REA Teoria e Prática
REA Teoria e Prática
REA Teoria e Prática
Obra publicada com auxílio financeiro do Edital 02/2017 Programa Pesquisador Gaúcho
– PqG da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).
Direção editorial Patricia Bieging
Raul Inácio Busarello
Diretor de sistemas Marcelo Eyng
Diretor de criação Raul Inácio Busarello
Editoração eletrônica Ligia Andrade Machado
Imagens da capa Gerd Altmann - Pixabay
Editora executiva Patricia Bieging
Assistente editorial Peter Valmorbida
Revisão Organizadores e autores(as)
Organizadoras Elena Maria Mallmann
Juliana Sales Jacques
Andrea Ad Reginatto
Taís Fim Alberti
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-5939-030-4 (brochura)
978-65-5939-029-8 (eBook)
CDU: 371.3
CDD: 370
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298
___________________________________________________________________________
PIMENTA CULTURAL
São Paulo - SP
Telefone: +55 (11) 96766 2200
[email protected]
www.pimentacultural.com 2 0 2 0
SUMÁRIO
Prefácio........................................................................................... 14
António Quintas-Mendes
Apresentação.................................................................................. 19
Elena Maria Mallmann
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
14
com o seu uso interativo, e como a multiplicidade de plataformas
de interação acessíveis nos dias de hoje, encorajam os utilizadores
a participar numa cultura de conteúdos que está, constantemente, a
ser reformulada e reconfigurada através da comunicação digital e da
inteligência coletiva.
15
utilizado em simultâneo por vários utilizadores, ao contrário de bens
exclusivos que sendo utilizados por uma pessoa não o poderão ser por
outras. Estas duas propriedades (não rivalidade e não exclusividade)
constituem aquilo a que os economistas apelidam de “bem público”1.
Mas os REA são também algo mais do que bens públicos. Quando os
REA são produzidos colaborativamente e os processos de remixagem
de conteúdos acrescentam valor ao recurso, quebra-se a tradicional
separação entre produção e consumo. Neste caso o consumo e
utilização de REAs expande recursos em vez de os diminuir. E um
pouco ao contrário do que tinha pensado Hardin em “A tragédia dos
comuns”2, os comuns não são uma terra de ninguém, facilmente
dissipável por uma rivalidade sem fim; os comuns exigem regras,
comunidades, diálogo, partilha, negociação e comunicação que é
afinal o que estamos também a fazer com a publicação deste livro,
construindo em comum uma comunidade que dialoga para cuidar e
partilhar, não apenas recursos mas também práticas, tempo e espaços.
Mas voltemos às regras. Como é sabido, os Recursos Educacionais
Abertos (REAs) são recursos que devem ter uma licença aberta para
utilização pelo usuário, tornando possível a partilha, a modificação
e a distribuição, mediante determinadas categorias da licença
disponibilizada pelo autor. A licença que permite a reutilização, o uso
ou a adaptação, sem necessidade de solicitar a permissão do autor, é
o que diferencia um REA de outro recurso educacional. As permissões
são a essência das licenças. O autor do recurso mantém a sua pegada
autoral mas dá direitos específicos aos usuários do recurso, desde que
estes cumpram certas condições, incluindo a citação do autor e a fonte
16
da obra. Os diversos graus de permissão que caracterizam os REAs,
ampliam e diversificam imensas possibilidades pedagógicas como
se pode ver pela leitura dos capítulos que constam deste volume.
Professores e estudantes podem, com esses recursos, organizar um
acervo de materiais sobre a sua área/disciplina de atuação, utilizá-los à
medida das suas necessidades (para estudo, organização de materiais
didáticos, planeamento de atividades curriculares, etc.), revê-los, alterá-
los, adaptá-los ao contexto, reutilizando e remixando, selecionando o
melhor de cada recurso, criando ou recriando outros e, finalmente,
redistribuindo os REAs, seja na sua forma original, seja já revistos e
remixados. Na verdade, um REA pode simplesmente ser utilizado como
um recurso aberto (um livro, um filme, um curso) para um processo de
autoaprendizagem individual, seja este certificado ou não. Ou pode
dar aos sujeitos a capacidade de modificar e agregar valor ao recurso,
permitindo a remixagem, a recombinação e a recontextualização,
enriquecendo assim o recurso e o processo formativo. Ou pode ainda,
ir além desse processo de remixagem e envolver a sua redistribuição
numa dinâmica de expansão e desenvolvimento de recursos em que
os utilizadores podem tornar-se produtores que trabalham o recurso
recebido. É o caso de formações que valorizam a colaboração, a
interação e a aprendizagem entre pares centrada na construção coletiva
de conhecimento. No primeiro caso basta um repositório de conteúdos
ou um curso desenhado para a autoaprendizagem, enquanto que
no último caso é necessário que o recurso esteja envolvido numa
dinâmica de aprendizagem distribuída. Pode assinalar-se também
que existe uma certa correspondência entre o tipo de licenças e os
modelos de aprendizagem. Se pensarmos, por exemplo, nas licenças
“Creative Commons”, uma licença CC BY pode sustentar todo o leque
SUMÁRIO de alternativas pedagógicas, já uma licença que envolve não derivados
(CC ND) inibirá algumas modalidades de aprendizagem distribuída
que impliquem formas de remixagem, enquanto que uma licença de
compartilhamento igual (CC SA) se alinha perfeitamente com modelos
17
construtivistas, sócio-construtivistas, conetivistas ou outros modelos
de aprendizagem distribuída e colaborativa.
António Quintas-Mendes
(Universidade Aberta de Portugal - UAb)
Lisboa, 9 de Junho de 2020
18
APRESENTAÇÃO
19
inovação didático-metodológica mediada por Recursos Educacionais
Abertos (REA)”. Foi aprovado com auxílio financeiro pelo Edital 02/2017
Programa Pesquisador Gaúcho – PqG da Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS). No intuito de
despertar múltiplas curiosidades, destacamos, a seguir, linhas síntese
de cada um dos capítulos.
20
disruptiva da cultura participativa na disseminação do conhecimento
curricular aberto em rede.
21
O propósito de clarificar os princípios e as características de
um REA gerou os resultados de pesquisa exploratória sistematizados
no sétimo capítulo intitulado “Análise e avaliação de Recursos
Educacionais Abertos (REA)” de João Maria Gomes Henriques e
Elena Maria Mallmann. O destaque, em termos de contribuição para
consolidar educação livre e aberta é o instrumento avaliativo de REA,
em formato checklist denominado “Catálogo de Características para
Análise e Avaliação de REA”.
22
“Mapeamento de REA para o Ensino de Língua Portuguesa no Ensino
Médio”. A análise é pautada pelas licenças abertas que permitem o
acesso gratuito, o reúso, a adaptação (revisão), o remix e a distribuição
na Plataforma Integrada MEC de Recursos Educacionais Digitais (MEC
RED) e Escola Digital.
23
projetos e capacitações desenvolvidas pelo Núcleo de Tecnologia
Educacional Municipal de Santa Maria (NTEM).
SUMÁRIO
24
1
Capítulo 1
Tel Amiel
Priscila Gonsales
Tel Amiel
Débora Sebriam Priscila Gonsales
Débora Sebriam
A EDUCAÇÃO
ABERTA NO BRASIL:
DOS RECURSOS
SUMÁRIO
À PROMOÇÃO
DE DIREITOS DIGITAIS
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.25-43
25
INTRODUÇÃO
5 https://nacoesunidas.org/pos2015/ods4/
6 http://oercongress.org
26
Geral da UNESCO, de uma Recomendação Oficial para REA7. Diante
da pandemia da COVID-19, vimos crescer o interesse em torno da
EA/REA como forma de garantir que estudantes possam ter acesso
a materiais e conteúdos de maneira ampla e sem barreiras. A busca
por uma “educação a distância” viável no curto prazo levou à criação
de novas terminologias, como a do “ensino remoto emergencial” ou
“educação em tempos de crise”, como justificativa para a adoção de
tecnologias que mediam a conexão entre professores e estudantes
de forma massiva. De fato, temos inúmeros exemplos de modelos
educacionais usados em cenários de crise (refugiados, situações
de emergência climática, dentre outros). O que esses e outros
cenários nos ensinam é sobre o potencial e o poder da abertura para
fomentar novas formas de criação, cooperação e disseminação de
oportunidades educacionais.
7 https://en.unesco.org/themes/building-knowledge-societies/oer/recommendation
8 Qualquer informação que permite identificar, direta ou indiretamente, um indivíduo, tais
como nome, RG, CPF, gênero, data e local de nascimento, telefone, endereço residencial,
SUMÁRIO localização via GPS, retrato em fotografia, prontuário de saúde, cartão bancário, renda,
histórico de pagamentos, hábitos de consumo, preferências de lazer; endereço de IP
(Protocolo da Internet) e cookies.
9 Entendemos por dados estratégicos aqueles não relacionados a uma pessoa, mas ao
sistema de educação como um todo, como infraestrutura, metodologias, pesquisa
científica, dentre outros.
27
são processados, tratados, e usados para diferentes propósitos,
como por exemplo, predição, perfilamento e marketing. Mesmo com
entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)10 e da
Autoridade Nacional de Proteção de Dados, ainda temos um grande
desconhecimento sobre o tema. Com o argumento de colaborar com
a educação pública, diversas empresas de tecnologia, sejam grandes
corporações como Google e Microsoft, até startups com seus aplicativos
para conexão e difusão de conteúdos, estão oferecendo serviços de
forma ‘gratuita’, sem que haja exigência de regulação ou transparência
por parte do poder público. Nesse sentido, a defesa de uma educação
mais aberta não pode passar a esmo das preocupações relacionadas
com os direitos digitais.
O BRASIL NO CONTEXTO
INTERNACIONAL E REGIONAL
28
de diferentes áreas de interesse e de todas as regiões do planeta. Mais
do que um documento normativo, ele apresenta, de forma sistêmica,
a importância dos REA e da EA para além da oferta de recursos e do
fomento a práticas pedagógicas abertas. Como exemplo, o documento
indica, ao dissertar sobre políticas de apoio, a preocupação com
privacidade e proteção de dados na produção e uso dos REA.
SUMÁRIO
13 https://en.unesco.org/themes/building-knowledge-societies/oer/dynamic-coalition
14 https://aberta.org.br/
29
CONTEXTO REGIONAL: AMÉRICA LATINA
15 https://educacaoaberta.org/mercosul-recomendacoes-e-plano-de-acao/
16 oerworldmap.org
30
para que seja possível traçar um panorama regional. Esse trabalho17 foi
feito no âmbito do Mercosul, por pesquisadores da UdelaR (Uruguai),
e disponibilizado abertamente para atualização contínua.
SUMÁRIO
17 https://bit.ly/2ywLWJD
18 https://www.oelatam.org/que-hacemos/formacion-docente
19 oe4bw.ijs.si
31
POLÍTICA PÚBLICA
20 http://www.dtparaeducadores.org.br/
32
Após participar da construção coletiva do compromisso nº 6
da Parceria Governo Aberto do Brasil21 sobre recursos educacionais
digitais, o IEA articulou a criação de um grupo de trabalho no Ministério
da Educação22, especialmente para discutir REA. Desse grupo
emergiram importantes projetos e normativas, como por exemplo,
a Portaria MEC nº 451 de 201823 que determina que os recursos
educacionais adquiridos ou produzidos pela Secretaria de Educação
Básica devem ser licenciados abertamente e disponibilizados em
plataforma pública. Lançada em 2018, a Plataforma Integrada do
Ministério da Educação (MEC RED)24 também promove os REA ao
buscar reunir todo o acervo de recursos educacionais já produzidos
pela pasta, assim como faz referência para recursos educacionais em
plataformas de instituições parceiras, com indicação da respectiva
licença de uso. Outra normativa do MEC foi a inclusão dos REA nos
editais do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)25: materiais
complementares para o professor já devem ter licença aberta quando
submetidos à aprovação.
21 http://www.governoaberto.cgu.gov.br/noticias/2017/3o-plano-de-acao-nacional-na-
parceria-para-governo-aberto/plano_port_web-3.pdf
22 https://aberta.org.br/grupo-de-trabalho-mec/
23 https://aberta.org.br/mec-publica-portaria-sobre-recursos-educacionais-abertos/
24 https://plataformaintegrada.mec.gov.br/
SUMÁRIO
25 https://aberta.org.br/materiais-educacionais-comprados-pelo-mec-terao-licenca-
creative-commons/
26 https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=505535
27 https://aberta.org.br/projeto-de-lei-rea-aprovado-na-comissao-de-educacao/
28 https://aberta.org.br/projeto-de-lei-rea-aprovado-ccult/
33
educacionais, especialmente os digitais, para que sejam licenciados
e disponibilizados com licença aberta de direito autoral. REA também
está presente na Estratégia Brasileira para a Transformação Digital
(E-Digital)29 que embasa o Sistema Nacional para a Transformação
Digital, instituído via Decreto 9319/201830. A construção da estratégia,
iniciada em 2017, foi coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC) por meio de um Grupo de
Trabalho Interministerial, formado por mais de 30 entidades da
administração pública federal, incluindo encontros com a participação
da comunidade científica e acadêmica e de organizações da sociedade
civil, para discussão dos eixos temáticos.
29 http://www.mctic.gov.br/mctic/export/sites/institucional/estrategiadigital.pdf
30 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/decreto/D9319.htm
34
O modelo de formação criado para o Brasil visa criar capaci-
dade de forma capilar e descentralizada. Os trabalhos realizados em
parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES) e a Universidade Aberta do Brasil (UAB) levaram à
realização de dois cursos de formação, um de introdução à Educação
Aberta e REA, que beneficiou cerca de trezentos docentes e servidores
de universidades públicas brasileiras pertencentes ao sistema UAB,
e outro para a formação de Embaixadores REA31 ao redor do país32.
São dezenas de servidores públicos e docentes de universidades e
institutos federais que hoje podem promover os REA através de ações,
pesquisa e formação.
31 https://cursos.aberta.org.br/
32 Veja a lista completa de embaixadores em: www.capes.gov.br/uab/rea
33 https://eva.udelar.edu.uy/course/view.php?id=7511
35
sobre Ciência Aberta na FIOCRUZ34. Essas ações demonstram como
EA/REA só se efetiva por meio da criação de redes e colaboração
abertas para permitir o efetivo uso, reúso e remix das realizações.
MATERIAIS DE FORMAÇÃO
34 https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/ciencia-aberta/
35 https://relia.org.br
36 https://aberta.org.br/jogoea/
36
O Jogo da Política de Educação Aberta pode ser considerado um
remix do livro-guia e permite que equipes gestoras multidisciplinares
analisem políticas educacionais colaborativamente e, conforme as
decisões dos jogadores, vai se formando um infográfico que ajuda
os gestores a entender o grau de abertura de suas políticas em uma
perspectiva ampla, facilitando mapear práticas que precisam melhorar
no curto, médio e longo prazo, tendo em mente os seguintes objetivos:
37
ABERTURA E DIREITOS DIGITAIS
38
Mesmo antes da pandemia da COVID-19, o IEA foi pioneiro
dentre as instituições da comunidade global ao destacar a relação da
EA com a proteção dos direitos digitais no contexto da cultura digital.
Nesse conceito, incluímos:
39
Código Civil, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no
Marco Civil da Internet. Sem restrições e clareza quanto à coleta e
tratamento de dados visando à privacidade e a transparência, nos
vemos diante de potencial violação dos direitos individuais, de
mecanismos de vigilância e da mercantilização desenfreada de dados
pessoais. Não há como garantir educação aberta de qualidade, sem
que as tecnologias tenham perspectivas inclusivas e equitativas.
Nesse sentido, é preciso criar políticas educacionais assertivas que
contemplem os direitos digitais acima mencionados.
38 https://educacaovigiada.org.br/
40
de “parcerias gratuitas” tem sido levado para escolas de Educação
Básica, o que só agrava a situação e justifica a emergência de uma
ação que deve combinar regulação, legislação e formação.
41
na verdade, estão sendo pagos com dados pessoais de estudantes,
professores e comunidade escolar de forma geral.
REFERÊNCIAS
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educacionais. In: SANTANA, B.; ROSSINI, C.; PRETTO, N. D. L. (Eds.). .
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39 https://pt.wikiversity.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_Aberta/Aberta_para_EaD
42
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in OER Repositories. The International Review of Research in Open and
Distributed Learning, v. 17, n. 3, 2016.
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Latina: ¿Puede servir a los propósitos de la Declaración de París sobre los
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em: <http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/
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GONSALES, P.; SEBRIAM, D.; MARKUN, P. Como implementar uma política de
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MIAO, F. et al. Guidelines on the Development of Open Educational Resources
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PRETI, O. Educação a distância: fundamentos e políticas. Cuiabá:
EdUFMT, 2009.
SILVEIRA, S. A. Exclusão digital: A miséria na era da informação. São Paulo,
SP: Fundação Perseu Abramo, 2001.
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resources in Portuguese. Revista Iberoamericana de Educación a
SUMÁRIO Distancia, v. 20, n. 1, 2017.
ZUBOFF, S. Big other: capitalismo de vigilância e perspectivas para uma
civilização de informação. Tecnopolíticas da Vigilância: Perspectivas da
margem. São Paulo, Brasil: Boitempo, 2018.
43
2
Capítulo 2
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO
ENSINO SUPERIOR: ATOS ÉTICOS
E ESTÉTICOS NA CONSTRUÇÃO
DE UMA CULTURA REA
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
NO ENSINO SUPERIOR:
ATOS ÉTICOS E ESTÉTICOS
NA CONSTRUÇÃO DE
UMA CULTURA REA
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.44-60
INTRODUÇÃO
45
e a cultura REA. Além disso, discorre-se, conceitualmente, sobre
atos éticos e estéticos, fundamentando-se na teoria bakhtiniana.
Em sequência, apresenta-se o movimento cíclico da pesquisa-ação
educacional realizada, atribuindo sentidos aos REA produzidos pelas
professoras em formação participantes da pesquisa-ação. Os atos
éticos e estéticos da (co)autoria constituem o eixo de análise dessas
produções, visando a compreender em que medida simbolizam
os princípios de abertura e o que denotam de desafios e avanços
das práticas pedagógicas para a criação e o fortalecimento de uma
cultura REA no ensino superior.
46
movimento potencializador de (co)autoria. Para tanto, a escolha da
licença atribuída ao REA tem de ser responsável e responsiva com/ao
movimento. Significa dizer que a cultura de compartilhamento, como
defende Amiel (2012, p. 26), tem de ser “um ciclo produtivo, e não de
uma atividade isolada”. Se se compartilham recursos que não possam
ser adaptados, tal ação constitui-se como parte de uma atividade
individual com fim em si mesma. Agora, quando se compartilham
recursos com liberdade para adaptação, abrem-se caminhos para
sua utilização em diferentes contextos educacionais, respeitando
a pluralidade de ideias e concepções pedagógicas em prol de uma
educação democrática, equitativa e emancipatória.
47
opressora” (FREIRE, 2015b, p. 53). Note-se que, no próprio
entendimento freireano, a consciência/conscientização é o ato de
reconhecimento de si no mundo e com o mundo. Nesse sentido,
a consciência crítica constitui-se, portanto, no reconhecimento, no
desvelamento do mundo a partir da compreensão humana de sua
condição histórica e social, em ação transformadora da realidade
concreta a partir dos sentidos produzidos na busca pelo ser mais.
48
e adaptação de tais obras, a fim de atender às necessidades de cada
contexto. Há, diante disso, uma relação dialética (MIOTELLO, 2014)
entre o relativamente estável (ideologia oficial/dominante) - que é dado
- e o relativamente instável (ideologia do cotidiano) - o acontecimento.
SUMÁRIO
40 Dizer de uma estudante no decorrer de uma aula da disciplina Práticas Educativas, ofertada
no curso de licenciatura em Pedagogia, lócus desta pesquisa-ação.
49
ATOS ÉTICOS E ESTÉTICOS
NO (CO)AUTORAR REA
50
no reflexo do espelho - a nossa imagem, mas que depende do olhar
do outro para a construção da sua totalidade.
51
PESQUISA-AÇÃO EM MOVIMENTO DIALÓGICO
SUMÁRIO
52
Quadro 1 - Realização de Blog/REA
Fonte: Autoras.
53
“BLOG/REA LÍNGUA PORTUGUESA
E EDUCAÇÃO”: OS EMBATES
AXIOLÓGICOS NA CRIAÇÃO
SUMÁRIO
Fonte: Autoras.
54
inferir para quem enunciam. Se atentar para o modo como apresentam
a obra - “A realização deste blog contempla uma atividade pertencente
à disciplina de Língua Portuguesa e Educação” -, ao mesmo tempo
em que situam o/a leitor/a, também denotam um dizer responsivo à
avaliação da professora. Nesse caso, por essas verbalizações, o valor
atribuído ao REA realizado parece de mera atividade da disciplina
(como requisito para obtenção da aprovação), e não de ato responsivo
ao movimento REA, no sentido de gerar um ciclo de processo:
compartilhar a fim de que outros possam remixar.
55
No viés bakhtiniano, nossa voz é produto da voz do outro, ou
seja, os enunciados são constituídos por outros. Diante da vivência
docente no curso, pode-se, assim, mencionar alguns dizeres que
perpassam o cotidiano das professoras em formação: “preciso
fazer o trabalho da disciplina xx”; “tem trabalho na disciplina xx
para entregar”, “o trabalho vale nota” (extratos de registros de
observação). Da mesma forma, percebem-se produções de sentidos
sobre a cultura REA: realizar e compartilhar de modo aberto as
produções para que outros/as possam utilizá-las e produzir outros
tantos sentidos com suas diferentes visões de mundo. Nessa
interação no enunciado das professoras em formação, há uma
heterogeneidade de vozes, que é reflexo do cotidiano acadêmico e
das ações da performance docente, em pesquisa-ação, visando a
atos éticos e estéticos na (co)autoria de REA.
56
aberto, pois permite que professores e estudantes possam utilizar as
produções, “possibilita a aquisição”.
57
CONSIDERAÇÕES FINAIS
58
cotidianamente, em sala de aula, para as quais, muitas vezes, utilizam-
se e reproduzem-se materiais cujas licenças não permitem tais ações.
Precisa-se compreender e problematizar, portanto, as contradições
da situação educacional da qual se faz parte, enquanto docentes e
estudantes, e buscar o como resolvê-las. Buscar o como superar os
entendimentos distorcidos ocasionados pela cultura dominante.
REFERÊNCIAS
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AMIEL, T. Educação aberta: configurando ambientes, práticas e recursos
educacionais. In SANTANA, B.; ROSSINI, C. & PRETTO, N. (Org.) Recursos
Educacionais Abertos: práticas colaborativas políticas públicas. Salvador:
Edufba; São Paulo: Casa da Cultura Digital, 2012.
AMIEL, T. Recursos Educacionais Abertos: uma análise a partir do livro
didático de história. Revista História Hoje, 5, 189-205, 2014.
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BAKHTIN, M./VOLOCHÍNOV V. N. Marxismo e filosofia da linguagem (1929).
São Paulo: Editora Hucitec, 2006.
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postupka (1920). [Tradução aos cuidados de Valdemir Miotello e Carlos
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DOS SANTOS, A. I. Educação aberta: histórico, práticas e o contexto dos
recursos educacionais abertos. In SANTANA, B.; ROSSINI, C. & PRETTO,
N. (Org.) Recursos Educacionais Abertos: práticas colaborativas políticas
SUMÁRIO públicas. Salvador: Edufba; São Paulo: Casa da Cultura Digital, 2012.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015a.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015b.
59
MALLMANN, Elena Maria et. al. Os Recursos Educacionais Abertos
como caminhos emergentes para autoria e coautoria na docência. In:
Anais do XIV Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância e o
III Congresso Internacional de Educação Superior a Distância. ESUD
2017. Rio Grande. FURG. 2017.
MIOTELLO, V. Ideologia. In BRAIT, B. (org.). Bakhtin: conceitos-chave. São
Paulo: Contexto, 2014.
SOBRAL, A. Ético e estético: na vida, na arte e na pesquisa em
Ciências Humanas. In BRAIT, B. (org.). Bakhtin: conceitos-chave.
São Paulo: Contexto, 2014.
SOBRAL, A.; GIACOMELLI, K. Observações didáticas sobre a análise
dialógica do discurso – ADD. Domínios de Lingu@gem, 10, 2016.
UNESCO/COL. Guidelines for open educational resources (OER) In higher
education. Vancouver, 2011.
WILEY, D. A. Open Education License Draft. Iterating Toward Openness, 2007.
SUMÁRIO
60
3
Capítulo 3
PRODUSAGE E RECURSOS
EDUCACIONAIS ABERTOS
(REA): CULTURA PARTICIPATIVA
NAS PRÁTICAS ESCOLARES
Sabrina Bagetti
Sabrina Bagetti
Elena Maria Mallmann Elena Maria Mallmann
PRODUSAGE E RECURSOS
EDUCACIONAIS
ABERTOS (REA):
CULTURA PARTICIPATIVA
NAS PRÁTICAS ESCOLARES
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.61-79
INTRODUÇÃO
41 O PNE é uma lei federal, sancionada em 2014, que prevê metas para melhorar a qualidade
do ensino brasileiro, contemplando desde a educação infantil até a pós-graduação. Seu
texto estabelece 20 metas para serem cumpridas até 2024 e cada meta prevê estratégias
para alcance e implementação.
62
adaptação e remix por professores, estudantes e demais educadores.
Uma vez que as metas do PNE (2014-2020) incluem os REA para
melhorar os índices de ensino-aprendizagem na educação básica,
necessariamente, a performance dos professores que atuam nessa
modalidade de ensino precisa convergir com essa perspectiva aberta.
O que traz a responsabilidade de as Instituições de Ensino Superior
(IES) incentivarem os REA sob o viés da formação de professores.
Por isso, a preocupação em promover (co)autoria de REA, nos cursos
licenciaturas, é latente.
63
inovação educacional disruptiva nas práticas escolares em meio à
cultura participativa.
SUMÁRIO Nesse viés, para que uma produção seja considerada REA,
faz-se necessário contemplar seus basilares, compreendidos como
os 5Rs e denominadas: reter, reutilizar, rever e remixar e redistribuir
(WILEY, 2014), que oportunizam, nos REA compartilhados, a formação
64
do círculo virtuoso de criação e colaboração (AMIEL, 2014). Por meio
dos 5Rs dos REA, cresce a possibilidade de interação e multiplicação
de diversas configurações dos recursos, não limitando as pessoas
somente a fazerem cópia (reter), mas sim, permitindo associarem as
informações e criarem novas obras ao praticar a adaptação e o remix.
“O último passo, compartilhar, é o menos comum e mais trabalhoso.
Somente com o compartilhamento desses recursos é que conseguimos
fechar o círculo virtuoso da criação” (AMIEL, 2014, p.199).
PRINCÍPIOS-CHAVE DA PRODUSAGE
65
forma paritária, baseada em comunhão, “ou mais prosaicamente
como a produção de produtos, o problema não se encontra no
adjetivo qualificador do termo produção, mas sim no seu próprio
substantivo” (BRUNS, 2008, p.02).
66
Os quatro princípios-chaves da produsage, representam o
aumento quantitativo da participação aberta em rede por fomentar a
disseminação de cultura participativa dos envolvidos. Isso representa
uma mudança qualitativa do engajamento interativo com novos
conteúdos e/ou informações. “Na produsage, a mídia não é mais algo
feito para as pessoas/produtoras, em vez disso, elas se tornam muito
mais envolvidas ativamente na formação de seus próprios meios
de comunicação e uso da rede” (BRUNS, 2008, p.15). Por isso, a
convergência de seus princípios-chave para as práticas educativas
representa um modo de propiciar a criação de conteúdos digitais,
em uma perspectiva mais informada, autorreflexiva e crítica, com
vistas à composição de artefatos com maior teor de credibilidade e
legitimidade (BRUNS, 2011).
67
características comuns, principalmente, no que se refere à construção
e à disseminação de informações e conhecimento abertos em rede.
68
que disseminam novas informações e conhecimento aberto em rede,
por meio da construção de REA no contexto da produsage.
69
da produsage na (co)autoria de REA, em práticas educativas
que contemplam o processo formativo da docência, em meio
a etapas cíclicas que implicaram, em cada momento, um olhar
retrospectivo e prospectivo, gerando uma espiral autorreflexiva de
conhecimento e ação.
ANÁLISES E RESULTADOS
42 A UFSM disponibiliza o software Moodle (Modular Object Oriented Distance Learning), que
dispõem de infraestrutura que permite, aos professores, possibilidades de inovação de
suas práticas educativas através da mediação pedagógica nele, para todos os cursos de
modo presencial e a distância.
70
a Turma 1. Essa pesquisa objetivou fazer um diagnóstico da turma,
bem como atrair sugestões de temáticas de estudo e contribuições
para elaboração do plano de estudos e das atividades para cada
semestre letivo. O artefato selecionado para realizar a construção
de REA, no contexto da produsage, foi o vídeo elaborado sob a
perspectiva videoaula43. Segundo Moran (1995), o vídeo é um meio
de atrair a atenção dos estudantes aos conteúdos curriculares,
aproximando a sala de aula do cotidiano, das linguagens e da
comunicação da sociedade, introduzindo diversas questões no
processo educacional. Para Mattar (2009), o crescimento do
fenômeno videoaulas na web ampliou o repositório de conteúdo
livre na internet, sendo percebido como um recurso que “respeita
as ideias de múltiplos estilos de aprendizagem e de múltiplas
inteligências, visto que: muitos estudantes aprendem melhor quando
submetidos a estímulos visuais e sonoros” (MATTAR, 2009, p.03).
SUMÁRIO
43 O programa utilizado para gravar a videoaula foi o KAZAM do software Linux, que se
encontrava disponível nos computadores do laboratório de Informática do Centro de
Educação (LINCE). Ele possui interface simples e sua principal habilidade é a gravação
de telas. Com as ferramentas do KAZAM é possível produzir vídeos narrados com foco na
captura de telas do computador.
71
Figura 1 - Videoaula Reforma do ensino médio
72
Nesse contexto, destaca-se a capacidade criativa da Geração
C5c na produsage, pois, atualmente, para criar uma videoaula, basta
ter acesso a uma tecnologia em rede, com equipamentos como:
celulares, computadores, tablets e softwares gratuitos e livres, para
poder capturar, editar e compartilhar uma videoaula. Tal criatividade
também se fez presente na dinâmica de organização da videoaula.
Buscou-se integrar e convergir diferentes mídias de forma interativa,
acoplando imagens para ilustrar e destacar grande parte das falas.
44 As licenças Creative Commons (CC) foram idealizadas para permitir, aos autores (detentores
dos direitos autorais), deixarem claro, para o público, como autorizar o uso de sua obra.
SUMÁRIO Enquanto os direitos autorais determinam normas que definem a proteção de uma obra,
as licenças CC garantem o direito do autor, permitindo-lhe expressar as regras de uso para
trabalhos derivados (MALLMANN et al., 2018).
45 A Licença Padrão do YouTube garante o Copyright (todos os direitos reservados), sendo
permitido somente assistir aos vídeos. Porém, o repositório apresenta a opção para adotar
Licença Creative Commons, basta selecionar e optar.
73
Para potencializar a formação de novos ciclos virtuosos e
cultura participativa a partir desse REA, desafiamos os estudantes
a construírem suas próprias videoaulas. As temáticas das novas
(co)criações foram variadas. A turma 1 escolheu remixar o REA
sobre a Reforma do Ensino Médio e as turmas 2 e 3 optaram em
construir artefatos sobre Modalidades de Ensino da Educação
Básica, que efetivam a implementação da Reforma do Ensino Médio.
Nossa observação participante identificou, nessa etapa, que os
estudantes se tornaram (co)autores na criação dos novos artefatos.
Ao mesmo tempo em que colaboraram ativamente na construção de
conhecimentos curriculares, também compartilharam conhecimento
de forma aberta, exercendo suas habilidades contemporâneas,
enquanto membros da Geração C5c.
74
quando um profissional descobre como fazer uma mudança
oferecendo mais de algo sem exigir menos de outro, a quebra
de uma concessão inicia a derrubada de algo (HORN E STAKER,
2013). Uma trajetória se torna disruptiva à medida que parte de
uma situação sustentada, na qual não se exige nem se impõe a
necessidade de mudanças em um determinado contexto, porém, a
necessidade de mudança surge da demanda de atualizar e inovar
esse contexto (CHRISTENSEN, 2015, p.16).
75
(prática bancária), tornando o estudante um ser passivo, por inibir seu
poder de criar, com propósito de manter a reprodução da consciência
ingênua e da acriticidade (FREIRE, 1987).
76
para sua produção ou sua construção” (FREIRE, 1996, p.25). Esses
entendimentos sumarizam a compreensão acerca da complexidade
nas relações entre os saberes necessários para prática educativa. Na
perspectiva freireana, não é possível o ato de ensinar sem aprender,
pois, quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao
aprender. Todos os conhecimentos advindos das trilhas flexíveis
estabelecidas durante a pesquisa foram necessários “não apenas
para se adaptar à realidade, mas, sobretudo, para transformar a
realidade” e para nela intervir, recriando (FREIRE 1986, p.28).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
77
Construir REA, no contexto da produsage, além de envolver os
estudantes em um movimento para uma educação aberta, também
abriu caminhos para “convergência da pedagogia diretiva para
uma pedagogia relacional, na qual, o professor compreende que o
estudante só constrói conhecimento se agir e problematizar sua ação”
(BECKER, 2008, p.48). A problematização do conhecimento consiste
na força criadora do aprender, na qual fazem parte a comparação, a
constatação, a dúvida e a curiosidade. Quando o estudante é desafiado
a construir conhecimento, e não somente reproduzir, ele passa a ser
considerado como alguém que aprende mediado pelo coletivo que
pergunta e que comenta (BECKER, 2008).
78
REFERÊNCIAS
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didático de história. Revista História Hoje, v. 3, n. 5, p. 189-205, 2014.
BECKER, F. Modelos pedagógicos e modelos epistemológicos. Metodologia:
construção de uma proposta científica. Curitiba, Camões, p. 45-56, 2008.
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. 5. ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1986.
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docente. São Paulo: Paz e Terra, p. 90, 1996.
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e estratégias para a educação a distância. 1ed. Ponta Grossa: Atena
Editora, 2018, v. 2, p. 86-101.
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Universidade Anhembi Morumbi, 2009.
MORAN, J. M.. O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação,
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Disponível em: <https://youtu.be/MTrUZfTwy_c> Acesso em: 10 abr. 2020.
ROSSINI, C.; CASTRO, O.. CHAPTER The State of Open Educational
Resources in Brazil: Policies and Realities. Open Educational Resources:
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Cultura. Guidelines for open educational resources (OER) in higher education.
SUMÁRIO Vancouver, 2012. Disponível em: <http://www.unesco.org/fileadmin/
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WILEY, D.The Access Compromise And The 5th R. Iterating Toward Openness,
2014. Disponível em: <https://goo.gl/WmuOAv>. Acesso em: 03 fev. 2020.
79
4
Capítulo 4
PERFORMANCE PEDAGÓGICA
DO TUTOR NA PRODUÇÃO DE
RECURSOS EDUCACIONAIS
ABERTOS: REFLEXÕES A
PARTIR DE UM CURSO DE
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
PERFORMANCE
PEDAGÓGICA DO TUTOR NA
PRODUÇÃO DE RECURSOS
EDUCACIONAIS ABERTOS:
REFLEXÕES A PARTIR DE UM CURSO
DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.80-97
INTRODUÇÃO
81
O termo performance é um substantivo feminino que deriva da
língua inglesa e não possui tradução equivalente em português e,
entre tantos significados, é uma apresentação frente a um público,
o que envolve movimento e ação; o termo pedagógica, do grego
paidagogikós, faz referência à pedagogia, ao ensino-aprendizagem,
àquilo que é didático, educativo ou instrucional (SCHRAIBER, 2018).
A performance pedagógica pode ser definida como o movimento do
trabalho desenvolvido no ensino-aprendizagem pelos profissionais da
educação, sejam eles, tutores ou professores.
82
das suas funções de mediação, orientação, monitoramento, reflexão e
avaliação. Assim, entendemos a performance pedagógica não como
simples papel desempenhado, mas como o que constitui o pensar e
o fazer dos profissionais que atuam na educação, correspondendo
à relação teoria-prática, respectivamente, com o desenvolvimento de
estratégias pedagógicas para mediar, motivar, potencializar, interagir e
colaborar no ensino-aprendizagem (SCHRAIBER, 2018).
83
FLUÊNCIA TECNOLÓGICO-PEDAGÓGICA
Para adquirir FTP não basta apenas saber usar uma tecnologia,
mas saber o que é possível criar com ela na performance pedagógica. De
acordo com Mallmann et al. (2011) a fluência tecnológica faz referência
ao tipo de conhecimento necessário sobre a tecnologia educacional
para interagir e solucionar problemas no ensino-aprendizagem. Esse
conhecimento se mantém em processo pelo fato de a FTP ser um
processo sempre em desenvolvimento que reúne teorias e ações,
sendo um saber fazer o melhor possível em cada situação com cada
recurso (MALLMANN; SCHNEIDER; MAZZARDO, 2013). Desse modo,
ao desenvolvermos a FTP aperfeiçoamos a performance pedagógica.
84
tecnologia em situações complexas, estando relacionadas à reflexão e
solução de problemas baseados na tecnologia.
85
distância. Dessa forma, a performance pedagógica é um processo
complexo que, conforme essas fluências são desenvolvidas, o tutor
amplifica as possibilidades de presencialidade.
PRESENCIALIDADE
86
questão o tutor gerava possibilidades de “estar presente” trocando
mensagens pelo Moodle ou e-mail, interagindo nos fóruns de
apresentação e de atividades, além do preenchimento do perfil no
Moodle com foto e descrição, tanto dos cursistas como do professor
tutor. Essas são estratégias que tornam mais próximos tutor e
cursistas via tecnologia, “pois nossa época realmente é a época da
tela” (BOURRIAUD, 2009, p. 92), o que nos leva a entender “que o
tutor tem o espaço da tela para exercer toda a criatividade possível
em termos de presencialidade. (SCHRAIBER, 2018, p. 157-158).
87
A empatia e o acolhimento são, então, outros fatores que auxiliam
na aproximação e fortalecimento de laços entre participantes,
criando vínculos que asseguram a continuidade do processo. Ao
acolher entendemos o que se passa com o acolhido e isso gera
empatia e vínculo, que produzem efeitos de presença. Quando
ocorre a interação via tecnologia, a presença física torna-se
desnecessária, pois a presencialidade gerada pelos mecanismos
a distância mantém todos juntos, virtualmente, com a aproximação
necessária para garantir o ensino-aprendizagem, configurando a
sala de aula virtual (SCHRAIBER, 2018).
METODOLOGIA
88
os autores, a investigação-ação é participativa, política, propõe
melhorias na educação e permite criar argumentações examinadas
da prática. As intervenções e diálogos que caracterizam as etapas
cíclicas da pesquisa-ação foram realizadas através de observação
participante, análise de atividades em fóruns no ambiente virtual de
ensino-aprendizagem Moodle e a implementação de questionários
tipo survey (BABBIE, 2001) no próprio espaço virtual do curso.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
89
a FTP, potencializam a produção e compartilhamento de REA. Após
as análises, visualizamos que algumas das estratégias pelas quais a
presencialidade acontece correspondem à interação nos fóruns de
atividades, ao monitoramento e ao envio de mensagens semanais
com orientações, incentivo e apoio aos cursistas. Essas estratégias
requerem FTP do tutor para que possa desenvolvê-las.
90
Bom dia! Que bom que tenhas visualizado a indicação da
colega. A atividade como um fórum, e não uma tarefa, já foi
planejada visando essa troca colaborativa. Todos podem
visualizar a indicação dos colegas e assim ampliar seu acervo
de links, ideias e possibilidades de uso na sua área de atuação.
Sigamos compartilhando nossas descobertas...
91
neste em que uma cursista diz: “Acredito que as maiores dificuldades
para que possamos usar os REA de maneira adequada e eficiente
sejam as limitações que a grande maioria de nós tem com a utilização
das novas tecnologias”; da mesma forma em outro depoimento: “[…]
os professores necessitam de capacitação, pois vejo que a maioria
está com medo deste novo desafio que é usar as novas tecnologias,
e, no que se refere aos REA, alguns já usam, porém sem conhecer
realmente seu conceito e como funciona”. Mesmo com a tecnologia
tão disseminada no cotidiano, ainda há resistência quando o assunto
é integrá-la em sala de aula, como destacado no próximo relato:
[...] fiz uma Especialização em Mídias e meu TCC falava
exatamente sobre a formação dos professores para utilização
das mídias/tecnologias nas aulas. É impressionante como
alguns professores ainda não utilizam por insegurança
(resposta da maioria), por não ter conhecimento suficiente
para inserir a tecnologia na aula [...]. Isto agora, no ano de
2018, com toda a parafernália tecnológica que nos cerca.
Realmente, uma boa reflexão…
92
percebemos as dificuldades dos cursistas em atribuir essas licenças
em seu recursos criados, como esta cursista que solicitou ajuda
dizendo: “estou com dificuldades de como colocar o selo creative,
foi a parte que não entendo da tarefa, tens como me ajudar?” Ainda
tivemos vários recursos produzidos que não contemplaram as
exigências da atividade. Nesses casos, uma tutora intervém dizendo
que “Conforme as orientações, o recurso para ser um REA requer
a indicação da licença. Nesse sentido, você pode atribuir a licença
junto com a indicação da autoria. Realize as alterações e compartilhe
novamente o link conosco”. Consideramos necessária a orientação
de refazer a atividade para que se habituem com o modo correto da
inserção da licença.
93
do tutor. A assiduidade na interação gera a ideia de proximidade pela
frequência com que o tutor se comunica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
94
A presencialidade é intensificada pelo desenvolvimento da FTP,
dado que quanto mais o tutor domina a tecnologia, mais ele a colocará
em prática. Isso repercute nos cursistas na forma de motivação e
potencialização da produção e compartilhamento de REA. Percebemos
que o tutor quando é fluente tecnologicamente tem condições de se
presencializar até o cursista, orientando-o tanto nas suas dificuldades
como no desenvolvimento da sua própria FTP, assim, mantendo-o em
interação com as atividades propostas ao longo do curso.
REFERÊNCIAS
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o conceito de Fluência Tecnológica Docente. Revista Brasileira de
Informática da Educação, Campinas, SP, v. 21, n. 3, p. 1-11, dez.
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do corpo, do rosto e do olhar. Filosofia Unisinos, v.7, n.3, p.256-268, set./
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95
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JACQUES, J. S. Performance docente na (co)autoria de recursos
educacionais abertos (REA) no ensino superior: atos éticos e estéticos. 2017.
220 p. Tese, (Doutorado em Educação). Universidade Federal de Santa
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Information Technology. National Academy Press. Washington, D.C.
ISBN: 0-309-51741-9, 128 pages, 1999.
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MALLMANN, E. M. et al. Guia de Tutores UAB/UFSM. Santa Maria, 2011.
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rede: complexidade da performance docente. Revista Reflexão e Ação, Santa
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online.unisc.br/ seer/index.php/reflex>. Acesso em: 15 mar 2020.
MALLMANN, E. M.; SCHNEIDER, D. R.; MAZZARDO M. D. Fluência
tecnológico-pedagógica (FTP) dos tutores. Revista RENOTE, Novas
Tecnologias na Educação, UFRGS, Porto Alegre, v. 11, n. 3, 2013.
Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/
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Marques. Azeitão, Setúbal, Portugal. Disponível em: <http://repositorio.
ul.pt/bitstream/10451/847/53/20152_ulsd_dep.17852_tm_anexo38e.pd>.
Acesso em 19 set 2015.
MORAES, R.; GALIAZZI, Maria do C. Análise textual discursiva. Ijui: Unijui, 2011.
SCHRAIBER, R. T. Performance Pedagógica dos Tutores da UAB/UFSM:
Princípios para um processo ensino-aprendizagem criativo. 2018. 277 f. Tese
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Maria, Santa Maria, 2018. Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/
handle/1/16227>. Acesso em: 22 março 2020.
SUMÁRIO
SCHNEIDER, D. da R. Prática dialógico-problematizadora dos tutores na UAB/
UFSM: fluência tecnológica no Moodle. 2012. 204 f. Dissertação (Mestrado
em Educação), Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2012.
96
VALENTE, J. A. A espiral da espiral de aprendizagem: o processo de
compreensão do papel das tecnologias de informação e comunicação na
educação. 2005. 238 p. Tese (Livre Docência) - Universidade Estadual de
Campinas, Campinas, 2005.
ZUMTHOR, P. Performance, recepção, leitura. São Paulo: Cosac & Naif, 2007.
SUMÁRIO
97
5
Capítulo 5
RECURSOS EDUCACIONAIS
ABERTOS AUDIOVISUAIS:
CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS
PARA PRODUÇÕES AUTORAIS
RECURSOS
EDUCACIONAIS ABERTOS
AUDIOVISUAIS:
CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS
PARA PRODUÇÕES AUTORAIS
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.98-113
INTRODUÇÃO
Wiley (2014) define quais são princípios dos REA. Para ele,
ao desenvolver e divulgar recursos educacionais, nas condições
dos REA, possibilita-se que novos autores possam reusar, revisar,
recombinar, redistribuir e reter os produtos. Estas permissões são
conhecidas como 5Rs.
99
Delimitando este capítulo sobre os REA, escolheu-se por abordar
um campo de estudo, o audiovisual, que tem se apresentado como
tendência por conta de índices que demonstram a sua expansão e
pela aderência e aclamação popular, principalmente dos jovens. Com
o acesso à informação e a interfaces cada vez mais simplificadas para
a produção, mais indivíduos tornam-se autores.
100
possibilitam que haja uma promoção dos artefatos autorais, que sejam
constituídos de relevância educacional e também de qualidade técnica,
pedagógica e curricular.
101
cruzam e combinam diferentes linguagens e meios”. Na multimídia,
texto, hipertexto, vídeo, áudio e demais recursos se conectam e se
completam. Assim, os recursos audiovisuais são compostos.
102
SABERES AUDIOVISUAIS PARA
A PRODUÇÃO AUTORAL
103
sejam efetivas, o indivíduo criativo, autoral e investigador é essencial.
É o indivíduo que deve definir o que realizar com a tecnologia, e não
o oposto, considerando-se, especialmente, a não neutralidade dos
próprios aparatos tecnológicos.
104
quantidade de materiais gratuitos e de qualidade irá melhorar com
o passar do tempo. Porém, atualmente, é difícil encontrar esse tipo
de recurso para demandas específicas que cada escola, currículo
ou docente têm. Ainda, o material pode estar corrompido, não ser
confiável ou estar desatualizado.
• Quem é o público-alvo?
105
Na fase de pré-produção, deve-se definir o objetivo do
vídeo, delimitar o tempo desejado, separar materiais de referência
bibliográfica para a elaboração do roteiro, escrever o roteiro e
script, selecionar imagens e sons, produzir os recursos (cenário,
apresentações de telas, animações) e escolher softwares de captura
e/ou edição do recurso audiovisual.
106
Carga Cognitiva (TCC). As contribuições teóricas desses conceitos
possibilitam que a produção autoral de REA audiovisuais contorne
as críticas mencionadas por Collins e Berge (1996, apud PALLOFF;
PRATT, 2002) e Bates (2017).
107
aprendizagem e o nível baixo representa menos dificuldade. Assim,
compreende-se que o ideal é, ao elaborar REA audiovisuais, os
materiais tenham baixa carga cognitiva para contribuir com o processo
ensino-aprendizagem dos indivíduos.
108
cognitiva. Outro princípio é o da redundância. Trata-se de inserir
elementos que não sejam redundantes, ou seja, não é necessário
inserir um texto e áudio que sejam iguais, a não ser que haja a inserção
de frisar e destacar, usando a redundância para a memorização. Um
aspecto favorável da redundância é utilizá-la nos elementos de design,
ou seja, no estilo de figuras, cores, fontes. Isso, porque, ao repetir no
recurso educacional, o estudante acostuma-se com a padronização
e isso diminui os esforços cognitivos ao longo do seu percurso,
destinando seu esforço para o que é relevante e novo. Já o princípio
da modalidade indica utilizar recursos visuais, pois são mais eficazes,
do que usar somente o recurso textual. Imagens tendem a prender a
atenção do usuário e serem compreendidas de forma mais eficaz e
rápida, conforme também menciona Mattar (2009).
109
e concluir por se tratarem de conteúdos educacionais. No caso
das videoaulas, indica-se que elas tenham entre 5 e 15 minutos.
(UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS, s/d).
110
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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SUMÁRIO
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Acesso em: 03 abr. 2020.
OLIVEIRA, Priscila. O Youtube Como Ferramenta Pedagógica. In: Simpósio
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Educação a Distância, 2016. Disponível em: <http://www.sied-enped2016.
ead.ufscar.br/ojs/index.php/2016/article/view/1063>. Acesso em 03 abr. 2020.
PALLOFF, Rena; PRATT, Keith. Construindo Comunidades de Aprendizagem
SUMÁRIO
no Ciberespaço. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PAAS, Fred; RENKL, Alexander; SWELLER, John. Cognitive
Load Theory and Instructional Design: Recent Developments.
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112
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SCOLARI, Carlos. Hipermediaciones: Elementos para uma teoría de la
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SWELLER, John. Cognitive Load Theory: A Special Issue of educational
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Didático. Alagoas: Núcleo de Comunicação, Produção e Design, 24 p.
Disponível em: <https://ufal.br/ufal/noticias/2015/04/guias-da-educacao-a-
distancia-ganham-novas-versoes-e-ja-estao-disponiveis/guia-de-materiais-
didaticos.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2020.
WILEY, David. The Access Compromise And The 5th R. 2014. Disponível em:
http://opencontent.org/blog/archives/3221. Acesso em: 21 abr. 2020.
SUMÁRIO
113
6
Capítulo 6
RECURSOS EDUCACIONAIS
ABERTOS: ANÁLISE DAS
PRODUÇÕES NO CONTEXTO DE
UM MESTRADO PROFISSIONAL
EM TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS EM REDE
Mariângela Barichello Baratto
Mariângela Barichello Baratto Taís Fim Alberti
RECURSOS
EDUCACIONAIS ABERTOS:
ANÁLISE DAS PRODUÇÕES NO
CONTEXTO DE UM MESTRADO
PROFISSIONAL EM TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS EM REDE
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.114-130
INTRODUÇÃO
115
que possam atuar em instituições de ensino formais e não formais,
a fim de que possam propiciar em seus ambientes de atuação
profissional, o desenvolvimento da inovação e da democratização da
educação aberta.
116
RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS (REA)
117
espécie de círculo virtuoso (AMIEL, 2014) de compartilhamento e
acesso a educação e práticas inovadoras no processo de ensino-
aprendizagem, o que contribui para o aumento da produção e
compartilhamento de material didático aberto.
118
Os direitos autorais têm como premissa proteger as criações
expressas em obras literárias, musicais, científicas e artísticas e sua
proteção se dá desde o nascimento da obra, fixada em um suporte
como um livro, um CD, um pen-drive ou na internet. Esses direitos
são regulados pela Lei Nº. 9610 de 199847 e detém duas dimensões
de proteção: patrimonial e a moral. Os direitos morais do autor
unem indissoluvelmente o criador à obra criada. Por meio dele, o
autor poderá reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra. Sobre
os direitos patrimoniais, cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar,
usufruir e dispor da obra literária, artística ou científica e é necessária
sua autorização para utilização da obra, por qualquer modalidade
(reprodução, edição, adaptação, tradução, etc.) (BRASIL, 1998).
119
apresentar o trabalho ao público, incorporar o trabalho numa ou
mais coleções e, opcionalmente, transformá-lo para criar um ou mais
trabalhos derivados; protegem os direitos morais do autor ou artista48.
SUMÁRIO
120
al. (2012) e as reflexões feitas pelo programa OLCOS Roadmap (2012)49
apontam algumas razões para o uso de REA. Para as instituições
educacionais, é possível citar o aumento do acesso ao conhecimento;
a inclusão social; a liberdade e a criatividade na produção; o incentivo
de práticas de colaboração, participação e compartilhamento de
recursos de aprendizado; o melhor aproveitamento dos recursos
públicos investidos em material didático que, sendo REA, poderão
ser amplamente utilizados; a possibilidade de disponibilização de
ferramentas e conteúdos que permitam desenvolver o pensamento
crítico. Já do ponto de vista da prática docente, ainda segundo os
autores, tem-se que a diversidade de recursos e a possibilidade de
adaptar e reformular continuamente um REA propiciam e incentivam
a adoção de novas estratégias didáticas pelos professores, os quais
podem adaptar seu fazer a suas realidades de trabalho. Além disso,
o contato e a utilização de REA permite, especialmente aos docentes,
adquirir conhecimento sobre direitos autorais e licenças abertas, além
de poupar tempo na busca por materiais de apoio, diante do reuso de
recursos para os quais os direitos autorais já foram concedidos.
SUMÁRIO
49 Open Observatory Content Observatory Services (OLCOS) é um programa co-financiado
pelo Programa eLearning da União Europeia e visa a construção de um centro de
informações e observação (online) para promover o conceito, produção e uso de
programas abertos. Recursos educacionais, em particular, conteúdo educacional digital
aberto (ODEC) na Europa. Disponível em: https://www.olcos.org/english/about/index.htm.
Acesso em: 26 abr. 2020.
121
educacional, como desenvolvem e compartilham suas produções
(HYLÉN et al., 2012; OLCOS ROADMAP, 2012).
REA NO PPGTER/UFSM:
RESULTADOS E ANÁLISES
122
por categorias (BARDIN, 2011). De acordo com isso e considerando
o contexto desta pesquisa, foram elencadas as seguintes categorias
de análises: 1) Utilização de Licença Creative Commons e seu grau
de abertura; 2) Formatos em que os conteúdos são apresentados; 3)
Conteúdos de aprendizado disponibilizados.
Nº de
Selo da licença Tipo de Abertura
trabalhos
Compartilhar - copiar e redistribuir o
material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar - remixar, transformar, e
19
criar a partir do material.
Uso Não Comercial (NC) e Compartilhamento
pela mesma licença (SA) do REA original.
Compartilhar - copiar e redistribuir o
material em qualquer suporte ou formato.
SUMÁRIO 3 Adaptar - remixar, transformar, e
criar a partir do material.
Uso Não Comercial (NC).
Fonte: Autoras
123
Destaca-se que a restrição para uso não comercial em todos
os produtos acontece pelo fato de serem produtos derivados de um
programa de pós-graduação público, de acesso gratuito. Assim,
restringir a comercialização também oportuniza que seja possível a
mais pessoas acessar gratuitamente. É importante ressaltar também
que 100% dos produtos com licença Creative Commons oportunizam
obras derivadas, ou seja, apesar de algumas restrições os produtos
podem ser considerados REA, pois permitem adaptações e/ou remix
conforme necessidades educacionais e/ou de trabalho. Essa abertura
é importante para que novas obras possam ser desenvolvidas e
alavancar o compartilhamento de novos REA.
Fonte: Autoras
124
de maiores números relacionados a publicação de REA com licença
no site do PPGTER, foi a recente criação e início das atividades do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias Educacionais em
Rede (GEPETER)51 da UFSM, que a partir de 2017 teve como uma
das temáticas centrais o estudo e incentivo de utilização dos REA.
Talvez a criação do grupo, início das atividades e engajamento de
seus membros, possa ter contribuído para a criação do movimento
REA no próprio PPGTER/UFSM, pois muitos participantes do grupo
faziam parte do programa de pós-graduação. Mas, de todo modo,
em um contexto de redução do ano de 2017 para 2020, há que se
pensar quais movimentos o PPGTER/UFSM deve iniciar a partir de
agora para, enquanto instituição pública, fomentar o uso de REA e
licenças abertas em produtos oriundos dos estudos feitos dentro do
programa e da universidade.
125
uma escolha dos autores pois arquivos pdf são muito conhecidos
e disseminados, permitirem a comunicação com diversos outros
sistemas, garantem facilidade de download e leitura por diversos
programas, além de garantir a conversão de informações variadas sem
desconfigurar a organização dos texto e imagens. Mas o que poucos
consideram, é o fato, segundo Mazzardo (2018), de ser um software
fechado para edição. A autora ainda coloca que, é frequente o uso
de formatos fechados em materiais educacionais, que dependem de
software específico para abrir e editar, como por exemplo: doc, docx,
ppt, pps; pptx, xls, xlsx, swf, pdf, MP3 e Mp4. Para garantir a abertura
técnica, sugere, alguns exemplos de formatos abertos que podem ser
utilizados: odt, odp, ods (do formato Open Document Format for Office
Applications–ODF), png, jpeg, html (MAZZARDO, 2018).
Ano/ Tipo de
Formato Temáticas/Conteúdos de aprendizado
Quant material
Customização Moodle para ensino
5 PDF de línguas a distância, formação de
1 - possível professores para integração de TIC;
SUMÁRIO 1 Caderno,
escolher o jogo de RPG (ensino fundamental);
2019/6 3 E-book,
formato que produção de REA usando ferramentas
2 Guia.
deseja fazer do Google; ensino de língua
o download portuguesa com dispositivos móveis;
ferramentas para Learning Analyctis
126
Ensino de Química; Modelo Estrutural
de Redes Computacionais; Produção de
1 História
vídeos-aula com software livre, atividades
em
didáticas em sala de informática;
quadrinhos,
orientação a objetos; aplicativos de
2018/9 Todos PDF 3 E-book,
leitura e escrita; acessibilidade para
3 Diretrizes,
estudantes com dislexia; planejamento de
1 Guia,
atividades didáticas usando Facebook;
1 manual,
utilização das tecnologias como recursos
para as aulas de Educação Física
Plataforma colaborativa para gestão do
1 Guia, 2
conhecimento; criação de documentos
Manual,
digitais acessíveis; produção de material
2017/6 Todos PDF 1 curso,
didático para surdos; capacitação
1 Oficina,
para produção de vídeo-aulas; roteiros
1 E-book
de atividades práticas de ciência
Relato de implantação e execução de
2016/1 PDF 1 Manual
programa de ensino, pesquisa e extensão
Fonte: Autoras
127
programa, de acordo com o site, é composto de 16 docentes. Pode-
se então dizer que 68,7% dos docentes do PPGTER/UFSM já aderiram
ao movimento REA e orientaram seus discentes a construírem um
REA como produto de seu mestrado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
128
produto. Ainda nesse sentido, também foi possível evidenciar e des-
mistificar crenças em torno da autoria, visto que muitos têm a concep-
ção de que para disponibilizar um material como REA há consequen-
temente a perda da autoria, o que não é verdade.
REFERÊNCIAS
AMIEL, T. Recursos Educacionais Abertos: uma análise a partir do livro
didático de história. In Revista História Hoje. v. 3, n. 5, pp. 189-205. 2014.
Disponível em https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/128/102. Acesso em:
15 abr. 2020.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
SUMÁRIO BRASIL. Lei Nº. 9610, de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm. Acesso em 28 abr. 2020.
129
BUTCHER, N. A Basic Guide to Open Educational Resources. British
Columbia/Paris: COL e Unesco, 2011. Disponível em: http://unesdoc.unesco.
org/images/0021/002158/215804e.pdf. Acesso em: 26 abr. 2020.
CREATIVE COMMONS BR. Sobre as licenças. Disponível em: https://
br.creativecommons.org/. Acesso em: 26 abr. 2020.
HYLÉN, J., et al. Open Educational Resources: analysis of responses
to the OECD country questionnaire. OECD Education Working
Papers, nº 76, 33 p. 25 Jun 2012. Disponível em: http://dx.doi.
org/10.1787/5k990rjhvtlv-en. Acesso em: 20 abr. 2020.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens
qualitativas. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1986.
MAZZARDO, M. D. Recursos educacionais abertos: inovação na produção
de materiais didáticos dos professores do Ensino Médio. 2018. 280f. Tese
(Doutorado). Universidade Aberta, Lisboa, 2018. Disponível em: http://hdl.
handle.net/10400.2/7788. Acesso em: 23 abr. 2020.
OLCOS Roadmap 2012. Open Observatory Content Observatory
Services. Disponível em: https://www.olcos.org/english/about/index.
htm. Acesso em: 26 abr. 2020.
PPGTER/UFSM. Produtos das Dissertações. Disponíveis em: https://
www.ufsm.br/cursos/pos-graduacao/santa-maria/ppgter/produtos-das-
dissertacoes/. Acesso em 16 abr. 2020.
______. Regulamento 2016. Disponível em: https://www.ufsm.br/
cursos/pos-graduacao/santa-maria/ppgter/regulamento-do-ppgter/.
Acesso em: 28 abr. 2020.
PRETTO, Nelson De Luca (Orgs.). Recursos Educacionais Abertos:
práticas colaborativas e políticas públicas. Salvador: Edufba; São Paulo:
Casa da Cultura Digital. 2012.
SANTOS, A. I. Recursos Educacionais Abertos no Brasil: o estado da arte,
desafios e perspectivas para o desenvolvimento e inovação. Disponível
em: http://cetic.br/media/docs/publicacoes/8/rea-andreia-inamorato.pdf.
Acesso em: 23 abr. 2020.
SUMÁRIO UNESCO. Declaração REA de Paris. 2012. Disponível em: http://www.unesco.
org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CI/CI/pdf/Events/Portuguese_Paris_OER_
Declaration.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.
WILEY, D. The Access Compromise And The 5th R. 2014. Disponível em http://
opencontent.org/blog/archives/3221. Acesso em: 20 abr. 2020.
130
7
Capítulo 7
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE
RECURSOS EDUCACIONAIS
ABERTOS (REA)
ANÁLISE E AVALIAÇÃO
DE RECURSOS
EDUCACIONAIS
ABERTOS (REA)
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.131-146
INTRODUÇÃO
132
Perante a divergência de posições, no meio acadêmico, sobre o
assunto, foi elaborado um estudo (HENRIQUES, 2016) que teve como
objetivo geral identificar quais as caraterísticas que um artefacto digital
deve possuir para que possa ser considerado um REA. Através dos
dados obtidos no inquérito por questionário, apresentado a diversos
especialistas convidados, autores de trabalhos publicados sobre a
temática dos REA, foi construída uma Ferramenta de Avaliação. Depois
de construída a ferramenta avaliativa, baseada nas respostas dos
participantes, e com a finalidade de atestar, foram analisados alguns
artefactos digitais depositados em diversos repositórios.
METODOLOGIA
133
direitos autorais; aspectos tecnológicos. A versão completa do
Protótipo de ferramenta de avaliação, com todos os itens apresentados
aos especialistas para validação, pode ser encontrado na versão
completa da dissertação do Mestrado em Pedagogia do E-Learning
(MPel), intitulada “Catálogo de características para análise e avaliação
de Recursos Educacionais Abertos (REA): ferramenta de avaliação no
formato checklist”, disponível no repositório da Universidade Aberta de
Portugal < https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/6631>
134
A seleção dos especialistas respondentes foi feita com base
nos trabalhos publicados, sendo a problemática dos REA o tema
de fundo, comprovando, dessa forma, que eram peritos no assunto.
Também foi critério de escolha a diversidade de nacionalidades e a
variedade de universidades onde eles lecionavam, tentando, assim,
obter respostas que representassem perspectivas diversificadas para
o problema de investigação. Essa não foi uma amostra contabilizada.
Os convites foram feitos por livre adesão, sendo o único critério de
escolha os convidados serem autores de trabalhos publicados sobre
REA e, como tal, serem reconhecidos como especialistas no tema.
Os peritos foram convidados a participar através de um email, que
os orientava para um questionário on-line. Uma versão em português,
para respondentes com o português como língua materna, e uma ver-
são em inglês, para os restantes inquiridos. Os procedimentos tive-
ram como base o método Delphi, o qual, segundo Castro e Rezende
(2009), subsidia construção e validação de dados por meio de con-
senso de especialistas.
SUMÁRIO
135
Quadro 1 - Lista dos especialistas respondentes
Fonte: Autores
136
Os dados obtidos, através de análise qualitativa, demonstraram
quais as características determinantes para a definição de REA e
quais as propriedades que são menos significativas ou irrelevantes.
Depois de processados os dados recolhidos, o protótipo de
ferramenta de avaliação foi revisado e adaptado, dando origem à
Ferramenta de Avaliação de REA. Finalmente, recorrendo a esta
ferramenta, foram avaliados 18 artefactos digitais com o objetivo de
perceber se os materiais didáticos existentes, dispersos pelos mais
variados repositórios, podem ser considerados REA. Para tal, foram
escolhidos 2 artefactos por cada tipo de média: vídeo; áudio, imagem;
apresentação, hipertexto; texto; jogos; simulação; mapa mental. Os
mesmos foram localizados mediante uma busca aleatória através da
palavra-chave “História”, utilizada apenas para que existisse retorno
por parte dos motores de busca.
137
foi excluído por não ter nenhum item aprovado. A Ferramenta de
Avaliação de REA foi revisada e adaptada, tendo resultado na
ferramenta apresentada no quadro 2.
O artefacto:
Elementos de análise
Caraterísticas do Artefacto Não
Pode ser
Possui a caraterística deve ser
considerado
Não possui a caraterística considerado
REA
REA
1 - Domínio “Identificação”
Possui dados de identificação:
a. assunto, autor(es), coautor(es),
colaborador(res), instituição.
2 - Domínio “Layout e Design”
a. Atende critérios de acessibilidade.
3 - Domínio “Organização didático-pedagógica”
a. O conteúdo apresenta rigor científico.
O conteúdo está de acordo
b. com a legislação sobre género,
diversidade, inclusão.
O conteúdo está acordo com
c.
a legislação ambiental.
A abordagem didático-metodológica
d.
permite sua recontextualização.
A abordagem didático-metodológica
e.
permite sua retemporalização.
4 - Domínio “Direitos Autorais”
Possui licenciamento aberto
a. para livre acesso, reutilização,
reformulação e recompartilhamento.
Artigos científicos, textos retirados
da internet, trechos ou capítulos
SUMÁRIO b. de livros estão devidamente
referenciados com a identificação de
autores e suas respetivas fontes.
As imagens, tabelas e quadros
c.
utilizados estão referenciados.
138
Nas imagens, tabelas e quadros
d. utilizados são indicadas as
fontes de consulta.
Apresenta os créditos da equipe
e.
que participou da produção.
Sendo novas versões indica o(s)
f.
autor(es) das versões anteriores.
Está em acordo com a legislação
g. de normas éticas da pesquisa
com seres humanos e animais.
h. É completamente gratuito.
O seu acesso é possível por
i.
qualquer utilizador.
Possui uma licença do tipo
j.
Creative Commons.
5 - Domínio “Aspectos Tecnológicos”
Permite que o utilizador o
a.
descarregue da internet.
Está disponível em portais públicos
b.
ou bases de dados abertas.
c. É facilmente acedido.
d. Permite ser copiado.
e. Permite ser partilhado.
f. Permite ser adaptado ou modificado.
Permite ser combinado com outros
g.
artefactos para criar algo novo.
Permite que o utilizador
h. redistribua cópias do original
ou do artefacto remixado.
i. Permite fazer download imediatamente.
Permite ser traduzido/dobrado
j.
para outra língua.
Permite ser adaptado para
k.
ensino especial.
SUMÁRIO Fonte: Autores.
139
dos quais o artefacto em avaliação será averiguado se: Possui a
caraterística; Não possui a caraterística; Não deve ser considerado
REA; Pode ser considerado REA. Se um artefacto for registado no
campo “não possui a caraterística” tem de ser marcado no campo
“Não deve ser considerado REA” e o mesmo, à luz desta ferramenta
de avaliação, não pode ser classificado como REA.
Licença para
Recurso Tipo Repositório Autor(es) reutilização,
modificação
01 - The Vikings, The Internet
Vídeo Jesusman Sim
Church History Archive
Learning
02 - Ulster - a short Ralph Keene
Vídeo Resource Sim
film from the 1940s et al.
Exchange
03 - Kingdom,
Empire and
Plus Ultra:
University History
conversations Áudio Não
SUMÁRIO College Dublin Hub.ie
on the history
of Portugal and
Spain, 1415-1898
04 - Les Femmes
Au Moyen Âge, The Internet France
Audio Não
Loin Des Idées Archive culture
Reçues
140
05 - História da Gisele Finatti
Apresentação Slideshare Não
educação no Brasil Baraglio
Centro de
06 - Tratado Informação
O Portal das
de Lisboa em Apresentação Europeia Não
Escolas
poucas palavras Jacques
Delors
07 - Third Crusade Learning
Vários,
Map - Vézelay Imagem Resource Não
Multinacional
to Messina Exchange
8 - Loco Foco and Library of
Imagem OER Commons Sim
nulification nuptials Congress
09 - Brasil Império Mapa Mental GoConqr kl.a.b Sim
10 - The Qualities
Mind Map
of Leonardo Mapa Mental Paul Não
Inspiration
da Vinci
11 - A formação
Tatiane de
do cidadão na Simulação BIOE Sim
Oliveira
Grécia antiga
Learning
12 - Conquistadores MEC,
Simulação Resource Sim
romanos Espanha
Exchange
13 - 31 Alerta Elisa
O Portal das
- imagens à Jogo Marques, Sim
Escolas
descoberta Pedro Sousa
14 - Drive through OER
Jogo OER Commons Não
Time -- Game Commons
Openstax
15 - U.S. History Hipertexto Openstax CNX Sim
Team
16 - The Economic
MIT Anne
History of Work Hipertexto Sim
Opencourseware McCants
and Family
17 - Nathan
Wachtel: História
Andrea
e Antropologia Texto SciELO Sim
Daher
de uma América
“subterrânea”
SUMÁRIO 18 - Imprensa
italiana em
São Paulo e Teresa
Texto SciELO Sim
o fascismo: Malatian
o Fanfulla
(1921-1942)
Fonte: Autores.
141
Depois de analisados, e perante a Ferramenta de Avaliação,
a maioria dos artefactos não foi considerado REA. Sete recursos
estavam em conformidade e onze não possuíam todas as caraterísticas
necessárias para tal. Todos artefactos que não foram considerados
REA reprovaram em itens do domínio “Direitos autorais”. Perante os
resultados conseguidos com esta avaliação de recursos, verificou-
se que a maioria dos artefactos depositados nos mais variados
repositórios não possui todas as caraterísticas necessárias para
ser considerado REA. Verificaram-se inconformidades em variados
itens de avaliação, mas foram as caraterísticas do domínio “Direitos
autorais” as que se encontraram ausentes da maioria dos recursos
educacionais aqui testados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
142
No domínio “Organização didático-pedagógica”, perante
os critérios de avaliação propostos, as opiniões expressas pelos
peritos também divergiram. Em 29 critérios de avaliação compilados
inicialmente a partir da literatura internacional, apenas 5 foram
consensuais. As características propostas em “Direitos autorais”
também foram alvo de divergências. Apesar de serem aprovados
10 itens, de modo geral existiram opiniões favoráveis e contrárias à
inclusão da maioria dos critérios propostos.
143
REA são: (1) livremente disponível e (2) publicado sob uma licença
aberta que permita os 5R. O mesmo perito diz que as licenças que
restrinjam o direito de rever e remixar (como, por exemplo, as licenças
CC ND) quando aplicadas impedem o artefacto de ser REA. Segundo
essa vertente, possuir uma licença não converte automaticamente o
artefacto num REA. Alguns tipos de licença, como ND, devido às suas
restrições, podem retirar a abertura a um REA.
144
Depois de testados vários artefactos digitais com a Ferramenta
de Avaliação validada pelos especialistas, foi observado que a
maioria não foi considerada REA. Em 18, apenas 7 possuíam todas
as características obrigatórias. Também foi possível observar que
todos aqueles que não foram aprovados como REA reprovaram em
itens do domínio “Direitos autorais”. Verificou-se que grande parte
dos materiais didáticos que se encontram disponíveis na Internet
são designados erroneamente como livres e abertos, não o são
de modo integral, restringindo, em grande parte, as possibilidades
de recontextualização, atualização, remixagens. Constatou-se que,
mesmo em repositórios de renome, é difícil conseguir REA que
satisfaçam todos os requisitos na totalidade.
REFERÊNCIAS
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de enfermagem: revisão bibliográfica. remE - Revista Mineira de
Enfermagem, 13 (3). 2009. p. 429-434. Disponível em: <https://bit.
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145
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UNESCO. Paris OER Declaration. World Open Educational Resources
(OER) Congress. 2012. Disponível em: <https://bit.ly/39rETOI>.
Acesso em: 28 mar. 2020.
SUMÁRIO
146
8
Capítulo 8
RECURSOS EDUCACIONAIS
ABERTOS E AS NOVAS FORMAS DE
PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
Ana Nobre
RECURSOS
EDUCACIONAIS ABERTOS
E AS NOVAS FORMAS
DE PRODUÇÃO DE
MATERIAL DIDÁTICO
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.147-164
INTRODUÇÃO
SUMÁRIO
148
ASPECTOS METODOLÓGICOS
Conceito de REA
Direitos Autorais
Conteúdos
Licenças Abertas
Repositórios de REA
Carga horária 40 h
149
Vagas Entre 100 e 150
Edições 1ª e 2ª em 2016
Fonte: Autoras
150
A condição de domínio público e as licenças abertas
possibilitam a efetivação dos 5Rs de abertura dos REA, definidos por
Wiley (2014) que são:
SUMÁRIO
151
Reter, reutilizar, revisar (adaptar), remixar e redistribuir
(compartilhar) formam o círculo virtuoso dos REA (WINDLE, et al.,
2010; PRETTO; 2012, AMIEL, 2014) o qual contribui para o aumento
da disponibilização REA e possibilidade de acesso ao conhecimento
para um número maior de pessoas. Para os professores, além do
acesso aos REA disponíveis, é uma oportunidade de serem autores e
coautores de materiais didáticos, sem infringir os direitos autorais. Para
tanto, faz-se necessário saber um pouco sobre os Direitos Autorais,
sobre as Licenças Abertas e sobre os repositórios e outros sítios onde
são disponibilizados os recursos educacionais54.
54 https://repositorioaberto.uab.pt/bitstream/10400.2/7788/2/TD_MaraMazzardo_
Apendice%20V_Guia_%20REA_Professore_Ensino%20Medio.pdf
152
partir de 1° de janeiro do ano subsequente ao do falecimento do autor.
Após esse período, a obra torna-se de Domínio Público55.
153
A grande maioria dos recursos disponibilizados na Internet
possui copyright. Porém, desde 2001, existe a possibilidade de dis-
ponibilizar as obras literárias, artísticas e científicas com licenças
Creative Commons (CC), com as quais o autor define, previamente,
as condições de uso das suas produções. Com a adoção de Licen-
ças CC, as obras podem ser disponibilizadas com “Alguns Direitos
Reservados”56 saindo do padrão “Todos os direitos Reservados”. O
autor seleciona a opção de Licença CC que contemple as permis-
sões que deseja compartilhar.
SUMÁRIO
56 https://br.creativecommons.org/sobre/
57 Direitos conexos, vizinhos ou afins são os direitos dos artistas, intérpretes e executantes,
vinculados aos sistemas de direito autoral de alguns países, sendo-lhes concedida proteção
semelhante à dos direitos de autor (https://pt.wikipedia.org/wiki/Direitos_conexos)
154
Não a Obra Derivada (ND) – permite distribuição,
exibir e executar apenas cópias exatas da obra,
não permite produção de obra derivada.
ND
Compartilhamento pela mesma licença (SA) – permite
a distribuição de obras derivadas somente com a
mesma licença da obra original. Segue os preceitos
da licença General Public License (GPL) e assegura a
SA continuidade de abertura adotada na produção original.
Domínio Público atribuído por meio de
licença Creative Commons (CC-0)
155
os direitos reservados). Esses conhecimentos possibilitam também
saber de que forma cada recurso pode ser utilizado.
156
necessárias. A adaptação permite atribuir novas funcionalidades aos
recursos, o que é uma forma de inovação (MOTA; SCOTT, 2014). Na
Figura 2 constam as orientações sobre como adaptar REA.
157
1. Selecionar REA com licenças e formatos que permitem a edição
e produção de obra derivada (abertura legal e técnica). As
licenças devem ser compatíveis. Para verificar a compatibilidade
das licenças acessar o link http://aberta.org.br/compatibilidade/
158
1. Definir o tema e o objetivo educacional a ser alcançado com
produção do REA - partir de materiais didáticos existentes ou
produzir um REA sobre um tema que não é contemplado no livro
didático ou outro que responda à necessidade específica de um
grupo de alunos;
159
8. Disponibilizar o REA em um Repositório, Site, Portal ou Blog - o
compartilhamento possibilita o acesso ao recurso e benefícios
para um número maior de pessoas e
CONSIDERAÇÕES FINAIS
SUMÁRIO
160
• Necessidade de tempo e práticas para melhorar o entendimento
dos conceitos sobre REA, direitos autorais, domínio público e
licenças abertas, pois são temas novos para os professores;
161
Além de conhecer os REA e as licenças, é preciso licenciar as
produções, pois são as licenças abertas e a condição de obra
de domínio público que caracterizam os REA e
162
• Organização de material didático aberto com os REA
selecionados, adaptados, remixados e REA originais produzidos.
Isto é, os professores operacionalizam suas atribuições docentes
no processo de transposição didática;
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164
9
Capítulo 9
Viviane Vladimirschi
Viviane Vladimirschi
DIRETRIZES PARA
FORMAÇÃO DE
PROFESSORES PARA
USO DE REA:
UM ESTUDO DE CASO
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.165-181
INTRODUÇÃO
166
Ao analisar as políticas brasileiras encontradas no estudo
Understanding the Impact of OER Achievements and Challenges
(p. 71-75), percebemos nos referidos documentos uma grande
preocupação em fornecer recursos tecnológicos e materiais para
serem aproveitados pelos docentes, deixando em segundo plano
um elemento que consideramos fundamental para o sucesso de
qualquer projeto que envolva REA: a capacitação dos professores.
Quando falamos em capacitação, enfatizamos que ela vai muito
além do uso de ferramentas digitais ou de recursos operacionais.
A capacitação para o uso de REA precisa englobar uma série de
elementos comportamentais, as chamadas softs skills – para que a
aplicação dos recursos se realize por completo e atinja seu objetivo.
167
praticamente em tempo real, principalmente com REA digital. No Brasil,
a utilização de REA pode ajudar a aproximar as escolas públicas –
quase sempre com recursos materiais e humanos insuficientes – das
particulares, que costumam contar com esses recursos. A aproximação
pode se dar pela troca de conteúdos e pela construção colaborativa
propiciada pelos REA. Esse raciocínio pode ser aplicado globalmente,
pois REA são encontrados em plataformas com conteúdo de acesso
livre e licenças abertas, apesar da barreira do idioma.
168
públicas de Ensino Fundamental (administradas pelos municípios)
na tentativa de proporcionar certa equalização de conteúdo para as
diferentes regiões. O uso de REA começa a ganhar força no Brasil
a partir dos anos 2000 (ANDRÉ, 2015) por iniciativa das próprias
comunidades de entusiastas do tema, transformando o Brasil em um
país reconhecido pela promoção de REA.
169
Segundo Farias (2016), as escolas públicas brasileiras de
Ensino Fundamental e Ensino Médio podem ser classificadas em dois
tipos. Aquelas com infraestrutura precária (sem internet, projetores,
TVs, dentre outros recursos) e aquelas com boa infraestrutura, mas
sem planejamento e sem apoio da liderança para a plena utilização
dos recursos que possuem. Ambos os tipos de escolas apresentam
uma série de desafios para os educadores que desejam implementar
práticas inovadoras. O estudo que deu origem a este artigo foi realizado
em uma escola inserida em ambos.
170
O problema para o qual chamamos a atenção é a falta de
capacitação ou a capacitação insuficiente dos professores da
Educação Básica para produção e aplicação dos REA. Capacitação
essa que perpassa por pontos como pensar a Educação de maneira
aberta e as habilidades dos professores em gerir recursos, promover
ações de maneira autônoma. Fazer com que os professores consigam
trabalhar sem o direcionamento específico de um livro didático e/ou a
cobrança de uma coordenação. E ainda atuar de forma colaborativa,
sem hierarquia e com todos podendo complementar e alterar o
conteúdo de todos.
SUMÁRIO
171
ESTUDO DE CASO - APRESENTAÇÃO
DO PROBLEMA
172
para análise dos workshops de DT. O Framework de Guskey (2000) foi
usado como guia para as perguntas dos grupos focais realizados após
os workshops para avaliar a eficácia da intervenção. Os resultados
foram analisados usando um método chamado generic inductive
coding (THOMAS, 2006).
173
estar presentes nas discussões dos professores sobre a utilização
de recursos digitais para melhorar as práticas pedagógicas, algumas
em nível mais alto do que outras. O estudo buscou desenvolver um
conjunto de diretrizes baseadas em evidências empíricas para formar
professores para o uso de REA. Para tanto, foi possível agrupar em
quatro categorias as conclusões dos grupos focais: a) Interesse e
motivação - em um programa de capacitação focado em TICs, não
conseguem identificar os 5 Rs e buscam recursos adequados à sua
realidade local; b) Conhecimento adquirido - houve mudança nas
atitudes e concepções em relação ao uso de REA. Consideraram
interessante descobrir que o REA também pode ser analógico; c)
Suporte obtido - O apoio da escola limitou-se à permissão para a
participação deles nos workshops e ao fornecimento do local; d) Tipo
eficaz de capacitação em REA para professores - foco prático no ensino
passo a passo de como diferenciar recursos abertos e fechados e de
como adaptar e remixar REA, utilizando o mínimo possível de teoria.
174
resultados sugerem que os professores têm dificuldades em distinguir
entre REA e TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação).
EVIDÊNCIAS E RESULTADOS
175
integrar as TICs ao currículo “de uma maneira mais qualitativa” (GON-
SALES, 2015, p. 8). Tais meios incluem: “incorporar tendências que já
fazem parte da vida na sociedade em rede, como práticas colaborati-
vas em redes digitais, gamificação, metodologias ativas de aprendiza-
do, uso de telefones celulares e outros dispositivos móveis e adoção
de softwares livres e de conteúdo aberto” (GONSALES, 2015, p. 9).
176
nistração da escola e dos formuladores de políticas e das autoridades
para usar a tecnologia educacional; sobrecarga de trabalho; salários
baixos; falta de pessoal e de treinamento dos professores para o uso
de REA. E norteou também a criação de quatro diretrizes para a capa-
citação de professores em REA, que são: fatores de suporte a políticas,
fatores de suporte organizacional, fatores de suporte à infraestrutura e
fatores de suporte ao treinamento dos professores.
177
Creative Commons; b) Incorporação gradativa de REA no programa,
associando-o com práticas profissionais; c)Uso de ferramentas
disponíveis no sistema escolar em combinação com dispositivos
móveis; d) Desenvolvimento das habilidades digitais dos professores;
e) Ajudar os professores na criação de wikis para compartilhamento de
REA com outras escolas; f) Fornecer suporte contínuo ao facilitador para
capacitação progressiva dos professores fortalecendo a autonomia e a
confiança deles no uso de REA; g) Estimular os que não participaram
da capacitação a observar as ações dos colegas que participaram.
178
no Ensino Público brasileiro) é sempre mais eficaz do que qualquer
mandato político ou institucional de REA de cima para baixo (COX &
TROTTER, 2016). Para a rotina dos professores é preciso considerar o
quanto o treinamento e a adoção de REA podem representar nas suas
pesadas cargas de trabalho.
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SUMÁRIO
181
10
Capítulo 10
COLABORAÇÃO EM MASSA
183
Filosofia, entre outros). Pelo contrário: partimos do pressuposto de que
a “colaboração em massa”, debatida por Tapscott e Williams (2009),
está correlacionada ao impacto das transformações demográficas,
econômicas e tecnológicas no desenvolvimento de novos modelos
de colaboração em rede, nos quais princípios como “comunidade”,
“colaboração” e “auto-organização” parecem sobrepor-se a outros,
como “hierarquia” e “controle” (TAPSCOTT; WILLIAMS, 2009). Esses
princípios de “comunidade”, “colaboração” e “auto-organização”
estão diretamente ou indiretamente presentes em todos os conceitos
que passamos a tratar nas linhas a seguir.
184
o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os
seres humanos que navegam e alimentam esse universo” (LÉVY, 1999,
p. 11). Por sua vez, o neologismo “cibercultura” designa o conjunto de
“técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos
de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o
crescimento do ciberespaço” (LÉVY, 1999, p. 11).
185
No âmbito da Linguística Aplicada (LA) e do ensino de línguas,
o interesse pelas noções de colaboração discutidas nesta seção
parece ter aumentado timidamente nos últimos anos, conforme temos
acompanhado em publicações sobre o assunto (e.g. PAIVA, 2006;
FIALHO, 2011; COSTA; FIALHO, 2013; LEFFA, 2016; COSTA; LEFFA,
2017; AFONSO; FERREIRA JÚNIOR; VETROMILLE-CASTRO, 2018).
Se levarmos em consideração as contribuições desses conceitos
para o ensino de línguas, veremos que eles ainda recebem uma
atenção aquém do que efetivamente merecem, inclusive no que tange
às possibilidades de produção colaborativa de REA (LEFFA, 2016;
BEVILÁQUA et al.; 2017; LEFFA; COSTA; BEVILÁQUA, 2019), sobre as
quais discutiremos a seguir.
186
Na opinião de Hilton et al. (2010), a discussão em torno dos REA
deve extrapolar materiais e licenças de uso, considerando, também,
ferramentas que viabilizam a adaptação desses conteúdos em quatro
níveis58: a) reutilizar: nível de abertura que permite a reutilização total ou
parcial de um REA; b) revisar: nível de abertura que consente pequenas
adaptações em um REA; c) remixar: nível de abertura que autoriza a
combinação de diferentes REA; d) redistribuir: nível de abertura que
admite o compartilhamento de REA modificados.
SUMÁRIO
187
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
SUMÁRIO 59 Apesar da amostra selecionada ter sido produzida com base na perspectiva dos
Letramentos Críticos, destacamos que esta não é uma preocupação central do presente
capítulo. A título de conhecimento, operamos com a definição de Letramentos Críticos
como “enfoque transdisciplinar que busca compreender o papel de linguagens e suas
tecnologias na construção de uma sociedade mais responsiva a setores socialmente
marginalizados, sobretudo no que diz respeito às questões de gênero, raça, classe, etc.”
(BEVILÁQUA; LEFFA; KIELING, 2019).
188
RESULTADOS E DISCUSSÕES
189
• Aperfeiçoar o feedback automático do módulo quiz (dialógica).
Fonte: Autores
190
Com relação ao terceiro redirecionamento proposto por
Beviláqua (2017), a alternativa que encontramos foi a de selecionar
uma forma-e-função que contribua de modo significativo para a
construção de sentidos na prática social meme, incluindo esse
conteúdo no REA adaptado. Nesse sentido, optamos pelo acréscimo
de um módulo quiz – múltipla escolha na remixagem (HILTON et al.,
2010) do material. Esse módulo ocupa a quinta posição no menu
do REA adaptado e está intitulado “El imperativo afirmativo en los
memes” (parte inferior da Figura 1).
191
pessoa do singular, estabelecendo relações mais horizontais ou
verticais entre os interlocutores.
Fonte: Autores
192
questões relativas ao contexto de produção, distribuição e consumo
dessa prática social.
193
Embora a reportagem tratada no material faça referência a
Rihanna pelo apelido de “Riri”, essa entrada não foi reconhecida
pelo sistema como adequada, uma vez que a desenvolvedora do
REA não programou o feedback para isso. A partir de constatações
dessa ordem, tivemos a possibilidade de incluir entradas como
“Riri” no feedback estratégico do sistema, aperfeiçoando a resposta
automática fornecida ao educando. Esse processo foi repetido com
outras entradas que não haviam sido programadas pela educadora
que produziu REA “original”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
194
colaborativo de (co)autoria, (co)produção, adaptação e licenciamento
de REA entre docentes.
195
Finalmente, podemos reiterar que a colaboração em massa
é possível a partir de ferramentas como o sistema ELO em Nuvem,
embora não possamos mensurar, em termos precisos, como, onde
e em que velocidade ela ocorra. Acreditamos, no entanto, que o
presente estudo possa oferecer uma pequena contribuição quanto ao
tema, no sentido de fornecer uma demonstração prática de como essa
colaboração pode ocorrer no âmbito da (co)produção de REA para
o ensino de línguas. Portanto, é importante destacar que, para que
se efetive a colaboração em massa na produção de REA no ensino
de línguas, precisamos de ferramentas como o ELO, que propiciam
diferentes graus de adaptação e coautoria em rede.
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Aplicada, [online], v. 55, n. 2, p.353-378, ago. 2016.
LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
______. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São
Paulo: Edições Loyola, 2010.
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SUMÁRIO
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Cultura Digital, 2012. p. 91-108.
197
SUROWIECKI, J. A Sabedoria das Multidões: por que muitos são mais
inteligentes que alguns e como a inteligência coletiva pode transformar os
negócios, a economia e a sociedade. São Paulo: Editora Record, 2006.
TAPSCOTT, D.; WILLIAMS, A. Wikinomics: como a colaboração em massa
pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.
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Declaração REA de Paris 2012. Paris, jul. 2012. Disponível em: < http://
www.unesco.org/fileadmin/MULTIMEDIA/HQ/CI/WPFD2009/Portuguese_
Declaration.html>. Acesso em: 26 jul. 2018.
SUMÁRIO
198
11
Capítulo 11
Andrea Ad Reginatto
Fábia Algarve
Andrea Ad Reginatto
Fábia Algarve
MAPEAMENTO DE REA
PARA O ENSINO DE
LÍNGUA PORTUGUESA
NO ENSINO MÉDIO
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.199-211
INTRODUÇÃO
200
sentido, por meio das tecnologias em rede, é possível incentivar
a democratização dos saberes e, para tanto, entendemos que o
conhecimento sobre Recursos Educacionais Abertos (REA) pode
auxiliar nessas demandas, pois traz consigo um olhar voltado à
democratização da educação. Suas múltiplas finalidades possibilitam
que o professor se volte para a produção ou adaptação do material
utilizado em sala de aula de acordo com a realidade vivenciada e os
objetivos a serem alcançados.
201
adaptação e redistribuição gratuita por terceiros, sem restrição ou
com poucas restrições (UNESCO,2012, p.01).
202
licenças, os autores expressam, de forma clara, suas permissões,
conforme destacam Araya e Vidotti (2010, p. 97):
O Creative Commons é um projeto sem fins lucrativos, de
adesão voluntária, sediado na Universidade Stanford, nos
Estados Unidos. Ele é responsável por uma nova forma de
direito autoral, pois disponibiliza um conjunto de licenças para
áudio, imagem, vídeo, texto e educação que permite a autores
e criadores de conteúdo intelectual, como músicos, cineastas,
escritores, fotógrafos, blogueiros, jornalistas, cientistas,
educadores e outros, indicar à sociedade, de maneira fácil,
padronizada, com textos claros baseados na legislação
vigente, sob que condições suas obras podem ser usadas,
reusadas, remixadas ou compartilhadas legalmente.
203
Desse modo, é preciso compreender as diretrizes que regem os
princípios de autoria colaborativa, especialmente aquelas que orientam
as licenças abertas que permitem o acesso gratuito. Wiley (2014, on-
line) denomina de 5Rs: Reter; Reutilizar; Rever; Remix e Redistribuir.
204
Nesse sentido, a plataforma MEC RED, criada em 2015, pelo
Ministério da Educação, tem a intenção de promover a circulação
de Recursos Educacionais Digitais publicados em diferentes portais.
Essa plataforma está relacionada ao “processo de implementação do
Compromisso 6 do 3º Plano de Ação da Parceria Governo Aberto (OGP-
Brasil)”, a fim de incrementar na política educacional as potencialidades
“da cultura digital, de modo a fomentar a autonomia para uso, reúso e
adaptação de recursos educacionais digitais, valorizando a pluralidade
e a diversidade da educação brasileira”.61
205
O portal Escola Digital63, criado pela Fundação Telefônica Vivo
e Instituto Natura - tendo como apoiadores a Fundação Lemann e
a Fundação Vanzolini, disponibiliza recursos sob a licença Creative
Commons atribuição 3.0 e possibilita a busca de Objetos Digitais
de Aprendizagem, planos de aula, ferramentas para criar e roteiros
de estudos que estão em consonância com a BNCC64, segundo a
plataforma. De acordo com os dados, são mais de 30.000 recursos
disponíveis em diversas áreas do conhecimento. A Figura 2 demonstra
a tela de abertura da plataforma:
Fonte: https://escoladigital.org.br/professores
206
Embora os ODAs sejam compostos por recursos educacionais
e tenham como característica a questão digital, nossa opção é pela
perspectiva dos REA, uma vez que nem todo REA é um recurso digital,
conforme Mallmann et. al (2013). Além disso, os materiais abertos e
de acesso gratuito estão disponibilizados para qualquer pessoa e em
diversos formatos, não só digitais, mas também como recursos físicos,
desde que possuam a licença Creative Common.
207
Já na plataforma Escola Digital, de acordo com os critérios,
encontramos um total de 103 planos de aula de Língua Portuguesa
destinados à Educação Básica e, deste total, 9 planos de aulas e
4 roteiros de estudos destinados ao Ensino Médio e referentes ao
1º. 2º e 3º ano. De acordo com a política da plataforma, toda a
publicação é aberta, salvo aquelas que, por vontade dos autores,
contenham restrições quanto às licenças para compartilhar, remixar
e alterar os recursos.
208
necessidade do professor, formando um movimento capaz de superar
o individualismo e o consumo de informação; um movimento cíclico de
compartilhamento de saberes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
209
Por fim, cabe refletir sobre os achados deste estudo, tendo em
vista o conceito de fluência tecnológico-pedagógica que exige dos
atores do processo de ensino-aprendizagem “o desenvolvimento
de habilidades que potencializem a integração das tecnologias,
sua aplicação na mediação pedagógica e a apropriação de suas
potencialidades para (re)criar situações de ensino-aprendizagem”
(JACQUES & MALLMANN, 2014, p. 57).
REFERÊNCIAS
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Cortez, 2011. p. 34.
ARAYA, E. R.; VIDOTTI, S. A. B. G. Criação, proteção e uso legal de
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Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Publicado em 19 de abr de 2017,
(3:32). Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/.
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BRASIL. Plataforma Integrada de RED do MEC. Disponível em: https://
SUMÁRIO plataformaintegrada.mec.gov.br/sobre. Acesso em: 15 abr. 2020.
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nos. Acesso em: 08 abr. 2020.
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Educacionais Abertos para o Ensino de Química. 2016. 362 f. Tese (Doutorado
em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2016.
JACQUES, J. S.; MALLMANN, E. M. Design pedagógico de materiais
didáticos: performance docente na produção hipermidiática em ambientes
virtuais. Revista da FAEEBA - Educação e Contemporaneidade, Salvador, v.
23, n. 42, p. 49-64, jul./dez. 2014. Disponível em: https://drive.google.com/
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MALLMANN, E. M. et.al. Potencial dos recursos educacionais abertos para
integração das tecnologias e convergência entre as modalidades na UFSM.
REVEDUC, São Carlos, v. 7, n. 2. 2013. Disponível em: http://www.reveduc.
ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/742. Acesso em: 04 jan. 2020.
MALLMANN, E. M. Mediação Pedagógica em Educação a Distância:
cartografia da performance docente no processo de elaboração de materiais
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Federal de Santa Catarina: Florianópolis, SC, 2008. Disponível em: https://
repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/91842. Acesso em: 23 mar. 2020.
ROSSINI, C. Perguntas e respostas frequentes sobre recursos educacionais
abertos (FAQ). Disponível em: http://rea.net.br/site/faq/ Acesso em 05 jan. 2020.
TAROUCO, L. M. R. et al. Objetos de Aprendizagem: teoria e prática.
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WILEY, D. A. The Access Compromise And The 5th R. 2014. Disponível em:
https://opencontent.org/blog/archives/3221. Acesso em: 05 dez. de 2019.
SUMÁRIO
211
12
Capítulo 12
A PRODUÇÃO DE REA
POR PROFESSORES DE
EDUCAÇÃO FÍSICA:
POSSIBILIDADES PARA O
COMPARTILHAMENTO DE
MATERIAIS DIDÁTICOS
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.212-228
INTRODUÇÃO
213
o Referencial Curricular Gaúcho (2018)66. Esses documentos são
importantes para orientar o professor sobre “o que ensinar”, porém,
compreendemos que os docentes encontram dificuldades para
estabelecer relações com o “como ensinar”, já que a Educação Física
carece de materiais didáticos que cumpram esse papel.
66 Citamos os documentos curriculares do Rio Grande do Sul por se tratar do estado em que
realizamos a pesquisa.
214
materiais didáticos para responder a questão “como ensinar”, nas
aulas de Educação Física; na sequência, descrevemos a organização
do curso e a forma como a análise foi produzida de acordo com os
princípios metodológicos da pesquisa-ação; por fim, desenvolvemos
interpretações acerca dos REA elaborados pelos professores
participantes do curso, buscando compreender suas potencialidades
de readaptação, para outros espaços.
215
e espiralar, seguindo as mesmas unidades temáticas da BNCC
(Brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas, danças, lutas e práticas
corporais de aventura) (RIO GRANDE DO SUL, 2018).
216
governo federal provê as escolas de educação básica pública com
obras didáticas, pedagógicas e literárias, bem como com outros
materiais de apoio à prática educativa, de forma sistemática, regular
e gratuita” (FNDE, 2017, p. 01).
217
A partir da contextualização e articulação dos documentos
que orientam “o que ensinar” na Educação Física com os conceitos
de materiais didáticos e REA, como alternativa para responder à
questão “como ensinar”, construímos a problemática dessa pesquisa.
Consideramos essa investigação fundamental para que práticas
inovadoras possam ser reconhecidas e assim contribuir com outros
contextos. Portanto, vislumbramos a possibilidade de superar a
carência de materiais didáticos para a área a partir do compartilhamento
de práticas planejadas e desenvolvidas por professores de Educação
Física que atuam na educação básica.
PERCURSO METODOLÓGICO: O
PROCESSO DE PRODUÇÃO DE REA
POR PROFESSORES DE EDUCAÇÃO
FÍSICA PARTICIPANTES DE UM SOOC
218
A 1ª e a 2ª edição do SOOC podem ser consideradas dois ciclos
de pesquisa-ação. Segundo Carr e Kemmis (1986), a pesquisa-ação é
uma forma de autorreflexão em que os participantes buscam melhorar
a atuação profissional. Seguindo os princípios desses autores,
organizamos a pesquisa-ação em quatro fases: a fase 1 – planejamento:
consistiu na elaboração do curso (1ª edição) e revisão/modificações do
curso (2ª edição); a fase 2 – ação: tratou da implementação do curso;
a fase 3 – observação: ocorreu durante a tutoria da qual participamos;
e a fase 4, que discutimos neste capítulo caracterizada pela análise
dos REA produzidos pelos participantes, com potenciais, para serem
integrados como materiais didáticos em outros contextos.
219
a atividade em dupla. Para análise dos REA produzidos no curso,
consideramos sua articulação com documentos que orientam “o
que ensinar” na Educação Física (BNCC e o Referencial Curricular
Gaúcho), bem como sua aplicabilidade na prática docente em outros
contextos, avaliando, assim, as potencialidades da produção de
materiais didáticos em formato REA por professores de Educação
Física que participaram de um SOOC.
220
Analisando as produções, observamos que a maioria dos
participantes se preocupou em produzir materiais para aproveitar em
suas aulas, tais como planos de aula, unidades didáticas, apresentações
e avaliações. Em todas as produções listadas, foram inseridas licenças
abertas, o que caracteriza os materiais como REA. No caso do curso,
trabalhamos com as licenças Creative Commons. Essas licenças são
uma alternativa para que o autor deixe expresso o que permite que façam
com sua obra. As licenças Creative Commons67 correspondem a uma
organização não governamental e sem fins lucrativos que desenvolveu
símbolos para informar as permissões do autor sobre a sua produção.
O grau de abertura de cada licença impacta na reprodução gratuita,
ou não, da obra e até mesmo nas possibilidades de produzir, ou não,
modificações. No Quadro 1, também destacamos a licença atribuída
em cada recurso.
Classificação na Educação
Participantes REA Licença Física/Título do REA
informado pelo autor
Esporte/ Circuito
Participantes
de atividades para
1-2 Plano de aula CC BY-NC
treinamento da modalidade
esportiva voleibol.
Participante 3 CC BY-
Repositório Esporte e Ginástica.
NC-ND
Ginástica de
Condicionamento Físico/
CC BY-
Participante 4 Plano de aula Cuidados para Jovens
NC-SA
Iniciantes na Prática de
Atividades Físicas.
Unidade Brincadeiras e Jogos /
Participante 5 CC BY-NC
didática Jogo do Taco.
SUMÁRIO
Unidade CC BY-
Participante 6 Lutas.
didática NC-SA
67 https://br.creativecommons.org/licencas/.
221
Unidade CC BY-
Participante 7 Esporte/Rugby.
didática NC-SA
Ginástica – Exercício
Participante 8 Apresentação CC BY
Físico/Obesidade.
Esporte/Considerações
CC BY-
Participante 9 Apresentação à compreensão do
NC-SA
jogo de Futebol.
Ginástica de
Participante 10 Avaliação CC BY-NC
condicionamento físico.
Fonte: Autores.
222
cultura popular. Nos anos finais, pode ser abordado junto ao estudo
da classificação dos esportes68, especificamente para contribuir com a
compreensão sobre os esportes de campo e taco.
223
acordo com informações disponibilizadas no REA, o recurso pode
ser adaptado para qualquer turma. Conforme a BNCC e o Referencial
Curricular Gaúcho, esse Plano de Aula articula-se com a Unidade
Temática Ginástica de condicionamento físico, orientada para ser
trabalhada nos anos finais.
224
os REA mostram sua potencialidade de alcançar o maior número
de professores, com a finalidade de possibilitar a colaboração de
conhecimento entre professores e estudantes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
225
Diante disso, compreendemos que, com o fomento à produção
de REA, o professor deixa de ser um mero consumidor de materiais
prontos para se tornar um autor de recursos educacionais. Além disso,
a existência de materiais didáticos abertos oferece a outros docentes a
possibilidade de adaptação de acordo com seu contexto educacional.
Desse modo, os materiais didáticos podem atender a diferentes
especificidades e, ao mesmo tempo, responder a questão “como
ensinar” na Educação Física.
REFERÊNCIAS
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FENSTERSEIFER, P. E (Org.). Dicionário Crítico de educação física, Ijuí: Unijuí, 2014.
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e Normas Nacionais para a Oferta de Programas e Cursos de Educação
Superior na Modalidade a Distância. 2016. Disponível em: <http://
portal.mec.gov.br/escola-de-gestores-da-educacao-basica/323-
secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/34891-resolucoes-cne-
ces-2016>. Acesso em: 14 de jan. 2020.
BRASIL. Portaria nº 451, de 16 de maio de 2018. Diário Oficial da União.
17 de maio de 2018. Disponível em: <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/
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227
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SHIMABUKURO, J. SPOCs Are MOOC Game Changers. In Educational
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SUMÁRIO
228
13
Capítulo 13
A IMPLANTAÇÃO DA COMUNIDADE
DE RECURSOS EDUCACIONAIS
NO LUME/UFRGS
A IMPLANTAÇÃO
DA COMUNIDADE
DE RECURSOS
EDUCACIONAIS NO
LUME/UFRGS
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.229-246
INTRODUÇÃO
230
os usuários teriam com o acesso aberto, docentes e técnicos da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) iniciaram os
estudos para inclusão dos recursos educacionais no Lume - Repositório
Digital da UFRGS. Ao disponibilizar os Recursos Educacionais (REs),
os usuários poderiam:
a) Encontrar (Retain): procurar recursos capazes de atender
adequadamente a sua necessidade. Para encontrar um REA é
necessário conhecer o conceito e suas características, saber
onde encontrar, selecionar, organizar um acervo e uma forma
de acesso rápido;
69 WILEY, D. A. The access compromise and the 5th R. Interacting toward openess, 2014.
Disponível em: https://opencontent.org/blog/archives/3221. Acesso em: 23 abr. 2020.
231
PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS
DIGITAIS NA UFRGS E A NECESSIDADE
DE UM REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL
232
editais disponibilizaram recursos por meio de bolsas para alunos de
graduação ou pós-graduação e, em alguns editais, também para
compra de equipamentos (computadores e/ou softwares). As linhas
de apoio envolveram: produção de cursos ou disciplinas a distância;
ambientes virtuais de aprendizagem; pesquisa em educação a
distância; produção de objetos de aprendizagem e/ou recursos
educacionais digitais; aplicativos para dispositivos móveis e cursos
abertos Massive Open Online Courses (MOOC).
233
o investimento realizado, pouca visibilidade era proporcionada ao
material produzido.
70 http://www.cinted.ufrgs.br/CESTA/cestaconsulta.html.
71 https://duraspace.org/dspace/
72 http://www.cesta2.cinted.ufrgs.br/xmlui/
234
de 2015 os testes foram finalizados, iniciou-se o povoamento e a
Comunidade Recursos Educacionais entrou definitivamente no Lume,
com 20 recursos educacionais, em setembro do mesmo ano.
A IMPLANTAÇÃO DA COMUNIDADE DE
RECURSOS EDUCACIONAIS NO LUME
235
Os estudos realizados auxiliaram na definição das características
dos materiais que fariam parte da comunidade Recursos Educacionais,
no Lume. Estes materiais deveriam ser: a) Digitais que, segundo Silva
(2000), é a existência imaterial das imagens, sons e textos definidos
matematicamente e processados por algoritmos na memória
hipertextual do computador; b) Reutilizáveis, possibilitando a utilização
em diferentes contextos educacionais; c) Acessíveis para que possam
estar disponíveis em um local remoto; d) Interoperáveis, permitindo
interagir e intercambiar dados de acordo com um método definido
e cooperar com outros sistemas; e) Duráveis, para que continuem
sendo utilizados quando a base tecnológica é alterada, sem que seja
necessário reprojeto ou recodificação; f) Portáveis, possibilitando o uso
em diferentes ambientes e plataformas.
236
Metadata Harvesting (OAI-PMH) e assim os objetos digitais podem ser
coletados por outros repositórios ou provedores de serviços, ampliando
o alcance e a visibilidade dos recursos depositados no Lume.
ORGANIZAÇÃO DO CONTEÚDO NA
COMUNIDADE DE RECURSOS EDUCACIONAIS
237
a) Material didático: recursos elaborados para apoiar uma
atividade de ensino;
238
Embora o autoarquivamento seja a opção padrão para entrada
de itens no DSpace, antes da inclusão dos Recursos Educacionais,
esta era pouco utilizado no Lume. Naquelas comunidades cuja
responsabilidade está a cargo de outros órgãos, que não as
bibliotecas, e que o povoamento se dá por autoarquivamento, o
processo é simplificado para os gestores do Repositório, visto que o
registro e a revisão de metadados são tarefas dos responsáveis pelos
respectivos acervos (FERREIRA et al, 2013). A configuração de fluxo
mais simplificada implica em: submissão, revisão e disponibilização.
239
animações, o link explica que esse recurso “cria a ilusão de movimento
em imagens sequenciais”, orientando o autor sobre a adequação
dessa escolha e o que deve ser verificado antes da submissão. As
outras possiblidades de recursos são: aplicativo, áudio, imagem, jogo,
materiais de cursos e disciplinas, simulação, site ou vídeo, cada uma
das opções com suas respectivas orientações.
Fonte: https://www.ufrgs.br/napead/lume.
240
houver) e outros colaboradores, Fonte de recurso, Data de criação
e Versão/edição (prevendo que o recurso possa ter mais de uma
versão decorrente de atualização do seu conteúdo, por exemplo).
Na sequência, são informados Tempo de duração (obrigatório no
caso de vídeos e animações) e apresentadas as Orientações de uso,
visando seu uso didático-pedagógico. Por fim, deve ser informado
Nível de ensino a que se destina (da educação infantil até a educação
superior, considerando também as possibilidades de educação
continuada, extensão e treinamentos), Tipo de material (conforme
detalhado na Figura 2), o Nível de interatividade e se esse recurso
está contido em outro material previamente arquivado (como parte
de um curso, por exemplo).
241
Notepad++. Não use editores como Word, pois acrescentam
formatação de texto ao código.
73 http://videos.ufrgs.br/lume
242
depois de garantido que o recurso está autocontido e com todas as
instruções de instalação completas, o respectivo link é incluído no Lume.
Desta forma, quando Revisor Técnico termina sua revisão e passa
para a etapa seguinte, o Revisor Final consegue visualizar o Recurso
Educacional. É importante salientar que essa visualização também é
utilizada pelo usuário final do Lume, permitindo que ele possa avaliar
se é o que ele necessita e realizar o download ou instalação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
243
e compartilhamento dos recursos produzidos por docentes, técnicos
e alunos da universidade. Hoje temos 178 recursos educacionais
disponibilizados em nove coleções, representantes das grandes
áreas do CNPq: Ciências Agrárias, seis recursos; Ciências Biológicas,
15; Ciências da Saúde, 48; Ciências Exatas e da Terra, 11; Ciências
Humanas, 39; Ciências Sociais Aplicadas, 16; Engenharias, 30;
Linguística, Letras e Artes, oito e Multidisciplinar, cinco recursos74.
244
países, a maior quantidade destes são oriundos da China, Estados
Unidos, Alemanha e França.
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www.ufrgs.br/consun/legislacao/documentos/dec-ndeg-331-2017-normas-
para-progressao-e-promocao-funcionais-de-docentes/at_download/file.
Acesso em: 23 de abr. 2020.
SUMÁRIO
246
14
Capítulo 14
Rosiclei Aparecida
Rosiclei Aparecida Cavichioli Lauermann
Cavichioli Lauermann
Edgardo Gustavo Fernández
Edgardo Gustavo Fernández
REPOSITÓRIO DIGITAL
ABERTO DO GEPETER:
UMA ESTRATÉGIA PARA
DEMOCRATIZAR O ACESSO
AO CONHECIMENTO
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.247-264
INTRODUÇÃO
248
licença Creative Commons (CC). Assim, outras pessoas poderão fazer
reúso desses recursos tal como foram disponibilizados ou, se assim
desejarem, adaptar, remixar e redistribuir. Dessa forma, alimentamos
e estimulamos a continuidade desse ciclo virtuoso (MALMANN, 2018;
WINDLE et al., 2010).
DEMOCRATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO
POR MEIO DO ACESSO ABERTO
249
Dessa forma, entendemos que os aspectos legais referem-
se às licenças de uso, e os aspectos técnicos à abertura técnica,
no sentido de utilizar formatos de recursos que sejam fáceis e/ou
possíveis de editar. Esses dois requisitos são princípios basilares dos
REA (EDUCAÇÃO ABERTA, 2011, p. 4).
250
Objetos Educacionais, a plataforma MecRed são alguns exemplos de
repositórios de recursos educacionais.
251
Dessa forma, o GEPETER acredita que os repositórios digitais
de REA constituem-se como mecanismos fundamentais para o acesso
ao conhecimento, potencializando, dessa forma, sua democratização,
pois possibilitam a difusão de recursos educacionais em diferentes
formatos e mídias, com abertura legal e técnica.
METODOLOGIA DE IMPLEMENTAÇÃO
E IMPLANTAÇÃO DO REDETER
SUMÁRIO
252
equipe multidisciplinar e a definição das tecnologias que serão
empregadas, com base nas concepções do grupo ou instituição
que o implantará.
253
Nesse sentido analisamos os seguintes repositórios digitais:
Plataforma Anísio Teixeira76, Lume77, Pioneiro Digital78, eduCapes79 e
MEC RED80, além da Plataforma Lattes81. Essa última com o intuito
de analisar como as produções bibliográficas e técnicas estavam
organizadas, pois além dos recursos educacionais, também é
interesse do grupo armazenar e disponibilizar suas produções
técnicas e científicas.
MODELO ORGANIZACIONAL
E DE CATALOGAÇÃO DOS METADADOS
76 http://pat.educacao.ba.gov.br/conteudos-digitais
SUMÁRIO 77 http://www.ufrgs.br/bibicbs/pesquisa/lume-repositorio-digital
78 https://pioneiro.com.br/pioneirodigital/
79 https://educapes.capes.gov.br/
80 https://plataformaintegrada.mec.gov.br/home
81 http://lattes.cnpq.br/
254
De acordo Otsuka e colaboradores (2015), a adoção de um
padrão de metadados é fundamental para a interoperabilidade entre
os repositórios de forma a manter as informações organizadas. Essa
organização por meio de metadados é “especialmente importante
quando trabalhamos com recursos multimídia que, ao contrário
dos recursos textuais, não são facilmente indexados a partir de seu
próprio conteúdo” (OTSUKA et al., 2015, p. 4). Ao longo deste capítulo,
retomaremos esse assunto articulando com as tecnologias adotadas
para o desenvolvimento do repositório.
SUMÁRIO
Fonte: Autores.
255
O REDETER está organizado em duas categorias, tratadas
pelo Omeka, plataforma adotada para a implementação do
repositório, como coleções: Produções Científicas/Técnicas e
Recursos Educacionais Abertos. Como podemos observar na Figura
1, a categoria Produções Científicas/Técnicas está subdividida em 13
coleções, enquanto a categoria Recursos Educacionais Abertos, em
18 coleções. A atividade de catalogação resultou no seguinte conjunto
de metadados para descrição geral dos recursos: título, autor(es),
descrição, data de postagem e de criação, licença de uso, palavras-
chave, fonte e idioma. Conforme o tipo de coleção selecionado, um
conjunto de metadados para a descrição específica é exibido, tais
como: duração, orientador, tamanho, etc.
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS
TECNOLOGIAS EMPREGADAS NA
IMPLEMENTAÇÃO DO REDETER
256
utilizada pelo grupo para ministrar cursos SOOC sobre REA. Isso
permite hospedarmos ambos os sistemas no mesmo servidor sem
aumentar em demasia o consumo de recursos de hardware.
SUMÁRIO
Fonte: Autores.
257
informações são comuns a qualquer coleção. Posteriormente,
devemos atribuir um tipo de item, especificado no Quadro 2, que
fornecerá os metadados específicos que complementarão sua
catalogação e facilitará a identificação e recuperação do recurso pelas
suas características.
Coleção 1 Coleção 2
Produções Científicas/Técnicas Recursos Educacionais Abertos
Subcoleções 1 Subcoleções 2
Animação
Apresentação/Palestra Apostila
Artigo completo publicado Apresentação (slides)
em periódico Áudio
Capítulo de livro/ebook Checklist
Dissertação Curso
Livro/ebook Imagem
Monografia Infográfico
Outra produção bibliográfica Jogo
Projeto (pesquisa/ensino/ Mapa Conceitual/ Rede
extensão) Conceitual/ Mapa mental
Relatório Técnicos e de Pesquisa Mapa Geográfico
Resenha Outros
Tese Quadro/Tabela
Trabalho de conclusão Simulação
de curso (TCC) Software/Aplicativo educacional
SUMÁRIO Trabalhos publicados Texto
em anais de eventos Vídeo
Website
Fonte: Autores.
258
Quadro 2 - Tipos de itens criados e seus respectivos metadados
PERSONALIZAÇÕES E OTIMIZAÇÕES
SUMÁRIO
259
plugin de nome Collection Tree (Árvore de coleções), que possibilita
a criação de hierarquia de coleções. Além desse plugin, instalamos
o ElementManager, que possibilita renomear, apagar elementos
existentes, que são os metadados atribuídos aos tipos de itens que
fornecerão informações específicas sobre os itens incluídos.
260
4. Super: este tipo de usuário, além de possuir todos os privilégios
dos anteriores, pode gerenciar usuários, plugins, personalizar a
interface e modificar as configurações do repositório.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
261
observação e reflexão. A observação de diferentes olhares possibilitou
a indicação de mudanças necessárias, que vieram a contribuir com a
qualidade do repositório atualmente disponível na web. Chegamos ao
resultado final de um ciclo, de muitos que poderão vir, porque somos
movidos pela espiral cíclica da pesquisa-ação.
SUMÁRIO
262
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264
14
Capítulo 15
UTILIZAÇÃO DE REA E
A EDUCAÇÃO BÁSICA
MUNICIPAL:
RESULTADOS DO PROJETO
ALUNO MONITOR
DOI: 10.31560/pimentacultural/2020.298.265-279
INTRODUÇÃO
266
e analisar as contribuições da utilização e desenvolvimento de um REA
na formação de alunos monitores, refletindo sobre sua importância e
necessidade nas práticas educacionais da Educação Básica municipal
de Santa Maria/RS.
267
Para Castells (1999) e Lévy (1999), a colaboração e o
compartilhamento de conteúdo revolucionou o mundo atual,
entrelaçando conhecimentos e indivíduos em diversos âmbitos. Nesse
contexto, o ato de “possuir algo” perde espaço diariamente e abre-
se espaço à flexibilização do ensino através da educação aberta
(GONSALES, 2016). Os REA possuem grande potencial para articular
aspectos tecnológicos através da possibilidade de criação e (re)
criação de materiais educacionais. Segundo definido pela UNESCO e
pela Commonwealth of Learning – COL:
Recursos Educacionais Abertos (REA) são materiais de
ensino, aprendizado e pesquisa, em qualquer suporte ou
mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados
de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou
adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos
facilita o acesso e reuso potencial dos recursos publicados
digitalmente. Recursos educacionais abertos podem incluir
cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos,
artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra
ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao
conhecimento (UNESCO/COL, 2011, p. 5).
268
didáticos (GOLSALES, 2016). Nesse cenário, entende-se que a
autoria e o protagonismo no ambiente tecnológico e midiático devem
ser baseados em movimentos ativos, de forma que os indivíduos
naveguem mediados pelas competências, habilidades e atitudes que
refletem os objetivos das mudanças de paradigma.
269
O incentivo à produção de apresentações gráficas, apropriando-
se do uso das tecnologias pelos alunos e professores, vem ao encontro
das novas linguagens das mídias educacionais, que direcionam sua
integração como ferramentas pedagógicas, “como educação para as
mídias, com as mídias, sobre as mídias e pelas mídias. Somente assim
a escola poderá cumprir sua missão de formar as novas gerações para
a apropriação crítica e criativa das mídias” (BELLONI e BÉVORT, 2009,
p. 1084), educando para a criatividade, a participação e a cidadania.
A contribuição do software Impress, nos processos formativos
das atividades que o Projeto Aluno Monitor, vem ao encontro das
necessidades emergentes de inovação das salas de aulas, espaços
formais e não formais que se constituem em ambientes férteis para
novas ações e reações.
METODOLOGIA
270
Monitor torna-se referência nas escolas municipais, pois se debruça
no desenvolvimento de materiais didáticos para ensino-aprendizagem
(AZENHA e ROCHA, 2018).
271
e apresentada neste estudo; e a última de Práticas Iniciais de
Apresentação: Empoderamento, resultado da demanda observada
durante a formação de Impress.
272
multimídia, como estratégia para transpor desafios na sala de aula,
através do estudo deste caso.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
273
Para realização da primeira atividade, denominada criação de
slides, que tinha o intuito de ensiná-los, de forma ativa e dinâmica,
a desenvolver apresentações individuais a partir de temas livres, as
orientações solicitavam um mínimo de 5 páginas/slides, o uso de cores,
imagens e coerência na escolha da temática. Dentre as principais
observações registramos as dificuldades dos oficineiros para trocar as
cores das fontes e para inserir imagens nos slides.
82 Quiz: trata-se de um jogo de questionários; sua finalidade é fazer uma avaliação dos
conhecimentos sobre um assunto de forma lúdica e dinâmica.
274
O desenvolvimento da última atividade possibilitou maior
engajamento, pois relacionou-se às atividades anteriores. As
apresentações foram, visivelmente, dinâmicas e divertidas, os alunos
fizeram a leitura da matéria da revista e (re)criaram o tema, diversificando
a aprendizagem e tornando-a convidativa à resolução de novos outros
questionamentos através do quiz. Todos os envolvidos participaram
do jogo pedagógico, respondendo às questões e trocando ideias para
próximas apresentações.
SUMÁRIO
Fonte: Adaptado do acervo do NTEM
275
apropriarem-se do software Impress, criaram e (re)criaram REA a partir
de temáticas de interesse.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
276
Como contribuição adicional ao objetivo original, destaca-se
a sequência de atividades propostas aos Alunos Monitores, já que,
posteriormente às apresentações mencionadas, perceberam-se
traços de introspectividade e dificuldades individuais nos estudantes.
Na tentativa de suprir essas demandas emergentes, a equipe do NTEM
decidiu ofertar outra oficina, a de Práticas Iniciais de Apresentação:
Empoderamento, em que foram trabalhadas questões emocionais,
de postura e dicção. As contribuições refletem na revitalização das
ações e funções das salas de informática das escolas municipais de
Santa Maria, uma proposta de cooperação entre o NTEM e a UFSM,
através do Edital FIEX 2019, o Programa Especial de Graduação
de Formação de Professores para a Educação Profissional (PEG),
Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em
Rede (PPGTER) e o grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias
Educacionais em Rede (GEPETER).
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SUMÁRIO
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SOBRE OS AUTORES E AS AUTORAS
Alan Ricardo Costa
Graduação em Letras Espanhol pela UFSM, especialização em EaD e
tecnologias educacionais pelo Centro Universitário de Maringá e mestrado em
Letras pela UCPel. Já foi docente na UFFS e no Centro Universitário Franciscano
(hoje Universidade”. Franciscana). Atualmente é doutorando em Estudos
Linguísticos pela UNISC. Pesquisa a Educação a Distância, a formação de
professores e o ensino de línguas mediado por tecnologias digitais, no viés
das Teorias do Pensamento Complexo. E-mail para contato: alan.dan.ricardo@
gmail.com
Ana Nobre
Professora Auxiliar docente da Universidade Aberta desde 1998, tendo sido
anteriormente professora na Universidade Sorbonne, Paris, e na Universidade
Autónoma de Lisboa. Concluiu o Doutoramento em Didactologie des Langues
et des Cultures Étrangères na Universidade da Sorbonne-Paris III. Tem-se
dedicado à Didática do eLearning, à Educação Aberta e Recursos Educacionais
Abertos e recentemente à gamificação no ensino. E-mail para contato: ana.
[email protected]
Andrea Ad Reginatto
Graduação em Letras Língua Portuguesa e Literaturas pela Universidade
Franciscana, com Doutorado em Letras/Linguística pela PUCRS. Foi
SUMÁRIO professora da Faculdade Metodista de Santa Maria (FAMES) e da Universidade
Franciscana. Atualmente é professora Adjunta da UFSM e coordena o Curso
de Letras Português UAB/UFSM. Tem experiência na área de Linguística,
nos seguintes temas: Produção Textual, Ensino Mediado por Computador,
Tecnologias da Informação e Comunicação aplicadas à educação, Educação
280
a Distância, Recursos Educacionais Abertos e Formação de Professores.
E-mail para contato: [email protected]
Débora Sebriam
Professora, mestre em Engenharia de Mídias para a Educação pela Universidade
Técnica de Lisboa, Université de Poitiers e Universidad Nacional de Educación
SUMÁRIO a Distancia de Madrid. Coordenadora de projetos do Instituto Educadigital e
coordenadora de tecnologia educacional do Centro Educacional Pioneiro. Atua
com com integração de tecnologias ao currículo, educação aberta e recursos
educacionais abertos, tecnologias e formação de professores, design thinking
e cidadania digital. E-mail para contato: [email protected]
281
Edgardo Gustavo Fernández
Graduação em Informática (UFSM) e Mestrado em Engenharia de Produção na
área de concentração Tecnologia da Informação (UFSM) Professor no Colégio
Politécnico da UFSM. E-mail para contato: [email protected]
282
João Maria Gomes Henriques
Mestre em Pedagogia do E-Learning pela Universidade Aberta de Portugal
e licenciado em Ciências Sociais – Minor em Psicologia Social também pela
UAb de Portugal. É militar do Exército Português, atualmente na situação de
Reserva. E-mail para contato: [email protected]
283
graduação em Comunicação Social - Produção Editorial (UFSM). Atualmente
é Designer Instrucional na Faculdade de Direito de Santa Maria - FADISMA.
É professora-conteudista e assistente na FADISMA. Participante externa
do Grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias Educacionais em Rede
(GEPETER) e do Núcleo de Comunicação, Educação Intercultural e Cidadania.
E-mail para contato: [email protected]
284
docentes e tutores para a EaD, produção de recursos educacionais digitais e
suas vinculações com a cognição e os processos de subjetivação. E-mail para
contato: [email protected]
285
na rede Marista; Graduação em Matemática – licenciatura plena /UFSM;
Especialização no Ensino de Matemática /UFSM. Mestrado em Educação /
UFSM; Membro integrante do GET – grupo Especial de Trabalho no projeto
Educação Gaúcha Conectada. E-mail para contato: prof.maris.abreu@gmail.
com
Priscila Gonsales
Educadora e jornalista, máster em Educação, Família e TIC pela Universidade
Pontifícia de Salamanca (Espanha), pós-graduada em Gestão de Processos
Comunicacionais pela ECA-USP, especialista em Design Thinking pela ESPM,
extensão em Inteligência Artificial e Impactos Sociais pela PUC-SP. Diretora-
fundadora do Instituto Educadigital, organização atuante pela causa da
educação aberta associada à promoção dos direitos digitais. Por seu trabalho
pioneiro na área foi selecionada como empreendedora social Ashoka em
2013 e pelo projeto Innovactoras del Siglo XXI em 2018. É professora da pós-
graduação Formação Integral de Educadores no Instituto Singularidades, em
São Paulo e pesquisadora da Cátedra de Educação Aberta e a Distância na
Universidade de Brasília. E-mail para contato: [email protected]
286
Sabrina Bagetti
Licenciada em Pedagogia pela UFSM. Especialista em Tecnologias da
Informação aplicadas à educação- UAB/UFSM. Mestre em Educação
pelo PPGE da UFSM. Tutora do curso de Licenciatura em Pedagogia UAB/
UFSM. Doutora em Educação pelo PPGE/UFSM. Linha de pesquisa: Práticas
Escolares e Políticas Públicas (LP2). Colaboradora do Grupo de Pesquisa do
CNPq: Grupo de Estudos e Pesquisas em Tecnologias Educacionais em Rede
(GEPETER). E-mail para contato: [email protected]
Tel Amiel
Professor do Departamento de Métodos e Técnicas da Faculdade de Educação
da UNB onde coordena a Cátedra UNESCO em Educação a Distância (UnB).
Professor adjunto da Universidade de Nova Gorica, no Mestrado em Liderança
em Educação Aberta. Foi coordenador da Cátedra UNESCO em Educação
Aberta no NIED/Unicamp. Foi professor visitante na Utah State University e
visiting fellow na Stanford University e University of Wollongong. Conduz
pesquisas sobre educação publica e formação docente, na intersecção entre
educação aberta e tecnologia educacional. Mais informações em amiel.info.
E-mail para contato: [email protected]
287
Vilson José Leffa
Doutorou-se em Linguística Aplicada pela Universidade do Texas em 1984 e
trabalhou na UFRGS. Tem publicado artigos, capítulos de livro, livros e trabalhos
em anais de congressos, tanto no Brasil como no exterior, sendo atualmente
pesquisador do CNPq. Contribuiu para a formação de líderes de pesquisas que
atualmente atuam em outras universidades. Na área de gestão científica, foi
duas vezes presidente da Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB),
e criou o Periódico Linguagem e Ensino. Mais recentemente concentrou-se no
estudo das tecnologias digitais no ensino de línguas, incluindo a produção
de Recursos Educacionais Abertos e ensino a distância. E-mail para contato:
[email protected]
Viviane Vladimirschi
Doutora em Educação com especialização em EaD pela Athabasca University,
Canadá. Desde 2002, é diretora da E-connection. Palestrante, pesquisadora,
consultora, designer instrucional, gestora de projetos e fornece capacitação
para educadores em EaD, ensino híbrido, REA e uso de tecnologias. E-mail
para contato: [email protected]
SUMÁRIO
288
ÍNDICE REMISSIVO
A C
acesso 18, 19, 21, 23, 27, 31, 38, 41, 42, caso 16, 17, 38, 43, 55, 78, 109, 110, 120,
45, 46, 49, 55, 58, 62, 64, 65, 66, 71, 72, 134, 146, 167, 169, 195, 204, 221, 224,
73, 87, 99, 100, 101, 103, 115, 117, 118, 240, 241, 266, 273
119, 120, 121, 124, 125, 128, 132, 138, Colaboração em Massa 22, 182, 183
139, 150, 152, 160, 162, 166, 168, 172, compartilhamento 15, 17, 21, 26, 27, 34,
177, 201, 203, 204, 207, 208, 209, 230, 45, 47, 49, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 64, 65,
231, 232, 234, 235, 244, 246, 248, 249, 67, 71, 76, 81, 83, 86, 87, 90, 92, 93, 95,
250, 251, 252, 259, 268, 269 99, 101, 116, 118, 121, 124, 128, 129, 149,
aluno 148, 189, 190, 193, 197, 216, 273, 160, 161, 163, 177, 178, 187, 203, 207,
274, 276 209, 217, 218, 223, 244, 248, 250, 261,
análise 21, 23, 24, 41, 46, 53, 55, 56, 57, 268, 269
59, 60, 70, 79, 81, 89, 110, 116, 122, 123, conhecimento 14, 15, 17, 20, 21, 26, 36,
125, 126, 127, 129, 134, 137, 138, 145, 37, 38, 39, 42, 45, 49, 55, 57, 62, 63, 64,
150, 160, 163, 164, 173, 187, 188, 191, 65, 68, 69, 70, 73, 74, 75, 76, 78, 82, 84,
200, 204, 214, 215, 219, 220, 222, 239, 85, 86, 90, 91, 92, 94, 101, 103, 104, 106,
242, 254 110, 111, 115, 121, 127, 128, 152, 156,
atos 18, 46, 49, 51, 52, 53, 56, 79, 96, 283 160, 161, 167, 168, 170, 171, 173, 187,
atos éticos 46, 49, 51, 52, 53, 56, 79, 96, 188, 201, 202, 203, 205, 206, 209, 213,
283 217, 225, 230, 235, 236, 238, 240, 248,
audiovisuais 21, 100, 101, 102, 103, 104, 249, 250, 252, 261, 262, 268
105, 106, 107, 108, 109, 110, 111, 153, construção 16, 17, 24, 32, 33, 34, 36, 38,
244 49, 51, 63, 68, 69, 70, 71, 74, 75, 76, 77,
autorais 21, 26, 47, 68, 73, 99, 101, 106, 78, 79, 85, 86, 88, 90, 121, 135, 168, 171,
109, 111, 117, 118, 119, 121, 129, 134, 187, 188, 191, 202, 217, 264, 272, 273
142, 143, 144, 145, 152, 153, 155, 160, contribuições 71, 74, 107, 111, 186, 189,
161, 163, 164, 214, 225, 241, 248 190, 194, 267, 272, 276, 277
cultura 14, 15, 20, 21, 26, 38, 39, 42, 45,
B
46, 47, 48, 49, 50, 53, 55, 56, 57, 58, 59,
Brasil 20, 25, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 64, 66, 67, 68, 74, 76, 78, 110, 178, 200,
35, 39, 42, 43, 62, 63, 72, 119, 130, 136, 205, 222, 223, 250, 261
141, 152, 163, 168, 169, 170, 171, 175, cultura participativa 21, 64, 66, 67, 68, 74,
SUMÁRIO 179, 180, 181, 205, 209, 216, 217, 227, 78
245, 250, 264, 288 curso 17, 35, 45, 49, 52, 54, 56, 58, 69,
81, 86, 89, 90, 91, 95, 111, 127, 149, 150,
202, 206, 215, 218, 219, 220, 221, 222,
241, 258, 284, 287
289
D 127, 128, 132, 139, 148, 150, 156, 158,
democratizar 49, 248 166, 168, 174, 179, 183, 186, 189, 194,
didático 20, 58, 59, 64, 79, 82, 101, 118, 195, 196, 197, 200, 201, 202, 203, 204,
121, 127, 129, 133, 138, 143, 148, 153, 207, 208, 209, 210, 216, 217, 224, 232,
156, 159, 160, 161, 162, 163, 171, 203, 235, 238, 241, 248, 256, 258, 262, 266,
214, 216, 220, 227, 238, 241 267, 268, 271, 280, 281, 283, 286, 288
digital 15, 23, 27, 38, 39, 40, 43, 76, 88, ensino médio 72
101, 111, 112, 113, 121, 132, 133, 166, ensino superior 32, 43, 45, 46, 47, 58, 77,
168, 169, 180, 184, 186, 189, 194, 195, 79, 96, 115, 120
200, 201, 205, 206, 207, 210, 248, 250, escolares 20, 62, 64, 67, 70, 72, 75, 76,
251, 252, 254, 281 117, 176, 178, 252, 273
direitos 16, 20, 26, 28, 39, 40, 41, 42, 43, estéticos 46, 49, 51, 52, 53, 56, 79, 96,
47, 57, 58, 68, 73, 117, 118, 119, 120, 121, 283
129, 134, 152, 153, 154, 155, 156, 160, estratégia 34, 62, 101, 110, 129, 190, 273
161, 163, 164, 214, 225, 236, 241, 248, estudo 17, 24, 49, 63, 71, 76, 88, 100, 110,
257, 286 125, 133, 140, 142, 145, 148, 167, 170,
direitos digitais 20, 26, 28, 39, 40, 42, 286 172, 173, 174, 176, 178, 183, 188, 189,
diretrizes 22, 172, 174, 177, 178, 204, 209, 192, 196, 201, 204, 208, 210, 223, 230,
226 254, 266, 267, 269, 270, 272, 273, 276,
284, 288
E éticos 46, 49, 51, 52, 53, 56, 79, 96, 283
educação 14, 19, 20, 22, 26, 27, 28, 32,
F
34, 36, 37, 38, 40, 41, 42, 43, 46, 47, 62,
63, 64, 65, 75, 76, 77, 78, 79, 81, 82, 83, formação 14, 18, 20, 21, 24, 31, 32, 35,
84, 86, 89, 91, 92, 95, 96, 97, 100, 101, 36, 37, 40, 41, 45, 46, 49, 51, 52, 53, 54,
102, 106, 111, 112, 115, 116, 118, 128, 55, 56, 57, 63, 64, 67, 74, 78, 81, 92, 105,
130, 132, 136, 141, 144, 168, 170, 179, 126, 141, 149, 166, 172, 175, 178, 179,
183, 185, 187, 201, 202, 203, 205, 214, 180, 184, 188, 189, 190, 191, 195, 197,
217, 218, 223, 224, 226, 227, 230, 232, 201, 210, 215, 218, 219, 252, 267, 270,
233, 241, 246, 252, 262, 263, 266, 267, 272, 273, 276, 277, 280, 281, 283, 284,
268, 269, 270, 271, 273, 278, 280, 281, 287, 288
282, 283, 284, 285, 286, 287 formação de professores 21, 63, 78, 126,
educação aberta 32, 34, 36, 37, 40, 43, 46, 172, 175, 197, 218, 277, 280, 281, 283
64, 75, 78, 116, 144, 268, 281, 286, 287 G
educação básica 19, 62, 63, 81, 91, 92, 95,
GEPETER 19, 23, 24, 125, 127, 218, 247,
115, 217, 218, 223, 271
248, 252, 261, 277, 282, 283, 284, 285,
SUMÁRIO educação física 226, 227
286, 287
ensino 19, 22, 23, 24, 32, 34, 43, 45, 46,
47, 52, 54, 55, 58, 62, 63, 72, 74, 75, 76, L
77, 78, 79, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, língua portuguesa 53, 54, 55, 126, 283
89, 90, 94, 96, 99, 102, 104, 105, 107, 108,
109, 111, 115, 116, 117, 118, 120, 126,
290
línguas 22, 126, 144, 183, 186, 194, 195, 58, 64, 65, 66, 70, 75, 77, 81, 83, 86, 87,
196, 197, 280, 288 90, 92, 93, 94, 95, 100, 103, 105, 106, 107,
LUME 23, 229, 234, 242, 245, 246 109, 110, 111, 115, 117, 118, 121, 126,
127, 128, 130, 136, 139, 144, 148, 150,
M
152, 153, 154, 155, 156, 157, 158, 159,
mapeamento 30, 40, 200, 204, 209 160, 161, 163, 164, 170, 171, 178, 183,
material 32, 39, 77, 105, 107, 118, 120, 186, 187, 189, 193, 194, 195, 196, 197,
121, 122, 123, 126, 127, 128, 129, 148, 201, 206, 207, 211, 214, 217, 220, 221,
153, 156, 160, 161, 162, 163, 167, 184, 223, 224, 225, 226, 230, 233, 244, 251,
188, 189, 190, 191, 194, 195, 201, 202, 258, 266, 267, 270, 276, 283, 285, 288
203, 204, 214, 216, 220, 224, 231, 234, produções 23, 27, 39, 46, 51, 53, 55, 56,
235, 240, 241, 242, 244, 268 57, 58, 64, 99, 100, 106, 107, 109, 111,
material didático 118, 121, 127, 148, 153, 116, 122, 154, 158, 160, 162, 200, 201,
156, 160, 161, 162, 163, 214, 216, 220 204, 210, 221, 225, 233, 250, 252, 254,
mestrado 21, 111, 115, 116, 122, 126, 128, 268
201, 207, 280 produções autorais 99, 106, 109, 111
mestrado profissional 21, 115 Produsage 20, 61, 65
monitor 276 professores 15, 19, 21, 22, 27, 34, 40, 42,
municipal 32, 37, 267, 271, 276 45, 49, 56, 57, 63, 67, 70, 74, 76, 78, 81,
P 82, 90, 91, 92, 111, 115, 121, 126, 130,
148, 149, 150, 152, 156, 158, 160, 161,
pedagógicas 17, 18, 24, 26, 29, 45, 46, 47,
162, 163, 164, 166, 167, 169, 170, 171,
49, 52, 58, 62, 83, 87, 104, 105, 156, 166,
172, 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179,
173, 174, 175, 178, 179, 214, 217, 218,
197, 201, 202, 203, 206, 209, 210, 214,
231, 238, 269, 270, 276, 283
215, 216, 217, 218, 219, 220, 224, 225,
performance 56, 63, 81, 82, 83, 84, 85, 86,
243, 245, 263, 270, 277, 280, 281, 283
87, 89, 90, 94, 95, 96, 102, 112, 211, 283
projeto 19, 33, 34, 47, 58, 103, 167, 187,
performance pedagógica 81, 82, 83, 84, 85,
203, 223, 242, 246, 250, 266, 271, 276,
86, 89, 90, 94, 95
286
práticas 16, 18, 19, 20, 24, 29, 35, 37, 38,
41, 42, 45, 46, 47, 48, 49, 52, 53, 58, 59, R
62, 63, 64, 65, 67, 69, 70, 72, 75, 76, 77, REA 15, 16, 17, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 26,
101, 110, 116, 118, 121, 127, 128, 130, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 39,
144, 161, 162, 164, 166, 170, 172, 173, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51, 52, 53,
174, 176, 178, 179, 185, 196, 197, 209, 54, 55, 56, 57, 58, 61, 62, 63, 64, 65, 67,
213, 214, 216, 217, 218, 220, 225, 227, 68, 69, 70, 71, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79,
252, 267, 268, 269, 272, 276, 278, 283 81, 83, 86, 87, 89, 90, 92, 93, 94, 95, 96,
SUMÁRIO práticas pedagógicas 18, 29, 45, 46, 47, 99, 100, 101, 103, 105, 106, 107, 108, 109,
49, 52, 58, 166, 173, 174, 178, 217, 269, 110, 111, 115, 116, 117, 118, 119, 120,
276, 283 121, 122, 123, 124, 125, 126, 127, 128,
produção 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22, 29, 129, 130, 131, 132, 133, 134, 135, 137,
32, 33, 34, 37, 42, 45, 48, 50, 51, 52, 55,
291
138, 139, 140, 142, 143, 144, 145, 146, 80, 81, 98, 99, 112, 114, 115, 117, 120,
148, 149, 150, 151, 152, 155, 156, 157, 127, 129, 130, 131, 134, 145, 146, 147,
158, 159, 160, 161, 162, 163, 164, 165, 148, 150, 162, 163, 164, 166, 183, 186,
166, 167, 168, 169, 170, 171, 172, 173, 196, 197, 200, 201, 211, 214, 219, 227,
174, 175, 176, 177, 178, 179, 182, 183, 228, 230, 235, 243, 245, 248, 256, 258,
186, 187, 188, 189, 190, 191, 192, 194, 263, 264, 266, 267, 268, 278, 280, 281,
195, 196, 197, 198, 199, 200, 201, 202, 282, 283, 285, 286, 287, 288
203, 204, 205, 206, 207, 209, 211, 212, rede 19, 21, 29, 31, 37, 45, 57, 58, 64, 65,
214, 215, 217, 218, 219, 220, 221, 222, 66, 67, 68, 69, 70, 73, 75, 76, 82, 86, 94,
223, 224, 225, 226, 230, 231, 235, 236, 96, 101, 104, 116, 128, 164, 176, 184, 196,
245, 248, 249, 250, 251, 252, 257, 261, 197, 201, 209, 214, 267, 271, 276, 277,
262, 263, 264, 265, 266, 267, 268, 269, 281, 283, 285, 286
273, 276, 277, 278, 280, 282, 283, 284, reflexões 19, 63, 100, 111, 115, 116, 121,
285, 286, 288 185, 201, 210, 267, 269, 272, 278
recursos 16, 17, 21, 26, 29, 32, 33, 34, 36, repositório 14, 17, 23, 57, 71, 73, 134,
37, 39, 42, 43, 47, 51, 59, 62, 63, 65, 75, 158, 168, 220, 222, 224, 234, 248, 251,
77, 79, 81, 93, 96, 99, 101, 102, 103, 104, 252, 253, 254, 255, 256, 257, 260, 261,
105, 106, 107, 108, 109, 110, 112, 115, 262, 264
116, 117, 118, 121, 127, 129, 132, 140, repositório digital 23, 248, 251, 252, 254
142, 148, 150, 151, 152, 153, 154, 155,
S
156, 157, 158, 159, 161, 162, 166, 167,
168, 169, 170, 171, 173, 174, 176, 179, SAA 22, 182, 183, 187, 188, 194, 195
181, 183, 196, 203, 204, 205, 206, 207, T
208, 209, 211, 214, 216, 217, 218, 219,
tecnologias 14, 26, 27, 39, 40, 62, 70, 82,
223, 224, 226, 230, 231, 233, 234, 235,
83, 84, 85, 91, 92, 94, 96, 97, 102, 103,
237, 238, 239, 240, 242, 243, 244, 245,
104, 111, 116, 127, 148, 179, 180, 188,
246, 248, 249, 250, 251, 252, 253, 254,
196, 197, 200, 201, 209, 210, 211, 232,
255, 256, 257, 258, 260, 261, 262, 264,
245, 253, 255, 256, 261, 269, 270, 273,
266, 268, 269, 273, 278, 279, 281, 285
277, 280, 281, 282, 283, 284, 285, 286,
recursos educacionais 21, 26, 32, 33, 34,
288
42, 51, 59, 62, 75, 77, 79, 96, 99, 115, 116,
tecnologias educacionais 62, 70, 82, 84,
142, 148, 150, 152, 156, 161, 196, 205,
94, 103, 104, 116, 209, 245, 280, 281, 282,
207, 211, 218, 226, 231, 233, 234, 235,
283, 286
243, 244, 245, 246, 248, 251, 252, 254,
tutor 81, 82, 83, 86, 87, 88, 89, 90, 91, 93,
258, 264, 269, 278, 279, 281, 285
94, 95, 268
Recursos Educacionais Abertos 15, 16, 19,
SUMÁRIO 20, 21, 22, 26, 42, 45, 59, 60, 61, 62, 79,
292