Festas Judaicas 2

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SEMINÁRIO BÍBLICO DE TEOLOGIA CRISTÃ


Seminário Interdenominacional – Entidade Mantenedora: COMUNIDADE CRISTÃ VIDA NOVA
Caixa Postal 46024 CEP 20560.970 – Rio de Janeiro/RJ

PÁSCOA (Lv. 23:5)

1. O que é a Páscoa:

Páscoa no hebraico é pessach que significa passagem ou passar por


cima: "...é a páscoa do Senhor" (Ex.12:11), "Porque o Senhor
passará para ferir os egípcios..." (Ex.12:23), "É o sacrifico da
páscoa ao Senhor que passou por cima das casas dos filhos de
Israel..." (Ex.12:27).

O desenho ao lado mostra um hebreu


aspergindo o sangue de um cordeiro sobre
as ombreiras (batentes ou colunas verticais)
e nas vergas da porta (Êxodo 12:7). Observe
que o sangue aspergido nas colunas e nas
vergas, nos sentidos horizontal e vertical,
apontam para a cruz de Cristo.

2. O Dia da Páscoa:

A festa começa com a morte de um cordeiro como oferta pelo pecado


(Ex.12:2,6), no dia 14 do mês de abibe (Lv.23:15; Ex.13:4), que significa
espigas verdes. Durante o exílio foi substituido pelo nome nisã (Ne.2:1)
que significa começo ou abertura. Corresponde a março-abril em nosso
calendário. A páscoa foi instituída numa sexta-feira, ou seja, um dia
antes dos Pães Asmos (Lv.23:6) e dois dias antes das Primícias
(Lv.23:12).
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Para o povo judeu havia o ano sagrado e o ano civil. O sagrado começava na
primavera. O civil começava no outono. O 7° mês sagrado era o 1° mês civil.
Dividia-se o ano em 12 meses lunares, com um 13° mês 7 vezes em cada 19 anos.

Calendário Lunar Judaico e seus meses correspondentes no


Calendário Solar ou Juliano

Lunar Judaico.........................Solar Juliano Lunar Judaico...........................Solar Juliano

Nisã ou Abibe..........................março-abril Etanim ou Tishri...............setembro-outubro

Iyyar ou Zive..............................abril-maio Marquesvã ou Bul...........outubro-novembro

Sivã..........................................maio-junho Quisleu.........................novembro-dezembro

Tammuz....................................junho-julho Tebethe.............................dezembro-janeiro

Abe.........................................julho-agosto Shebate...............................janeiro-fevereiro

Elul...................................agosto-setembro Adar....................................fevereiro-março

3. A Hora da Páscoa:

O dia civil judaico (período de 24 horas) se inicia às 18:00 horas e


termina às 18:00 horas subsequente. A noite vem primeiro que o dia,
pois na criação do mundo o primeiro dia começou com a escuridão que
foi transformada em luz: "Chamou Deus à luz dia, e às trevas noite.
Houve tarde e manhã, o primeiro dia" (Gn.1:5). Daí em diante cada
período de 24 horas foi indicado sucessivamente como "tarde e manhã"
(Gn.1:5,8,13,19,23,31; 2:2).

O dia natural judaico (12 horas), isto é, o intervalo entre a aurora e o


crepúsculo (06:00 às 18:00 h.), era dividido em três partes: manhã,
meio-dia e tarde (Sl.55:17). Os judeus distinguiam duas tardes no dia: a
primeira ia das 15:00 às 18:00 h., e a segunda se iniciava ao pôr do sol
(18:00 h.), indo até a escuridão da noite, aproximadamente às 19:00 h.
(Mt.14:15 e 23). O sacrifício da páscoa era oferecido "no crepúsculo da
tarde" (Lv.23:5; Nm.28:4,8). A passagem faz referência à primeira tarde
(15:00 às 18:00 h.). A segunda tarde, que se iniciava às 18:00 horas, e a
manhã, que tinha início às 06:00 horas, juntos formavam um dia
(Gn.1:5). O gráfico abaixo ilustra o dia judaico:
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4. O Local da Páscoa:

Posteriormente Deus requereu que a páscoa só fosse realizada em um


local por Ele determinado "Então sacrificarás como oferta de páscoa ao
Senhor teu Deus, do rebanho e do gado, no lugar que o Senhor escolher
para ali fazer habitar o seu nome. Não poderás sacrificar a páscoa em
nenhuma das tuas cidades que te dá o Senhor teu Deus. Senão no lugar
que o Senhor teu Deus escolher para fazer habitar o seu nome, alé
sacrificarás a páscoa à tarde, ao pôr do sol, ao tempo em que saíste do
Egito. Então a cozerás, e comerás no lugar que o Senhor teu Deus
escolher..." (Dt.16:2,5-7).

5. Evento correspondente no Novo Testamento: Redenção

(I Co. 5:7; Ef.5:2; I Pe.1:19; II Co.5:21; Gn.4:7)

5.1. O que é a Redenção:

O evento correspondente à páscoa no Novo Testamento é a redenção.


Assim como um cordeiro foi sacrificado no dia da páscoa para a
libertação dos judeus do Egito, Cristo foi sacrificado para a libertação
dos nossos pecados: "...Ele salvará o seu povo dos pecados deles"
(Mt.1:21); "...pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados" (Ap.1:5);
"...Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado" (I Co.5:7). Cristo se fez
oferta pelo pecado. Há uma perfeita identificação entre o pecado do
crente e a oferta pelo pecado (Jo.3:14). Esta identificação é ainda mais
evidente no Antigo Testamento, pois "a palavra hebraica hattâ't usada
para traduzir pecado é derivada de uma forma verbal que significa
purificar, de modo que o substantivo significa um sacrifício que
obtém a purificação." 1
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Desse modo o texto de Gênesis 4:7 fica com mais sentido: "...se,
todavia, procederes mal, eis que o (a oferta pelo) pecado jaz à
porta... ...a ti cumpre dominá-lo (domá-lo)" (Gn.4:7). Esta identificação
também pode ser vista no Novo Testamento: "Aquele que não conheceu
pecado, ele o fez (oferta pelo) pecado por nós..." (II Co.5:21). Este era o
método usado por Deus, desde os tempos de Adão, para perdoar os
pecados: O sangue deveria ser derramado "Porque a vida da carne está
no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação
(kafer = cobertura - veja Gn.3:21 e 6:14) pelas vossas almas;
porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv.17:11).
Por isso "...sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb.9:22).
No tempo do Antigo Testamento o sangue dos animais apenas cobriam
os pecados. O sangue de Cristo tira o pecado do mundo (Jo.1:29).

5.2. O Dia do Sacrifício de Cristo:

A primeira páscoa foi comemorada numa sexta-feira. Jesus Cristo


também foi crucificado numa sexta-feira (Mt.27:62; Mc.15:42; Lc.23:54;
Jo.19:14), às 09h00, isto é na "hora terceira" (Mc.15:25). Das 12h00 às
15h00, isto é, da hora sexta à hora nona, houve trevas sobre a terra
(Mt.27:45; Lc.23:44-46). Depois disso Ele rendeu o espírito, no período
entre 15h00 e 18h00. Este período compreendido entre a hora nona
(15h00) e o pôr do sol (18h00), no qual Jesus morreu é o mesmo
período designado para o sacrifício da páscoa, ou seja, no crespúsculo
da tarde, (Lv.23:5; Nm.28:4,8).

5.3. A Hora do Sacrifício de Cristo:

Tudo indica que Jesus morreu após às 15:00 horas, que é a hora nona
(Lc.23:44-46). Porém, naquele tempo as horas não eram indicadas com
precisão, como ocorre hoje. Assim sendo, é possível que Jesus tenha
morrido entre 15:00 e 17:00 horas, tendo sido sepultado
aproximadamente após as 17:00 horas (Mc.15:42), pois o sábado iria
começar às 18:00 horas (Lc.23:54), e a Lei Judaica proibia o trabalho
aos sábados e a permanência de um corpo morto na cruz (Dt.21:22,23;
Jo.19:31). Assim sendo, a morte de Jesus foi mais rápida do que se
esperava (Mc.15:44). Isto ocorreu por 4 motivos: (1) Jesus é o Cordeiro
Pascal, e como tal deveria morrer no mesmo período do sacrifício da
páscoa (Ex.12:6); (2) Suas pernas não poderiam ser quebradas para
acelerar a sua morte (Jo.19:32,33; Ex.12:46; Nm.9:12; Sl.34:20); (3) Seu
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corpo não poderia permanecer no madeiro (Dt.21:22,23) e (4) O próprio


Jesus rendeu o seu espírito (Jo.19:30; Jo.10:18; Jo.2:19).

As duas tabelas seguintes mostram as horas do dia e da noite, conforme a cultura


judaica:

As horas do dia

Hora Ocidental Hora Judaica Referência Bíblica

09:00 h. (6 às 9 h.) terceira hora Mt.20:3

12:00 h. (9 às 12 h.) sexta hora Mt.20:5

15:00 h. (12 às 15 h.) nona hora Mt.20:5

18:00 h. (15 às 18 h.) décima segunda hora

As horas da noite

18:00 às 21:00 h. 1ª vigília (noite) Ex.14:24

21:00 às 24:00 h. 2ª vigília (meia noite) Lc.12:38 (Mt.25:6)

24:00 às 03:00 h. 3ª vigília (cantar do galo) Lc.12:38

03:00 às 06:00 h. 4ª vigília (manhã) Mt.14:25

O dia civil judaico é ilustrado na tabela abaixo:

O Dia Judaico (24 horas)

18:00 h. cair da tarde Mt.20:8; Mt.14:23

18:00 h. pôr do sol Gn.28:11; Mc.1:32

A tabela abaixo ilustra outros horários mencionados na Bíblia:

Outras Horas Judaicas


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17:00 h. undécima hora Mt.20:6

Cerca de 22:00 h. 2ª ou vigília média Jz.7:19

06:00 às 09:00 h. raiar do sol, Jz.9:33;; Sl.50:1; Sl. 113:3;


Is.45:6
nascente do sol,

levante,

15:00 às 18:00 h. cair da tarde (1ª) Mt.14:15

18:00 às 19:00 h. cair da tarde (2ª) Mt.14:23

15:00 às 18:00 h. crepúsculo da tarde Ex.12:6; Nm.9:3

A páscoa foi realizada na sexta-feira. Três dias depois os judeus


deveriam comemorar a festa das primícias (Lv.23:12). Esta festa
indicava a ressurreição após três dias. O primeiro molho de trigo que
fosse colhido, isto é, as primícias, deveria ser movido perante o Senhor
(Lv.23:10,11). Este mover do trigo era símbolo da vida que, ao contrário
de um animal morto, inerte e sem movimento, se expressa pelo mover
da vida (At.17:25,28). Na ressurreição o corpo de Cristo que estava
inerte no túmulo foi movido por Deus e a terra se abalou (Mt.27:51-54;
Mt.28:2; Hb.12:26,27). Cristo foi vivificado no espirito (IPe.3:18). Mas a
oferta só poderia ser feita após três dias depois da páscoa. Isto tem a
ver com a ressurreição que ocorreu somente três dias depois da morte
de Cristo.

O esquema a seguir mostra os três dias e três noites mencionados por


Jesus. As palavras de Jesus "...três dias e três noites" (Mt.12:40), não
exige que 72 horas tenham se passado entre sua morte e ressurreição,
pois os judeus consideravam parte de um dia como um dia inteiro.

O gráfico seguinte ilustra os três dias e três noites que Jesus


permaneceu na sepultura:
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Esta expressão "um dia e uma noite" é idiomática, e era usada pelos
judeus para indicar "um dia" (ISm.30:12,13), mesmo quando somente
parte de um dia era indicada. Qualquer parte do período era
considerado um período total. O Talmude Babilônico relata que "uma
parte do dia é o total dele" 2

O Talmude de Jerusalém, diz: "Temos um ensino: um dia e uma noite


são um onah e a parte de um onah é como o total dele" 3

Cristo foi crucificado na sexta-feira. Qualquer tempo antes das 18:00


horas de sexta-feira seria considerado um dia e uma noite. Qualquer
tempo depois das 18:00 horas de sexta-feira até sábado às 18:00 horas,
também seria um dia e uma noite. Semelhantemente, qualquer tempo
após às 18:00 horas de sábado até o momento em que Cristo
ressuscitou, na manhã de domingo, também seria um dia e uma noite.
Do ponto de vista judaico, seriam três dias e três noites de sexta à tarde
até domingo de manhã.

5.4. O Local do Sacrifício de Cristo:

O local exato da morte de Cristo não se sabe. As Escrituras mencionam


o lugar onde Cristo foi crucificado, que se chamava Calvário (Lc.23:33).
Em hebraico (aramaico) o nome é Gólgota (Jo.19:17) que significa Lugar
da Caveira (Mt.27:33).

Jesus Cristo não poderia ser crucificado fora da Judéia, muito embora
tenha sido crucificado fora de Jerusalém (Hb.13:11,12; Jo.19:20;
Mt.21:39). A Judéia, local do templo de Salomão, era o local onde Deus
havia escolhido para habitar (I Rs.9:3). Com isto Deus queria mostrar
que só há um Caminho para a salvação. Os sacrifícios da páscoa não
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podiam ser realizados em qualquer lugar, mas somente naquele lugar


onde Deus havia determinado. Os sacrifícios e adoração fora de
Jerusalém era considerado pecado (I Rs.12:25-33; I Rs.13:9,10; I
Rs.8:29,33,38,44; Dn.9:3; Jo.4:20). Muitos cristãos pensam que idolatria
é somente culto prestado a deus falso. Pelo estudo das Escrituras
descobrimos que culto falso prestado ao Deus verdadeiro também é
idolatria. Se alguém pretende agradar ao Deus verdadeiro por meios
estranhos às Sagradas Letras, realiza culto falso e comete o pecado da
idolatria. Somente o Sacrifício do Calvário realizado por Cristo, tem valor
para Deus. Jesus é o Caminho (Jo.14:6). Deus não aceita outro
sacrifício além do sacrifício de Cristo realizado no Calvário. Desse
modo, ordenando que os sacrifícios fossem realizados no templo, Deus
estava querendo demonstrar que só há um caminho para a salvação.

Jesus é descendente de Judá (Gn.49:8-12), e por esta mesma razão a


tribo de Judá recebeu lugar de honra na ordem dos acampamentos da
tribo, diante diante do tabernáculo (Nm.2:3; Lc.1:78,79; Sl.84:11; Ml.4:2),
porque a salvação vem dos judeus (Jo.4:22) e Jesus é a Porta (Jo.10:9)
que dá acesso ao Pai.

O esquema abaixo mostra a localização das doze tribos em volta do


tabernáculo. Observe que a tribo de Judá permanecia em frente da porta
de entrada para o tabernáculo, no lado leste. Isso indicava que um
descendente de Judá haveria de abrir o caminho que dá acesso a Deus
(Lc.1:78; Nm.2:3; Sl.84:11; Ml.4:2).
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2. ASMOS = MATZOT (Lv. 23:6)

Esta festa era comemorada no dia seguinte à páscoa (Lv.23:6). Os pães


não continham fermento porque representavam a pureza de Cristo, o
Pão da Vida (Lv.2:11; Dt.16:1-4; Jo.6:48,51; I Co.11:23-26; Mt.16:6).
Também expressa a nossa comunhão com Cristo, que começa com a
nossa redenção e depois prossegue em uma vida santa (I Co.5:6-8;
Gl.5:9). As ofertas de pães asmos não poderia conter sangue, porque o
sangue era derramado pelo pecado (Ex.23:18; 34:25) e esta oferta
deveria ser apresentada como "aroma agradável ao Senhor" (Lv.23:13).

Os hebreus deveriam celebrar a festa dos pães asmos durante sete


dias, durante os quais deveriam comer pão não levedado (Ex.12:15-20).

Evento correspondente no Novo Testamento: Santificação

(I Co.5:8)

Assim como a Festa dos Pães Asmos era celebrada imediatamente


após o sacrifício da páscoa, aquele que é redimido pelo sangue de
Cristo, deve imediatamente prosseguir em seu caminho em processo de
santificação: "...aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus" (II
Co.7:1). Esta oferta não poderia conter sangue do sacrifício porque o
sangue era derramado por causa do pecado e "...aquele que sofreu na
carne deixou o pecado" (I Pe.4:1) e "...quem morreu, justificado está do
pecado... ...a morte já não tem domínio sobre Ele" (Rm.6:7,9).

Diversos textos das Sagradas Escrituras demonstram este processo de


santificação do cristão, vinculado à sua redenção e originado nela.

Saber distingüir os textos que falam da salvação inicial dos textos que
falam da santificação é importante para uma real compreensão das
Sagradas Escrituras.

A tabela a seguir mostra paralelamente os textos bíblicos que tratam da


redenção e da santificação do crente.
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SALVAÇÃO

REDENÇÃO SANTIFICAÇÃO

A posição do crente (permanente) O estado ou condição do crente


(progressivo)

...fostes lavados... (I Co.6:11) ...lava-me purifica-me... (Sl.51:2)

...lava os teus pecados... (At.22:16) Lavai-vos, purificais-vos... (Is.1:16)

...nos lavou... lavar regenerador... (Tt.3:5) Lava-me... purifica-me... (Sl.51:2,7)

...que nos salvou... (II Tm.1:9) ...tornar-te sábio para a salvação... (II
Tm.3:15)

...aos santificados em Cristo Jesus... (I Co.1:2a) ...chamados para ser santos... (I Co.1:2b)

...salvação pela santificação do Espírito... (II ...esta é a vontade de Deus, a vossa


Ts.2:13) santificação... (I Ts.4:3)

...em santificação do Espírito... (I Pe.1:2) ...seguí... a santificação... (Hb.12:14)

...os que são santificados... (At.20:32) Santifica-os na verdade... (Jo.17:17)

...fostes santificados... (I Co.6:11) ...fruto para a santificação... (Rm.6:22)

...o santo... (Ap.22:11a) ...continue a santificar-se... (Ap.22:11b)

...aperfeiçoou para sempre... (Hb.10:14a) ...quantos estão sendo santificados...


(Hb.10:14b)

...aquele que começou boa obra... (Fp.1:6a) ...há de aperfeiçoá-la completamente...


(Fp.1:6b)

...estais aperfeiçoados nele... (Cl.2:10) Não que eu... tenha já obtido a perfeição...
(Fp.3:12)

...purificando-lhes pela fé os corações... Cria em mim... um coração puro...


(At.15:9) (Sl.51;10)

...tendo purificado as nossas almas... (I Pe.1:22) ...purifiquemos-nos... santificação... (II


Co.7:1)

...e purificar... um povo... zeloso de boas obras ...a si mesmo se purifica... para toda boa
(Tt.2:14) obra... (II Tm.2:21)

...povo em cujo coração está a minha lei... Lava o teu coração da malícia... (Jr.4:14)
(Is.51:7)

...tendo os corações purificados... (Hb.10:22) ...no coração as tuas palavras para não
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pecar...(Sl.119:11)

... puro de coração... (Sl.24:4) Quem pode dizer: purifiquei o meu


coração...? (Pv.20:9)

...os limpos de coração... (Mt.5:8) ...limpai o coração... (Tg.4:8)

...Deus é bom para com os de coração limpo ...a si mesmo se purifica... (I Jo.3:3)
(Sl.73:1)

Vós já estais limpos pela palavra... (Jo.15:3) ...a palavra... poderosa para salvar...
(Tg.1:21)

...o sangue de Cristo... purificará... (Hb.9:14) ...nos purifica de todo o pecado (I Jo.1:7)

3. PRIMÍCIAS = HABICURIM (Lv. 23:9)

A palavra primícias no hebraico é habicurim. As Primícias era


comemorada 3 dias e 3 noites depois da Páscoa (Lv.23:12), quando as
primícias da terra eram ofertadas ao Senhor, e 49 dias antes do
Pentecoste. Deus requeria apenas um molho de cevada. A Festa das
Primícias é também designada "...festa das segas dos primeiros frutos
(Ex.23:16)."

O uso do fermento era proibido na Festa dos Pães Asmos e na Festa da


Páscoa, porém poderia ser usado na Festa das Primícias (Lv.23:17,18).
O fermento é considerado pelas Escrituras como tipo da presença da
impureza e do mal (Ex.12:15,19; 13:7; Lv.2:11; Dt.16:4; Mt.16:6,12;
Mc.8:15; Lc.12:1; ICo.5:6-9; Gl.5:9). Portanto os dois pães levedados a
serem movidos, representam Israel e os gentios formando a Igreja. O
fermento é sinal da imperfeição no meio do povo de Deus (Mt.13:33).

Evento Correspondente no Novo Testamento: Ressurreição

(I Co.15:20; At.26:23; Cl.1:18)

A ressurreição de Jesus ocorreu no domingo, antes do nascer do sol


(Mc.16:2; Lc.24:1; Jo.20:1) 3 dias e 3 noites após a sua morte
(Mt.12:40). Ele não ficou exatamente 72 horas no túmulo, mas parte da
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sexta-feira (das 15:00 às 18:00 h. = 3 horas), o sábado inteiro (das 18:00


às 18:00 h. = 24 horas) e parte do domingo (das 18:00 às 06:00 h. = 12
horas), portanto cerca de 39 horas. As 33 horas restantes são 21 horas
da sexta-feira (das 18:00 às 15:00 h.) e 12 horas do domingo (das 06:00
às 18:00 h.). De qualquer forma a ressurreição ocorreu três dias depois
(dias judaicos). "O Filho do Homem será entregue nas mãos dos
homens, e o matarão; mas três dias depois da sua morte, ressuscitará"
(Mc.9:31).

"...Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que


dormem" (I Co.15:20). Cristo é "o primogênito de entre os mortos"
(Cl.1:18). "...sendo o primeiro da ressurreição dos mortos..."
(At.26:23).

A ressurreição de Cristo e, analogicamente, a oferta das primícias,


representavam a consagração de toda a colheita a Deus e serviram
como um penhor, ou garantia, de que a totalidade da colheita ainda se
realizará na ceifa (Rm.8:23; 11:16; ICo.16:15). Portanto, Cristo na
qualidade de Primícias da Ressurreição, consagrou a Deus toda a
colheita(Hb.2:13).

4. SEMANAS = SHAVUOT

Em Levítico 23:16 encontramos a expressão hebraica hamishshïm yom


(LXX=pentêkonta hêmeras) que significa cinquenta dias. Era
comemorada cinquenta dias depois da festa das primícias quando era
ofertado o primeiro molho de trigo da colheita (Lv.23:11,12,15,16;
Dt.16:9), aos 6 do mês de Sivan, que corresponde ao mês de junho em
nosso calendário. Comemorada após cinquenta dias ou sete semanas,
recebeu também o nome de festa das semanas=hagh shabhu'ôth
(Ex.34:22; Dt.16:10), ou dia das primícias = yôm habbikkürïm
(Ex.23:16; Nm.28:26). Comemorava a entrega da lei que foi dada no
monte Sinai durante este período (Compare Ex.19:1,11 com
Ex.12:6,12). Enquanto os pães asmos eram sem fermento, os pães
desta oferta continham fermento (Lv.23:16-18), e deveriam ser movidos
com os pães das primícias perante o Senhor (Lv.23:20).

Evento Correspondente no Novo Testamento: Pentecostes


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(At.2:1; At.20:16; I Co.16:8)

Assim como os pães das primícias eram movidos (Lv.23:9-14), também


os pães levedados deveriam ser movidos juntamente com eles
(Lv.23:20; Rm.6:5). O Pentecoste tipifica a descida do Espírito Santo
para formar a Igreja. Por causa disto está presente o fermento porque o
mal está presente na Igreja (Mt.13:33; At.5:1-10; 15:1). Assim como
Cristo foi removido da sepultura; os cristãos também foram
simbolicamente movidos (At.4:31). Nas primícias eram oferecidos
molhos de hastes separadas frouxamente reunidas, mas no Pentecoste
há uma verdadeira união de partes formando uma única massa. A
descida do Espírito Santo uniu os discípulos, antes separados, em um
só corpo (I Co.10:16,17; I Co.12:12,13,20).

Pentecoste comemora então a vinda do Espírito Santo, que foi dado


cinquenta dias após a ressurreição de Cristo. Assim como a lei foi dada
nesse período, no tempo do Antigo Testamento, para o povo de Israel, o
Espírito Santo foi dado, também nesse período, para a Igreja (IICo.3:3-
11). Os 120 discipulos (At.1:15) reunidos no dia de Pentecoste, sobre os
quais caiu o Espirito Santo, representavam a colheita dos primeiros
frutos (Rm.8:23; Tg.1:18; Ap.14:4; Mt.13:30; 21:34). A Igreja tem a
Primícia do Espírito 4

5. TROMBETAS = SHOFAROT (Lv. 23:24)

Provavelmente feita de um chifre=shofar de carneiro. Era comemorada


no sétimo mês, o mês de Etanim (IRs.8:2), que mais tarde passou a
chamar-se mês de Tishri, e corresponde a setembro ou outubro.
Atualmente esta festa é denominada Rosh Hashanah=Ano Novo, pois
assinala o início do ano civil. Da mesma forma que o sétimo dia é
santificado pelo descanso e pela adoração, assim também o sétimo mês
do ano é santificado por três festas: trombetas, dia da expiação e
tabernáculos. A Festa das Trombetas era um dia de descanso solene,
no qual as trombetas eram tocadas a fim de reunir Israel (Nm.10:10).

Evento Correspondente no Novo Testamento: Arrebatamento E


Reagrupamento de Israel (I Co.15:51,52; I Ts.4:16,17)
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As trombetas eram soadas na Festa das Trombetas (Nm.29:1,7,12) para


que o povo de Israel se reunisse em descanso solene. Desse modo
representa o reagrupamento de Israel que ocorrerá depois do
arrebatamento da Igreja (Dt.30:1-6; Is.11:12; Jr.3:2; Ez.11:14-18;
Mq.2:12,13; Mt.20:16). Primeiramente ocorrerá a reunião dos santos da
dispensação da Igreja (Its.4:16,17). Depois de algum tempo (7 anos de
tribulação) ocorrerá o reagrupamento de Israel (Is.18:3; Is.27:13; Jl.2:1).
O reajuntamento de Israel já teve início nesta dispensação, mas será
mais intenso e visível durante o perído da tribulação, imediatamente
após o término da dispensação da igreja. Observe que um grande
intervalo de tempo passava entre o Pentecoste a a Festa das
Trombetas. Este longo período representa o período ocupado pela obra
do Espírito Santo na dispensação da Igreja.

6. DIA DA EXPIAÇÃO = YOM HAKIPURIM (Lv. 23:27,28)

O Dia da Expiação era comemorado anualmente para fazer purificação


dos pecados (Lv.16:16,30,33). O sacerdote entrava no santuário apenas
uma vez por ano (Lv.16:2; Ex.30:10; Hb.9:7,25).

O texto de Levítico dá ênfase à maneira como Israel deveria observar


este dia: "...afligireis as vossas almas..." (Lv.23:27). Certamente, está
em evidência, nesta passagem, o caráter profético que prevê o futuro
arrependimento de Israel.

Evento Correspondente no Novo Testamento: SEGUNDA VINDA,


REDENÇÃO DE ISRAEL, REVELAÇÃO.

O arrependimento de Israel está vinculado à 2ª Vinda de Jesus, à sua


revelação. Este arrependimento ocorrerá a nível nacional (Zc.12:10-14).
Detalhes proféticos sobre este acontecimento futuro, podem ser
encontrados no capítulo 30 do livro de Deuteronômio. Os versículos 1 a
10 descrevem a dispersão ou diáspora (Dt.30:1), o reajuntamento de
Israel (Dt.30:2-5; Mc.13:26,27), a obra graciosa do Espírito Santo no
coração do povo judeu, trazendo arrependimento (Dt.30:6; Zc.12:10) e
removendo a impureza (Zc.13:1; Dn.9:24).

Historicamente, a fonte, citada em Zacarias 13:1 foi aberta na


crucificação, mas foi rejeitada pelos judeus daquele século e dos
séculos subseqüentes. Depois do reajuntamento de Israel a fonte será
novamente aberta, trazendo o arrependimento desejado.
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No reajuntamento de Israel, bençãos serão concedidas. Haverá a


restauração da terra da palestina à Israel (Dt.30:5), restauração do povo
(Dt.30:6; Jr.31:31-34), julgamento dos inimigos de Israel (Dt.30:7;
Jl.3:1,2) e prosperidade na terra (Dt.30:9; Am.9:11-15).

7. TABERNÁCULOS = SUCOT (Lv. 23:33)

Nesta festa os israelitas habitavam em cabanas ou tabernáculos


(Lv.23:42) durante uma semana (Lv.23:42). Essas cabanas eram feitas
de ramos de árvores (Ne.8:14-18). A Festa dos Tabernáculos, também
conhecida como Festa das Colheitas (em hebraico, hagh haqqâçïr)
porque marcava o início da colheita outonal de frutas e azeitonas
(Ex.23:16), durava do 15° ao 22° dia do sétimo mês (set-out), e era
comemorada uma vez por ano (Lv.23:41).

Evento Correspondente no Novo Testamento: MILÊNIO

A Festa dos Tabernáculos corresponde ao Milênio do Novo Testamento.


Esta festa é como a Ceia do Senhor para a Igreja: memorial e profética.
É memorial quanto a redenção do Egito (Lv.23:43) e profética quanto
quanto ao descanso do reino para Israel depois do seu reajuntamento e
restauração., quando, então, a festa se tornará novamente um
memorial, e, não somente para Israel, mas para todas as nações
(Ed.3:4; Zc.14:16-21; Ap.21:3).

O elemento principal desta festa é a presença de Deus entre os


homens, trazendo luz e repouso eterno (Ap.21:3,4). Por esta causa
Cristo veio ao mundo: "E o Verbo se fez carne, e habitou
(tabernaculou) entre nós..."(Jo.1:14). Não é por acaso que Cristo
recebeu o nome de "...Emanuel, que quer dizer Deus conosco
(Mt.1:23)."

FESTAS BÍBLICAS

ANTIGO TESTAMENTO NOVO TESTAMENTO

PESSACH = PÁSCOA (Lv. 23:5) REDENÇÃO (I Co. 5:7)


Festa da Páscoa
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MATZOT = ASMOS (Lv. 23:6) SANTIFICAÇÃO (I Co.5:8)


Festa dos Pães Asmos

HABICURIM = PRIMÍCIAS (Lv. 23:9) RESSURREIÇÃO (I Co.15:20)


Festa das Primícias

SHAVUOT = SEMANAS (Lv.23:15,16) PENTECOSTES (At.2:1; 20:16;


Festa das Semanas ICo.16:8)

SHOFAROT = TROMBETAS (Lv. 23:24) ARREBATAMENTO (ICo.15:51,52;


ITs.4:16,17)
Reagrupamento de Israel

YOM HAKIPURIM = DIA DA EXPIAÇÃO REDENÇÃO DE ISRAEL (Dn.9:24;


Dia da Expiação (Lv.23:27) Zc.12:10 a 14; Rm.11:26,27)

SUCOT = TABERNÁCULOS (Lv.23:34) MILÊNIO (Zc.13:1,2; 14:17,18;


Festa dos Tabernáculos ou Festa da Colheita Ap.20:1-6; 21:3; Ex.23:16,17; Mt.13:30)

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