Ótica

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Aula Física

01 1D

Conceitos da ótica
geométrica, reflexão
da luz, espelho plano e
suas análises
Introdução dimensões desprezíveis e a fonte extensa tem dimen-
sões consideráveis para um determinado observador.
Um dos importantes sentidos do corpo humano
é a visão e, para observar objetos ao nosso redor, é
necessário que haja a presença de luz. Portanto, faz-se
Quanto vale um ano-luz?
necessário não só compreender essa forma de energia, O ano-luz é uma unidade de distância. Para determinar
mas também os fenômenos que possibilitam essa visua- o valor de 1 ano-luz mede-se a distância percorrida pela
lização. luz durante o intervalo de um ano. Sendo v = 3 . 108 m/s e
A ÓPTICA ou ÓTICA é a parte da Física que estuda 1 ano # 3,15 . 107 s, tem-se:
os fenômenos relacionados à luz, uma forma de energia
luminosa que pode ser propagar em diferentes meios, Δs Δs
v= ⇒ 3, 00 ×10 8 =
sendo possível representá-la da seguinte maneira: Δt 3,15 ×10 7
Δs = 1 a.l. = 9, 45 ×10 15 m
Fontes de luz Δs = 1 a.l. = 9.450.000.000.000.000 m
As fontes de luz podem ser classificadas como fonte
primária ou secundária e ainda como fonte pontual ou
extensa. Observação:
Como a luz se propaga em linha reta,
Fonte primária e secundária considera-se o deslocamento escalar com o
mesmo valor numérico da distância percorrida,
Fonte primária é aquela que possui luz própria
apesar de serem grandezas físicas diferentes.
(fonte luminosa); tem como exemplo o Sol, uma lâm-
pada acesa, a chama de uma vela. Fonte secundária é
aquela que NÃO possui luz própria (fonte iluminada);
tem como exemplo a Lua, uma lâmpada apagada, um Meios de propagação
planeta.
Transparente
Fonte pontual e extensa Os meios transparentes caracterizam-se por permitir
Uma fonte de luz pode ser classificada como pontual a passage da luz de maneira regular, em trajetórias bem
ou extensa pelo tamanho que a percebemos. Uma fonte definidas. Assim, é possível enxergar perfeitamente
pontual se assemelha com o formato de um ponto de objetos através desse meio.

1
Ex.: vidro comum, ar, entre outros. Ex.: parede de tijolo, porta de madeira, entre outros.
©Shutterstock/InkaOne

©iStockphoto.com/Nastco
` Vidro comum

Translúcido
O meio translúcido caracteriza-se por permitir a pas-
sagem da luz de maneira irregular e, como consequência,
objetos são vistos através desses meios sem nitidez.
Ex.: vidro fosco, papel de seda, entre outros.
©Shutterstock/Yury Gulakov

` Parede de tijolos

Princípio da propagação
retilínea da luz
Esse importante princípio físico indica que a luz se
propaga em linha reta; sendo assim, alguns fenômenos
comuns como a formação de sombras, penumbras, fases
da Lua, além da ocorrência dos eclipses, estão entre seus
principais exemplos. Veja a seguir a aplicação desse
princípio no fenômeno do eclipse:
©Shutterstock/Naeblys

Cone de penumbra

Cone de sombra

` Vidro fosco

Opaco Observação:
O meio opaco caracteriza-se por não permitir a A penumbra só ocorre devido a presença de
passagem da luz e, como consequência, não é possível uma fonte extensa de luz.
se observar através desse meio.

2 Semiextensivo
Aula 01

Câmara escura de orifício Esse fenômeno ocorre obedecendo a algumas leis


fundamentais.
A câmara escura é uma forma primitiva de máquina
fotográfica. Ela consiste em uma caixa fechada com um 1.a Lei da Reflexão: os raios incidente (Ri), refletido (Rr) e
orifício em uma das faces, conforme mostra a figura a a linha Normal (N) são coplanares.
seguir. 2.a Lei da Reflexão: o ângulo de incidência ( i ) é igual ao
ângulo de reflexão ( r ).

Divanzir Padilha. 2004. Digital.


N
Raio Raio
incidente refletido

i r

Perceba que a luz proveniente do objeto projeta


uma imagem menor e invertida na face oposta do furo. i=r
o – tamanho do objeto
i – tamanho da imagem
p – distância do objeto ao orifício
Espelhos planos
Os espelhos planos são formados por uma fina
p’ – distância da imagem ao orifício
camada metálica que é aderida ou vidro comum, esse,
Observe os raios de luz que formam a imagem. Note tem a função de proteção. Um espelho é uma superfície
que existem dois triângulos semelhantes e, dessa seme- altamente refletora, mas não é capaz de refletir 100%
lhança, é possível deduzir a seguinte relação: dos raios incidentes. Uma das funções de um espelho
plano é formar uma imagem, facilitando assim a reali-
zação de algumas tarefas. Veja a seguir como se forma
i p’ uma imagem em um espelho plano.
o p
Sandra Ribeiro. 2016. Digital

Espelho plano

Reflexão
Reflexão é um fenômeno ótico que ocorre quando
um raio de luz encontra um anteparo e, após ser refle-
tido, volta para o meio de origem. Veja a seguir alguns Objeto Imagem
elementos pertencentes a esse fenômeno.

N p p’
Ri Rr
O objeto posicionado em frente ao espelho, sendo
uma fonte primária ou secundária de luz, emite ou reflete
i r raios de luz que, após a reflexão, formam uma imagem no
encontro dos seus prolongamentos, representados pelas
linhas pontilhadas da figura. Cada ponto do objeto (P.O.R.)
forma um ponto da imagem (P.I.V.), fazendo com que seja
possível a visualização da imagem.
Ri: Raio incidente Características da imagem formada por um espelho
Rr: Raio refletido
plano.
N: Linha Normal à superfície (90°) • A imagem parece ser formada atrás do espelho, logo
tem natureza virtual.
i: Ângulo de incidência do raio de luz
r: Ângulo de reflexão do raio de luz
• Se uma pessoa se posiciona em pé, a imagem também
estará em pé; isso indica que a imagem é direita.

Física 1D 3
• A imagem tem o mesmo tamanho do objeto, por- O retrovisor de um automóvel é um exemplo que
tanto i = o. possibilita visualizar um campo visual, pois tudo que
• Se uma pessoa levantar a mão direita, a imagem exerganmos “dentro“ do espelho faz parte desse campo.
levantará a mão esquerda, portanto a imagem é

©Shutterstock/Denise Lett
considerada revertida (invertida da direita para a
esquerda) ou enantiomorfa.
• A distância do objeto ao espelho (p) é igual à distân-
cia da imagem ao espelho (p’); portanto p = p’ .

Campo visual
Campo visual é definido como a região do espaço
que é possível observar através da reflexão em um espe-
lho. Em outras palavras, é tudo que se pode ver “dentro”
do espelho. Para determinar geometricamente o campo
visual, é possível proceder da seguinte maneira: Translação espelhos planos
1. A partir da imagem do observador, trace duas retas A translação de um espelho plano caracteriza-se
que passem pelas extremidades superior e inferior pela aproximação ou afastamento relativo entre objeto
do espelho.
e espelho, sendo possível analisar esse movimento
imagem do
Observador observador referente ao deslocamento e a velocidade.

B
A o i
C

E D

Jack art. 2016. Digital.


Sandra Ribeiro. 2016. Digital

F espelho plano

p p'
G espelho plano

o o i i
2. O campo visual será a região destacada, portanto esse
observador só conseguirá enxergar os pontos que
d d
estão dentro dela, D, E, F e G contudo os pontos A, B e
C não serão vistos por estarem fora do campo visual.
vo ve = 0 vi
Sandra Ribeiro. 2016. Digital

imagem do
Observador observador
velocidade espelho velocidade
do objeto plano da imagem

B Conclusão
A
C • Deslocamento (d):

D
O deslocamento (d) do objeto em relação ao espelho
E
é igual ao deslocamento (d) da imagem em relação ao
espelho; portanto a imagem se aproxima do objeto,
campo visual
uma distância de 2 . d.
• Velocidade (v):
F espelho plano
O módulo da velocidade do objeto em relação ao
espelho (v) é igual ao módulo da velocidade da imagem
G em relação ao espelho (v); portanto a imagem se aproxi-
ma do objeto com uma velocidade de módulo 2 . v.
4 Semiextensivo
Aula 01

girará DN,portanto é possível determinar matematicamen-


Observação: te que o raio refletido (') girará em 2 . D. Portanto:
Pode-se adotar o mesmo raciocínio se o
objeto se aproximar do espelho ou se o espelho DE = DN '=2.D
se aproximar do objeto.
Associação de espelhos planos
Rotação de espelhos planos Posicionando um objeto em frente a um espelho pla-
no, esse conjugará somente uma imagem. Posicionando
Um espelho plano sofre rotação quando, a partir de
um objeto em frente a dois espelhos, esses conjugarão
uma posição inicial (P1), sofre um deslocamento angular um número de imagens que dependerá do ângulo
até uma posição final (P2). Veja a seguir como essa rota- formado entre os espelhos.
ção pode ocorrer.
Perceba que, nesse caso, o ângulo formado pelos
espelhos E1 e E2 é de 90° (perpendiculares entre si), e um
Ri N1 Rr1
observador perceberá três imagens I1, I2 e I3. A imagem
I3 resulta da superposição das imagens I1 e I2 e será
i r formada no lado oposto ao posicionamento do objeto,
I1 P1 Rr2 numa região definida como ângulo morto.
O DE
i’ r’

Sandra Ribeiro. 2016. Digital.


' I2 E1
P2
DN
objeto
N2 I1

E2
Considerando que o espelho, da posição 1 (P1) até a po-
I3 I2
sição 2 (P2), girou um ângulo DE, a reta normal (N) também

Testes
Instruções: Texto para as questões
Assimilação 01.04 e 01.05
A reflexão pode ocorrer basica-
01.01. Dentre as alternativas, escolha a que contém apenas fontes primárias de luz: mente de três formas distintas: reflexão
a) Pilha de lanterna, Sol e fósforo. b) Sol, Lua e lâmpada elétrica. regular (especular), difusa ou ainda
c) Lâmpada elétrica, fósforo e Sol. d) Sol, lâmpada acesa e estrelas. normal (90°) à superfície.
e) Vela, lâmpada elétrica e Lua. Reflexão regular
Ocorre quando os raios de luz
01.02. Em relação aos meios de propagação, é possível afirmar que: incidem em um anteparo, de forma
a) meios transparentes permitem somente a passagem da luz. organizada, e são refletidos de forma
b) meios translúcidos permitem vermos perfeitamente através deles. organizada.
c) meios opacos não permitem vermos perfeitamente através deles mas permitem Reflexão difusa
a passagem de luz. Ocorre quando os raios incidem em
d) meios transparentes e translúcidos permitem a passagem de luz. um anteparo, de forma organizada, e
e) meios translúcidos e opacos não permitem a passagem da luz. são refletidos de forma desorganizada.
Reflexão normal
01.03. (UFMT) – O fenômeno conhecido como eclipse solar evidencia que a luz:
Ocorre quando os raios incidem
a) é independente quando se propaga. b) é reversível quando se propaga. em um anteparo, normalmente (per-
c) se propaga em linha reta. d) se propaga em linha curva. pendicularmente) à superfície sendo
e) contorna os objetos ao se propagar. refletidos também normalmente.

Física 1D 5
01.04. Analise as proposições a seguir sobre a reflexão da luz: 01.08. (FGV – SP) – Um raio de luz reflete-se em uma
I. O fenômeno da reflexão ocorre quando a luz incide sobre superfície plana e polida (S), conforme mostra a figura a
uma superfície e retorna ao seu meio original. seguir. O ângulo entre os raios incidentes (AO) e refletido
II. Quando ocorre reflexão difusa, os raios retornam orga- (OB) mede 90°.
nizados. A B
III. Na reflexão regular, os raios de luz propagam-se de forma
organizada.
IV. Quando a luz é refletida por uma superfície, o ângulo de
90o
incidência é sempre igual ao ângulo de reflexão da luz.
Estão corretas: S
O
a) I , II e III apenas.
b) I , III e IV apenas. O ângulo de incidência do raio de luz, e o respectivo desvio,
c) I , II e IV apenas. medem, respectivamente:
d) II, III e IV apenas. a) 30° e 30° b) 45° e 90°
e) todas afirmativas estão corretas. c) 60° e 90° d) 90° e 45°
e) 180° e 90°
01.05. (PUCPR) – A superfície de uma tela de cinema deve
apresentar reflexão do tipo: 01.09. (UDESC) – Um administrador da UDESC resolveu
a) especular; b) difusa; colocar, na parte dianteira dos veículos da Universidade, um
c) vítrea; d) especular e vítrea; adesivo de identificação que pode ser lido diretamente pelos
e) brilhante e lisa. motoristas dos carros que estão transitando à frente, através
dos espelhos retrovisores.
A alternativa que contém o adesivo com a grafia correta é:
Aperfeiçoamento a)
b)
01.06. (UECE) – Um homem de 2,0 m de altura coloca-se c)
0,5 m de uma câmera escura (de orifício) de comprimento d)
30 cm. O tamanho da imagem formada no interior da e) Nenhuma das alternativas corresponde à grafia correta
câmera é: do adesivo.
a) 0,8 m b) 1,0 m
c) 1,4 m d) 1,2 m 01.10. (UNOPAR – PR) – Incide-se um raio de luz em um
e) 1,6 m espelho plano E1, formando um ângulo de 30° com a
normal. A seguir o raio refletido passa a ser incidente em
outro espelho E2, paralelo a E1, conforme mostra a figura.
O raio refletido, saindo de E2, forma com o espelho um
ângulo de:
E1

30° E2

01.07. O ângulo de incidência, em um espelho plano, é de


30°. Qual o valor do ângulo formado entre o raio refletido
e a superfície?
a) 0° b) 30° c) 45° d) 60° e) 90°
a) 15° b) 30° c) 45°
d) 60° e) 90°
01.11. (UFPE) – Uma criança corre em direção a um espelho
vertical plano, com uma velocidade constante de 4,0 m/s.
Qual a velocidade da criança, em m/s, em relação à sua
imagem?
a) 1,0 b) 4,0 c) 8,0
d) 2,0 e) 6,0

6 Semiextensivo
Aula 01

01.12. (CEFET – PR) – Dois espelhos planos fornecem 11 01.16. (UEL – PR) – A figura representa um espelho plano E
(onze) imagens de um objeto. Logo, podemos, concluir que vertical e dois segmentos de reta AB e CD perpendiculares
os espelhos formam um ângulo de: ao espelho.
a) 10° b) 25° c) 30° d) 36° e) 45° 25 cm E
A

48 cm

50 cm
C
Aprofundamento D

Supondo que um raio de luz parta de A e atinja C por reflexão


01.13. Uma supernova da Grande Nuvem de Magalhães, no espelho, o ponto de incidência do raio de luz no espelho
vizinha da Via-Láctea, está a 169 mil anos-luz da Terra. De- dista de D, em centímetros:
termine essa distância em metros. a) 48
a) 0,56 m b) 5,3 . 1012 m b) 40
c) 1,6 . 1021 m d) 6,16 . 107 m c) 32
e) 169 000 m d) 24
e) 16

01.17. (UNIOESTE – PR) – Um raio luminoso emitido por uma


fonte localizada no ponto A incide sobre o espelho plano S e
reflete passando pelo ponto B, como indica a figura. Sendo
D = 60 cm, hA = 16 cm, hB = 9 cm e considerando os prin-
01.14. Quais dos objetos A, B, C, D e E são vistos pelo ob- cípios da óptica geométrica, assinale a alternativa correta.
servador P ao olhar para o espelho plano esquematizado?
A
A
B
B hA
P
C hB
x y
S
E
D D
a) A distância x é igual a 40 cm.
a) A, B, C e D b) A, E, e B b) A distância y é igual a 20 cm.
c) A, B e C d) B e C c) Para satisfazer as leis da reflexão, as distâncias x e y devem
e) C, D e E ser iguais.
d) O caminho percorrido pelo raio luminoso é igual a 65 cm.
e) Este é um típico exemplo que contraria a propagação
retilínea da luz.

01.15. (UI – MG) – Na figura, um raio de luz incide no espelho


plano E1, que é perpendicular ao espelho plano E2. O valor do
ângulo da figura, entre o raio refletido e o espelho E2, vale:
E2
T

30°
E1

a) 30° b) 45° c) 60° d) 70° e) 90°

Física 1D 7
01.18. (UNICESUMAR – PR) – Uma pessoa de altura h coloca- Quando a loja não tem clientes, o gerente, de seu posto no
-se diante de uma câmara escura de orifício com o intuito de ponto C, pode ver no espelho a imagem somente:
produzir, na face oposta ao orifício da câmara, uma imagem a) da atendente em A1
3 b) da atendente em A2
que corresponde a três quartos ( ) de sua altura. Sabendo
4 c) da atendente em A3
que a câmara escura tem profundidade d, qual será a dis-
d) da atendentes em A2 e em A3
tância entre a pessoa e sua imagem?
e) da atendente em A1 e em A2

01.20. Um objeto é colocado no plano bissetor formado por


dois espelhos planos. O ângulo entre esses dois espelhos
equivale a 30°; qual a diferença no número de imagens
formado caso o ângulo varie para 60°?
a) 5
b) 6
c) 11
7 ˜d d) 13
a)
3 e) 15
4 ˜d 01.21. (FAAP – SP) – Com três bailarinas colocadas entre
b)
3 dois espelhos planos fixos, um diretor de cinema consegue
uma cena onde são vistas no máximo 24 bailarinas. O ângulo
4
c) ˜ d ˜h entre os espelhos vale:
3 a) 10°
b) 25°
d) 3 ˜ d ˜h
4 c) 30°
4 ˜d d) 45°
e) e) 60°
3 ˜h

01.19. (UNIFOR – CE) – O esquema representa a planta


baixa de uma loja de instrumentos ópticos que tem 4,0 m
de frente por 6,0 m da frente aos fundos. Nessa loja, três
atendentes trabalham sentadas nas posições A1, A2 e A3 e o
gerente permanece em pé junto ao caixa na posição C. Como
se observa no esquema, em frente às atendentes está um
enorme espelho plano vertical E, fixado na parede e com
2,0 m de largura, que vai do chão até o teto.

C
1,0 m

A1
E

A2

A3

8 Semiextensivo
Aula 01

Discursivos
01.22. (UDESC) – A figura abaixo representa um espelho plano, um observador com globo ocular localizado no ponto A e os
pontos 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Determinar quais desses pontos numerados estão no campo visual do espelho, ou seja, quais podem
ser vistos pelo observador.

2 5
3
6 1
A

01.23. (UFSCAR – SP) – O ângulo formado entre dois espelhos planos angulares quando um único objeto é colocado entre
eles é o quíntuplo do número de imagens obtidas
a) Qual o ângulo entre os espelhos?

b) Qual o número de imagens formadas?

Gabarito
01.01. d 01.09. d 01.17. d
01.02. d 01.10. d 01.18. a
01.03. c 01.11. c 01.19. d
01.04. b 01.12. c 01.20. b
01.05. b 01.13. c 01.21. d
01.06. d 01.14. a 01.22. 1, 2 e 6
01.07. d 01.15. c 01.23. a) D = 40°
01.08. b 01.16. c b) n = 8 imagens

Física 1D 9
Física
Aula 02 1D
Introdução aos espelhos
esféricos

Introdução Elementos principais de um espelho


Em nosso cotidiano observamos algumas superfícies esférico.
curvas, como calotas, colheres e espelhos, que refle- Tanto o espelho côncavo quanto o convexo têm as
tem a luz e podem ser analisadas de uma forma mais
mesmas partes principais. Veja a seguir:
aprofundada. Dentre as várias superfícies refletoras, os
espelhos esféricos serão o principal objeto de estudo.
Principais Elementos
Espelhos esféricos C – centro de curvatura
Os espelhos esféricos são superfícies refletoras que F – foco principal
eixo C F V
se originam de uma calota esférica oca e espelhada em V – vértice do espelho
principal D
pelo menos um dos lados, sendo a superfície interna R – raio da curvatura
chamada côncava e a externa, convexa. Veja a seguir. f – distância focal
D – ângulo de abertura f
Calota esférica

Superfície externa R=2.f R


Espelho convexo

Ângulo de abertura do espelho (D): indica qual é a


amplitude da parte reflexiva.
Superfície interna • Raio de curvatura (R): é o raio da esfera que originou
Espelho côncavo o espelho.

Para reduzirmos a representação dessas superfícies, • Eixo principal: recebe esse nome porque, nele, estão
representaremos esses espelhos da seguinte maneira: presentes os três pontos: centro, foco e vértice.
• Vértice (V): é o ponto onde o eixo principal intercep-
ta o espelho.
• Centro de curvatura ou centro ótico (C): é o centro da
esfera que originou o espelho.
• Foco principal (F): é aproximadamente o meio do
caminho entre o centro e o vértice.
Espelho côncavo Espelho convexo • Eixo principal: é a reta que contém o centro, foco e
vértice.
Para representar os espelhos de uma forma simples, • Eixo secundário: também coincide com o raio, mas
utiliza-se a representação esquemática, sendo a parte
não contém os pontos principais.
de trás representada com hachuras.

Propriedades dos raios


ou ou
notáveis
As propriedades dos raios notáveis têm a função de
formar geometricamente as imagens nesses espelhos e
são válidas tanto para os espelhos côncavos quanto para
Espelho convexo Espelho côncavo os convexos.
10 Semiextensivo
Aula 02

Propriedade 1: O raio que incide paralelo ao eixo principal será refletido: • Quanto à natureza:
Real – formada geometricamen-
te em frente ao espelho.
Virtual – formada geometrica-
mente atrás do espelho.
V F C C F V • Quanto à orientação:
Direita – possui a mesma orien-
tação do objeto.
passando pelo foco com o seu prolongamento
passando pelo foco Invertida – possui orientação
contrária do objeto.
Propriedade 2: Pelo princípio da reversibilidade, é possível concluir que o raio • Quanto ao tamanho:
pode seguir o caminho inverso, ou seja, incidindo pelo foco ou em direção a ele,
Maior – será de tamanho maior
será refletido:
do que o objeto.
Menor – será de tamanho menor
do que o objeto.
Igual – será do mesmo tamanho
V F C C F V
do objeto.

Espelho côncavo
paralelamente ao paralelamente ao É possível posicionar o objeto em
eixo principal eixo principal
relação a um espelho côncavo em
basicamente cinco locais distintos.
Propriedade 3: O raio que incide no vértice é refletido pelo próprio vértice, e
o eixo principal é a reta normal (N). Pela segunda lei da reflexão, o ângulo de Objeto antes do centro de
incidência é igual ao ângulo de reflexão (i = r): curvatura do espelho

i i o
V r F C C F V r
V F i C

Propriedade 4: O raio que incide passando pelo centro ou em direção a ele será
refletido:
Local da imagem: entre o foco e
o centro de curvatura do espelho.
Características: real, invertida e
menor.
V F C C F V
Objeto no centro de curvatura

pelo próprio centro em direção ao centro


em sentido contrário em sentido contrário o

V F C
Formação de imagens nos espelhos i

esféricos
É possível representar geometricamente a formação de imagens no Local da imagem: no próprio
cruzamento de, pelo menos, duas propriedades dos raios notáveis. O local centro de curvatura.
do cruzamento indicará o posicionamento da imagem. As imagens também Características: real, invertida e
podem ser classificadas segundo algumas características: igual.

Física 1D 11
Objeto entre o centro de curvatura e o foco Aplicações cotidianas dos espelhos
esféricos
o Espelhos côncavos
V F C

©iStockphoto.com/Ferran Traite Soler

©Shutterstock/Lev Olkha
i

Local da imagem: atrás do centro de curvatura.


Características: real, invertida e maior.

Objeto no foco

o
i ` Fornos solares ` Espelho de maquiagem
V r F C

©Shutterstock/Kristian Sekulic
Local da imagem: no infinito.
Característica: imprópria.

Objeto entre o foco e o vértice ` Espelho para dentista

Espelhos convexos
i o
P.Imagens /Pith

©iStockphoto.com/Pastorscott

V F C

Local da imagem: atrás do vértice.


Características: virtual, direita e maior.
` Retrovisores de automóveis ` Espelhos de segurança
Espelho convexo
Nos espelhos convexos só é possível posicionar o obje-
to em frente ao espelho, conjugando assim somente uma
Introdução à equação de
localização e sempre as mesmas características da imagem. Gauss
Para estudar os espelhos esféricos, é necessário
adotar algumas condições. O primeiro estudioso a
o estabelecer essas condições foi o matemático, físico e
i astrônomo alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855).
C F V Segundo ele, somente raios próximos ao eixo principal
deveriam ser considerados para esse estudo. Na prá-
tica, isso significa que esse espelho caracteriza-se por
possuir ângulo de abertura (α) até 10°, sendo conheci-
Local da imagem: entre o foco e o vértice. do como espelho esférico gaussiano, em homenagem
Características: virtual, direita e menor. ao estudioso.

12 Semiextensivo
Aula 02

A seguir estão representados alguns elementos geo- Sobre o aumento linear ainda pode-se afirmar que:
métricos presentes nas equações determinadas por |A| > 1 o Imagem maior do que o objeto.
Gauss, sendo possível estabelecer uma convenção de |A| < 1 o Imagem menor do que o objeto.
sinais a serem adotados para analisá-los. Veja a seguir: |A| = 1 o Imagem igual ao objeto.
• f odistância focal do espelho esférico
Espelho côncavo o f + (positivo)
Espelho convexo o f – (negativo)
Determinação da equação
Utiliza-se a mesma convenção para o sinal do raio (R) de Gauss
no espelho esférico: A demonstração da famosa equação de Gauss, con-
Espelho côncavo o R + (positivo) forme se mostra a seguir, faz-se a partir de uma análise
Espelho convexo o R – (negativo) matemática utilizando-se semelhança de triângulos:
• p o distância do objeto ao espelho esférico. p
Como o objeto estará situado sempre em frente ao
espelho, convenciona-se o sinal positivo em ambos os
casos, portanto: o
Espelho côncavo o p+ (positivo)
V F C
Espelho convexo o p+ (positivo) i

• p’ o distância da imagem ao espelho esférico. p’


A imagem pode estar posicionada, geometricamen-
te, em duas posições em relação aos espelhos esféricos.
o −i −i p ’ i −p ’
Imagem em frente ao espelho: p’ o + (positivo) = ⇒ = ⇒ = ⇒ A = i = − p’
Imagem atrás do espelho: p’ o – (negativo) p p’ o p o p o p
• o o tamanho do objeto a ser analisado.
Convencionalmente, o objeto estará posicionado de
duas formas diferentes. o
Objeto orientado para cima: o o + (positivo) f p’ – f
V F C
Objeto orientado para baixo: o o – (negativo) i
• i o tamanho da imagem a ser analisada.
Convencionalmente, a imagem estará posicionada
de duas formas diferentes. −i −i
o f −i p′ p′ p′ − f
Imagem orientada para cima: i o + (positivo) = ⇒ = como = ⇒ =
f p ’− f o p ’− f o p p f
Imagem orientada para baixo: i o – (negativo)
• A o Aumento linear transversal da imagem em Dividindo os termos por: f . p . p’
relação ao objeto. f . p′ p . p′ p.f 1 1 1 1 1 1
Imagem direita em relação ao objeto A o + (positivo) = − ⇒ = − ⇒ = +
f . p . p′ f . p . p′ f . p . p′ p f p′ f p p′
Imagem invertida em relação ao objeto A o – (negativo)

Testes
02.02. (UERN) – Ao posicionar um
Assimilação objeto em frente a um espelho côn-
cavo, obteve-se uma imagem virtual.
02.01. (MACK – SP) – Uma garota encontra-se diante de um espelho esférico É correto afirmar que a imagem em
côncavo e observa que a imagem direita de seu rosto é ampliada duas vezes. O questão também é
rosto da garota só pode estar a) maior e direita.
a) entre o centro de curvatura e o foco do espelho côncavo. b) menor e direita.
b) sobre o centro de curvatura do espelho côncavo. c) maior e invertida.
c) entre o foco e o vértice do espelho côncavo. d) menor e invertida.
d) sobre o foco do espelho côncavo.
e) antes do centro de curvatura do espelho côncavo.

Física 1D 13
02.03. (UNIFOR – CE) – O espelho a) Espelhos côncavos produzem ape- 02.08. Maria deseja comprar um
côncavo é caracterizado como sendo nas imagens reais. espelho para se maquiar. Ela quer que
uma superfície curva onde a parte b) Espelhos convexos produzem ape- sua imagem seja direita e ampliada
interna é refletora. Comumente os nas imagens virtuais. quando estiver posicionada a 20,0 cm
espelhos côncavos são utilizados em c) Se a imagem é virtual, então certa- do espelho.
telescópios, projetores e também são mente o espelho é convexo. As características que devem ter este
encontrados como instrumentos de d) Se a imagem é menor que o objeto, espelho são:
trabalho nos consultórios odontoló- então certamente o espelho é con- a) côncavo, com raio de curvatura
gicos que permitem observar deter- vexo. igual a 4,0 cm.
minadas características dos dentes. A b) côncavo, com raio de curvatura
e) Se a imagem possui o mesmo
figura a seguir mostra a imagem de um maior que 0,4 m.
tamanho do objeto, então certa-
dente que está localizado entre o foco
mente o espelho é côncavo. c) côncavo, com raio de curvatura
e o vértice principal de um espelho
igual a 2,0 cm.
côncavo: 02.06. Um pequeno objeto é colo- d) convexo, com foco igual a 40 cm.
cado sobre o eixo principal de um
e) convexo, com foco igual a 20 cm.
espelho esférico côncavo, a 40 cm de
seu vértice. O espelho obedece às con-
dições de Gauss e seu raio de curvatura
mede 4,00 m. A imagem desse objeto
a) é virtual e se localiza a 0,50 m do
vértice do espelho.
b) é real e se localiza a 0,50 m do vér-
(Fonte: http://www.infoescola.com/fisica/ tice do espelho.
espelhosconcavos/)
c) é virtual e se localiza a 2,50 m do
02.09. De um objeto situado a 10 cm
A imagem observada pelo dentista, vértice do espelho.
de seu vértice, um espelho convexo
formada por este espelho côncavo, é: d) é real e se localiza a 2,50 m do vér- forma uma imagem virtual a 5 cm
a) virtual, direita e do mesmo tama- tice do espelho. de seu vértice. A distância focal do
nho do dente. e) é virtual e se localiza a 0,40 m do espelho é, em cm:
b) real, direita e maior que o dente. vértice do espelho. a) 5. b) 10.
c) virtual, invertida e do mesmo tama- c) –10. d) –20.
nho do dente.
e) –50.
d) virtual, direita e maior que o dente.
e) real, invertida e do mesmo tamanho
do dente.
02.04. (UNINOVE – SP) – Para que
uma pessoa consiga ver sua imagem Aperfeiçoamento
direita e reduzida ao se situar frente
a um espelho esférico, ela deverá se 02.07. Um objeto é colocado diante
colocar de um espelho esférico côncavo, que
a) entre o foco e o centro de curvatura possui distância focal de 15 cm. O es- 02.10. A imagem real de um objeto
do espelho côncavo. pelho forma uma imagem real, inver- real fornecida por um espelho esférico
b) entre o vértice e o foco do espelho tida e menor que o objeto. A respeito côncavo, de raio de curvatura 20 cm,
côncavo. da distância do objeto ao vértice do situa-se a 30 cm do espelho. Deter-
c) adiante do centro de curvatura do espelho, pode-se afirmar que: mine a distância do objeto ao vértice
espelho côncavo. a) é menor que 15 cm. do espelho.
b) é igual a 15 cm. a) 7,5 b) 10
d) entre o foco e o centro de curvatura
do espelho convexo. c) está entre 15 e 30 cm. c) 12,5 d) 15
e) em qualquer posição próxima do d) é igual a 30 cm. e) 30
eixo principal do espelho convexo. e) é maior que 30 cm.
02.05. (UNIOESTE – PR) – Em relação
aos espelhos e considerando as con-
dições de nitidez de Gauss e apenas
objetos reais, assinale a alternativa
correta.

14 Semiextensivo
Aula 02

02.11. (UESPI) – Um estudante posi- 02.17. (MACK – SP) – Diante de um


ciona um objeto a 1 cm de um espelho Aprofundamento espelho esférico côncavo coloca-se
esférico côncavo, de distância focal um objeto real no ponto médio do
igual a 0,5 cm. A imagem que ele 02.14. (UFF – RJ) – Um objeto é colo- segmento definido pelo foco principal
observa é: cado a uma distância p de um espelho e pelo centro de curvatura. Se o raio de
a) real e localizada a 0,5 cm do espelho. esférico côncavo de distância focal f. curvatura desse espelho é de 2,4 m, a
b) virtual e localizada a 0,5 cm do Sabendo-se que a imagem formada distância entre o objeto e sua imagem
espelho. é real, invertida e menor que o objeto, conjugada é de:
podemos afirmar que: a) 0,60 m b) 1,2 m
c) real e localizada a 1 cm do espelho.
a) f < p < 2f b) p > 2f c) 1,8 m d) 2,4 m
d) virtual e localizada a 1 cm do espelho.
c) p = f d) p = 2f e) 3,6 m
e) real e localizada a 2 cm do espelho.
e) p < f
02.15. (UFSM – RS) – Com relação à
natureza – real ou virtual – da imagem
de um objeto produzida por um espe-
lho, pode-se afirmar:
I. No espelho côncavo, a imagem
poderá ser real, dependendo da
posição do objeto.
02.18. (UEM – PR) – Um objeto real,
02.12. (UFPR) – Um objeto colocado II. No espelho convexo, a imagem direito, de 5 cm de altura, está locali-
a 6 cm de um espelho esférico forma será virtual, independentemente zado entre dois espelhos esféricos, um
uma imagem virtual a 10 cm do vértice da posição do objeto. côncavo (R = 10 cm) e um convexo
do espelho. Com base nesses dados, a III. No espelho plano, a imagem pode- (R = 30 cm), sobre o eixo principal
distância focal do espelho é: rá ser real dependendo da posição desses espelhos. O objeto está a uma
a) 15 cm b) 60 cm do objeto. distância de 30 cm do espelho convexo
c) – 15 cm d) – 3,8 cm Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): e de 10 cm do espelho côncavo.
e) 3,8 cm a) I apenas; b) II apenas; Com relação às características das
c) III apenas; d) I e II apenas; imagens formadas nos dois espelhos
e) I, II e III. e ao aumento linear transversal, analise
as alternativas abaixo e assinale o que
02.16. Um estudante deseja que um for correto.
objeto a 20 cm à frente de um espe- 01) A imagem formada no espelho
lho esférico côncavo, cuja base esteja convexo é virtual, direita e menor
alinhada ao eixo principal deste, tenha que o objeto.
sua imagem formada sobre o mesmo
02) As distâncias focais dos espelhos
02.13. (MACK – SP) – Um espelho ponto em que está o objeto. Nesse
côncavo e convexo são, respecti-
esférico côncavo, que obedece às con- caso ele necessita de um espelho de
vamente, 5 cm e –15 cm.
dições de Gauss, fornece, de um objeto raio e distância focal que medem, em
cm, respectivamente: 04) O aumento linear transversal da
colocado a 2 cm de seu vértice, uma
a) 10 e 10 b) 10 e 20 imagem formada no espelho
imagem virtual situada a 4 cm dele. Se
convexo é 0,5x.
utilizarmos esse espelho como refletor c) 20 e 10 d) 20 e 40
do farol de um carro, no qual os raios 08) O aumento linear transversal da
e) 40 e 20
luminosos refletidos são paralelos, a imagem formada no espelho
distância entre o filamento da lâmpada côncavo é 4x.
e o vértice do espelho deve ser igual a: 16) A imagem formada no espelho
a) 2 cm b) 4 cm côncavo é real, invertida e igual ao
objeto.
c) 6 cm d) 8 cm
e) 10 cm

Física 1D 15
02.19. A distância entre uma lâmpada e sua imagem 02.20. (UFES) – Um objeto desloca-se ao longo do eixo prin-
projetada em um anteparo por um espelho esférico é 30 cm. cipal, em direção ao vértice de um espelho esférico côncavo
A imagem é quatro vezes maior que o objeto. Podemos gaussiano, com velocidade constante de 4 cm/s. A distância
afirmar que: focal do espelho é de 10 cm. Em um certo instante, o objeto
a) o espelho é convexo. está a 50 cm do vértice. Após 5 s, a distância percorrida pela
b) a distância da lâmpada ao espelho é 40 cm. imagem do objeto é de:
c) a distância do espelho ao anteparo é 10 cm. a) 50,83 cm b) 49,58 cm c) 30,00 cm
d) a distância focal do espelho é 7 cm. d) 12,50 cm e) 2,50 cm
e) o raio de curvatura do espelho é 16 cm.

Discursivos
02.21. (UFRRJ) – Uma vela se aproxima de um espelho côncavo com velocidade constante igual a 5 cm/s. Ao passar pelo
ponto P, que está a 60 cm do espelho, observa-se que a imagem é real e tem a metade da altura do objeto.
De acordo com o referencial de Gauss, calcule o tempo necessário para que a imagem se torne virtual.

16 Semiextensivo
Aula 02

02.22. (UFU – MG) – Num laboratório de óptica dispõe-se de uma lente convergente e de um anteparo, com os quais os
estudantes medem a posição de um objeto e a posição da sua imagem projetada no anteparo. O objeto desloca-se com ve-
locidade constante, afastando-se da lente. As medidas são realizadas de forma que as posições do objeto (p) e da sua imagem
(p’) são obtidas no mesmo instante (t). Na tabela abaixo, são apresentados os valores medidos para t, p, p’.

t(s) p(cm) p´(cm)


0 12,0 60,0
10 15,0 30,0
20 18,0 22,5
30 21,0 19,1
60 30,0 15,0
300 90,0 11,3

A partir dos dados acima, responda:


a) Qual é o valor da distância focal da lente?

b) Quais são os valores das velocidades médias da imagem, entre os instantes t = 0 s e t = 10 s e entre os instantes t = 30 s
e t = 60 s?

c) É correto afirmar que, se forem considerados intervalos de tempo muito grandes, isto é, t o f, a velocidade média da
imagem tenderá a zero? Justifique sua resposta.

Física 1D 17
Gabarito
02.01. c 02.21. p = 60.cm 02.22. a) f = 10 cm
02.02. a 1 b) Entre 0 e 10s: Vm = − 3 cm/s
02.03. d A=− Entre 30 e 60s: Vm = − 0,14 cm/s
2
02.04. e Imagem se tornará virtual quando o ob-
c) Sim, justificando que o objeto tenderá
02.05. b ao infinito e a sua imagem tenderá a
jeto atingir o foco do espelho.
02.06. a ficar posicionada sobre o foco (10 cm).
p’ Para t tendendo ao infinito, portanto, a
02.07. e A=−
p velocidade média da imagem tenderá
02.08. b
1 p’ a zero.
02.09. c − = − ... p’ = .30.cm
2 60
02.10. d
1 1 1
02.11. c = +
f p p’
02.12. a
02.13. b 1 1 1
= +
02.14. b f 60 30
02.15. d 1 1+ 2
=
02.16. c f 60
02.17. c f = 20.cm
02.18. 19 (01, 02, 16) A vela deve percorrer 40 cm portanto:
02.19. e 40
5 = ... Δt = 8.s
02.20. e Δt

18 Semiextensivo
Aula Física
03 2D

Refração da luz e
reflexão total
Introdução Elementos da
O fenômeno da refração é responsável pela distorção da imagem de
alguns objetos quando observados entre dois meios distintos. Como exem-
refração
plo é possível citar o fato de uma piscina parecer mais rasa ou uma caneta Para a análise mais criteriosa
parecer quebrada quando colocada em um copo com água. desse fenômeno, é necessário que
alguns elementos sejam conheci-
©iStockphoto.com/Pat_Hastings

dos. Veja a seguir:


N
RI

Ar
Água
r

Definição RR

Refração da luz é um fenômeno que ocorre quando um raio de luz


RI – raio incidente
monocromático (formado de uma só cor) atravessa de um meio de propa-
gação para outro diferente, com alteração na velocidade. Essa mudança de RR – raio refratado
meio geralmente é acompanhada de um desvio angular em relação à reta N = reta normal (90°)
normal (N) que forma 90° com a superfície. i: ângulo de incidência
N r: ângulo de refração

Índice de refração
absoluto
Uma radiação eletromagnética
dioptro meio 1
meio 2
como a luz pode se propagar no
vácuo ou em meios materiais.
Quando essa propagação ocorre
no vácuo, a luz possui velocidade
de c = 3,0 x 108 m/s. Quando a luz
se propaga em um determinado

1
meio material, a sua velocidade diminui, e por isso teremos:
torna-se necessário quantificar utilizando o índice de n2 v 1 λ 1
refração (n) absoluto do meio. Veja a seguir: = =
n1 v 2 λ 2

c • Ao incidir obliquamente em um dioptro o raio sofre um


n= desvio angular. A relação entre os ângulos e os índices
v
de refração é conhecida como Lei de Snell-Descartes
(Lei da refração).
n – índice de refração absoluto do meio (adimensional)
c – velocidade da luz no vácuo (m/s) n1 ∙ sen i = n2 ∙ sen r
v – velocidade da luz no meio (m/s)
n 2 seni
O índice de refração está ligado ao grau de dificul- =
n1 senr
dade que a luz encontra ao se propagar em um deter-
minado meio. Por exemplo, no ar, a luz encontra menos • Perceba que essa relação pertence à equação geral,
dificuldade de propagação do que na água; portanto: portanto:
nar < nágua
Na água, a luz encontra menos dificuldade de propa- n2 v λ sen i
= 1= 1=
gação do que no vidro; portanto: n1 v 2 λ 2 sen r
nágua < nvidro
Como o grau de dificuldade do vácuo é muito pró-
ximo ao ar, podemos considerar a seguinte igualdade: Exemplos de refração no cotidiano
©iStockphoto.com/alexsalcedo

nvácuo # nar = 1

O vácuo é o meio de menor índice de refração abso-


luto existente. Portanto, conclui-se que todos os outros
meios terão índice de refração maiores do que um.
Caso o raio incida normalmente (perpendicular-
mente) no dioptro, este atravessará para o outro meio
e sofrerá refração, mas não ocorrerá desvio.
O índice de refração relativo é determinado através
da relação (divisão) entre dois meios quaisquer. Veja a
seguir:
n
n2 , 1 = 2
n1

Equação geral ` Colher parece estar dividida


A equação geral da refração pode ser determinada
©iStockphoto.com/slobo

pela análise das grandezas envolvidas nesse fenômeno.


• Quanto maior o índice de refração do meio, menor
será a velocidade. Portanto, são grandezas inversa-
mente proporcionais.
n2 v 1
=
n1 v 2
• Substituindo v = O ∙ f na equação anterior, tem-se:
n 2 v 1 λ 1 . f1
= =
n1 v 2 λ 2 . f 2
Como
` Haste de alumínio parece estar torta
f = constante, logo f1 = f2

2 Semiextensivo
Aula 03

Reflexão total Para determinar os critérios determinantes na reflexão total, vamos


analisar as seguintes situações:
Quando um raio de luz mo- Situação 1 Situação 2 Situação 3
nocromático passa do meio 1 Ar
(mais refringente), para o meio 2
r
(menos refringente), sendo n1 > n2,
n2
esse raio se afasta da reta normal,
n1
sofrendo um desvio angular. Caso
incida normalmente, esse desvio i=L i r
i
não ocorre, conforme mostra a
figura abaixo.
Água

RR
N
Situação 1 Situação 2 Situação 3
RR
r Perceba que o raio Perceba que o raio Perceba que o
ar A n2
água B n1 de luz sofreu refração de luz sofreu refração raio de luz incidiu
passando da água para passando da água para com um ângulo
i
RI o ar. Nesse caso consi- o ar, contudo a refração maior do que o ân-
deramos i o ângulo de ocorreu de uma forma gulo limite. Assim,
incidência e r o ângulo muito particular: passou o raio atingirá a
O
de refração. Como o para o ar de forma rasante. superfície e voltará
ângulo de incidência i é Assim, dizemos que o ân- ao meio de origem,
menor do que o ângulo gulo de incidência i é igual sofrendo reflexão
limite L o raio sofre re- ao ângulo limite L entre os total.
fração simples. dois meios.

Determinação do ângulo limite


Quando o ângulo de incidência é igual ao ângulo limite para o par de meios, o ângulo de refração é de 90° (o raio
refratado é rasante à superfície de separação entre os meios). Aplicando a equação de Snell-Descartes, tem-se:
n1 ˜ sen i = n2 ˜ sen r
Fazendo i = L e r = 90°:
n1 ˜ sen L = n2 ˜ 1
n
sen L = 2
n1
n
Ou, como nesta situação, n2 < n1, pode-se escrever: Sen L = menor
nmaior

Casos práticos da reflexão total da luz


Juliana Rodrigues. 2016. Digital.

Revestimento

Casca
Núcleo

` Fibra ótica ` Miragens

Física 2D 3
Testes
03.04. (MACK – SP) – Um raio de luz monocromática, que
Assimilação se propaga em um meio de índice de refração 2, atinge a
superfície que separa esse meio do ar (índice de refração = 1).
03.01. (PUCRJ) – Uma onda eletromagnética se propaga no O raio luminoso passará para o ar se o seu ângulo de inci-
vácuo e incide sobre uma superfície de um cristal fazendo dência nessa superfície for:
um ângulo de θ1 = 60° com a direção normal à superfície.
a) igual a 45°. b) maior que 30°.
Considerando a velocidade de propagação da onda no vácuo
c) menor que 30°. d) maior que 60°.
como c = 3 x 108 m/s e sabendo que a onda refratada faz um
ângulo de θ2 = 30° com a direção normal, podemos dizer e) menor que 60°.
que a velocidade de propagação da onda no cristal em m/s é
03.05. (FMJ – SP) – Um feixe de luz monocromática verme-
a) 1 x 108 b) 2 x 108 lha propaga-se pelo ar e incide sobre a superfície da água de
c) 3 x 108 d) 4 x 108 uma piscina. Considerando as propriedades ondulatórias da
e) 5 x 108 luz, pode-se afirmar corretamente que, quando o feixe passa
a propagar-se pela água,
a) tem sua cor alterada devido à variação de sua velocidade
de propagação.
b) mantém sua velocidade de propagação e sua frequência
inalteradas.
03.02. (FCC – SP) – Admitindo que a luz se propaga no
c) sofre aumento em seu comprimento de onda.
vácuo com uma velocidade de 3 x 105 km/s, qual é o índice
de refração absoluto de um líquido em que a velocidade de d) tem seu comprimento de onda diminuído e sua frequên-
propagação é de 2 x 105 km/s? cia aumentada.
a) 1,5 b) 2,5 e) sofre diminuição em sua velocidade e mantém inalterada
sua cor.
c) 5,0 d) 6,0
e) 7,0 03.06. (FFFCMPA – RS) – Uma onda luminosa passa da água
(meio 1) para o ar (meio 2). A respeito dessa onda, é correto
afirmar que:
a) o comprimento de onda diminui.
b) a velocidade de propagação aumenta.
c) a frequência aumenta.
d) a direção de propagação sempre se altera.
e) a cor da luz muda levemente.

03.03. (PUCPR) – A figura mostra um arranjo experimental. Aperfeiçoamento


No fundo do vaso, uma fonte pontual emite um raio que se
desloca na água e atinge a superfície dióptrica. 03.07. Um raio de luz verde cujo comprimento de onda vale O
se propaga no ar incidindo obliquamente em uma superfície
I II
de vidro fazendo um ângulo de θ1 = 45° com a linha normal.
III
Considerando que a velocidade da luz no ar vale c = 3 x 108 m/s,
IV e no vidro vale 1,5 ∙ 2 ∙ 108 m/s, o comprimento de onda
O‘ da luz quando entra no vidro vale:
θ V
a) O ∙ 2 b) O ∙ 2
2
2 1
c) O ∙ d)
3 2
Considerando o ângulo T como ângulo limite, o raio emer-
gente é o raio: e) 2 ∙ 2 O
a) IV b) V e) III c) I
d) II e) III

4 Semiextensivo
Aula 03

03.08. (UFOP – MG) – A figura mostra um raio luminoso 03.10. (PUCRS) – As fibras óticas são muito utilizadas para
proveniente de uma lâmpada colocada dentro de um guiar feixes de luz por um determinado trajeto. A estrutura
líquido, cujo índice de refração em relação ao ar é aproxi- básica dessas fibras é constituída por cilindros concêntri-
madamente 2. O valor do ângulo de refração é: cos com índices de refração diferentes, para que ocorra
o fenômeno da reflexão interna total. O centro da fibra é
denominado de núcleo, e a região externa é denominada
ar
de casca. Para que ocorra o fenômeno da reflexão interna
líquido total numa fibra ótica, o ângulo crítico de incidência da luz
em relação à direção normal é _________, e o índice de
30
30°
refração do núcleo deve ser _________ índice de refração
da casca.
A alternativa correta que preenche a afirmativa é
a) 21,2° a) menor do que 90° – igual ao
b) 30° b) menor do que 90° – menor do que o
c) 42,4° c) igual a 90° – menor do que o
d) 45° d) menor do que 90° – maior do que o
e) arc sen 1/2 2 e) igual a 90° – maior do que o

03.11. A tabela a seguir mostra os índices de refração absolu-


tos para uma radiação monocromática amarela.

Meio óptico Índice de refração absoluto

gelo 1,31

água 1,33
03.09. Um raio luminoso que se propaga no ar (nar = 1) inci- vidro 1,50
de obliquamente sobre um meio transparente de índice de
refração n, fazendo um ângulo de 60° com a normal. Nessa diamante 2,40
situação, verifica-se que o raio refletido é perpendicular ao
raio refratado, como ilustra a figura.
Em relação aos meios citados, ocorrerá o fenômeno da
normal
reflexão total, se a radiação for do
60° a) gelo para água e o i = L
ar
b) vidro para água e o i < L
meio transparente c) diamante para água e o i < L
d) vidro para gelo e o i = L
e) diamante para vidro e o i > 0
03.12. (PUCMG) – O fato de um brilhante (diamante lapi-
Determine o índice de refração n do meio transparente: dado) apresentar maior brilho do que sua imitação, feita de
a) 2 vidro, é devido
a) ao ângulo limite do diamante ser maior que o do vidro.
b) 2 2
b) ao comprimento de onda da luz no vidro ser menor que
c) 3 no diamante
d) 3 3 c) ao índice de refração do diamante ser maior do que o
do vidro.
e) 3 d) ao vidro não oferecer bom polimento.
2
e) a não se poder lapidar um vidro com a mesma geometria
permitida pelo diamante.

Física 2D 5
03.15. (UFRGS) – A figura representa um raio de luz mono-
Aprofundamento cromática que se refrata na superfície plana de separação de
dois meios transparentes, cujos índices de refração são n1 e
03.13. (PUCSP) – Um raio de luz monocromática propa- n2. Com base nas medidas expressas na figura, onde C é uma
gando-se no vácuo (índice de refração igual a 1) atravessa circunferência, pode-se calcular a razão n2/n1 dos índices
uma placa de vidro e retorna ao vácuo. O gráfico representa de refração desses meios. Qual das alternativas apresenta
como a velocidade da luz varia em função do tempo para a corretamente o valor dessa razão?
situação descrita.
4m

n1
n2

6m
A espessura da placa de vidro, em metros, e o índice de
refração absoluto do vidro são, respectivamente, iguais a a) 2/3 b) 3/4
a) 6,0 ∙ 10–2 e 1,0 c) 1 d) 4/3
b) 2,0 ∙ 10–2 e 3,0 e) 3/2
c) 2,0 ∙ 10–1 e 2/3
d) 6,0 ∙ 10–1 e 1,5
e) 2,0 ∙ 10–1 e 1,5

03.14. (CEFET – PR) – Está representada ao lado a trajetória


percorrida por um raio de luz que passa do ar (1) para um 03.16. (CEFET – PR) – Um raio luminoso incide do ar para um
meio mais refringente. Como a distância OP é igual a 10 cm semicilindro de vidro de índice de refração igual a 2 , como
e RS, 8 cm, o índice de refração do meio (2) em relação ao é mostrado na figura a seguir. Depois de incidir no ponto I,
ar (1) vale: tal raio é: (Considere o índice de refração do ar igual a 1.)

P Raio I (Ponto de
O incidente incidência)

ar
meio 2 45º Ar
Vidro
R S
Normal

a) refratado no ar com um ângulo de 30°


b) refratado no ar com um ângulo de 45°
c) refratado no ar de forma rasante com um ângulo de 90°
d) refratado no ar com um ângulo de 60°
e) totalmente refletido

03.17. (UEPA ) – O conhecimento do índice de refração de


um meio óptico é um dado importante em várias aplicações
a) 1,25 b) 0,75 tecnológicas usadas no dia a dia, tais como: construção de
c) 0,80 d) 1,33 lentes, de prismas usados em binóculos e também de fibras
ópticas. Na tabela abaixo são fornecidos os valores do índice
e) 0,67
de refração absoluto de alguns meios ópticos.
6 Semiextensivo
Aula 03

03.18. (UNIOESTE – PR) – Na tabela abaixo estão listados valo-


Meio Índice de refração res do índice de refração absoluto de algumas substâncias para
uma luz monocromática de comprimento de onda de 589 nm.
Glicerina 1,470
Substância Índice de refração absoluto
Acrílico 1,490
Benzeno 1,50
Vidro 1,550
Rutilo 3,10
Zircónio 1,920 Água 1,33
Hidrogênio 1,00
Diamante 2,420
Bissulfato de carbono 1,63
A partir dessas informações, afirma-se:
I. Se a luz proveniente do ar incide em cada um dos meios, Com relação a esta tabela e a um raio de luz monocro-
com o mesmo ângulo de incidência, o ângulo de refração mática de comprimento de onda de 589 nm, assinale a(s)
será maior na glicerina. alternativa(s) correta(s).
II. A velocidade com que a luz se propaga no diamante é 01) Ocorre sempre refração quando este raio de luz, proce-
maior do que a velocidade com que a luz se propaga dente do rutilo, passa para o hidrogênio.
no acrílico. 02) O valor do ângulo limite é o mesmo para as cinco subs-
tâncias, independentemente do meio do qual o raio de
III. O valor do ângulo limite, quando a luz se propaga do
luz procede.
acrílico para o ar, é maior do que quando a luz se propaga
04) A velocidade de propagação deste raio de luz no bissul-
do zircônio para o ar. fato de carbono é menor do que no hidrogênio.
IV. O índice de refração de um meio óptico é uma caracte- 08) O raio de luz se propaga com maior velocidade no ru-
rística do meio, e não depende do tipo de radiação que tilo.
nele incide. 16) A substância que apresenta o menor ângulo limite para
De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta é: o raio de luz, quando o raio de luz passa da substância
a) I e II para o vácuo, é o rutilo.
b) I e III 32) O raio de luz se propaga com menor velocidade no
rutilo.
c) II e III 64) O raio de luz se propaga com a mesma velocidade nas
d) II e IV cinco substâncias, pois tal velocidade só depende do
e) III e IV comprimento de onda.

Discursivos
03.19. (UFPE) – Um dispositivo composto por 3 blocos de vidro com índices de refração 1,40, 1,80 e 2,00 é mostrado na figura.

Calcule a razão t1/t2 entre os tempos que dois pulsos de luz (“flashes”) levam para atravessar o dispositivo.

Física 2D 7
03.20. (UNESP – SP) – A figura a seguir mostra um raio de luz monocromática propagando-se no ar e atingindo o ponto A da
superfície de um paralelepípedo retângulo feito de vidro transparente. A linha pontilhada, normal à superfície no ponto de
incidência do raio luminoso, e os três raios representados estão situados num mesmo plano paralelo a uma das faces do bloco.
ar

75º 75º

40º

vidro

a) De acordo com a figura, que fenômenos estão ocorrendo no ponto A?

b) O ângulo limite para um raio da luz considerada, quando se propaga desse vidro para o ar, é 42°. Mostre o que acontecerá
com o raio no interior do vidro ao atingir o ponto B.

Gabarito
03.01. c VA = c/1,4 03.20. a) reflexão e refração
03.02. a VA = d/tA b) Como 50° > 42° o raio de luz sofrerá
03.03. a c/1,4 = d/tA portanto tA = 1,4 d/c reflexão total em B.
03.04. c
Bloco de índice de refração 1,8 (B)
03.05. e
nB = c/VB
03.06. b 75º 75º
1,8 = c/VB
03.07. b A
VB = c/1,8
03.08. d
VB = d/tB
03.09. c 40º
c/1,8 = d/tB portanto tB = 1,8 d/c
03.10. d
03.11. e Tempo total 50º
t1 = 1,4d/c + 1,8 d/c B
03.12. c 50º
03.13. e t1 = 3,2d/c
03.14. a Pulso 2
03.15. a Bloco de índice de refração 2,0 (c)
03.16. c nC = c/VC
03.17. b 2 = c/VC
03.18. 52 (04, 16, 32) VC = c/2
03.19. t1 / t2 = 0,8 VC = 2d/t2
Pulso 1 c/2 = 2d/t2
Bloco de índice de refração 1,4 (A) t2 = 4d/c
nA = c/VA t1/t2 = 3,2d/c . c/4d
1,4 = c/VA t1/t2 = 0,8

8 Semiextensivo
Física
Aula 04 2D
Dioptros planos, lâminas de
faces paralelas e prismas

Introdução Uma pessoa (observador) que observa um peixe (objeto) percebe-o acima
da posição em que ele realmente está.
O fenômeno de refração, passa-
gem do raio de luz de um meio de
propagação para outro diferente, Observador
possibilita a visualização de alguns
fenômenos do nosso cotidiano. Esse
fenômeno ocorre na superfície de
separação entre dois meios chamada ar
Sandra Ribeiro. 2016. Digital.

água
dioptro.
p’

Dioptros i P
Dioptros são o conjunto de dois
meios homogêneos (apresentam
as mesmas propriedades físicas) e o
transparentes (permitem a perfeita
visualização através desse meio).
Os dioptros podem ser classificados
como planos ou curvos. Caso a situação seja invertida, ou seja, um mergulhador (observador)
observe um pássaro (objeto), a imagem também será vista acima da posição
Dioptro plano em que realmente está.
Ocorre quando a superfície de i
separação entre dois meios for
plana. Como exemplo, podemos
citar a superfície de um lago com
águas calmas, um vidro polido, etc. p’
o

Profundidade e p

altura aparente ar
Sandra Ribeiro. 2016. Digital.

água
em dioptros
planos
Uma pessoa que observa um
objeto através de um dioptro plano
perceberá uma diferença entre a
Observador
localização real do objeto e sua po-
sição aparente. Isso ocorre devido
ao fenômeno da refração.
Em ambos os casos, a imagem aparecerá sempre
acima do local onde o objeto realmente está.

Física 2D 9
A profundidade ou a altura aparente podem ser • Caso o raio incida de forma rasante, o deslocamento
determinadas por meio da equação: lateral será máximo e igual à própria espessura (e) da
lâmina (d = e).
n observador p ’
= meio 1
n objeto p

meio 2 d=e

Lâminas de faces paralelas meio 1


Uma lâmina de faces paralelas é composta de duas
faces que formam dioptros com o meio externo. Uma • A imagem vista através da lâmina será virtual, direita,
janela transparente, o vidro do carro, etc., são exemplos e mais próxima do que o objeto, portanto aparenta
dessas lâminas. Veja a seguir como um raio que incide ser um pouco maior que o objeto.
obliquamente atravessa a lâmina.
i
n1 0
#

Sandra Ribeiro. 2016. Digital.


4
&
o i 3
7
r "
%
0
o – objeto 3
e i – imagem
l
n2 r’

d
• Caso o bastão de vidro tenha o mesmo índice de refra-
n1 ção do meio, o raio não sofrerá desvio, dando origem a
i’ um fenômeno chamado continuidade óptica.

Sérgio Dotta/The Next


• Como o raio, após atravessar a lâmina, voltou para
o mesmo meio, o raio incidente e o emergente da
lâmina são paralelos.
Perceba que esse raio, sofre um deslocamento lateral
(d) que pode ser determinado pela seguinte relação:

e ⋅ sen(i − r)
d=
cos(r)
H2O C2Cℓ4

Obs.:
• Caso o raio incida normalmente (90°) na lâmina,
ocorrerá a travessia do raio, mas o deslocamento
lateral será nulo (d = 0). Prismas
incidência normal Prisma óptico é uma peça formada por um material
transparente composto por duas faces planas não paralelas.

_
meio 1
meio 2
6
i
r i’
r’ n1
n1
e1

fac
fac

n2
e2

refração sem desvio base do prisma

10 Semiextensivo
Aula 04

D = ângulo de abertura do prisma (ângulo de refrin-


gência)
Desvio angular mínimo
i = ângulo de incidência da luz (face 1) Conforme vimos anteriormente, o desvio angular '
sofrido por um raio de luz que atravessa um prisma pode
r = ângulo de refração (face 1)
ser obtido por meio da equação: ' = i + i’ – D. Verifica-se
r’ = ângulo de incidência (face 2) que este desvio torna-se mínimo quando i = i’, ou seja,
i’ = ângulo de refração (face 2) quando o ângulo de incidência na primeira face for
' = desvio angular da luz ao atravessar o prisma igual ao ângulo de emergência na segunda face. Como
consequência da geometria do triângulo e da lei de Snell-
D
Equações Descartes, sendo i = i’, tem-se também que r = r’ = .
2
Nessas condições, o raio atravessa o prisma cruzando
Como é possível perceber, o raio de luz que atravessa
perpendicularmente o plano bissetor do ângulo D.
o prisma sofre duas refrações, primeiramente na face 1 e
depois na face 2; portanto, a relação de Snell-Descartes
pode ser aplicada nas duas faces. _ 6m
Refração na primeira face i i’
r r’

n1  sen i = n2  sen r

plano
Refração na segunda face bissetor

base do prisma
n1  sen i ’ = n2  sen r ’
Perceba que o raio atravessa o prisma paralelamente
Relação para determinar o ângulo de abertura a base.
(refringência)
Em resumo, na condição de desvio mínimo:
D=r+r’ i = i’
D.
Obs.: Essa relação possibilita relacionar os cálculos da r = r’ =
2
face 1 com os da face 2.
Relação para determinar o desvio angular de um raio
ao atravessar o prisma. Como ' = i + i’ – D, sendo i = i’, pode-se escrever:

' = i + i‘ – D 'mín = 2i – D

Testes
O desvio na direção original da trajetória de um raio luminoso,
Assimilação quando transmitido de um meio para outro, é causado pelo
fenômeno do(a)
04.01. Os esquemas apresentados mostram o que acontece
a) flexão. b) desvio angular.
quando um raio de luz monocromática, que se propaga no ar,
atravessa uma superfície plana de vidro e quando ele passa c) refração. d) reflexão.
de uma superfície plana de vidro para o ar. e) incidência.

ar ar

vidro vidro

Física 2D 11
04.02. (UNICASTELO – SP) – Uma lanterna, quando acesa, 04.04. Sobre o estudo dos prismas óticos, assinale V para as
emite um pincel cônico divergente de luz monocromática. verdadeiras e F para as falsas.
Parada na beira de uma piscina, uma pessoa segura uma lan- a) ( ) O ângulo de abertura de um prisma também é
terna acesa e a aponta obliquamente para as águas límpidas conhecido como ângulo de refringência.
e transparentes, de forma que a luz emitida sofra refração. b) ( ) Em relação a um raio de luz monocromático que
A alternativa que representa corretamente as trajetórias dos penetra em um prisma, a relação de Snell Descartes só
raios de luz emitidos pela lanterna que se propagam pelo ar pode ser aplicada na primeira face de um prisma e nunca
e, depois, pela água, é na segunda face.
c) ( ) O desvio angular sofrido por um raio de luz mono-
a) b) cromático que atravessa completamente o prisma pode
ser determinado pela seguinte expressão: ' = i + i ‘ – D
ar ar d) ( ) Num prisma óptico, um raio de luz sofre desvio
água
água mínimo quando i = i’.
e) ( ) Quando um raio de luz monocromático incide nor-
malmente na face de um prisma, o mesmo sofre desvio
c) d) mas nunca refração.
ar ar 04.05. (UNIPAR – PR) – O índice de refração de um prisma de
água água
vidro é 2 . Sendo 60° o valor de seu ângulo de refringência,
qual o valor do ângulo de incidência que provoca um desvio
angular mínimo?
e)
a) 75° b) 60° c) 55°
ar d) 45° e) 30°
água

04.03. (FGV – SP) – Em um laboratório de ótica, é rea-


lizada uma experiência de determinação dos índices de
refração absolutos de diversos materiais. Dois blocos de 04.06. (UNIFOR – CE) – Um prisma de vidro tem ângulo
mesmas dimensões e em forma de finos paralelepípedos de refringência A = 60° e seu índice de refração, em relação
são feitos de cristal e de certo polímero, ambos transpa- ao ar, para a luz monocromática amarela, vale 2 . Um raio
rentes. Suas faces de maior área são, então, sobrepostas luminoso amarelo, no ar, incide em uma das faces do prisma
e um estreito feixe de luz monocromática incide vindo sob ângulo de incidência de 45°. O desvio sofrido pelo raio
do ar e no ar emergindo após atravessar os dois blocos, ao emergir do prisma vale:
como ilustra a figura. Dados:
sen 30° = cos 60° = 1/2
ar sen 45° = cos 4 5° 2/2
cristal
sen 60° = cos 30° = 3/2
polímero
a) 0° b) 30°
ar c) 45° d) 60°
e) 90°

Chamando de nar, npo e ncr aos índices de refração abso-


lutos do ar, do polímero e do cristal, respectivamente, a
correta relação de ordem entre esses índices, de acordo
com a figura, é:
a) nar > npo > ncr. Aperfeiçoamento
b) ncr > npo > nar.
04.07. (UFGD – MS) – Um ponto luminoso encontra-se
c) ncr > nar > npo. imerso na água em uma piscina totalmente limpa. Quando
d) nar > ncr > npo. visto por um observador que esteja fora da piscina (no ar)
e) npo > ncr > nar. e que olha com uma inclinação de 45° em relação ao eixo
normal da superfície da água, é CORRETO afirmar que
a) o ponto luminoso parecerá mais afastado da superfície
da água do que realmente está.

12 Semiextensivo
Aula 04

b) o ponto luminoso parecerá mais próximo da superfície 04.10. (UEL – PR) – No esquema adiante considere:
da água do que realmente está. I – raio incidente
c) o fato de a luz estar mudando de meio não interfere na N1 e N2 – normais às faces do prisma
percepção visual do observador.
r1 – ângulo de refração na primeira face
d) a luz não irá conseguir passar da água para o ar.
r2 – ângulo de incidência na segunda face
e) o ponto luminoso não será percebido pelo observador.
T – ângulo do prisma = 60°
04.08. (ENEM) – Alguns povos indígenas ainda preservam
suas tradições realizando a pesca com lanças, demonstrando
uma notável habilidade. Para fisgar um peixe em um lago N1 N2
θ
com águas tranquilas, o índio deve mirar abaixo da posição
em que enxerga o peixe. r1 r2
Ele deve proceder dessa forma porque os raios de luz
I
a) refletidos pelo peixe não descrevem uma trajetória retilí-
nea no interior da água.
b) emitidos pelos olhos do índio desviam sua trajetória Considerando as indicações do esquema, é correta a
quando passam do ar para a água. relação:
c) espalhados pelo peixe são refletidos pela superfície da água. a) r1 – r2 = T b) r1 + r2 = T
d) emitidos pelos olhos são espalhados pela superfície da água. c) r1 + r2 = 90° – T d) r1 – r2 = 90° – T
e) refletidos pelo peixe desviam sua trajetória quando pas- e) 2 (r1 + r2) = T
sam da água para o ar.
04.11. Um raio de luz normalmente na face AB de uma peça
04.09. (UNIMAR – SP) – Um observador deseja saber qual de cristal, imersa no ar (n = 1), cuja secção reta é um triângulo
a profundidade em que se encontra um peixe flutuando retângulo, conforme indica a figura a seguir. Considerando
na água de um tanque. Sabe-se que este observador está que o índice de refração do cristal é 3 determine o ângulo
olhando exatamente na posição vertical, que o índice de de refração (r) na face AC:
refração da água é 1,33, e que a distância aparente é de 3
A
metros. Dentre as alternativas a seguir, assinale a correta.
a) A distância real é menor que a distância aparente e vale 30º
2,25 metros.
b) A distância real é maior que a distância aparente e vale
4,0 metros.
c) A distância real é menor que a distância aparente e vale 30º
2,5 metros. 60º
d) A distância real é maior que a distância aparente e vale B C
3,25 metros.
e) N. d. a. a) 0° b) 15° c) 30°
d) 60° e) 90°

Física 2D 13
04.14. (UFPE) – O índice de refração, n, de um vidro de
Aprofundamento quartzo depende do comprimento de onda da luz, O, con-
forme indica o gráfico abaixo. Calcule o ângulo de refração
04.12. Uma lâmina de faces paralelas de espessura 2 3 cm T para uma luz com O= 400 nm incidindo sobre uma peça
é constituída de um material de índice de refração 3 . Um de quartzo, conforme a figura. Considere o índice de refração
raio luminoso, propagando-se no ar, encontra a lâmina, sob do ar igual a 1,00.
um ângulo de 60° com a normal. O deslocamento lateral
1,48
sofrido pelo raio luminoso ao atravessar a lâmina, foi de:

Índice de refração
a) 0,5 cm.
1,47
b) 1 cm.
90º
c) 2 cm. 60º AR
1,46
d) 2,5 cm. QUARTZO
e) 5 cm. 1,44
300 400 500 600 700 800
θ
Comprimento de onda (nm)

a) arc sen 0,07


b) arc sen 0,13
c) arc sen 0,34
d) arc sen 0,59
e) arc sen 0,73

04.15. Um prisma equilátero imerso no ar (n = 1) é atingido


por um raio de luz monocromático formando com a normal
um ângulo de 45°. Considerando o índice de refração abso-
luto do prisma igual a 2 , determine os seguintes ângulos:
abertura (refringência), refração na face 1, incidência na face
2, refração na face 2 (emergência), desvio total ao atravessar
o prisma.
04.13. (UEL – PR) – Um raio de luz r atravessa uma lâmina
a) 60°, 30°, 30°, 45°, 30° b) 60°, 30°, 30°, 60°, 60°
de vidro de faces paralelas, imersa no ar, sendo parcialmente
refletido nas duas faces. c) 60°, 30°, 45°, 60°, 30° d) 30°, 60°, 30°, 45°, 30°
e) 30°, 60°, 45°, 60°, 60°

a b

d
e

Considerando os ângulos indicados no esquema, o ângulo 04.16. (MACK – SP) – Um raio luminoso incide perpen-
q é igual a: dicularmente a uma das faces de um prisma de vidro
a) g + d (nvidro = 2 ), imerso no ar (nar = 1), e emerge rasante à outra
b) 90° – d face. O ângulo de refringência A desse prisma é:
c) 90° – c a) 15° b) 30°
d) 90° – a c) 40° d) 45°
e) d + e e) 60°

14 Semiextensivo
Aula 04

04.17. (UFPR) – Prismas são comumente utilizados na b) Ocorre reflexão interna total na face C.
constituição de instrumentos ópticos, tais como câmeras c) Ocorre um desvio no feixe incidente ao passar pela face A.
fotográficas, microscópios e binóculos. A figura abaixo mostra d) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um ângulo
um tipo de prisma imerso no ar, feito de vidro com índice de de 30° com a sua normal.
refração 1,5, em cuja face A incide perpendicularmente um e) O feixe refratado na face C, ao sair dela, forma um ângulo
feixe luminoso monocromático. de 60° com a sua normal.
B

60º C

Para a situação da figura, e supondo o índice de refração do


ar igual a 1,0, assinale a alternativa correta.
a) Se o prisma fosse feito com vidro com índice de refração
maior que 1,5, o ângulo de refração na face C aumentaria.

Discursivos
04.18. (UFRJ) – Uma lâmina homogênea de faces paralelas é constituída de um material com índice de refração n2=1,5. De um
lado da lâmina, há um meio homogêneo de índice de refração n1 = 2,0; do outro lado, há ar, cujo índice de refração n3 consideramos
igual a 1,0. Um raio luminoso proveniente do primeiro meio incide sobre a lâmina com ângulo de incidência T1, como indica a figura.
θ1

n1 = 2,0

n2 = 1,5

n3 = 1,0

Calcule o valor de T1 a partir do qual o raio que atravessa a lâmina sofra reflexão total na interface com o ar.

Física 2D 15
04.19. (PUCSP) – Um prisma de vidro, cujo ângulo de refringência é 60°, está imerso no ar. Um raio de luz monocromática
incide em uma das faces do prisma sob ângulo de 45° e, em seguida, na segunda face sob ângulo de 30°, como está repre-
sentado no esquema.
A
N
N 60º

45º 30º

Ar Ar
Vidro
B C

Calcule o índice de refração do vidro em relação ao ar, para essa luz monocromática.

04.20. (UFBA) – A espessura de uma lâmina de vidro de faces paralelas é de 2,0 cm. Um raio monocromático de luz incide
numa de suas faces com ângulo de 60° e se refrata com ângulo de 45°.
3 2
Considerando cos75° = sen15° = 0,25, sen60° = cos30° = = 0,8 , nar = 1,0 e sen45° = cos45°= = 0,7, pede-se:
2 2

a) Esboçar o trajeto do raio de luz ao atravessar a lâmina.


b) Determinar o índice de refração do vidro.
c) Determinar o desvio lateral (d) e o desvio angular (E).
d) Determinar o valor do ângulo de emergência.

16 Semiextensivo
Aula 04

Gabarito
04.01. c 04.19. A = 60°
04.02. d i = 45°
04.03. b r’ = 30°
04.04. V – F – V – V – F A = r + r’
04.05. d 60° = r + 30° o r = 30°
04.06. b Aplicando a equação de Snell-Descartes na face onde o raio incide
04.07. b primeiramente:
04.08. e nar · seni = nv · senr
04.09. b 1 · sen45° = nv · sen30°
04.10. b 1· 2/2 = nv · 1/2
04.11. d
04.12. c nv = 2
04.13. d 04.20. a)
04.14. c raio incidente 60º
N
04.15. a i n(ar)
04.16. d n(vidro)

04.17. b r
45º
e=2,0 cm
04.18. Interface n1 – n2 r’ N α
n1 · sen T1 = n2 · senr
2 · sen T1 = 1,5 · senr
i’ prolongamento do
senr = 2 · sen T1/1,5 (equacao I) paralelos raio incidente
θ1 N raio emergente

b) nar · seni=nvidro · senr


n1 = 2,0
1 · sen60° = nvidro · sen45°
N 1 · 0,8 = nvidro · 0,7
r I I
n2 = 1,5 nvidro = 1,14
c) d = e · sen(i – r)/cosr
n3 = 1,0
AR d = 2 · sen(15°)/cos45°
d = 2 · 0,25/0,7
Interface n2 – ar
d = 0,71 cm
calculando o ângulo limite L
O desvio angular é nulo, pois o prolongamento do raio inci-
senL = nmenor/nmaior = 1/1,5
dente e o raio emergente têm a mesma direção, ou seja, são pa-
para que haja reflexão total nessa interface, o raio de luz deve incidir
ralelos o E= 0
nela com um ângulo r tal que r > L, ou seja,
d) nvidro · senr’ = nar · seni’
senr > senL
1,2 · sen45° = 1 · seni’
senr > 1/1,5 (equação II)
1,2 · 0,7 = 1 · seni’
i’ = 60°
Substituindo I em II
2 · sen T1/1,5 > 1/1,5
sen T1 > 1/2
T1 > 30°
Para qualquer valor de T1 maior que 30°, o raio de luz sofrerá reflexão
total na interface n2 – n1.

Física 2D 17
Aula Física
05 3D

Lentes esféricas
Introdução
Uma lente esférica é um sistema ótico formado por um conjunto de três meios transparentes e homogêneos em
que pelo menos uma das faces é curva. Para os estudos referentes a esse sistema, será considerado que a lente está
imersa em um único meio, como ocorre na maioria dos casos, como por exemplo: lente de vidro imersa no ar, lente de
acrílico na água, etc.
As lentes esféricas têm uma vasta aplicabilidade nas mais variadas áreas, como oftalmologia, confecção de instru-
mentos óticos, como telescópios, lunetas, microscópios,etc.

Formação das imagens nas lentes esféricas


O estudo de lentes esféricos terá continuidade considerando a maioria dos casos (nL > nm) e que o raio que atra-
vessa a lente é monocromático. Veja a seguir:

Posição do objeto AB Lente convergente Características da imagem A'B'

A
Objeto extenso Real, invertida e menor
B'
além de C0 que o objeto.
B Co Fo 0 Fi Ci

A'

A
Objeto extenso Real, invertida e de
Ci { B'
sobre de C0 mesmo tamanho.
B { Co Fo 0 Fi

A'

B'
Objeto extenso Real, invertida e maior
Co B Fo 0 Fi Ci
entre C0 e F0 que o objeto.

A'

1
Posição do objeto AB Lente convergente Características da imagem A'B'

Objeto extenso Imprópria, ou seja,


sobre F0 Co B { Fo 0 Fi Ci localizada no infinito.

i∞

A'
A
Objeto extenso B' B Virtual, direita e maior.
entre F0 e O Ci Fi 0 Fo Co Trata-se da imagem da lupa.

Posição do objeto AB Lente divergente Características da imagem A'B'

A
Objeto extenso A'
B B' Imagem sempre virtual, direita e
localizado em
Ci Fi 0 Fo Co menor que o objeto real.
qualquer posição

Condições de nitidez de Gauss


As lentes, sistemas óticos astigmáticos (um ponto objeto conjuga um e somente um ponto imagem) atuam por
refração dos raios de luz que, após atravessar a lente, seguem um determinado comportamento, que pode ser con-
vergente ou divergente.
A seguir estão algumas condições necessárias para que as lentes formem imagens nítidas. São elas:
• Pequena espessura (e) da lente no eixo principal, sendo classificada como delgada quando e <<< raio
• Raios incidentes aproximadamente paralelos ao eixo principal (paraxiais).

R2

R1

Para determinar analiticamente a formação das imagens nessas lentes, torna-se necessária a utilização da equação de
Gauss, que veremos a seguir.

2 Semiextensivo
Aula 05

Equação de Gauss e Formação das lentes


equação do aumento esféricas
Alguns elementos integrantes das lentes esféricas As lentes são classificadas quanto à espessura de
são similares aos espelhos esféricos. Veja a seguir. seus bordos (extremidade da lente), podendo ser de
f = distância focal (distância do foco ao centro ótico bordos finos ou de bordos grossos, e o seu nome é dado
da lente) em função de suas faces, côncava, convexa ou plana.
p = distância do objeto à lente • Lentes de bordos finos
p’ = distância da imagem à lente Para nomear essas lentes, é necessário citar primeira-
mente a face de maior raio e logo em seguida a face de
o = tamanho do objeto
menor raio. Veja a seguir:
i = tamanho da imagem
Como já demonstrado anteriormente, a equação de
Gauss pode ser descrita como:

1 1 1
= +
f p p’

O aumento linear transversal é dado por:


biconvexa plano-convexa côncavo-convexa

i p’
A= =− Essa classificação referente aos bordos da lente
o p ocorre porque as lentes de bordos finos, na maioria dos
casos (nL > nm), possuem o mesmo comportamento
Veja a seguir a convenção de sinais a serem adotados convergente. Veja a seguir:
para a análise das lentes.

Lentes de bordos finos o f + (positivo)


Lentes de bordos grossos o f – (negativo) F
p o será sempre positivo
Imagem real: p’ o + (positivo)
nL
Imagem virtual: p’ o – (negativo)
nL > nm
Objeto orientado para cima: o o + (positivo)
Objeto orientado para baixo: o o – (negativo)
• Lentes de bordos grossos (espessos)
Imagem orientada para cima: i o + (positivo) Para nomear lentes de bordos grossos, vale a mesma
Imagem orientada para baixo: i o – (negativo) regra. Veja a seguir:
Imagem direita em relação ao objeto
A o + (positivo)
Imagem invertida em relação ao objeto
A o – (negativo)
|A| > 1 o imagem maior do que o objeto
|A| < 1 o imagem menor do que o objeto
|A| = 1 o imagem do mesmo tamanho do o objeto convexo-côncava
bicôncava plano-côncava

Física 3D 3
R1
R2 R1
R2

Eixo Face 2 FFace 1 Eixo


C2 C1 principal C2 C1 principal

Face 1 Fac 2
Face

Face
plana
R2

C2 Eixo Eixo
principal Face Face
Fa 2 C2 principal
plana
R2

Face 2

Raio convexo Ÿ R + (positivo)


Raio côncavo Ÿ R – (negativo)

Tanto no comportamento focal quanto na formação das lentes esféricas, foi visto que uma lente, de acordo com o
seu formato e índice de refração, e ainda o índice de refração do meio, tem comportamentos que podem variar. Essa
capacidade da lente de desviar os raios de luz é chamada de vergência.

Vergência de uma lente


Vergência (V) ou convergência de uma lente pode ser determinada de duas formas distintas, através da equação
da vergência ou ainda com a equação de Halley (equação do fabricante de lentes).

Equação da vergência
A vergência de uma lente (V) pode ser determinada pelo inverso da distância focal (f):

1
V
f

A unidade de distância focal deve ser o metro (m) para que a unidade de vergência seja dioptria (di), conhecida, em
nosso cotidiano, como grau da lente. Na prática, pode-se afirmar que uma lente com 2,5 dioptrias significa o mesmo que
uma lente com 2,5 graus.
Lente convergente o f + V +
Lente divergente o f – V –

4 Semiextensivo
Aula 05

Equação de Halley (equação do fabricante de lentes)


nlente Ÿ índice de refração da lente
⎛n ⎞⎛ 1 1⎞ nmeio Ÿ índice de refração do meio
V = ⎜ lente − 1⎟ ⋅ ⎜ + ⎟
⎝ n meio ⎠ ⎝ R 1 R 2 ⎠ R1 e R2 Ÿ Raios da curvatura das faces da lente

Essa equação deve ser utilizada considerando a convenção de sinais, em relação à face da lente:

Face côncava o R –
Face convexa o R +
Face plana o R = ∞ (infinito)

Associação de lentes por justaposição

Divo. 2016. 3D.


Justapor ou associar lentes significa colocá-las muito próximas para que seja possível
aproximar ou afastar a imagem de um determinado objeto. Essa associação ocorre
em máquinas fotográficas, lunetas, telescópios, dentre outros instrumentos óticos.
A associação dessas lentes permite que o raio de luz sofra um certo desvio. Utili-
zando o Teorema das vergências, é possível determinar uma lente que substituiria
a associação gerando o mesmo desvio nesse raio de luz. Para uma associação de
três lentes, por exemplo, teremos:

Veq = V1 + V2 + V3
1
Como V conclui-se que:
f
1 1 1 1
= + +
f eq f1 f 2 f 3
Para a utilização das fórmulas, é necessário aplicar a convenção de sinais para lentes convergentes e divergentes,
como visto anteriormente.

Testes
05.02. (UERJ) – Um estudante possui uma lente convergente
Assimilação de 20 cm de distância focal e quer queimar uma folha de
papel usando essa lente e a luz do sol. Para conseguir seu
05.01. (UNIFOR – CE) – Considere as lentes de vidro esque- intento de modo mais rápido, a folha deve estar a uma dis-
matizadas abaixo. tância da lente igual a:
a) 10 cm
b) 20 cm
c) 40 cm
L1 L2 L3 L4 L5 L6 d) 60 cm
e) 80 cm
Quando imersas no ar, as lentes divergentes são: SOMENTE
a) L1, L2 e L3
b) L1, L3 e L5
c) L1, L4 e L6
d) L2, L3 e L5
e) L2, L4 e L6

Física 3D 5
05.03. (UFPE) – A lente da figura abaixo tem distância focal 05.05. (UNICAMP – SP) – Um objeto é disposto em frente a
de 10 cm. Se ela for usada para observar um objeto que uma lente convergente, conforme a figura abaixo. Os focos
esteja a 5 cm, como aparecerá a imagem deste objeto para principais da lente são indicados com a letra F. Pode-se
um observador posicionado do outro lado da lente? afirmar que a imagem formada pela lente

1 cm
lente
1 cm

5 cm
objeto

objeto F F

a) Invertida e do tamanho do objeto.


b) Invertida e menor que o objeto.
c) Invertida e maior que o objeto.
d) Direta e maior que o objeto.
e) Direita e menor que o objeto. a) é real, invertida e mede 4 cm.
b) é virtual, direta e fica a 6 cm da lente.
c) é real, direta e mede 2 cm.
d) é real, invertida e fica a 3 cm da lente.

05.06. (PUCRS) – Uma lente convergente de 2,00 dioptrias


(popularmente 2,00 “graus”) tem distância focal de
a) 500 cm
b) 200 cm
c) 100 cm
d) 50 cm
e) 20 cm
05.04. (UFMT) – Uma vela é colocada perpendicularmente
ao eixo principal, em duas posições, 30 cm e depois 10 cm, 05.07. (PUCRS) – Quando um oculista receita uma lente de
de uma lente esférica delgada convergente de distância +2,0 dioptrias, isso significa lente convergente de distância
focal |f| = 20 cm. A imagem da vela nas duas posições, focal igual a:
respectivamente, é: a) 0,1 m
a) real, direita e maior que a vela; virtual, direita e maior b) 0,2 m
que a vela. c) 0,3 m
b) virtual, invertida e maior que a vela; real, direita e maior d) 0,4 m
que a vela. e) 0,5 m
c) real, invertida e maior que a vela; virtual, direita e maior
que a vela.
d) virtual, direita e maior que a vela; real, invertida e menor
Aperfeiçoamento
que a vela. 05.08. (PUCMG) – Uma lente formará uma imagem real
e) real, invertida e menor que a vela; virtual, direita e menor quando um objeto for colocado entre
que a vela. a) o foco e a lente, quando a lente for divergente.
b) o foco e o infinito, quando a lente for divergente.
c) o foco e a lente, quando a lente for convergente.
d) o foco e o infinito, quando a lente for convergente.
e) a lente e o infinito, quando a lente for convergente.

6 Semiextensivo
Aula 05

05.09. (PUCSP) – A imagem corresponde a uma fotografia 05.11. (UFAM) – Um objeto de 10 cm de altura está a
de uma gota-d’água apoiada sobre uma folha. Observe 50 cm à esquerda de uma lente esférica delgada. A imagem
atentamente a imagem e assinale a única afirmação correta. do objeto é projetada num anteparo situado à direita da lente
a uma distância de 2 m desta. Sobre esta lente, é correto
afirmar que
a) é divergente e tem distância focal de 20 cm.
b) é convergente e tem distância focal de 20 cm.
c) é divergente e tem distância focal de 40 cm.
d) é convergente e tem distância focal de 40 cm.
e) é convergente e tem distância focal de 30 cm.

a) A gota-d’água está “funcionando” como uma lente con-


vexa e a imagem formada por ela é real.
b) A gota-d’água está “funcionando” como uma lente côn-
cava e a imagem formada por ela é real.
c) A gota-d’água está “funcionando” como uma lente côn-
cava e a imagem formada por ela é virtual.
d) A gota-d’água está “funcionando” como uma lente con- 05.12. (UNIMONTES – MG) – Um objeto de 6 cm de altura
vexa e a imagem formada por ela é virtual. está colocado a 40 cm de uma lente divergente cuja distância
e) A gota-d’água está “funcionando” como uma lente focal é 40 cm. Marque a alternativa que apresenta, correta-
convexo-côncava e a imagem formada por ela é virtual. mente, a natureza da imagem, sua posição e seu tamanho,
respectivamente.
05.10. (UFAM) – Um objeto real com 5 cm de altura é
a) Imagem virtual, situada a 3 cm da lente e medindo 20 cm.
colocado perpendicularmente ao eixo principal de uma
lente esférica divergente, cuja distância focal é –10 cm, a b) Imagem real, situada a 20 cm da lente e medindo 3 cm.
uma distância de 40 cm do centro óptico da lente. Sobre c) Imagem real, situada a 3 cm da lente e medindo 20 cm.
a natureza e o tamanho da imagem produzida pela lente, d) Imagem virtual, situada a 20 cm da lente e medindo 3 cm.
podemos afirmar que é:
a) real, direita e mede 5 cm de altura.
b) real, invertida e mede 1 cm de altura.
c) virtual, direita e mede 1 cm de altura.
d) virtual, invertida e mede 1 cm de altura.
e) virtual, direita e mede 5 cm de altura.

05.13. (FMTM – MG) – A face convexa de uma lente de vidro


plano-convexa possui um raio de curvatura de 6,0 cm. Sendo
o índice de refração do vidro igual a 1,5, a distância focal da
lente será, em cm, igual a
a) 1,5. b) 6,0. c) 8,0. d) 10,5. e) 12,0.

Física 3D 7
08) Uma lente divergente só pode formar imagens virtuais.
Aprofundamento 16) Uma lente convergente pode formar imagens reais e
virtuais.
05.14. (UEM – PR) – Com relação à formação de imagens de
objetos extensos, colocados no ar diante de lentes esféricas
de índices de refração maiores que o do ar, assinale o que
for correto.
01) A imagem formada por um objeto extenso colocado
sobre o centro de curvatura de uma lente convergente
é real, do mesmo tamanho que o objeto e invertida.
02) A imagem formada por um objeto extenso colocado
sobre o foco de uma lente convergente é virtual, maior
que o objeto e direita. 05.17. (UNIFESP) – Tendo-se em vista que as lentes são, na
04) A imagem formada por um objeto extenso colocado prática, quase sempre usadas no ar, a equação dos fabricantes
sobre o foco de uma lente divergente é virtual, do mesmo ⎛ 1 1⎞
tamanho que o objeto e direita. de lentes costuma ser escrita na forma: C = (n − 1)⎜ + ⎟.
08) A imagem formada por um objeto extenso colocado ⎝ R1 R 2 ⎠
entre o foco e o centro de curvatura de uma lente con- Nessas condições, pode-se afirmar que a convergência de
vergente é real, maior que o objeto e invertida. uma lente plano-convexa de índice de refração n = 1,5 e cujo
16) A imagem formada por um objeto extenso colocado raio da face convexa é R = 20 cm é:
entre o foco e o centro de curvatura de uma lente diver- a) 0,50 di
gente é virtual, menor que o objeto e invertida. b) 1,0 di
c) 1,5 di
05.15. Um anteparo é colocado a 90 cm de um objeto, e uma d) 2,0 di
lente situada entre eles projeta, no anteparo, a imagem do
e) 2,5 di
objeto diminuída 2 vezes. Pode-se afirmar que
01) o objeto está posicionado a 60 cm do centro óptico.
02) a distância focal da lente é de 20 cm.
04) a lente é do tipo convergente.
08) a imagem é real, invertida, menor e está posicionada a
20 cm da lente.
16) a imagem é virtual, invertida, menor e está posicionada
a 20 cm da lente.

05.18. (UFG – GO) – Um indivíduo usa uma lente plano-


-convexa para concentrar raios solares sobre grama seca,
visando acender uma fogueira. Para tanto, ele ajusta a
lente para sua posição ótima. Sabendo-se que o índice de
refração da lente é 1,5, o raio de curvatura do lado convexo
é igual a 10 cm e a equação do fabricante de lentes é dada
1 1 1
por = (n − 1)( + ) , a que distância da grama a pessoa
f R1 R 2
posicionou a lente?
a) 6,0 cm
b) 12,0 cm
c) 15,0 cm
d) 20,0 cm
e) 30,0 cm
05.16. (UFSC) – Um objeto colocado próximo de uma lente
projeta uma imagem de altura três vezes maior que ele e
invertida. A distância entre o objeto e a imagem é de 40 cm.
Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01) A distância entre o objeto e a lente é de 20 cm.
02) A distância focal da lente é de 7,5 cm.
04) A lente é convergente.

8 Semiextensivo
Aula 05

Discursivos
05.19. (UFF – RJ) – Uma lente convergente, de distância focal f = 4,0 cm, fornece uma imagem real de um objeto, colocado
sobre seu eixo óptico, com aumento linear igual a –1,0. Deslocando-se a lente de 2,0 cm em direção ao objeto, forma-se nova
imagem, que dista x cm da imagem anterior.
Determine:
a) a distância x.
b) o novo aumento linear.

05.20. (UNICAMP – SP) – A figura abaixo representa um feixe de luz paralelo, vindo da esquerda, de 5,0 cm de diâmetro, que
passa pela lente A, por um pequeno furo anteparo P, pela lente B e, finalmente, sai paralelo, com um diâmetro de 10 cm. A
distância do anteparo à lente A é de 10 cm.

B
P

a) Calcule a distância entre a lente B e o anteparo.

b) Determine a distância focal de cada lente (incluindo o sinal negativo no caso de a lente ser divergente).

Física 3D 9
Gabarito
05.01. b 05.11. d 05.20. a) x = 20 cm
05.02. b 05.12. d
05.03. d 05.13. e
05.04. c 05.14. 09 (01, 08)
05.05. a 05.15. 07 (01, 02, 04) 5 10

05.06. d 05.16. 30 (02, 04, 08, 16) 10


A x
05.07. e 05.17. e
05.08. d 05.18. d P
B

05.09. d 05.19. a) 2,0 cm b) fA = 10 cm


05.10. c b) –2,0 fB = 20 cm

10 Semiextensivo
Física
Aula 06 3D
Instrumentos óticos e ótica da visão

Introdução Dentre as partes mais importantes do microscópio


estão as seguintes lentes:
Os instrumentos ópticos são largamente aplicados • Lente ocular: lente convergente posicionada na
nas mais variadas áreas do conhecimento. Veja a seguir parte superior do aparelho. Como o nome sugere, é a
alguns exemplos de instrumentos ópticos que fazem lente mais próxima aos olhos. A distância focal dessa
parte de nosso cotidiano. lente está na ordem de centímetros.
• Lente objetiva: lente convergente posicionada pró-
Microscópio simples xima ao objeto ou ao corpo a ser observado. A dis-
tância focal dessa lente está na ordem de milímetros.
O microscópio simples, também conhecido como
lupa, é constituído por uma lente biconvexa ou um A seguir está representada esquematicamente a for-
sistema equivalente de lentes que permite a observação mação de uma imagem em um microscópio composto.
de objetos pequenos, como insetos, peças de relógio,
Ocular
etc. Para que a imagem conjugada seja virtual, direita e Objetiva
maior, o objeto deve estar posicionado entre a lente e o
o f’1
foco objeto. Veja a seguir:
f1 o f2 i1 o f’2
i2

Formação de imagem no microscópio composto


I O
F C F’
Perceba que a imagem formada pela objetiva é uti-
lizada como “objeto” para a ocular, formando a imagem
final de natureza virtual.

Microscópio composto Máquina fotográfica


O microscópio composto, ou apenas microscópio, é A máquina fotográfica tem o mesmo princípio de
o instrumento óptico que tem finalidade de visualizar funcionamento de uma câmara escura.
objetos muito pequenos, como células, organelas, etc. • Câmara escura
©Shutterstock/Kittitat Tanta

Ocular
Ilustrações: Juliana Rodrigues. 2016. Digital.

Revólver Braço

Objetiva

Macrométrico
Platina

Condensador
Micrométrico
Iluminação

Física 3D 11
• Máquina fotográfica Perceba a analogia existente entre os dois sistemas:
Juliana Rodrigues. 2016. Digital.

Máquina fotográfica Olho humano


Lente objetiva
Lente cristalino (convergente)
(convergente)
Imagem formada
Imagem formada na retina
no filme
Diafragma controla a
Pupila controla a entrada de luz
entrada de luz
Imagem real,
Imagem real, invertida e menor
invertida e menor

A câmara escura, o olho humano e a máquina fo-


tográfica são sistemas análogos que seguem o mes-
Observa-se que, em uma câmara escura, a imagem mo princípio de funcionamento.
se forma no fundo da caixa e, na máquina fotográfica, a
imagem se forma exatamente no filme.
Também é possível fazer uma analogia entre a
máquina fotográfica e o olho humano, pois ambos se- Óptica da visão e
guem o mesmo princípio de funcionamento, conforme
mostram as figuras a seguir: ametropias
Ilustrações: Divanzir Padilha/Corel. Digital. 2002.

Pupila Retina
Olho emetrope
Um olho emetrope (normal) não possui defeitos,
portanto o seu funcionamento não necessita de corre-
ções com lentes adjacentes.

Córnea

PPN PR

Zona de
acomodação
do olho normal

Olho normal
Diafragma
Quando um objeto é aproximado do infinito (PR)
para o ponto próximo (PPN), ocorre uma acomodação
visual, reduzindo o raio da lente.
Objeto no Ponto Objeto no Ponto
Remoto (PR) Próximo Normal (PPN)
Lente
objetiva
Filme

` O olho e a máquina fotográfica

O ponto próximo para o olho normal (PPN) é consi-


derado com um valor de 25 cm e o ponto remoto (PR)
está no infinito.

12 Semiextensivo
Aula 06

©Shutterstock/Galyna Andrushko
Olho ametrope
Um olho ametrope (defeituoso) não possibilita a
formação da imagem de forma nítida, portanto é ne-
cessária a utilização de lentes corretivas para a melhoria
da qualidade da visão. A seguir, estão relacionadas as
ametropias mais comuns.

Miopia
A miopia é o defeito que ocorre principalmente por
um defeito no globo ocular que não possui um formato
perfeitamente esférico e sim um leve achatamento hori-
zontal, tornando-se oval, o que impossibilita a formação
da imagem nítida na retina. Veja a seguir:

` Na visão de um olho míope, a pessoa que está próxima pode


Ilustrações: Divanzir Padilha. 2002. Digital.

ser vista com nitidez, mas a paisagem distante fica sem nitidez.

A lente corretiva para a miopia deve formar a imagem


nítida na retina do olho míope. Desta forma, a distância
focal da lente corretiva é dada por:

f = – PR

Onde PR é o ponto remoto do olho míope.


Para o míope, tanto o ponto próximo quanto o ponto
remoto estão deslocados em relação a um olho normal, Hipermetropia
logo a zona de acomodação visual é mais restrita do que
para um olho normal. A hipermetropia é o defeito que ocorre principal-
mente quando o globo ocular não possui um formato
perfeitamente esférico e sim com um leve achatamento
vertical, tornando-se oval, o que impossibilita a forma-
PR PP ção da imagem nítida na retina. Veja a seguir:
Zona de
acomodação
do olho míope

Como a imagem é formada antes da retina, a cor-


reção da miopia pode ser feita com lentes divergentes
(bordos grossos). Veja a seguir:

Correção da miopia
Olho míope com lentes divergentes

Para o hipermetrope, o ponto próximo está deslo-


cado em relação a um olho normal, portanto a zona de
acomodação visual é mais restrita do que para um olho
normal.

Um pessoa míope tem:


PR PP
dificuldade em ver objetos distantes.
Zona de
facilidade em ver objetos próximos. acomodação do
imagem formada antes da retina. olho hipermetrope

Física 3D 13
Como a imagem é formada depois da retina, a A lente corretiva para a hipermetropia deve formar
correção da hipermetropia pode ser feita com lentes uma imagem nítida na retina do olho hipermetope
convergentes (bordos finos). Veja a seguir: (ppH). A distância focal da lente corretiva é dada por:
Divanzir Padilha. 2002. Digital.

Correção da hipermetropia
Olho hipermetrope com lentes convergentes 1 1 1
= −
f pp N pp H

Obs.: Conhecida a distância focal, pode-se calcular a


1
vergência por : v
f
Outros defeitos de visão
Uma pessoa hipermetrope tem:
dificuldade em ver objetos próximos.
Astigmatismo
O astigmatismo é uma anomalia que ocorre quando
facilidade em ver objetos distantes.
a superfície da córnea tem uma forma irregular. Geral-
imagem formada depois da retina mente, esse defeito de visão vem associado à miopia ou
à hipermetropia. A correção do astigmatismo pode ser
feita com lentes cilíndricas, que compensam as irregu-
©Shutterstock/Galyna Andrushko

laridades da córnea.

Presbiopia
Presbiopia ou vista cansada é uma anomalia causa-
da pelo envelhecimento, uma vez que ocorre a flacidez
dos músculos ciliares, impossibilitando a acomodação
visual quando um objeto é trazido do infinito para o
ponto próximo. Assim como na hipermetropia, a cor-
reção da presbiopia pode ser feita por meio de lentes
convergentes.

Estrabismo
Estrabismo é a anomalia na qual os globos oculares
são desalinhados. Dependendo do grau do estrabismo, a
correção pode ser feita com o uso de lentes prismáticas.
` Visão de um olho hipermetrope. A pessoa que está próxima
pode ser vista sem nitidez e a paisagem distante, com nitidez.

Testes
06.02. (FMTM – MG) – A lupa é um instrumento óptico
Assimilação simples capaz de aumentar a imagem do objeto que se quer
observar. Sobre a lupa, pode-se afirmar que
06.01. (UEFS – BA) – A imagem de um objeto real que se I. é constituída por uma lente convergente;
encontra situado entre o foco objeto e o centro óptico de
II. o objeto a ser observado por ela deve ser colocado a uma
uma lupa é vista por um observador como sendo
distância menor que a distância focal;
a) real, direita e maior.
III. o aumento da imagem do objeto depende da vergência
b) real, invertida e menor. da lupa e da posição do observador;
c) real, invertida e maior. IV. forma uma imagem direita e virtual.
d) virtual, direita e maior. Está correto o contido apenas em
e) virtual, invertida e menor. a) I e II. b) I e III. c) II e III.
d) I, II e IV. e) II, III e IV.

14 Semiextensivo
Aula 06

06.03. (FUVEST – SP) – Na formação das imagens na retina 06.06. (PUCSP) – Os esquemas correspondem a um olho
da vista humana normal, o cristalino funciona como uma míope (1) e um olho hipermetrope (2). As lentes corretivas
lente devem ser, respectivamente, para (1) e (2):
a) convergente, formando imagens reais, diretas e dimi-
nuídas.
b) divergente, formando imagens reais, diretas e diminuídas.
c) convergente, formando imagens reais, invertidas e
diminuídas.
d) divergente, formando imagens virtuais, diretas e
ampliadas. (1)
e) convergente, formando imagens virtuais, invertidas e
diminuídas.

06.04. (UEM – PR) – No olho humano, as imagens formam-


-se na retina e depois são analisadas no cérebro. No entanto,
defeitos da visão fazem que o processo de formação das
imagens se dê antes da retina, depois dela, ou ainda que
apresente distorções de simetria. Esses defeitos são iden- (2)
tificados, respectivamente, como miopia, hipermetropia e
astigmatismo e podem ser corrigidos, eventualmente, com a) divergente e convergente
cirurgias ou com o uso das seguintes lentes, respectivamente: b) divergente e divergente
a) divergentes, convergentes, cilíndricas. c) biconvexa e bicôncava
b) convergentes, cilíndricas, divergentes. d) convergente e divergente
c) cilíndricas, divergentes, convergentes. e) convergente e convergente
d) convergentes, divergentes, cilíndricas.
e) cilíndricas, convergentes, divergentes. Aperfeiçoamento
06.05. (PUCRJ) – O esquema abaixo representa um olho
06.07. (UNESP – SP) – Assinale a alternativa correspondente
humano que observa, sem auxílio de lentes artificiais, um
ao instrumento óptico que, nas condições normais de uso,
objeto distante. A acomodação visual é tal que o cristalino
fornece imagem virtual.
apresenta-se com a sua máxima distância focal. Nestas
a) Projetor de slides.
condições, qual das opções a seguir relaciona correta-
mente o ponto de visão (míope, normal e hipermetrope) b) Projetor de cinema.
do observador? c) Cristalino do olho humano.
d) Câmara fotográfica comum.
e) Lente de aumento (lupa).

1
06.08. (PUCSP) – Determine o tipo e a vergência (C), em
2 3
dioptrias (di), da lente de um instrumento óptico capaz de
produzir uma imagem, direita e aumentada de 5 vezes, de
uma formiga que está situada a 10 cm do centro óptico
dessa lente.
a) Lente côncava e C = 8 di.
b) Lente côncava e C = 12,5 di.
Visão c) Lente convexa e C = 8 di.
Visão míope Visão normal
hipermetrope
d) Lente convexa e C = 12,5 di.
a) 1 2 3 e) Lente côncava e C = 2 di.

b) 1 3 2

c) 2 1 3

d) 2 3 1

e) 3 2 1

Física 3D 15
06.09. (UFPR) – Um datiloscopista munido de uma lupa b) Retina
analisa uma impressão digital. Sua lupa é constituída por uma
lente convergente com distância focal de 10 cm. Ao utilizá- O I
-la, ele vê a imagem virtual da impressão digital aumentada F0 F1
de 10 vezes em relação ao tamanho real. Com base nesses
dados, assinale a alternativa correta para a distância que
separa a lupa da impressão digital.
a) 9,0 cm. Retina
c)
b) 20,0 cm.
c) 10,0 cm.
O F1
d) 15,0 cm.
F0 I
e) 5,0 cm.

06.10. (ACAFE – SC) – O uso de óculos para corrigir defeitos


da visão começou no final do século XIII e, como não se
d) Retina
conheciam técnicas para o polimento do vidro, as lentes
eram rústicas e forneciam imagens deformadas. No período
da Renascença, as técnicas foram aperfeiçoadas e surgiu a I
profissão de fabricante de óculos. Para cada olho defeituoso F0 F1
existe um tipo conveniente de lente que, associado a ele,
corrige a anomalia.
Considere a receita abaixo, fornecida por um médico oftal-
mologista a uma pessoa com dificuldades para enxergar e) Retina
nitidamente objetos afastados.
I
Lentes Lentes
Eixo DP F0 F1
esféricas cilíndricas
OD – 2,0 di
Longe
OE – 2,5 di

OD 06.12. (UFMTM – MG) – O olho é a janela do corpo hu-


Perto mano pela qual ele abre os caminhos e se deleita com
OE a beleza do mundo.
(Leonardo Da Vinci)
DP – Distância entre os eixos dos olhos Os olhos são constituídos por várias estruturas que juntas
OD – Olho direito conectam o mundo exterior com o nosso interior, captando
OE – Olho esquerdo as imagens e os movimentos e levando as informações até
Em relação ao exposto, é incorreta a alternativa: o cérebro.
( ) A Ÿ As lentes são divergentes. Sobre o sentido da visão, analise os itens a seguir.
( ) B Ÿ A distância focal da lente direita é 50 cm. I. A visão nítida ocorre quando a imagem é projetada
( ) C Ÿ Essas lentes podem funcionar como lentes de
exatamente sobre a retina. Se a imagem se formar antes
aumento.
ou depois dela, o que se vê é uma imagem desfocada.
( ) D Ÿ A pessoa apresenta miopia.
( ) E Ÿ As imagens fornecidas por essas lentes serão vir- II. Na miopia, os olhos podem ver os objetos que estão
tuais. longe, mas não são capazes de ver nitidamente os objetos
que estão perto.
06.11. (UFSM) – A figura que melhor representa o compor- III. A correção da miopia pode ser feita com o uso de lentes
tamento refrativo de um olho sadio é: divergentes.
Retina Está correto o contido em
a)
a) I, II e III.
O
b) I e III, apenas.
F0 F1
I
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) II, apenas.

16 Semiextensivo
Aula 06

06.13. (PUCMG) – Assinale a opção correta. 06.16. (FGV – SP) – A lupa é um instrumento óptico cons-
a) Na miopia, a imagem é formada na frente da retina. Para tituído por uma lente de aumento. Para cumprir sua função,
se corrigir esse defeito, usam-se lentes divergentes. ela deve ser
b) Na miopia, a imagem é formada na frente da retina. Para a) divergente e estar posicionada a uma distância do objeto
se corrigir esse defeito, usam-se lentes convergentes. analisado menor que sua distância focal.
c) Na hipermetropia, a imagem é formada atrás da retina. b) divergente e estar posicionada a uma distância do objeto
Para se corrigir esse defeito, usam-se lentes divergentes. analisado compreendida entre o foco e o ponto antiprin-
d) Na hipermetropia, a imagem é formada atrás da retina. cipal da lente.
Para se corrigir esse defeito, usam-se lentes planas. c) convergente e estar posicionada a uma distância do
objeto analisado menor que sua distância focal.
d) convergente e estar posicionada a uma distância do
Aprofundamento objeto analisado compreendida entre o foco e o ponto
antiprincipal.
06.14. (UFRN) – Uma pessoa deseja fotografar um objeto
cuja altura é dois metros e, para isso, ela dispõe de uma e) convergente e estar posicionada a uma distância do
câmara fotográfica de 3,5 cm de profundidade (distância objeto analisado maior que a distância focal.
da lente ao filme) e que permite uma imagem de 2,5 cm de
altura (no filme). A mínima distância em que ela deve ficar é:
a) 1,8 m b) 2,0 m c) 2,5 m
d) 2,8 m e) 3,5 m

06.15. (UNIFACS – BA) – Considere uma câmera fotográfica


digital adaptada em óculos utilizado em um modelo de pró- 06.17. (UNIUBE – MG) – O olho de uma pessoa pode apre-
tese de retina, que serve para captar imagens em tempo real sentar algumas anormalidades que levam a dificuldades de
e enviá-las para um microchip de processamento de vídeo. enxergar em algumas situações, tais como miopia, hiperme-
Sobre o funcionamento da câmera fotográfica, que exerce tropia, astigmatismo, presbiopia e estrabismo.
função de olho humano, é correto afirmar: Sobre essas situações são feitas algumas afirmações:
01) O princípio de funcionamento de uma câmera fotográ-
I. O míope vê mal de longe, mas enxerga bem de perto, e
fica é o mesmo que o de um microscópio composto,
com a ampliação reduzida. a correção da miopia é feita com uma lente divergente.
02) A diminuição da distância, p, entre o objeto e a lente de II. O hipermetrope vê, em princípio, melhor de longe do
uma câmera faz com que aumente a distância, p’, entre que de perto, e a correção da hipermetropia é feita com
a lente e o filme para focalizar a imagem. uma lente divergente.
03) A imagem projetada no filme é real, direita e menor. III. Na presbiopia, chamada de “vista cansada” pelo fato de
04) O ajuste da imagem de um objeto no filme só pode ser ocorrer na maioria dos casos em pessoas de idade avan-
feito variando-se a distância focal da lente objetiva da çada, o cristalino vai se tornando mais rígido, originando
câmera. as dificuldades na sua acomodação visual.
05) A lente objetiva da câmera fotográfica é uma associa- IV. O astigmatismo é um problema que se manifesta quando
ção de lentes bicôncavas. os olhos se movimentam em direções diferentes e não
conseguem focalizar juntos os objetos, e sua correção é
feita com uma lente divergente.
Estão CORRETAS as afirmações contidas em:
a) I e II, apenas
b) I e III, apenas
c) III e IV, apenas
d) I e IV, apenas
e) II e III, apenas

Física 3D 17
06.18. (UFRN) – Durante uma consulta ao seu médico b) hipermetrope, e as lentes de seus óculos devem ter dis-
oftalmologista, um estudante obteve uma receita com as tância focal igual a 2,0 m.
especificações dos óculos que ele deve usar para corrigir seus c) míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância
defeitos de visão. Os dados da receita estão apresentados focal igual a 0,5 m.
no quadro abaixo. d) míope, e as lentes de seus óculos devem ter distância
focal igual a 2,0 m.
Esférica Cilíndrica
Eixo D.P
(dioptrias) (dioptrias) 06.19. (UEPG – PR) – Sobre o olho humano e suas anoma-
lias, assinale o que for correto.
Para OD 01) Para um olho normal, a imagem de um objeto situado
longe OE no infinito se forma sobre a retina.
02) Acomodação é o ajustamento da distância focal do cris-
Para OD +2,0 talino por ação dos músculos ciliares.
perto OE 04) O cristalino funciona como uma lente convergente e
+2,0
forma uma imagem real, invertida e diminuída sobre a
retina.
Em suas aulas de Física, ele havia aprendido como se formam 08) Se a superfície do globo ocular não apresentar absoluta
as imagens no olho hipermetrope e no míope, as quais estão simetria, em relação ao eixo óptico, ele apresenta um
representadas nas Figuras I e II abaixo. defeito conhecido como astigmatismo.
Figura I 06.20. Um médico oftalmologista realizou uma cirurgia no
globo ocular de dois pacientes (paciente A e paciente B),
a fim de corrigir dois defeitos da visão. Para tanto, utilizou
um método de cirurgia corretiva a laser que possui maior
precisão e eficiência. No paciente A o procedimento corrigiu
o defeito e, com isso, o ponto remoto do olho foi colocado
para mais longe. No paciente B houve a correção do defeito
No olho hipermetrope, a imagem de tal modo que o ponto próximo foi trazido para mais
se forma depois da retina perto do olho.
Figura II Nesse sentido, marque com V as afirmações verdadeiras
e com F as falsas.
( ) O paciente A pode ter corrigido o defeito da hiperme-
tropia.
( ) O paciente B utilizava uma lente convergente para
corrigir seu defeito visual antes da cirurgia.
( ) A cirurgia no paciente A fez com que a imagem de
No olho míope, a imagem um objeto, que se formava antes da retina, se forme
se forma antes da retina exatamente sobre a retina.
( ) Antes da cirurgia a imagem de um objeto se formava
Sabendo que a dioptria, D, popularmente conhecida como
atrás da retina no olho do paciente B.
“grau da lente”, é determinada pelo inverso da distância focal
1 A sequência correta, de cima para baixo, é:
f(m), medida em metros, isto é, D , é correto afirmar a) F – V – V – V
f (m)
que o estudante é: b) F – F – V – V
a) hipermetrope, e as lentes de seus óculos devem ter dis- c) F – V – F – V
tância focal igual a 0,5 m. d) V – V – F – F

18 Semiextensivo
Aula 06

Discursivos
06.21. (UNIRIO – RJ) – Uma máquina fotográfica simples de 3,0 cm de profundidade permite fotos de 2,0 cm de altura para
objetos cuja altura seja de 1,0 m, quando colocados a determinada distância D. Determine:
a) o tipo de lente dessa máquina;

b) a distância D.

06.22. (UFPA) – O olho humano pode ser considerado, de forma simplifi-


cada, como um sistema óptico que atua como uma lente biconvexa. Para
que a imagem de um objeto se forme sempre na retina, é necessário que a
vergência do globo ocular se altere. Um objeto muito distante (no infinito)
pode se aproximar de um observador até o ponto próximo, distância míni-
ma necessária para visão distinta. Para uma pessoa de visão normal, o ponto
próximo pode ser assumido como 25 cm. A variação de vergência do globo
ocular durante esse processo é denominada amplitude de acomodação visual.
Com base no enunciado, responda:
a) Quais as características da imagem formada na retina?

b) Enquanto o objeto se aproxima do olho do observador, o que acontece com os raios de curvatura da lente do globo ocular?
(não se alteram, aumentam ou diminuem)

c) Quanto vale a amplitude de acomodação visual para uma pessoa de visão normal?

Gabarito
06.01. d 06.10. c 06.19. 15 (01, 02, 04, 08)
06.02. d 06.11. a 06.20. a
06.03. c 06.12. b 06.21. a) convergente.
06.04. a 06.13. a b) D = 1,5 m.
06.05. a 06.14. d 06.22. a) Real, invertida e menor.
06.06. a 06.15. 02 b) Diminuem, para aumentar a vergência.
06.07. e 06.16. c c) 4,0 di.
06.08. c 06.17. b
06.09. a 06.18. a

Física 3D 19
Anotações

20 Semiextensivo
Física D 04. A luz demora cerca de oito minutos para se propagar do
Sol até a Terra. O índice de refração da atmosfera terrestre
varia com a altitude exercendo alguns efeitos sobre a imagem
01. Os eclipses são a ocultação da luz e por isso eram tão
do Sol vista da superfície da Terra. Considerando que um raio
temidos pelos antigos, que acreditavam em um espaço se
luminoso que penetra na atmosfera sofre sucessivas refrações
abrindo para as trevas naquele instante. No mito egípcio, o
de acordo com a altitude, pode-se afirmar que, em relação
líder dos demônios afrontava o deus-sol e deixava a Terra
à situação descrita, o Sol:
vulnerável às forças do mal. É neste momento, em que a luz
que dá vida ao nosso planeta está oculta, que devemos fazer Posição
aparente
brilhar nosso “Sol interior”. do Sol
O fenômeno do eclipse é justificado pelo princípio da: Posição
real do
a) propagação retilínea da luz. Sol
b) independência dos raios de luz.
c) reversibilidade.
d) câmara escura.
e) conservação dos raios de luz.

02. Os espelhos retrovisores auxiliam algumas manobras dos ` Raio de luz refratando na atmosfera da Terra
veículos, tornando-as mais seguras e reduzindo a possibili- a) não sofre influência da atmosfera em relação à imagem
dade de acidentes. Ao observarmos o espelho retrovisor de que vemos no horizonte.
um ônibus e de um automóvel, é fácil notar que o tamanho b) sempre aparecerá em sua posição real.
do espelho retrovisor do ônibus é bem maior do que o do
c) se põe (posição real) instantes antes de desaparecer no
automóvel. Como um dos motivos dessa diferença, pode-
horizonte (posição aparente).
mos citar:
d) se põe (posição real) exatamente no instante que desa-
a) Se o espelho for maior, é possível reduzir a zero o risco
parece no horizonte (posição aparente).
de acidentes.
e) se põe (posição real) instantes depois que desaparece no
b) Se o veículo é maior, deveria ter um espelho menor e
horizonte (posição aparente).
vice-versa.
c) Observando da mesma distância, o campo visual do 05. Os vidros duplos ou insulados proporcionam o bloqueio
retrovisor do ônibus será menor do que a do carro. do calor proveniente da radiação solar e conferem grande
d) O retrovisor do ônibus é maior e, se o observador se conforto acústico aos ambientes, uma vez que possuem
aproximar desse espelho, pode aumentar ainda mais vácuo entre suas lâminas. A seguir, encontram-se algumas in-
esse campo. formações sobre esses vidros. (Considerando que nar = nvácuo)
e) O retrovisor do automóvel é maior do que do ônibus, por
isso fornecerá um campo visual menor. Linhas / Modelos: Duplo ou insulado.
03. Uso / Aplicações: Fachadas, coberturas, estúdios de
gravação, refrigeração, portas e
©Creative Commons/Sara

janelas.
Vantagens: Bloqueio do calor proveniente da
radiação solar;
Proporciona grande conforto acústico.
Dimensões / peso: Espessuras da câmara:
6, 9, 12, 20, 27 e 35 mm;
Espessuras do vidro:
A frase escrita no espelho retrovisor desse automóvel é um 12 e 60 mm;
alerta: Os objetos no espelho estão mais próximos do que
Dimensões do vidro:
aparentam. Esse alerta tem a função de avisar o motorista 200 x 200 mm
que a imagem vista no espelho parece estar: 4.500 x 2.500 mm.
a) Não é possível afirmar nada sobre o posicionamento da
imagem.
b) Mais próxima do que o objeto. De acordo com a tabela anterior, encontre a opção correta
conforme com alguns conceitos físicos:
c) À mesma distância que o objeto.
a) Em qualquer vidro especificado, um raio de luz, ao
d) Mais afastada do que o objeto.
atravessá-lo completamente, sofrerá 2 refrações.
e) Formada em frente ao espelho.

184 Ciências da Natureza e suas Tecnologias


ENEM

b) O vidro de 12 mm possibilita um deslocamento lateral 07. (UEGO) – O filme publicitário ‘’Copo’’ foi criado pela Lew
maior do que o vidro de 60 mm. Lara para o Grupo Schincariol como propaganda de caráter
c) Um vidro de dimensões 200 mm x 200 mm possibi- social, já que sua temática chama a atenção dos perigos da
lita a passagem de mais radiação do que o vidro de combinação de álcool com direção. Considere que o copo
4.500 mm x 2.500 mm. cheio de cerveja se comporte como uma lente convergente
d) Quanto maior a espessura da câmara, pior será o isola- com índice de refração maior que o índice do ar.
mento térmico e acústico.
e) Em qualquer vidro especificado, um raio de luz, ao
atravessá-lo completamente, sofrerá 4 refrações.

COPO. Filme publicitário. Lew Lara Publicidade. Disponível em: <www.portal


dapropaganda.com> Acesso em: 20 set. 2007. [Adaptado].

06. Dois recipientes de vidro contêm, respectivamente, água Com relação à formação da imagem formada pelo copo de
e tetracloretileno, ambos completamente transparentes. cerveja, é CORRETO afirmar:
Duas barras de vidro transparentes são mergulhadas nos a) Não passa de uma montagem computacional, sem ne-
recipientes. A parte imersa na água continua quase tão nhuma justificativa física.
visível como a de fora. A parte imersa no tetracloretileno b) Independe da posição do objeto em relação à lente
fica completamente invisível. O vidro fica invisível porque: convergente.
c) É necessário que o objeto se encontre atrás do foco da
lente convergente.
d) É necessário que o objeto fique entre o foco e o vértice
da lente convergente.
08. (UNESP – SP) – Para observar detalhes de um selo, um
filatelista utiliza uma lente esférica convergente funcionando
a) o índice de refração do vidro é maior que o do ar. como lupa. Com ela, consegue obter uma imagem nítida e di-
b) o índice de refração do vidro é maior que o da água. reita do selo, com as dimensões relativas mostradas na figura.
c) o índice de refração do tetracloretileno é muito menor
que o do vidro.
d) o índice de refração do tetracloretileno é igual ao do vidro.
e) o índice de refração do tetracloretileno é muito maior
que o do vidro.

` selo visto a olho ` imagem do selo vista através


nu da lente
Considerando que o plano que contém o selo é paralelo ao
da lente e sabendo que a distância focal da lente é igual a
20 cm, calcule os módulos das distâncias do selo à lente e
da imagem do selo à lente.
a) distância do objeto à lente vale 10 cm; distância da ima-
gem à lente vale 20 cm.
b) distância do objeto à lente vale 20 cm; distância da ima-
gem à lente vale 10 cm.
c) distância do objeto à lente vale 10 cm; distância da ima-
gem à lente vale 10 cm.
d) distância do objeto à lente vale 20 cm; distância da ima-
gem à lente vale 20 cm.
e) distância do objeto à lente vale 10 cm; distância da ima-
gem à lente é infinita, pois a imagem é imprópria.
Física D 185
09. (UFRN) – O escritor Arthur Conan Doyle, criador do Uma cultura dessa planta desenvolver-se-ia mais rapi-
mais famoso detetive do mundo, Sherlock Holmes, des- damente se exposta à luz de frequência, em terahertz
pertou o interesse dos leitores descrevendo as habilidades (1012 Hz), próxima a:
desse investigador em solucionar mistérios por meio de a) 460
seu apurado senso de observação e dedução. Assuma a b) 530
postura de Sherlock Holmes e analise a situação descrita
c) 650
abaixo.
d) 700
Após uma ação criminosa numa casa de espetácu- e) 1 380
los, o assaltante deixou cair no local do crime seus
óculos de grau. A descrição feita por uma teste- 11. (UFU – MG) – A figura abaixo representa um espec-
munha levou à prisão imediata de um suspeito. tro eletromagnético que apresenta ondas de diferentes
Ele usava camisa vermelha, e exames revelaram comprimentos. A compreensão de um espectro eletro-
ser portador de miopia em alto grau. Segundo o magnético permite ao homem explorar diversos tipos de
depoimento da testemunha, os seguintes pontos ondas, nas mais diferentes formas: nas transferências de
devem ser levados em conta: informações, na saúde etc.
10–6 nm
• os óculos encontrados pela polícia possuíam lentes con-
10–5 nm
vergentes; 10–4 nm
Raios
gama
• o criminoso usava camisa vermelha e óculos de grau –3
10 nm
que faziam seus olhos parecerem maiores; 10–2 nm
10–1 nm
• no momento em que a testemunha observou o crimi- Raios x
1 nm
noso, a iluminação ambiente era verde; 10 nm
• a miopia é consequência de a focalização das imagens 100 nm
103 nm = 1 μm Luz visível
acontecer antes da retina.
10 μm Radiação
Baseando-se nas afirmações dadas, pode-se afirmar que o 100 μm infravermelha
suspeito não é culpado, pois: 100 μm = 1 mm
a) uma pessoa míope estaria usando óculos com lentes 1 mm = 1 cm Micro-ondas
10 cm
divergentes e, em face da iluminação, a testemunha teria
10 cm = 1 m
visto o acusado de camisa preta. 10 m
b) apesar de as lentes serem convergentes, óculos para 100 m Ondas de rádio
miopia não ampliam a imagem do olho da pessoa que 1000 m = 1 km
os está usando com as lentes apropriadas. 10 km
100 km
c) uma camisa vermelha, iluminada por luz verde, pareceria comprimento de
amarela; já os olhos de uma pessoa míope parecem me- onda
nores, se ela estiver usando lentes apropriadas. Adaptado de: COMINS; KAUFAMANN. Descobrindo o universo. Porto Alegre:
d) apesar de a camisa vermelha do acusado parecer verme- Bookman, 2010. p. 96.
lha quando iluminada por luz verde, uma pessoa míope A partir do espectro eletromagnético, é correto afirmar que
precisa de óculos com lentes divergentes. a) o infravermelho, visível ao olho humano, só é percebido
10. (UNIFESP) – O gráfico mostra a taxa de fotossíntese em no escuro, por possuir tons avermelhados.
função do comprimento de onda da luz incidente sobre uma b) as ondas de rádio não são visíveis ao olho humano e pos-
determinada planta em ambiente terrestre. suem velocidade baixa quando comparada à velocidade
da luz visível.
c) os raios gama são invisíveis ao olho humano, possuem
Taxa de fotossíntese

pequeno comprimento de onda e alta frequência, com


alta capacidade de penetração em objetos sólidos.
d) as micro-ondas são uma forma de radiação com com-
primento de onda e frequência maiores que a luz visível.

450 500 550 600 650 700

Comprimento de onda (10-9 m)

186 Ciências da Natureza e suas Tecnologias


ENEM

12. (ENEM) – Explosões solares emitem radiações eletromagnéticas muito inten- c) da amplitude e não do comprimen-
sas e ejetam, para o espaço, partículas carregadas de alta energia, o que provoca to de onda da radiação incidente.
efeitos danosos na Terra. O gráfico abaixo mostra o tempo transcorrido desde a d) do comprimento de onda e não da
primeira detecção de uma explosão solar até a chegada dos diferentes tipos de frequência da radiação incidente.
perturbação e seus respectivos efeitos na Terra. e) da frequência e não da amplitude
Escala de tempo das perturbações solares e seus efeitos da radiação incidente.
perturbação
raio X efeito: primeiras alterações na ionosfera
15. (PUCMG) – Leia com atenção os
versos abaixo de Noel Rosa.
Perturbação

onda perturbação
efeito: interferência de rádio
de rádio

partícula perturbação efeito: alteração na ionosfera polar


de alta
energia
perturbação
plasma efeito: tempestade magnética
solar

1 minuto 10 minutos 1 hora 10 horas 1 dia 10 dias

Internet: <www.sec.noaa.gov> (com adaptações).

Considerando-se o gráfico, é correto afirmar que a perturbação por ondas de rádio


geradas em uma explosão solar
a) dura mais que uma tempestade magnética.
b) chega à Terra dez dias antes do plasma solar.
c) chega à Terra depois da perturbação por raios X. “Quando o apito
d) tem duração maior que a da perturbação por raios X. da fábrica de tecidos
e) tem duração semelhante à da chegada à Terra de partículas de alta energia. vem ferir os meus ouvidos
eu me lembro de você”
13. (ENEM) – Ao diminuir o tamanho de um orifício atravessado por um feixe de
luz, passa menos luz por intervalo de tempo, e próximo da situação de completo Quais das características das on-
fechamento do orifício, verifica-se que a luz apresenta um comportamento como das podem servir para justificar a
palavra ferir?
o ilustrado nas figuras.
a) velocidade e comprimento de onda
b) velocidade e timbre
c) frequência e comprimento de onda
d) frequência e intensidade
e) intensidade e timbre

16. Em dias de clássicos futebolísticos


Sabe-se que o som, dentro de suas particularidades, também pode se comportar que promovem grandes concentrações
dessa forma. de populares, teme-se pela segurança
Em qual das situações a seguir está representado o fenômeno descrito no texto? do Estádio do Morumbi, em São Paulo,
a) Ao se esconder atrás de um muro, um menino ouve a conversa de seus colegas. sobretudo nos momentos de gol. A
b) Ao gritar diante de um desfiladeiro, uma pessoa ouve a repetição do seu alegria e o entusiasmo dos torcedores,
próprio grito. geralmente manifestados por meio de
c) Ao encostar o ouvido no chão, um homem percebe o som de uma locomotiva pulos e batidas no chão, fazem com
antes de ouvi-lo pelo ar. que toda a estrutura do estádio vibre.
d) Ao ouvir uma ambulância se aproximando, uma pessoa percebe o som mais Se essa vibração for mantida por muito
agudo do que quando aquela se afasta. tempo, pode levar partes da construção
ou mesmo toda ela a desabar, ocasio-
e) Ao emitir uma nota musical muito aguda, uma cantora de ópera faz com que
nando uma catástrofe. O fenômeno que
uma taça de cristal se despedace.
melhor explica esse fato é:
14. (ENEM) – O efeito fotoelétrico contrariou as previsões teóricas da física clássica a) difração
porque mostrou que a energia cinética máxima dos elétrons, emitidos por uma b) interferência
placa metálica iluminada, depende: c) refração
a) exclusivamente da amplitude da radiação incidente. d) ressonância
b) da frequência e não do comprimento de onda da radiação incidente. e) reflexão
Física D 187
17. (CESGRANRIO – RJ) – Pitágoras já havia observado que 18. (FGV – SP) – Na tabela seguinte, qual dos itens expressa
duas cordas cujos comprimentos estivessem na razão de 1 corretamente características de uma onda sonora?
para 2 soariam em uníssono. Hoje sabemos que a razão das
frequências dos sons emitidos por essas cordas é igual à VELOCIDADE
NATUREZA DA MEIO DE
razão inversa dos seus comprimentos. A frequência da nota NO AR
OSCILAÇÃO PROPAGAÇÃO
lá-padrão (o lá central do piano) é 440 Hz., e a frequência (APROXIMADA)
do lá seguinte, mais agudo, é 880 Hz. A escala cromática qualquer, inclu-
a) transversal 300 000 Km/s
(ou bem temperada), usada na música ocidental de J. S. sive vácuo
Bach (século XVIII) para cá, divide esse intervalo (dito de qualquer meio
b) longitudinal 340 m/s
oitava) em doze semitons iguais, isto é, tais que a razão das material
frequências de notas consecutivas é constante. Essas notas c) transversal líquidos 340 m/s
e suas respectivas frequências (em Hz e aproximadas para
inteiros) estão na tabela a seguir. d) longitudinal vácuo 300 000 Km/s
e) mista líquidos 300 000 Km/s
Lá # Dó # Ré #
Lá Si Dó Ré
(si b) (Ré b) (Mi b) 19. (UFRGS) – A figura a seguir representa seis pêndulos
simples, que estão oscilando num mesmo local.
440 466 494 523 554 587 622

Fá # Sol #
Mi Fá Sol Lá
(sol b) (Lá b)

659 698 740 784 831 880

A corda mi de um violino usado em um conjunto de música


renascentista está afinada para a frequência de 660 Hz.
Para tocar a nota lá, de frequência 880 Hz, prende-se a corda
com um dedo, de modo a utilizar apenas uma fração da corda.
Que fração é essa?

O pêndulo P executa uma oscilação completa em 2 s. Qual


dos outros pêndulos executa uma oscilação completa em 1 s?
a) I. b) II. c) III.
d) IV. e) V.

20. (UFAL) – Um relógio de pêndulo é construído tal que o


seu pêndulo realize 3600 oscilações completas a cada hora.
O relógio está descalibrado, de modo que o pêndulo oscila
em um movimento harmônico simples de frequência angular
igual a 5S/2 rad/s. Nessa situação, ao final de 3600 oscilações
completas do pêndulo, terão se passado:
a) 32 min b) 45 min
c) 48 min d) 52 min
e) 56 min

Gabarito
01. a 06. d 11. c 16. d
02. d 07. c 12. d 17. 3/4
03. d 08. a 13. a 18. b
04. c 09. a 14. e 19. e
05. e 10. c 15. d 20. c

188 Ciências da Natureza e suas Tecnologias


INTRODUÇÃO À ÓPTICA GEOMÉTRICA
161. (ESPM – SP) Um prédio de 15 m de altura proje- 162. Com a intenção de determinar a sua distância a
ta uma sombra de 20 m de comprimento sobre um edifício, um observador dispõe um lápis ver-
um piso horizontal plano, como mostra a figura ticalmente diante de seus olhos e, olhando para
abaixo. ele, nota que o lápis cobre exatamente 6 andares
do prédio. Afastando o lápis 50 cm de sua posi-
ção inicial, este passa a cobrir apenas 4 andares
do edifício. Sabendo-se que o lápis mede 10 cm
e que cada andar do prédio tem altura 3 m, deter-
mine a distância do observador ao edifício.

A máxima distância que uma pessoa de 1,80 m


de altura pode se afastar do prédio para que con-
tinue totalmente à sua sombra é:

a) 17,60 m
b) 18,20 m
c) 17,40 m
d) 17,80 m
e) 18,00 m

163. Para avaliar a altura H de uma grande torre, um


observador observa-a, a partir de certa distância,
sob um ângulo α. Afastando-se de uma distância
d passa a vê-la sob ângulo β. Se os olhos do ob-
servador estão a uma altura h do solo, qual é o
valor da altura H estimada pelo observador?

444 2ª. Série


Física

164. (PUC – SP) Em 15 de abril de 2014 ocorreu um


eclipse lunar total que foi visível na parte oeste da
África, na parte oeste da Europa, na parte leste
da Ásia, nas Américas e na Austrália. Os eclipses
totais da Lua, quando o satélite cruza o cone de
sombra da Terra, são pouco frequentes. O último
ocorreu no dia 10 de dezembro de 2011.

http://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2014/04/veja-
imagens-doeclipse-lunar-feitas-de-santarem-pa.html

Há ocorrência de tal eclipse


a) independentemente da fase da Lua, bastan-
do, para isso, o alinhamento entre o Sol, a Lua
e a Terra, nessa ordem.
b) na lua nova.
c) na lua cheia.
d) no quarto crescente.
e) no quarto minguante.

REFLEXÃO DA LUZ
165. Um observador situado sobre uma elevação a uma altura h acima da superfície da água de um lago vê um
ponto de uma nuvem segundo um ângulo α com o horizonte, e observa a imagem do mesmo ponto, por
reflexão na superfície do líquido, sob um ângulo β com o horizonte. Qual é a altura H a que se encontra o
ponto observado, em relação à superfície da água?

Caderno de Atividades 445


166. (UNIFESP) Dentro de uma casa uma pessoa obser-
va, por meio de um espelho plano E, uma placa
com a inscrição VENDO colocada fora da casa,
ao lado de uma janela aberta. A janela e o espe-
lho têm as direções horizontais mínimas para que
o observador consiga ver a placa em toda a sua
extensão lateral. A figura 1 representa o espelho
e a janela vistos de dentro da casa. A figura 2
representa uma visão de cima da placa, do es-
pelho plano E, do observador O e de 2 raios de
luz emitidos pela placa que atingem, depois de
refletidos em E, os olhos do observador.

167. (UNESP) Uma pessoa está parada numa calçada


plana e horizontal diante de um espelho plano
vertical E pendurado na fachada de uma loja. A
figura representa a visão de cima da região.

Considerando as medidas indicadas na figura 2,


calcule, em metros:

a) a largura (L) da janela.


b) a largura mínima X do espelho para que o ob-
servador possa ver por inteiro a imagem da
placa conjugada por ele.

446 2ª. Série


Física

Olhando para o espelho, a pessoa pode ver a


imagem de um motociclista e de sua motocicleta
que passam pela rua com velocidade constante
v = 0,8 m/s, em uma trajetória retilínea paralela à
calçada, conforme indica a linha tracejada. Con-
siderando que o ponto O na figura represente a
posição dos olhos da pessoa parada na calçada,
é correto afirmar que ela poderá ver a imagem
por inteiro do motociclista e de sua motocicleta
refletida no espelho durante um intervalo de tem-
po, em segundos, igual a

a) 2. Sabendo que a distância entre os olhos da pes-


soa e a imagem da parede AB refletida no es-
b) 3.
pelho é 3,3 m e que seus olhos, o detalhe em
c) 4. sua roupa e seus pés estão sobre uma mesma
d) 5. vertical, calcule a distância d entre a pessoa e o
e) 1. espelho e a menor distância que o espelho deve
ser movido verticalmente para cima, de modo
que ela possa ver sua imagem refletida por intei-
ro no espelho.

168. (UNESP) Uma pessoa de 1,8 m de altura está pa-


rada diante de um espelho plano apoiado no solo
e preso em uma parede vertical. Como o espelho
está mal posicionado, a pessoa não consegue
ver a imagem de seu corpo inteiro, apesar de o
espelho ser maior do que o mínimo necessário
para isso. De seu corpo, ela enxerga apenas a
imagem da parte compreendida entre seus pés
e um detalhe de sua roupa, que está a 1,5 m do
chão. Atrás dessa pessoa, há uma parede verti-
cal AB, a 2,5 m do espelho.

Caderno de Atividades 447


169. Um motorista viaja por uma estrada a 50 km/h e 170. (FUVEST – SP) Luz solar incide verticalmente sobre
observa, pelo seu espelho retrovisor plano, um o espelho esférico convexo visto na figura abaixo.
motociclista que pretende ultrapassá-lo. O moto-
ciclista desenvolve a velocidade de 80 km/h em
relação ao solo.

Determine o módulo da velocidade da imagem


do motociclista, dada pelo espelho retrovisor, em
relação:
Os raios refletidos nos pontos A, B e C do espe-
a) ao solo; lho têm, respectivamente, ângulo de reflexão θA,
b) ao motorista do carro; θB e θC tais que
c) ao motociclista. a) θA > θB > θC
b) θA > θC > θB
c) θA < θC < θB
d) θA < θB < θC
e) θA = θB = θC

171. (ITA – SP) O aparato esquematizado na figura


mede a velocidade da luz usando o método do
espelho rotativo de Focault, em que o feixe de
laser é refletido por um espelho rotativo I, que
gira a velocidade angular ω constante, sendo no-
vamente refletido por um espelho estacionário II
a uma distância d. Devido ao tempo de percurso
do feixe, o espelho rotativo terá girado de um ân-
gulo θ quando o feixe retornar ao espelho I, que
finalmente o deflete para o detector.

a) Obtenha o ângulo α do posicionamento do


detector em função de θ.
b) Determine a velocidade da luz em função de
d, ω e θ.
c) Explique como poderá ser levemente modi-
ficado este aparato experimental para de-
monstrar que a velocidade da luz na água é
menor que no ar.

448 2ª. Série


Física

Considerando o fato descrito, e a figura da pes-


soa observando o reflexo do sol no edifício, na
mesma posição em que estava o carro quando
do incidente, podemos afirmar corretamente que
o prédio se assemelha a um espelho:

a) plano e o carro posicionou-se em seu foco


infinito.
b) convexo e o carro posicionou-se em seu foco
principal.
c) convexo e o carro posicionou-se em um foco
secundário.
d) côncavo e o carro posicionou-se em seu foco
principal.
e) côncavo e o carro posicionou-se em um foco
secundário.

173. (MACK – SP) Dispõe-se de um espelho convexo


de Gauss, de raio de curvatura R. Um pequeno
objeto colocado diante desse espelho, sobre seu
eixo principal, a uma distância R de seu vértice V,
terá uma imagem conjugada situada no ponto P
desse eixo.
O comprimento do segmento VP é

a) R/4
b) R/3
c) R/2
d) R
e) 2R

172. (FATEC – SP)


“É uma questão de reflexo. Se um prédio é curvi-
líneo e tem várias janelas planas, que funcionam
como espelhos, os reflexos se convergem em um
ponto, focando e concentrando a luz,” diz Chris
Shepherd, do Instituto de Física de Londres. O
edifício de 37 andares, ainda em construção, é de
fato um prédio curvilíneo. Seu design, que já foi
comparado a um copo de cerveja cheio, já pro-
vocou controvérsias antes. O carro, um Jaguar,
estava estacionado em uma rua próxima ao pré-
dio, exatamente no ponto atingido por um foco
de luzes refletidas. O carro não foi o único que
sofreu estrago. O fenômeno é consequência da
posição do Sol em um determinado período do
ano e permanece nessa posição por 2 horas por
dia. Assim, seus raios incidem de maneira oblíqua
às janelas do edifício.
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130904_como_
luzrefletida_derrete_carro_an>. Acesso em 13/09/2013. Adaptado

Caderno de Atividades 449


174. (MACK – SP) O uso de espelhos retrovisores exter- distante 10 cm do foco. Quando o objeto for re-
nos convexos em automóveis é uma determina- posicionado para a posição correspondente ao
ção de segurança do governo americano desde centro de curvatura do espelho, qual será a dis-
1970, porque: tância entre as posições das imagens formadas
nessas duas situações?
a) a imagem aparece mais longe que o objeto
real, com um aumento do campo visual, em a) 37,5 cm
relação ao de um espelho plano. b) 22,5 cm
b) a distância da imagem é a mesma que a do c) 7,5 cm
objeto real em relação ao espelho, com au-
d) 60 cm
mento do campo visual, em relação ao de um
espelho plano. e) Zero
c) a imagem aparece mais perto que o objeto
real, com um aumento do campo visual, em
relação ao de um espelho plano.
d) a imagem aparece mais longe que o objeto
real, com uma redução do campo visual, em
relação ao de um espelho plano.
e) a distância da imagem é maior que a do obje-
to real em relação ao espelho, sem alteração
do campo visual, quando comparado ao de
um espelho plano.

175. (UEMG) Muitos profissionais precisam de espelho


em seu trabalho. Porteiros, por exemplo, neces-
sitam de espelhos que lhe permitem ter um cam-
po visual maior, ao passo que dentistas utilizam
espelhos que lhes fornecem imagens com maior
riqueza de detalhes.
Os espelhos mais adequados para esses profis-
sionais são, respectivamente, espelhos

a) planos e côncavos.
b) planos e convexos.
c) côncavos e convexos.
d) convexos e côncavos.
178. (PUC – SP) Um estudante de física resolve brincar
176. (MACK – SP) Uma garota encontra-se diante de com espelhos esféricos e faz uma montagem,
um espelho esférico côncavo e observa que a utilizando um espelho esférico côncavo de raio
imagem direita de seu rosto é ampliada duas ve- de curvatura igual a 80 cm e outro espelho con-
zes. O rosto da garota só pode estar vexo de raio de curvatura cujo módulo é igual a
a) entre o centro de curvatura e o foco do espe- 40 cm. Os espelhos são cuidadosamente alinhados
lho côncavo. de tal forma que foram montados coaxialmente,
b) sobre o centro de curvatura do espelho côn- com suas superfícies refletoras se defrontando
cavo. e com o vértice do espelho convexo coincidin-
do com a posição do foco principal do espelho
c) entre o foco e o vértice do espelho côncavo. côncavo. O aluno, então, colocou cuidado-
d) sobre o foco do espelho côncavo. samente um pequeno objeto no ponto médio
e) antes do centro de curvatura do espelho côn- do segmento que une os vértices desses dois
cavo. espelhos. Determine, em relação ao vértice do
espelho convexo, a distância, em centímetros, da
177. (PUC – SP) Um objeto é inicialmente posicionado imagem, formada por esse espelho ao receber os
entre o foco e o vértice de um espelho esférico raios luminosos que partiram do objeto e foram
côncavo, de raio de curvatura igual a 30 cm, e refletidos pelo espelho côncavo, e classifique-a.

450 2ª. Série


Física

a) 16 cm, virtual e direita. Densidade de potência solar incidindo sobre o


b) 16 cm, virtual e invertida. espelho principal do telescópio = 1 kW/m2.
c) 40 cm, real e direita. O diâmetro do disco de alumínio é igual ao da
d) 40 cm, virtual e direita. imagem do Sol.
e) 13,3 cm, virtual e invertida. Desconsidere perdas de calor pelo disco de alu-
mínio.

179. (FUVEST – SP) O espelho principal de um dos


maiores telescópios refletores do mundo, locali-
zado nas Ilhas Canárias, tem 10 m de diâmetro e
distância focal de 15 m. Supondo que, inadver-
tidamente, o espelho seja apontado diretamente
para o Sol, determine:
180. (UNICAMP – SP) Espelhos esféricos côncavos são
a) o diâmetro D da imagem do Sol; comumente utilizados por dentistas porque,
b) a densidade S de potência no plano da ima- dependendo da posição relativa entre objeto e
gem, em W/m2; imagem, eles permitem visualizar detalhes pre-
c) a variação ΔT da temperatura de um disco de cisos dos dentes do paciente. Na figura abaixo,
alumínio de massa 0,6 kg colocado no plano pode-se observar esquematicamente a imagem
da imagem, considerando que ele tenha ab- formada por um espelho côncavo.
sorvido toda a energia incidente durante 4 s.
Note e adote:
π=3
O espelho deve ser considerado esférico.
Distância Terra-Sol = 1,5 ⋅ 1011 m.
Diâmetro do Sol = 1,5 ⋅ 109 m.
Calor específico do Al = 1 J/(g ⋅ K).

Caderno de Atividades 451


Fazendo uso de raios notáveis, podemos dizer
que a flecha que representa o objeto

a) se encontra entre F e V e aponta na direção


da imagem.
b) se encontra entre F e C e aponta na direção
da imagem.
c) se encontra entre F e V e aponta na direção
oposta à imagem.
d) se encontra entre F e C e aponta na direção
oposta à imagem.

181. (UNIMONTES – MG) Um objeto a 20 cm de distância


de um espelho tem sua imagem formada a 12 cm
de distância do espelho.
Se a imagem formada é real, o tipo de espelho e
o seu foco em centímetros são, respectivamente:

a) convexo, –7,5.
b) côncavo, 15.
c) côncavo, 7,5.
d) convexo, –15.

REFRAçÃO DA LUZ
182. (UNIMONTES – MG) Em um experimento, verifica-se 183. (FGV – SP) Um feixe de luz branca do Sol, vindo
que um feixe de luz atravessa uma placa de vidro do ar, encontra um bloco cúbico de vidro sobre o
com velocidade de módulo igual a 2,50 ⋅ 108 m/s. qual incide obliquamente; refrata dispersando-se
Considerando o módulo da velocidade da luz, no em forma de leque em seu interior.
vácuo, igual a 3,00 ⋅ 108 m/s, o índice de refração
do vidro é igual a
a) 0,67
b) 1,20
c) 2,50
d) 0,89

Na figura, x, y e z são alguns de seus raios de


luz monocromática originários da dispersão da
luz branca e formam ângulos que guardam a re-
lação xˆ < yˆ < zˆ com as respectivas normais nos
pontos de inserção no bloco. Considerando a
luz como onda eletromagnética, é correto afir-
mar que:

452 2ª. Série


Física

a) as frequências de vibração das ondas disper- 185. (UNESP) Uma haste luminosa de 2,5 m de com-
sas guardam a relação fx > fy > fz. primento está presa verticalmente a uma boia
b) as velocidades de propagação das ondas dis- opaca circular de 2,26 m de raio, que flutua nas
persas guardam a relação vx > vy > vz. águas paradas e transparentes de uma piscina,
como mostra a figura. Devido à presença da boia
c) os comprimentos de onda das ondas disper-
e ao fenômeno da reflexão total da luz, apenas
sas guardam a relação λx > λy > λz.
uma parte da haste pode ser vista por observa-
d) os índices de refração dos raios dispersos dores que estejam fora da água.
guardam a relação nx > ny > nz.
e) as frentes de ondas dispersas deslocam-se
no vidro com a mesma velocidade.

184. (UNESP) Dois raios luminosos monocromáticos,


um azul e um vermelho, propagam-se no ar, pa-
ralelos entre si, e incidem numa esfera maciça
de vidro transparente de centro C e de índice de
refração 3 , nos pontos A e V. Após atravessa-
rem a esfera, os raios emergem pelo ponto P, de
modo que o ângulo entre eles é 60°.

Considere que o índice de refração do ar seja 1,0,


o da água da piscina 4/3, sen 48,6º = 0,75 e tg
48,6º = 1,13. Um observador que esteja fora da
água poderá ver, no máximo, uma porcentagem
do comprimento da haste igual a

a) 70%. d) 20%.
Considerando que o índice de refração absoluto
b) 60%. e) 40%.
do ar seja igual a 1, que sen 60° = 3 / 2 e que
sen 30° = 1/2, o ângulo α indicado na figura é c) 50%.
igual a

a) 90°
b) 165°
c) 120°
d) 135°
e) 150°

Caderno de Atividades 453


186. (CEFET – MG) No vácuo, um determinado material Para isso, ela utiliza um prisma de vidro cuja se-
isotrópico e transparente com índice de refração ção reta tem a forma de um triângulo retângulo
absoluto igual a 2 apresentará a condição de re- isósceles.
flexão total para um raio de luz com ângulo limite O índice de refração desse vidro é n = 1,50 para
de incidência igual a ___________ , propagando- a luz branca e varia em torno desse valor para as
se do_____________ para o _____________. várias cores do espectro visível.
Os termos que preenchem corretamente as la-
(Dados: sen 45º = cos 45º = 0,707)
cunas são
Ela envia um feixe de luz branca em uma direção
a) 30º, material, vácuo. perpendicular a uma das superfícies do prisma
b) 30º, vácuo, material. que formam o ângulo reto, como mostrado na
c) 60º, material, vácuo. figura.
d) 60º, vácuo, material.
e) 90º, vácuo, material.

187. (FUVEST – SP) Um prisma triangular desvia um


feixe de luz verde de um ângulo θA, em relação
à direção de incidência, como ilustra a figura A,
abaixo. Se uma placa plana do mesmo material
do prisma for colocada entre a fonte de luz e o
prisma, nas posições mostradas nas figuras B e
C, a luz, ao sair do prisma será desviada, res-
a) COMPLETE, na figura, a trajetória do feixe até
pectivamente, de ângulos θB e θC, em relação à
sair do prisma.
direção de incidência indicada pela seta.
b) EXPLIQUE, detalhando seu raciocínio, o que
acontece com esse feixe na superfície oposta
ao ângulo reto.

Os desvios angulares serão tais que:

a) θA = θB = θC
b) θA > θB > θC
c) θA < θB < θC
d) θA = θB > θC
e) θA = θB < θC

188. (UFMG) Ariete deseja estudar o fenômeno da dis-


persão da luz branca, ou seja, a sua decompo-
sição em várias cores devido à dependência do
índice de refração do material com a frequência.

454 2ª. Série


Física

189. Considere um sistema composto por duas len- a) Imagem virtual, situada a 3 cm da lente e me-
tes circulares esféricas delgadas de 6,0 cm de dindo 20 cm.
diâmetro dispostas coaxialmente, como indica a b) Imagem real, situada a 20 cm da lente e me-
figura. L1 é uma lente convergente de distância dindo 3 cm.
focal f1 = 5,0 cm e L2 é uma lente divergente de
c) Imagem real, situada a 3 cm da lente e medin-
distância focal f2 = 4,0 cm. No ponto P1 à esquer-
do 20 cm.
da do sistema é colocado um objeto luminoso
puntiforme a 5,0 cm de L1. À direita de L2, a uma d) Imagem virtual, situada a 20 cm da lente e
distância d = 24 cm é colocado um antepara A, medindo 3 cm.
perpendicular ao eixo do sistema.

Determine a área da região iluminada do ante-


paro.

191. (UNICAMP – SP) Um objeto é disposto em frente a


uma lente convergente, conforme a figura abaixo.
Os focos principais da lente são indicados com
a letra F. Pode-se afirmar que a imagem formada
pela lente

190. (UNIMONTES – MG) Um objeto de 6 cm de altura


está colocado a 40 cm de uma lente divergente
cuja distância focal é 40 cm.
Marque a alternativa que apresenta, corretamen-
te, a natureza da imagem, sua posição e seu ta-
manho, respectivamente.

Caderno de Atividades 455


a) é real, invertida e mede 4 cm. da microlente para tempos de aquecimento cres-
b) é virtual, direta e fica a 6 cm da lente. centes (t1 < t2 < t3).
c) é real, direta e mede 2 cm.
d) é real, invertida e fica a 3 cm da lente.

Considere as afirmações:

I. O raio de curvatura da microlente aumenta


com tempos crescentes de aquecimento.
II. A distância focal da microlente diminui com
tempos crescentes de aquecimento.
III. Para os tempos de aquecimento apresentados
na figura, a microlente é convergente.
Está correto apenas o que se afirma em

a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

192. (MACK – SP) Uma lupa, também conhecida por Note e adote:
microscópio simples, consiste de uma lente con- A luz se propaga no interior da fibra ótica, da es-
vergente. Considerando-se que as lentes abaixo querda para a direita, paralelamente ao seu eixo.
ilustradas são constituídas de material cujo índi-
ce de refração absoluto é maior que o do meio A fibra está imersa no ar e o índice de refração do
que as envolve, as que podem ser usadas como seu material é 1,5.
lupa são:

a) L1 e L4
b) L2 e L4
c) L1 e L2
d) L2 e L3
e) L1 e L3

193. (FUVEST – SP) A extremidade de uma fibra ótica


adquire o formato arredondado de uma microlen-
te ao ser aquecida por um laser, acima da tempe-
ratura de fusão. A figura abaixo ilustra o formato

456 2ª. Série


Física

194. (UNESP) Para observar uma pequena folha em as condições de Gauss, a distância entre esse
detalhes, um estudante utiliza uma lente esféri- objeto e sua imagem será de
ca convergente funcionando como lupa. Man-
a) 6 cm
tendo a lente na posição vertical e parada a
3 cm da folha, ele vê uma imagem virtual ampliada b) 9 cm
2,5 vezes. c) 12 cm
d) 15 cm
e) 18 cm

Considerando válidas as condições de nitidez de


Gauss, a distância focal, em cm, da lente utiliza-
da pelo estudante é igual a:

a) 5.
b) 2.
c) 6.
d) 4.
e) 3.
196. (FGV – SP) A lupa é um instrumento óptico cons-
tituído por uma lente de aumento. Para cumprir
sua função, ela deve ser:
a) divergente e estar posicionada a uma distân-
cia do objeto analisado menor que sua dis-
tância focal.
b) divergente e estar posicionada a uma distân-
cia do objeto analisado compreendida entre o
foco e o ponto antiprincipal da lente.
c) convergente e estar posicionada a uma dis-
tância do objeto analisado menor que sua dis-
tância focal.
d) convergente e estar posicionada a uma dis-
tância do objeto analisado compreendida en-
tre o foco e o ponto antiprincipal.
e) convergente e estar posicionada a uma dis-
tância do objeto analisado maior que a dis-
tância focal.

197. Uma fonte pontual de luz se encontra à distância


195. (MACK – SP) Em uma experiência de óptica, na de 120 cm, sobre o eixo principal de uma lente
sala de aula, coloca-se um objeto real à distância convergente de distância focal 30 cm. Do outro
de 6 cm do centro óptico de uma lente bicon- lado da lente, sobre seu plano focal, posiciona-
vexa de distância focal 4 cm. Sendo observadas se uma lente divergente. Determine a distância

Caderno de Atividades 457


focal da lente divergente se os raios, depois de a) as dimensões do espaço ocupado por cada
passarem pela lente divergente, parecem ter saí- pixel;
do da mesma fonte. b) a distância L entre a lente e um objeto, para
que este fique focalizado no sensor;
c) o diâmetro máximo D que uma pequena es-
fera pode ter, para que esteja integralmen-
te dentro do campo visual do microscópio,
quando focalizada.

Note e adote:
Pixel é a menor componente de uma imagem
digital.
Para todos os cálculos, desconsidere a espessu-
ra da lente.

198. (FUVEST – SP) Um estudante construiu um micros-


cópio ótico digital usando uma webcam, da qual
ele removeu a lente original. Ele preparou um
tubo adaptador e fixou uma lente convergente,
de distância focal f = 50 mm, a uma distância d =
175 mm do sensor de imagem da webcam, como
visto na figura abaixo.

199. (PUC – SP) Determine o tipo e a vergência (C), em


dioptrias (di), da lente de um instrumento óptico
capaz de produzir uma imagem, direita e aumen-
tada de 5 vezes, de uma formiga que está situada
a 10 cm do centro óptico dessa lente.
a) Lente côncava e C = 8 di
b) Lente côncava e C = 12,5 di
No manual da webcam, ele descobriu que seu
c) Lente convexa e C = 8 di
sensor de imagem tem dimensão total útil de
6 x 6 mm, com 500 x 500 pixels. Com estas infor- d) Lente convexa e C = 12,5 di
mações, determine: e) Lente côncava e C = 2 di

458 2ª. Série


Física

Considere a equação dos pontos conjugados


1 1 1
para lentes esféricas = + , em que f é a dis-
f p p’
tância focal da lente, p a coordenada do objeto
e p’ a coordenada da imagem. Se o objeto se
aproximar da câmera sobre o eixo óptico da lente
e a câmera for mantida em repouso em relação
ao solo, supondo que a imagem permaneça real,
ela tende a mover-se para a

a) esquerda e não será possível mantê-la sobre


o CCD.
b) esquerda e será possível mantê-la sobre o
CCD movendo- se a objetiva para a esquerda.
c) esquerda e será possível mantê-la sobre o
CCD movendo- se a objetiva para a direita.
d) direita e será possível mantê-la sobre o CCD
movendo- se a objetiva para a esquerda.
e) direita e será possível mantê-la sobre o CCD
movendo-se a objetiva para a direita.

201. (UFTM – MG) Um objeto real linear é colocado


diante de uma lente esférica delgada convergen-
te, perpendicularmente a seu eixo principal. À
medida que o objeto é movido ao longo desse
eixo, a altura (i) da imagem conjugada pela lente
varia, em função da distância do objeto a ela (p),
conforme o gráfico a seguir.

200. (UNESP) Nas câmeras fotográficas digitais, os fil-


mes são substituídos por sensores digitais, como
um CCD (sigla em inglês para Dispositivo de Car-
ga Acoplada). Uma lente esférica convergente (L),
denominada objetiva, projeta uma imagem nítida,
real e invertida do objeto que se quer fotografar
sobre o CCD, que lê e armazena eletronicamente
essa imagem.
A figura representa esquematicamente uma câ-
mera fotográfica digital. A lente objetiva L tem
distância focal constante e foi montada dentro de
um suporte S, indicado na figura, que pode mo-
ver-se para a esquerda, afastando a objetiva do
CCD ou para a direita, aproximando-a dele. Na
situação representada, a objetiva focaliza com
nitidez a imagem do objeto O sobre a superfície
do CCD.

Caderno de Atividades 459


Se o objeto for colocado a 20 cm da lente, a al- Considere uma câmera para a qual um objeto
tura da imagem conjugada por ela, em cm, e o muito distante fornece uma imagem pontual no
módulo da distância da imagem à lente, também filme em uma posição p’ = 5 cm. O objeto é então
em cm, serão respectivamente iguais a colocado mais perto da câmera, em uma posição
p = 100 cm, e a distância entre a lente e o filme
a) 30 e 30 d) 20 e 30 é ajustada até que uma imagem nítida real inver-
b) 15 e 25 e) 20 e 60 tida se forme no filme, conforme mostra a figura.
c) 30 e 60 Obtenha a variação da posição da imagem p’ de-
corrente da troca de posição do objeto.

202. (UNICAMP – SP) O sistema de imagens street view


disponível na internet permite a visualização de
vários lugares do mundo através de fotografias
de alta definição, tomadas em 360 graus, no nível
da rua.
Em uma câmera fotográfica tradicional, como a
representada na figura abaixo, a imagem é gra- 203. (IFSMG) Dentre os instrumentos ópticos relacio-
vada em um filme fotográfico para posterior re- nados abaixo, aquele que fornece uma imagem
velação. A posição da lente é ajustada de modo real é:
a produzir a imagem no filme colocado na parte
posterior da câmera. a) a máquina fotográfica
b) o telescópio
c) a lupa
d) a luneta

204. O ponto remoto corresponde à maior distância


que pode ser focalizada na retina. Para um olho
míope, o ponto remoto, que normalmente está
no infinito, fica bem próximo dos olhos. Um mío-
pe apresenta distância máxima de visão distinta
igual a 50 cm. Determine o tipo e a vergência

460 2ª. Série


Física

das lentes a serem usadas para corrigir esta


miopia.

206. Uma pessoa hipermétrope consegue ter visão


distinta de um objeto apenas se este se colocar
a, pelo menos, 0,5 m de distância de seus olhos.
Determine a vergência das lentes corretoras a
serem usadas por essa pessoa para que passe
a enxergar distintamente este objeto quando o
mesmo for colocado a 25 cm de seus olhos.

205. (IFSEMG) O olho humano assemelha-se a um sis-


tema óptico conhecido como lente. Um raio de
luz proveniente do meio exterior ao olho penetra
no cristalino e, após a propagação no humor ví-
treo, atinge a retina. Considere o sistema óptico
do olho humano como uma lente delgada situada
a 20 mm da retina. CALCULE quanto vale a dis-
tância focal dessa lente, quando uma pessoa lê
um livro a 35 cm de distância desta lente, marque
a opção CORRETA:
a) 17,5 mm
b) 18,9 mm
c) 17,9 mm
d) 18,5 mm
e) 20,0 mm

Caderno de Atividades 461


INTRODUÇÃO À ÓPTICA GEOMÉTRICA
161. A figura mostra a posição da pessoa quando na iminência
O 18 m (6 andares)
de sair da sombra do prédio. 0,1 m
d
D

15 m
O 0,1 m 12 m (4 andares)
1,80 m d + 0,5
x D
20 m
Por uma relação de semelhança de triângulos, podemos
Por uma relação de semelhança de triângulos, temos: escrever que:
0,1 18
20 20 − x = (situação inicial)
= ⇒ 36 = 300 − 15 ⋅ x ⇒ 15 ⋅ x = 264 ⇒ d D
15 ,
180
⇒ x = 17,60 m 0,1 12
= (situação final)
d + 0,5 D

Dessas relações, obtemos:


162. Seja d a distância do lápis ao observador O na situação
18 ⋅ d = 12 ⋅ (d + 0,5) ⇒ d = 1 m.
inicial e D a distância entre o observador e o edifício. O 0,1 18
Com d = 1 m, vem: = ⇒ D = 180 m
esquema a seguir mostra os raios que, partindo do edifício 1 D

e tangenciando as extremidades do lápis, chegam ao olho


163. O esquema a seguir mostra os ângulos visuais α e β sob os
do observador nas duas situações. quais o observador vê a torre de altura H.

188 2ª. Série


Física

164. O eclipse lunar ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua, nes-


ta ordem, estão praticamente alinhados, e a Lua, em seu
H
β α movimento orbital, penetra o cone de sombra da Terra.
h Esta disposição dos astros caracteriza a fase da Lua Cheia,
d x como mostra o esquema abaixo.

Para a visada sob ângulo α, podemos escrever que: Lua Crescente


Luz solar
H−h
tg α =
x

H−h Terra
E para a visada sob ângulo β: tg β =
x+d
Lua Nova Lua Cheia
H−h
Da primeira relação obtemos x =
tgα
que, substituído na segunda relação, fornece:
H−h  d ⋅ tgα ⋅ tgβ
tg β  + d = H − h ⇒ H = +h
 tgα  tgα − tgβ
. Lua Minguante

REFLEXÃO DA LUZ

165. A figura abaixo ilustra a situação descrita no enunciado.


H = h⋅
( tgβ + tgα )
( tgβ − tgα )
A

O
166.
α B H
β a) Observe na figura 2 que os pontos A, B e C formam um
h
triângulo retângulo.
Nesse triângulo, o cateto oposto (CO) ao ângulo de 45º
H mede 3,4 m e o cateto adjacente (CA), (L + 1,2) m.

CO 3, 4
tg45º = ⇒ 1= ⇒ L = 2,2 m
A’ CA L + 12,

H−h b) Projetando na figura a imagem virtual O’, por semelhan-


No triângulo OAB, temos: tg α = (I)
OB ça de triângulos determina-se o tamanho do espelho.
H+h Observe que a placa e o espelho são paralelos entre si
E no triângulo OA’B: tg β = (II)
OB e possuem o mesmo vértice O’.
Eliminando OB nas relações (I) e (II), chegamos a: x 12
,
= ⇒ x = 0,6 m
H−h H+h 2,8 5,6
=
tgα tgβ
167. A figura a seguir mostra o campo visual do espelho. Por
H ⋅ tg β – h ⋅ tg β = H ⋅ tg α + h ⋅ tg α
semelhança de triângulos, pode-se calcular o comprimento
H ⋅ (tg β – tg α) = h·(tg α + tg β) pela estrada ao longo do qual a moto pode ser vista.

Caderno de Atividades / Livro do Professor 189


5m que a pessoa possa ver sua imagem refletida por inteiro no
espelho, por semelhança de triângulos teremos:
calçada 0,3 x
= ⇒ x = 0,15 m
1,8 m 2⋅d d
A

169.
2m 2m
a) A velocidade resultante da imagem da moto, fornecida
V
C
pelo espelho, é devida a dois movimentos simultâneos,
o movimento do objeto e o movimento do espelho. En-
O O
tão, temos:
E • devido ao movimento do objeto, vi = –80 km/h (igual
D
à do objeto, porém de sentido oposto);
• devido ao movimento do espelho, v’i = +100 km/h
(igual ao dobro da velocidade do espelho).
B fora de Portanto, o módulo da velocidade da imagem da moto,
escala
em relação ao solo, é de 20 km/h (para a direita da
O triângulo OAB é semelhante ao triângulo OCD, portanto: figura).
b) Como o motorista tem velocidade, em relação ao solo,
∆s 12
,
= ⇒ ∆s = 4,2 m de + 50 km/h e a imagem, também em relação ao solo,
7 2
de +20 km/h, a velocidade da imagem, em relação ao
Porém, o comprimento total que deve ser considerado é o motorista, será de –30 km/h (para a esquerda da figu-
espaço ΔS subtraído do comprimento da moto (1,8 m), pois ra), ou seja, com módulo 30 km/h.
se espera saber por quanto tempo a moto pode ser vista por c) Como o motociclista tem velocidade, em relação ao
inteira, e isso só ocorrerá quando ela estiver por completo solo, de + 80 km/h e a imagem, também em relação ao
no campo visual do espelho. solo, de +20 km/h, a velocidade da imagem, em relação
∆s − 18
, 4,2 − 18
, ao motociclista, será de –60 km/h (para a esquerda da
t= ⇒t= ⇒t=3s figura), ou seja, com módulo 60 km/h.
v 0,8

170. Nos espelhos esféricos, a reta N, normal à superfície no


168. A figura abaixo mostra a imagem A’B’ da parede AB forne- ponto de incidência do raio de luz, passa sempre pelo cen-
cida pelo espelho plano. tro de curvatura
2,5 m Observe na figura abaixo que os ângulos de incidência dos
A
raios de luz no espelho são tais que θA > θC > θB = 0°.
A’
N N
0,3 m

θC
1,8 m

θC = 0o
1,5 m

B C
N θA
B’
B
d d
A
2,5 m
3,3 m
Pela segunda lei da reflexão, o ângulo de reflexão é igual ao
De acordo com enunciado, a distância dos olhos da pessoa ângulo de incidência. Então: θA > θC > θB.
à imagem A’B’ é igual a 3,3 m. Então:
d + 2,5 = 3,3 ⇒ d = 0,8 m. 171.
Considerando a distância x, a menor distância que o es- a) Quando um espelho sofre rotação, a variação angular
pelho deve ser movido verticalmente para cima, de modo entre o ângulo incidente e o ângulo refletido é sempre o

190 2ª. Série


Física

dobro da variação angular do espelho. Veja a figura que 173. Com a equação de Gauss dos pontos conjugados, para
ilustra a situação a seguir: f = – R/2 e p = R, temos:
1 1 1 2 1 1 3 1 R
Rotação da
= + ⇒ − = + ⇒ − = ⇒ p’ = −
imagem
f p p’ R R p’ R p’ 3
P’1
C β Observe que o sinal negativo de p’ indica que a imagem é
virtual.
E1 P’2
β = 2α
E2 174. Nos espelhos esféricos convexos, as imagens de objetos
reais são sempre virtuais, direitas e menores que o objeto.
α Como os tamanhos (da imagem e do objeto) são proporcio-
P Rotação do
espelho
nais às respectivas distâncias ao espelho, então as ima-
gens se formam mais próximas do espelho que os objetos.
Nesse caso, em função da rotação do espelho, o detec- Além disso, o campo visual do espelho convexo é maior que
tor deve ser posicionado de modo que α = 2θ. o de um espelho plano de mesmo tamanho.
b) Observa-se que a luz, depois de incidir no espelho ro-
tatório, percorre a distância d até incidir com o espelho 175. Os espelhos convexos são capazes de produzir apenas um
estacionário e, novamente d até que bata pela segunda tipo de imagem, virtual, direita e menor que o objeto, mas
vez no primeiro espelho, demorando um tempo Δt. Des- em compensação apresentam um campo visual maior, ou
se modo, pode-se escrever que: seja, apesar de a imagem ser reduzida, comporta uma área
∆s 2d visual maior para quem a observa.
v= ⇒c=
∆t ∆t Os espelhos côncavos, por sua vez, são capazes de for-
necer muitas imagens diferentes, a imagem produzida de-
Ao mesmo tempo que a luz efetua a trajetória indicada,
pende da distância que o objeto se encontra desse espelho.
o primeiro espelho gira um ângulo θ, podemos escrever
então: No caso do espelho utilizado por dentistas, o objeto sempre
estará a uma distância inferior à distância focal desse es-
θ
ω= pelho, obtendo-se, portanto, uma imagem maior, direita e
∆t virtual.
Ao igualarmos as duas equações, chegamos à seguinte
relação: 176. Os espelhos esféricos côncavos apenas fornecem imagens
θ 2d 2⋅d⋅ω virtuais (e maiores) de objetos reais que estejam entre o
= ⇒c=
ω c θ foco principal e o vértice do espelho.

c) Pode-se, em um dado momento, colocar um recipiente 177. Como R = 30 cm, a distância focal do espelho é
transparente de índice de refração igual ao da água, de f = R/2 = 15 cm.
paredes muito finas e contendo água entre os espelhos
Na primeira situação, p = 5 cm, temos:
de modo que o raio luminoso incida perpendicularmen-
te à parede do recipiente para que não sofra desvio. 1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ⇒ p’ = −7,5 cm
Ao proceder com a mudança, verifica-se que o detector f p p’ 15 5 p’
só funcionará se for ajustado para um ângulo α maior, (imagem virtual)
pois a água atrasará o raio luminoso fazendo com que o Na segunda situação, p = 30 cm, temos:
ângulo de rotação θ seja maior.
1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ⇒ p’ = 30 cm
172. Os focos (principal e secundários) de um espelho corres- f p p’ 15 30 p’
pondem aos pontos em que os raios luminosos paralelos (imagem real)
convergem após sofrerem reflexão. Porém, somente espe- Logo, a distância entre as posições em que se formam as
lhos côncavos são capazes de concentrar raios luminosos imagens é de 37,5 cm.
no foco principal. Nos espelhos convexos, os raios refletidos
são divergentes entre si e seus prolongamentos convergem 178. A figura mostra as posições relativas dos espelhos e do
para um foco (principal ou secundário). objeto.

Caderno de Atividades / Livro do Professor 191


E1 E2 P P
O
dp = ⇒ 1000 = ⇒ P = 75 000 W
A π⋅52
V2 F2 C2 No plano da imagem, essa potência será recebida em
V1 F1 C1 uma área correspondente à área de um círculo de raio
0,075 m. Então:
20 cm 20 cm
P 75 000
40 cm 40 cm S= ⇒S= ⇒ S ≅ 4, 4 ⋅ 10 6 W/m 2
A π ⋅ 0,075
80 cm
c) Para o disco de alumínio, desprezando as perdas de ca-
Para o espelho côncavo: lor durante a reflexão, teremos:
1 1 1 1 1 1 Q = m ⋅ c ⋅ ΔT ⇒ 75 000 ⋅ 4 = 600 ⋅ 1 ⋅ ΔT ⇒ ΔT = 500 K
= + ⇒ = + ⇒ p’ = −40 cm
f p p’ 40 20 p’
(imagem virtual e direita)
180. A figura a seguir mostra dois raios notáveis usados para
determinar a localização do objeto.
A imagem virtual formada pelo espelho côncavo desempe-
nhará o papel de objeto real para o espelho convexo. Então,
para o espelho convexo, com p = 80 cm, teremos:
1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ⇒ p’ = −16 cm
f p p’ −20 80 p’ C F V I

(imagem virtual e direita) C: Centro de curvatura


F: Foco
V: Vértice
179. I: Imagem

a) Para um objeto muito afastado do espelho (p → ∞), sua O objeto se encontra entre F e V e a flecha aponta no mes-
imagem será formada no foco principal (p’ = f = 15 m). mo sentido da flecha que representa a imagem.
Então, pela equação do aumento, teremos:
181. Como a imagem está mais próxima do espelho do que o
i p’ D 15
=− ⇒ =− ⇒ D = −0,15 m objeto, então ela é menor que o objeto. Por ter natureza real,
o p , ⋅ 10
15 9
, ⋅ 10 11
15 a imagem é invertida. Então, considerando que a imagem
Portanto, a imagem invertida do Sol terá diâmetro de é real, menor e invertida, podemos concluir que o espe-
0,15 m. lho usado é do tipo côncavo. Pela equação de Gauss, com
p = 20 cm e p’ = 12 cm, obtemos:
b) A densidade de potência solar é dada pela relação entre
1 1 1 1 1 1
a potência incidente no espelho e a área do espelho que = + ⇒ = + ⇒ f = 7,5 cm
recebe esta potência. Então: f p p’ f 20 12

REFRAÇÃO DA LUZ

182. Devemos ainda lembrar que, para uma onda, v = λ ⋅ f e


que, na refração, a frequência f da onda não varia. Assim,
c 3 ⋅ 10 8
n= ⇒n= ⇒ n = 12
, o comprimento de onda λ e a velocidade v da onda são
v 2,5 ⋅ 10 8
diretamente proporcionais. Neste caso, como vx < vy < vz,
teremos: λx < λy < λz.
183. Ao passar do ar para o vidro, a velocidade da luz diminui.
Quanto maior o desvio sofrido pelo raio luminoso, menor 184. Como o raio V incide na direção do centro da esfera, sua
será a sua velocidade de propagação. Então, pela figura do incidência é perpendicular à superfície e este raio atravessa
enunciado, podemos concluir que vx < vy < vz. Como o ín- a esfera sem desvio.
dice de refração é inversamente proporcional à velocidade Sendo R o raio da esfera, podemos representar a trajetória
(n = c/v), então nx > ny > nz. dos raios conforme a figura a seguir.

192 2ª. Série


Física

i1 ângulo limite. Para qualquer ângulo de incidência superior


P ao ângulo limite, o raio incidente sofrerá reflexão total ao
A 60o atingir a superfície de separação entre os meios. Aplicando
α
R R Snell-Descartes:
C
n1 ⋅ sen θ1 = n2 ⋅ sen θ 2
V
ar
vidro 2 ⋅ sen L = 1 ⋅ sen 90º
sen L = 0,5
Com a lei de Snell-Descartes, aplicada ao raio A, e conside- L = 30º
rando o índice de refração do vidro n = 3 , temos:
187. Na figura B, a luz incide perpendicularmente à placa e não
3 sofrerá desvio em função desta. Ao atingir o prisma, o raio
n 1 ⋅ sen i 1 = n 2 ⋅ sen i 2 ⇒ 3 ⋅ sen i 1 = 1⋅ ⇒
2 luminoso estará em condição idêntica à situação A.
1 Na figura C, a placa está disposta paralelamente à face do
⇒ sen i 1 = ⇒ i 1 = 30º
2 prisma, a luz ao atravessá-la sofre desvio, porém como a
Como o triângulo APC é isósceles, teremos: lâmina tem faces paralelas, o raio luminoso, ao retornar
para o ar, volta a se propagar na mesma direção que tinha
2 ⋅ i1 + α = 180° ⇒ 2 ⋅ 30° + α = 180° ⇒ α = 120°
antes de entrar na lâmina. Desse modo, conclui-se que,
nesse caso, o ângulo θC será o mesmo verificado no pri-
185. O ângulo-limite para o dioptro ar-água é dado por:
meiro caso (θA). Veja a imagem que ilustra como um raio
n ar 1 luminoso atravessa uma lâmina de faces paralelas.
sen L = ⇒ sen L = ⇒ sen L = 0, 75 ⇒ L = 48,6º
n água 4
3
θ1
A figura a seguir mostra o raio de luz que, tangenciando a
A1
boia, incide na interface água-ar com ângulo de incidência d
igual ao ângulo-limite. A3 θ2
θ2 e
2,26 m A2 θ’1 = θ1
boia B
ar
água θ’1

48,6o

2,5 m 2,5 – y
48,6o
188. O ângulo limite para o prisma é dado por:
n ar 1 2
sen L = ⇒ sen L = ⇒ sen L = ⇒ L ≅ 42º
n água 15
, 3
y
O raio luminoso incide sobre a superfície oposta ao ângulo
reto com ângulo de 45º, que é superior ao ângulo limite do
fora de escala
prisma. Portanto, o feixe de luz branca sofre reflexão total,
Da figura temos: como mostrado a seguir.
2,26 2,26
tg 48,6”= ⇒ 113
, = ⇒ y = 0,50 m
2,5 − y 2,5 − y
45o
Portanto, um observador, no ar, poderá ver apenas 0,50 m
da parte inferior da haste. Essa parte corresponde a 20% do
comprimento da haste.
45o
186. Quando um raio se propaga pelo meio com maior índice de 45o
refração (n1 = 2) em direção ao vácuo e atinge a superfície
de separação entre esses 2 meios, se o raio refratado sai 45o
num ângulo de 90º em relação à normal (dito rasante), o ân-
gulo que o raio incidente faz com a normal corresponde ao

Caderno de Atividades / Livro do Professor 193


189. A fonte de luz pontual, colocada a 5,0 cm de L1, está posi- 191. Utilizando raios notáveis, obtém-se a imagem a seguir:
cionada no foco principal da lente convergente. Assim todos
os raios emitidos pela fonte e que atravessam L1 emergem
paralelamente ao eixo principal e incidem sobre a lente di-
vergente L2. Para a lente L2, os raios emergentes têm a di-
reção passando pelo foco principal. A figura abaixo mostra
a trajetória dos raios que incidem na borda das lentes.

L1 L2
De acordo com a escala, a imagem está localizada a 6 cm
da lente e é invertida, real, maior (4 cm de altura).
6,0 cm
P1 D
192. Para que uma lente de vidro imersa no ar seja convergente,
ela deverá ser uma lente de bordas finas. Portanto, apenas
5,0 cm 4,0 cm 24 cm as lentes L1 e L3 podem ser usadas como lupa.

193.
I. A afirmação está errada. Observe que, quanto mais ar-
redondada estiver a superfície, menor será seu raio de
Uma relação de semelhança de triângulos fornece: curvatura. Lembre-se de que uma superfície plana tem
raio de curvatura que tende ao infinito.
D 6,0
= ⇒ II. A afirmação está correta. Se a lente tivesse faces pla-
4,0 + 24 4,0
nas, sua distância focal seria infinita, mas, à medida
D 6,0
= ⇒ D = 42 cm que as faces se tornam mais e mais arredondadas, sua
28 4,0
distância focal diminui.
Portanto, a região iluminada do anteparo corresponde à III. A afirmação está correta. Observe, na figura abaixo, o
área de um círculo com 42 cm de diâmetro, ou seja, com comportamento de um feixe de luz, paralelo ao eixo da
raio de 21 cm. fibra, e que incide na face arredondada.
Logo: fibra ótica

A = π ⋅ R2 ⇒
t2
t1 t3
A = π ⋅ 212 ⇒
A = 441 ⋅ π cm2
microlente
190. Da equação de Gauss, com p = 40 cm e f = –40 cm, temos:
1 1 1 1 1 1 194. O aumento linear transversal é A = +2,5 (positivo, pois a
= + ⇒ = + ⇒ p’ = −20 cm
f p p’ −40 40 p’ imagem é direita).
(imagem virtual a 20 cm da lente) Com a equação do aumento:
Pela equação do aumento: p’ p’
A= ⇒ +2,5 = − ⇒ p’ = −7,5 cm
p 2
i p’
=− ⇒
i
=−
( −20) ⇒ i = +3 cm
o p +6 40 Com a equação de Gauss:

A imagem tem altura de 3 cm e é direita (observe que i e o 1 1 1 1 1 1


= + ⇒ = + ⇒ f = 5 cm
têm ordenadas positivas). f p p’ f 3 −7,5

194 2ª. Série


Física

195. Com p = 6 cm e f = 4 cm, com a equação de Gauss, ob- 1 1 1 1 1 1


temos: = + ⇒ = + ⇒ L = 70 mm
f p p’ 50 L 175
1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ⇒ p’ = 12 cm
f p p’ 4 6 p’ c) Com a equação do aumento linear transversal, e con-
siderando que a imagem ocupa toda a área do sensor
(imagem real)
(i = – 6 mm), teremos:
Lembrando que nas lentes as imagens reais se formam do
i p’ −6 175
lado oposto àquele em que se encontram os objetos reais, A= =− ⇒ =− ⇒ D = 2, 4 mm
o p D 70
podemos concluir que a distância entre o objeto e sua ima-
gem será (6 + 12) cm, ou seja, 18 cm.
199. O aumento linear transversal é A = +5 (positivo, pois a ima-
196. Uma lente pode ser usada como lupa se for uma lente con- gem é direita).
vergente. Além disso, o objeto deverá ser posicionado entre Com a equação do aumento:
o foco e o centro óptico desta lente, ou seja, a distância do p’ p’
objeto à lente deverá ser menor que a distância focal da A= ⇒ +5 = − ⇒ p’ = −50 cm
p 10
lente.
Com a equação de Gauss:
197. O esquema a seguir ilustra a situação proposta no enun- 1 1 1 1 1 1
ciado. = + ⇒ = + ⇒ f = 12,5 cm
f p p’ f 10 −50
Como a distância focal é positiva, podemos concluir que
a lente é convergente, ou seja, uma lente do tipo convexa
O
I2 F F I1 (bordos finos).
A partir da definição de vergência:
1 1
V= ⇒V= ⇒ V = 8 di
Podemos, com a equação de Gauss, determinar a posição f 0,125
da imagem da fonte de luz pontual conjugada pela lente
convergente:
200. Observe que, à medida que o objeto se aproxima da lente
1 1 1 1 1 1 objetiva, a imagem tende a se afastar da lente (p’ aumen-
= + ⇒ = + ⇒ p’ = 40 cm
f p p’ 30 120 p’ ta), ou seja, a imagem tende a se deslocar para a direita.
(imagem real) Contudo, é possível manter a imagem focada sobre o CCD
se a lente objetiva for deslocada para a esquerda (o que
Observe que esta imagem real desempenha o papel de ob-
possibilita o aumento de p’).
jeto virtual para a lente divergente.
Então, para a lente divergente, teremos: 201. Pelo gráfico, percebe-se que a distância focal é de 30 cm
p = –10 cm e p’ = –150 cm. (nesse ponto a imagem é imprópria) e, como quando o ob-
Com a equação de Gauss, aplicada à lente divergente, ob- jeto é colocado no centro de curvatura, a imagem possui o
temos: mesmo tamanho que o objeto, porém é invertida (negativa
1 1 1 1 1 1 no gráfico), conclui-se que o objeto possui 10 cm de altura.
= + ⇒ = + ⇒ f = −9,375 cm
f p p’ f −10 −150 Da equação de Gauss, tem-se:
1 1 1 1 1 1 1 2−3
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒ p’ = −60 cm
198. f p p’ 30 20 p’ p’ 60
a) Na área de 6 mm × 6 mm = 36 mm2, teremos um total Da equação da ampliação, tem-se:
de 500 × 500 pixels.
Então, temos:
i p’ i
= ⇒ =−
( −60) ⇒ i = 30 cm
0 p 10 20
500 × 500 × Spixel = 36 ⇒ Spixel = 1,44·10–4 mm2
Portanto, cada pixel ocupa uma área de
202. Na situação inicial, com o objeto muito distante, a imagem
12·10–2 mm × 12·10–2 mm. forma-se no foco da lente. Então: f = p’ = 5 cm.
b) Com a equação de Gauss, sendo p = L, p’ = d = 175 mm Para o objeto a 100 cm da lente, aplicando-se a equação
e f = 50 mm, vem: de Gauss, obtemos:

Caderno de Atividades / Livro do Professor 195


1 1 1 1 1 1 100 objeto real terá uma imagem formada no intervalo de visão
= + ⇒ = + ⇒ p’ = ≅ 5,3 cm distinta do míope. Portanto: f = – 50 cm = – 0,5 m.
f p p’ 5 100 p’ 19
Da definição de vergência:
Portanto: Δp’ = 5,3 – 5,0 ⇒ Δp’ = 0,3 cm
1 1
V= ⇒V= ⇒ V = −2 di
203. f −0,5
a) A máquina fotográfica utiliza uma lente convergente, e
o objeto sempre se encontra a uma distância maior que 205. Usando a equação de Gauss (todas as variáveis medidas
a distância focal dela. Sendo assim, a imagem gerada é em mm), tem-se:
projetada num filme e possui as seguintes característi- 1 1 1 1 1 1 1 20 + 350
= + ⇒ = + ⇒ = ⇒
cas: real, menor e invertida. f p p’ f 350 20 f 350 ⋅ 20
b) A luneta e o telescópio projetam no seu foco imagens 1 370
vindas do infinito, e para produzir o aumento, normal- ⇒ = ⇒ f = 18,9 mm
f 7 000
mente o foco da lente objetiva (que forma a 1a. imagem)
fica entre o centro óptico e o foco da lente ocular, que
irá produzir uma imagem final virtual, direita e maior 206. A hipermetropia pode ser corrigida com lentes esféricas
que a 1a. imagem. convergentes. Para que a correção seja possível, a lente
deve conjugar, do objeto observado, uma imagem virtual no
c) A lupa funciona quando objetos são colocados entre o ponto próximo do olho hipermétrope.
centro óptico e o foco da mesma, sendo assim produz
Para o caso apresentado, devemos ter: p = 25 cm e
uma imagem aumentada, direita e virtual.
p’ = – 50 cm.
d) Comentado no item B.
Da equação de Gauss:
204. Lembrando que nas lentes divergentes as imagens de obje- 1 1 1 1 1 1 1
= + ⇒ = + ⇒ = 50 cm
tos reais sempre são imagens virtuais, direitas e formadas f p p’ f 25 −50 f
entre o foco principal e a lente, podemos concluir que a
Da definição de vergência:
miopia pode ser corrigida com lentes esféricas divergentes.
1 1
O foco principal da lente a ser usada deve coincidir com a V= ⇒V= ⇒ V = +2 di
posição do ponto remoto do olho míope. Assim, qualquer f +0,50

196 2ª. Série

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