actividades deve ser realizadas no terreno.
Uma boa participação condiciona um bom alcance dos objectivos preconizados.

Planificação do currículo escolar


No que diz respeito a este subtema interessa esclarecer que de acordo com as declarações da
entrevistada a planificação do currículo escolar é feito ao nível do Ministério, cabendo a
escola acrescentar o currículo local correspondente a 20% dos conteúdos. Como Afirma De
Araújo, (s/d, p. 81)

Então, a elaboração do currículo escolar tem como objectivo dotar o aluno de competências
que lhe permitam resolver problemas básicos de saúde, alimentação, habitação da sua
comunidade, de modo a melhorar a sua vida e a vida dos seus familiares, reduzindo, deste
modo, os níveis de vulnerabilidade.
12

Como se pode perceber da citação a cima este processo visa desenhar conteúdos que possa
permitir que os alunos consigam resolver os seus problemas dentro da sociedade que lhes
rodeia. De Araújo (s/d, p. 73), vai mais longe ao fazer uma abordagem sobre as etapas de
planificação destaca e passo a citar:

 Recolha de dados na comunidade;


 Sistematização da informação;
 Articulação dos conteúdos locais com os dos programas de ensino;
 Planificação analítica (dosificação);
 Plano de lição e abordagem de conteúdos na sala de aula.

Administração escolar
Função da administração escolar

Williams (1993, p. 6), define a administração como sendo “um conjunto de processos, de
direção, planificação, organização, supervisão, incluindo aspectos tais como tomada de
decisão, resolução de problemas e a programação de actividades”. Como se pode perceber, o
processo de administração inclui vários aspectos que devem ser tomado em consideração de
maneira a tornar o processo de ensino mais exequível e eficaz.

No que tange as funções de administração, Wiliams (1993, p. 7), identifica e descreve as


funções de administração da educação e posso a citar:

Planificação, através do processo de planificação, pretende-se alcançar a eficácia e eficiência


na administração escolar.

Interessa aqui sustentar que ao fazer uma abordagem sobre a planificação, estamos perante
uma actividade que determina o sucesso de todo o processo. É na planificação onde se faz a
antecipação de todas as actividades incluindo a definição dos recursos necessário durante a
execução do processo educativo. Neste processo de planificação destaca-se dois termos
principiais de acordo com Williams (1993, p. 7), ‘a eficiência significa o uso do mínimo de
recursos para alcançar o máximo resultado a tempo. A eficácia significa a realização dos
objectivos traçados”.

Logicamente, estes aspectos deve ser muito considerado no processo de planificação de


qualquer atividades e na sua execução, fazendo com que esta planificação seja uma
13

actividade que vai permitir a escola de uma boa estratégia que permitira o alcance da
eficiência e da eficácia. Esta ideia é testemunhada por Piletti (2006, p. 47) ao sustentar que “a
planificação é a previsão e programação dos trabalhos escolares”.

Organização, significa por em ordem de prioridade os recursos disponível. Torna-se


necessário um plano de ação em que as actividades estejam escalonadas no tempo com a
definição das metas a atingir e a previsão do tempo da execução das actividades.

Direção, aqui dirige-se a implementação do plano. Para o efeito, deve se distribuir tarefas e
definir responsabilidades aos colaboradores e motiva-los. Esta tarefa inclui também a
coordenação e o controlo do funcionamento e utilização dos recursos.

Supervisão, administrador precisa fazer supervisão o trabalho em curso, em cada fase para
assegurar que este seja de acordo com o estabelecido e tomar medidas para corrigir eventuais
problemas.

Avaliação, a última parte do ciclo da administração é a avaliação dos resultados e sua


comparação com as metas e com os objectivos traçados.

A Administração de Espaços física da escola

Foto tirada no local de estudo mostrando a parte frontal da escola.

A escola, sendo um lugar destinado para o desenvolvimento de competências, os espaços


deve apresentar certas características que devem ser atraentes e criarem um ambiente positivo
de aprendizagem. Importa referir que a escola em alusão possui para além de 12 salas de
aulas uma biblioteca, um refetório e um ginásio polivalente onde para além de jogos em
14

tempos diferentes destes de calamidade púbica, realizam-se reuniões com os encarregados de


educação, como mostram as imagens.

Foto tirada no local de estudo, mostrando um pavilhão das salas de aulas e atras o refetório onde as
crianças recebem ração molhada.

Ao fazer uma abordagem sobre o espaço físico, importa referir que quando este estiver bem
organizado, condiciona para uma boa aprendizagem otimista, visto que vai oferecer
condições adequadas para tal.

Importa salientar que a boa aprendizagem parte da motivação de todos os intervenientes do


processo (alunos, professores, encarregados de educação). Dubet (2004), na sua abordagem
sobre a “escola justa”, esclarece que a escola é um sítio onde todas as pessoas de várias
estaturas sociais tem a oportunidade para o sucesso, no entanto, isso depende da existência de
condições favoráveis para que todos possam desenvolver as suas competências, partindo da
criação de condições favoráveis para todos.

Logicamente, se a escola não possui condições adequadas para aprendizagem pode parecer
que é discriminatória, a partir de momento em que algumas pessoas não vão a cessar a ela por
razões de ser um sítio que não motiva as pessoas estar. Na visão de Fagundes (1964), na sua
abordagem, sublinha que quando a escola estiver bem organizada, mesmo aquelas crianças
pouco dotadas buscam oportunidades de integração à sociedade de forma eficiente e útil.
Desta maneira pode se afirmar que a boa organização do espaço escolar contribui para
influenciar positivamente o processo de ensino e aprendizagem.
15

Quist (2006), na sua abordagem sobre a organização da sala de aula esclarece que os
professores devem ter iniciativas de sempre criar uma sala de aula atraente de maneira a
motivar a aprendizagem. É neste contexto em que este avança uma organização diversificada.
“A organização física de sala de aula deve favorecer a utilização dos métodos mais
adequados para o ensino” (Pillet, 2004, p. 244). Como de pode perceber, da análise feita das
ideias dos autores acima citadas dão mais privilegio à organização da sala de aula lugar onde
acontece a aprendizagem, sendo que esta deve ser atraente e/ou mobilizadora de
aprendizagem.

Neste contexto, o bom ambiente de aprendizagem facilita a comunicação e a circulação dos


alunos. Pillet (2004, p. 245), vai mais longe ao afirmar que “o que se requer é que o professor
possa ver todos os seus alunos e os alunos possam ver o professor e o quadro-negro”.
Interessa salientar que para que isto possa acontecer precisa de encontrar um professor com
iniciativa de organização da sala de aula de modo que os alunos não possam enfrentar
dificuldades para visualizar o quadro-negro. E para que a sala de aula seja um elemento
encantador deve se mudar o seu aspecto de forma frequente.

Pillet (2004, p. 245) “isso requer salas de aula idênticas, com condições aceitáveis de
luminosidade para ler o que o professor escreve no quadro negro, e condições acústicas para
ouvir o que ele diz”. Olhando para a situação real da escola descrita nesta actividade há que
sublinhar que as condições referidas na citação acima existem por isso a aprendizagem
reveste-se de um sucesso invejável. A localização da escola, também favorece, visto que está
longe de estradas com muita movimentação de carros que possam provocar ruído até ao
ponto de perturbar o PEA. As famílias que vivem ao redor, estão consciencializadas para não
produzirem poluição sonora sobe pena de comprometer a aprendizagem.

Instalações sanitárias na escola


No que tange às instalações sanitárias na escola, interessa esclarecer que a escola possui
sanitários com as condições estabelecidos pala lei, declarações da entrevistada, conjugado
com a observação feita no local de estudo há que afirmar que a escola possui instalações
sanitárias em óptimas condições e em quantidades suficientes, como mostram as imagens.
16

Fotografia que mostra as instalações sanitárias do local de estudo, a esquerda os sanitário dos
meninos, no meio as das meninas e a direita os lavatórios para ambos os sexos.

Átrios e circulações escolares

Fotografia tirada no local de estudo evidenciando a existência de pavês no local de destinado a hino
nacional lidados através de corredores que dão acesso as salas de aulas, biblioteca, bloco
administrativo e as casas de banho.

Actualmente as escolas devem ser concebidas de maneira a facilitar uma educação inclusiva,
onde todos os alunos possam se sentir a vontade, são vários os aspectos facilitadores da
educação inclusiva, dentre as quais:

 Casas de banhos com condições impecáveis, permitindo que as raparigas se sintam a


vontade;
 Separação entre as casas de banho da pré-escola e da escola primária;
 Corredores que começam do portão e dão acesso a todos os compartimentos da escola
facilitando uma deslocação livre para pessoas portadoras de deficiência;
 Criação de uma sala de apoio aos alunos fracos;
 Criação do gabinete de apoio as crianças vulneráveis.
17

Segurança dos espaços escolares


A escola encontrava se com uma vedação de rede, a qual segundo as declarações da
entrevistada já encontrava-se num estado obsoleto, facto que levou os gestores da escola a
tomar uma iniciativa de construção de um murro de blocos para garantir a segurança dos
alunos e professores e criar um ambiente seguro de aprendizagem, como ilustram as imagens.

No que diz respeito à segurança dos edifícios, a escola tem dois guardas que trabalham de
noite e nos finais de semana e aos feriados, eles intercalam-se para garantir que escola não
esteja abandonada. Isso garante que não haja vandalização das infraestruturas escolares.

A supervisão escolar
A supervisão escolar de acordo com a informação recolhida no local de estudo, esta
actividade é feita pela direção da escola aos professores, através de assistência de aulas. Para
além da supervisão local o coordenador da ZIP, faz a sua supervisão aos membros da direção
da escola.

“A supervisão escolar tem a ver principalmente com os professores por ser estes os pilares
para o desenvolvimento de qualquer actividade pedagógica” (De Araújo, s/d, p. 113), A
supervisão mais a hierarquia superior é dos técnicos dos Serviços Distritais de Educação
Juventude e Tecnologia, que de uma forma programada é trimestral, no entanto, tem havido
outras supervisões que acontecem de uma forma não programada. Há que sublinhar que esta
ultima é integrada visto que engloba todos os sectores de actividade dentro de uma escola.
18

Conclusão
Da análise feita sobre os temas arrolados na introdução há que concluir que a educação
formal é aquela que esta sendo orientada por regras rígidas e deve acontecer na numa escola,
numa sala de aula e orientada por um professores, onde existe horários, programas e
diplomas.

E a educação informal por sua vez não tem regras por cumprir, sendo que esta acontece de
uma forma da interação cultural, na família, na igreja, na sociedade e por ai fora.

Feita a visita e o estudo sobre as unidades 12 a 24 do manual de práticas pedagógicas,


conclui-se que a escola visitada, a planificação é feita ao nível da ZIP e depois ao nível da
escola. Importa ainda concluir que esta planificação começa ao nível do topo através de
programas de ensino que são enviados a província em seguida ao distrito e por fim as escolas.

Quanto as instalações sanitárias, a escola possui sanitários suficientes que respeitam o


plasmado na lei, em termos de quantidade de compartimentos e da separação entre meninas e
meninos. Há átrios de circulação ao nível da escola facto que possibilita uma ótima
circulação dos alunos sem pisar a parte do solo.

Em termos de segurança da escola, esta estava com uma vedação que já está num estado
degradado, sendo que há uma obra de construção de murro para permitir que os alunos,
professores e outros intervenientes estejam a praticar as actividades do processo de ensino e
aprendizagem com muita segurança. Quanto a segurança das infraestruturas a escola tem 2
guardas que asseguram a proteção da mesma.

A supervisão escolar é feita pela direção da escola, pela ZIP, pela direção dos Serviços
Distritais de Educação Juventude e Tecnologia e pela Direção Provincial de Educação.
19

Referências bibliográficas
1. De Araújo, E. A. L. (s/d). Praticas Pedagógica I. CED, UCM. Beira Moçambique.
2. Dubet, F. (2004). O que é uma Escola Justa?
3. Fagundes, E. M. (1964). Introdução à Prática de Ensino. Editora: Livro Técnico. Rio
de Janeiro Brasil.
4. Ministério de Educação e Cultura. (1993). Material de Apoio para Directores de
Escolas. Princípios de Administração da Educação.
5. Piletti, C. (2004). Didactica Geral. (23ª Ed.). Editora Ática. São Paulo, Brasil.
6. Quest, D. (2007). Métodos do Ensino Primário: Manual do Professor. Editora
Nacional de Moçambique S.A. Maputo. Moçambique.
7. Williams, P. (1993). Princípios da Administração da Educação. M.E. Maputo.
Moçambique.

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