Roteiro Teórico RFM 0012 Aparelho Cárdio-Respiratório 2022

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 34

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


DEPARTAMENTO DE CIRURGIA E ANATOMIA

RFM 0012 2022


ANATOMIA HUMANA SISTÊMICA
ANATOMIA DO APARELHO CÁRDIO-RESPIRATÓRIO
ROTEIRO TEÓRICO

Elaboração: PROF. DR. LUÍS FERNANDO TIRAPELLI


2022
ROTEIRO TEÓRICO
ANATOMIA DO APARELHO CÁRDIO-RESPIRATÓRIO

1. INTRODUÇÃO

O Aparelho Cárdio-Respiratório está constituído pelos sistemas circulatório e


respiratório que possuem uma relação funcional importante. Assim, os dois sistemas
agem conjuntamente para a transformação do sangue venoso (contendo CO2) em
sangue arterial (oxigenado), processo denominado hematose. O Sistema Respiratório
é responsável pela troca gasosa, enquanto o Sistema Circulatório está envolvido no
transporte do sangue contendo gases entre os pulmões e as células do corpo.
Dessa forma, durante a inspiração, o ar é conduzido até os alvéolos pulmonares,
e, por difusão, atravessa a parede dos alvéolos e dos capilares que os circundam,
atingindo as tributárias das veias pulmonares, que retornam ao coração com o sangue
oxigenado (parte da pequena circulação). Durante a expiração, ao contrário, o dióxido
de carbono passa através da parede capilar em direção à luz alveolar e, no sentido
inverso, é eliminado pelas vias aéreas.
Iremos descrever inicialmente, a anatomia do sistema circulatório.

2. ANATOMIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO


O Sistema Circulatório é um sistema fechado, constituído por um conjunto de
tubos, os vasos sanguíneos, onde circulam humores, o sangue e a linfa; pelo coração,
uma bomba muscular propulsora que permite o bombeamento do sangue para os
tecidos; e por um conjunto de tecidos e órgãos responsáveis pela defesa do organismo
e pela formação das células sanguíneas. Por ser um sistema tubular fechado, as trocas
entre o sangue e o líquido intersticial que banha as células, ou entre o sangue e o ar
alveolar, ocorre através de uma extensa rede de capilares.
Portanto, o Sistema Circulatório pode ser dividido em:
1) Sistema sanguíneo: constituído pelo coração, vasos sanguíneos (artérias,
arteríolas, rede capilar, vênula e veias) e humor (sangue).
2) Sistema linfático: constituído pelos vasos condutores da linfa (capilares,
vasos, troncos e ductos linfáticos), por tecidos e órgãos linfáticos e
hematopoiéticos (linfonodos, tonsilas, baço, timo e medula óssea) e pelo humor
(linfa) (Figura 1).
Figura 1. Aspecto geral da organização do sistema sanguíneo e linfático. Notar a origem dos
capilares linfáticos em fundo cego (cor amarela).

O Sistema Vascular sanguíneo está formado pelo coração (órgão muscular


que funciona como uma bomba de pressão na sístole e como uma bomba de sucção na
diástole) e pelos vasos sanguíneos arteriais, venosos e capilares. Assim, serão
descritas as principais características da anatomia do pericárdio e do coração.

2.1. Anatomia do coração e pericárdio


A cavidade torácica está formada por três compartimentos isolados entre si: as
cavidades pleuro-pulmonares direita e esquerda e o mediastino, espaço ímpar
delimitado superiormente pela abertura superior do tórax (entre a incisura jugular do
manúbrio esternal, o primeiro par de costelas e a primeira vértebra torácica);
inferiormente pelo músculo diafragma; lateralmente pelas pleuras parietais mediastinais;
anteriormente pela face posterior do osso esterno e; posteriormente, pelos corpos
vertebrais de T1 a T12. O mediastino é divido didaticamente em superior e inferior e
esse último em mediastino anterior, médio e posterior.
No mediastino médio está localizado o coração envolvido pela sua membrana
fibroserosa, o pericárdio, lâmina fibroserosa que reveste o coração e o início dos seus
vasos da base, se fixando no músculo diafragma inferiormente e ao osso esterno
anteriormente. Sua porção externa é a parte fibrosa denominada saco pericárdico,
enquanto sua porção interna serosa é dividida em uma lâmina parietal e uma lâmina
visceral ou epicárdio. Entre as lâminas parietal e visceral da sua porção serosa,
encontra-se a cavidade pericárdica que possui um espaço virtual com um filme líquido
para impedir o atrito do coração durante os batimentos cardíacos. Em alguns locais o
espaço da cavidade pericárdica é maior e denominado seios do pericárdio (seio oblíquo
e transverso) (Figura 2).

Figura 2. Pericárdio e suas divisões. As três túnicas do coração estão mostradas na imagem:
pericárdio, miocárdio e endocárdio (revestindo as câmaras cardíacas).

O coração é constituído por quatro câmaras cardíacas: dois átrios e dois


ventrículos. O antímero direito do coração é venoso: átrio e ventrículo direito e; o
antímero esquerdo do coração é arterial: átrio e ventrículo esquerdo.
Assim, durante a pequena circulação, o sangue é bombeado do ventrículo
direito (venoso) pelo tronco pulmonar, que se divide em artérias pulmonares direita e
esquerda, até os pulmões para a hematose (troca gasosa). A partir de quatro veias
pulmonares (duas de cada pulmão), o sangue retorna ao átrio esquerdo do coração
oxigenado, terminando aí a pequena circulação ou pulmonar.
Durante a grande circulação ou circulação sistêmica, o sangue é bombeado
do ventrículo esquerdo (arterial) pela aorta e seus ramos até os tecidos do corpo
humano, chegando às células através da rede capilar. Por outro lado, os capilares
venosos captam o líquido intersticial contendo gás carbônico e metabólitos celulares
para retornarem ao coração através da formação de veias de pequeno, médio e grande
calibre. Assim, as veias cavas superior e inferior chegam ao coração (ao átrio direito),
trazendo o sangue venoso do corpo humano, terminando aí a grande circulação,
responsável pela irrigação dos tecidos (Figura 3).
Figura 3. A grande circulação está indicada entre o ventrículo esquerdo (VE) e o átrio direito
(AD), enquanto a pequena circulação tem início no ventrículo direito (VD) terminando no átrio
esquerdo (AE). Notar o lado direito venoso (em azul) e o esquerdo arterial (em vermelho) do
coração. Veia cava superior (1), veia cava inferior (2), tronco pulmonar (3), valva tricúspide (a) e
valva do tronco pulmonar (b).

O coração é um órgão muscular oco que está localizado na cavidade torácica


(mediastino médio), cerca de 2/3 no antímero esquerdo, formando um ângulo de
aproximadamente 450 com o plano mediano. Possui um ápice livre (com posição anterior
inferior e no antímero esquerdo) e uma base fixa pelos vasos (de posição posterior,
superior e no antímero direito). Pesa em média 300g sendo pouco maior que o punho
fechado do próprio indivíduo.
O coração apresenta três túnicas: o endocárdio (revestimento endotelial liso no
interior das câmaras cardíacas e suas valvas), o miocárdio (fibras musculares estriadas
cardíaca e o esqueleto fibroso conjuntivo que sustenta e dá inserção a essa
musculatura) e pericárdio (como descrito anteriormente, com sua divisão fibrosa e
serosa, sendo essa última dividida em lâminas parietal e visceral ou epicárdio). Portanto,
o epicárdio envolve superficialmente a musculatura cardíaca (Figura 2).
O coração apresenta três faces: 1) esternocostal ou anterior (convexa); 2) faces
pulmonares direita e esquerda e; 3) diafragmática ou inferior (Figura 4).
Figura 4. Localização do coração (imagem à esquerda) e suas margens e faces (imagem à direita).

Os vasos da base do coração são: as veias cavas superior e inferior (chegam


ao átrio direito); o tronco pulmonar (sai do ventrículo direito); as veias pulmonares
(chegam ao átrio esquerdo) e a aorta (sai do ventrículo esquerdo) (Figura 5).

Figura 5. Visão anterior e posterior do coração com seus vasos da base.


Lembramos que o vaso arterial é definido como todo vaso que deixa ou sai do
coração (sempre deixando os seus ventrículos) com sentido centrífugo ao coração ou
eferente; enquanto um vaso venoso é definido como todo vaso que chega ao coração
(aos átrios), com sentido centrípeto ou aferente. Assim, a partir do coração, as artérias
se ramificam, dando origem a ramos colaterais, recorrentes e terminais, diminuindo de
calibre até chegar a nível capilar.
Já as veias, a partir da rede capilar, vão se unindo formando vênulas, veias de
pequeno, médio e grande calibre. Esses vasos venosos vão recebendo tributárias ou
afluentes de menor calibre no seu trajeto de volta ao coração. Finalmente, chegam ao
átrio direito do coração como as veias cavas superior e inferior.
As figuras 6 e 7 mostram em detalhe as câmaras cardíacas com algumas de
suas características anatômicas. Não serão descritos todos os detalhes dessas
câmaras.

Figura 6. Visão do ventrículo direito (à esquerda) e do átrio direito (à direita) indicando algumas de suas
estruturas anatômicas.
Figura 7. Visão do ventrículo esquerdo (à esquerda) e do átrio esquerdo (à direita) indicando algumas de
suas estruturas anatômicas.
O coração possui quatro valvas no seu interior: 1) valva do tronco pulmonar, 2)
valva aórtica, 3) valva atrioventricular direita ou tricúspide e 4) valva atrioventricular
esquerda ou mitral ou bicúspide.
Uma valva pode ser definida como um conjunto de válvulas ou cúspides.
Assim, a valva do tronco pulmonar (localizada na raiz desse vaso) está formada por 3
válvulas semilunares; a valva aórtica (localizada na raiz desse vaso) está formada
também por 3 válvulas semilunares; a valva atrioventricular direita ou tricúspide (entre
o átrio e o ventrículo direito) está formada por 3 cúspides; enquanto a valva
atrioventricular esquerda ou bicúspide (localizada entre o átrio e o ventrículo esquerdo)
está formada por 2 cúspides (Figura 8).
Figura 8. Valvas cardíacas e divisões do esqueleto fibroso cardíaco destacado em azul, a partir da visão
superior após remoção dos átrios. O esqueleto fibroso dá fixação às valvas cardíacas e à musculatura
cardíaca.

O coração e o epicárdio são irrigados pelas artérias coronárias direita e esquerda


(os primeiros ramos da aorta) que se originam dos seios aórticos direito e esquerdo,
respectivamente. O endocárdio e a parte do tecido subendocárdico são irrigados por
difusão ou por microvascularização diretamente das câmaras cardíacas. A drenagem
venosa do coração é realizada por veias cardíacas que são tributárias do seio coronário
(uma grande veia na face posterior do coração, entre o átrio e o ventrículo) (Figura 9).
Figura 9. Irrigação do coração: artérias coronárias direita e esquerda e drenagem venosa: seio coronário.

O sistema de condução do coração representa um conjunto de fibras


musculares especializadas em gerar e conduzir impulsos rítmicos e intrínsecos, sendo,
portanto, células especiais do miocárdio. Os impulsos são gerados a partir do nó sino-
atrial. Observe na figura 10 sua distribuição pelas câmaras cardíacas.

Figura 10. Sistema de condução do coração. O marca passo natural do coração é considerado o nó sino-
atrial.
2.2. VASOS SANGUÍNEOS
O ventrículo esquerdo é o local de origem da aorta (principal artéria do corpo
humano). Esse vaso emite ramos que se distribuem a todos os tecidos do corpo
humano. Portanto, artéria é todo vaso que deixa o coração (sentido centrífugo), ou seja,
deixa os ventrículos. Durante o seu trajeto, as artérias podem emitir ramos que
diminuem de calibre. Quando a artéria termina dividindo-se em sua extremidade, ela
emite ramos terminais, perde sua individualidade e sua denominação. Por exemplo, a
aorta abdominal termina se dividindo em artérias ilíacas comuns direita e esquerda, a
artéria braquial se divide em artérias radial e ulnar, entre outros exemplos.
A figura 11 mostra algumas das principais artérias do corpo humano.
Figura 11. Algumas das principais artérias do corpo humano são observadas na figura.

As artérias também podem ser diferenciadas com base na sua espessura e nas
diferenças de constituição das túnicas, especialmente a túnica média. O tamanho da
artéria apresenta uma mudança gradual nas características morfológicas de um tipo
para o outro. Existem três tipos de artérias: elásticas ou de condução (grande
quantidade de fibras elásticas na túnica média, exemplos: arco aórtico, aorta torácica e
abdominal), musculares ou de distribuição (artérias de médio e pequeno calibre,
exemplos; artérias femoral, braquial, carótidas interna e externa) e as arteríolas. Essas
últimas se continuam na rede capilar, servindo como válvulas reguladoras das redes
capilares. As metarteríolas são ramos das arteríolas terminais. Nos locais de abertura
no leito capilar, são circundadas por uma camada circular de miócitos que formam
esfíncteres pré-capilares, importantes no controle do fluxo sanguíneo através dos
capilares.
Os capilares são vasos sanguíneos de paredes finas, dispostos em rede, que
permitem a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos. São constituídos por uma
só camada de células endoteliais e uma lâmina basal.
Em continuidade com a rede capilar arterial, os capilares venosos convergem
para a formação de vênulas que se reúnem para formar vasos cada vez mais
calibrosos. Esses vasos terminam como troncos venosos que então chegam ao átrio
direito do coração (vasos com sentido centrípeto). As vênulas correspondem às
arteríolas, as veias (classificadas como de grande, médio e pequeno calibre) às
artérias musculares e os troncos venosos (veias cavas superior e inferior) às grandes
artérias elásticas que saem do coração (aorta e tronco pulmonar).
As principais veias do corpo humano podem ser observadas nas figuras 12 e 13.
Figura 12. Veias da cabeça e do tronco. Observar na imagem à direita, o sistema ázigos
(conectando as veias cavas superior e inferior) e o sistema porta-hepático.

Figura 13. Plexo venoso superficial no membro inferior, destacando as duas veias principais: v. safena
magna e v. safena parva e algumas veias tributárias da veia cava inferior, assim como da pelve e a v.
femoral (profunda no membro inferior).
Anastomoses arteriovenosas (Figura 14) são observadas, com desvio de sangue
diretamente de uma arteríola para uma vênula, sem que passe pelo leito capilar. Através
da inervação autônoma simpática da sua parede, o vaso é capaz de se fechar
completamente, com a circulação sendo então feita pelo leito capilar. É o que acontece
nas anastomoses cutâneas quando o organismo se encontra em um ambiente com alta
temperatura. É importante que o organismo perca calor par o meio a fim de manter sua
temperatura constante, fechando assim as anastomoses arteriovenosas. Quando aberta
essas anastomoses, o canal transporta sangue da artéria para a veia, excluindo parcial
ou completamente o leito capilar da circulação. É observado em ambientes frios, em
que o organismo deve, ao contrário, evitar perda de calor para o meio. Assim, nesse
exemplo, as anastomoses arteriovenosas cutâneas são essenciais para o controle da
temperatura geral e local do corpo.

Figura 14. Localização das metarteríolas e das anastomoses arteriovenosas em relação ao leito capilar.

O volume sanguíneo no leito venoso é maior no corpo humano (60-65%) em


comparação ao arterial, em virtude de alguns fatores:
1) O diâmetro da luz ou lume de um vaso venoso é maior quando
comparado ao arterial;
2) O número de veias é maior que o de artérias (existem plexos venosos na
tela subcutânea não correspondentes arteriais; algumas veias profundas estão em
duplicidade às artérias homônimas, como por exemplo na perna: duas veias tibiais
anteriores e posteriores para uma artéria tibial anterior e posterior e no antebraço: duas
veias radiais e lunares para uma artéria radial e ulnar).
Muitas veias, especialmente a dos membros, possuem válvulas, que permitem
o fluxo sanguíneo apenas em uma direção. São compostas de fibras elásticas e
colágenas recobertas pelo endotélio da sua túnica íntima.

2.3. SISTEMA LINFÁTICO


O Sistema linfático tem função importante, auxiliando sistema venoso na coleta
do líquido intersticial encontrado entre as células. Assim, esse líquido com gás carbônico
e catabólitos celulares, atingem a corrente capilar venosa (é chamado de plasma
sanguíneo) e a corrente capilar linfática (é chamado de linfa).
O início do sistema linfático ocorre a partir de capilares em fundo cego que se
reúnem em vasos linfáticos, em troncos linfáticos (de maior calibre) e finalmente em dois
grandes ductos linfáticos: 1) o ducto linfático direito e o 2) ducto torácico. Assim, ao
contrário dos vasos artérias e venosos que estão em continuidade através da rede
capilar e possuem pressão por meio do bombeamento cardíaco; o sistema linfático não
apresenta uma bomba propulsora, tendo início com pressão zero a partir dos seus
capilares em fundo cego, ao redor das células. É importante ressaltar que no trajeto dos
vasos linfáticos, são observadas dilatações denominadas linfonodos, com importância
na filtragem da linfa, combatendo infecções (Figura 15).
Os dois ductos do sistema linfático, terminam lançando a linfa na corrente
sanguínea venosa, em veias de grande calibre localizadas próximas ao coração: na
confluência ou junção da veia jugular interna (pescoço) com a veia subclávia (membro
superior) direita e esquerda, nos chamados ângulos júgulo-subclávios ou ângulos
de Pirogoff (Figura 16).
Figura 15. Organização do sistema linfático a partir da rede capilar em fundo cego que se origina junto às
células e é responsável pela coleta do líquido intersticial juntamente com a rede capilar venosa. Os
linfonodos estão no trajeto dos vasos linfáticos.
Figura 16. Ductos linfático direito e torácico terminando nos ângulos júgulos-subclávios ou de Pirogoff
(imagem A): veia cava superior (CS), veias braquiocefálicas direita (BD) e esquerda (BE), veias jugulares
internas direita (JID) e esquerda (JIE), cisterna do quilo (C), ducto torácico (T), troncos jugulares (J), troncos
subclávios (S) e troncos broncomediastinais (B). Observar parte do trajeto do ducto torácico no mediastino
posterior (imagem B) e o território de drenagem venosa dos dois ductos (imagem C).

Os chamados órgãos anexos do sistema circulatório estão associados à


corrente linfática (os linfonodos) e principalmente à corrente sanguínea (baço, timo,
medula óssea e tonsilas) e são importantes na defesa do corpo humano e na formação
das células sanguíneas (função hematopoiética).
O baço está localizado na cavidade abdominal, logo abaixo da cúpula
diafragmática esquerda e representa um órgão bastante vascularizado que através das
suas polpas branca e vermelha, filtram o sangue, produzem anticorpos, armazenam um
volume sanguíneo entre 200 e 300ml e está associado ao início do mecanismo de
apoptose (morte celular programada) das hemácias (Figura 17).
Já o timo é bem evidente apenas durante a vida fetal e nos primeiros anos de
vida, pois involui e é quase totalmente substituído por tecido adiposo. Sua função e a
produção de linfócitos T. A medula óssea está localizada no interior das trabéculas do
osso esponjoso do esqueleto e principalmente no canal medular no interior da diáfise
dos ossos longos do esqueleto. Possui função hematopoiética (produção de hemácias,
leucócitos e plaquetas) e com a idade é substituído em alguns ossos do esqueleto por
medula flava ou amarela, sem função (Figura 18).
Finalmente, as tonsilas representam tecido linfático de defesa encontrado na
mucosa da faringe, sendo um primeiro combate às infecções que entram pela cavidade
oral ou nasal. São elas: tonsilas palatinas (popularmente denominada de amígdalas); a
tonsila lingual na raiz da língua; a tonsila faríngea (popularmente conhecida como
adenóide) e a tonsila tubárica. Essas tonsilas involuem ou diminuem de tamanho a partir
da puberdade (Figura 19).
.

Figura 17. Baço na posição anatômica (hipocôndrio esquerdo da cavidade abdominal) e peça anatômica
com visão da sua face diafragmática (FD) e visceral (FV). O hilo esplênico ou lienal está indicado pelas
setas pretas nessa imagem.
Figura 18. Medula óssea e timo. Observar a presença de medula óssea no interior do canal medular e das
epífises. O timo tem sua localização sobre o coração e pericárdio e sobre os vasos supra-órticos.

Figura 19. Tonsilas e sua localização formando o anel linfático de Waldeyer na faringe:
3. ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

O Sistema Respiratório é responsável principalmente pela respiração,


realizada através de um epitélio adaptado, a membrana alvéolo-capilar, interposto nos
alvéolos pulmonares e situado entre o ar inspirado pelas vias respiratórias e o sangue
transportado pela circulação pulmonar. Outras funções são desempenhadas pelo
Sistema Respiratório, como: sua participação na excreção de pequenas quantidades de
água e calor (ar expirado); na regulação do pH sanguíneo; na produção do som (fonação
ou vocalização); na filtragem, aquecimento e umedecimento do ar inspirado, além de
possuir os receptores olfatórios.
Assim, o Sistema Respiratório pode ser dividido em: 1) uma porção condutora e
2) uma porção respiratória propriamente dita. A porção condutora é formada por um
conjunto de órgãos com arcabouço ósseo e principalmente cartilaginoso, responsável
pela condução do ar inspirado e expirado durante a respiração, até a porção respiratória
propriamente dita. Essa porção condutora é formada: 1.1) pelo nariz externo, 1.2) pelas
cavidades nasais e seios paranasais, 1.3) pela faringe, 1.4) laringe, 1.5) traquéia, 1.6)
brônquios principais, lobares e segmentares (estes dois últimos no interior dos
pulmões), 1.7) pelos bronquíolos e finalmente pelos 1.8) bronquíolos terminais.
Já a porção respiratória, também localizada no interior do parênquima pulmonar,
tem início por meio dos 2.1) bronquíolos respiratórios, 2.2) ductos alveolares, 2.3) sacos
alveolares e termina com a presença dos 2.4) alvéolos, principal divisão onde ocorrem
as trocas gasosas.
Descreveremos mais detalhadamente os órgãos da porção condutora de ar.

O nariz externo está formado por um conjunto de cartilagens irregulares e por


tecido fibroareolar entre elas. Está implantado na abertura piriforme (abertura central na
norma anterior do crânio). Destacam-se as cartilagens alares maiores e menores, as
cartilagens laterais (no dorso) e a cartilagem do septo nasal. O nariz externo possui
forma piramidal com raiz superior e uma base onde se encontram suas aberturas
denominadas narinas. Entre sua raiz e seu ápice (projeção anterior) está o dorso que
possui variações anatômicas na sua forma (Figura 20), podendo ser retilíneo (na maioria
dos indivíduos), convexo ou aquilino ou ainda côncavo ou arrebitado.
Figura 20. Nariz externo, suas divisões e principais cartilagens: lateral (CL), alar maior (CAM) e do septo
nasal. Observar no perfil os tipos de dorso do nariz.

A cavidade nasal ou as cavidades nasais são divididas em três regiões: 1)


vestíbulo (entre as narinas e o limen nasi ou limen nasal); 2) a cavidade nasal
propriamente dita (maior divisão, localizada entre os 2/3 inferiores do septo nasal e as
conchas nasais médias e inferiores) e; 3) porção olfatória (terço superior do septo nasal
e relação lateral com as conchas nasais superiores). A região do vestíbulo é revestida
por pele e possui os pelos desta região denominados vibrissas, responsáveis pela
filtragem do ar inspirado. A cavidade nasal propriamente dita possui grande quantidade
de vasos arteriais e venosos na sua submucosa e; portanto, função de aquecimento e
umedecimento do ar inspirado. Já o terço superior, a região olfatória, apresenta as
células olfatórias (receptores da olfação) na sua mucosa, que então, atravessam a
lâmina crivosa do etmóide para dar origem aos bulbos olfatórios, dilatações anteriores
dos nervos olfatórios (I par craniano) (Figura 21).
Figura 21. Secção sagital mediana da cabeça com a visão em detalhe da parede lateral da
cavidade nasal onde são indicadas suas três regiões ou divisões: vestíbulo (V), respiratória (R)
e olfatória (O). Palato duro (PD) e palato mole (PM).

A cavidade nasal apresenta um septo nasal (que a divide em duas partes)


formado anteriormente por uma parte membranosa, a columela; pela cartilagem do
septo nasal e mais posteriormente pela porção óssea: lâmina perpendicular do etmóide
superiormente e osso vômer inferiormente. A comunicação posterior das cavidades
nasais com a nasofaringe, ocorre através de 2 passagens separadas pelo osso vômer,
as coanas (Figura 22).

Figura 22. A cavidade nasal e suas divisões. O septo nasal ósseo (imagem superior à direita)
está formado pelo vômer (cor verde) e pela lâmina perpendicular do osso etmóide (cor rosa). A
parte anterior (em cinza) representa a cartilagem do septo nasal.
Nas paredes laterais das cavidades nasais observamos três projeções ósseas
irregulares e papiráceas, as conchas nasais superiores, médias e inferiores. As
conchas nasais superiores e médias são parte do osso etmóide, enquanto as conchas
nasais inferiores são ossos isolados do viscerocrânio.
As conchas nasais aumentam a área de superfície da mucosa nasal, permitindo
melhor aquecimento e umedecimento do ar inspirado através das cavidades nasais, e
assim tornando o ar mais bem condicionado para a hematose.
As conchas nasais recobrem espaços denominados meatos nasais. Assim, as
conchas nasais superiores revestem pequenos espaços denominados meatos nasais
superiores; as conchas nasais médias recobrem os meatos nasais médios e as conchas
nasais inferiores os meatos nasais inferiores. Nestes meatos, se abrem os óstios dos
seios paranasais, com exceção do seio esfenoidal que se abre acima das conchas
nasais superiores, no recesso esfeno-etmoidal (portanto, entre estes dois ossos) (Figura
23).

Figura 23. Conchas nasais superior (CNS), média (CNM) e inferior (CNI) e meatos nasais. O
recesso esfeno-etmoidal se encontra acima das conchas nasais superiores.

No meato nasal inferior, se abre apenas bilateralmente e anteriormente, o óstio


do ducto nasolacrimal através de uma pequena prega, local onde é liberado o excesso
de lágrima drenado pelos ductos nasolacrimais a partir dos sacos lacrimais (localizados
na margem medial das órbitas).
Os seios paranasais (Figura 24) representam espaços irregulares no interior de
alguns ossos do crânio. São originados a partir de evaginações das cavidades nasais
com as quais mantém comunicações através de pequenos condutos. Estes ossos que
possuem cavidades no seu interior são classificados como pneumáticos. Os seios são
revestidos pela mesma mucosa das cavidades nasais; porém, mais delgada e menos
vascularizada. Os seios estão ausentes ou são rudimentares ao nascimento e se
desenvolvem bastante na infância e principalmente a partir da puberdade. Assim, uma
das suas funções é exatamente a de auxiliar no crescimento do esqueleto facial a partir
desta idade, juntamente com a erupção dos dentes permanentes. Oura função
importante dos seios paranasais é a de servir como câmaras de ressonância ou
amplificação do som, pois o ar inspirado circula no interior destes seios paranasais,
amplificando o som.

Figura 24. Seios paranasais. Todos possuem abertura nas cavidades nasais. Note a relação dos
seios maxilares com as raízes dos dentes molares superiores (imagem C) e a relação do seio
esfenoidal com a fossa hipofisária (imagem A).

Os seios paranasais estão no interior dos seguintes ossos: frontal, maxilares, (os
maiores), etmóide e esfenóide. No interior do osso etmóide, representam pequenos
espaços denominados células etmoidais.
A faringe é um órgão muscular de aproximadamente 12 cm de comprimento
localizado entre a base do crânio (superiormente) e as vértebras C1 a C6
(inferiormente), estando anteriormente a essas vértebras.
É dividida em três porções de acordo com suas relações anteriores: 1)
nasofaringe (entre as coanas e a margem inferior do palato mole) está posteriormente
às cavidades nasais; 2) orofaringe ou bucofaringe (entre a margem inferior do palato
mole e a margem superior da cartilagem epiglote da laringe) está posteriormente à
cavidade oral separada dela pelo istmo das fauces ou da garganta; e 3) laringofaringe
(está localizada entre a margem superior da epiglote e a margem inferior da cartilagem
cricóide) está posteriormente à laringe separada dela pelo adito à laringe,
Das 3 divisões, apenas a nasofaringe está relacionada exclusivamente à
respiração; enquanto a bucofaringe e laringofaringe estão relacionadas aos sistemas
respiratório e digestório. A faringe se continua abaixo de C6 como esôfago. Nela são
encontrados pequenos grupamentos de tecido linfático, as tonsilas, descritas
anteriormente no sistema circulatório. Elas representam uma defesa do organismo
contra infecções que entram pelas cavidades nasais ou oral (Figura 25).
Figura 25. Faringe: relações anteriores e respectivas divisões. Uma das tonsilas está
indicada no teto da nasofaringe (tonsila faríngea ou adenóide).

A laringe é um órgão que possui cerca de 4,5cm de comprimento e está


constituída por cartilagens, membranas, ligamentos e músculos. É um órgão tubular
situado no plano mediano e anterior do pescoço, que, além de via aerífera, é o órgão da
fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à laringofaringe, se
comunicando com ela pelo ádito à laringe e é continuada inferiormente pela traquéia.
Suas principais cartilagens pares são as aritenóides e as corniculadas e suas
cartilagens ímpares são: a epiglote, a tireóide e a cricóide.
A cavidade laríngea pode ser dividida em três regiões ou segmentos: o vestíbulo
(superiormente), os ventrículos e a cavidade infra-glótica. No epitélio dessas três regiões
há muitas glândulas mucosas.
As duas pregas vestibulares (= cordas vocais falsas) são projeções mediais de
posição superior constituídas por ligamentos conjuntivos revestidos pela mucosa.
Possuem função de proteção pois se aproximam durante a deglutição, com o papel de
evitar que objetos estranhos possam atingir a traquéia e os pulmões. Já as duas pregas
vocais ou cordas vocais verdadeiras, tem posição inferior às pregas vestibulares e
possuem sua constituição e função diferentes das pregas vestibulares.
Histologicamente, as pregas vocais são constituídas pelo músculo vocal, pelo ligamento
vocal conjuntivo e pela mucosa. Assim, quando o ar é expirado dos pulmões ele passa
pelas pregas vocais vibrando-as e produzindo o som, que é então articulado como
palavra falada na cavidade oral (Figuras 26 e 27).
Figura 26. Cartilagens pares e ímpares da laringe. Detalhe da cartilagem tireóide na imagem
superior direita.

Figura 27. Divisões da laringe em visão a partir de corte coronal e de um corte mediano: cavidade
oral (CO), nasofaringe (N), orofaringe (O), laringofaringe (L), tonsila lingual (TL), cartilagem
epiglote (seta preta), tireóide (T) e cricóide (Cr), vestíbulo da laringe (*), prega vestibular (Ve),
prega vocal (Vo), cavidade infraglótica (I) e traquéia (Tr).
Inferiormente à laringe, a partir da margem inferior da cartilagem cricóide está a
traquéia, órgão tubular com comprimento entre 15 e 18 cm localizado na região cervical
e torácica anteriormente ao esôfago. Possui função apenas como órgão que permite a
passagem de ar durante a inspiração e expiração. Está formada por semianéis de
cartilagem e posteriormente por musculatura lisa. Os seus 15 a 20 semianéis são
intercalados aos ligamentos anulares de tecido conjuntivo, que dá flexibilidade ao órgão.
Termina se dividindo no interior da cavidade torácica em brônquios principais direito e
esquerdo a partir de uma projeção da sua última cartilagem, a carina da traquéia (Figura
28).
Os brônquios principais direito (BPD) e esquerdo (BPE) são dois órgãos
tubulares formados a partir da divisão da traquéia, de posição extra-pulmonar e que
possuem as mesmas características da traquéia: semi-anéis de cartilagem e ligamentos
anulares. O BPD possui apenas 2,5cm de comprimento, mas com maior diâmetro que
o esquerdo e menor angulação ou desvio do plano mediano. Já o BPE tem maior
comprimento (5cm), menor diâmetro e maior desvio do plano mediano (Figura 28).

Figura 28. Traquéia e brônquios principais. Notar os semianéis de cartilagem com musculatura
lisa posteriormente.

Os brônquios principais se dividem em lobares (três para o pulmão direito:


superior, médio e inferior e dois para o pulmão esquerdo: superior e inferior). Os
brônquios lobares ou de segunda ordem se dividem em brônquios segmentares (ou
de terceira ordem) em número de 10 para o pulmão direito e oito ou nove para o
esquerdo. Finalmente, os brônquios segmentares (que possuem apenas pequenas
placas de cartilagem na sua parede além de tecido conjuntivo) se dividem em
bronquíolos e esses em bronquíolos terminais (última ramificação da porção
condutora de ar) (Figura 29). Já a porção respiratória, também localizada no interior do
parênquima pulmonar, tem início por meio dos bronquíolos respiratórios, ductos
alveolares, sacos alveolares e termina com a presença dos alvéolos, principal divisão
onde ocorrem as trocas gasosas (Figura 30).

Figura 29. Ramificação dos brônquios lobares e segmentares no interior dos pulmões (árvore
brônquica). Observar os brônquios segmentares em cores diferentes. Os brônquios principais
direito (BPD) e esquerdo (BPE) são extra-pulmonares.

Figura 30. Porção respiratória destacada na imagem à esquerda e ampliada na imagem à direita.
Identificar os bronquíolos respiratórios de 1ª, 2ª e 3ª ordem, um ducto alveolar, sacos alveolares
e suas paredes formadas pelos alvéolos que se comunicam entre si pelos poros alveolares.
Os pulmões são duas vísceras maciças ou parenquimatosas localizadas no
interior das respectivas cavidades pleuro-pulmonares direita e esquerda no interior da
cavidade torácica. Os dois pulmões apresentam algumas diferenças quanto à sua
forma: a altura (esquerdo mais alto que o direito) e largura (direito mais largo) pela
presença do fígado no antímero direito e do ápice do coração no antímero esquerdo.
Os pulmões possuem uma base (repousa indiretamente no músculo diafragma)
e um ápice (está cerca de 3cm acima da abertura superior do tórax). Cada pulmão
possui também três faces: diafragmática (côncava e inferior), costal (convexa e anterior,
lateral e posterior) e mediastinal (medial, voltada para o mediastino). Nessa última face
é encontrada uma abertura denominada hilo pulmonar, que permite a passagem dos
elementos que formam o pedículo pulmonar: artéria pulmonar, veias pulmonares e
brônquio principal, além de vasos linfáticos, linfonodos, fibras nervosas autônomas e os
vasos brônquicos.
O pulmão direito é dividido em três lobos: superior, médio e inferior, separados
por duas fissuras: horizontal e oblíqua. Já o pulmão esquerdo possui apenas dois lobos:
superior e inferior, separados pela fissura oblíqua. No lobo superior do pulmão esquerdo
observamos uma projeção alongada denominada língula (Figuras 31 e 32).

Figura 31. Posição anatômica dos pulmões (imagem A) e lobos e fissuras dos pulmões (em B): lobo
superior direito (LSD), lobo médio (LM), lobo inferior direito (LID), lobo superior esquerdo (LSE) e lobo
inferior esquerdo (LIE). No pulmão direito e esquerdo a fissura oblíqua está indicada pelas setas pretas e a
fissura horizontal no pulmão direito pela seta branca.
Figura 32. Pulmão direito e esquerdo com indicação de seus lobos, fissuras e faces. Impressões
são observadas principalmente na face mediastinal dos dois pulmões, como por exemplo da
aorta, esôfago e ápice do coração. Lobo superior (LS), lobo médio (LM), lobo inferior (LI), face
costal (1), mediastinal (2) e diafragmática (3).

Os pulmões são envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura, a


pleura visceral ou pulmonar. As cavidades pleuro-pulmonares por sua vez, também são
envolvidas pela pleura parietal que recebe denominações diferentes pelas suas
relações (costal, cervical, diafragmática e mediastinal) e entre elas encontramos uma
cavidade denominada cavidade pleural, normalmente virtual (Figura 33). Porém, em
alguns locais esta cavidade pleural é ampla, permitindo a expansão pulmonar durante
a inspiração: os recessos pleurais (costomediastinal e costodiafragmático).
Figura 33. Pleura visceral ou pulmonar, cavidade pleural e divisões da pleura parietal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• ELLIS, H. Anatomia Clínica. 9aed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara


Koogan SA, 1997.

• GARDNER E; GRAY, DJ; O'RAHILLY, R. Anatomia: estudo regional


do corpo humano. 4aed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan
SA, 1978.

• GRAY’S ANATOMIA. A base anatômica da prática clínica. 40aed. Rio


de Janeiro: Editora Elsevier Ltda, 2011.

• LATARJET, M; LIARD A.R. Anatomia Humana. 2aed. Rio de Janeiro:


Editorial Médica Panamericana, 1993.

• LIPPERT, H.; HERBOLD, D.; LIPPERD-BURMESTER, W. Anatomia.


Texto e atlas. 7aed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan SA,
2005.

• MOORE KL; DALLEY AF; AGUR AMR. Anatomia orientada para a


clínica. 6aed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan SA, 2010.

• NETTER, F.H. Atlas de Anatomia Humana. 1ª ed., Porto Alegre: Artes


Médicas, 2011.

• PUTZ, R.; PABST, R. SOBOTTA. Atlas de Anatomia Humana. 22ª ed.,


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2006.

• SCHUNKE, M.; SCHULTE, E.; SCHUMACHER, U.; VOLL, M.;


WESKER, K. PROMETHEUS. Atlas de Anatomia. 1ª ed., Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2007.

• SNELL, R.S. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5ª ed.,


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 1999.

• Sociedade Brasileira de Anatomia. TERMINOLOGIA ANATÔMICA. 1a


ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 2001.

• SPENCE, A.P. Anatomia Humana Básica. 2aed. Barueri: Editora


Manole Ltda, 1991.
• ’ y aed. Editora Baltimore, Lippincott
Williams & Wilkins, 2006.

• TIRAPELLI, L.F. Anatomia Sistêmica. Texto e atlas colorido. 1ª ed.,


Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2020.

• TIRAPELLI, L.F. Bases morfológicas do corpo humano. 1ª ed., Rio


de Janeiro: Guanabara Koogan S.A., 2008.
GABARITO
QUESTÃO 1. R. 1. Valva tricúspide, 2. Valva mitral, 3. Valva aórtica e 4. Valva do
tronco pulmonar. A. Artéria coronária direita, B. Artéria coronária esquerda (ramo
interventricular anterior) e C. Seio coronário. O seio coronário recebe o sangue
venoso do coração e se abre pelo seu óstio, no átrio direito do coração.

Você também pode gostar