Texto de Apoio - Matemática B1
Texto de Apoio - Matemática B1
Texto de Apoio - Matemática B1
MATEMÁTICA B I
Ministério da Educação
Cultura e Formação
ÍNDICE
Bibliografia ………....................................................................................... 46
2
TEMA 1
GEOMETRIA
INTRODUÇÃO
Um olhar atento sobre aquilo que nos rodeia é suficiente para identificarmos modelos construídos pelo Homem ou
pela própria Natureza relacionados com a geometria do plano e com a geometria no espaço.
3
PROBLEMAS GEOMÉTRICOS NO PLANO E NO ESPAÇO // SECÇÕES NO CUBO
PAVIMENTAÇÕES
Uma pavimentação do plano é um conjunto de mosaicos que cobre completamente uma superfície, sem
sobreposições nem espaços intermédios.
Nota:
Polígono regular é uma figura
geométrica com ângulos e lados
iguais
Exemplos:
Pavimentação regular
Pavimentação semi-regular Calçadas
Mauritius C. Escher
M.A.(1)
4
ÁREAS E PERÍMETROS
Exercícios:
Quadrado A l l
F1
Rectângulo A bh
Paralelogramo
A bh
F2
Trapézio Bb
A h
2
Dd
Losango A
2
F3
P
Polígono A a
2
regular
Círculo A r2
F4
2
3. Um jardim com 450m de área 4. Determine o valor de x, sabendo 2. Se o círculo da figura tem área
está dividido em duas partes. Qual é que a área do triângulo é um terço da 2π, qual a área do quadrado nele
a área da parte maior plantada? área do rectângulo. inscrito?
5
SEMELHANÇAS NO PLANO (FACULTATIVO)
Classificação de triângulos Semelhança de triângulos
- Quanto aos lados Dois triângulos são semelhantes se tiverem:
- dois ângulos iguais:
Escaleno: três lados diferentes Isósceles: dois lados iguais Equilátero: três lados iguais x + x +
- Quanto aos ângulos - os três lados proporcionais:
Exercícios:
5. Considere a figura seguinte: x x
8.1.
8.2.
7. Utilizando o seguinte esquema calcule a largura da auto-estrada:
6
POSIÇÃO RELATIVA DE RECTAS E PLANOS
Definição de recta e de plano:
- Dois pontos distintos, A e B, definem a recta AB.
- Três pontos não colineares definem um plano.
Sólidos Platónicos
Exercício:
10. Porque é que
existem apenas 5 sólidos
platónicos?
M.A.(2)
7
VOLUMES DE SÓLIDOS
Exercícios:
11. Calcule o volume da
cada um dos sólidos
representados:
2 2 3
AL = 4a AT = 6a V=a
S1
AL = Pb x h AT = AL + 2Ab V = Ab x h
S2
AL = Pb x g = AT = AL + 2Ab= V = Ab x h =
S3
= 2r g = 2rg 2r
2
= r
2
h
S4
1
Pb V= A x h
AL = ap AT = A L + A b 3 b
2
1 S5
V= A x h=
AT = A L + A b = 3 b
AL = r g
= rg r
2 1 2
= r h
3 12. Na figura temos uma
esfera inscrita num cilindro
com altura de 10cm.
4
A 4 r 2 V r3
3
8
SECÇÕES NO CUBO
Quando se intersecta um cubo com um plano a secção que se obtém vai depender do número de faces do cubo
que o plano intersecta, isto é, se o plano intersecta 3 faces a secção obtida será um triângulo, se intersecta 4
faces a secção obtida será um quadrilátero, se intersecta 5 faces a secção obtida será um pentágono e se
intersecta 6 faces a secção obtida será um hexágono.
M.A.(3)
Exercícios:
14. Na figura estão representados um cubo 16. Na figura está representado um cubo com 9 cm de aresta CJ AI = 3cm.
com 8 cm de lado e um prisma triangular.
16.1. Calcule o comprimento exacto de [JG].
16.2. Determine o valor exacto do perímetro
do quadrilátero [FGIJ].
16.3. O plano IJG divide o cubo em dois sólidos.
Calcule a razão entre os seus volumes.
9
REFERENCIAIS E CONDIÇÕES NO PLANO E NO ESPAÇO
REFERENCIAL CARTESIANO NO PLANO: COORDENADAS DE PONTOS E SEUS SIMÉTRICOS
O referencial cartesiano, que vamos utilizar no nosso estudo de geometria analítica, é constituído por dois eixos
perpendiculares (ortogonais) e monométricos.
2º Quadrante 1º Quadrante
Coordenadas
A cada ponto corresponde um par ordenado de números: as
coordenadas do ponto. A primeira coordenada diz respeito ao eixo
horizontal (eixo Ox) e designa-se por abcissa e a segunda coordenada
diz respeito ao eixo vertical (eixo Oy) e designa-se por ordenada.
A (3 , 2)
3º Quadrante
4º Quadrante
Como 2 = x é o conjunto de todos os pares ordenados formados
por números reais, também chamamos ao plano 2.
Em geometria algébrica a cada representação geométrica corresponde uma representação algébrica e vice-versa.
Simetrias
Exercício:
Considerando o ponto A, por exemplo, verifica-se que o seu 21. Considere a figura
simétrico:
- relativamente ao eixo Oy é B(-3, 2).
- relativamente ao eixo Ox é D(3, -2).
- relativamente à origem, O, é C(-3,- 2).
A equação de uma recta horizontal é do A equação de uma recta vertical é do Bissectriz dos quadrantes ímpares: y = x
tipo y = b. tipo x = a. Bissectriz dos quadrantes pares: y = -x
O eixo Ox tem equação y = 0. O eixo Oy tem equação x = 0.
10
Semiplanos: Uma recta divide o plano em dois semiplanos.
Exercícios:
___: x = 2 ___: x = π
___: y = 2 ___: x = -2
___: y = 0 ___: x = -1
___: y = π ___: x = 0
25.1. Indique as coordenadas dos vértices do rectângulo.
2 25.2. Qual é o simétrico de C em relação ao eixo das
23. Escreva uma condição, em , que defina cada um dos
ordenadas?
semiplanos seguintes:
25.3. Calcule a área sombreada.
24. Considere o ponto F(-4, 2). Escreva uma equação da recta 29. Represente o conjunto dos pontos do plano definidos
que passa por F e é: por:
24.1. paralela ao eixo Ox. 29.1. x > 3 29.2. y ≤ 0
24.2. paralela ao eixo Oy. 29.3. y + x < 0 29.4. x ≥
11
NEGAÇÃO, CONJUNÇÃO E DISJUNÇÃO DE CONDIÇÕES
Negação
Consideremos a condição x ≤ -2 .
A negação desta condição ou a condição contrária é x > -2.
x ≤ -2 ~( x ≤ -2) x > -2
Conjunção Disjunção
Consideremos em 2 as condições: x ≤ 1 ; y ≥ 2 Consideremos em 2 as condições: y ≤ - 1 ; x > 3
A intersecção dos dois semiplanos é definida pela A reunião dos dois semiplanos é definida pela
conjunção das condições que os definem. disjunção das condições que os definem.
y≥2 Λ x≤1
y≤-1 V x>3
O símbolo “Λ” lê-se “e”, e representa a O símbolo “V” lê-se “ou”, e representa a
operação lógica conjunção de duas operação lógica disjunção de duas
condições. condições.
Exercícios:
30. Represente o conjunto dos 32. Defina através de uma condição o conjunto de pontos assinalados no referencial:
pontos do plano definidos por: 32.1. 32.2. 32.3. 32.4.
30.1. ~ (y < - 4 )
30.2. x < 3 Λ y ≤ - 2
30.3. x > 1 Λ x < - 1
30.4. x > 1 V x > 3
30.5. y ≤ x Λ y ≥ 0 Λ x ≤ 2
30.6. x < 0 V y > - x
30.7. (- 1 < x < 1) V (- 1 < y < 1) 33. Considere o conjunto: 34. Determine a de modo que:
30.8. IxI ≤ 2 A = { (x, y)
2
: x < -3 Λ y ≥ 4 } 34.1. O ponto L(a – 1, 6) pertença à:
30.9. IyI > 3 33.1. Represente o conjunto A num referencial. a) recta x = 3.
33.2. Dê um exemplo de um ponto que: b) bissectriz dos quadrantes ímpares.
2
31. Escreva uma condição, em a) pertença ao conjunto A. 34.2. O ponto M(a, a ) pertença à
2
, que defina… b) não pertença a A. bissectriz dos quadrantes pares.
31.1. …o segundo quadrante. c) pertença a A e à bissectriz dos quadrantes
2
31.2. …o quarto quadrante. pares. 35. Escreva, uma condição em que
31.3. …a união do terceiro e do d) pertença à bissectriz dos quadrantes pares defina um quadrado de lado 2 em que
quarto quadrante. mas não pertença a A. dois dos vértices opostos têm como
e) pertença ao 2º quadrante e a A. coordenadas (1, -2) e (3, 0).
12
LEIS DE MORGAN
Nota Histórica:
Considere o domínio plano representado na figura. Augustus de Morgan
(1806-1871)
Este domínio pode ser definido pela conjunção de
duas condições:
x≥-2Λx≤1
Exercícios:
36. Sem utilizar o símbolo ~, escreva as
condições equivalentes a:
36.1. ~(x ≥ 3) 36.2. ~(y < 1)
36.3. ~(x ≤ 3 Λ x ≥ 2)
36.4. ~(x > 7 V x ≤ 5)
36.5. ~(x ≥ 2 Λ y ≤ 5)
36.6. ~(x ≥ -1 Λ y ≤ 3)
13
REFERENCIAIS CARTESIANOS NO ESPAÇO. COORDENADAS DE PONTOS
Exercícios:
39. Indique as coordenadas dos
vértices do cubro representado.
Exemplo:
Considere o paralelepípedo representado na figura e indique as coordenadas
dos vértices.
14
PLANOS COORDENADOS. PLANOS PERPENDICULARES AOS EIXOS COORDENADOS
O plano xOy é formado por O plano xOz é formado por O plano yOz é formado por Indique as coordenadas dos pontos
todos os pontos de cota todos os pontos de todos os pontos de abcissa assinalados e o octante a que
nula. É definido pela ordenada nula. É definido nula. É definido pela
pertencem.
condição: z = 0 pela condição: y = 0 condição: x = 0
45. Considere o cubo [ABCDEFGO] com
2cm de aresta.
Assim, xOy, yOz e xOz são os planos coordenados.
O plano α é definido pela condição: O plano β é definido pela condição: O plano φ é definido pela condição:
z=c , cє y=b , bє x=a , aє
15
OUTROS LUGARES GEOMÉTRICOS NO ESPAÇO
Recta
Exercício:
Na figura, em referencial o.m. Oxyz, estão
48. Na figura está representado o cubo
representados dois planos α e β.
[ABCDEFGH] com 8cm de aresta e em
que O é o centro da face inferior.
O plano α é definido pela condição z = 3.
O plano β é definido pela condição y = 2.
Segmento de Recta
Considere o cubo de 4cm de aresta centrado na origem do referencial.
48.1. Indique as coordenadas dos
A recta FG pode ser definida pela condição: vértices.
x = -2 Λ y = 2
48.2. Escreva uma condição que define
A aresta [FG] está contida na recta quando o plano:
a cota está compreendida entre -2 e 2. a) ADC b) HDC c) EHD
3
Podemos então definir a aresta [FG] pela 48.3. Indique uma condição em que
defina:
condição: (x = -2 Λ y = 2) Λ -2 ≤ z ≤ 2
a) a recta FG. b) a aresta [AB].
c) a aresta [HD]. d) a face [HEFG].
Os pontos do cubo têm abcissa, ordenada e cota compreendidas entre -2 e 2. e) a face [FGCB]. f) a recta AD.
Podemos, por isso definir o cubo, neste referencial, pela condição: g) a face [HGCD]. h) o cubo.
-2 ≤ x ≤ 2 Λ -2 ≤ y ≤2 Λ -2 ≤ z ≤ 2
SIMETRIAS NO ESPAÇO
As simetrias no espaço podem ser estudadas de modo análogo ao estudo feito para as simetrias no quadro da
geometria plana.
Simetrias relativamente aos eixos coordenados, planos coordenados e origem do referencial.
Considere a figura seguinte. O paralelepípedo é simétrico relativamente aos planos coordenados.
O vértice P tem coordenadas (1, 2, 3). Indique as coordenadas dos vértices e
se pertencem a algum plano
Podemos dizer que:
coordenado.
A(1, -2, -3) é simétrico de P em relação ao eixo Ox.
C(-1, 2, -3) é simétrico de P em relação ao eixo Oy.
G(-1, -2, 3) é simétrico de P em relação ao eixo Oz.
D(-1, -2, -3) é simétrico de P em relação à origem O.
B(1, 2, -3) é simétrico de P em relação ao plano xOy.
E(1, -2, 3) é simétrico de P em relação ao plano xOz.
F(-1, 2, 3) é simétrico de P em relação ao plano yOz.
16
Exercícios:
51. Na figura está representado num referencial o.m. 55. Observe a figura:
Oxyz um octaedro regular [ABCDEF].
Sabe-se que:
- O ponto A pertence ao plano xOz.
- O ponto E tem coordenadas (2, 2, 0).
- O ponto F tem coordenadas (2, 2, 4).
51.1. A equação do plano ABC é:
(A) x=2 (B) y=2
(C) z=2 (D) z=1
55.1. Indique as coordenadas dos vértices do sólido.
51.2. As coordenadas do ponto C são:
55.2. Escreva uma equação dos planos que contêm as faces:
(A) (2, 4, 2) (B) (4, 2, 2) (C) (2, 2, 4) (D) (4, 4, 2)
a) [IJKL] b) [CBEF] c) [IJGH]
55.3. Diga, de acordo com os dados da figura, qual é a recta
52. Num referencial o.m. Oxyz no espaço, a recta que passa
de intersecção dos planos α e β de equações:
pelos pontos A(2, 0, 1) e B(2, 3, 1) é definida pela condição:
a) α: z = 7 e β: y= 0 b) α: z = 0 e β: x = 0
(A) z=1 (B) y=0 V y=3 (C) x=2 (D) x=2 Λ z=1
56. Faça um esboço e descreva o conjunto de pontos do
53. Num referencial o.m. Oxyz no espaço o conjunto de
espaço que satisfaz cada uma das condições:
pontos definidos pela condição
56.1. z = 2
x = 11 Λ 0 ≤ y ≤ 1 Λ 0 ≤ z ≤ 2
56.2. x = 2 Λ y < - 3
é: (A) um rectângulo. (B) um paralelepípedo.
56.3. x = -3 Λ z = 0
(C) um segmento de recta. (D) um ponto.
56.4. y = 0 Λ x = 0
56.5. x = 4 Λ y = 0
54. Num referencial o.m. Oxyz no espaço, o simétrico do
56.6. x ≥ 0 Λ y ≥ 0 Λ z ≥ 0
ponto P(3, 4, 5) relativamente ao eixo Oz é:
56.7. x ≥ 0 Λ y ≥ 0 Λ z = 0
(A) (3, 4, 5) (B) (-3, -4, -5) (C) (-3, -4, 5) (D) (3, -4, -5)
56.8. 0 ≤ x ≤ 1 Λ 0 ≤ y ≤ 1 Λ 0 ≤ z ≤ 1
No plano No espaço
Exemplo: Exemplo:
Calcular a distância do ponto A ao ponto C é o mesmo Calcular a distância do ponto A ao
que calcular AC . ponto F é o mesmo que calcular AF .
Usando o teorema de Pitágoras: Usando o teorema de Pitágoras:
2 2 2 2 2 2 2
AC AB BC AF AB BC CF
AC 4 0 2 3 32
2
AF 4 0 2 5 0 2 3 0 2
2
A distância entre dois pontos A(xA, yA) e B(xB, yB) é: A distância entre dois pontos A(xA, yA, zA) e B(xB, yB, zB)
é:
AB xB x A 2 y B y A 2 xB x A 2 y B y A 2 z B z A 2
AB
17
MEDIATRIZ DE UM SEGMENTO DE RECTA / PLANO MEDIADOR
x x A 2 y y A 2 x xB 2 y y B 2 x xA 2 y y A 2 z z A 2 x xB 2 y yB 2 z zB 2
Circunferência Círculo
Exemplo:
A circunferência é o conjunto de O círculo é o conjunto de
pontos que estão a uma distância pontos que estão a uma distância
de 3 unidades da origem. máxima de r unidades da origem.
Uma circunferência de centro (a, b) e raio r Um círculo de centro (a, b) e raio r define-se por:
define-se por:
x a2 y b2 r 2 x a2 y b2 r 2
M.A.(4)
Analogamente à circunferência e ao círculo, pode-se definir:
Superfície Esférica Uma superfície esférica de centro (a, b, c) e raio r define-se por:
x a2 y b2 z c2 r 2
18
Exercícios:
2
61. No referencial xOy da figura 69. Represente, utilizando uma condição em , a região a
estão representadas três sombreado de cada alínea.
circunferências centradas em 69.1. 69.2.
A(-2, 4), B(-3, 3) e C(1, -2).
61.1. Determine o raio de cada
uma das circunferências.
61.2. Escreva a equação que define
cada uma das circunferências.
64. Represente, num referencial cartesiano, as seguintes 70. Na figura estão representadas
condições: duas circunferências.
A região sombreada pode
64.1. x 2 y 22 4 64.2. x 12 y 4 2 9
ser definida por:
64.3. x 2 y 2 4 y x 2 2 2 2
(A) x + y ≤ 2 Λ (x + 2) + y ≤ 1
2 2
(B) 1 ≤ x + y ≤ 2
65. No referencial está representado um quadrado 2 2 2 2
(C) x + y ≤ 4 V (x - 2) + y ≤ 1
com 4cm de lado cujo centro é a origem do referencial. 2 2 2 2
(D) x + y ≤ 4 Λ (x - 2) + y ≤ 1
65.1. Determine a equação da
mediatriz de [OB]. 2 2 2
71. Num referencial Oxyz , a condição (x - 2) + y + (z + 3) ≤
65.2. Escreva uma equação da
16 define uma esfera inscrita num cilindro. Sejam C o centro
circunferência representada
da esfera e h a altura do cilindro. Então:
na figura.
(A) C(-2, 0, 3) e h = 4 (B) C(2, 0, -3) e h = 4
65.3. Indique uma condição que
(C) C(2, 0, -3) e h = 8 (D) C(-2, 0, 3) e h = 8
defina a região do plano sombreada.
65.4. Calcule a área da zona sombreada.
72. O conjunto de pontos definido pela condição
66. Identifique a secção que se obtém intersectando a esfera 2 2
x +y ≤4Λ x≥0Λy≤0
definida por: x 12 y 2 z 32 9 com o plano y = 3. pode ser representado num referencial por:
(A) (C)
67. Escreva uma condição que defina a esfera de centro
C de coordena das (0, 2, 0) tangente ao plano z =4. (B) (D)
68. Determine as coordenadas dos pontos de intersecção
da superfície esférica de centro C(-3, 2, 0) e raio 5
com o eixo Oy.
19
EQUAÇÃO REDUZIDA DA RECTA NO PLANO // CONJUNTOS DEFINIDOS POR CONDIÇÕES
EQUAÇÃO REDUZIDA DA RECTA
Observando a recta r representada na figura, constatamos que a ordenada
de cada um dos seus pontos é o dobro da abcissa respectiva, isto é, para
qualquer ponto de coordenadas (x, y), verifica-se que y = 2x.
Qual o significado do número 2?
Observando a figura ao lado verificamos
que ao avançar uma unidade no eixo xx a
sua imagem aumenta 2 unidades.
Calculando o quociente
y 2
2.
x 1
Este quociente que não depende dos pontos da recta para o calcular, designa-se
por declive da recta r e representa-se por m. O declive informa-nos sobre a
inclinação da recta em relação ao eixo das abcissas.
20
Verifica-se que as equações destas rectas são todas do tipo y = mx + b , tal como acontece com todas as rectas não
verticais.
m corresponde ao valor do declive da recta e o valor de b é a ordenada do ponto de intersecção da recta com o eixo
das ordenadas, chamada de ordenada na origem.
21
As rectas a e c são concorrentes, intersectando-se no ponto P.
Exercícios:
32 20 12 4
m a 3 ¸ mc verificamos que: ma mc 82. Determine as coordenadas
90 9 3
do ponto de intersecção, caso
As rectas a e c são concorrentes porque têm declives diferentes. exista, das seguintes rectas:
Têm nenhum ponto em comum. 82.1. y = 3x – 1 e y = - 2x + 1
82.2. x + y = 2 e y = - x + 5
Como determinar as coordenadas do ponto de intersecção das rectas a e c? 82.3. y = 2x – 4 e y = 3x – 1
O ponto em que duas rectas se intersectam é comum a elas. Assim, para determinar 82.4. y = x + 2 e y = 3x – 1
as coordenadas do ponto de intersecção, basta igualar as duas equações da recta:
4
a: y = 3x + 10 c: y = x + 20
3
y 3 x 10 y 3x 10
y 3 x 10 y 3 x 10 y 3 x 10 y 28
4 4
y x 20 3 x 10 x 20 9 x 30 4 x 60 5 x 30 x 6 x 6
3 3
Exemplo 2:
2 2
A região pintada é limitada pela recta de equação y = - x + 1 e pela circunferência (x – 1) + y = 2
Á semelhança do exemplo anterior, queremos os pontos
se encontram a cima da recta: 83.2.
y>-x+1
22
Exercícios:
84. Escreva uma equação vectorial para cada uma das rectas 91. Na figura, em referencial o. n. x0y, está representado o
apresentadas no exercício 105. trapézio [ABCD]:
84. Dos seguintes pares de rectas identifica as que são paralelas. Sabe-se que:
84.1. r: y = -2x + 3 s: y = 2x – 3 - o ponto B tem de
84.2. r: 3x – y = 5 s: 2y = 6x + 1 coordenadas (5, 0)
- o ponto D tem de
85. Considere os triângulos [ABC] e [PQR] representados. coordenadas (-1, 2)
Os vértices do ∆[PQR] são - y = – x + 1 é a equação reduzida
os pontos médios dos lados da recta AD
do ∆[ABC]. Determine:
Recorrendo aos declives, mostre 91.1. as coordenadas do ponto A.
que são paralelas as rectas: 91.2. a equação da recta reduzida da recta BC.
85.1. AB e PQ. 91.3. as coordenadas do ponto G.
85.2. AC e PR. 91.4. a equação reduzida da recta CD.
85.3. BC e QR. 91.5. uma condição que defina o conjunto de pontos do
86. Atendendo aos dados trapézio que têm abcissa negativa.
da figura, determine as 92. No referencial o. n. x0y da figura estão representadas
coordenadas do ponto P duas circunferências de centro no ponto C, sendo tangente
ao eixo 0y e outra tangente ao eixo 0x. as rectas r e t são
definidas respectivamente pelas equações y=2 e
2
y x.
3
Defina por uma condição a
região sombreada na figura
representada por:
87. Em relação a um referencialo. n. considere os pontos
92.1. S1
A(-1, 3) e B(2, 0).
92.2. S2
87.1. Verifique se a recta AB é paralela à recta de equação
x+y–2=0
87.2. Determine k de modo que a recta de equação 93. Defina analiticamente as regiões do plano
2y – kx + 5 = 0 seja paralela à recta AB. representadas nas figuras:
93.1. 93.2.
88. Para os seguintes pares de equações da recta, indique as que
são paralelas e as coordenadas do ponto de intersecção no caso
de serem concorrentes.
88.1. y = -x + 2 e 2x + 2y – 3 = 0
88.2. 2y = x e 2y + x = 1
88.3. x = 2 e x–y =2
88.4. y = x e πx – πy – 2 = 0
23
TEMA 2
FUNÇÕES
INTRODUÇÃO
O conceito de função é um dos conceitos mais importantes em matemática.
24
GENERALIDADES SOBRE FUNÇÕES
CONCEITO DE FUNÇÃO
Exemplo:
Suponhamos que um automóvel se desloca a uma velocidade constante de 60km/h. t e = 60t
Considerando e o espaço percorrido (em km) e t o tempo (em horas), 0 0
podemos deduzir a seguinte expressão: e = 60t 1 60
Atribuindo a t (objecto) valores, obtemos correspondentes valores de e (imagem). 2 120
Ao tempo percorrido em viagem corresponde uma e uma só distância. 3 180
Podemos dizer que temos uma função porque existe uma correspondência unívoca, ou seja, a cada valor do tempo
corresponde um e um só valor de espaço percorrido.
Exercício:
1. Das seguintes correspondências identifique as que representam funções.
1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
À função chamou-se f.
A função f é uma função definida em A com valores em B.
Para além dos conjuntos A e B, existe ainda um conjunto bem definido (contido
em B), o conjunto C.
Uma função pode ser definida por:
- Ao conjunto A chama-se domínio da função f e representa-se por Df
Df = {1, 2, 3, 4} O domínio de f é o conjunto dos objectos.
- Ao conjunto B chama-se conjunto de chegada da função.
- Ao conjunto C chama-se contradomínio da função f e representa-se por D’f
D’f = {5, 7, 8} O contradomínio de f é o conjunto das imagens.
- O objecto 1 tem por imagem 5.
Simbolicamente, escreve-se f(1) = 5 (ler: f de um é igual a cinco)
Do mesmo modo, escreve-se:
f(2) = 7 f(3) = 8 f(4) = 7
Função
Uma função f de A com valores em B (f : A →B) consiste em dois conjuntos,
o domínio A, o conjunto de chegada B, e uma regra que associa a cada
elemento x (objecto) de A um e um só elemento y = f(x) (imagem) de B.
Simbolicamente:
f:A→B
x → y = f(x) ● Uma expressão analítica:
f: →
x 2x 1
25
Exercícios:
2. Para cada uma das seguintes correspondências diga se se trata ou não de uma função e em caso afirmativo indique o
domínio, o contradomínio e o conjunto de chegada:
2.1. 2.2. 2.3. 2.4.
3. Considere os conjuntos A 0,2, 3 e . 3.1. Dê um exemplo de uma correspondência de A para que não seja função.
3.2. Construa uma função f de A em . 3.3. Construa uma função g de A em , sabendo-se que g(0) 7 e g( 3 ) 10 .
Exemplo: 12 y
> Gráfico de uma função Consideremos a função: 10
4.3. 4.4.
26
> Função Injectiva Exemplos:
f) g) h) i) j)
k) l)
27
> Monotonia de uma função
Função crescente no sentido lato Função estritamente crescente
Diz-se que f é crescente em A quando para todos os Diz-se que f é crescente em A quando para todos os
números reais a e b de A, se a < b, então f(a) ≤ f(b). números reais a e b de A, se a < b, então f(a) < f(b).
Exemplo: Exemplo:
f é crescente em [1,3] f é estritamente crescente
em [1,3]
Exemplo: Exemplo:
f é decrescente em [1,6] f é estritamente decrescente
em [1,6]
Uma função é monótona num intervalo se for crescente ou decrescente nesse intervalo.
Exemplo:
Estudemos a função f usando o seu gráfico:
Df = [ -5, 9] D’f = [ -2, 3]
f é não injectiva
Extremos:
- máximo absoluto: 3
- mínimo absoluto: -2
- máximo relativo: 2
- mínimo relativo: -1
28
10. Considere os gráficos das funções seguintes.
a) b) c) d)
e) f) h) i)
k) l)
Indique para cada uma delas:
10.1. se existirem, os extremos absolutos e relativos,
os maximizantes e minimizantes e o contradomínio.
10.2. os intervalos em que é crescente, decrescente,
constante, positiva e negativa.
Graficamente: Graficamente:
29
1. f (x) x 3 3x 2. g(x) 3x 2 2 x 1
f ( x) ( x)3 3( x) x 3 3x f (x) g( x) 3( x)2 2( x) 1 3x 2 2x 1
Como f ( x) f (x) x D f a função é impar. g( x) g(x) g( x) g(x) x D f a função não é par nem é ímpar.
Exercícios
11. Analisando os gráficos das funções do exercício 10, indique quais são contínuas.
12. Estude a paridade das seguintes funções: a) f (x) x 1 b) g(x) x 2 5 c) h(x) x 4 x 2 d) j(x) 2 x 3 x
FUNÇÃO AFIM
Estudamos em geometria que, uma equação do tipo y = mx + b, com m, b є representa uma recta não vertical,
onde m é o declive da recta e b é a ordenada na origem.
Dizemos que uma função real de variável real, é uma função afim, se é definida por uma expressão do tipo:
f(x) = mx + b, com m, b є
De um modo geral:
Exercícios
► declive da recta
13. Estude as seguintes funções quanto à monotonia e sinal,
dados dois pontos P(x1 , y1 ) e Q(x2 , y2 ) de uma
indicando os respectivos pontos de intersecção dos seus
recta, definimos declive da recta PQ por: gráficos com os eixos coordenados:
y 2 y1 1
m 13.1. f ( x) x 4 13.2. g(x) 0,4 x 10
x2 x1 5
► domínio: 2
13.3. h(x) 2 x 13.4. j( x)
x8
5
► contradomínio: 14. O gráfico de uma função afim f contém os pontos de
coordenadas 2,4 e 5,7 .
14.1. Escreva a expressão que define a função f .
14.2. Faça o esboço gráfico da função.
14.3. Indique a monotonia e sinal da função.
k
15. Considere a família de funções: f ( x) x 3, k .
2
Indique um valor de k de modo que:
15.1. f seja crescente;
15.2. a função tenha um zero no ponto de abcissa 6;
15.3. o gráfico da função seja uma recta horizontal.
16.3.
30
FUNÇÃO QUADRÁTICA
Função quadrática é toda a função do tipo: O seu gráfico
f: → é uma parábola.
x ax bx c 2
com a, b, c є ea≠0
Exercícios:
ZEROS E CONCAVIDADE 17. Estude a paridade e calcule os zeros
de cada uma das seguintes funções
Os zeros da função quadrática f : x ax2 bx c , com a ≠ 0, definidas, em , por:
1
b b 2 4 ac 17.1. f ( x) x 2 17.2. g(x) 4 x 2 3
são as soluções da equação ax2 bx c 0 , ou seja, x 4
2a
17.3. h(x) 5x 2 10 x
17.4. i(x) x 2 x 2
Muitas vezes tem interesse saber se uma função quadrática tem ou
não zeros, independentemente de se conhecer o seu valor. 17.5. j(x) 4 x 2 12 x 9
18. Sem os calcular, determine o
Calculando-se o sinal do binómio b 2 4ac que se representa por Δ , tem-se:
número de zeros de cada uma das
- Se 0 a função não tem zeros reais seguintes funções:
- Se 0 a função tem um zero real
18.1. x 2x 2 7 x 6
- Se 0 a função tem dois zeros reais
18.2. x 3x 2 2 x 1
Ao binómio Δ chama-se binómio discriminante, pois é pelo conhecimento
18.3. x x 2 4 x 4
do seu sinal que se pode discriminar quantas soluções tem a equação.
19. Determine m de modo que a
Exemplos: expressão mx 2 4 x 2 defina uma
Calculemos os zeros de cada uma das seguintes funções definidas, em , por: função quadrática com:
1. f (x) x 2 5x 6 19.1. dois zeros 19.2. um zero
Calculemos o valor de Δ. 19.3. nenhum zero
6 = 1; como 0 ,a função tem dois zeros.
2
b 2 4ac =5 – 4 1
5 1 3. m(x) x 2 6 x 9
x x1 3 x2 2 Os zeros da função são 2 e 3. 2
2 b 2 4ac = 6 – 4 1 9 = 0
2. h(x) x x 2
2
Como 0 , a função tem um zero,
2
b 2 4ac = 1 – 4 1 2 = – 7 6
x x 3
Como 0 , a função h não tem zeros. 2
31
VÉRTICE E EIXO DE SIMETRIA
Observe a figura ao lado.
A entrada do túnel tem a forma aproximada de parte de uma
parábola que podemos considerar definida pela expressão:
1
m(a) a 2 6a
2
1. Qual a largura da estrada?
2. Qual a altura máxima do túnel?
Resolução:
1. Consideremos a parábola desenhada num referencial cartesiano:
A largura da estrada corresponde à distância entre os zeros da função.
1
2
1
a 2 6a 0 a(a 6) 0 a 0 a 6
2
A largura da estrada é 6 m.
2. Como podemos observar, o eixo de simetria contém o vértice da parábola, logo a equação do
eixo é x = 3.
Então, a abcissa do vértice é 3. Vamos calcular a sua ordenada.
1
m(3) (32 – 6 x 3) = 4,5
2
A altura máxima é 4,5 m. O maximizante da função é a média dos zeros da função (a concavidade
da parábola está voltada para baixo).
32
CONTRADOMÍNIO E MONOTONIA
Resolução (continuação):
Exercícios:
3.Para esboçar o gráfico da função, já temos o valor dos zeros, e do
22. Considere a função i(r) r 2 4r 5
vértice, calculemos o valor da ordenada na origem:
22.1. Indique os zeros da função.
j 0 0 2 4 0 3 3 y
4 22.2. Determine as coordenadas do vértice.
Com o valor dos zeros, do vértice e 3 22.3. Escreva a equação do eixo de simetria.
da ordenada na origem podemos 2
22.4. Esboce o gráfico da função.
traçar o esboço do gráfico. 1
x 22.5. Indique o contradomínio.
-3 -2 -1 1 2 3 4 5 22.6. Estude a função quanto à monotonia.
4. Através da observação do gráfico -1
concluímos que: -2 23. Determine, por via algébrica, os zeros e o mínimo
D’f = [ -4, + [ -3
da função h definida por h(x) x 2 3x e esboce o
-4
5. A função é monótona crescente: [ 1, + [ seu gráfico num referencial.
A função é monótona decrescente: ] - , 1]
VARIAÇÃO DO SINAL
Exemplo:
Observemos os gráficos das funções definidas por:
f ( x) x 2 x 2;
g ( x) x 2 1;
h( x) ( x 2) 2 ;
i( x) x 2 9 x 18
Podemos concluir:
- f tem dois zeros e a > 0; é positiva no intervalo
,2 1, , sendo negativa em 2,1 ;
- g não tem zeros e a > 0; é positiva em ;
- h tem um zero e a < 0; é negativa em \2 ;
- i tem dois zeros e a < 0; é positiva no intervalo 3,6 e negativa em ,3 6, .
Exercício:
24. Tendo em conta os valores de a e de Δ, em cada caso, determine a variação de sinal de cada uma das seguintes funções:
24.1. f (x) x 2 6 x 24.2. g(x) 2 x 2 5x 7 24.3. h(x) 2 x 2 3x 1 24.4. i(x) x 12
24.5. j(x) x 2 6 x 13
Estudar a variação de sinal da função é determinar os intervalos onde a função é positiva e os intervalos onde é
negativa.
INEQUAÇÕES DO 2º GRAU
Para iluminar uma operação de salvamento lança-se um foguete luminoso cuja
altura h em relação ao nível do mar é dada aproximadamente pela lei:
h 10 5t t 2 (h em metros, t em segundos).
A luz só é útil desde que o foguete esteja a 4 m ou mais acima do mar.
Quanto tempo dura a luz útil de cada foguete?
Resolução: Queremos os valores de t para os quais h 4 , ou seja, 10 5t t 2 4 .
Esta condição é uma inequação do 2º grau.
1º passo: colocar todos os termos no 1º membro: 10 5t t 2 4 t 2 5t 6 0
33
2º passo: estudar o sinal da função quadrática do 1º membro: h(t) t 2 5t 6
3º passo: analisar os dados obtidos no contexto
Como a = – 1, a concavidade é voltada para baixo.
do problema e dar resposta:
Δ = 25 + 24 = 49, logo a função tem dois zeros.
Mas neste problema só interessa t> 0, pelo que
5 49 a luz é útil de zero a 6 segundos.
Zeros: t t 1 t 6
2 Resposta: A luz útil do foguete dura 6
Analisando o esboço do gráfico concluímos segundos.
que a função é positiva no intervalo 1,6
Mais Exemplos:
1. Resolva a seguinte inequação: x 2 4 x 3 0 . Exercícios:
a0 e 16 12 4 25. Determine o domínio das seguintes funções:
4 4 f (x) x 2 2 x ; g(x) x 2 5x 6
Há dois zeros que são: x x 3 x 1
2 26. Resolva em :
4 x 34 x 3
S ,1 3, 26.1. x 2 3x 4 0 26.2. 3 5x 2 x 2 26.3. x 2
6
2 xx 1 x 4
2
26.4. 3x 1 x 2 2 26.5.
2. Resolva a inequação 4 x 2 4 x 1 0 . 3 2
a0 e 16 16 0
26.6. x 3 x 3 1
Existe um zero, x 1 2 , a inequação
27. A figura representa um jardim com
tem uma só solução: a forma de um trapézio isósceles.
1 Atendendo aos dados:
S
2 x2
27.1. Mostre que a área do trapézio é dada por A( x) 11 x
2
27.2. Entre que valores pode variar a altura do trapézio de modo que a
2
3. Resolva a inequação x 2 3x 6 0 . área seja inferior a 120 m ?
a0 e 9 24 15 28. Um foguete é lançado. A altura, em metros, que atinge ao fim do
A inequação é uma tempo t, em segundos, á dada por A(t) t 2 10t 7
condição universal, ou 28.1. A que altura está o foguete ao fim de 5 minutos?
seja, todos os números 28.2. Em que instante o foguete atinge o solo?
reais são solução da 28.3. Durante quanto tempo se encontra o foguete a uma altura
inequação. S superior a 23 metros?
34
Exercício:
29. Corresponda cada uma das funções ao seu respectivo
gráfico:
I : y 2x 2
II : y 0,5 x 2
III : y 3 x 2
IV : y x 2
V : y 0,2 x 2
Exercícios:
30. Estabeleça a correspondência
entre os gráficos dados e as
seguintes funções:
1
I : y x2 2
3
31. Represente, a partir da função definida por II : y x 2 1
f (x) x 2 , as seguintes funções, indicando as 1
III : y x 2 3
2
coordenadas do vértice:
31.1 g(x) 2(x 3)2 31.2 h(x) x 2 2
35
> Funções do tipo y = a(x – h )2 + k, a ≠ 0
Considere as funções reais de variável real y x 2 e y x 2 3 e os
2
Exercício:
32. As representações gráficas
seguintes foram obtidas a partir
de y x 2 . Escreva a expressão
analítica das funções
quadráticas representadas.
Exemplo:
Seja a função f definida por f (x) 5x 2 10 x 1
Toda a função quadrática y ax 2 bx c
1. Escreva a expressão da função na forma f (x) ax h k .2
com a ≠ 0, pode escrever-se na forma
y ax h2 k e tem por gráfico uma
2. Identifique as coordenadas do vértice e o eixo de simetria da
parábola que é o gráfico de f.
b
Resolução: parábola de vértice V , ou
2a 4 a
b
1. Vamos calcular as coordenadas do vértice a partir da fórmula V , . V h, k . O eixo de simetria da parábola é
2a 4 a
37
Exercícios:
43. Num jogo de Basquetebol, um jogador converte um lançamento de três pontos. Tendo em conta que a altura (em metros) a
que a bola se encontrava do solo em função do tempo que decorreu (em segundos) entre o instante em que a bola foi lançada e
o instante em que atingiu o cesto é dada pela função f definida por f (t) 0,93t 2 2,32t 2,1 com t 0,2
43.1. Determine a altura a que a bola se encontrava do solo no momento do lançamento.
43.2. Determine a altura a que se encontra o cesto.
43.3. Qual foi a altura máxima atingida pela bola e em que instante a bola atingiu essa altura?
43.4. Se o jogador não tivesse acertado no cesto nem na tabela e a bola não tivesse sido intersectada, ao fim de quanto tempo a
bola chegava ao solo?
Como obter os gráficos das funções: 5 Qualquer um dos gráficos das funções
y1 f x 2 x 2
2 4 dadas pode ser obtido a partir do
y1
y2 f x 3 x 2 3 3 gráfico de f, efectuado um
deslocamento na vertical – translação
y 3 f x 2 x 2 4 2
f associada ao vector (0, a).
1
x
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
-1
y3
-2
-3
-4 y
y1 f 6 y2
Exemplo:
4
Seja f tal que f x x 2 . 3
Como obter os gráficos das funções: 2
y1 f x 2 x 22 1
x
y2 f x 3 x 32
-5 -4 -3 -2 -1 1 2 3 4 5
38
Qualquer um dos gráficos das funções dadas pode ser obtido a partir do gráfico de f, efectuado um deslocamento na
horizontal – translação associada ao vector (a , 0).
39
Exercícios:
45. Uma representação gráfica da função f 49. Observe a figura onde se encontra representada
encontra-se na figura seguinte: graficamente a função f e considere as funções definidas por:
g x f x
45.1. Indique o contradomínio h x f x 3
da função h, sendo h(x) = f(x) – 1. ix f x
45.2. Determine p , de modo t x f x
que g(x) = f(x) + p não tenha zeros.
Indique:
46. Considere a função f , definida por f x x 2 . 49.1. os zeros de g.
49.2. o conjunto solução h(x) <0.
46.1. Indique os zeros da função g sendo g(x) = f (x + 1).
49.3. os intervalos de monotonia da função i.
46.2. Estude o sinal da função h, sendo h(x) = f (x – 4).
49.4. os extremos de t.
46.3. A função j tem
a seguinte representação 50. Considere a função f representada graficamente e
gráfica: g x f 3 x
Indique o valor de k, h x 3 f x
sabendo que j(x) = f (x + k) 50.1. Indique os zeros e o
contradomínio de g e h.
47. Considere a função f representada graficamente. 50.2. Quantas soluções têm as
Em relação à função Seguintes equações:
y = f (– x), indique: a) g(x) = -3 b) h(x) = -3 c) h(x) = 6
47.1. zeros.
47.2. extremos. 51. Considere os gráficos A, B e C e as funções tais que:
47.3. sinal. y f ( x) y f x y f x
47.4. intervalos de monotonia
(A) (B)
48. Na figura encontra-se
representada a função h.
Esboce o gráfico da função:
48.1. h (x – 2)
48.2. h(x) + 3 Faça a corresponder (C)
48.3. |h(x)| a cada gráfico a sua
48.4. –h (x) respectiva função.
48.5. 0,5 h (x)
40
Exercícios:
52. Calcula o valor de:
52.1. t 2 6t 10, para t 2 52.2. x 2 5x 9, para x 3 52.3. m 3 9m, para m 1 e m 1
53. Escreve por ordem decrescente das potências de x e indique o grau e os coeficientes dos vários termos:
53.1. 1 6 x 9 x 2 8 x 3 53.2. 3 9 x 2 24 x 4 53.3. x 5 5x 3 6 x 6 7x
Nota:
Em : 38475 : 42 =
38475 42
> Divisão inteira de polinómios
-378 914
No conjunto , efectuar a divisão inteira de um número A por um número B é encontrar um
0067
número natural Q (quociente) e um número natural R (resto), tais que
-42
A = B Q + R, com r < 0.
255
No conjunto dos polinómios tudo se passa de modo idêntico: -248
A divisão inteira do polinómio A(x) pelo polinómio B(x) consiste em determinar dois 007
polinómios Q(x) e R(x) tais que:
A(x) B(x) Q(x) R(x) 38475 = 42 914 + 7
Dividendo = divisor
sendo o grau de R(x) menor que o grau de B(x), ou R(x) = 0.
quociente + resto
Quando R(x) = 0 diz-se que a divisão é exacta.
41
Algoritmo da divisão inteira
Exemplo:
Calculemos o quociente e o resto da divisão inteira do polinómio A(x) 3x 2 5x 4 x 1 Exercícios:
pelo polinómio B(x) x 2 58. Calcule e escreva o
resultado na forma do
polinómio reduzido e
ordenado:
58.1. x 12 3x x 1
58.2. x 2 4 2 x 2 x
58.3.
x 32 x 1x 3
59. Determine o quociente e
o resto da divisão inteira de:
59.1. 3x 4 4 x 3 5x 10
por 3x 2
59.2. x 4 8 por x 2 2
59.3. x 4 8 por x 2 x
60. Determine o polinómio
que:
60.1. dividido por
x2 3x 1 tem como
quociente 3x 2 e resto
5x 4 .
60.2. dividido por x 3 1
tem como quociente x 2 1
e resto x 1 .
60.3. dividido por x 1 tem
como quociente x 2 x 1 e
Portanto, Q(x) 5x 10 x 17 x 33 e R(x) 65 .
3 2
resto zero.
O grau do quociente é igual à diferença entre os graus do dividendo e do divisor.
O quociente é de grau 3: grau 4 (do dividendo) – grau 1 (do divisor). M.A.(6)
Regra de Ruffini
Quando, na divisão inteira de polinómios, o divisor é um polinómio de grau 1, em particular do tipo x – α, com α ϵ ,
o procedimento exposto através do algoritmo da divisão dá lugar a um método simples denominado por Regra de
Ruffini, que permite determinar os coeficientes do polinómio quociente e resto da divisão (grau zero).
Exemplo 1:
Exercício:
Dividir P(x) 3x4 2x3 2x2 x 1 por x 2
61. Use a regra de Ruffini para calcular o quociente
e o resto de cada uma das divisões:
61.1. x 3 3x 2 3x 1 por x 1
61.2. 4 x 4 5x 2 8 por x 0,5
61.3. x 3 5x 4 por x 3
61.4. x 4 5x 2 4 por x 2
2
61.5. 3x 4 2 x 2 1 por x
3
Q(x) 3x3 4 x2 10 x 19
Sendo A(x) um polinómio do 4º grau, o quociente da divisão por x 2 é um polinómio do 3º grau.
42
Exemplo 2:
Use a regra de Ruffini para calcular o quociente e o resto da divisão
Em geral, para dividir P(x) por ax b , e
de P(x) x 3 x 2 2x 6 por 2 x 4
tendo em atenção que
Repare que 2x 4 2x 2 .
b
Q( x) ax b a x , divide-se P(x) por
Então, se P(x) x 2 Q(x) R, será P( x) 2x 2 R. a
2
b
Ou seja, o quociente da divisão de P(x) por 2 x 4 é metade do quociente x , depois divide-se o quociente
a
da divisão de P(x) por x 2 ; o resto é o mesmo
obtido por a e o resto não se altera.
1 –1 2 6
–2 –2 6 –16 Exercício:
1 –3 8 –10 62. Use a regra de Ruffini para calcular o quociente e o resto de cada
uma das divisões:
x 2 3x 8 1 2 3 1
Q( x) x x 4 ; R(x) 10 62.1. x 3 3x 2 x 2 por 2x 6 62.2. x 4 x 3 15 por 3x 1
2 2 2 3
TEOREMA DO RESTO
Calculemos P(2) para o exemplo 1 e P(-2) para o exemplo 2:
Exemplo 1: P(2) 3 24 2 23 2 22 2 1 39 Exemplo 2: P(2) 23 22 2 2 6 10
Verificamos que o valor do resto da divisão de um polinómio P(x) por x – a é igual ao valor numéroco de P(a).
43
Exemplo 2: Decompor o polinómio A(x) 2x 3 2x 2 8 x 8 sabendo que é divisível por x 1 .
Se o polinómio é divisível por x 1 , −1 é uma raiz do polinómio. Calculemos o quociente de A(x) por x 1 aplicando a regra de
Ruffini:
2 –7 –14 –5 Exercícios:
–1 –2 9 5 66. Decompõe em factores os polinómios
seguintes: 66.1. x 2 5x 6
2 –9 −5 0 Q(x) 2 x 2 9 x 5
66.2. 6 x 2 19 x 10 66.3. 66 5x x 2
Podemos portanto escrever A(x) x 1 2x 2 9 x 5 . Mas como o segundo 66.4. x 3 2 x 2 5x 66.5. x 3 49 x
66.6. x 3 2x 2 x 6 , sendo -3 uma das
factor é um polinómio de grau 2, utilizamos a fórmula resolvente para
raízes.
determinar, se existirem, as raízes deste factor.
66.7. x 4 3x 3 x 2 3x , sabendo que admite
9 81 4 2 (5) 9 121
2x 2 9 x 5 0 x x as raízes 1 e -1.
2.2 4
9 11 1 66.8. x 3 x 2 x 95 , sabendo que é
x x 5 x
4 2 divisível por x 5
1 67. De um polinómio P(x) de terceiro grau,
Temos assim as raízes 1 1 , 2 e 3 5 ; a 0 2 sabemos que:
2
1 * -2, 2 e 3 são os seus zeros
A( x) 2x 1 x x 5 * P(-1) = 1
2
Determine P(x).
Exemplo 3: Decompor em factores o polinómio Bx 3x 4 9 x 2 6 sabendo
68. Determine o polinómio A(x) de quarto
que −1 e 1 são raízes do polinómio.
grau, sabendo que 2 e 1 são zeros de
Calculemos o quociente de 3x 4 9 x 2 6 por x 1 e por x 1 utilizando a multiplicidade 2 e o resto da divisão de A(x)
regra de Ruffini. por x + 1 é 3.
3 0 –9 0 6
–1 –3 3 6 −6
Um polinómio tiver grau n poderá ter no
3 –3 −6 6 0 máximo n raízes 1 , 2 , 3 ... n .
1 3 0 −6 A sua decomposição será:
Q(x) 3x 2 6
P( x) a0 x 1 x 2 ...x n
3 0 −6 0
4 2
Exemplo 3: Considere P(x) = 4x − 15x – 4 e determine o conjunto de valores de x para os quais:
a) P(x) = 0 (equação biquadrada) b) P(x) > 0 (inequação)
Resolução:
4 2
a) A equação 4x − 15x – 4 = 0 é do 4º grau e tem nulos os b) Trata-se de resolver a inequação P(x) > 0
termos do 3º grau e do 1º grau. Decompondo o 1º membro em factores, vem
A esta equação chama-se equação biquadrada.
Para resolvermos uma equação biquadrada, fazemos uma
1
4 x2 4 x2 0
4
mudança de variável de modo a obter uma equação do 2º grau.
1
4 2 2
Se na equação 4x − 15x – 4 = 0 substituirmos x por y, vem Visto que x 2 0, x , temos que estudar
2 4
4y – 15y – 4 = 0.
Calculemos as raízes desta nova equação.
x2 4 0 + +
x 2 x 2 -2 – 2
15 225 4 4 (4) 15 17 1
y y y 4 y
2 4 8 4
2 O conjunto das soluções é S ,2 2,
Como x = y, vem
1
x 2 4 x 2 x 2 e x 2 é impossível
4
Então P(x) 0 x 2 x 2 S 2,2
Exemplo 4: Determine quais os números reais cujo cubo é menor que o próprio número.
Resolução:
x 3 x x 3 x 0 x x2 1 0
Neste caso qualquer dos factores pode ser positivo ou negativo, pelo que é conveniente organizar um quadro onde se registam
os sinais de cada um dos factores.
2
O factor x anula-se para x = 0, e é do 1º grau; o factor x – 1 anula-se para x = ± 1, é do 2º grau e é positivo fora do intervalo das
raízes.
Marcam-se num eixo os valores que anulam cada um dos factores, por ordem crescente, e sob ele constrói-se o quadro de
sinais.
x–1
+
− 1 x
2
x –1
O produto é negativo para x ,1 1, . Os números reais que satisfazem esta
+ +
condição são os desta reunião de intervalos.
Se a condição fosse x ≤ x, o conjunto das soluções seria S ,1 1,
3 -1 - 1 x
45
Exercícios:
69. Resolva as equações:
69.1. p 4 13 p 2 36 0 69.2. x 4 15x 2 16 0 69.3. 16 x 4 8 x 2 1 0
69.4. x 4 13x 2 36 0 , sabendo que tem as raízes 2 e 3. 69.5. 6 x 3 11x 2 6 x 1 0 , sabendo que tem a raiz 1
70. Resolva cada uma das equações depois de descobrir uma das raízes:
70.1. x 3 2x 2 x 2 0 70.2. m 3 3m2 4m 12 0
71. O polinómio P(x) x 4 2x 3 4 x 2 2x 3 admite raízes que são divisores inteiros do termo independente.
71.1. Decomponha P(x) em factores. 71.2. Resolva a equação P(x) = 0
72. Resolva as inequações:
72.1. x 3 6 x 2 8 x 0 72.2. x 3 2x 2 5x 6 0 72.3. x 22 x 13 0
72.4. x 2 9 x 2 0
72.5. m 4 2m 3 3m2 8m 4 0
72.6. 3 x x 2 100 0
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