Questões Tipologia Textual

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QUESTÕES ENEM – TIPOLOGIA/GÊNERO TEXTUAL

VENDO IMÓVEL
Em ótima localização E à primeira vista
Te vi passando Fiquei assim, sem reação:
Pela primeira vez Vendo, imóvel.
BRUNO FÉLIX. “Poemas Classificados”.
Disponível em: <https://www.recantodasletras.com.br/microcontos/6795875>. Acesso em 23 jul. 2021.

1- Com o propósito de realizar uma intervenção artística, o poeta Bruno Félix desperta o interesse de leitores a partir de uma
nova forma de apresentar o gênero textual poema. Sobre esse texto, pode-se afirmar que

a) o autor brinca com a linguagem a partir de uma variação coloquial urbana.


b) o título explora a ambiguidade da expressão “vendo imóvel”, desfeita pelo uso da vírgula no último verso.
c) o autor inova o gênero poético ao vincular o texto a um meio de comunicação por qual os leitores são desinteressados.
d) há rimas organizadas de forma simétrica, respeitando as características de poesias tradicionais.
e) a quebra de expectativa descaracteriza o gênero poesia, que deveria se estruturar de forma harmoniosa.

(Enem 2018 / 2ª Aplicação)


Cores do Brasil
Ganhou nova versão, revista e ampliada, o livro lançado em 1988 pelo galerista Jacques Ardies, cuja proposta é ser publicação
informativa sobre nomes do “movimento arte naïf do Brasil”, como define o autor. Trata-se de um caminho estético fundamental
na arte brasileira, assegura Ardies. O termo em francês foi adotado por designar internacionalmente a produção que no Brasil é
chamada de arte popular ou primitivismo, esclarece Ardies. O organizador do livro explica que a obra não tem a pretensão de ser
um dicionário. “Falta muita gente. São muitos artistas”, observa. A nova edição veio da vontade de atualizar informações
publicadas há 26 anos. Ela incluiu artistas em atividade atualmente e veteranos que ficaram de fora do primeiro livro. A arte
naïf no Brasil 2 traz 79 autores de várias regiões do Brasil.
WALTER SEBASTIÃO. Estado de Minas, 17 jan. 2015 (adaptado).

2- O fragmento do texto jornalístico aborda o lançamento de um livro sobre arte naïf no Brasil. Na organização desse trecho
predomina o uso da sequência

a) injuntiva, sugerida pelo destaque dado à fala do organizador do livro.


b) argumentativa, caracterizada pelo uso de adjetivos sobre o livro.
c) narrativa, construída pelo uso de discurso direto e indireto.
d) descritiva, formada com base em dados editoriais da obra.
e) expositiva, composta por informações sobre a arte naïf.
N.B: O que é a arte naïf?
O termo arte naïf aparece no vocabulário artístico, em geral, como sinônimo de arte ingênua, original e/ou instintiva, produzida
por autodidatas que não têm formação culta no campo das artes.

Enem 2010
Machado de Assis
Joaquim Maria Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta,
nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 21 de junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de
Assis, e de D. Maria Leopoldina Machado de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua,
perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se dedica ao menino e o matricula na escola
pública, única que frequentou o autodidata Machado de Assis.

3- Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de


a) fatos ficcionais, relacionados a outros de caráter realista, relativos à vida de um renomado escritor
b) representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana.
c) explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos.
d) questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento
de seus feitos públicos.
e) apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado
por linguagem objetiva.
(ENEM MEC/2020)
Mulher tem coração clinicamente partido após morte de cachorro
Como explica o The New England Journal of Medicine, a paciente, chamada Joanie Simpson, tinha sinais de infarto, como dores no
peito e pressão alta, e apresentava problemas nas artérias coronárias. Ao fazerem um ecocardiograma, os médicos encontraram o
problema: cardiomiopatia de Takotsubo, como síndrome do coração partido.
Essa condição médica tipicamente acontece com mulheres em fase pós-menstrual e pode ser precedida por um evento muito
estressante ou emotivo. Nesses casos, o coração apresenta um movimento discinético transitório da parede anterior do ventrículo
esquerdo, com acentuação da cinética da base ventricular, de conhecida acordo com um artigo médico brasileiro que relata um
caso semelhante. Simpson foi encaminhada para casa após dois dias e passou a tomar medicamentos regulares.
Ao Washington Post, ela contou que estava quase inconsolável após a perda do seu animal de estimação, um cão da raça yorkshire
terrier. Recuperada após cerca de um ano, ela diz que não abrirá mão de ter um animal de estimação porque aprecia a companhia
e o amor que os cachorros dão aos humanos. O caso aconteceu em Houston, nos Estados Unidos.

Disponível em: https://exame.abril.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017.


4- Pelas características do texto lido, que trata das consequências da perda de um animal de estimação, considera-se que ele se
enquadra no gênero

a) conto, pois exibe a história de vida de Joanie Simpson. d) reportagem, pois discute cientificamente a
b) depoimento, pois expõe o sofrimento da dona do animal. cardiomiopatia.
c) notícia, pois divulga fatos sobre a síndrome do coração e) relato, pois narra um fato estressante vivido pela
partido paciente.

(ENEM MEC/2020)

5- Nesse texto, o entrelaçamento de vários gêneros


textuais é um mecanismo discursivo para
a) destacar a fidelidade dos cães.
b) realçar as vantagens de se adotar um cão.
c) mostrar a dependência decorrente do amor aos cães.
d) enfatizar o interesse das pessoas pela adoção de cães.
e) sensibilizar a comunidade sobre a carência dos cães.

ENEM/2022
Vanda vinha do interior de Minas Gerais e de dentro de um livro de Charles Dickens. Sem dinheiro para criá-la, sua mãe a dera,
com seus sete anos, a uma conhecida. Ao recebe-la, a mulher perguntou o que a garotinha gostava de comer. Anotou tudo num
papel. Mal a mãe virou as costas, no entanto a fulana amassou a lista e, como uma vilã de folhetim, decretou: "A partir de hoje,
você não vai mais nem sentir cheiro dessas comidas!".
Vanda trabalhou lá até os quinze anos, quando recebeu a carta de uma prima com uma nota de cem cruzeiros, saiu de casa com
a roupa do corpo e fugiu num ônibus para São Paulo.
Todas as vezes que eu e minha irmã a importunávamos com nossas demandas de criança mimada, ela nos contava histórias da
infância de gata-borralheira, fazia-nos apertar seu nariz quebrado por uma das filhas da “patroa” com um rolo de amassar pão e
nos expulsava da cozinha: “Sai pra lá, peste, e me deixa acabar essa janta”.
PRATA, A. Nu de botas. São Paulo: Cia. das Letras, 2013 (adaptado).

6- Pela ótica do narrador, a trajetória da empregada de sua casa assume um efeito expressivo decorrente da
a) citação a referências literárias tradicionais. e) representação anedótica de atos de violência.
b) alusão à inocência das crianças da época.
c) estratégia de questionar a bondade humanas.

d) descrição detalhada das pessoas do interior. O que é uma narrativa anedótica?


Ocorre quando há falsa relação de causa e efeito,
que muitas vezes vai contra as informações
científicas do assunto em questão. São histórias
difíceis de verificar a veracidade, e normalmente
se baseiam em experiências pessoais de quem
está falando ou “ouviu falar”.
TRAZENDO PARA REALIDADE: ANEDÓTICO seria
justamente o contrário de CIENTÍFICO. Exemplo:
não pode entrar na piscina depois de comer.
"A partir de hoje, você não vai mais nem sentir
cheiro dessas comidas!".
Nesse trecho percebe-se que o autor quebrou a
expectativa da narrativa, gerando uma graça/riso
(anedota) para o leitor: pois de que adiantaria ela
anotar tudo se iria rasgar ao final e decretar que
ela nunca mais teria aquilo? Isso é engraçado.
Porém, o leitor muda seu sentido do riso para a
revolta quando entende se tratar de algo real que
a personagem viveu.

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