AHLERT Livro Estatuas-Andarilhas
AHLERT Livro Estatuas-Andarilhas
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ANDARILHAS
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-5939-004-5 (brochura)
978-65-5939-003-8 (eBook)
CDU: 730
CDD: 730
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.038
___________________________________________________________________________
PIMENTA CULTURAL
São Paulo - SP
Telefone: +55 (11) 96766 2200
[email protected]
www.pimentacultural.com 2 0 2 0
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
SUMÁRIO
Apresentação.................................................................................. 12
Introdução....................................................................................... 14
PARTE I........................................................................................... 44
Os interstícios nas Missões Jesuíticas
da Provincia Paracuaria....................................................................... 45
A Companhia de Jesus...............................................................................48
A gente paraguayense................................................................................51
Imanências indígenas
na estruturação dos povoados............................................................ 60
O urbanismo e a espacialidade guarani.....................................................64
As congregações........................................................................................77
O barroco como construção simbólica
e a ressignificação ameríndia.....................................................................80
As imagens nos povoados missionais................................................ 88
As oficinas...................................................................................................94
Fases da produção estatuária..................................................................103
As técnicas ...............................................................................................111
O espaço-cisão.................................................................................. 119
Além do povoado......................................................................................149
A dinâmica da relação....................................................................... 158
Aspectos do panteão mitológico guarani.......................................... 169
Entre o valor estético e o religioso..................................................... 182
Barroco missioneiro?................................................................................188
Os números do acervo.............................................................................196
Percentagem iconográfica........................................................................203
As imagens: sentidos e usos............................................................. 208
Invocações de Redenção.........................................................................212
Invocações de cura...................................................................................234
Invocações de ordem climática................................................................256
Invocações guarida laboriosa...................................................................265
Invocações mediadoras............................................................................270
Invocações de amparo materno...............................................................282
Instituindo a imagem da Mãe de Deus................................................287
A grande avó.......................................................................................313
Anexos.......................................................................................... 458
Anexo I:
Quantificação e distribuição do acervo
de miniaturas e imagens com até 50 cm.......................................... 458
Quantificação das imagens por subgrupos:............................................465
Anexo II:
Tabela de quantificação das imagens
missioneiras catalogadas
no Rio Grande do Sul (1993)............................................................. 466
Anexo III:
Gráficos – estatuária missioneira no Uruguari................................... 467
Anexo IV:
Relação da prata e ornamentos
pertencentes ao saque feito nos Povos
do lado Ocidental do Rio Uruguai, no ano
de 1817 e conduzido a Porto Alegre................................................. 468
APRESENTAÇÃO
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INTRODUÇÃO
Iconografia, ardil legítimo para se romper o
silêncio de mundos mal conhecidos.
Michel Vovelle, 1997
Geographico Brasileiro. Rio de Janeiro: Typographia de D.L. dos Santos, 1842, tomo
quarto, p. 331-349, p. 342.
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4 CHARTIER, Roger. A nova história cultural existe? In: LOPES, Antonio Herculano;
VELLOSO, Monica Pimenta; PESAVENTO, Sandra Jatahy (Orgs.). História e linguagens:
texto, imagem, oralidade e representações. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006, p. 29.
5 O termo “indícios” no lugar de “fontes” foi sugerido pelo historiador holandês Gustaaf
Renier e apropriado por Peter Burke. Cf. BURKE, Peter. Testemunha ocular: história e
imagem. Bauru, SP: EDUSC, 2004. Carlo Ginzburg, em Mitos, emblemas e sinas (1989),
também utiliza o termo.
6 MÂLE, Émile. L’Art religieux du XIIe siècle en France. Étude sur les origines de l’iconographie
du Moyen Age. Paris: Armand Collin, 1953.
7 VOVELLE, Michel. Imagens e imaginário na história: fantasmas e certezas nas
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mentalidades desde a Idade Média até o século XX. Tradução de Maria Julia Goldwasser.
São Paulo: Ática, 1997.
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8 Cf. Carlo Ginzburg, em O fio e os rastros – verdadeiro, falso, fictício (2007); Olhos de
madeira: nove reflexões sobre a distância (2001); O queijo e os vermes: o cotidiano e as
ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição (2006); Serge Gruzinski, em A colonização
do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol, sécs. XVI-
XVIII (1988); A guerra das imagens: de Cristovão Colombo a Blade Runner (1492-2019)
(2006); O pensamento mestiço (2001); Peter Burke, em Testemunha ocular (2004).
9 VOVELLE, Michel. Ideologias e mentalidades. São Paulo: Brasiliense, 1991.
10 MARTINS, José de Souza. História e arte no Cemitério da Consolação. São Paulo:
Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura, s/d.
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14 GINZBURG, Carlo. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. São Paulo: Cia. das
Letras, 1989, p. 63.
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Ulpiano B. de Meneses, em “Fontes visuais, cultura visual, História visual. Balanço provisório,
propostas cautelares.” In: Revista brasileira de história, v. 23, n. 45, 2003, p. 97-115.
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silenciosas, que invadem o cotidiano. In: CHARTIER, Roger. A nova história cultural
existe? op. cit., p. 39.
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22 TREVISAN, Armindo. A escultura dos Sete Povos. Porto Alegre: Movimento, 1978, p. 50.
23 COUTINHO, Maria Inês. A resistência pelo estético: imaginária guarani nas Missões
Jesuíticas do Brasil. Dissertação (mestrado em História). Porto Alegre: PUCRS/FFCH,
1996, p.29.
24 BACHETTINI, Andréa Lacerda. A imaginária missioneira no Rio Grande do Sul: estudo
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sobre o acervo escultórico do Museu das Missões. Tese (Doutorado em História). Porto
Alegre: PUCRS/FFCH, 2002, p.208.
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caimento anguloso das vestes etc. Sobre elementos de composição estética, cf.:
OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1996.
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28 Cf. BAKHTIN, Mikhail M. The dialogical imagination. Austin: University of Texas Press, 1981.
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32 BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992, p. 35.
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legitimar a análise das imagens que segue o corpus textual sobre seus
significados e práticas.
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33 COUTINHO, Maria Inês; VIEIRA, Mabel Leal. Inventário da imaginária missioneira, op. cit., p. 37.
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34 BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003, p. 48.
35 TODOROV, Tzvetan. As morais da história. Portugal: Europa–América, 1991, p. 97.
36 BHABHA, Homi K. O local da cultura, op.cit., p. 63.
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37 Idem.
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40 GUINZBURG, Carlo. História noturna: decifrando o sabá. São Paulo: Companhia das
Letras, 1991.
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PARTE I
PARTE I
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41 PERAMÁS, José Manoel, S.J. La República de Platón y los guaraníes. Buenos Aires: M.C.,
[1793] 1946.
42 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual feita pelos religiosos da Companhia de
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Jesus nas províncias do Paraguay, Paraná, Uruguay e Tape. Porto Alegre: Martins Livreiro,
[1639] 1985, p. 188.
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mundo guaraní. In: Catálogo imaginería religiosa. Museo Del Barro. Assunção, Paraguay.
Marzo de 2008, p. 51.
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A Companhia de Jesus
46 O método estipulava a meditação sobre três pecados típicos, todos ligados à obediência:
o dos anjos rebelados, o de Adão e Eva e o de um homem no inferno. Ver: GAMBINI,
Roberto. O espelho índio: os jesuítas e a destruição da alma indígena. Rio de Janeiro:
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48 Idem.
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A gente paraguayense
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54 Ibidem, p. 38.
55 AZARA, Félix de. Viajes por la America meridional. Tomo II. Buenos Aires: El Elefante
Blanco, 1998, p. 35
56 ALVEAR, Diego de. Relación geográfica e histórica…op. cit., p. 9 - 10.
57 Conselho formado pelos chefes das famílias extensas.
58 Sobre os questionamentos, ver: WILDE, Guillermo. Poderes del ritual y rituales del poder:
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Para a identificação dos povoados, bem como para sua localização e distribuição
nesta cartografia, foi seguido o critério linguístico. Neste mapa encontra-se
representado o período compreendido entre a conquista e o apogeu da época
colonial. E coincide com o conhecimento dessas populações por meio dos relatos
dos conquistadores, cronistas e viajantes, finalizando com o acervo documental
deixado pelos missionários que atuaram entre os indígenas.
Fonte: MAEDER, Ernesto J. A.; GUTIÉRREZ, Ramón. Atlas territorial e urbano das
missões jesuíticas dos guaranis: Argentina, Paraguay e Brasil. Junta de Andalucía,
Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico, Consejería de Cultura; [Brazil] : IPHAN,
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2009, p. 14.
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69 AZARA, Félix de. Viajes por la America meridional. Tomo II, op. cit., p. 42.
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70 PARRAS, Pedro José de. Diario y derrotero de sus viajes…op. cit., p. 150, 160.
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71 AZARA, Félix de. Viajes por la America meridional. Tomo II, op. cit., p. 88.
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76 Ibidem, p. 44.
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IMANÊNCIAS INDÍGENAS NA
ESTRUTURAÇÃO DOS POVOADOS
77 Soares considera que eram três os níveis básicos de organização sociopolítica dos
guaranis: nível básico – tevy, ou da família extensa, também compreendido como
linhagem, constituía a unidade econômica e política básica e concentrava sua residência
na maloca ou casa grande; o nível do teko’a consistia na aldeia ou no conjunto de
aldeias. A união de vários teko’a resultava no guará, traduzido por Montoya como
“pátria”, “país”, “província” ou “região”. (SOARES, André Luis R. Guarani: organização
social e arqueologia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1997). Possivelmente, no nível do guará
– considerando-se a nomenclatura de Soares –, consolidaram-se as reduções jesuítico-
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Cardiel em FURLONG, Guillermo S.J. José Cardiel S.J. y su Carta Relación (1747).
Escritores Coloniales Rioplatenses. Buenos Aires: Libraria del Plata, 1953, p. 201.
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82 Ibidem, p. 59-60.
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de várias nações, por ser a fronteira dos índios yarros e charruas, gente
feroz e montesa, que não vivem em povoações”.83 Além disso, viviam
em constante conflito com os minuanos, porque “estes [yapeyuanos]
lhes hão feito alguns danos”, assim, “sempre que podem, os minuanos
se vingam deles”.84
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94 CARDIEL, José. Declaración de la verdad. Buenos Aires: Impr. de J.A. Alsina, [1758]
1900, p. 280.
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Don Félix de Azara, desde Santa Fé a la Asunción, el interior del Paraguay, y a los pueblos
e Misiones. Revista del Rio de la Plata. Buenos Aires, 1873, p. 228.
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“Sumo interesse documental apresenta este plano feito por volta de 1756 por membros do
exército português em operação contra os índios guaranis. Trata-se do melhor testemunho
sobre os povoados missioneiros e nos evidencia curiosas singularidades do povo de São
Miguel, que teve um dos templos mais importantes da região. Entre os elementos importantes
de se destacar, estão as duas capelas, de santa Bárbara e do Bom Jesus, flanqueando a
avenida que conduz à praça, e outra dedicada á Santa Tecla próxima à zona onde se localizam
os fornos. Chama a atenção a localização de construções no pátio claustral do colégio. Em
um dos casos, parece tratar-se de um relógio de sol, mas, no outro, quiçá sejam fornos de
fundição. Outras construções simétricas ao cotiguaçu, e cujo projeto é claramente português,
parecem assinalar umas ‘cozinhas’ e provavelmente um quartel para a tropa. No subúrbio
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do povo, outra construção grande, e ao lado umas ‘senzalas’ indicam as alterações que a
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presença de tropas portuguesas com seus escravos negros geraram na missão. Este plano
está localizado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e foi publicado pela primeira vez na
Revista Documentos de Arquitetura Nacional e Americana, nº 14, Resistencia, 1982.”.
O plano demonstra a organização das habitações para abrigar famílias extensas. Contudo,
possuí algumas falhas de precisão cartográfica, a exemplo do Cotiguaçu, que está deslocado
do lado do cemitério para a esquina da praça.
Fonte (legenda e imagem): MAEDER, Ernesto J. A.; GUTIÉRREZ, Ramón. Atlas territorial e
urbano das Missões jesuíticas dos guaranis: Argentina, Paraguay e Brasil. Junta de Andalucía,
Instituto Andaluz del Patrimonio Histórico, Consejería de Cultura; [Brazil] : IPHAN, Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 2009, p. 52.
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101 Cardiel em FURLONG, Guillermo S.J. José Cardiel S.J. y su Carta Relación (1747), op.
cit., p. 154-5.
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102 AZARA, Félix de. Viajes por la America meridional. Tomo II, op. cit., p. 239-40.
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103 KERN, Arno Alvarez. Missões: uma utopia política. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982, p. 128.
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104 AZARA, Félix de. Viajes por la America meridional. Tomo II, op. cit., p. 239-40.
105 Trompe-l’oeil é uma expressão francesa: “enganar o olho”, usada principalmente em
pintura e arquitetura, por meio de uma técnica artística que, com efeitos de perspectiva,
cria uma ilusão ótica que sugere profundidades, volumes e formas que não existem
realmente.
106 FURLONG, Guillermo, S. J. Misiones y sus pueblos de guaraníes. Buenos Aires:
Theoria, 1962, p.224.
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107 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política… op. cit., p. 56.
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108 ALVEAR, Diego de. Relación geográfica e histórica..., op. cit., p. 86.
109 SUSTERSIC, Bozidar D. Templos jesuítico-guaraníes. Buenos Aires: Faculdad de Filosofia
y Letras/UBA, 2004, p. 38.
110 O arte-historiador Darko Sustersic e sua equipe de pesquisa dividiram a arquitetura
missioneira em quatro fases: a primeira de 1610 a 1640, era o batismo a arquitetura
vernácula; a segunda, de 1641 a 1695, a de materiais e técnicas perduráveis; a terceira,
de 1695 a 1730, das novas tipologias das igrejas do irmão Brasanelli e a quarta, de
SUMÁRIO
1730 a 1768, das as igrejas sem horcones [troncos]. In: SUSTERSIC, Bozidar D. Templos
jesuítico-guaraníes, op. cit.
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111 WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da história da arte. São Paulo: Martins
Fontes, 1996, p.160.
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112 Idem.
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113 Os arquitetos baseavam seus trabalhos nos diversos tratados. As regras estéticas
formuladas por Leon Battista Alberti tinham ampla aceitação.
114 KERN, Arno Alvarez. Missões, história e arqueologia..., op. cit., p.3.
115 Kern acrescenta que, ao partirem para a América e ao se instalarem junto aos grupos
indígenas nas “fronteiras do mundo civilizado”, os jesuítas necessitaram dos modelos
rurais de implementação do cristianismo, passando a se guiar em parte pela experiência
monacal beneditina, dos cistercienses (Ordem de Cister) e clunianenses (Ordem de
SUMÁRIO
Cluny); “passaram a seguir algumas das linhas gerais dos traçados dos monastérios
beneditinos medievais, adaptando-os aos ‘pueblos de indios’ americanos”. Ibidem, p.7.
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As congregações
116 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política..., op. cit., p. 72.
117 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual..., op. cit., p. 148-9.
118 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op. cit., p. 43.
SUMÁRIO
119 Idem.
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120 Em Santa Maria Maior, “a devoção da Virgem santíssima é muito grande e dão claras
demonstrações disso os congregados de Nossa Senhora, frequentam as confissões e
visitam o santíssimo sacramento, ouvindo a missa todos os dias quando se encontram no
povo e rezando o rosário”. In: MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), p. 180.
121 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op. cit., p. 186.
122 BAPTISTA, Jean. Fomes, pestes e guerras..., op. cit., 2007, p. 69
SUMÁRIO
123 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política..., op. cit., p. 72.
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124 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op.cit.; MONTOYA, Antônio Ruiz de.
Conquista espiritual..., op.cit., p. 150.
125 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Uruguai (1611-1758), op. cit., p. 107. Sobre as
congregações, ver: BAPTISTA, Jean. Dossiês históricos do Museu das Missões: Volume
II: O eterno: crenças e práticas missionais. São Miguel das Missões: Museu das Missões,
IBRAN, 2009.
126 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1980, p. 191.
SUMÁRIO
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128 Cardiel em FURLONG, Guillermo S.J. José Cardiel S.J. y su Carta Relación (1747), op.
cit., p. 156.
SUMÁRIO
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130 O inventário do povoado de São Miguel, realizado em 1768, cita “todos los trajes de
los danzantes”. FURLONG, Guillermo, S. J. Misiones y sus pueblos de guaraníes, op.
cit., 1962. p. 177.
SUMÁRIO
131 ÁVILA, Affonso. O lúdico e as projeções do mundo barroco. São Paulo: Perspectiva,
1980, p. 22 e 36.
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132 A Ordem dos Jesuítas não foi a única criada na primeira metade do século XVI com o
intuito de contribuir com o processo reformador da Igreja. Os Teatinos (1524), os Irmãos
Menores Capuchinos (1528), os Samascos (1537) e os Barnabistas (1539) constituem-se
em outras ordens religiosas que podem ser consideradas “nascidas reformadas”.
133 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual… op. cit., p. 200.
SUMÁRIO
134 Paucke em AUWEILER, Johann. Memorias del P. Florian Paucke… op. cit., p. 111.
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135 ARGAN, Giulio Carlo; FAGIOLO, Maurizio. Guia de história da arte. Lisboa: Estampa,
1992, p. 68.
136 SUSTERCIC, Bozidar D. El arte guaraní de las misiones jesuíticas y franciscanas en la
SUMÁRIO
Colección de Nicolás Darío Latourrette Bo. In: El barroco en el mundo guaraní. Asunción:
Editorial del Centenario, 1975, p. 54.
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137 Ferreira Gullar situa o barroco entre 1610 e 1750. Na América espanhola, esta datação
corresponde a quase totalidade do período das reduções da Província Jesuítica do
Paraguai. Em 1610, foi fundada a primeira e, em 1750, foi assinado o Tratado de Madri,
que ocasionou a expulsão da ordem em 1767/8. Ver: GULLAR, Ferreira. Barroco: olhar
e vertigem. In: NOVAES, Adauto. O Olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 2003 e
WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da historia da arte. São Paulo: Martins
Fontes, 1996, p.19.
138 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos. São Paulo: Livraria
Martins Editora, 1943, p.141.
SUMÁRIO
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140 Ibidem.
141 Ibidem. Natividad del Acaray e Santa María del Iguazú ficavam na Província de Alto
Paraná, no Paraguai, onde hoje se situa Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, e Ciudad
Del Este, capital do Departamento de Alto Paraná.
SUMÁRIO
142 WILDE, Guillermo. Poderes del ritual y rituales del poder, op. cit., 2003, p. 206.
85
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86
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147 Sobre a manutenção do poder por meio de manipulações simbólicas, ver: WILDE,
Guillermo. Poderes del ritual y rituales del poder, op. cit. 2003.
SUMÁRIO
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149 MARAVALL, José Antonio. A cultura do Barroco. Edusp: São Paulo, 1997.
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150 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual… op. cit., p. 52-53.
151 GUEVARA, José. Historia del Paraguay, Río de la Plata y Tucumán, por el padre Guevara,
de la Compañía de Jesús. Buenos Aires: Imprenta del Estado, 1836, p.22.
152 Ibidem, p. 106.
153 Serge Gruzinski, em seu livro A guerra de imagens, aborda o processo de substituição
de imagens dos povos indígenas mexicanos por ícones católicos. Uma “epidemia
de imagens”, segundo o autor, invadiu o cotidiano mexicano como uma tentativa de
domesticação dos sentidos. A ideia comum a muitos arte-historiadores e demais
pesquisadores da Província Jesuítica do Paraguai, a de que, no lugar de uma substituição
iconográfica, como se deu entre as culturas mesoamericanas, houve na América do Sul
uma introdução impositiva da imaginária católico-europeia. Ver: GRUZINSKI, Serge. A
guerra das imagens: de Cristóvão Colombo a Blade Runner (1492-2019). São Paulo:
Companhia das Letras, 2006.
154 SUSNIK, Bratislava. El indio colonial del paraguay: el guarani colonial. Asunción: Museo
etnográfico Andres Barbero,1965.
SUMÁRIO
155 HAUBERT, Máxime. Índios e jesuítas no tempo das Missões. São Paulo: Companhia das
Letras, 1990, p. 91.
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156 TOCCHETTO, Fernanda Bordin. A cultura material do guarani missioneiro como símbolo
SUMÁRIO
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157 TOCCHETTO, Fernanda Bordin. KERN, Arno A. (Org.) A cerâmica guarani missioneiro
SUMÁRIO
como símbolo de identidade étnica. In: Arqueologia histórica missioneira. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 1998, p. 160.
92
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158 DOBRIZHOFFER, Martin. Historia de los abipones: Volumen I (1763). Resistencia: Universidad
SUMÁRIO
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As oficinas
159 Atrás deste bloco e cercada por um muro de pedra, localizava-se a quinta dos padres,
com pomar, horta e jardim. Era uma estrutura fechada, organizada sobre um mesmo
alinhamento frontal, com poucos e definidos acessos em relação à praça e ao restante
SUMÁRIO
do espaço público.
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161 PLÁ. Josefina. El barroco hispano-guarani. Asunción: Editorial del Centenario S.R.L., 1975.
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165 Idem.
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In: MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op. cit., p. 155. Durante e após a
Guerra Guaranítica também ocorreram inúmeros incêndios. Remanescentes das imagens
queimadas neste período podem-se ver no Museu das Missões, em São Miguel/RS.
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169 Guerra ocorrida nas províncias Unidas do Rio da Prata entre o governador da Província
Oriental e chefe da Liga Federal, general José Gervasio Artigas e seu até então
subordinado, governador da Província de Entre Rios, Francisco Ramírez. Terminou com
a vitória deste último e o exílio de Artigas no Paraguai.
170 Aníbal Cambas apud Oscar Padrón Favre. In: FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo
indio: historia del éxodo guaraní-missionero al Uruguay. Durazno: Tierra a Dentro, 2009, p. 38.
171 Correspondencia del Gral. Fructuoso Rivera con Julián de Gregorio Espinosa. RH T. XXX
Montevideo, 1960 a 1964 [Quartel General de Quarey, 3 de janeiro de 1829]. In: FAVRE,
Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio, op. cit., p. 73.
172 TREVISAN, Armindo. A escultura dos Sete Povos. Porto Alegre: Movimento, 1978, p.42.
173 GUTIERREZ, Ramón (coord.). Pintura, escultura y artes útiles en Iberoamérica, 1500-1825.
Madrid: Cátedra, 1995, p.74. Referente às comercializações das doutrinas jesuíticas, é
SUMÁRIO
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174 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1943,
p.234. No tocante a habilidade mimética dos guaranis, Gutierrez refere-se a uma
“rara habilidade para copiar e imitar estampas, gravuras ou modelos que lhes eram
apresentados”. In: GUTIERREZ, Ramón. Las Misiones jesuíticas de los guaraníes. Rio de
Janeiro: Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Unesco, 1987, p. 34.
SUMÁRIO
175 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1943, p. 141-142.
176 Paucke em AUWEILER, Johann. Memorias del P. Florian Paucke… op. cit., p. 43-44.
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Acervo: Museu das Acervo: Museu Acervo: Museu Acervo: Museu das
Missões. São Miguel de Arte Hispano- Vicente Palotti. Missões. São Miguel
das Missões/RS americana Isaac Santa Maria/RS. das Missões/RS
Fernández Blanco.
Buenos Aires/ARG
177 FURLONG, Guillermo, S. J. Misiones y sus pueblos de guaraníes, op. cit., p.507-15.
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180 A estabilidade é um tanto relativa, considerando que durante a década de 1650, ainda
existiam queixas nas cartas ânuas de ataque dos bandeirantes. Ver: MCA. Jesuítas e
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182 MELIÁ, Bartolomeu. De finos ateístas a delicados santeros, op. cit., p. 54.
183 ESCOBAR, Ticio. Santo e seña: acerca de las imaginería religiosa misionera y popular
en el Paraguay. In: Catálogo imaginería religiosa. Museo Del Barro. Asunción, Paraguay.
Marzo de 2008, p. 23.
SUMÁRIO
Também é deste período a impressão na versão guarani do clássico livro de Juan Eusebio
Nieremberg, “De la diferencia entro lo temporal y lo eterno” (1705). Foram conservados
os nomes de alguns guaranis gravadores, como Juan Yaparé, Tomás Tilcara e Paicá.
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maneira mais estável. Ainda que essa nova proposta não tivesse
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185 CADOGAN apud CHAMORRO, Graciela. Teología guaraní, op. cit., p. 258.
SUMÁRIO
186 FURLONG, Guillermo, S. J. Misiones y sus pueblos de guaraníes, op. cit., p.482.
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As técnicas
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Catedral de Encarnación/PRY.
Nesta escultura a policromia está bastante conservada, permitindo que se
observe a variedade cromática utilizada nos ateliers missioneiros.
189 Caulim é uma rocha formada por um grupo de silicatos hidratados de alumínio,
principalmente caulinita e haloisita. Contém outras substâncias sob forma de impurezas
SUMÁRIO
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191 A tinta do urucum também era conhecida como bixa orellana ou achiote, donde surgiu
o termo embijarse, referente à prática ritual de pintar os rostos e corpos. O padre
Bernabé Cobo mencionou esta função junto daquelas sobre a cura dos corpos: “com
ela, costumavam os índios untar-se o corpo, ao que chamam embijarse. [...] O achiote
é propício para os pintores e não menos proveitoso para uso medicinal, porque cura as
secções de sangue, é diurético e alivia a sede”. In: SIRACUSANO, Gabriela. El eterno
destello. Catálogo imaginería religiosa. Museo Del Barro. Asunción: Arte Nuevo, 2008, p. 70.
192 SIRACUSANO, Gabriela. El eterno destello. Catálogo imaginería religiosa. Museo Del
Barro. Asunción: Arte Nuevo, 2008.
193 CARDIEL, José. Declaración de la verdad. op. cit., p. 301. No inventário realizado por
Francisco Bruno Zavala, em 1768, os “Objetos, utensílios e outros materiais encontrados
no armazém” do povo de São Luiz incluíam tintas, na quantidade de: “nove libras de ocre;
seis libras de almagro [argila avermelhada]; seis libras de alvaiade [pigmento branco];
cinco libras de azarcon [pó alaranjado] e duas libras de pó azul”. In: NASCIMENTO, Anna
SUMÁRIO
Olívia do; OLIVEIRA, Maria Ivone de Avila. (Orgs). Bens e riquezas das Missões. Porto
Alegre: Martins Livreiro, 2008, p. 87.
113
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194 Harnisch, em nota de: SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos
apostólicos. São Paulo: Livraria Martins, 1943. p. 45.
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195 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1980,
p. 237-238.
196 AFFANI, Flávia. La imaginería de las Misiones jesuíticas de guaraníes: aspectos
iconográficos distintivos, análisis estadísticos y comparación con La imaginería andina. In:
MELIÀ, Bartolomeu (ed.), Historia inacabada, futuro incierto. VIII Jornadas Internacionales
sobre las Misiones Jesuíticas. Asunción: CEPAG, 2002, p. 346, 357-391.
197 CHAMORRO, Graciela. Teología guaraní, op. cit., p. 131. Para os guaranis atuais, o cedro
é a árvore donde flui a palavra. Ver: CADOGAN, León. Ayvu Rapyta. Textos místicos de
SUMÁRIO
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199 GUEVARA, José. Historia del Paraguay, Río de la Plata y Tucumán… op. cit., p. 41.
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200 Ostracon eram fragmentos – sobras – de pedra ou cerâmica onde os artesãos egípcios
realizavam esboços e “desenhos livres”.
201 PEYRET, Alejo. Cartas sobre Misiones. Buenos Aires: Imprensa de la Tribuna Nacional,
1881, p. 124-6.
SUMÁRIO
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nas oficinas, pois se o fazem em suas casas, fazem muito mal”. Mais
que o conceito depreciativo expresso por Sepp, o registro histórico
testemunhal proeminente é de que existia elaboração criativa doméstica.
O ESPAÇO-CISÃO
203 BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003, p. 69 e 20.
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204 PARRAS, Pedro José de. Diario y derrotero de sus viajes 1749-1753. España-Río de
la Plata-Córdoba-Paraguay. Buenos Aires: Ediciones Argentinas Solar,1943, p. 171
e 173. O padre Parras era franciscano e visitou tanto povoados pertencentes a sua
Ordem como jesuíticos.
SUMÁRIO
205 Cardiel em FURLONG, Guillermo S.J. José Cardiel S.J. y su Carta Relación (1747), op.
cit., p. 135.
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produzida já não era nem a teologia cristã nem a crença guarani, mas
uma terceira esfera simbólica, uma espécie de mitologia paralela.
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Essa ameaça vinda das matas ficaria conhecida e como “os índios
monteses” ou del monte. Designação que encobria, na verdade, uma
diversidade de situações. Entre elas, a fluidez das balizas missionais.
“Nestas idas e vindas pelos montes, os índios perdem muito de sua
208 MARTINS, Maria Cristina Bohn. Sobre festas e celebrações. As reduções do Paraguai
(séculos XVII e XVIII). Passo Fundo: UPF/ANPUHRS, 2006.
209 Relatos sobre pajés que se apropriaram de práticas cristãs para subvertê-las são
SUMÁRIO
inúmeros em: DEL TECHO, Nicolas (S.J.). Historia de la Provincia del Paraguay de la
Compañía de Jesús. Asunción: CEPAG, [1ª ed. – 1673] 2005.
122
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210 Carta do padre Pedro Mola ao superior da missão do Tape, padre Pedro Romero, sobre
o que se passara na redução de Jesus Maria. In: MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape
(1615-1641), op. cit., p. 118.
211 Cardiel em FURLONG, Guillermo S.J. José Cardiel S.J. y su Carta Relación (1747), op.
cit., p. 140. A utopia do autossustento foi tema de estudo aprofundado na pesquisa:
BAPTISTA, Jean. Fomes, pestes e guerras: dinâmicas dos povoados missionais em
tempos de crise (1610-1750). Tese (Doutorado em História) – PUCRS/FFCH, 2007.
SUMÁRIO
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214 ESCOBAR, Ticio. Santo e seña..., op. cit. p. 14. Conforme o autor, para os atuais guaranis,
as cruzes provêm da intersecção dos bastões rituais chamados yvyra’i, que, cruzados,
indicam os quatro pontos cardeais. Os mbyá-guarani revestem as cruzes com o milenar
sistema ornamental cestero baseado no entrecruzamento de tiras vegetais. Porém, essa
operação corresponde mais a fins estético-expressivos que a empregos religiosos.
215 Janice Theodoro destaca a preservação da diversidade linguística que “permitiu que o
indígena percebesse como as palavras e a sintaxe das línguas em que se comunicava
compunham as coisas e as suas qualidades. Armado desses conhecimentos foi possível
ao índio americano fazer conexões surpreendentes”. In: THEODORO, Janice. América
Barroca: temas e variações. Rio de Janeiro: Nova Fronteira – EDUSP, 1992, p. 106.
SUMÁRIO
216 MELIÁ, Bartolomeu. El guaraní: experiencia religiosa. Asunción: CEDUC-CEPAG, 1991, p. 54.
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217 Neologismo: inovação linguística que se pode apresentar sob a forma lexical (vocabular)
ou sintática (frasal). O neologismo lexical pode constituir-se de: a) significante (forma
fônica) novo associado a conceito novo; b) significante novo e conceito já existente;
c) significante já existente e conceito novo (a exemplo de Tupã, Ñande Sy). Os
neologismos, muitas vezes, constroem-se com auxílio dos mecanismos usuais de
produção lexical, como a composição (justaposição, aglutinação, prefixação) e a
derivação, geralmente por sufixação, como Tupã Oga, casa de Tupã, e o Tupambaé,
terras/coisas de Tupã; Pãi Guaçu, “grande curador”, termo empregado para designar o
padre provincial. Ver: MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op. cit., p. 76.
218 BAPTISTA, Jean. Dossiês históricos do Museu das Missões: Volume II, op. cit., p. 127;
SUMÁRIO
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219 BAPTISTA, Jean. Fomes, pestes e guerras: dinâmicas dos povoados missionais em
tempos de crise (1610-1750), op. cit., p. 253.
220 DEL TECHO, Nicholas. Historia de la Provincia del Paraguay de la Compañía de Jesús,
op. cit., p. 275-276.
SUMÁRIO
221 MELIÁ, Bartolomeu. El guarani conquistado y reducido… op. cit., 1988, p. 13.
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222 BAPTISTA, Jean. Dossiês históricos do Museu das Missões: Volume II, op. cit.
223 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual… op. cit., p. 67.
224 FLECK, Eliane Cristina Deckmann. Desvendando o “mistério do ministério” -
SUMÁRIO
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225 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual… op. cit., p.240-217; SEPP, Antônio.
Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1943, p. 221 e 63.
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226 GINZBURG, Carlo. História noturna. São Paulo, Companhia das Letras, 1991, p. 37.
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PARTE II
PARTE II
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AS MINIATURAS COMO
CORRELATO DA PRÁTICA
228 Usa-se aqui o conceito no sentido proposto por Paula Monteiro (2010).
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229 VEYNE, Paul. Comment on écrit l’historie. In: Foucault révolutionne l’historie. 3 ed. Brasília,
UNB, 1995, p. 159
230 Ibidem, p. 163.
231 Esta orientação metodológica foi, em parte, inspirada na pesquisa de AGNOLIN, Adone.
SUMÁRIO
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232 HAUBERT, Máxime. Índios e jesuítas no tempo das Missões, op. cit., p. 50.
135
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233 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit.,1943, p.179.
234 Ibidem, p. 95
235 Ibidem.
SUMÁRIO
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137
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Altares improvisados
242 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual feita pelos religiosos, op. cit., p. 145.
138
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243 Escandón apud MELIÁ, Bartolomeu. El guarani conquistado y reducido, op. cit., 1988, p. 214.
SUMÁRIO
244 Cardiel em FURLONG, Guillermo S.J. José Cardiel S.J. y su Carta Relación (1747), op.
cit., p. 168.
139
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245 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política y económica...,, op.
cit., p. 66-67.
246 HAUBERT, Máxime. Índios e jesuítas no tempo das Missões, op. cit., p. 278.
SUMÁRIO
140
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248 ALVEAR, Diego de. Relación geográfica e histórica..., op. cit., p. 85.
SUMÁRIO
249 Ibidem.
141
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250 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política y económica..., op. cit., p.
47. O autor admira-se pelo fato de quecertas regras diziam para que “não se sentem nas
mesas senão os convidados, que devem ter ofício ou cargo, e nenhuma índia. Depois
de estarem sentados os índios, de frente para praça, vêm as mulheres e as filhas dos
convidados, cada uma com um prato de barro grande; colocam-no embaixo da mesa,
aos pés do pai ou marido, e se distanciam um pouco, mantendo-se de pé [...] todo
o tempo que dura a refeição, servindo ocasionalmente a alguns índios.” Depois das
convidadas comerem, as outras índias juntavam em um prato todas as sobras e as
levavam às suas casas para comer com seus familiares.
251 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1980, p. 187.
252 BAPTISTA, Jean. Dossiês históricos do Museu das Missões, op. cit., v. II, p. 95.
253 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Uruguai (1611-1758), op. cit., p. 184.
SUMÁRIO
254 BAPTISTA, Jean. Dossiês históricos do Museu das Missões, op. cit., v. II, p. 142.
142
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258 HAUBERT, Máxime. Índios e jesuítas no tempo das Missões, op. cit., p. 267.
259 Ibidem, p. 263. No entanto, tais usos pertencem ao movimento das miniaturas fora do
povoado e serão analisados adiante.
143
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145
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Nos povoados, o hábito foi construído como tudo que tem sentido
e historicidade. Na ameaça das doenças e pestes, a fitoterapia milenar
compartilhou domínios com imagens de santos. Desde Nossa Senhora
de Loreto, a ânua de 1637 faz referência a um feiticeiro convertido que, em
seu leito de morte, chamou ao cura e “tirou do peito uma bolsinha, onde
mantinha algumas coisinhas de devoção [...], e entregou ao padre”264.
Objetos apontados pelo clérigo como de “devoção” invariavelmente
pertenciam ao orbe católico, do contrário, seriam manifestações
do “demônio”. Tal operação constituiu uma metamorfose cultural
surpreendente. Xamãs acompanhados de suas ervas e representações
de santos e da Virgem, continuavam a proferir as “palavras sagradas”
e curativas sob o conhecimento dos padres jesuítas.265
263 Citado por “La Gaceta Mercantil” Nº 46, Montevidéu. 17 de abril de 1830. In: FAVRE,
Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio: Historia del éxodo guaraní-missionero al
Uruguay. Durazno: Tierra a Dentro: 2009, p. 125.
264 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op.cit., p. 203.
265 Nos primeiros anos, os jesuítas mantiveram a cautela na imposição de novas práticas,
SUMÁRIO
de modo que, tampouco falaram da pluralidade de mulheres, pois, “estando entre elas,
tão válida era a honra e grandeza, que seria fazer odioso o evangelho tocar aspecto tão
delicado”. In: ALVEAR, Diego de. Relación geográfica e histórica..., op. cit., p. 42.
146
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268 CARDIEL, José. Costumbres de los guaraníes. Historia del Paraguay desde 1747 a 1767.
MURIEL, Francisco. Madrid: V. Suárez, 1919, p. 474.
147
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269 Como exposto anteriormente, os três níveis básicos de organização eram: o tevy, ou da
família extensa; o teko’a, que consistia na aldeia, ou no conjunto de aldeias, e guará, a
SUMÁRIO
Além do povoado
272 Ver: GOLIN, Tau. A guerra guaranítica: como os exércitos de Portugal e Espanha
destruíram os Sete Povos dos jesuítas e índios guaranis no Rio Grande do Sul. Passo
Fundo: EDIUPF; Porto Alegre: UFRGS, 1999.
273 HERNANDEZ, Pablo. Organización social de las Doctrinas Guaraníes de la Compañía de
Jesús. Barcelona: Gustavo Gili Editor, 1913, p. 208.
O projeto de inserir o indígena num trabalho regular e que produzisse excedentes
foi marcado por dificuldades e resistências, conforme relatos recorrentes nas
correspondências ânuas e demais fontes. De acordo com Hernández, citando as
reclamações de Cardiel, para evitar o abandono das chácaras e a produção insuficiente
para o sustento do ano inteiro, “se mandava aos alcaides que percorressem as lavouras
de cada um, para observar se eram suficientes e estavam em bom estado”; ainda
assim, por vezes era necessário que o “cura saísse e vistoriasse” (HERNANDEZ, Pablo.
Organización social de las doctrinas guaraníes, op. cit., p. 208). Cf. SANTOS, Júlio R.
Quevedo. A regulamentação do trabalho indígena nas Missões Jesuíticas. Revista Latino-
Americana de História. Vol. 1, nº. 3, Março de 2012. Disponível em: http://projeto.unisinos.
SUMÁRIO
br/rla/index.php/rla/article/viewFile/66/44
274 HERNANDEZ, Pablo. Organización social de las Doctrinas Guaraníes op. cit., p. 208.
149
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275 PEYRET, Alejo. Cartas sobre Misiones. Buenos Aires: Imprensa de la Tribuna Nacional,
1881, p. 64 e 66.
150
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276 CHAMORRO, Graciela. Terra madura, yvy araguyje: Fundamento da palavra guarani.
Dourados/MS: Editora da UFGD, 2008, p. 165.
277 Escandon em FURLONG, S. J. G.: Juan de Escandón y Su Carta a Burriel, 1760. Buenos
Aires: Theoria, 1965, p. 97.
SUMÁRIO
278 CARDIEL, J. Breve relación de las misiones del Paraguay. In: HERNANDEZ, Pablo.
Organización social de las doctrinas guaraníes. Barcelona: Gustavo Gilli, 1913. v. 2, pág. 107.
151
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279 Kyrie é um vocativo de origem grega da palavra “Senhor”, traduzido livremente como
“ó, Senhor”, enquanto eleison é o imperativo aoristo do verbo “eleéo”, que designa
“ter piedade”, “compadecer-se”. No rito tridentino o Kyrie vinha recitado depois do
ato penitencial.
280 AZARA, Félix de. Viajes inédito de Don Félix de Azara, desde Santa Fé a la Asunción, el
interior del paraguay, y a los pueblos e Misiones. Revista del Rio de la Plata. Buenos Aires,
1873. p. 189 e 193.
SUMÁRIO
281 MELIÁ, Bartolomeu. El guaraní: experiencia religiosa. Asunción: CEDUC-CEPAG, 1991, p. 57.
152
ESTÁTUAS
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282 As soluções pensadas pelo cura para resolver os conflitos com os índios infiéis e recuperar
os cativos foram bastante elucidativas quanto ao relacionamento que estabelecia-se
entre indígenas fiéis e infiéis, bem como entre reduzidos e não-reduzidos. Primeiro,
chamou os guenoas cristãos da redução de Jesus Maria, solicitando-os para que
interviessem junto aos seus parentes infiéis, que se recusaram prontamente, “alegando
com demasiada energia” e que aquilo era um falso testemunho, sendo que haviam sido
outros, “os mbohas e yaros”, os responsáveis. Convidou o cura, então, os caciques das
imediações para uma conferência sobre caso, “os quais não recusaram vir; porém, por
melhor que fossem as argumentações, nada bastou para que escutassem”. Seguiu-se
a solução drástica da “guerra defensiva” contra os guenoas infiéis. In: MCA. Jesuítas e
bandeirantes no Uruguai (1611-1758), op. cit., p. 238-9.
283 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política y económica..., op. cit., p. 23.
284 O castigo infringido aos soldados que violassem as capelas era severo. Em março de
1756, quando os exércitos coligados luso-brasileiro e espanhol-platino passavam pelas
imediações do arroio Vacacaí-Mirim, “alguns peões castelhanos e portugueses boliam
nos trastes que haviam nas capelas dos índios”. Imediatamente, foi determinado que
“se daria em cada peão 100 açoites; e, sendo soldado, seis carreiras de vaquetas.
Sua Excelência [Gomes Freire de Andrada] ordenou de sorte que servisse de exemplo
aos mais: sendo peão, iria para galés; o que assim se distribuiu nas ordens”. FARIA,
José Custódio de Sá e. Diário da expedição e demarcação da América Meridional e
SUMÁRIO
das Campanhas das Missões do Rio Uruguai (1750-1761). In: GOLIN, Tau. A guerra
guaranítica..., op. cit., p. 447.
153
ESTÁTUAS
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285 A diferença entre ermida e capela não é substancial neste estudo. A ermida consiste
numa edificação realizada numa área rural, para uso dos moradores do local. No caso
das Missões Jesuíticas, as fontes denominam como capela estes espaços, sendo que,
a termo, designaria espaços de culto público, na constituição inicial de um povoado.
286 FARIA, José Custódio de Sá e. In: GOLIN, Tau. A guerra guaranítica..., op. cit., p. 493.
Os trabalhos de campo para demarcação do Tratado de Madri ocorreram entre os anos
1752 a 1759. São inúmeras as capelas citadas, a exemplo das referências: “Neste
Campo [de Santa Clara], achamos 3 ranchos de palha e um deles havia servido de
capela”. O mesmo ocorria no Campo das Vacas. “Achamos, neste Campo, 6 ranchos de
palha. Um deles era capela. Esta tinha mais algum asseio do que as capelas que até aqui
temos encontrado. Tem junto à porta uma cruz de pau, de altura de 6 palmos; e de fronte
da mesma, outra mais alta, distante 20 braças. Tem junto um curral e a porta da capela
fica para o sul” (p. 437 e 441). Além das capelas, os campos paraguaios já possuíam
oratórios rurais particulares, de forma que “no povoado de Itá, na estância de Don José
Garay, “há um oratório onde são rezadas missas”. Ver:
SUMÁRIO
PARRAS, Pedro José de. Diario y derrotero de sus viajes, 1749-1753. España, Río de la
Planta, Córdoba, Paraguay. Buenos Aires: Ed. Argentinas “Solar”, 1943, p.191.
154
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287 Lista de povoações e capelas das jurisdições do Uruguai e Paraguai, com as distâncias
entre si. C. 1762. In: Manuscritos da Coleção de Angelis – Do Tratado de Madri à
Conquista dos Sete Povos (1750-1802). Introdução, notas e sumário de Jaime Cortesão.
SUMÁRIO
Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1969. Doravante será feita referência como: MCA.
Do Tratado de Madri à Conquista dos Sete Povos (1750-1802), op. cit.
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A DINÂMICA DA RELAÇÃO
288 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit.,1943, p.179.
SUMÁRIO
289 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual feita pelos religiosos..., op. cit., p. 215.
158
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290 Termo cunhado por Philippe Descola. Em: DESCOLA, Philippe. La Nature Domestique:
Symbolisme et praxis dans l’écologie des Achuar. Paris: Maison des Sciences de
l’Homme, 1986.
291 Segundo Viveiros de Castro, Descola procura dessubstantivizar a oposição entre
natureza e cultura, diferenciando-a em modos prático-cognitivos distintos, conforme
os regimes sociais em que se acha imersa. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Os
pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana. Rio de Janeiro, v. 2, n.
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294 CHAMORRO, Graciela. Terra madura, yvy araguyje..., op. cit., p. 166.
295 Ibidem. Chamorro igualmente destaca que entre os Kaiová, um tipo de canto chamado
guahu ai é exemplo da profunda reverência aos animais. Nesses cantos, o mais
importante não é o que se canta, mas o cantar em si. Outro significado de guahu também
é “pranto”, e o canto é uma espécie de lamento ritual, um tipo de funeral pelos animais,
sua encomendação. Esses cantos são entoados geralmente antes de sair para a caça,
seja para enamorar/atrair o animal para a armadilha, seja para tornar impróspera a
intenção de outro caçador.
296 THOMAZ DE ALMEIDA, Rubem Ferreira. Do desenvolvimento comunitário à mobilização
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299 HAUBERT, Máxime. Índios e jesuítas no tempo das Missões, op. cit., p. 284.
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303 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821. Brasília: Senado
Federal, Conselho Editorial, 2002, p. 340-341.
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309 Para Chartier, a cultura não pode ser pensada sob a perspectiva de um legado recebido,
como transmissão de hábitos e costumes de uma geração a outra. Os objetos não são
simplesmente aceitos de modo passivo; eles não são recebidos como uma herança
perpetuada por uma tradição. Existe um processo de recepção, de apropriação cultural
dos objetos, que são utilizados de diferentes formas. CHARTIER, Roger. A nova história
cultural existe? In: LOPES, Antonio Herculano; VELLOSO, Monica Pimenta; PESAVENTO,
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310 Ibidem.
311 Conforme Derrida, todo fenômeno cultural envolve certo grau de tradição, que se
deve mediar com as ressalvas de Chartier. Os processos socialmente complexos,
de transmissão e comunicação envolvem os limites do subjetivo e do coletivo e as
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312 CLASTRES, Pierre. A fala sagrada. Mitos e cantos sagrados dos índios guarani. Campinas:
Papirus, 1990, p 112.
313 BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 158 e 168.
314 SOUZA, José O. Catafesto de; MORINICO, José Cirilo Pires. Fantasmas das brenhas
ressurgem nas ruínas: mbyá-guaranis relatam sua versão sobre as Missões e depois
SUMÁRIO
delas. In: KERN, Arno; SANTOS, Maria Cristina dos; GOLIN, Tau. Povos indígenas.
Coleção História Geral do Rio Grande do Sul. V.5 -. Passo Fundo: Méritos: 2009, p. 316.
168
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ASPECTOS DO PANTEÃO
MITOLÓGICO GUARANI
316 MELIÁ, Bartolomeu. El guarani conquistado y reducido, op. cit., p. 212. Sem grifo no original.
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317 A etnografia guarani é rica e com uma vasta produção. São importantes neste estudo as
contribuições de autores como: Curt Nimuendaju (1987), Pierre Clastres (1978, 1990 e
2004), Hélène Clastres (1978), Egon Schaden (1974, 1976, 1976a, 1989), Alfred Métraux
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321 CASTRO, Eduardo B. Viveiros de. Nimuendaju e os guarani. In: NIMUENDAJU, Curt
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322 Nos mitos pai-tavyterã, “Nosso Pai” a criou partindo o centro de sua coroa, ou jeguaka,
símbolo da humanidade masculina. Um de seus nomes sagrados é Jasukávy. “Nossa
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Mãe” não é neste novo ciclo o “principio ativo do universo”, do qual o Ser Criador se
alimenta. Ela é um ser finito, obra de “Nosso Pai”.
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325 Para Nimuendaju, “o incêndio universal, o dilúvio, os demônios animais, a dança da pajelança,
a ascensão – tudo isso é arquindígena – e encontra numerosas analogias em outras tribos”.
In: NIMUENDAJU, Curt Unkel. As lendas da criação e destruição do mundo como fundamentos
da religião dos apapocúva-guarani. São Paulo: Hucitec – EDUSP, 1987, p. 131.
326 CHAMORRO, Graciela. Teología guaraní, op. cit., p. 139.
327 O estreito vínculo de “Nosso Irmão Menor” - associado a Jacy, a lua, e representado por
ela – com “Nossa Mãe” também está evidente na ação de levar consigo para morada de
SUMÁRIO
seu pai todas as mulheres, pela associação do ciclo lunar com os tempos biológicos e
produtivos femininos.
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328 MELIÀ, Bartolomeu. Palestra proferida em 27/10/2010, no XII Simpósio Internacional IHU –
A Experiência Missioneira: Território, Cultura e Identidade, realizado pela Universidade do
Vale dos Sinos/RS; CHAMORRO, Graciela. Terra madura, yvy araguyje..., op. cit., p. 134.
329 O Ciclo dos Gêmeos, ou o mito da criação da segunda terra (Yvy Pyau/Terra Nova), foi
transcrito pela primeira vez em idioma guarani por Nimuendajú, em 1914. Intitulava-
se As lendas da criação destruição do mundo como fundamentos da religião dos
apapocúva guarani.
SUMÁRIO
330 CHAMORRO, Graciela. Terra madura, yvy araguyje..., op. cit., p. 162.
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331 SCHADEN, Egon. Aspectos fundamentais da cultura guarani, op. cit., p. 105.
332 CHAMORRO, Graciela. Terra madura, yvy araguyje..., op. cit., p. 146.
333 MELIÁ, Bartolomeu. El guarani conquistado y reducido: ensayos de etnohistoria.
Asunción: Biblioteca Paraguaya de Antropologia - CEUADUC, 1988, p. 97.
SUMÁRIO
334 ELIADE, Mircea. Imagens e símbolos: ensaios sobre o simbolismo mágico-religioso. São
Paulo: Martins Fontes, 1996
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335 SCHADEN, Egon. Aspectos fundamentais da cultura guarani, op. cit., págs 136 e 105.
SUMÁRIO
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339 LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem. São Paulo, Papirus: 1989, p. 24.
340 Ibidem, p. 31.
341 Ibidem, p. 34.
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344 CLASTRES, Pierre. A fala sagrada: mitos e cantos sagrados dos índios guarani. Campinas:
Papirus, 1990, p. 103.
345 LÉVI-STRAUSS, Claude. O pensamento selvagem, op. cit., p. 35.
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346 CHARBONNIER, Georges. Arte, linguagem, etnologia: entrevista com Claude Lévi-
Strauss. Campinas: Papirus, 1989, p. 63.
347 BELTING, Hans. Likeness and presence: a history of the image before the era of art.
Chicago: University of Chicago Press, 1997, p. 397 (tradução livre).
348 É importante destacar os estudos anteriores a estes, igualmente importantes à
construção de uma história da arte preocupada com os significados de seus objetos de
pesquisa. Historiadores da cultura como Jacob Burckhard (1818-1897) e Johan Huizinga
(1872-1945), interpretaram o Renascimento italiano e a baixa Idade Média holandesa,
associando imagens com textos da época, como representações e testemunhos da
sociedade. Aby Warburg (1866-1929) também seguiu metodologia similar, influenciando
historiadores da arte da escola que levou seu nome (Warburg Institute), como Fritz Saxl
(1890-1948), Erwin Panofski (1892-1968) e Edgar Wind (1900-1971). Esses são autores
SUMÁRIO
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349 FREEDBERG, David. El poder de las imágenes. Estudios sobre la historia y la teoría de la
respuesta. Madrid: Cátedra, 1989.
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350 Entre as artes liberais, estão a gramática, a retórica e a dialética (trivio) e a aritmética,
a geometria, a música e a astronomia (quadrivio), que, no seu conjunto, denotavam
manifesto prestígio àqueles que as praticavam.
351 Tal desprezo pelas artes manuais, entretanto, não são exclusividade da Idade Média. Já
na Grécia Antiga, encontramos referências acerca daqueles que se dedicavam a uma
atividade que tivesse como objetivo aperfeiçoar um objeto externo a si mesmo, isto é,
que deixasse de lado o desenvolvimento de sua própria intelectualidade e buscasse
aprimorar algo que viesse a se tornar um utilitário. Poucos eram os artesãos conceituados,
isto é, artesãos considerados artistas – com o prestígio do título. Tanto que o artista era
considerado um bánausoi na Grécia Clássica, isto é, aquele que se sustenta com o
trabalho de suas próprias mãos. Com exceção de alguns nomes célebres (Zeusi, Apelle,
Fidia), os artistas eram remunerados assim como os artesãos e outros trabalhadores
manuais: por relação de tempo, ou seja, conforme empenhavam tempo para constituir
suas obras, desconsiderando qualquer qualidade intelectiva que o artista tenha aplicado
na obra. Para que as artes visuais transpusessem estas barreiras que as diminuíam por
relacionarem-nas à ideia de subalternidade ao famigerado artesanato, foi necessário
instruir e intitucionalizar centros acadêmicos que viessem a reconhecê-las segundo
SUMÁRIO
outros estatutos de julgamento. Ver: PINELLI, Antonio. La Storia dell’Arte: Instruzioni per
l’uso. Bari: Editori Laterza, 2009.
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352 SCHMITT, Jean-Claude. O corpo das imagens: ensaios sobre a cultura visual na Idade
Média. Tradução de José Rivair Macedo. Bauru: Edusc, 2007. Discordando em alguns
aspectos de Hans Belting, Schmitt justifica que sua preferência pelo termo imagem
a propósito da Idade Média, não ocorre para fazer oposição ao termo arte, mas para
restituir-lhe todos os seus significados e domínios (p. 45).
SUMÁRIO
353 MELIÀ, Bartolomeu em palestra proferida em 27/10/2010, no XII Simpósio Internacional IHU
– A Experiência Missioneira: Território, Cultura e Identidade, realizado pela Universidade
do Vale dos Sinos/RS
185
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354 MCA. Do Tratado de Madri à conquista dos Sete Povos (1750-1802), op. cit., p. 21.
SUMÁRIO
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356 CHARBONNIER, Georges. Arte, linguagem, etnologia: entrevista com Claude Lévi-
Strauss, op. cit., p. 79.
357 CHARTIER, Roger. O mundo como representação. Estudos Avançados, vol. 5, nr. 11, jan/
abr. 1991, p. 173-191.
358 CHARBONNIER, Georges. Arte, linguagem, etnologia: entrevista com Claude Lévi-
Strauss, op. cit., p. 61.
SUMÁRIO
359 GOMBRICH, E.H. A história da arte. 16ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2008, p. 43. Sem
grifo no original.
187
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Barroco missioneiro?
188
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360 HAUSER, Arnold. História social da arte e da literatura. Tradução Álvaro Cabral. São Paulo:
Martins Fontes, 1973.
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363 Gian Lorenzo Bernini foi um artista pioneiro na criação da linguagem plástica barroca.
Suas obras foram altamente revolucionárias pelo movimento, os valores tácteis e a
SUMÁRIO
expressão dos rostos. De origem italiana, viveu entre os anos de 1598 e 1680. Foi
escultor, arquiteto e pintor.
192
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364 WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos fundamentais da história da arte. São Paulo: Martins
Fontes, 1996, p.73-87.
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Fig. 45: São José, 150 cm x 85 cm. Fig. 46: São José, 9 cm x 4 cm.
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Os números do acervo
365 JAVIER BRABO, Francisco. Inventarios de la expulsión de los jesuitas y ocupación de sus
temporalidades por decreto de Carlos III. Madrid: 1872, vol. II.
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366 COUTINHO, Maria Inês; VIEIRA, Mabel Leal. Inventário da Imaginária Missioneira. Canoas:
La Salle, 1993.
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368 NASCIMENTO, Anna Olívia do; OLIVEIRA, Maria Ivone de Avila. (Orgs). Bens e riquezas
das Missões. Porto Alegre: Martins Livreiro, 2008.
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Percentagem iconográfica
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A imagem da pura e limpa Concepção de Maria, chamada Virgen de los Treinta e Tres, é
uma talha de cedro americano, do século XVIII, talhada por guaranis das Missões Orientais,
venerada no Santuário-Catedral de Florida (Uruguai). Em 1779, a pequena imagem recebeu
de Antonio Dias, índio de Santo Domingo de Soriano, sua capela no Pintado. Em 1809, os
moradores se transladaram com sua patrona para San Fernando de la Florida. A cruzada
SUMÁRIO
libertadora dos Trinta e Três Orientais, em 1825, teve seu centro cívico em Florida.
204
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369 Não citados, porque não solicitou-se autorização para expor seus nomes.
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370 Nas miniaturas missioneiras não há indícios da utilização do chamado bolo armênico,
SUMÁRIO
usado a partir do século XVIII em Minas Gerais, Pernambuco e Bahia, como base de
preparação para o douramento.
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371 Lê-se no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada: “Guardai-vos, pois, de fabricar alguma
imagem esculpida representando o que quer que seja, figura de homem ou de mulher”
(Deuteronômio 4,16); “Tende cuidado para não esquecer a aliança que o Senhor, vosso
Deus, fez convosco, e não façais uma imagem esculpida, representando o que quer
que seja, como vos proibiu o Senhor vosso Deus”. (Deuteronômio 4,23); “Não farás
para ti imagem de escultura representando o que quer que seja do que está em cima no
céu, ou embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra” (Deuteronômio 5,8). E ainda
em Habacuque: “De que serve a imagem esculpida para que o escultor a talhe? E o
ídolo fundido, que só ensina mentiras, para que o artífice nele ponha a sua confiança,
fabricando divindades mudas?” (Habacuque: 2,18). In: BÍBLIA SAGRADA, op. cit.
372 A origem do “vulto sagrado de Edessa” está na narrativa de que Jesus teria enxugado
SUMÁRIO
seu rosto num pedaço de pano, no qual suas feições ficariam estampadas. O pano
haveria sido levado a Edessa e curado milagrosamente o rei Abgar.
208
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as imagens da Mãe de Jesus, dos anjos e dos santos, tanto nas igrejas
como fora delas. A imagem passava a ser valorizada como mediadora
entre a aparência e a realidade, o sensível e o suprassensível.373
373 A exemplo, os ícones de Cristo onde não se busca a representação de sua natureza
divina ou humana, mas sua encarnação.
SUMÁRIO
374 BOYER, Marie-France. Culto e imagem da Virgem. Tradução do original: La Vierge/ Culte
et image. São Paulo: Cosac & Naif Edições, 2000. p. 14.
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375 Assim observou Gruzinski, na introdução das práticas evangelizadoras na Nova Espanha,
sobre “o essencial da imagem no Ocidente”: imagem para recordar (“memória”);
imagem enquanto representação (“espelho”); e imagem para ser assistida, comemorada
(“espetáculo”). In: GRUZINSKI, Serge. A guerra das imagens..., op. cit., p. 135.
SUMÁRIO
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Invocações de Redenção
377 Conforme Manguel, “construímos nossa narrativa por meio de eco de outras narrativas,
por meio da ilusão do autorreflexo, por meio do conhecimento técnico e histórico, por
meio dos devaneios, dos preconceitos, da iluminação, dos escrúpulos, da ingenuidade,
da compaixão, do engenho. Nenhuma narrativa suscitada por uma imagem é definitiva
ou exclusiva, e as medidas para aferir a sua justeza variam segundo as mesmas
SUMÁRIO
circunstâncias que dão origem à própria narrativa”. MANGUEL, Alberto. Lendo imagens:
uma historia de amor e ódio. São Paulo: Companhia das Letras, 2001, p. 28.
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381 Em todas as imagens em que a cruz está presente, as medidas de altura e de largura
estão indicadas.
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cessou até que o padre “lhes fez sinal que bastava”. Entretanto, apesar
de toda a diligência, a procissão não teve poderes para modificar
aquele fenômeno de epidemia, usado pelos religiosos para colher
dividendos de fé: “nosso senhor deu o castigo como pai amoroso,
tirando todos um grande proveito desta enfermidade”.382
217
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alta, atada à cintura por uma faixa; com mangas largas e a parte inferior
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387 Ainda existe na tradição popular paraguaia a celebração kurusu jegua (cruz adornada),
geralmente representada por uma cruz talhada com motivos geométricos e policromada.
Durante os rituais do kurusu jegua, realizados no dia 3 de maio, as cruzes são retiradas
dos túmulos ou capelas funerárias pelos parentes dos mortos para serem guarnecidas
com panos bordados ou pintados a maneira de estolas. Depois, são colocadas em
SUMÁRIO
um altar no centro de uma cabana, construída de galhos e adornada com chipa (pão
de milho) e rosários de grãos de amendoim. O ritual do kurusu jegua começou a ser
registrado somente no século XIX. Ver ESCOBAR, Ticio. Santo e seña..., op. cit., 2008.
221
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222
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390 Com exceção de uma escultura componente do acervo do Museu Municipal Aparício
Silva Rillo, que mede 93 cm, com a cruz. Provavelmente, este fato se deva aos constantes
saques que sofreu a redução durante fins do século XVIII e todo o século XIX, como será
detalhado na Parte III.
391 Edvard Munch foi um pintor norueguês, precursor do expressionismo alemão, cujas
SUMÁRIO
223
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393 BAZIN, Germain O Aleijadinho e a escultura barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record,
1971, p. 54.
394 A Paixão caracteriza-se pelas passagens da: entrada em Jerusalém; última ceia; prisão;
julgamento e crucificação. O segundo momento consiste na Ressurreição e, o terceiro,
na Ascensão, quando Cristo “sobe aos céus”.
395 CARDIEL, José. Declaración de la verdad, op. cit., p. 171.
396 Idem.
397 Idem.
398 Essa passagem da Ressurreição se originou nos Exercícios espirituais de Inácio de
SUMÁRIO
Loyola, nos quais se narra o encontro de Cristo ressuscitado com sua mãe, como
primeira pessoa que vê Cristo glorioso.
224
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400 PELIKAN, Jayroslav. A imagem de Jesus ao longo dos séculos. São Paulo: Cosac e Naif,
2000, p. 106, 114.
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401 CHAMORRO, Graciela. Terra madura, yvy araguyje..., op. cit., p. 210.
402 Ibidem, p. 216.
SUMÁRIO
227
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404 SCHENONE, Héctor. Iconografía del arte colonial. Los Santos. Buenos Aires: Fundación
Tarea, 1992, v. 2, p. 500-504.
228
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229
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406 Sobre a vida de São João Batista, ver: NOVO TESTAMENTO. Mateus, 14, 3-12; Marcos,
6, 14-28; e Lucas 9,9. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.
407 SCHENONE, Héctor. Iconografía del arte colonial, op. cit., p. 501.
SUMÁRIO
408 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual…, op. cit., p. 57.
409 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1943, p. 62.
410 SCHENONE, Héctor. Iconografía del arte colonial, op. cit., p. 501.
230
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231
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411 SCHENONE, Héctor. Iconografía del arte colonial, op. cit., p. 674.
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como o hábito têm uma tarja pintada na orla. Calça sapatos pretos e
está sobre base arredondada e alta.
Invocações de cura
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412 ESCOBAR, Ticio. La maldición de Nemur. Acerca del arte, el mito y el ritual de los
indígenas Ishir del Gran Chaco Paraguayo. Asunción: Centro de Artes Visuales/Museo
del Barro, 1999, p. 114.
413 CHAMORRO, Graciela. Terra madura, op. cit., p. 273. Atualmente, benzedeiras da
SUMÁRIO
Campanha rio-grandense acreditam que a cura advém “das palavras” certas, que
aprenderam a pronunciar pelos ensinamentos dentro da tradição, iniciadas por expoentes
que garantem a rede da “hereditariedade”. Quem cura “são as palavras”.
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ESTÁTUAS
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indivíduos em 1732, restariam somente 74.159 em 1739. In: MCA- Centro Pesquisas
Históricas da PUCRS. Cx. 22. Doc 27.
236
ESTÁTUAS
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Fig. 72: Imagem de São Inácio. Óleo sobre tela de Jacopino del Conte, 1556.
418 Carta ânua de 1635 – 37. In: MAEDER. Ernesto J. A (introdução e notas). Cartas anuas
de la Provincia Jesuítica del Paraguay (1532-1634). Buenos Aires: Academia Nacional de
Historia, 1990, p. 132.
419 TELLECHEA, José Ignacio. Ignacio de Loyola: la aventura de un cristiano. Caracas:
SUMÁRIO
Compañía de Jesús, Universidad Católica Andrés Bello; Fundafesi, 1997, p. 17. Disponível
em: http://biblioteca2.ucab.edu.ve/anexos/biblioteca/marc/texto/RevistaAgora/Libros/
AAE0628_bv.pdf. Acesso em: 01/09/2013.
237
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
420 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op. cit, p. 92. Outros casos de curas
agenciadas por Inácio de Loyola podem ser lidas na p. 187.
421 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Uruguai (1611-1758), op. cit., p. 195.
422 Considerando as pesquisas realizadas por AFFANI, Flávia op. cit., 2002, p. 357-391 e
por COUTINHO, Maria Inês; VIEIRA, Mabel Leal. Inventário da imaginária missioneira.
Canoas: La Salle, 1993.
SUMÁRIO
423 SCHENONE, Héctor H. Iconografía del arte colonial. op. cit., p. 444.
238
ESTÁTUAS
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424 A sotaina é um hábito eclesiástico em forma de túnica larga abotoada na frente, presa
por uma faixa. Foi o uniforme obrigatório do clero no século XIX. Tem cor preta para os
sacerdotes, violeta para os bispos, vermelha para os cardeais e branca para o papa. Na
atualidade caiu em desuso.
425 A casula é uma vestimenta litúrgica larga, sem mangas, que cai sobre o peito e as costas
e que o sacerdote usa para rezar missas.
SUMÁRIO
426 O manípulo, inicialmente, era uma espécie de guardanapo, preso a um dos braços,
utilizado nos banquetes antigos. Mais tarde passou a ser utilizado como lenço, pelos
oradores. Na liturgia, consiste num ornamento feito de uma tira estreita de tecido, que o
sacerdote que celebra a missa usa no antebraço esquerdo, como símbolo de autoridade.
239
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
427 SCHENONE, Héctor H. Iconografia del arte colonial. op. cit., p. 445.
240
ESTÁTUAS
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Fig. 76: Imagem de São Francisco Fig. 77: Imagem de São Francisco
Xavier, 16,5 cm x 10 cm. Xavier, 15 cm x 5,2 cm.
428 MONTOYA, Antônio Ruiz de. Conquista espiritual…, op. cit., p. 195.
241
ESTÁTUAS
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242
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434 A mitra é um tipo de cobertura de cabeça fendida, consistindo de duas peças rígidas, de
formato aproximadamente pentagonal, terminadas em ponta.
243
ESTÁTUAS
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435 SCHENONE, Héctor H. Iconografia del arte colonial, op. cit., p. 596.
244
ESTÁTUAS
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436 PLÁ, Josefina. Las imágenes peregrinas - las migajas de una herencia. Asunción, 1975, p. 33
245
ESTÁTUAS
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437 Ocorriam nesse século em Roma perseguições aos cristãos orientadas, sobretudo, por
SUMÁRIO
Diocleciano e Maximiliano.
438 Sobre a história de Santa Luzia e outros santos, ver: PALACÍN S.J., Carlos; PISANESCHI,
Nilo. Santo nosso de cada dia, rogai por nós! São Paulo: Loyola, 1991.
246
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da bisneta do proprietário.
entre as representações
da ordem segurar o
Menino Jesus em pé.
247
ESTÁTUAS
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248
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439 SCHENONE, Héctor H. Iconografia del arte colonial, op. cit., p. 162 -163.
440 ALVEAR, Diego de. Relación geográfica e histórica..., op. cit., p. 66.
441 HENIS, Tadeo Xavier. Diario histórico de la rebelión y guerra de los pueblos guaranís,
situados en la costa oriental del río Uruguay, del año 1754. Buenos Aires: Imprenta del
Estado, 1836 (Coleção de Angelis).
442 A cogula monástica é uma túnica larga, símbolo de simplicidade e despojamento.
SUMÁRIO
443 O cíngulo é o cordão que prende a alva ou a túnica à altura da cintura. Simboliza a
vigilância, lembrando as cordas com as quais Jesus foi amarrado.
249
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250
ESTÁTUAS
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445 Ver: GALVÃO, Carmem Sílvia Machado; MESQUITA, Antonio. Santo Antônio, a realidade
e o mito. São Paulo: Vozes, 1996.
251
ESTÁTUAS
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446 Entrevista concedida à Jacqueline Ahlert e ao historiador Tau Golin na casa do proprietário,
em 20 de julho de 2010.
252
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
Roque foi “um dos santos antipestosos mais populares, cuja vida
pertence mais à lenda do que à história”.447 Teria nascido em Montpellier,
França, por volta de 1350, e falecido na mesma cidade, em 1379. Versões
diferentes da sua biografia o dão como morto naquele mesmo ano, mas
na Lombardia. Sabe-se, contudo, que teria falecido jovem.
447 SCHENONE, Héctor H. Iconografía del arte colonial, op. cit., p. 678.
448 Sobre a simbologia católica, ver: PROJA, Giovanni Battista. Imagens, relíquias e
SUMÁRIO
253
ESTÁTUAS
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449 Báculo é uma insígnia que imita um cajado, ao qual, às vezes, eram incrustadas pedras
SUMÁRIO
254
ESTÁTUAS
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Fig.93: Imagem de São Fig. 94: Imagem de São Fig.95: Imagem de São
Roque (vista lateral). Roque, 17 cm x 6,5 cm. Roque, 8,5 cm x 3,5 cm.
255
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451 COUTINHO, Maria Inês; VIEIRA, Mabel Leal. Inventário da imaginária missioneira,
op.cit., p. 61.
256
ESTÁTUAS
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452 SCHENONE, Héctor H. Iconografía del arte colonial, op. cit., p. 661-662.
453 Fonte do desenho de fragmento de cerâmica: http://proprata.com/guarani.
257
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456 O diadema é uma espécie de faixa ornamental, de metal ou de estofo, com que os
soberanos cingem a cabeça.
457 O pálio é um ornamento litúrgico feito com uma larga tira de tecido de lã, marcada com
seis cruzes, que o papa usa em ocasiões especiais. É também o signo distintivo dos
arcebispos.
458 Alva é um vestido litúrgico formado por uma longa túnica de pano branco com mangas
estreitas, presa à cintura por um cordão. Foi gradualmente sendo substituída pela alva
SUMÁRIO
com cogula, com mangas largas e manto com capuz, usado solto.
459 Sobrepeliz é uma espécie de alva de tamanho reduzido; chega o máximo na altura dos
joelhos, possui mangas largas e folgadas. Costuma ser de linho e pode ter rendas.
260
ESTÁTUAS
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460 Murça é uma pequena capa de cor violácea utilizada sobre o roquete, fechada na frente
SUMÁRIO
com botões.
461 BÍBLIA SAGRADA, op. cit., João: 21,7.
261
ESTÁTUAS
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463 Nome hispanizado do beato italiano Jacopo della Voragine, que viveu durante o século
XI e foi um hagiógrafo dominicano.
SUMÁRIO
263
ESTÁTUAS
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264
ESTÁTUAS
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467 Escandon em FURLONG, S. J. G.: Juan de Escandón y su carta a Burriel, 1760. Buenos
Aires: Theoria, 1965, p. 97
468 SCHENONE, Héctor H. Iconografía del arte colonial, op. cit., p. 475.
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469 SCHENONE, Héctor H. Iconografía del arte colonial, op. cit., p. 489.
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471 A túnica talar ou de extremidades era uma vestimenta cujas mangas iam até os pulsos
e, na parte inferior, chegavam até os pés.
269
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Invocações mediadoras
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473 SOUZA, José O. Catafesto de; MORINICO, José Cirilo Pires. Fantasmas das brenhas
ressurgem nas ruínas: mbyá-guaranis relatam sua versão sobre as Missões e depois
SUMÁRIO
delas. In: KERN, Arno; SANTOS, Maria Cristina dos; GOLIN, Tau. História Geral do Rio
Grande do Sul. V.5 - Povos indígenas. Passo Fundo: Méritos: 2009, p. 316.
271
ESTÁTUAS
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474 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1943, p, 203.
272
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273
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475 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit.,
1943, p. 160, 110.
274
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476 ETZEL, Eduardo. O barroco no Brasil: Psicologia e remanescentes em São Paulo, Goiás, Mato
Grosso, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São Paulo: Melhoramentos, 1974, p. 261.
275
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477 BOFF, Claudete. A imaginária guarani: o acervo do Museu das Missões. Santo Ângelo:
EDIURI, 2005, p. 145.
276
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277
ESTÁTUAS
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Acervo: Museu Vicente Pallotti. Santa Maria/ Acervo: Museo del Barro.Assunção/PRY.
RS. Procedente da Região dos Sete Povos.
278
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480 Sobre este uso ver: Darko Bozidar Sustercic, “El arte guaraní de las misiones jesuíticas y
SUMÁRIO
280
ESTÁTUAS
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481 ESCANDÓN, Juan. História da transmigração dos Sete Povos Orientais. Tradução de Arnaldo
Bruxel S.J. In: Pesquisas, História, n. 23. São Leopoldo, 1983, p. 92. A origem da noção
de animismo, para Edward B. Tylor, estava, sobretudo, nas experiências dos sonhos, que
teriam levado à crença de que a alma independia do corpo. O sonho com pessoas já
mortas indicava a existência de um aspecto insubstancial dos seres. Nesse pensamento,
a aparição e a interação com os seres (ancestrais, animais, fantasmas, espíritos etc.)
em sonhos convertiam-se em realidade vivida. Há, nas sociedades indígenas, um papel
cultural do sonho e da complexa teoria onírica que se reporta à ação humana, cujas formas
como as pessoas se apresentam nos sonhos atingem qualidades validadas na vivência. O
encontro do índio com os santos em sonhos fortaleceria e legitimaria sua crença na imagem.
Guardadas as devidas ressalvas quanto ao discurso redutor, nas narrativas de Montoya são
SUMÁRIO
281
ESTÁTUAS
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483 Idem. Sobre estas definições, ver também: CADOGAN, León. Ayvu rapyta, op. cit., p. 94.
484 DOBRIZHOFFER, Martin. Historia de los abipones, op. cit., p.122.
485 BAPTISTA, Jean. Dossiês históricos do Museu das Missões, op. cit., Vol. II, p. 127.
282
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486 BAPTISTA, Jean. Fomes, pestes e guerras..., op. cit., 2007, p. 252.
SUMÁRIO
283
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489 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
SUMÁRIO
284
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492 AUWEILER, Johann. Memorias del P. Florian Paucke, op. cit., p. 96-97.
493 MCA. Jesuítas e bandeirantes no Tape (1615-1641), op. cit., p. 43 e 180.
285
ESTÁTUAS
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494 REINGOLD, Paula Verónica. Nuestra Señora de los Milagros de Caacupé. Buenos Aires:
Santa María, 2000. O índio escultor pertencia a redução franciscana de Tobatí. Entre
a construção de sentido religioso, a narrativa expõe a oposição entre dois grupos
indígenas. De um lado, os guaranis cristianizados pelas missões religiosas de jesuítas e
franciscanos, que com sua língua e cultura representam a grande matriz étnica e cultural
do povo paraguaio. De outro, seus inimigos históricos, os mbaya guaicurus, índios cujos
descendentes kadiweu estão em território brasileiro.
SUMÁRIO
495 BOYER, Marie-France. Culto e imagem da Virgem. Tradução do original: La Vierge/ Culte
et image. São Paulo: Cosac & Naif Edições, 2000, p. 13.
286
ESTÁTUAS
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496 O grande templo da deusa – uma das sete maravilhas do mundo antigo – foi queimado e
destruído por godos. Éfeso foi igualmente o local da primeira biblioteca pública conhecida.
SUMÁRIO
Sua fundação remonta ao ano 1000 a.C. Foi uma das cidades do Império Romano onde
o cristianismo mais se difundiu. O culto às deusas mães agregou influências hititas, com
a divindade Arinna; da Anatólia, com Cibele; e, posteriormente, grega, com Artemis.
287
ESTÁTUAS
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Estima-se que foi por volta dos séculos II ou III que apareceram os
primeiros mosaicos e pinturas murais que dão corpo e rosto à Virgem.
São os ícones inaugurais. Em 431, quando o concílio de Éfeso declarou-a
oficialmente mãe de Deus, o culto à Virgem já era muito popular.497 Entre
as primeiras figurações da Virgem, conhecidas até o presente momento,
estão afrescos realizados em catacumbas (locais que serviam de cemitério
subterrâneo aos primeiros aderentes do cristianismo), em Roma.
497 Para mais informações sobre a iconografia da Virgem, ver: BOYER, Marie-France. Culto
e imagem da Virgem. Tradução do original: La Vierge/ Culte et image. São Paulo: Cosac
SUMÁRIO
& Naif Edições, 2000; e também SOUZA, Maria Beatriz de Mello e. Mãe, mestra e guia:
uma análise da iconografia de Santa’Anna. Disponível em: www.ppghis.ifcs.ufrj.br/media/
topoi5a10.pdf. Acesso em 03/08/12.
288
ESTÁTUAS
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498 Outras representações da Virgem podem ser encontradas em: ZANON, Frei Darci.
SUMÁRIO
Nossa Senhora de todos os nomes: orações e histórias de 260 títulos marianos. São
Paulo: Paulus, 2005.
289
ESTÁTUAS
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ícones de oratório (fig. 128). Seja na intensidade dos panejamentos e gestos da Virgem, seja
no emprego de técnicas elaboradas, como o douramento, ou na seleção dos atributos da
representação, os excessos vão gradualmente sendo lapidados.
291
ESTÁTUAS
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292
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etnografia de los avakue- chiripa del Paraguay oriental). Asunción: Centro Paraguayo de
Estudios sociológicos, 1986.
504 CHAMORRO, Graciela. Terra madura, yvy araguyje..., op. cit., p. 114.
294
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505 A autora cita o catecismo traduzido por Luis Bolaños e adverte que “esse Catecismo
era instrumento oficial para a catequese dos aborígines do Vice-Reino do Peru. Não se
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Museo Histórico
Acervo: Museu Monsenhor Acervo: Museo Regional Aníbal
Andrés Guacurarí.
Estanislau Wolski. Santo Cambas. Posadas/ARG.
Antônio das Missões/RS.
Posadas/ARG.
SUMÁRIO
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300
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O presépio se constituía com nove ou mais imagens: São José, a Virgem Maria, o Menino Jesus, os
três Reis Magos, três ou mais pastores e alguns animais. Representações de presépios completos
são raríssimas nos remanescentes das doutrinas. Geralmente, as imagens estão espalhadas por
SUMÁRIO
acervos diversos (públicos e particulares). Assim, são relativamente comuns imagens de Jesus Me-
nino, Virgens denominadas como “de presépio”, pela postura que reportam; animais, em especial,
ovelhas; eventualmente pastores e esculturas de magos e/ou santos.
304
ESTÁTUAS
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Acervo: Museo Sin Fronteras. Rivera/URY. Acervo: Museo Sin Fronteras. Rivera/URY.
506 O conjunto da Anunciação é formado, geralmente, pelo Arcanjo Gabriel, pela Virgem de
Nazaré e, às vezes, pela figura do Espírito Santo, representado por uma pomba.
305
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507 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1943. p. 101.
508 HAUBERT, Máxime. Índios e jesuítas no tempo das Missões, op. cit., p 249.
306
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509 SEPP, Antonio, S.J.. Continuación de las labores apostólicas: edición crítica de las obras
del Padre Antonio Sepp S.J., misionero en la Argentina desde 1691 hasta 1733. Buenos
Aires: EUDEBA, 1973.
307
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510 MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma historia de amor e ódio. São Paulo: Companhia
das Letras, p.123.
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ESTÁTUAS
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Fig. 155: Imagem de Nossa Senhora Fig. 156: Imagem de Nossa Senhora
da Piedade, 9,8 cm x 4,5 cm. da Piedade, 13 cm x 7 cm.
512 Variações também ocorreram nas cores que deveriam representar a Virgem: “A Idade
Media codificou várias vezes o espectro das cores da Virgem Maria, a cor do céu depois
que as nuvens da ignorância se dissiparam, o cinzento dos restos mortais simbolizava
o luto e a humildade, e tornou-se a cor do manto de Cristo em representações do Juízo
Final”. In: MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma historia de amor e ódio, op. cit., 50.
309
ESTÁTUAS
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513 JUNG, Carl G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. V. IX/I. Petrópolis: Vozes, 2000.
310
ESTÁTUAS
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sobre os joelhos, o rosto do menino está virado para nós, sua mão
esquerda está no seio dela, ao passo que outra figura, talvez um anjo,
aponta para uma estrela, acima do conjunto.514
514 MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma historia de amor e ódio, op. cit., 63.
Provavelmente a primeira figuração da concepção de Maria tenha sido uma pintura
realizada pelo renascentista italiano Carlo Crivelli, em 1492.
515 Manguel acrescenta: “A imagem de uma deusa que amamenta é antiga e universal:
Ishtar na Mesopotâmia, Dewaki amamentando Krishna na Índia, Ísis no Egito e muitas
outras. A imagem da Virgem cristã e do Menino Jesus, sem dúvida, deve muito a essas
imagens mais antigas.” In: MANGUEL, Alberto. Lendo imagens: uma historia de amor
e ódio, op. cit., 63.
516 ELIADE, Mircea. Imagens e símbolos: ensaios sobre o simbolismo mágico-religioso, op.
SUMÁRIO
cit., p. 161.
517 É preciso atentar, contudo, para o aspecto matrifocal da sociedade guarani patriarcal,
quando necessidades vitais dependiam da ação feminina.
311
ESTÁTUAS
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519 GRUZINSKI, Serge. A guerra das imagens: de Cristóvão Colombo a Blade Runner (1492-
2019). Trad. Rosa F. d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, 182.
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A grande avó
313
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314
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520 SEPP, Antônio. Viagem às Missões Jesuíticas e trabalhos apostólicos, op. cit., 1980, p. 193.
315
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PARTE III
PARTE III
SUMÁRIO
316
ESTÁTUAS
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AS MINIATURAS NO PROCESSO DE
DISPERSÃO DOS MISSIONEIROS
Maria Bethânia
Geographico Brasileiro. Rio de Janeiro: Typographia de D.L. dos Santos, 1842, tomo
quarto, publicado entre as p. 331-349, p.335.
317
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de las misiones guaraníes (1702-1767). In: Estudios Paraguayos, vol. II, nº 1. Asunción:
Universidad Católica Nuestra Señora de la Asunción, 1974.
319
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320
ESTÁTUAS
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321
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529 Em doze de fevereiro de 1761, o Convênio de El Pardo anulou o Tratado de Madri, em função
da Guerra Guaranítica e atritos entre as comissões demarcadoras portuguesas e espanholas.
530 Segundo a variação das estimativas presentes na documentação. Ver: GOLIN, Tau. A
Guerra Guaranítica...,op. cit., 1999.
531 Em 1757 Gomes Freire ordena a fragmentação do contingente indígena da aldeia de
São Nicolau do Rio Pardo, formando os aldeamentos de São Nicolau do Jacuí, e o da
Aldeia dos Anjos. AHRGS - ARQUIVO HISTÓRICO DO RIO GRANDE DO SUL. Os índios
D’Aldeia dos Anjos: Gravataí século XVIII. Coordenação Rovílio Rosa e Nilo Salvagni.
Porto Alegre: EST, 1990.
SUMÁRIO
322
ESTÁTUAS
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323
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
324
ESTÁTUAS
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que se oferece, e que seria bom cerlabar-lhes [dar-lhes] algum jornal para ajuda de seu
vestuário e das suas famílias”. Ibidem.
325
ESTÁTUAS
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o peso que lhe fazem os ditos índios”. O consumo anual de reses com
a alimentação indígena ficava em torno de sete mil animais.539
540 AHRGS. Os índios D’Aldeia dos Anjos: Gravataí século XVIII, op. cit.
326
ESTÁTUAS
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1974, p.258. O autor é categórico em afirmar que são muitos os elementos que favorecem
a suposição de trabalhos dos índios ou de seus descendentes em obras de talha no Rio
Grande do Sul, lembrando o que constatou Auguste de Saint-Hilaire, em 1821.
327
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Brasil. Rio de Janeiro: Tipografia de Pinheiro, 1879, tomo XLII, parte dois, p. 122-123.
544 WILDE, Guillermo. Poderes del ritual y rituales del poder… op. cit, p. 183.
545 HERNÁNDEZ, Pablo. Organización social de las doctrinas… op. cit, p. 35-39.
328
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Perez, 1872. In BAPTISTA, Jean, e SANTOS, Maria Cristina dos. Dossiês históricos do
Museu das Missões. Volume III: As ruínas: a crise entre o temporal e o eterno. São Miguel
das Missões: Museu das Missões-IBRAM, 2010, p. 49-50.
329
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330
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
549 Para Wilde, os indígenas tiveram um papel fundamental na transição do novo governo,
construindo com o governador uma relação sustentada por intercâmbios simbólicos. A
expulsão dos jesuítas marcou, por um lado, a intenção por parte dos líderes guaranis
de reconstruir uma relação degradada com o monarca espanhol depois da Guerra
Guaranítica e, por outro lado, um esforço das autoridades indígenas enfraquecidas por
reordenar o mapa político de seus povoados ascendendo posições e obtendo créditos
derivados da nova situação. Sua argumentação se ancora em três elementos de análise:
o vínculo de reciprocidade que construíram o governador de Buenos Aires e os líderes
guaranis durante o processo de expulsão; a atualização da figura simbólica do rei no
contexto missional, por meio do reestabelecimento dos símbolos que o representavam; a
relação entre jesuítas e líderes indígenas vigente no momento em que se deu a expulsão.
WILDE, Guillermo. Religión y poder en las misiones de guaraníes. Buenos Aires: SB, 2009.
550 “Recomenda-se que em cada povoado mantenha-se a nomeação de um corregedor
índio, dois alcaides, quatro conselheiros, um alferes real, dois alcaides de irmandade
e um procurador, com outros ofícios correspondentes a igreja, como um sacristão, três
cantores e dois fiscais, que cuidem daqueles ministérios que lhes competem. Estas
SUMÁRIO
eleições serão confirmadas pelo governador do povoado” In: DOBLAS, Gonzalo de.
Memoria histórica, geográfica, política y económica..., op. cit., p. 17.
331
ESTÁTUAS
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551 WILDE, Guillermo. Religión y poder en las misiones de guaraníes, op. cit., p. 198.
552 Entre 8 a 10.000 indivíduos, conforme registrou o governador Gonzalo Doblas. “Se pode
computar que neste momento estão fora de seus povoados pelo menos a oitava parte de
naturais que existem”. Reconhece que toda essa dispersão foi causada pelas disputas
e inimizades entre curas e administradores. In: DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica,
geográfica, política y económica..., op. cit., p. 35 e 38.
553 Alguns guaranis, durante o êxodo promovido por Rivera, também se estabeleceram no Arroio
de la China (povoado localizado no atual município de Concepción del Uruguay). Conjectura-
se a hipótese de já haver grupos de guaranis no local quando da chegada destes indivíduos.
SUMÁRIO
554 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política y económica..., op. cit., p. 5 e 35.
332
ESTÁTUAS
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555 CAMARGO, Fernando. O Malón de 1801: a Guerra das Laranjas e suas implicações na
América meridional. Passo Fundo: Clio, 2001, p.187.
556 A tabela consta em CAMARGO, Fernando. O Malón de 1801..., op. cit., p.183. A estatística
teve como fonte o Archivo General de la Nación (Montevideo). Colección André lamas.
“Estatística de lós Pueblos de las Misiones del Paraná y del Uruguay”. Legajo 6
SUMÁRIO
557 CAMARGO, Fernando. O Malón de 1801..., op. cit., op. cit., p. 184
333
ESTÁTUAS
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558 A redução de Nossa Senhora de Belém e as reduções de San Joaquín e San Estanislao
foram anexadas ao governo de Assunção.
559 WILDE, Guillermo. Religión y poder en las misiones de guaraníes, op. cit., p. 265.
SUMÁRIO
560 Ibidem, p. 266. Em 1803, Misiones tinha um governador político e militar separado das
intendências de Buenos Aires e do Paraguai.
334
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
561 Idem.
562 ALVEAR, Diego de. Relación geográfica e histórica..., op. cit., p. 93.
563 Do mesmo modo, o êxodo espontâneo deve ser relativizado, como demonstram os
indicadores da guerra de 1801 e das décadas posteriores, ao mesmo tempo em que é
possível vincular a não resistência à tomada das Missões Orientais pelos luso-brasileiros
SUMÁRIO
335
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
564 BAPTISTA, Jean e SANTOS, Maria Cristina dos. Dossiês históricos do Museu das
Missões. Volume III, op. cit., p. 59.
SUMÁRIO
336
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
567 DOBLAS, Gonzalo de. Memoria histórica, geográfica, política y económica..., op. cit., p. 36.
568 GAY, João Pedro. História da República Jesuítica do Paraguai, desde o
descobrimento do Rio da Prata até nossos dias, ano de 1861. Revista do Instituto
SUMÁRIO
337
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
A POSSE LUSO-BRASILEIRA
569 A remanescência dos cultos, em especial das festividades, e das imagens consta na
narrativa dos militares, políticos e administradores que exerceram mando na região,
tais como o tenente-governador D. Gonzalo de Doblas; o general Diego de Alvear; o
administrador geral Félix de Azara; o conde D´eu (Gastão de Orléans), entre outros.
570 Os 23 Povos restantes foram divididos entre os novos estados nacionais, processo que
se deu no contexto da Revolução de Maio, seguida da independência argentina (1810)
e da separação do Paraguai das províncias Unidas do Rio da Prata (1811).
571 A batalha foi no passo do rio Chuni (ou Churiebi). Lá a comitiva de Borges do Canto encontrou
aproximadamente trinta castelhanos e trezentos guaranis em trabalho de entrincheiramento,
comandados por Jose Manzuela Lascano. Em uma manobra que separou os dois grupos,
seus milicianos derrotaram os soldados sem que os índios participassem da refrega. Ver:
SUMÁRIO
GOLIN, Tau. A Fronteira. Governos e movimentos espontâneos na fixação dos limites do Brasil
com o Uruguai e a Argentina. Porto Alegre: L&PM, 2002. Vol I, p. 193.
338
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
572 Nessa fase da marcha, Borges do Canto foi alcançado pela tropa de Maneco Pedroso,
após ter retornado à sua estância no Sarandi para deixar o espólio de gados tirados dos
“estabelecimentos dos povos de São Lourenço e São Miguel”, em especial da estância
de São Pedro. Para maiores detalhes sobre a ocupação, ver: GOLIN, Tau. A Fronteira.
Vol. I, op. cit., e CAMARGO, Fernando, O Malón de 1801: a Guerra das Laranjas e suas
implicações na América meridional. Passo Fundo: Clio, 2001.
573 SILVA, Thomaz da Costa Corrêa Rabello da. Memória sobre a Província de Missões. In:
SUMÁRIO
339
ESTÁTUAS
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574 SILVA, Thomaz da Costa Corrêa Rabello da. Memória sobre a Província de Missões, op.
cit., 157. Conforme os cálculos de Rabello da Silva, naquele momento havia 7.450 índios
nas antigas reduções. O comandante expõe inúmeros mitos sobre a organização das
doutrinas, a capacidade intelectual indígena e as intenções inacianas. Percebe-se que
a cristalização de alguns paradigmas já se insinuava com força naquele período e são
evidentes em afirmações como: “tiveram os padres a arte de persuadir os índios de que
eram santos [...], os persuadiram de muitas superstições”; “tiravam ouro [os índios] e
o conduziam em procissão para a igreja [...], de noite [os curas] pegavam o ouro dos
sacos e o substituíam por verônicas de latão, e persuadiam os índios que por efeito
das orações e bênçãos Deus tinha feito o milagre de converter aquele metal”. Tamanho
devia ser o ardil dos jesuítas que “ainda hoje algum índio velho não querer revelar certos
artigos, recomendados pelos padres”. Ibidem, p. 160-161.
575 SILVA, Thomaz da Costa Corrêa Rabello da. Memória sobre a Província de Missões, op.
cit., p. 160 - 164.
SUMÁRIO
340
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
577 O processo de privatização das terras das estâncias missioneiras poderia ser resumido
assim: em primeiro lugar, os particulares arriavam o gado existente; depois, pediam
permissão para se estabelecer nas terras “devolutas” das próprias estâncias, povoando-
as, provavelmente, com o gado missioneiro ou com o gado arriado na Banda Oriental;
por último, pediam as estâncias por sesmaria, podendo mesmo negociá-las com outros
proprietários de gado. Ver: MENZ, Maximiliano. A integração do guarani missioneiro na
sociedade sul-rio-grandense. Disponível em: http://www1.capes.gov.br/teses/pt/2001_
mest_unisinos_maximiliano_menz.PDF. Acesso em: 23/05/2012.
578 CESAR, Guilhermino. História do Rio Grande do Sul: período colonial. Porto Alegre: Globo, 1970.
579 Além do território pertencente a São Paulo compreender parte dos atuais estados do
Paraná e de Santa Catarina, no século XVIII, os paulistas já vinham instalando-se na
região do atual Rio Grande do Sul desde o fim da Guerra Guaranítica, principalmente
no espaço conhecido como “Escudo Rio-Grandense”, em especial, entre as cidades
de Cachoeira e Pelotas. Em 1774, a Expedição Vértiz visou expulsar os luso-brasileiros
daquele território, mas, em 1777 eles ocupam até os campos neutrais, como povoadores
civis, milicianos ou arregimentados. Foi dessa fronteira real que eles avançaram em 1801
para conquistar as Missões, até o rio Uruguai.
SUMÁRIO
580 Já o comandante Thomaz da Costa Corrêa Rabello Silva contabilizou este número como
o de indivíduos que permaneciam nos povoados. Ver nota 305.
581 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 331-332.
341
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
582 SÃO LEOPOLDO, Visconde de (José Feliciano Fernandes Pinheiro). Anais da Província
de São Pedro. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982, p. 157.
583 A representação dos portugueses dentro das reduções era análoga à figura do
próprio demônio. Tais comparações foram ancoradas, principalmente, pela ação dos
bandeirantes durante o século XVII. Exemplares dessa didática jesuítica encontram-se
na estatuária, onde, em inúmeros casos, a imagem de São Miguel Arcanjo aparece
subjugando um português, que faz as vezes do diabo.
Gomes Freire estava consciente das vantagens de arregimentar aquele contingente
de índios, tanto para ações bélicas como para a ocupação do território em disputa.
Conforme relatou o jesuíta Juan de Escandón, em História da transmigração dos Sete
Povos Orientais (1760): “os portugueses tratavam de maneira uniforme a todos os índios.
Valia isso dos chefes, cabos e soldados”. A resposta neófita, segundo José Custódio
de Sá e Faria, foi o reconhecimento de que “sempre andaram enganados” sobre os
SUMÁRIO
portugueses, “dizendo que não pode haver no mundo gente de tanto agrado, bom
coração e liberdade”. Faria em GOLIN, Tau. A Guerra Guaranítica..., op. cit., p. 509.
342
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
OS MISSIONEIROS, AS
MINIATURAS E AS GUERRAS
platense, por ser uma grande reserva de dóceis e experientes soldados, de mã-de-obra
qualificada e fonte de alimentos, erva, cereais, tecidos, tabaco.
343
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
585 FAUSTO DE SOUZA, Augusto. O marechal do exército Francisco das Chagas Santos pelo
major Augusto Fausto Souza. Revista Trimensal do do Instituto Histórico, Geographico e
Ethnographico do Brasil. Rio de Janeiro: Tipografia Universal de E. & H. Laemmert, 1883,
tomo XLVI, parte dois, p. 5-52, p. 22.
586 PEYRET, Alejo. Cartas sobre Misiones. Buenos Aires: Imprensa de la Tribuna
Nacional, 1881, p. 28.
SUMÁRIO
587 FAUSTO DE SOUZA, Augusto. O marechal do exército Francisco das Chagas Santos
pelo major Augusto Fausto Souza. RIHGEB, op. cit., p. 23.
344
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
588 KERST, Samuel. Die brasilische Provinz Rio Grande do Sul. In: NOAL FILHO, Valter
Antonio; FRANCO, Sérgio da Costa. Os viajantes olham Porto Alegre: 1754-1890. Santa
Maria: Anaterra, 2004, p. 64-65.
589 Ibidem. Ver em anexo: tabela da “Relação da prata e ornamentos pertencentes ao saque
feito aos insurgentes nos povos do lado occidental do rio Uruguay, no anno de 1817, e
que por ordem do marechal commandante da Província de Missões, conduzi á villa de
Porto-Alegre”. Pelo capitão José de Campos. In: RIHGB, Rio de janeiro, t. 30, vol. 34,
parte I, 1867, p. 209-215.
SUMÁRIO
590 A educação de Andresito foi bastante completa. Foi músico. Falava e escrevia espanhol,
português e guarani.
345
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
591 FAUSTO DE SOUZA, Augusto. O marechal do exército Francisco das Chagas Santos
pelo major Augusto Fausto Souza. RIHGEB, op. cit., p. 22.
592 Ibidem, p. 17.
593 Ibidem, p. 31.
SUMÁRIO
594 GAY, João Pedro. História da República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo
26, p. 634.
346
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
347
ESTÁTUAS
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596 OLIVEIRA, José Joaquim Machado de. Episódio de um diário das campanhas do Sul
(1818), op. cit., p. 335.
597 Saint-Hilaire alude a transitoriedade das tropas, que ora lutavam por Artigas, ora pelos
portugueses: “Nós os ouvimos cantar um hino composto durante a guerra, em honra de
Artigas. Na Europa, tal procedimento teria sido um crime; a tolerância dos portugueses
é tal que o comandante não deu ao fato a mínima atenção”. SAINT-HILAIRE, Auguste de.
Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 276-277.
598 “Das entranhas do latifúndio, gerado no processo de conquista do sudoeste rio-
grandense, e da guerra movida contra o Protetorado de Artigas, nascia o atual município
de Alegrete” (GOLIN, Tau. A Fronteira, op. cit., p. 298). Em 1817, o tenente-coronel José
de Abreu iniciou efetivamente a instalação de moradias. Três anos depois, a povoação
foi elevada à Capela Curada, abrangendo domínio eclesiástico sobre os territórios dos
SUMÁRIO
348
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
599 OLIVEIRA, José Joaquim Machado de. Episódio de um diário das campanhas do Sul
(1818), op. cit., p.335. Interferia na construção da capela o “sisudo capelão” da coluna.
Conforme Joaquim Machado de Oliveira, um “aventureiro no continente”, protótipo
de outros tantos religiosos do período colonial brasileiro. Praticava especulações
simoníacas, aproveitando-se de “um povo generoso e ingênuo, cheio de fé e de
crença”, granjeando mediante seu “sacerdócio impuro” um pecúlio em moeda e
“bestas para o próprio passal” (p. 333).
SUMÁRIO
600 Ibidem.
349
ESTÁTUAS
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602 Ibidem.
603 Ibidem, p. 336
350
ESTÁTUAS
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351
ESTÁTUAS
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352
ESTÁTUAS
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607 Esta planta é mencionada na Bíblia, por ocasião da Páscoa, quando os israelitas saíram
do Egito, e também é citada no momento da crucificação de Jesus: “havia ali um vaso
cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara
de hissopo, chegaram-lhe à boca. In: BÍBLIA SAGRADA, op. cit., São João, 19,29.
SUMÁRIO
608 OLIVEIRA, José Joaquim Machado de. Episódio de um diário das campanhas do Sul
(1818), op. cit., p. 342.
353
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
354
ESTÁTUAS
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611 Citações localizadas em OLIVEIRA, José Joaquim Machado de. Episódio de um diário
das campanhas do Sul (1818), op. cit, p.342-343.
355
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
356
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
Por fim,
Ao tambor que não cessou de rufar, congregaram-se vários
tangedores de viola e rabeca, e em breve tempo o mais
desentoado alarido de mistura com festivos hosanas difundiu-
se da aldeia à capela de Alegrete; e esta retumbante folia,
com um séquito numeroso de mulheres e crianças, trajados
de gala, e em cujos fuscos semblantes reluziam a alegria e o
contentamento, corria às ruas proclamando a aleluia. 614
613 Citações localizadas em OLIVEIRA, José Joaquim Machado de. Episódio de um diário
das campanhas do Sul (1818), op. cit., p.346-347.
SUMÁRIO
357
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
Segundo a tradição oral, esta imagem teria sido trazida pelos índios
missioneiros quando da fundação da primeira capela no atual município
de Alegrete, queimada por tropas artiguistas em 1816.
Encontra-se na igreja matriz Nossa Senhora da Conceição Aparecida de Alegrete,
protegida por “vidros a prova de balas”, devido as tentativas de roubo.
358
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
615 Saint-Hilaire, confirma a instalação dos guaranis no local: “A maioria desses índios
[soldados da guerra contra Artigas] foi encaminhada para a capela de Alegrete, onde,
SUMÁRIO
parece, ganharão terras”. SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul,
1820-1821, op. cit., p. 276-277.
359
ESTÁTUAS
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617 Auguste Saint-Hilaire foi um botânico, naturalista e viajante francês que esteve na região
das antigas reduções jesuíticas nos anos de 1820 e 1821.
618 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 331-332.
360
ESTÁTUAS
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621 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 340-341.
622 Ibidem, p. 362-363.
361
ESTÁTUAS
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362
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624 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 329-330.
363
ESTÁTUAS
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625 ISABELLE, Arsène. Viagem ao Rio da Prata e ao Rio Grande do Sul. 1833-1834. Brasília:
SUMÁRIO
364
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
627 Conforme denunciou Saint-Hilaire, durante o período que o marechal Chagas foi
comandante das Missões, “entre chácaras e estâncias”, acumulou oito propriedades,
SUMÁRIO
365
ESTÁTUAS
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629 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 335.
630 Ibidem.
366
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
367
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
634 FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio: Historia del éxodo guaraní-missionero al
Uruguay. Durazno: Tierra a Dentro, 2009. Nesta parte da pesquisa foram imprescindíveis
as contribuições do historiador uruguaio Oscar Padrón Favre, no que tange ao acesso
ao estudo desenvolvido por ele e sua equipe, aos documentos utilizados e às imagens
pertencentes ao acervo do Museu Casa de Rivera, sob coordenação do mesmo.
SUMÁRIO
635 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 276.
368
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
636 FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio, op. cit., p. 40 – 41.
SUMÁRIO
637 Ibidem.
369
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
638 O pacto de Avalos foi um acordo firmado por José Artigas em nome da Província Oriental,
com o governador da Província de Corrientes, Juan Bautista Méndez, em resposta ao
Tratado del Pilar. Sua autoridade não foi reconhecida por Francisco Ramírez (de Entre
Rios) e Estanislao López (de Santa Fé). Artigas, então, buscou o respaldo de outras
províncias argentinas integrantes da Liga Federal, e assinou com elas, em abril de
1820, um acordo ofensivo-defensivo que reconhecia Artigas como “Diretor da Guerra
e da Paz”. O pacto teve uma existência pouco mais que nominal, dado o caudilho ser
derrotado pelas forças luso-brasileiras, depois de quatro anos de luta, perdendo o apoio
dos seus aliados.
O tratado designava Artigas como “Protetor e Diretor dos pueblos”. Esses
acontecimentos explicam, em parte, por que no êxodo misioneiro de 1828 não
migraram somente indígenas dos Sete Povos Orientais, como também um grande
número de índios de vários Povos Ocidentais.
639 Carta particular ao J. G. Espinosa, quartel General Quarey, 3 de janeiro de 1829, em
Correspondencia del Gral. Fructuoso Rivera con Julián de Gregorio Espinosa RH T. XXX
Montevideo, 1960 a 1964. In: FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio, op. cit., p.
73. É certo que Rivera desejava impressionar as autoridades provisórias do Estado Oriental,
SUMÁRIO
pois da aceitação delas dependia todo seu futuro. Por isso não é de se duvidar que tenha
exagerado o número de pessoas e riquezas que se transportavam desde as Missões.
370
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
que vinha por terra – algo em torno de seis mil pessoas, de acordo com
Favre –, com as numerosas embarcações que baixavam pelo rio.640
371
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
644 Durante todo o período que existiu Bela União, os corregedores, tenentes corregedores
e caciques – integrantes dos cabildos missioneiros – mantiveram total vigência como
condutores civis de uma porção do povo missioneiro. Dirigiam os trabalhos, presidiam as
cerimônias religiosas e festas, administravam o patrimônio da comunidade e exerciam a
justiça quando os seus cometiam alguma falta. Os diversos documentos de época (1828-
34) aparecem sempre assinados pelas próprias autoridades indígenas: “Los Gefes de
los Siete Pueblos de las Misiones”, “Nosotros los Corregidores, Teniente Corregidores,
Caciques y Cabildos misioneros”, “Los corregidores, teniente corregidores, cabildos y
caciques que gozam nombre misionero”. Um documento datado em Bella Unión, em
maio de 1830, assinado pelas principais autoridades indígenas exiladas, assinala a
presença de 12 corregedores, 12 tenentes corregedores, 12 caciques e 12 alcaides.
Isto estaria indicando que o total de povos transmigrados seriam doze: os Sete Povos
Orientais, Yapeyú, Santo Tomé, La Cruz, Corpus e outro que até o momento não foi
identificado. In: FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio, op. cit., p. 95-96.
645 São Borja de Yi foi um povoado formado por indígenas missioneiros vindos, em sua
maioria, dos Povos Orientais, em especial de São Borja. Após estabelecerem-se
temporariamente em Bela União ou Colônia de Cuareim, foram remanejados por Rivera
para o centro do país, onde acabaram por dispersar-se entre a população da região.
SUMÁRIO
Para informações detalhadas sobre o tema ver: FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un
pueblo indio, op. cit.
372
ESTÁTUAS
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646 FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio, op. cit., p. 259.
373
ESTÁTUAS
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647 Relato de Isidore Aubouin, publicado em: FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo
indio, op. cit., p. 102-103.
374
ESTÁTUAS
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375
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
648 Relato de Isidore Aubouin publicado em: FAVRE, Oscar Padrón. OCASO DE UN PUEBLO
INDIO, op. cit., p. 102-103.
376
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
649 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 405 - 407.
Ao passar pela estância do Durasnal de São João da Coxilha do Morro Grande, Saint-Hilaire
observou que a estancieira “tem muitos índios em sua casa e se queixa amargamente da
indiferença deles”. Ao que observou: “Creio que não se deve estranhar muito a pouca
dedicação dos índios pelos patrões, já que são tratados como animais”. SAINT-HILAIRE,
Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 397-398.
650 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 391,
392. O cônego Gay informa que “algumas famílias de índios missioneiros que não
acompanharam a Rivera ou que regressaram do povo de Bella União formaram a
pequena aldeia de São Vicente debaixo da direção de um oficial brasileiro e ai cuidavam
SUMÁRIO
de uma estância regular, resto de suas antigas possessões [...]. Ainda hoje [1862]
se conservam satisfeitos na aldeia de São Vicente”. In: GAY, João Pedro. História da
República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo 26, p. 623.
377
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
651 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 395.
652 CHAVES, Antônio José Gonçalves. Memórias ecônomo-políticas sobre a administração
pública do Brasil. Porto Alegre: Erus, [1822-1823] 1978, p. 108.
SUMÁRIO
653 AVÉ-LALLEMANT, Robert. Viagem pela Província do Rio Grande do Sul (1858). Belo
Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Unesp, 1980, p. 272.
378
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
658 ISABELLE, Arsène. Viagem ao Rio da Prata e ao Rio Grande do Sul. 1833 – 1834, op.
cit., p. 196.
379
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
380
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
662 Idem.
SUMÁRIO
381
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
665 AVÉ-LALLEMANT, Robert. Viagem pela Província do Rio Grande do Sul (1858), op. cit., p. 243.
SUMÁRIO
382
ESTÁTUAS
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667 GAY, João Pedro. História da República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo 26,
p. 703. Não existe no acervo em exposição nos museus do Rio Grande do Sul nenhuma
imagem que corresponda a esta descrição. As hipóteses são de que esteja sob guarda
de uma coleção particular ou que tenha sido destruída.
668 AVÉ-LALLEMANT, Robert. Viagem pela Província do Rio Grande do Sul (1858), op. cit., p.
251. Patrício José Correia da Câmara participou da guerra de reconquista do Rio Grande
do Sul, de 1774 a 1777, tendo sido promovido ao posto de tenente-coronel do Regimento
SUMÁRIO
383
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
672 GAY, João Pedro. História da República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo 26,
p., 1863, p. 720-721.
384
ESTÁTUAS
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673 BAGUET. A. Viagem ao Rio Grande do Sul. Santa Cruz do Sul, op. cit., p. 76-77.
674 Ibidem, p.104.
SUMÁRIO
675 GAY, João Pedro. História da República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo
26, p. 623.
385
ESTÁTUAS
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676 D´EU, Conde (Gastão de Orléans). Viagem militar ao Rio Grande do Sul. Belo Horizonte:
Itatiaia; São Paulo: USP, [1865] 1981, p. 96.
SUMÁRIO
386
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
679 Ibidem.
SUMÁRIO
680 GAY, Cônego João Pedro. Invasão paraguaia na fronteira brasileira do Uruguai. Porto
Alegre: IEL; EST, [1865] 1980, p. 154.
387
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
681 D´EU, Conde (Gastão de Orléans). Viagem militar ao Rio Grande do Sul, op. cit., p. 117.
682 GAY, João Pedro. História da República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo 26,
p. 719-720. No anuário da Provincia do Rio Grande do Sul de 1891, lê-se: “O município de
São Borja consta de uma só paróquia, com a superfície de 384 km². A cidade e paróquia
de S. Borja é a sede do município. A demarcação urbana consta de 36 quilômetros
quadrados, com 589 prédios, sendo 191 cobertos de telha e 398 cobertos de palha
e mais 6 edifícios, que são: quartel da força de linha, câmara municipal, cadeia civil,
hospital militar, escola popular e igreja matriz. A população da cidade consta de 3.360
almas, sendo 3.127 nacionais e 233 estrangeiros. A população geral do município é
calculada em 6.000 habitantes. Pela revisão de 1887 contava o município 557 eleitores”.
In: Annuario da Provincia do Rio Grande do Sul para o anno de 1891. Publicado sob
direção de Graciano A. de Azambuja. Porto Alegre: Gundlak, 1891.
683 Maximilian Beschoren foi engenheiro, jornalista e meteorologista alemão. Esteve no Rio
Grande do Sul entre os anos de 1875 e 1887, e trabalhou como engenheiro em Santa
Cruz do Sul, Passo Fundo e Palmeira das Missões.
SUMÁRIO
388
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
soldados índios que só falavam o dialeto guarani”. In: BAGUET. A. Viagem ao Rio Grande
do Sul. Santa Cruz do Sul. RS: Editora da UNISC; Florianópolis: PARAULA,1997, p. 76.
389
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
688 O cônego J.P. Gay também menciona o roubo de crianças. In: GAY, João Pedro. História
da República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo 26, p. 612.
SUMÁRIO
689 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 305.
390
ESTÁTUAS
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692 SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem ao Rio Grande do Sul, 1820-1821, op. cit., p. 277
391
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
693 DIAZ, José Virginio. Viaje por la campaña oriental (1903). Situación del país antes de la
SUMÁRIO
392
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393
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697 Conforme Tau Golin: “Em princípio, no fenômeno desencadeado pelo Tratado de Santo
Ildefonso, os territórios banhados pelo Jacuí pertenciam a Portugal; os pelo Uruguai,
à Espanha. A diplomacia europeia concebera aquele curioso tratado de limites,
interpondo os campos neutrais para a suposta intocabilidade de seus súditos. Um
artifício condenado ao fracasso, pois pretendia retirar burocraticamente da fronteira
a sua condição de encontro e fricção. No futuro, as comissões demarcatórias não
se acertariam sobre a definição de diversos pontos da faixa neutral. Concretamente,
precisavam estabelecer duas linhas paralelas. As suas imprecisões carregavam as
causas de outra guerra no futuro. Os campos neutrais se transformaram na plataforma
para Portugal estender seus domínios para o sul e para o oeste; expandindo-se para o
ocidente, conquistou as Missões em 1801. Pelas armas, ao sul e ao oeste, estabeleceu a
linha fronteiriça pelos arroios Chuí e San Miguel, lagoa Mirim, rios Jaguarão, Santa Maria,
Ibicuí e Uruguai.” GOLIN, Tau. 1776: História da brava gente e miseráveis tropas de mar e
terra que conquistaram o Brasil meridional. No prelo, 2012.
SUMÁRIO
698 Fato contado para Peyret por Miguel Guarumba, índio missioneiro e ex-comandante
militar da Federação. In: PEYRET, Alejo. Cartas sobre Misiones, op. cit., p. 39.
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713 Idem. Sobre estes dados ver também: BELEM, João. História do Município de Santa
Maria 1797-1933. 3 ed. Santa Maria: Ed. da UFSM, 2000.
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índias”, quando tiveram que retornar para a sua Província de origem, e constituíram
famílias com elas. A cifra das que ficaram grávidas ou tiveram filhos é incalculável.
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715 MELO, Karina M. R. S. e. O aldeamento de São Nicolau do Rio Pardo: mobilidades guaranis
em tempos provinciais. In: Anais do Simpósio Temático “Os Índios e o Atlântico”, XXVI
Simpósio Nacional de História da ANPUH, São Paulo, 2011. Disponível em: http://www.
ifch.unicamp.br/ihb/SNH2011/TextoKarinaM.pdf
716 NEUMANN, Eduardo. A escrita dos guaranis nas reduções: usos e funções das formas textuais
indígenas – século XVIII. Topoi, v. 8, n. 15, jul.-dez. 2007, p. 49-79. Disponível em: http://www.
revistatopoi.org/numeros_anteriores/topoi15/topoi%2015%20-%20artigo3.pdf, p. 50
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conservados, certamente a teriam feito florescer. AHRS. Fundo indígenas. Diretoria geral
dos Índios. Correspondência ativa José Joaquim de Andrade Neves, 1º de janeiro de 1849.
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720 NEUMANN, Eduardo. Presença indígena na Guerra dos Farrapos: primeiras observações
(c.a 1831-1851). Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho
2011. Disponível em: http://www.snh2011.anpuh.org/resources/anais/14/1300410373_
ARQUIVO_ANPUH2011.pdf. Acesso em 02/04/2012.
SUMÁRIO
721 MELO, Karina M. R. S. e. O aldeamento de São Nicolau do Rio Pardo..., op. cit., p. 8.
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722 Relatório do vice-presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, João
Capistrano de Miranda Castro, na abertura da Assembleia Legislativa Provincial em 4 de
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723 FAVRE, Oscar Padrón. Ocaso de un pueblo indio, op. cit., p. 28.
724 MELO, Karina M. R. S. e. O aldeamento de São Nicolau do Rio Pardo..., op. cit.
725 AHPA – Arquivo Histórico de Porto Alegre. Relatório do vice-presidente da Província de
São Pedro do Rio Grande do Sul, Patrício Correa da Câmara, na abertura da Assembléia
Legislativa Provincial, 01 de outubro de 1857.
726 NEUMANN, Eduardo. Presença indígena na Guerra dos Farrapos: primeiras observações
(c.a 1831-1851). Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, julho
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727 Em seu livro A heresia dos índios, Ronaldo Vainfas sugere que Michel de Certeau,
originalmente, viu nas representações européias do Novo Mundo o esboçar de um
saber etnológico, a investigação que reconheceu o Outro cultural: “Certeau denominou
essa proto-etnologia quinhentista de heterologia, limiar de um saber e de um olhar
antropológico na cultura européia, ciente das dificuldades com que se depara o
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728 THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p.44.
729 LE GOFF, Jacques. Histoire et Mémoire. Paris: Editions Gallimard, 1988, p. 221.
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730 Toda a região entre os rios Camaquã e Piratini, afluentes do rio Uruguai, era
chamada de “Rincão do Camaquã”.
731 Esmeraldino José Marques. In: Jornal do Povo. Santo Antonio das Missões: 04/11/06.
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732 Ibidem.
733 Nesta época, já estava em vigor o Tratado Provisional imposto a Espanha, em 1681, que
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735 GAY, João Pedro. História da República Jesuítica do Paraguai, op. cit., RIHGN, Tomo
26, p. 718-720.
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estátuas, certo dia teria chegado “um sargento que havia participado da
736 RILLO, Apparício Silva. São Borja, em perguntas e respostas. São Borja: Coleção
Tricentenário, 1982, p. 15.
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738 Depoimento de Glória da Rocha gravado por Tau Golin em 1979. Acervo do Núcleo de
Documentação Histórica da Universidade de Passo Fundo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
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739 MARTINS, Maria Cristina Bohn. Sobre festas e celebrações. As reduções do Paraguai
(séculos XVII e XVIII). Passo Fundo: UPF/ANPUHRS, 2006, p. 195.
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742 Os dados foram retirados do inventário produzido por Francisco Bruno Zavala, publicados
em: NASCIMENTO, Anna Olívia do; OLIVEIRA, Maria Ivone de Avila. (Orgs). Bens e
riquezas das Missões. Porto Alegre: Martins Livreiro, 2008. Além dos mencionados, a
listagem de itens é extensa no que tange a casulas de brocado, com guarnição de ouro
e frontais com forro vermelho; casulas e capas bordadas com seda e ouro; panos de
tisú (tecido de fios de seda, prata e ouro); ternos bordados com ouro, etc. As centenas
de ornamentos foram divididas por cores: brancas, vermelhas, roxas, verdes, negras.
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Constam, também, inúmeros castiçais de prata, cálices, terços, rosários, anéis e demais
distintivos. Alguns quartos da área jesuítica, no primeiro pátio, tinham cortinas de seda.
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743 São base para estas citações Saint-Hilaire, Ave-Lallemant e Arsene Isabelle.
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744 ANDRADE apud ARAUJO, Emanoel. A singularidade de São Paulo. In: LEMOS, Carlos A.
C. A imaginária paulista. São Paulo: Edições Pinacoteca, 1999, p. 7.
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746 RILLO, Apparício Silva. São Borja, em perguntas e respostas. São Borja: Coleção
Tricentenário, 1982, p. 15.
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747 Entrevista concedida por Guido Henz (historiador, arqueólogo e um dos mantenedores
do Museu 25 de Julho, situado no centro de Cerro Largo), em 10/06/2010.
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748 COUTINHO, Maria Inês; VIEIRA, Mabel Leal. Inventário da imaginária missioneira. Canoas:
La Salle, 1993, p. 37.
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749 Ao museu, ainda poderiam ser acrescidas fontes escritas para a compreensão
inestimável do acervo.
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750 BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 170,
159 e 164.
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EDUSP, 1987.
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MEIOS DIGITAIS
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ANEXOS
Total 16 Total 6
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Total 2 Total 28
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particulares do Uruguai
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Imagens de presépio
Acervos de museus do Rio Grande do Su 1
Acervos particulares no Rio Grande do Sul
Museus e acervos particulares
5
do Paraguai
Museus e acervos particulares do Uruguai 3
Museus e acervos particulares
1
da Argentina
Total 10
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Santiago
Acervos de museus
do Rio Grande do Sul
Acervos particulares
no Rio Grande do Sul
Museus e acervos particulares
1
do Paraguai
Museus e acervos particulares do Uruguai
Museus e acervos particulares
da Argentina
Total 1
462
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
Museus e acervos
Museus e acervos particulares do Uruguai 1
particulares do Uruguai
Museus e acervos
Museus e acervos particulares da Argentina 1
particulares da Argentina
Total 3 Total 4
São Cristovão
Acervos de museus
do Rio Grande do Sul
Acervos particulares
no Rio Grande do Sul
Museus e acervos particulares do Paraguai 1
Museus e acervos particulares do Uruguai
Museus e acervos particulares da Argentina
Total 1
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Museus e acervos
Museus e acervos particulares do Uruguai 4
particulares do Uruguai
Museus e acervos
Museus e acervos particulares da Argentina 1 2
particulares da Argentina
Total 10 Total 9
particulares do Paraguai
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ANDARILHAS
Museus e acervos
Museus e acervos particulares do Uruguai
particulares do Uruguai
Museus e acervos
Museus e acervos particulares da Argentina 1
particulares da Argentina
Total 3 Total 3
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Imagens femininas
Santas 26 5,1%
Total 106 20,8%
Imagens masculinas
Imagens de anjos
Total 79 15,4%
Imagens zoomorfas
Total 8 1,6%
Total 18 3,6%
Fragmentos / objetos
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Total 64 12,5%
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Cálices 1 2 1 7 8 5 9 2 13
Tocheiros 2 2 2
Vasos para
3 1 1 6 3
óleos
2 (um de
1 de
Relicário ouro, outro 2 1 2
prata
de prata)
Sacras
3 3 3 1 terno 3 2 9 4 6
de altar
Custódia 1 1 1 1 2 1
23 (com
Casulas 40 37 69 29 23 41 20 9
estolas)
Capas de
9 26 15 17 10 4 13 8 13
asperges
Frontais 9 26 10 5 2 8 5
Palios 3 1 2 1 1 1
Alvas 15 7 11 8 7
Sobrepelizes 14 9 14 6 30
Sotainas de
4 18
sacristão
Pedra d’ara 1 1 1 1 1
Missaes
4 7 5 1 5 2
romanos
1 túnica de 2 casulas
SUMÁRIO
1 capa de
tafetá roxo, de 2 túnicas de
Roupas de veludo preto 1 casula
Nosso Senhor de vestir santos; 2
imagens e “mais de santo
dos Passos e 1 imagem mitras de
vestimentas”
de gorgorão santos
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2 (1 de Nossa 2 de
2 de Nossa
Coroas Senhora e 1 do 1 Nossa 2
Senhora
menino Jesus ) Senhora
1 cruz
com 1 cruz
1 cruz com
imagem; grande e 2 1 cruz
1 santo crucifixo e
1 de pequenas 1 cruz 1cruz com
Cristo de 1 de prata; 1
Nossa (de dar paroquial paroquial vidro,
Imagens marfim 1 Cristo 2 cruzes crucifixo
Senhora paz). e duas de e 3 de mais 2
com peças pequenas paroquial
com 1 Nossa dar a paz dar a paz cruzes
de prata de dar
vários Senhora da pequenas
a paz
vestidos Soledade
de seda
4 arrobas 6 arrobas 2 arrobas 2 arrobas 11
Peso em 2 arrobas 11 arrobas 3 arrobas e 4 arrobas e 7 arrobas
e 3,5 e 14 e 3,1 e 12 arrobas e
prata e 9 libras e 22 libras 18 libras 16,5 libras e 7 libras
libras libras libras libras 1,5 libras
1 Foi relacionada na tabela somente uma parte dos itens descritos pela relação.
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ÍNDICE REMISSIVO
A cosmovisão 13, 40, 129, 138, 144, 158, 160, 169,
acervos 12, 13, 15, 16, 28, 29, 34, 35, 37, 46, 91, 170, 177, 179, 256, 276
159, 201, 221, 252, 304, 341, 363, 372, 408, 411, cultura 12, 13, 14, 15, 21, 22, 23, 29, 31, 32, 36,
413, 424, 426, 433, 458, 459, 460, 461, 462, 463, 39, 40, 43, 45, 46, 69, 88, 91, 92, 97, 103, 106,
464, 465 108, 119, 159, 160, 165, 166, 168, 170, 171, 177,
agenciamento 13, 373 178, 180, 182, 185, 187, 189, 200, 217, 286, 293,
ameríndia 13, 80, 170, 293 303, 318, 345, 355, 400, 401, 408, 429, 430, 431,
análise 12, 16, 20, 28, 30, 31, 33, 37, 38, 42, 51, 436, 437, 446, 451, 452, 454, 455, 456
133, 183, 188, 200, 206, 207, 212, 225, 267, 288, cura 57, 100, 113, 139, 145, 146, 148, 169, 202,
292, 294, 320, 331, 347, 425, 432, 435, 454 212, 216, 234, 235, 237, 241, 253, 285, 295, 317,
ancestral 13, 43, 51, 92, 116, 168, 178, 211, 250, 380, 415, 421
293, 311, 437
apropriação 13, 22, 122, 124, 166, 178, 338, 382, D
411, 437 dinâmica 13, 15, 17, 22, 31, 36, 45, 107, 120,
arte 13, 14, 17, 18, 20, 21, 22, 24, 26, 29, 38, 39, 133, 158, 167, 170, 185, 189, 194, 264, 297, 318,
54, 58, 59, 74, 75, 80, 81, 83, 84, 87, 89, 90, 91, 337, 338, 341, 354, 408, 434
94, 99, 100, 102, 103, 106, 107, 109, 118, 147, dispersão 13, 14, 39, 279, 317, 318, 332, 340,
167, 180, 181, 182, 183, 184, 185, 187, 188, 189, 342, 377, 390, 437
193, 194, 195, 208, 211, 228, 230, 232, 233, 235, documentos 12, 16, 19, 39, 57, 113, 329, 368,
238, 240, 242, 244, 249, 253, 257, 263, 265, 268, 372, 424, 441
274, 280, 309, 320, 326, 327, 340, 345, 386, 389, doutrinas 12, 34, 35, 38, 83, 90, 94, 99, 102, 110,
396, 409, 413, 425, 426, 429, 430, 432, 434, 445, 126, 152, 231, 249, 272, 283, 291, 304, 305, 329,
448, 450, 451, 452, 454, 455, 456 335, 340, 343, 345, 376, 377, 389, 390, 395, 420
B E
bagagem 76, 135, 371 esculturas 12, 15, 17, 26, 29, 30, 32, 37, 46, 70,
73, 88, 95, 96, 98, 99, 100, 101, 102, 103, 106,
barroco 20, 25, 26, 27, 33, 49, 75, 76, 80, 81, 83,
84, 87, 90, 96, 98, 107, 112, 167, 188, 190, 191, 107, 113, 114, 115, 116, 117, 167, 172, 189, 191,
192, 193, 194, 197, 205, 210, 213, 223, 242, 274, 194, 196, 197, 201, 206, 207, 209, 211, 213, 224,
275, 280, 291, 327, 423, 425, 445, 451, 453, 455 233, 235, 247, 251, 259, 276, 278, 281, 289, 296,
biótipo 13, 206, 218, 229, 269, 274, 297, 305, 320304, 307, 314, 326, 336, 363, 411, 424, 430, 431,
434, 437, 466
C espacialidade 64, 75
católicos 13, 29, 31, 35, 45, 83, 89, 122, 126, estatuetas 12, 201, 207, 353, 426
134, 145, 158, 169, 211, 282, 287, 312, 437 estético 13, 27, 28, 111, 113, 125, 180, 182, 183,
celebração 83, 139, 148, 221, 227, 285, 293, 347, 195, 196, 282, 425, 437, 447
349, 350, 351, 358, 404 êxodo 63, 105, 132, 332, 335, 367, 368, 370, 377
circulação 13, 21, 22, 101, 110, 213, 426
Companhia 22, 36, 43, 45, 47, 48, 49, 50, 51, 74, F
77, 82, 83, 84, 89, 95, 99, 126, 130, 165, 169, fenômeno 12, 15, 35, 58, 88, 119, 147, 167, 176,
212, 237, 239, 308, 312, 319, 321, 352, 361, 387, 184, 189, 217, 281, 336, 360, 367, 389, 390, 394,
390, 396, 408, 409, 443, 446, 449, 450, 451, 452, 424, 428, 437
fontes 12, 15, 16, 17, 19, 22, 33, 34, 35, 36, 39,
SUMÁRIO
455, 456
contemporaneidade 14, 19, 196, 285, 408 42, 117, 335, 401, 408, 409, 424, 428, 433
fontes documentais 12
470
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
G imagens 12, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 27, 28, 29,
grafismo 13, 15, 257, 298, 320 30, 31, 32, 35, 37, 38, 42, 43, 46, 49, 50, 51, 61,
grupos 12, 13, 29, 31, 32, 34, 51, 52, 56, 62, 63, 79, 81, 84, 87, 88, 89, 90, 95, 98, 99, 100, 101,
76, 89, 124, 150, 172, 176, 186, 198, 235, 252, 102, 103, 105, 110, 111, 113, 114, 115, 117, 118,
281, 286, 318, 319, 332, 335, 338, 339, 340, 342, 120, 123, 125, 128, 129, 130, 133, 134, 135, 136,
346, 348, 367, 369, 370, 371, 380, 382, 388, 390, 138, 140, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 147, 149,
394, 409, 437 158, 159, 164, 165, 167, 181, 182, 183, 184, 185,
guarani 24, 25, 26, 27, 32, 35, 36, 51, 58, 60, 62, 186, 187, 188, 189, 192, 194, 195, 196, 197, 198,
64, 66, 69, 75, 86, 88, 89, 90, 91, 92, 96, 97, 98, 199, 200, 201, 205, 206, 207, 208, 209, 210, 211,
100, 105, 106, 107, 109, 110, 111, 112, 116, 117, 212, 213, 214, 217, 220, 221, 223, 224, 225, 234,
120, 121, 123, 125, 126, 127, 129, 139, 141, 144, 236, 238, 239, 242, 244, 245, 247, 249, 252, 255,
151, 152, 161, 162, 165, 167, 168, 169, 170, 171, 256, 260, 263, 265, 266, 267, 269, 272, 273, 275,
172, 174, 175, 176, 177, 178, 181, 184, 190, 194, 276, 277, 280, 284, 285, 286, 289, 290, 291, 292,
197, 210, 211, 213, 220, 223, 225, 227, 229, 242, 296, 297, 300, 304, 305, 306, 308, 309, 310, 311,
256, 257, 271, 274, 276, 281, 282, 286, 293, 295, 312, 314, 315, 317, 318, 321, 326, 327, 336, 337,
306, 311, 331, 339, 341, 345, 346, 349, 350, 354, 338, 350, 353, 355, 359, 361, 362, 363, 364, 367,
355, 362, 368, 371, 374, 377, 381, 387, 389, 391, 368, 371, 372, 373, 374, 376, 379, 382, 383, 384,
398, 401, 402, 403, 413, 416, 421, 446, 447, 451, 385, 387, 388, 389, 391, 399, 401, 404, 408, 409,
452, 453, 454, 455 410, 411, 412, 413, 414, 415, 417, 422, 424, 425,
guerra 18, 31, 54, 55, 89, 99, 113, 122, 137, 185, 426, 427, 429, 431, 432, 433, 434, 436, 437, 438,
197, 211, 249, 280, 312, 319, 321, 328, 335, 343, 439, 450, 451, 454, 458, 465, 466, 468
346, 347, 348, 356, 359, 367, 368, 383, 384, 385, indígena 12, 13, 14, 15, 24, 25, 26, 27, 28, 29,
391, 394, 407, 414, 431, 441, 442, 449, 450 34, 35, 43, 45, 46, 48, 54, 56, 61, 62, 64, 74, 79,
85, 91, 92, 97, 104, 105, 106, 119, 125, 129, 132,
H 135, 138, 150, 158, 160, 162, 167, 179, 185, 189,
hibridismos 13, 211 190, 193, 194, 196, 197, 201, 205, 206, 210, 211,
hipóteses 12, 29, 32, 383, 410 213, 217, 218, 223, 227, 255, 258, 262, 267, 271,
histórias 13, 207, 253, 289, 318, 320, 339, 408, 272, 274, 275, 281, 291, 292, 297, 298, 303, 305,
409, 424, 456 311, 312, 318, 319, 320, 321, 322, 325, 326, 329,
históricas 12, 15, 19, 21, 42, 47, 60, 118, 189, 331, 334, 335, 336, 337, 338, 340, 341, 343, 345,
190, 222, 245, 335, 344, 390, 409, 425 349, 353, 355, 361, 367, 379, 380, 384, 387, 389,
historicidade 14, 21, 34, 39, 43, 58, 69, 87, 133, 396, 405, 407, 421, 425, 426, 427, 428, 445, 449,
146, 208, 235, 293, 303, 335, 391, 408, 416, 426, 452, 453
434, 436 indígenas 15, 16, 18, 22, 25, 26, 28, 29, 31, 32,
histórico 12, 22, 24, 25, 38, 41, 58, 70, 90, 119, 33, 34, 35, 36, 38, 43, 47, 50, 51, 52, 53, 55, 56,
170, 171, 189, 194, 200, 201, 212, 249, 267, 280, 58, 59, 60, 61, 62, 67, 70, 72, 76, 77, 79, 80, 84,
292, 320, 363, 384, 389, 391, 408, 429, 432, 434, 86, 89, 90, 91, 92, 93, 96, 98, 105, 106, 109, 111,
436, 437, 442, 453 120, 123, 124, 125, 127, 129, 132, 134, 136, 139,
I 147, 148, 150, 158, 163, 164, 165, 167, 168, 169,
ícones 13, 29, 43, 49, 89, 90, 101, 158, 172, 194, 170, 172, 179, 181, 185, 188, 189, 191, 192, 193,
196, 207, 209, 210, 222, 271, 288, 291, 294, 359, 197, 201, 217, 227, 235, 238, 242, 256, 262, 271,
364, 372, 414, 427, 437 272, 277, 279, 281, 284, 286, 293, 294, 295, 312,
iconografia 12, 17, 19, 21, 25, 29, 30, 31, 49, 88, 317, 318, 320, 321, 331, 332, 334, 335, 336, 337,
90, 110, 111, 167, 178, 179, 184, 189, 192, 207, 342, 345, 356, 361, 366, 367, 369, 370, 371, 372,
210, 212, 219, 243, 247, 249, 251, 252, 253, 257, 376, 377, 386, 388, 390, 391, 392, 395, 397, 400,
259, 268, 271, 274, 277, 283, 288, 289, 302, 303, 403, 404, 405, 415, 416, 420, 421, 422, 423, 424,
425, 426, 428, 440, 448, 449, 452, 454
SUMÁRIO
471
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
319, 320, 331, 332, 336, 341, 346, 348, 354, 358, 252, 267, 268, 282, 318, 320, 328, 331, 347, 353,
359, 381, 386, 390, 391, 396, 401, 402, 404, 409, 403, 425, 427, 428, 435, 437
418, 428, 433 missioneiros 15, 26, 29, 31, 34, 36, 39, 43, 47,
intercultural 14, 125 68, 83, 91, 99, 109, 111, 112, 118, 127, 132, 140,
interstícios 14, 22, 35, 45, 93, 119, 120, 179, 146, 147, 154, 158, 182, 185, 187, 188, 195, 196,
211, 320 201, 218, 232, 233, 243, 279, 280, 281, 308, 317,
318, 319, 320, 321, 323, 324, 326, 327, 336, 339,
J 341, 342, 343, 346, 347, 348, 349, 352, 354, 358,
jesuítas 26, 28, 34, 35, 48, 49, 50, 51, 61, 62, 63, 359, 360, 364, 367, 369, 371, 372, 373, 376, 377,
65, 76, 77, 82, 89, 90, 96, 100, 101, 104, 106, 380, 385, 390, 394, 395, 400, 401, 404, 406, 408,
110, 111, 122, 125, 129, 132, 134, 135, 137, 140, 413, 423, 449
143, 146, 147, 150, 154, 162, 165, 171, 172, 178, Missões 24, 25, 27, 28, 30, 35, 38, 41, 42, 45,
188, 189, 191, 193, 197, 210, 230, 234, 236, 238, 47, 49, 64, 65, 66, 72, 73, 76, 79, 84, 88, 89, 91,
256, 281, 283, 286, 293, 305, 306, 312, 319, 320, 97, 98, 100, 101, 102, 103, 105, 106, 108, 113,
321, 328, 329, 331, 335, 337, 340, 342, 345, 347, 114, 115, 116, 126, 128, 129, 133, 135, 136, 137,
348, 349, 350, 352, 360, 361, 362, 363, 364, 367, 140, 142, 143, 153, 158, 160, 162, 168, 192, 195,
376, 381, 383, 385, 386, 387, 388, 390, 397, 423, 200, 204, 209, 214, 218, 221, 224, 225, 228, 230,
424, 425, 427, 428, 430, 449 233, 239, 245, 247, 249, 254, 255, 257, 258, 261,
jesuíticas 12, 47, 49, 60, 62, 83, 99, 100, 102, 271, 272, 273, 274, 276, 280, 281, 282, 290, 293,
109, 116, 150, 167, 211, 225, 254, 280, 291, 337, 296, 298, 299, 302, 306, 307, 309, 319, 321, 325,
360, 384, 388, 389, 395, 444, 445, 450, 453, 455 329, 335, 336, 339, 340, 341, 342, 343, 344, 345,
Jesus 22, 45, 47, 48, 51, 63, 68, 82, 83, 88, 98, 347, 350, 352, 359, 360, 361, 365, 368, 369, 370,
105, 123, 126, 127, 140, 169, 199, 201, 202, 208, 378, 388, 389, 394, 395, 398, 399, 402, 405, 406,
209, 217, 220, 224, 225, 228, 239, 242, 245, 247, 409, 410, 411, 413, 420, 423, 428, 430, 433, 434,
249, 250, 252, 257, 259, 261, 268, 269, 270, 271, 436, 438, 441, 444, 445, 446, 447, 449, 450, 452,
272, 287, 288, 289, 291, 294, 304, 305, 309, 310, 453, 454
311, 313, 317, 318, 319, 330, 351, 352, 353, 355, Missões Jesuíticas 24, 27, 45, 65, 79, 84, 97,
356, 358, 361, 390, 393, 396, 443, 452, 461, 100, 105, 106, 114, 116, 129, 135, 136, 137, 142,
466, 469 158, 209, 225, 230, 272, 274, 306, 347, 444,
M 447, 453
madeira 13, 18, 37, 38, 67, 70, 71, 72, 73, 97, 98, movimentos 13, 15, 58, 91, 98, 158, 240, 262,
114, 115, 116, 117, 123, 136, 166, 172, 181, 184, 319, 338, 401, 422, 437, 449
206, 213, 252, 256, 262, 286, 297, 317, 320, 326, P
349, 363, 366, 380, 383, 384, 385, 386, 387, 390, panteão 14, 50, 80, 110, 127, 145, 169, 185, 207,
395, 396, 413, 416, 424, 425, 429, 432, 434, 454 298, 317, 337, 363
memória 13, 36, 87, 93, 110, 116, 204, 210, 211, paraguayense 51
245, 341, 351, 364, 376, 399, 409, 420 perspectivas 12, 15, 169, 388, 427
mestiçagem 14, 29, 32, 33, 88, 163, 333, 336, pesquisa 12, 15, 16, 17, 18, 24, 25, 28, 29, 30,
354, 359, 367, 377, 401, 437 31, 33, 37, 38, 39, 43, 74, 123, 133, 161, 166,
miniaturas 12, 13, 14, 22, 24, 25, 29, 31, 34, 37, 182, 186, 198, 199, 200, 210, 318, 320, 368, 372,
38, 43, 115, 129, 132, 134, 135, 136, 143, 147, 409, 424, 426, 430, 431, 432, 433, 435
154, 165, 166, 167, 168, 178, 179, 181, 184, 185, povoados 12, 36, 38, 47, 53, 55, 56, 57, 60, 61,
187, 189, 194, 196, 197, 199, 201, 206, 207, 212, 62, 64, 66, 67, 68, 70, 78, 79, 84, 85, 87, 88, 91,
223, 225, 238, 243, 244, 249, 251, 256, 267, 274, 101, 106, 110, 120, 121, 123, 126, 127, 134, 136,
283, 291, 293, 310, 317, 318, 343, 359, 372, 409, 137, 140, 146, 148, 149, 150, 151, 154, 166, 170,
412, 415, 417, 426, 427, 428, 436, 458 184, 186, 188, 196, 223, 235, 236, 241, 242, 243,
SUMÁRIO
missional 12, 13, 14, 15, 33, 35, 52, 62, 86, 91, 247, 277, 293, 315, 318, 319, 329, 331, 332, 333,
92, 119, 124, 126, 127, 147, 162, 188, 204, 210,
472
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
336, 337, 341, 342, 343, 349, 358, 380, 384, 394, 223, 225, 234, 235, 238, 244, 247, 249, 251, 259,
445, 453 267, 268, 271, 289, 297, 298, 303, 305, 308, 309,
povoados missionais 12, 64, 66, 67, 84, 88, 106, 310, 408, 414, 447
110, 123, 126, 127, 134, 184, 186, 223, 235, 293, ressignificação 13, 80, 86, 92, 124, 135, 145, 437
318, 384, 445 ritos 13, 16, 32, 47, 80, 161, 180, 229, 338,
produção 12, 13, 16, 19, 21, 22, 24, 30, 38, 41, 421, 437
42, 58, 72, 79, 87, 91, 100, 101, 103, 104, 106,
109, 110, 111, 118, 125, 126, 148, 149, 150, 153, S
162, 165, 167, 170, 179, 187, 188, 190, 193, 196, santos 13, 14, 15, 18, 31, 32, 37, 43, 48, 50, 51,
197, 201, 254, 318, 336, 401, 407, 420, 424, 426, 73, 79, 84, 88, 98, 111, 120, 123, 127, 128, 129,
428, 435, 437 132, 134, 137, 138, 142, 143, 146, 150, 151, 158,
produção escultórica 12, 197, 401 159, 165, 169, 177, 181, 195, 197, 199, 201, 207,
209, 211, 218, 231, 234, 238, 240, 242, 246, 253,
Q 262, 273, 281, 282, 289, 293, 304, 320, 321, 326,
questionamentos 12, 52 327, 337, 340, 344, 347, 353, 361, 362, 363, 364,
366, 371, 379, 382, 383, 387, 410, 411, 414, 425,
R 428, 435, 462, 463, 466, 468
reduções 12, 15, 37, 39, 45, 60, 62, 63, 67, 74, sentido 13, 15, 23, 28, 33, 34, 43, 45, 50, 72, 82,
80, 84, 88, 98, 101, 103, 111, 117, 121, 122, 123, 87, 93, 116, 119, 127, 129, 132, 136, 146, 147,
124, 128, 134, 138, 154, 158, 190, 192, 197, 199, 159, 160, 162, 164, 165, 166, 167, 168, 180, 183,
219, 227, 242, 243, 245, 249, 253, 254, 257, 269, 184, 186, 188, 189, 194, 209, 210, 219, 222, 223,
275, 276, 279, 281, 291, 312, 315, 319, 320, 334, 236, 259, 274, 283, 286, 293, 294, 296, 303, 338,
338, 340, 342, 345, 359, 360, 361, 364, 367, 377, 358, 364, 382, 391, 393, 401, 408, 436, 437
403, 404, 408, 421, 436, 437, 448, 451, 452, 454 sentidos 15, 16, 21, 33, 35, 36, 41, 45, 48, 54, 89,
relação 18, 20, 21, 22, 23, 28, 31, 35, 50, 51, 58, 91, 117, 132, 182, 208, 252, 271, 292, 321, 436
75, 94, 101, 105, 113, 116, 119, 120, 133, 134, sincretismo 13, 33, 211, 282, 312
154, 158, 159, 160, 162, 165, 169, 175, 177, 183, sistema missional 14, 52
184, 187, 201, 269, 271, 274, 303, 315, 331, 340, sociedade 14, 18, 21, 22, 35, 39, 49, 54, 58, 60,
367, 418, 426, 436, 469 72, 81, 90, 105, 159, 162, 170, 171, 182, 183,
relatos 12, 34, 36, 50, 53, 84, 95, 169, 171, 176, 187, 189, 195, 311, 320, 335, 336, 341, 389, 396,
287, 312, 381, 403, 411 425, 430, 447, 452, 456
religião 12, 45, 52, 58, 60, 80, 81, 83, 84, 151,
168, 172, 175, 176, 177, 178, 179, 189, 193, 211, T
261, 265, 287, 311, 349, 350, 406, 446, 452 tradicional 13, 20, 32, 76, 109, 112, 123, 184,
religioso 47, 52, 58, 120, 122, 127, 145, 147, 192, 194, 210, 249, 250, 251, 252, 256, 274, 306,
152, 163, 177, 178, 182, 183, 185, 227, 268, 286, 342, 349, 350, 367, 427
311, 312, 341, 345, 346, 347, 352, 382, 385, 387, trajetórias 13, 21, 320
400, 404, 421, 448
remanescentes 12, 24, 37, 39, 154, 164, 197, U
198, 199, 207, 225, 252, 275, 291, 304, 309, 318, urbanismo 64
325, 327, 338, 341, 360, 364, 367, 377, 380, 381, usos 13, 22, 33, 36, 40, 56, 70, 77, 113, 143,
382, 384, 386, 388, 389, 390, 400, 404, 411, 413, 167, 179, 182, 186, 187, 188, 208, 212, 252, 297,
428, 431, 435, 436, 448 303, 358, 403, 404, 426, 452
representações 12, 13, 16, 17, 18, 21, 22, 23, 27, V
30, 35, 37, 39, 43, 45, 46, 51, 84, 88, 90, 92, 105, viajantes 12, 15, 39, 40, 41, 42, 52, 53, 74, 170,
106, 128, 144, 146, 147, 162, 166, 182, 188, 190, 317, 345, 360, 367, 389, 395, 408, 429, 452
193, 195, 199, 201, 202, 210, 211, 212, 213, 215,
SUMÁRIO
473
ESTÁTUAS
ANDARILHAS
SOBRE A AUTORA
Jacqueline Ahlert
Professora do Programa de Pós-Graduação em
História (PPGH Me-Do) do Instituto de Filosofia
e Ciências Humanas e da Faculdade de Artes e
Comunicação da Universidade de Passo Fundo.
Coordenadora do Laboratório de Cultura Material e
Arqueologia (LACUMA) e pesquisadora do Núcleo de
Pré-história e Arqueologia (NuPHA), cuja atuação se dá
com instituições de ensino nacionais e internacionais
(Argentina, Venezuela, Uruguai). Doutora em História
Ibero-americana (2012) pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul. Possui graduação em
Artes Plásticas (2004) e mestrado em História (2007),
ambos pela Universidade de Passo Fundo. Seus
estudos concentram-se nas áreas de Artes, História
Cultural e Arqueologia, com ênfase em História da Arte
e da Cultura Material, principalmente nos seguintes
temas: história e cultura americana, interpretação da
cultura material e imaginária colonial platina.
SUMÁRIO
474