Cadernodidatico 4
Cadernodidatico 4
Cadernodidatico 4
UNIVERSIDADE
ABERTA DO BRASIL
Ministro da Educação
Fernando Haddad
Vice-Reitor da Unimontes
João dos Reis Canela
Pró-Reitora de Ensino
Maria Ivete Soares de Almeida
Coordenadora da UAB/Unimontes
Fábia Magali Santos Vieira
Editoração
Andréia Santos Dias
Alcino Franco de Moura Júnior
Débora Tôrres Corrêa Lafetá de Almeida
Diego Wander Pereira Nobre
Jéssica Luiza de Albuquerque
Samyr Abdo Nunes Raim Barbosa
Revisão
Fábio Figueiredo Camargo
José França Neto
Maria Cristina Ruas Abreu
Wanessa Pereira Fróes Quadros
SUMÁRIO
Caro Acadêmico
Disciplinas CH
Metodologia Cientifica 40
Psicologia da Educação 90
Sociologia da Educação 75
05
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Bom estudo!
06
2º Período
METODOLOGIA
CIENTÍFICA
AUTORES
Filomena LucieneCordeiro
Graduada em História pela Universidade Estadual de Montes Claros -
Unimontes; pós-graduação lato sensu (Especialização) em Ciências Sociais
pela Unimontes e Gestão da Memória: Arquivo, Patrimônio e Museu pela
Universidade Estadual de Minas Gerais - UEMG; Mestre em História pela
Universidade Severino Sombra. Professora do Departamento de História da
Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes.
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Unidade I: A pesquisa e seus instrumentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.1 A investigação científica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 O processo de elaboração do projeto de pesquisa. . . . . . . . . . 21
1.3 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Unidade II: Tipos de trabalhos científicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.1 A pesquisa de referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2 Artigos científicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
2.3 Resenha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.4 Outros tipos de trabalhos científicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
2.5 Monografia, dissertações e teses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
2.6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Unidade III: Normas para apresentação de trabalhos acadêmicos . 54
3.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
3.2 Citações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
3.3 Notas de rodapé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
3.4 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Referências básica, complementar e suplementar . . . . . . . . . . . . . . . 79
Atividades de aprendizagem - AA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
APRESENTAÇÃO
Caro(a) acadêmico(a),
11
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
As autoras.
12
1 Artes Visuais
Apresentação
UNIDADE 1
A PESQUISA E SEUS INSTRUMENTOS
Você deve estar se perguntando: o que isso tudo tem a ver com meu
curso? Será que é necessário o domínio das Ciências em sua totalidade para
que eu seja considerado um professor e pesquisador? As respostas às
indagações dizem respeito às nossas opções ou escolhas junto à academia. É
importante lembrar que estas, muitas vezes, são questões essenciais que
permeiam o fazer da vida acadêmica e que nos faz refletir diariamente sobre
o lugar das Ciências nas nossas vidas.
Sabemos que os procedimentos (métodos, metodologias)
adotados para o trabalho da investigação científica ou para a garantia da
validade dos trabalhos científicos estão intimamente relacionados aos
propósitos das áreas do conhecimento.
São caminhos específicos que nos fazem, às vezes, muito próximos
ou bastante distantes dos objetos de estudos. Por exemplo: os cientistas
sociais (sociologia, antropologia, ciência política, economia e história)
muitas vezes estranham alguns aspectos privilegiados pelas Ciências
Naturais (física, química, astronomia e biologia). Entretanto, concordam
que ambas as áreas vêm se esforçando ao longo da história da humanidade
para garantir que os conhecimentos sejam válidos e confiáveis.
Também observamos que alguns caminhos são bastante
questionados pela comunidade científica, pelos religiosos, governantes,
poetas, filósofos e pelos homens e mulheres de modo geral, em função das
conseqüências advindas de projetos e pesquisas executadas. Vamos ilustrar
com um exemplo bastante conhecido: “A bomba Atômica”. O que ela
13
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
As bombas atômicas
Agora me tornei a Fonte: som-activo.blogspot.com
morte, a destruidora de mundos.
Com essa citação literária, o
físico estadunidense Robert
Oppenheimer saudou o
cogumelo de fogo que brilhou às
5h30 da manhã no deserto no
novo México, no dia 16 de julho
de 1945. A explosão assinalava o
sucesso da missão que
consumira todos os momentos
da vida do físico durante três Figura 1: Bomba atômica
anos: a produção da primeira
bomba atômica. Mas a frase sinistra, pinçada do livro religioso
hindu `Bahagavad Gita´, denunciava a mistura de sentimentos
entre os participantes do Projeto Manhattan, o programa de
armas atômicas que o governo norte-americano desenvolveu
durante a Segunda Guerra. O objetivo do projeto, que custou
US$ 20 bilhões e mobilizou 140 mil pessoas, era criar um
artefato tão destrutivo que fosse capaz de encerrar o conflito.
Em 6 e 9 de agosto de 1945, os dois protótipos construídos
foram jogados sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. O
número de vítimas chegou perto dos 140 mil, o governo japonês
foi forçado a solicitar um armistício e a Segunda Guerra Mundial
realmente chegou ao fim. As duas explosões assinalaram
também um começo, o da era dos arsenais atômicos. Em 1949,
para contrapor-se ao poderio norte-americano, a URSS realizou
seu primeiro teste nuclear, e deu início a Guerra Fria. A partir de
1991, com o fim da URSS, Rússia e EUA deram início a um
processo de aproximação diplomática, e a confrontação ficou
para trás. Mas as armas atômicas ficaram.
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
19
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
2 ELEMENTOS TEXTUAIS
Introdução
?
Problematização
?
Justificativa
?
Objetivos -geral eespecífico
?
Hipóteses
?
Referencial teórico
?
Metodologia
?
Cronograma deatividades
?
Recursos necessários
?
3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
? Referências
Glossário
?
Apêndice (s)
?
Anexo (s)
?
Índice
?
Fonte: Elaborado com base em MORAIS NETO, et. Al., 2008.
20
Metodologia Científica UAB/Unimontes
Elementos pré-textuais
Capa
Elemento opcional. Apresenta as informações transcritas na
seguinte ordem:
a) nome da entidade para a qual deve ser submetido, quando
solicitado;
b) nome(s) do(s) autor(es);
c) título;
d) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao
título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido
tipograficamente);
e) local (cidade) da entidade, onde deve ser apresentado;
f) ano de depósito (entrega).
Lombada
Elemento opcional. (...)
Folha derosto
Elemento obrigatório. Apresenta as informações transcritas na
seguinte ordem:
a) nome(s) do(s) autor(es);
b) título;
c) subtítulo (se houver, deve ser evidenciada a sua subordinação ao
título, precedido de dois-pontos (:), ou distinguido
tipograficamente);
d) tipo de projeto de pesquisa e nome da entidade a que deve ser
submetido;
e) local (cidade) da entidade onde deve ser apresentado;
f) ano de depósito (entrega).
NOTA Se exigido pela entidade, devem ser apresentados dados curriculares
do(s) autor(es) em folha(s) distinta(s) após a folha de rosto.
Lista deilustrações
Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada
no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado
do respectivo número da página. Quando necessário, recomenda-se a
elaboração de lista própria para cada tipo de ilustração (desenhos,
esquemas, fluxogramas, fotografias, gráficos, mapas,organogramas, plantas,
quadros, retratos e outros).
21
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Lista detabelas
Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada
no texto, com cada item designado por seu nome específico, acompanhado
do respectivo número da página.
Lista deabreviaturas esiglas
Elemento opcional. Consiste na relação alfabética das abreviaturas
e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras ou expressões
correspondentes grafadas por extenso. Recomenda-se a elaboração de lista
própria para cada tipo.
Lista desímbolos
Elemento opcional. Elaborada de acordo com a ordem apresentada
no texto, com o devido significado.
Sumário
Elemento obrigatório. Elaborado conforme a ABNT NBR 6027.
Quanto aos Elementos Textuais, apresentaremos todos os itens
separadamente. Lembramos que algumas instituições vêm adotando o
seguinte procedimento: organizam junto à introdução a problematização,
justificativa, objetivos e hipóteses.
Entretanto, apontaremos os elementos citados separadamente por
acreditar que dessa forma o trabalho tomará um aspecto mais didático e
mais fácil de ser elaborado. Tomaremos como exemplo o Projeto de
Pesquisa da acadêmica Alessandra de Melo Franco Amorim do curso de
Ciências Sociais da Unimontes apresentado em 2005 para ilustrar cada
etapa do projeto.
Elementos textuais
a) Introdução
Conforme França e Vasconcelos (2007), “apresenta uma
conceituação do tema e da delimitação do problema ou do objeto de estudo
possibilitando uma visão geral do trabalho a ser realizado.” (FRANÇA e
VASCONCELOS, 2007, p. 83).
O tema de pesquisa proposto pela acadêmica foi o seguinte: “O
Sistema de Reserva de Vagas para Afro-descendentes na Universidade
Estadual de Montes Claros – Unimontes nos anos de 2005 e 2006”.
b) Problematização
Elaborar um problema de pesquisa requer uma leitura mais
aprofundada acerca da temática delimitada anteriormente. O problema é
apresentado a partir das nossas inquietações ou indagações. Selltiz afirma:
Por se vincular estreitamente ao processo criativo, a
formulação de problemas não se faz mediante a observação
de procedimentos rígidos e sistemáticos. No entanto,
existem algumas condições que facilitam essa tarefa, tais
como: imersão sistemática no objeto, estudo da literatura
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Quadro 2: ano 1
ATIVIDADES / Meses 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 Levantamento e revisão de X X X X X X X X X X X X
literatura
2 Estruturação e escrita dos X X X X
Capítulos
3 Coleta de dados X X
h) Cronograma financeiro
Indica-se geralmente os recursos humanos e materiais que serão
utilizados durante a execução do projeto.
Tabela 1: Exemplo de material de consumo
a) Referências
Elemento obrigatório. Nas referências são apresentadas uma lista
em ordem alfabética das fontes efetivamente utilizadas durante a elaboração
do projeto.
b) Glossário
Elemento opcional. Elaborado em ordem alfabética.
c) Apêndice
Elemento opcional. O(s) apêndice(s) é(são) identificado(s) por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Excepcionalmente, utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação
dos apêndices, quando esgotadas as letras do alfabeto.
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
Exemplos:
Apêndice A – Avaliação do rendimento escolar de alunos da Escola
Nossa Senhora das Graças
Apêndice B – Avaliação do rendimento escolar de alunos da Escola
Machado de Assis. (MANUAL DE TCC/UNIMONTES, 2008, p.16)
Outros elementos observados ainda:
d) Anexo(s)
Elemento opcional. O(s) anexo(s) é(são) identificado(s) por letras
maiúsculas consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos.
Excepcionalmente, utilizam-se letras maiúsculas dobradas na identificação
dos anexos, quando esgotadas as letras do alfabeto.
Exemplos:
Anexo A – Constituição Federal
Anexo B – Constituição do Estado de São Paulo
e) Índice
Elemento opcional. Elaborado conforme a ABNT NBR 6034.
(MANUAL DE TCC/UNIMONTES, 2008, p.16).
Seguir uma estrutura e planejar a pesquisa é uma etapa
fundamental na elaboração do projeto. Tal aspecto contribuirá para o
sucesso das atividades e o ajudará na compreensão total da pesquisa.
REFERÊNCIAS
27
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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2
Artes Visuais Científica
Metodologia
UNIDADE 2
TIPOS DE TRABALHOS CIENTÍFICOS
29
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
31
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
2.1.2.2 Identificação
2.1.2.3 Localização
2.1.2.4 Compilação
2.1.2.5 Fichamentos
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
B) Crítica interna
Constata o valor do conteúdo, de acordo com os critérios:
De interpretação: Verifica o sentido exato que o autor quis
?
exprimir.
Do valor interno (conteúdo): Averigua o valor que o trabalho traz
?
ao tema.
Você também aprendeu no módulo anterior técnicas de análise e
interpretação de texto.
2.1.2.7 Redação
33
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
? Cabeçalho (título, subtítulo, nome do autor(es)
? Resumo na língua do texto
? Resumo em língua estrangeira (opcional)
? Palavras-chave na língua do texto
? Palavras-chave em língua estrangeira (opcional)
ELEMENTOS TEXTUAIS
? Introdução (Revisão de literatura)
? Desenvolvimento (Material e método: resultados e
discussão)
? Conclusão
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
? Título e subtítulo em língua estrangeira (opcional)
? Notas explicativas (opcional)
? Referências
? Glossário (opcional)
? Anexos e/ou apêndices (opcional)
? Agradecimentos (opcional)
? Data de entrega (opcional)
Fonte: Adaptado e elaborado pelas autoras
A) Cabeçalho
Inclui os seguintes elementos:
Título do artigo: deve ser claro e objetivo. Pode apresentar um
?
subtítulo.
? Nome do autor e colaboradores: devem-se indicar o nome por
extenso, credenciais, vínculo institucional e endereço eletrônico. Estes
dados podem vir também no rodapé.
B) Resumo
É obrigatório um resumo escrito na língua do texto e contendo em
geral 250 palavras, no entanto as revistas comumente indicam em suas
normas de publicação o número de linhas. Algumas revistas também exigem
um resumo em língua estrangeira, que deve ser idêntico ao da língua do
artigo e tem por objetivo aumentar a divulgação. Esse resumo pode vir no
início do artigo ou no final, como elemento pós-textual.
C) Palavras-chave
Indicação de palavras que contemplam o conteúdo do artigo.
Devem ser separadas entre si por ponto. O número de palavras é indicado
nas normas de publicação da revista, algumas delas também exigem
palavras-chave em língua estrangeira.
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
2.3 RESENHA
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Franciele Marques
Acadêmica do 2º período do curso História/Unimontes
40
Metodologia Científica UAB/Unimontes
Fonte: Iniciação à História: revista dos acadêmicos do curso de História. Montes Claros: Unimontes, v4, n 1, 2005.
p 181-184.
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
43
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Fonte: Arquivo pessoal Renata Santos Maia – acadêmica do 8º período do curso de História/ Unimontes.
2.4.2 Ensaio
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
2.4.5 O memorial
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
51
3 Artes Visuais
Artes Visuais
UNIDADE 3
NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS
Caderno
Caderno Didático
Didático - 2º Período
- 2º Período
52
Metodologia Científica UAB/Unimontes
Edição;
?
Local de publicação;
?
Editora;
?
Data;
?
Descrição física;
?
Séries; e
?
Notas especiais.
?
Abaixo descrição detalhada desses elementos.
Fonte: webradiobrasilindigena.wordpress.com/
Autores pessoais
Inicia-se a entrada pelo último sobrenome do autor, em letras
maiúsculas, seguido pelo(s) nome(s) abreviado(s) ou não. Em documentos
com até três autores os nomes devem ser separados por ponto-e-vígula.
Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro,
acrescentando a expressão et. al. (= e outros). Os nomes podem ser
abreviados ou completos, o importante é padrozinar.
Ex: MAUSS, Marcel.
MARCONI, M. A ; LAKATOS, E. M.
PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A ; CHAVES, M.;
SILVA, M. A M. et al.
Sobrenomecomposto
Sobrenomes Ligados por hífen, que indicam parentesco, composto
de um adjetivo + substantivo, que a forma composta é a mais conhecida e
sobrenomes espanhóis devem ser apresentados como mostra o exemplo:
Ex: DUQUE-ESTRATA, O
PRADO JÚNIOR, Caio.
53
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
EÇA DE QUEIROZ, J. M.
GARCÍA MÁRQUEZ, G.
Organizador(Org.), coordenador(Coord.), compilador(Comp.),
editor(Ed.)
Quando o documento explicita a responsabilidade pelo conjunto
da obra, em coletânea de vários autores, a entrada deve ser feita pelo
sobrenome do responsável em CA (caixa alta = letra maiúscula), seguido da
abreviação do tipo de participação:
Exemplo
AZEVEDO, F. (Comp.)
DEL PRIORE, M. (Org.)
BASSANEZI,C. (Coord.)
MOORE, W.F. (Ed.)
Autor entidade
As obras de autoria de entidade (órgãos governamentais, empresas,
associações, congressos, seminários, etc.) têm entrada pelo seu próprio
nome, por extenso. No caso de órgãos governamentais (ministérios,
secretarias e outros) deve-se entrar pelo nome geográfico que indica a esfera
de subordinação.
Exemplo:
MINAS GERAIS. Secretaria da Educação
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS,
Autoria desconhecida
Deve-se entrar diretamente pelo título, sendo a primeira palavra
impressa em letras maiúsculas.
Exemplo:
ANTOLOGIA latina. 6 ed. Madrid: Credos, 1968, 291 p.
54
Metodologia Científica UAB/Unimontes
Exemplo:
A grande transformação: as origens da nossa época
Lugar e trecho: gênero, migrações e reciprocidade em
comunidades camponesas do Jequitinhonha.
Título dePeriódico
Quando se referencia um periódico no todo ou um número ou
fascículo integralmente, o título deve ser sempre o primeiro elemento da
referência, indicando o nome completo sem abreviatura e em CA.
Exemplo:
UNIMONTES CIENTÍFICA.
REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
O título do artigo deve ser grafado em redondo, usando CA
somente para a primeira letra da primeira palavra, com exceção de nomes
próprios ou científicos. Palavras estrangeiras ou latinas são indicadas em
itálico.
O título do periódico vem logo após o título do artigo, e deve ser
grafado em itálico ou negrito, com CA na primeira letra de cada palavra.
Quando necessário, os títulos dos periódicos podem ser abreviados,
conforme a NBR 6032.
Exemplo:
As desigualdades de gênero no contexto do desenvolvimento
humano. Unimontes Científica
Os (des)caminhos da identidade. Revista Brasileira de Ciências
Sociais
3.1.1.3 Edição
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
3.1.1.4 Local
3.1.1.5 Editora
3.1.1.6 Data
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Metodologia Científica UAB/Unimontes
Exemplo:
[1981 ou 1982] um ano ou outro
[1989?] data provável
[1990] data certa, não indicada no item
[entre 1906 e 1912] use intervalos menores de 20 anos
[197-] data aproximada
[197-?] década provável
[18--] século certo
[18--?] século provável
Caso existam duas datas, ambas podem ser indicadas, desde que
seja mencionada a relação entre elas (Ex.: 1970 (impressão 1994).
Periódicos em curso de publicação indica-se apenas a data inicial
seguida de hífen e um espaço (ex.: 1985- ).
Em caso de publicação periódica, indica-se a data inicial e final do
período de edição, quando se tratar de publicação encerrada. (ex.: 1973-
1975).
Os meses devem ser indicados de forma abreviada, no idioma
original da publicação (ex.: abr./dez. 1991)
Página
¹ A folha é composta de
Quando a publicação for constituída de apenas um volume, deve-
duas páginas: anverso e
se indicar o número total de páginas ou folhas seguidos da abreviatura “p” ou
verso. Alguns trabalhos,
“f¹”.
como teses e dissertações,
EX.: 220p.
são impressos apenas no
190f.
anverso e, neste caso,
Quando referencia parte de publicações avulsas ou periódicos, o
indica-se f” (ABNT – NBR
número das páginas inicial e final devem ser indicadas precedidas da
6023:2000).
abreviatura “p”.
Ex.: p. 45-58
p.12-30
57
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Volume
Quando a publicação tem mais de um volume, indica-se o número
de volumes seguido da abreviatura “v.”. No caso de indicação de apenas um
volume, indica-se a letra “v.” e o número total de páginas do volume seguido
da letra “p.”.
Ex.: 2v.
v.3, 220p.
Quando a referência for de periódicos, indica-se sempre em
algarismo(s) arábico(s) precedido(s) da abreviatura “v.”, os números das
páginas inicial e final precedidos da abreviatura “p.” e o ano da publicação.
Usa-se vírgula para separar esses elementos.
Ex.: v.3, p. 20-31, 1999.
Quando for imprescindível para identificação da obra, indica-se o
fascículo, mês ou estação do ano. Neste caso esse elemento deve figurar
entre o volume e a página. O fascículo deve ser precedido da abreviatura
“n.”, ou mês abreviado, ou estação do ano por extenso.
Ex.: v.3, n.5, p.20-31,1999.
v.5, p.3-12, jan./jul. 2000.
v.6, n.esp., p.3-12, 2000.
Sérieou Coleção
Indica-se no final da referência entre parênteses. O título da série
ou coleção é transcrito tal como figura na publicação. O número deve ser
indicado em algarismos arábicos, após o título, precedido por vírgula. As
expressões “coleção”, “série”, etc., são suprimidas.
Ex.: (Primeiros passos, 124)
(Repensando a história, 6)
58
Metodologia Científica UAB/Unimontes
B) Monografia,Dissertação eTese
Formato convencional
?
AIA, C.J. A invenção da solteirona: conjugalidade moderna e terror
moral. Minas Gerais (1890-1946). 2007. 305 f. Tese (Doutorado em História)
– Instituto de Ciências Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2007.
SANTOS, D.L. Entre a norma e o desejo: estudo das tensões na vida
conjugal diamantinense no processo de mudança social (1863-1933). 2003.
210 f. Dissertação (Mestrado em História). Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2003.
CORDEIRO, F. L. Gestão cultural: preservação de patrimônio
documental. 1998. 96f. Monografia. (Especialização em Gestão da
Memória: Arquivo, Patrimônio e museu) – Escola Guignard, Universidade
Estadual de Minas Gerais, 1998.
Formato eletrônico
?
BLUM,M.L.B. Processamento e interpretação de dados de geofísica
aérea no Brasil Central e sua aplicação à geologia regional e à prospecção
mineral. 1999. 22f. Tese (Doutorado em Geociências) – Instituto de
Geociências, Universidade de Brasília, 1999. Disponível em
<http://www.unb.br/ig/posg/dout/tese030/index.htm>. Acesso em 10/
jan./2009.
59
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
C) Folheto:
IBICT. Manual de normas de editoração o IBICT. 2.ed. Brasília,
DF,1993, 41P.
D) Dicionário:
BRUGGER, W. Dicionário de filosofia. Tradução de Antônio Pinto de
Carvalho. 4. ed. São Paulo: EPU, 1987
E) Catálogo:
UNB (Brasília, DF). Correio do livro da UnB: catálogo. Brasília, DF,
n.1. out. / dez. 2000, 47p.
F) Almanaque:
TORELLY, M. Almanaque para 1949: primeiro semestre ou
Almanaque d'A Manhã. Ed. Fac-sim. São Paulo: Studioma: Arquivo do
Estado, 1991. (Coleção Almanaques do Barão de Itararé). Contém
iconografia e depoimentos sobre o autor.
Exemplos:
A) Autor decapítulo diferentedo responsável no todo
CHAYANOV. A V. Sobre a teoria dos sistemas econômicos não
capitalistas. In: GRAZIANO SILVA. J. ; STOLCKE V.(Orgs.) A Questão Agrária.
São Paulo: Brasiliense, 1981, p133-163.
SOUZA, J. V. Luzes e sombras sobre a história e a cultura do Vale do
Jequitinhonha. In: RIBEIRO, G. (Org.) Trabalho, cultura e sociedade no
norte/nordeste de Minas: considerações a partir das ciências sociais. Montes
Claros: Best comunicação e Marketing, 1997. p. 99- 144.
60
Metodologia Científica UAB/Unimontes
61
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Exemplo:
Convencional
UNIMONTES CIENTÍFICA. Montes Claros, Unimontes, 2001.
Semestral
Eletrônico
UNIMONTES CIENTÍFICA. Montes Claros, Unimontes, 2001,
semestral. Disponível em <www.ruc.unimontes.br>. Acesso em:
10/jan./2009.
Suplemento deperiódico:
Exemplo:
PESQUISA NACIONAL POR AMOSTRA DE DOMICÍLIO. Mão-de-
obra e previdência. Rio de Janeiro: IBGE, v.7 1983. Suplemento.
Fascículo deRevista:
Exemplo:
DINHEIRO: revista semanal de negócios. São Paulo, Ed. Três, n.
148, 28 jun. 2000. 98 p.
62
Metodologia Científica UAB/Unimontes
Eletrônico
MAIA, C.; LOPES, M. F. As desigualdades de gênero no contexto do
desenvolvimento humano. Unimontes Científica. Montes Claros, v.1, n.1, p.
75-88, 2001. Disponível em:
<http://www.ruc.unimontes.br/index.php/unicientifica/issue/view/1>.
Acesso em: 10/Jan./2009.
Artigo deJornal
Os elementos essenciais, pela seqüência são: autor(es), se houver,
título do artigo, se houver, título do jornal, local de publicação, data de
publicação, seção, caderno ou parte do jornal e as páginas correspondentes.
Exemplo:
Convencional
CARVALHO, M. C. Céu & inferno de Gilberto Freyre. Folha de São
Paulo, São Paulo, 12 mar. 2000. Caderno Mais, n. 422, p. 6-8.
Eletrônico
ALONSO, A. Crítica e Constatação: o movimento reformista da
geração de 1870. Revista Brasileira de Ciências Sociais. São Paulo, v.15,
n . 4 4 , o u t . 2 0 0 0 . D i s p o n í v e l e m : < h t t p : / / w w w.
Scielo.br/cgiin/fball?got=all&pid=0102_6909&ust=fbpe&nm=isso&ss=1
&aut=719819847>. Acesso em: 20 abr. 2001.
ALENCAR, I. Estado vai fundir metrô e CPTM em 2001. Folha de
São Paulo. São Paulo, 20 de abr. 2001. Disponível em
<http://www.uol.com.br./fsp/cotidian/ff200118htm>. Acesso em 20 abr.
2001.
ARRANJO tributário. Diário do Nordeste Online. Fortaleza, 27
nov.1998. Disponível em:<http://www.Diariodonordeste.com.br>.
Acesso em: 28 nov. 1998.
63
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Exemplo:
ROCHA, E. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1994,
95 p. (Primeiros Passos, 124).
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. Coordenação Geral de
Bibliotecas, Editora UNESP. Normas para publicação da UNESP. São Paulo:
UNESP, 1994, 4v., v.2. Referências Bibliográficas.
Exemplo:
CABRAL, N. P. A violência contra as mulheres no início do século
XX. Itambacuri, 2001, 10f. (Projeto Pesquisa apresentado ao Departamento
de História, UNIMONTES, para conclusão da disciplina Métodos e Técnicas
de Pesquisa).
64
Metodologia Científica UAB/Unimontes
Exemplos:
Constituição Federal:
BRASIL, Constituição (1988). Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988.
Medida Provisória:
BRASIL, Medida provisória n.º 1.569-9, de 11 de dezembro de
1997. Estabelece multa em operações de importação, e dá outras
providências. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Poder executivo,
Brasília, DF, 14 DEZ. 1997, Seção 1, p. 29514.
Decreto:
BRASIL, Decreto-lei n. 2423, 7 abr. 1988. Dispõe sobre critérios
para pagamento de gratificações e vantagens pecuniárias aos titulares de
cargos e empregados da Administração Federal direta e autárquica e dá
outras providências. Diário Oficial, Brasília, DF, v.126, n.66, p. 6009, 1998.
Seção 1, pt.1.
Para os formatos eletrônicos deve-se acrescentar o endereço onde
está disponibilizado e a data do acesso.
65
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
3.1.2.12 Entrevistas
66
Metodologia Científica UAB/Unimontes
3.2 CITAÇÕES
67
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
68
Metodologia Científica UAB/Unimontes
69
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Ex:.
No texto:
?
A unidade familiar segundo Mingione (1991) deve ser vista como
um conjunto de relações sociais em transformações que estabelecem um
jogo de obrigações mútuas (basicamente, uma forma recíproca de
organização social) no sentido de ajudar seus membros a “sobreviver”, não
só no sentido rígido do termo, mas também incluindo estratégias para
promover bem-estar e possível mobilidade social. Os elementos básicos da
unidade familiar, segundo este autor, são: renda familiar, sobrevivência
como o fim de sua estrutura organizacional e reciprocidade ou obrigação
mútua como a forma organizacional principal para se manter enquanto
grupo social¹.
No rodapé:
?
______________
¹ “For my purposes, a household cannot be simply viewed as a
statistical or physical unit of co-residentiality, but must be seen as a set of
changing social relations which establish a set of mutual obligations (basically,
a reciprocal form of social organization) aimed at helping its members to
survive. Here, survival is not only intended in a strict sense but also includes
strategies for promoting welfare and possibly social mobility, both within the
same generation and from one to lhe next”. (MINGIONE,1991, p. 132)
70
Metodologia Científica UAB/Unimontes
71
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
72
Metodologia Científica UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
73
RESUMO
UNIDADE I
75
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
UNIDADE II
UNIDADE III
76
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIABÁSICA
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo:
Prentice-hall, 2006.
77
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
REFERÊNCIASUPLEMENTAR
DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. O Planejamento da Pesquisa
Qualitativa – teorias e abordagens. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
HAGUETE, Tereza Maria Frota. Metodologias qualitativas na Sociologia.
10 ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
OLIVEIRA, Paulo Sales de. Metodologia das Ciências Humanas . 2ed. São
Paulo: Editora Hucitec, 2001. p. 17-26.
78
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
AA
79
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
80
Metodologia Científica UAB/Unimontes
81
2º Período
PSICOLOGIA
DA EDUCAÇÃO
AUTORES
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Unidade I: conceitos preliminares: objeto de estudo, visão filosófica,
histórica e científica da psicologia da educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Unidade II: conceitos e concepções das teorias do desenvolvimento e
aprendizagem com suas repercussões na educação. . . . . . . . . . . . . 101
2.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
Unidade III: Teorias psicológicas: suas implicações na educação . . . . 105
Unidade IV: Behaviorismo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
4.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
Unidade V: Teoria da Gestalt . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
5.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128
Unidade VI: aprendizagem centrada no aluno . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
6.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
6.2 Vídeos sugeridos para debate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
Unidade VII: O interacionismo sócio-histórico de Vygotsky. . . . . . . . 135
7.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148
Unidade VIII: A psicogenética de Jean Piaget . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
8.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
Unidade IX: Psicanálise: qual a sua validade para a educação?. . . . . . 169
9.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
Unidade X: Adolescência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 196
10.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204
Unidade XI: As interações sociais em sala de aula: suas implicações para o
processo de desenvolvimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205
11.1 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
Resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 221
Referências básica, complementar e suplementar. . . . . . . . . . . . . . . 223
Atividades de aprendizagem - AA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 229
APRESENTAÇÃO
87
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
“o ser humano,
o gesto humano,
a aventura humana,
celebrando a imponência (in)visível do passado.” (G. Júnior)
Recomendação
88
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
89
1
UNIDADE 1
CONCEITOS PRELIMINARES: OBJETO DE ESTUDO, VISÃO
FILOSÓFICA, HISTÓRICA E CIENTÍFICA DA PSICOLOGIA DA
EDUCAÇÃO
Helda Maria Henriques R. Lopes
91
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Para você nascer o que teve que acontecer antes? O encontro dos
seus pais, não é mesmo? O que você sabe sobre eles? Namoro, a convivência
deles, encontros, desencontros, preparo ou não, para a sua chegada.
Aqueles que possuírem todas estas informações facilmente
resgatarão a sua história de vida, outros em um dado momento buscaram
estas informações e, provavelmente outros ainda não o fizeram e, alguns
certamente nem mais poderão fazê-lo. Neste caso perderam-se informações
com mudanças, perdas e falta de registro, etc...
Como pode comprovar que você é você? Que dados você possue
que podem comprovar a sua existência, a partir do dia do seu nascimento
até os dias de hoje? Com certeza são os Registros Oficiais ou aqueles não
oficiais que foram realizados pelos seus responsáveis diretos, ou você
mesmo, aniversários, festas, viagens, estudos, etc.
Com o conhecimento também é assim. Quanto mais informações
nós tivermos, através de registros existentes mais poderemos conhecê-los. E,
o conhecimento científico, existe, principalmente, por causa dos registros
elaborados e preservados através dos seus autores e das suas publicações. A
preservação destes registros é, portanto, fundamental para que a qualquer
momento tenhamos disponíveis informações passadas.
Os registros podem apresentar períodos marcantes, sejam datas,
fatos ou feitos, sobre as pessoas ou sobre o próprio conhecimento,
produzido por elas.
Constatamos que para nos apresentarmos recorremos a
documentos, registros diversos que comprovem a nossa existência, em
vários períodos e, em determinadas circunstâncias. Assim é com o
conhecimento científico, através de seus registros, em geral históricos,
identificamos a sua origem, como se desenvolveu e evoluiu e sobre os seus
estudiosos.
Trata-se, portanto, de uma retrospectiva dos estudos realizados por
alguns autores sobre a “história de vida” da Psicologia. É trabalhoso,
principalmente por que não é uma algo que fazia parte do cotidiano de
vocês estudar sobre este assunto. Mas, para clarear voltemos à questão da
História de Vida. A de vocês foi desvendada de que forma? Vocês recorreram
a registros, informações? Devemos fazer o mesmo se quisermos conhecer
um pouco sobre a origem e a evolução da Psicologia da Educação. Será que
temos registros que nos ajudam a conhecer sobre a Psicologia da Educação?
Onde encontrá-los? E, ao encontrá-los, as dúvidas apontadas permitiram
chegar a quais resultados? O que queremos saber? Temos muita ou pouca
informação? Se forem poucas de que nos servirão? Se forem muitas o que
fazer então?
92
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Surgimento da Psicologia
93
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
94
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
95
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
96
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
APsicologia da Educação
97
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98
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
99
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
100
2
UNIDADE 2
CONCEITOS E CONCEPÇÕES DAS TEORIAS DO
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM COM
SUAS REPERCUSSÕES NA EDUCAÇÃO.
Objetivo Geral
Introdução
101
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
102
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
103
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
104
3
UNIDADE 3
TEORIAS PSICOLÓGICAS: SUAS IMPLICAÇÕES NA EDUCAÇÃO
Objetivo Geral
Introdução 2
Psicóloga e Professora da
Universidade Estadual de
Os processos de desenvolvimento de aprendizagem têm sido
Montes Claros.
objeto de estudo dentro da psicologia, ao longo do tempo e diferentes
Departamento de
abordagens são encontradas nas diversas teorias psicológicas. Cada cientista
Educação. Mestre em
traz consigo uma concepção de homem e esta influencia os seus estudos.
Ciências da Saúde pela
Conforme a concepção de homem adotada, teremos uma concepção de
Faculdade de Medicina da
objeto de estudo coerente com ela.
Universidade Federal de
Como encontramos, neste momento, uma riqueza de valores
Minas Gerais.
sociais que permitem uma grande diversidade de concepções de homem,
dizemos então que a psicologia hoje se caracteriza pela diversidade de
objetos de estudo. Não podemos falar de uma Psicologia, mas de
Psicologias, no plural, lembrando que são várias as teorias. (Bock, 2000).
Dessa forma apresentaremos aqui, as principais tendências
teóricas, a partir dos conceitos básicos, buscando trazer a contribuição de
cada uma delas para a formação do professor, de forma a facilitar a
compreensão do processo ensino-aprendizagem.
Trataremos aqui, das principais teorias da Psicologia no século 20.
Para inúmeros autores as principais correntes teórica deste período são:
O BEHAVIORISMO: Se desenvolve no contexto dos Estados
Unidos, com Watson, seu maior expoente foi SKINNER. Traz uma
concepção ambientalista. Define o fato psicológico segundo os princípios da
Ciência positivista. Defende o rigor das ciências naturais. Nesta abordagem,
o fato psicológico deve ser passível de ser observado, mensurado e
experimentado em laboratório. Desta forma é possível conhecer, prever e
controlar o comportamento humano.
A GESTALT: Surge na Europa e se contrapõe aos princípios
defendidos pelo Behaviorismo. É um termo alemão que pode ser traduzido
por FORMA, busca compreender o comportamento humano na sua
totalidade.
A PSICANÁLISE: Nasce na Áustria Com Sigmund Freud. Destaca a
importância da afetividade e do inconsciente, quebrando o primado do
105
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
106
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Marina Colassanti
107
4 UNIDADE 4
BEHAVIORISMO
GLOSSÁRIO
A F
Behavior é um termo do
B G CE
Objetivo geral
Objetivo específico
Concepção dehomem
Nesta abordagem, o
homem é estudado como Estes teóricos afirmam que todo conhecimento provém de
produto do processo de experiência, acredita-se que o fator determinante dos processos de
aprendizagem pelo qual desenvolvimento e de aprendizagem é o meio ambiente. Dessa forma, o ser
passa desde a infância, ou humano é resultante do condicionamento, ou modelagem, fruto de
seja, como produto das associações entre estímulos e respostas (E – R) ao longo da sua vida. Através
associações estabelecidas de tais associações são gerados comportamentos, atitudes, conceitos,
durante sua vida entre preconceitos e valores (Coutinho, 1992).
estímulos (do meio) e
respostas (comportamento).
o homem é produto do
meio.
108
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Acredita-seque:
É possível conhecer as cadeias comportamentais S-R-S-R.
?
É possível conhecer e controlar as variáveis ambientais.
?
Controlando-as é possível prever e controlar o comportamento.
?
AAnáliseExperimental do Comportamento
109
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Comportamento operante:
?
Os estudos de Skinner (1982) por meio da análise experimental do
comportamento se baseiam na formulação do conceito de comportamento
operante.
Segundo Bock (2000), o comportamento operante abarca um
amplo conjunto da atividade humana. Citando Keller, define o
comportamento operante.
PARA REFLETIR “inclui todos os movimentos de um organismo dos quais se possa
dizer que, em algum momento, tem efeito sobre ou fazem algo ao mundo
A partir da observação do em redor. O comportamento operante opera sobre o mundo, por assim
seu cotidiano, descreva d i z e r, q u e r d i r e t a , q u e r
Fonte: NORONHA, M. B., 2009.
alguns comportamentos e indiretamente.”
suas consequências. Segundo os estudos de
Skinner (1982) o que possibilita a
a p r e n d i z a g e m d o s
comportamentos é a ação do
organismo sobre o meio e o efeito
dela resultante.
DICAS A aprendizagem está na
relação entre uma ação e seu
Figura 3: Ao tocar um instrumento, a pessoa age
sobre o ambiente e obtém um efeito
efeito ou consequência.
Dessa forma, para controlar (conseqüência).
o comportamento do sujeito
é mais importante controlar O que é reforço?
?
as consequências (através Reforço é um conceito fundamental na teoria de Skinner. Um
de reforços). reforço é qualquer coisa que fortaleça a resposta. Segundo Bock (2000), é
toda consequência que, seguindo uma resposta (comportamento) aumenta
a probabilidade desta resposta (comportamento) continuar ocorrendo no
futuro.
PARA REFLETIR Vamos pensar no
Fonte: NORONHA, M. B., 2009
exemplo de uma pessoa que
A partir do exemplo citado ao tirar uma nota alta (95% do
(a birra da criança), reflita total da prova) é elogiada
sobre o contexto em que publicamente pelo professor.
uma correção, até mesmo Nas situações seguintes de
uma palmada pode ser avaliação, esta pessoa,
reforçador do continua tirando notas altas.
comportamento. Segundo os pressupostos
Conversando com os seus desta teoria, podemos pensar
colegas, observe se isto na hipótese de que o elogio
Figura 4: Não se pode definir, de início, uma
acontece em outras conseqüência como reforçadora. Precisamos foi uma consequência boa
situações. Quais? primeiro observar o seu efeito sobre o comportamento
em questão. (reforçadora), Desta forma, a
pessoa continuou tirando
110
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
O REFORÇO POSITIVO
O REFORÇO NEGATIVO
ATIVIDADES
111
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
112
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
113
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo
rapidamente retirado pelos outros, que o surraram.
Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não mais
PARA REFLETIR subia a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o
primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.
Pensem nos Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e,
comportamentos do dia-a- finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
dia e questionem-se porque
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos
estão agindo assim. Pensem
que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo
nos seus condicionamentos.
naquele que tentasse chegar às bananas.
É possível fazer diferente?
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em
quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as
coisas sempre foram assim por aqui...”
Conteúdos programáticos:
114
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Papel do Professor
Fonte: NORONHA, M. B., 2009.
O professor
? é
considerado o transmissor de
conhecimento ao aluno e
administra as condições da
transmissão do conteúdo.
? O professor é
considerado um planejador e
um analista de situações de
Figura 6: A atenção é centrada no professor.
aprendizagem.
Cabe ao professor decidir os passos de ensino, os objetivos
?
intermediários e finais com base em critérios que definem os
comportamentos de entrada e os comportamentos que o aluno deverá
exibir durante o processo de ensino-aprendizagem, como também ao final
do mesmo. Fonte: NORONHA, M. B., 2009.
? O professor tem
também a função de garantir a
eficácia da transmissão do
conhecimento, não importando
as relações afetivas e pessoais
dos sujeitos envolvidos no
processo ensino-aprendizagem.
Sua tarefa é modelar respostas
apropriadas aos objetivos Figura 7: O professor é transmissor do
conhecimento, não importando as relações
instrucionais, sendo que a afetivas dos sujeitos envolvidos no processo
principal é conseguir um ensino aprendizagem
comportamento adequado.
Antes de passar adiante vamos conhecer a história contada pelo
professor Rodolfo sobre, uma criança chamada Joãozinho.
115
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
(para alguns). Dali de sua favela ele pode ver bem de perto uma das
grandes Universidades onde se cultiva a inteligência e se conquista o
conhecimento. Naturalmente esse conhecimento e a ciência ali
cultivadas nada têm a ver com o Joãozinho e outros milhares de
Joãozinhos pelo Brasil afora.
Além de perambular por toda a cidade, Joãozinho, de sua
favela, pode ver o aeroporto internacional do Rio de Janeiro. Isso
certamente é o que mais fascina os olhos de Joãozinho. Aqueles grandes
pássaros de metal sobem imponentes com um ruído de rachar os céus.
Joãozinho, com seu olhar curioso, acompanha aqueles pássaros de
metal até que, diminuindo, eles desapareçam no céu.
Talvez, por freqüentar pouco a escola, por gostar de observar os
aviões e o mundo que o rodeia, Joãozinho seja um sobrevivente de
nosso sistema educacional. Joãozinho não perdeu aquela curiosidade
de todas as crianças; aquela vontade de saber os “como” e os “porquês”,
especialmente em relação às coisas da natureza; a curiosidade e o gosto
de saber que se vão extinguindo em geral, com a freqüência à escola.
Não há curiosidade que agüente aquela “decoreba” sobre o corpo
humano, por exemplo.
Sabendo por seus colegas que nesse dia haveria merenda,
Joãozinho resolve ir à escola. Nesse dia, sua professora se dispunha a dar
uma aula de Ciências, coisa que Joãozinho gostava. A professora havia
dito que nesse dia iria falar sobre coisas como o Sol, a Terra e seus
movimentos, verão, inverno, etc.
A professora começa por explicar que o verão é o tempo do
calor, o inverno é o tempo do frio, a primavera é o tempo das flores e o
outono é o tempo em que as folhas ficam amarelas e caem.
Em sua favela, no Rio de Janeiro, Joãozinho conhece calor e
tempo de mais calor ainda, um verdadeiro sufoco, às vezes.
As flores da primavera e as folhas amarelas que caem ficam por
conta de acreditar. Num clima tropical e quente como do Rio de Janeiro,
Joãozinho não viu nenhum tempo de flores. As flores por aqui existem
ou não, quase independentemente da época do ano, em enterros e
casamentos, que passam pela Avenida Brasil, próxima à sua favela.
Joãozinho, observador e curioso, resolve perguntar porque
acontecem ou devem acontecer tais coisas. A professora se dispõe a dar
a explicação.
- Eu já disse a vocês numa aula anterior que a Terra é uma
grande bola e que essa bola está rodando sobre si mesma. É sua rotação
que provoca os dias e as noites. Acontece que, enquanto a Terra está
girando, ela também está fazendo uma grande volta ao redor do Sol.
Essa volta se faz em um ano. O caminho é uma órbita alongada chamada
116
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
elipse. Além dessa curva ser assim alongada e achatada, o Sol não está
no centro. Isso quer dizer que, em seu movimento, a Terra às vezes passa
perto, às vezes passa longe do Sol. Quando passa perto do Sol é mais
quente: é VERÃO. Quando passa mais longe do Sol recebe menos calor:
é INVERNO.
Os olhos de Joãozinho brilhavam de curiosidades diante de um
assunto novo e tão interessante.
- Professora, a senhora não disse antes que a Terra é uma bola e
que está girando enquanto faz a volta ao redor do Sol?
- Sim, eu disse. - respondeu a professora com segurança.
- Mas, se a Terra é uma bola e está girando todo dia perto do Sol,
não deve ser verão em toda a Terra?
- É, Joãozinho, é isso mesmo.
- Então é mesmo verão em todo lugar e inverno em todo lugar,
ao mesmo tempo, professora?
- Acho que é, Joãozinho, vamos mudar de assunto.
A essa altura, a professora já não se sentia tão segura do que
havia dito. A insistência, natural para o Joãozinho, já começava a
provocar uma certa insegurança na professora.
- Mas, professora, insiste o garoto enquanto a gente está
ensaiando a escola de samba, na época do Natal, a gente sente o maior
calor, não é mesmo?
- É mesmo, Joãozinho.
- Então nesse tempo é verão aqui?
- É, Joãozinho.
- E o Papai Noel no meio da neve com roupas de frio e botas? A
gente vê nas vitrinas até as árvores de Natal com algodão. Não é para
imitar a neve?
- É, Joãozinho, na terra do Papai Noel faz frio.
- Então, na terra do Papai Noel, no Natal, faz frio?
- Faz, Joãozinho.
- Mas então tem frio e calor ao mesmo tempo? Quer dizer que
existe verão e inverno ao mesmo tempo?
- É, Joãozinho, mas vamos mudar de assunto. Você já está
atrapalhando a aula e eu tenho um programa a cumprir.
Mas Joãozinho ainda não havia sido domado pela escola. Ele
ainda não havia perdido o hábito e a iniciativa de fazer perguntas e
querer entender as coisas. Por isso, apesar do jeito visivelmente
contrariado da professora, ele insiste.
- Professora, como é que pode ser verão e inverno ao mesmo
tempo, em lugares diferentes, se a Terra, que é uma bola, deve estar
117
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
perto ou longe do Sol? Uma das duas coisas não está errada?
- Como você se atreve, Joãozinho, a dizer que a sua professora
está errada? Quem andou pondo essas suas idéias em sua cabeça?
- Ninguém, não, professora. Eu só tava pensando. Se tem verão
e inverno ao mesmo tempo, então isso não pode acontecer porque a
Terra tá perto ou tá longe do Sol. Não é mesmo, professora?
A professora, já irritada com a insistência atrevida do menino
assume uma postura de autoridade científica e pontifica:
- Está nos livros que a Terra descreve uma curva que se chama
elipse ao redor do Sol, que este ocupa um dos focos e, portanto, ela se
aproxima e se afasta do Sol. Logo, deve ser por isso que existe verão e
inverno.
Sem dar conta da irritação da professora, nosso Joãozinho
lembra-se de sua experiência diária e acrescenta:
- Professora, a melhor coisa que a gente tem aqui na favela é
poder ver avião o dia inteiro.
- E daí, Joãozinho? O que tem a ver isso com o verão e o
inverno?
- Sabe, professora, eu acho que tem.
A gente sabe que um avião tá chegando perto quando ele vai
ficando maior. Quando ele vai ficando pequeno é porque ele tá ficando
mais longe.
- E o que tem isso a ver com a órbita da Terra, Joãozinho?
- É que eu achei que se a Terra chegasse mais perto do Sol, a
gente devia ver ele maior. Quando a Terra estivesse mais longe do Sol,
ele deveria aparecer menor. Não é, professora?
- E daí, menino?
- A gente vê o Sol sempre do mesmo tamanho. Isso não quer
dizer que ele tá sempre da mesma distância? Então verão e inverno não
acontecem por causa da distância.
- Como você se atreve a contradizer sua professora? Quem
anda pondo “minhocas” na sua cabeça? Faz quinze anos que eu sou
professora. É a primeira vez que alguém quer mostrar que a professora
está errada.
A essa altura, já a classe se havia tumultuado. Um grupo de
outros garotos já havia percebido a lógica arrasadora do que Joãozinho
dissera. Alguns continuaram indiferentes. A maioria achou mais
prudente ficar do lado da “autoridade”. Outros aproveitaram a
confusão para aumentá-la. A professora havia perdido o controle da
classe e já não conseguia reprimir a bagunça nem com ameaças de
castigo e de dar “zero” para os mais rebeldes.
118
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
119
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Fonte: arcanjo.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_03.html
“Não é à toa o que se diz da
escola: um lugar onde as cabecinhas
entram “redondinhas” e saem quase
todas “quadradinhas.”
Processo deavaliação:
120
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
TEXTO COMPLEMENTAR
O eu e os outros
121
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
A questão do controle
Contracontrole
122
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
COUTINHO, Maria Teresa da Cunha. Psicologia da Educação: um estudo
dos processos psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem
humanos,voltado para a educação. Belo Horizonte, Editora Lê, 1992.
BOCK, Ana Mercês Bahia (org). Psicologias: uma introdução ao estudo da
psicologia. São Paulo, Editora Saraiva, 2000.
COLL, C. Salvador. Desenvolvimento Psicológico e educação. Porto
Alegre, Artes médicas, 1995.
SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. Trad. Maria da Penha Villalobos. São
Paulo, Cultrix/Editora da Universidade de São Paulo, 1982
SKINNER, B.F. Tecnologia do ensino. São Paulo: Herder, 1972.
SKINNER, B.F. Walden II; uma sociedade do futuro. São Paulo: Herder,
1972.
ENDERLE, C. Psicologia do desenvolvimento: o processo evolutivo da
criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987
GOULART, I.B. Psicologia da Educação: fundamentos teóricos,
aplicações à prática pedagógica. Petrópolis: Vozes,1987.
123
5 UNIDADE 5
TEORIA DA GESTALT
DICAS
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
3
Profa. Ms. Vera Lúcia Mendes Trabbold
3
Psicóloga e Professora Conhecer as bases conceituais da Teoria da Gestalt; e
?
124
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
125
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
BREJO DA CRUZ
Chico Buarque ATIVIDADES
A novidade Mas há milhões desses seres
Que tem no Brejo da Cruz Que se disfarçam tão bem Vá ao Virtualmontes e
É a criançada Que ninguém pergunta converse com seus colegas
Se alimentar de luz De onde essa gente vem sobre a compreensão que
Alucinados São jardineiros cada um tem sobre a letra
Meninos ficando azuis Guardas-noturnos, casais da música “Brejo da Cruz”.
E desencarnando São passageiros Observe o quanto tais
Lá no Brejo da Cruz Bombeiros e babás interpretações estão
Eletrizados Já nem se lembram relacionadas com as
Cruzam os céus do Brasil Que existe um Brejo da Cruz percepções e vivências de
Na rodoviária Que eram crianças cada pessoa.
Assumem formas mil E que comiam luz
Uns vendem fumo São faxineiros
Tem uns que viram Jesus Balançam nas construções
Muito sanfoneiro São bilheteiras
Cego tocando blues Baleiros e garçons
Uns têm saudade Já nem se lembram
E dançam maracatus Que existe um Brejo da Cruz
Uns atiram pedra Que eram crianças
Outros passeiam nus E que comiam luz
127
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Fonte: http://www.ufrgs.br/faced/slomp
/edu01135/perfis-taca2.jpg Aprender é ter insights!
O que você vê na figura 12?
Você pode ver uma taça se considerar o
fundo preto ou poderá ver dois perfis se considerar
o fundo branco na figura 3.
Você teve um insight quando percebeu a
taça e depois os perfis.
A aprendizagem na Gestalt ocorre pela
PARA REFLETIR Figura 12: Arte produzida percepção daquele que está na experiência.
segundo a teoria da Gestalt.
Aprender é “perceber relações e não apenas
Os educandos dificilmente
registrar uma cadeia de respostas a estímulos específicos; aprender é reagir a
esquecem uma aula quando
situações totais significativas e não a elementos isolados; aprender é ter
vivenciam uma situação e
insights.” (COUTINHO e MOREIRA, 2001, p. 77).
compreendem o que está
Insight é uma compreensão que surge repentinamente e
acontecendo.
internamente na pessoa, devido ao modo como vai aprendendo com as
experiências e nas formas como percebe os estímulos oferecidos,
estabelecendo relações entre os elementos de uma situação vista dentro de
uma totalidade e não em suas partes.
A Gestalt tornou-se importante para a educação por demonstrar
DICAS que a aprendizagem se torna ineficaz se ocorre se ocorrer de forma
mecânica. Apenas as situações que ocasionam experiências ricas e variadas
levam o indivíduo ao amadurecimento e à emergência do insight.
Para saber mais sobre Cabe ao professor fornecer este ambiente experiencial estruturado,
Gestalt acesse o site onde o aprendiz é ativo na busca de soluçoesr os problemas. O professor
ocupa o lugar de um facilitador do processo, levando em consideração as
<http://www.ufrgs.br/faced/
possibilidades e as necessidades de cada aluno no processo de
slomp/psico.htm< ou
aprendizagem dando ênfase nas diferenças individuais e na maturação.
<http://www6.ufrgs.br/psic
oeduc/a-gestalt>
Nele você encontrará
muitas indicações de sites
REFERÊNCIAS
interessantes. BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes
Trassi. Psicologias: – Uma Introdução ao Estudo da Psicologia. 13 ed.
Reform. e ampl. São Paulo: Saraiva, 2002.
CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Aprendizagem.
Petrópolis: Vozes, 1987.
COUTINHO, Maria Tereza da Cunha & MOREIRA, Mércia. Psicologia da
Educação: Um estudo dos Processos psicológicos de Desenvolvimento e
Aprendizagem Humanos, voltado para Educação. Belo Horizonte: Editora
Lê, 2001.
RADFAHRER, Luli. Considerações sobre design de interfaces e
criatividadedigital.
www.luli.com.br/2007/05/22/aprenda-gestalt-com-james-brown/
Acessado em abril de 2009.
128
6
UNIDADE 6
APRENDIZAGEM CENTRADA NO ALUNO
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Profa. Ms. Vera Lúcia Mendes Trabbold4
DICAS
4
Psicóloga e Professora
Fonte: http://www.planetaeducacao.com.br/novo/ima
Conhecer os conceitos
? gens/artigos/literatura/ideias_pedagogicas_03.jpg efetiva da Universidade
fundamentais da Abordagem Estadual de Montes Claros.
Centrada na Pessoa; Depto de Saúde Mental e
Compreender a aplicação
? Coletiva. Mestra em
dos princípios da Abordagem Ciências da Saúde pela
Centrada na Pessoa à Educação; e Faculdade de Medicina da
? Refletir sobre atitudes a Universidade Federal de
serem desenvolvidas para uma Minas Gerais.
aprendizagem significativa. Figura 13: Carl Rogers
Bases conceituais
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
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134
7
UNIDADE 7
O INTERACIONISMO SÓCIO-HISTÓRICO DE VYGOTSKY
Objetivo geral
Objetivo específico
DICAS
5
5
Maria Márcia Bicalho Noronha
Psicóloga e
Professora da Universidade
Estadual de Montes Claros.
Compreender as suas implicações práticas na sala de aula. Departamento de
Com certeza, você já ouviu falar de Vygotsky, não é mesmo? Tente Educação. Mestre em
lembrar-se de algumas idéias deste autor e tome nota. Ciências da Saúde pela
Agora leia com atenção o poema abaixo e destaque as partes que Faculdade de Medicina da
mais lhe chamam a atenção. Leve sua interpretação do poema para o debate Universidade Federal de
com seus colegas. Minas Gerais.
Diante de mim
Geraldo Eustáquio de Souza
“Diante de mim
Tendo eu mesmo por testemunha
E sob pena de perder o respeito por minha própria palavra
Eu me comprometo a buscar e defender qualidade de vida
Em tudo o que faço e em todos os lugares onde eu esteja
E me comprometo a estar presente aqui e agora
A despeito do prazer ou dor que este momento me traz
Fazendo a parte que me cabe do melhor modo que eu sei PARA REFLETIR
Sem me queixar do mundo nem culpar os outros
O que você compreende
Por meus acertos e fracassos
lendo as palavras de
Mas antes me aceitando limitado imperfeito e humano
Geraldo Eustáquio?
Mesmo que tudo recomende o contrário
Qual a concepção de
Eu me comprometo a amar confiar ter esperança
homem o autor apresenta
Sem quaisquer limites nem condições
no poema?
E embora eu só possa fazer pequeno
Eu me comprometo a pensar grande
E a me preparar com disciplina e coragem
Para os ideais que ainda espero e vou alcançar
Sabendo que tudo começa simples e singelo
De corpo cabeça e coração
135
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Concepção dedesenvolvimento:
DICAS
Concepção dehomem:
“...O mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não
estão sempre iguais, ainda não foram terminadas _ mas que elas vão
sempre mudando. Afinam e desafinam Verdade maior.”
Guimarães Rosa
Grande Sertão Veredas
136
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Fonte: <http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/outubro
Esta teoria busca
DICAS 2006/fotosju339-online/ju339pg20a.jpg>. Acessado em abril de 2009.
superar, os determinismos,
ambiental e inatista:
“procurando conhecer a
Desta interação decorre o
natureza social do fenômeno
desenvolvimento,
Psíquico” (BOCK, 2000).
dependendo, sobretudo do
Vy g o t s k y ( 1 9 8 4 )
tipo de experiências sociais
afirma que o homem se
– mediações – a que as
constitui no processo de Figura 23: O desenvolvimento decorre, sobretudo,
crianças se acham expostas.
contínua interação entre as dependendo das interações sociais.
condições sociais e a base biológica do comportamento humano.
Podemos dizer que, o “jeito de ser” de cada um, a subjetividade é
construída nas relações sociais. É relacionando com o outro que o homem
sefaz homem.
Vygotsky (1984)
vê o homem como ser
Fonte: Foto Pedro Bicalho
O homem tem participação “Na ausência do outro o homem não se constrói homem!”
ativa no seu processo de Ao dizer isso,Vygotsky está dizendo que a interação social é fator
desenvolvimento através das primordial de aprendizagem.
aprendizagens realizadas
nos processos de interação É na troca de experiências que as pessoas vão se construindo e
social. aprendendo.
Estamos, então, afirmando que segundo a teoria de Vygotsky:
O homem se constitui na
? interação sujeito-objeto;
O homem é sujeito ativo no seu processo de desenvolvimento.
?
O trabalho, enquanto ação social e histórica, é a atividade básica do
homem, a partir da qual o homem constrói sua existênciaÉ possível que você
esteja se perguntando neste momento:
Mas outras teorias também afirmam a existência da interação
sujeito-objeto e o papel ativo do sujeito na relação com o objeto na
construção do conhecimento. Então, qual a diferença entre a teoria de
Vygotsky eas outras teorias?
138
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
? Mediação Semiótica:
Fonte: NORONHA, M. B., 2009 Segundo Coutinho
(1992), implica na intervenção
de signos na relação do homem
140
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
? Linguagem:
OqueéProcesso deinternalização?
141
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Figura 32: A criança ainda não Figura 33: O Jogo estimula a zona de
tem o desenvolvimento desenvolvimento proximal
suficiente para andar, mas com
a ajuda de outra pessoa, ela
consegue fazê-lo.
143
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
TEXTO COMPLEMENTAR
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
(...)
Não nasci, porém, marcado para ser um professor assim. Vim
me tornando desta forma no corpo das tramas, na reflexão sobre a ação,
na observação atenta a outras práticas ou à prática de outros sujeitos, na
leitura persistente, crítica, de textos teóricos, não importa se com eles
estava de acordo ou não. É impossível ensaiarmos estar sendo deste
modo sem uma abertura crítica aos diferentes e às diferenças, com
quem e com que é sempre provável aprender.
Uma das condições necessárias para que nos tornemos um
intelectual que não teme a mudança é a percepção e a aceitação de que
não há vida na imobilidade. De que não há progresso na estagnação. De
que, se sou, na verdade, social e politicamente responsável, não posso
me acomodar às estruturas injustas da sociedade. Não posso, traindo a
vida, bendizê-las.
Ninguém nasce feito. Vamos nos fazendo aos poucos na prática
social de que tomamos parte.
REFERÊNCIAS
COUTINHO, Maria Teresa da Cunha. Psicologia da Educação: um estudo
dos processos psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem
humanos,voltado para a educação. Belo Horizonte, Editora Lê, 1992.
BOCK, Ana Mercês Bahia (org). Psicologias: uma introdução ao estudo da
psicologia. São Paulo, Editora Saraiva, 2000.
COLL, C. Salvador. Desenvolvimento Psicológico e educação. Porto
Alegre, Artes médicas, 1995.
DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na Educação. São Paulo:
Cortez, 1991
GOULART, I.B. Psicologia da Educação: fundamentos teóricos,
aplicações à prática pedagógica. Petrópolis: Vozes,1987.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente; o desenvolvimento dos
processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento eLinguagem. Lisboa: Antídoto, 1979.
FREIRE, Paulo. Política eEducação. São Paulo, Cortez, 1993.
148
8
UNIDADE 8
A PSICOGENÉTICA DE JEAN PIAGET
Fonte: http://www.mrherondomi
ngues.seed.pr.gov.br/redeescola/
escolas/27/1470/14/arquivos/Im
age/Noticias/Jean_Piaget.jpg
DICAS
6
6
Pedagoga e Professora da
Universidade Estadual de
Montes Claros.
Departamento de
Educação. Mestre em
Vamos ver se aquilo que você conhece
Educação pela Faculdade
sobre Piaget está de acordo com o que vamos
de Educação da
estudar.
Figura 37: Jean Piaget
Universidade Federal de
Você deve estar se perguntando por que
nasceu em 1896 e Minas Gerais.
Piaget, formado em Biologia, se enveredou pelos morreu em 1980.
caminhos da Psicologia. Quem vai nos dar esta
resposta é David Elkind, autoridade reconhecida no ATIVIDADES
assunto:
Embora a Biologia fosse o grande amor de Piaget, a disciplina Com certeza você já ouviu
na qual ele recebeu o Doutorado, com a tese sobre falar em Piaget. Antes de
moluscos, ele não estava satisfeito. Para começar, estava prosseguirmos com o nosso
interessado nas questões filosóficas de 'como nós sabemos', e
estudo, escreva um
seus estudos de Biologia não eram o caminho
suficientemente direto para resolver tal problema. (ELKIND. parágrafo sobre o que você
In.: EVANS, 1980, pp. 7-8). conhece a respeito do
Desde então, Piaget direciona seus estudos para a área da trabalho desse autor.
Epistemologia Genética. Vamos analisar o que o próprio Piaget diz sobre esse
campo do conhecimento:
A Epistemologia Genética trata da formação e significado do
conhecimento e dos meios pelos quais a mente humana se
DICAS
desenvolve desde um baixo nível de conhecimento até o que
é considerado mais alto. (PIAGET. In.: EVANS, 1980, p. 22).
Agora que já conhecemos um pouco sobre o teórico Piaget e
alguma coisa sobre seus interesses, vamos nos apropriar melhor dos O documentário “Jean
conceitos desenvolvidos por esse autor. Piaget” da coleção Grandes
Educadores, de Yves de La
Taille. É um documentário
BASE CONCEITUALDATEORIAPIAGETIANA
bastante rico sobre toda a
obra de Piaget. Após essa
Para dar uma resposta a sua questão central, sobre como o ser sessão, debata com seus
humano produz conhecimento, Piaget, de acordo com Coll (1999, pp. 87- colegas os pontos mais
88), indica que o desenvolvimento cognitivo humano se apoia em três interessantes e, com certeza
princípios, a saber: você estará mais preparado
(a) para assimilar toda a
teoria desse autor.
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Assimilação + Acomodação
Assim,
Adaptação
Fonte: http://www.prof2000.pt/users/esf_cnat/
volcan_ani.gif Equilibração: A função da
equilibração é produzir uma
coordenação entre a assimilação e a
a c o m o d a ç ã o . Pa r a Pi a g e t , o
desenvolvimento é uma equilibração
progressiva a partir de um estado inferior
até um estado mais elevado de equilíbrio
(In: PULANSKI, 1980, p. 25).
O que impulsiona a mente para
atingir níveis cada vez mais elevados de
Figura 41: Ao estabelecer uma troca
conhecimento é a busca desse equilíbrio.
com os objetos do mundo, a criança
vai aprendendo e construindo Coutinho e Moreira (1992) afirmam,
esquemas e estruturas novas e
sobre a equilibração que:
atingindo um equilíbrio cada vez
mais superior.
De todos os fatores apontados, esse é que o Piaget destaca
como fundamental para a explicação do processo de
estruturação da inteligência. A equilibração se refere às
trocas com o mundo não como uma simples busca de
equilíbrio, mas uma busca do melhor equilíbrio ou em busca
de equilibrações majorantes (COUTINHO e MOREIRA,
1992, p. 89).
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
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Estágio Sensório-Motor
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Estágio Pré-Operatório
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
É uma fase muito bonita de nossa vida, você concorda? Mas para
que possamos ajudar a criança a usufruir o máximo de suas competências é
importante dar-lhe autonomia e permitir que ela se sinta livre e
independente para ajudar nas tarefas da casa, tomar banho e se alimentar
sozinha. (com a nossa discreta supervisão, é claro!)
160
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Estágio Operatório-Concreto
Esse estágio tem o seu início por volta dos sete anos, coincidindo
com o começo da escolaridade da criança, e vai até os onze/doze anos, na
entrada da puberdade.
Vimos no período anterior, chamado de pré-operatório, que o
desenvolvimento mental é caracterizado pelo egocentrismo intelectual e
social. Este período começa a ser superado quando a criança inicia uma nova
etapa, conhecida como a da construção lógica. Se antes o pensamento
estava centrado no seu próprio ponto de vista, agora ele já é capaz de
estabelecer relações, levando em conta pontos de vista diferentes. Piaget faz
as seguintes considerações a respeito deste período:
A essência de uma operação nesse nível está na
interiorização de coordenações que já existem no plano das
ações, mas agora, que já estão interiorizadas, existe a
possibilidade de reversibilidade – pode-se voltar ao passado
em pensamento. E mais: as operações são sempre
coordenadas em estruturas totais. Por exemplo, o sistema de
classificação ou uma série ordenada, ou uma série de
números naturais, ou correspondências de um-para-um, e
daí por diante. (PIAGET In: EVANS, 1980, pp. 58-59).
Reversibilidade: esta é a palavra chave do que acontece com a
criança neste período. Mas o que isto significa? Por que se diz que a criança
possui o pensamento reversível ou irreversível? Vamos tentar compreender
esta ideia: Piaget diz que a criança possui pensamento irreversível nos dois
primeiros períodos, o sensório-motor e o pré-operatório, ou seja, ela não é
capaz de focar o pensamento em outro ponto de vista que não seja o seu
próprio. Se você disser a uma criança que de Montes Claros a Belo Horizonte
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Último período das fases estudadas por Piaget, esse estágio mostra
como o pensamento faz a passagem do nível concreto para o nível abstrato,
formal. Para melhor entendermos este raciocínio, recorremos às palavras do
próprio Piaget, que afirma que:
Por volta de onze a doze anos efetua-se uma transformação
fundamental no pensamento da criança, que marca o
término das operações construídas durante a segunda
infância; é a passagem do pensamento concreto para o
'formal', ou como se diz em termo bárbaro, mas claro,
'hipotético-dedutivo”. (PIAGET, 1967, pp. 62-63).
Nesse momento da vida, a criança está entrando na puberdade,
período que antecede a adolescência e que é marcado por grandes
transformações físicas e biológicas, além de todas as conquistas no campo da
cognição.
Fonte: http://www.amazonarium.com.br/blog/?cat=2
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
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9
UNIDADE 9
PSICANÁLISE: QUAL A SUA VALIDADE PARA A EDUCAÇÃO?
INTRODUÇÃO
sentimentos. (Freud)
Maria Cleonice Mendes de Souza7
7
Pedagoga e Professora da
Universidade Estadual de
Montes Claros.
Departamento de
Freud e de tantos teóricos que o sucederam, vocês já estão, de fato,
Educação. Mestre em
preparados para desvendar e apreender alguns conceitos da Psicanálise?
Educação pela Faculdade
Se estão, (e têm tudo para estar), então, a primeira pergunta que de Educação da
vocês devem se fazer é a seguinte: por que vamos estudar esta temática Universidade Federal de
dentro de um curso de Licenciatura? Que importância conceitos Minas Gerais.
psicanalíticos podem ter no trabalho de um professor e de uma professora?
Então, vamos ver: quando você estudou as teorias de Piaget e
Vygotsky, entendeu como a criança constrói a sua inteligência, isto é, como o
ser humano é capaz de desenvolver a aprendizagem. Muito bem, este é um
bom começo: daqui para frente, ao trabalhar com os conceitos freudianos
(psicanalíticos), você vai ingressar no mundo da subjetividade humana, e, o
que é incrível: você vai perceber que muitos comportamentos que nos
parecem incompreensíveis e inadequados à primeira vista podem ter um
significado, ou uma espécie de explicação! Por que algumas crianças são tão
dóceis e outras tão agressivas? Por que nós mesmos, às vezes, nos
estranhamos? O que está por trás dos nossos desejos e das nossas
inquietações?
Na verdade, Freud nos dá uma chave com a qual abrimos uma porta
onde escondemos muitos dos questionamentos que povoam a nossa mente.
Questionamentos que, para nós, educadores, se revestem de uma
significativa importância porque são capazes de nos fazer entender que
tantas inquietações que brotam cotidianamente no processo de ensino-
aprendizagem do qual fazemos parte, não são tão simples de serem
solucionadas, porque, como diz Pereira (2005, p.97), o inconsciente nos
sujeita e impede uma ação livre da Educação. Mas, esse autor completa o
seu pensamento dizendo que “O ato de educar consiste também em agir
sobre o inconsciente do Outro pela palavra.”
O conhecimento da teoria psicanalítica, então, é importante para
um curso de licenciatura, pois você, caro aluno e cara aluna, tendo posse
desse conhecimento vai perceber sobretudo que na relação professor-aluno
há muito mais do que técnicas, métodos e conteúdos didáticos e que esse
“muito mais” você vai adquirindo à medida que for se conhecendo melhor e
percebendo que, segundo Pereira (2005, p. 97):
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Objetivos
Fonte: www.meiobit.com/files/meiobit-freud.jpg
Sigmund Freud nasceu em
Freiberg, uma pequena cidade da antiga
Morávia (hoje Příbor), em 6 de Maio de
1856, quando esta pertencia ao Império
Austríaco.
Mudou-se para Viena ainda
criança e lá viveu até 1938, quando imigrou
para a Inglaterra, em função da perseguição
aos judeus. (Freud era judeu). Formou-se
médico (psiquiatra) em 1882. Freud
Figura 52: Sigmund Freud nasceu morreu em 1939, em Londres, vitimado
em 1859 e morreu em 1939. por um cancêr na boca e na mandíbula.
Você deve estar se perguntando: qual a contribuição da Psicanálise
para a educação? Pois bem, vejamos: Freud no início de sua carreira se
preocupa com o estudo das doenças nervosas, já que nessa época pouca
atenção era dada a esse tema. Em 1885, três anos após ter-se graduado
médico psiquiatra, Freud se interessa pelos trabalhos de Charcot, médico
francês que fazia pesquisas no campo da histeria, aplicando a hipnose em
seus pacientes. Freud começa então a utilizar essa mesma técnica em seus
pacientes adultos e neuróticos. Estes ao relatar, sob o efeito da hipnose, as
suas experiências infantis, possibilitaram a Freud perceber que estes relatos
possuiam um grande conteúdo sexual. A partir dessas experiências com
seus pacientes adultos, ele vai desenvolvendo a sua Teoria Psicanalítica,
quer dizer, de forma pioneira e mesmo sabendo os riscos que corria, de ser
combatido pelos canônes da Academia Médica e pela sociedade vitoriana
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Baseconceitual
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Mecanismos deajustamento
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Formação Reativa: Imagine uma pessoa que odeie uma outra, mas
que, por algum motivo, não pode demonstrar esse sentimento. O que
acontece? Instintivamente, ela camufla esse ódio e o substitui por uma
motivação diametralmente oposta: o amor. Essa pessoa passa a manifestar,
então, uma bondade e um carinho excessivos para com o indivíduo que ela
não suporta. Isso é formação reativa, um mecanismo de defesa que inverte,
de forma inconsciente, um desejo, quando este gera ansiedade e angústia.
Vejamos um exemplo, para ficar mais claro: uma mãe tem uma verdadeira
aversão por um de seus filhos (sim, isso é possível!), mas esse sentimento é
rejeitado por ela porque seria um comportamento inadequado uma mãe
não amar o seu filho (aprendemos isso desde que nascemos, pois é um
código socialmente transmitido). O que essa mãe faz? Ela passa a demonstrar
por esse filho um amor até maior do que o que ela sente pelos outros filhos e
passa a super-protegê-lo. Parece incoerente, não é mesmo? Mas a nossa
mente possui mecanismos que nem nós mesmos conseguimos entender,
agindo assim com a finalidade de nos proteger e nos livrar de angústias. Esse
mecanismo pode apresentar efeitos colaterais negativos nos
relacionamentos da pessoa, pois quanto mais ela nega seus verdadeiros
sentimentos, mais terá que ocultá-los, e isso se transmuta em rigidez e
extravagância.
Reação de Conversão: Se você é um bom observador ou
observadora, já deve ter percebido algumas pessoas sentirem-se mal, ou até
mesmo você, após receber, por exemplo, notícias ruins. Dor de cabeça,
179
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O Ego
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O Superego
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PARA REFLETIR
Sobre a importância da
relação dos pais
(principalmente a mãe) com
seus filhos pequenos. O que Figura 60: O ato de amamentar, Figura 61: Na fase oral, o prazer está centrado
se der a eles é o que eles associado a outros fatores positivos da na região da boca e a criança vive, segundo
relação mãe/bebê, pode gerar na criança Freud, um narcisismo primário. (um mundo
terão pela vida afora. Você um sentimento positivo em relação ao exclusivamente seu)
já pensou que, de uma mundo que o cerca. Este sentimento que
ocorre nas primeiras relações do bebê
certa forma, temos uma com a mãe, pode ser um dos responsáveis
grande responsabilidade pela estabilidade emocional e a
auto-estima do adulto.
sobre “aquilo” em que se
tornarão as crianças que Todos os autores psicanalíticos afirmam que os primeiros anos de
passam pela nossa vida da criança são fundamentais para a sua constituição psíquica.
educação?
Fase Anal: Você já teve oportunidade de observar como uma
criança, entre o segundo e o quarto anos de vida, lida com suas fezes? Se não
teve, procure observar. Nessa fase a criança dá muita importância às suas
fezes, pois, na concepção dela, as fezes representam o primeiro bem
material que o seu corpo produz. Se na fase oral o prazer estava concentrado
na região da boca, agora ele se desloca para a região anal. De acordo com
Freud, isso acontece devido à própria maturação fisiológica.
Aos pais cabe a tarefa de educar a criança para o controle dos
esfíncteres, de forma natural, tendo o cuidado de não exagerar em suas
exigências quanto à higiene, pois um dos problemas que Freud observa é
exatamente este: os adultos que cuidam das crianças exigem delas um
controle muito rígido e de forma muito precoce. Qual o risco desta atitude?
186
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
187
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Fase Fálica: Por volta dos três anos, a criança está entrando na fase
fálica. Para Freud, é o momento em que a criança passa a notar seu pênis ou
a falta dele (no caso das meninas). É a percepção das diferenças sexuais.
Bettelheim (1982) analisa o termo “complexo de Édipo”, criado por
Freud, da seguinte maneira:
Freud criou o termo “complexo de Édipo” para descrever a
profusão de idéias, emoções e impulsos, todos em grande
parte ou inteiramente inconscientes, que gravitam em torno
das relações que uma criança forma com seus pais.
(BETTELHEIM, 1982, p. 34)
Esse autor diz ainda que o significado do termo “complexo de
DICAS
Édipo” é simbólico e que não se deve pensar que os meninos querem matar
o pai e se casar com a mãe. O que esse termo sugere é a angústia e a culpa da
criança por ter desejos parricidas e incestuosos, assim como as consequências
Antes de prosseguirmos
de agir de acordo com esses desejos (BETTELHEIM, 1982, p.36). Para Freud,
com o nosso estudo,
conhecer e enfrentar nossos sentimentos e desejos inconscientes, equivale a
procure conhecer a história
“purgá-los” e seria esta a maneira de se proteger contra aquilo que ele chama
completa da tragédia grega
de catástrofe edipiana. Segundo Freud, crianças que se sentem amadas e
de Sófocles - Édipo Rei.
protegidas por seus pais, jamais “agiriam” como Édipo.
Para Diniz (1998), autora psicanalista, esse momento é o da
passagem do sujeito do estado da natureza ao estado da cultura. O Homem,
como nos diz Kupfer (2007), não nasce pronto para a sociedade e Diniz
(1998:208) diz que “a cultura intervém na natureza para discipliná-la e
regularizá-la.” Essa autora diz ainda que pagamos um preço por essa
“conquista” e esse preço é “uma perda, uma falta que põe o sujeito a
desejar.” Vamos ver o que essa autora nos diz sobre o Édipo, que segundo
ela, “é a operação proposta por Freud para ilustrar essa entrada do sujeito na
ordem simbólica-rompimento com a natureza, inserção na cultura.” Nas
palavras dessa autora:
Tanto o menino quanto a menina têm como primeiro objeto
de amor a mãe. O desejo da mãe, em seu duplo sentido, é
que irá possibilitar a operação edípica, pois a lei de
interdição do incesto faz a separação criança-mãe. Essa
operação se dá de forma assimétrica no menino e na menina.
O menino deverá renunciar à mãe e identificar –se ao pai,
buscando aí o traço que o faz homem. O pênis é presença
que mostra uma certeza imaginária de unidade e potência.
Os meninos serão tomados da convicção de que todas as
pessoas são dotadas de um órgão como o seu. A ameaça de
perdê-lo põe o menino nessa renúncia através do Complexo
de Castração. Já não se pode dizer o mesmo da menina, pois
a constatação da diferença dos sexos determina o
surgimento da inveja do pênis. (DINIZ, 1998, p. 208)
O Superego, que está em fase de desenvolvimento, tem a tarefa de
reprimir e condenar esse “desejo” incestuoso. A falta do pênis na menina,
torna esse processo de identificação com o pai mais complicado, “pois
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
mesmo submetida à lei fálica – falo enquanto falta – a menina não se encontra
em um traço de identificação propriamente feminino, pois não há
representação do feminino no inconsciente.” (DINIZ, 1998, p. 209). A
mulher há então que se “tornar mulher.”
São comuns, nessa fase, perguntas relativas à sexualidade e
brincadeiras com explorações sexuais mútuas. Os adultos devem encarar
com naturalidade, evitando castigar a criança por manipular seus órgãos
genitais e dialogar francamente, de acordo com a capacidade de
entendimento da criança, respondendo as suas perguntas de modo natural e
verdadeiro; nem mais, nem menos do que elas desejam saber. A forma como
Fonte: <http://www.reflexaodevida.com.br/111fig1.jpg>.
Acessado em abril de 2006. os pais agem em relação à
sexualidade da criança nesse
momento definem, para
Freud, a sua constituição
psíquica e a sua identificação
sexual quando adulta.
Período de
Latência: Freud dá o nome de
latência ao período que
separa a sexualidade infantil
Figura 63: De acordo com os autores psicanalistas,
a relação mãe/filho é fundamental na constituição
do amadurecimento físico
psíquica do sujeito e na formação do seu auto-conceito sexual. Para ele, esse período
não caracteriza uma fase no
sentido dito sexual, pois não há erotização de nenhuma zona no corpo, pelo
contrário, a criança desvia seus instintos para atividades exteriores como a
socialização, a alfabetização, a amizade fora da família e outras atividades
Fonte: SOUZA, Maria Cleonice M, 2009.
que envolvam companheiros com
interesses semelhantes. A idade provável
que marca este período vai dos 5, 6 anos
de idade até por volta dos 11, 12 anos. Os
desejos sexuais não resolvidos da fase
fálica são reprimidos com sucesso pelo
Superego que absorveu dos pais apenas
as funções punitivas.
189
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191
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Qualquer coisa
Tenho essa atração irresistível pelas coisas infinitas,
esse sentimento largo de eternidade.
E é por isso que sou assim
- triste como um boi –
incapaz de comer pipoca sem pensar em Deus.
Apesar disso, não vejo em mim o despojamento
dos místicos,
dos loucos,
dos miseráveis,
o desapego e as visões febris dos profetas,
dos iluminados
e não saio de casa sem estar muito bem composto,
abotoados todos os botões da camisa,
os vincos impecáveis,
como um homem normal,
que vai pra rua de manhã cedinho,
preocupado com as oscilações da bolsa de valores.
.......................................................................
192
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
193
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
194
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
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Paulo: Ed. Cultrix, 1982.
BOCK, Ana Mercês Bahia. FURTADO, Odair e TEIXEIRA, Maria de Lourdes
Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13 ed.
Reformada e ampliada. São Paulo: Saraiva, 2002.
CHARLOT, Bernard. O sociólogo, o psicanalista e o professor . In.:
MRECH, Leny Magalhães (org.) O impacto da psicanálise na educação.
São Paulo: Editora Avercamp, 2005.
COUTINHO, Maria Tereza e MOREIRA, Mércia. Psicologia da Educação:
um estudo dos processos psicológicos de desenvolvimento e aprendizagem
humanos, voltados para a educação:ênfase na abordagem construtivista.
Belo Horizonte: Ed. Lê, 1992.
DINIZ, Margareth. De que sofrem as mulheres-professoras? In.: LOPES,
Eliane Marta Teixeira Lopes (org.). A psicanálise escuta a educação. Belo
Horizonte: Autêntica, 1998.
ERIKSON, Erik. Identidade, Juventude e Crise. Rio de Janeiro, RJ.: Editora
Guanabara S.A., 1987.
FREUD, Sigmund. O Mal-Estar na Civilização. Trad. José Octávio de Aguiar
Abreu. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1997.
KUPFER, Maria Cristina Machado. Educação para o futuro: psicanálise e
educação. 3ª. ed. São Paulo: Editora Escuta, 2007.
LAJONQUIÉRE, Leandro de. De Piaget a Freud: para repensar as
aprendizagens. A (psico) pedagogia entre o conhecimento e o saber. 14ª. ed.
Petrópolis, RJ.: Editora Vozes, 2007.
LAPLANCHE, Jean. Vocabulário da Psicanálise.3ª. ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1998.
LOPES, Eliane Marta Teixeira Lopes. O professor é um mestre? In.:
MRECH, Leny Magalhães (org.) O impacto da psicanálise na educação.
São Paulo: Editora Avercamp, 2005.
PEREIRA, Marcelo Ricardo. Subversão docente: ou para além da “realidade
do aluno”. In.: MRECH, Leny Magalhães (org.) O impacto da psicanálise na
educação. São Paulo: Editora Avercamp, 2005.
Sites Consultados:
www.educabrasil.com.br – Entrevista com Leandro Lajonquiére fornecida a
Ebenézer de Menezes, em 06 de dezembro de 1999.
195
10 UNIDADE 10
ADOLESCÊNCIA
Objetivo Geral
Profa. Ms. Vera Lúcia Mendes Trabbold8
Objetivos Específicos
196
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198
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200
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
confundido com crises e estados patológicos” (KNOBEL, 1992, p.13), e que PARA REFLETIR
dependerá do adolescente ir elaborando os lutos, tornando-se mais
fortificado em seu mundo interno. Isto faz com que a adolescência para Os adolescentes passam a
alguns seja muito turbulenta e sofrida, e para outros um momento mais ter comportamentos e
suave mesmo diante de alguns conflitos. sentimentos pouco
O contexto sócio cultural é enfocado pelo psicanalista Erik Erickson entendidos pelos adultos,
(1976). Erickson considera a adolescência um período fundamental no em decorrência das
desenvolvimento do eu, onde as mudanças biopsicossociais levarão o mudanças na auto-imagem
adolescente a uma crise de identidade, que colaborará para a formação da corporal e da formação de
personalidade adulta. Denomina de “moratória social”, um tempo de uma identidade. Passam
espera que nossa sociedade oferece aos jovens, enquanto se preparam para muito tempo no banheiro
exercerem o papel de adultos. ou no quarto, ouvindo
Fonte: http://www.sxc.hu/pi
músicas, se olhando no
A puberdade e a adolescência para Erickson c/s/e/em/emuman/1044093
_just_watching.jpg
espelho, ou em atividades
(1976) correspondem ao estágio de identidade versus
masturbatórias. Sentem-se
confusão de identidade.
desajeitados com o corpo
A identidade é um conceito que tem vários
que muda, as meninas
entendimentos. Aqui, identidade se refere ao Figura 74: Uma das
podem tentar esconder os
reconhecimento da pessoa como um ser único, que tarefas principais da
adolescência é busca seios em roupas largas, os
responde a pergunta “quem sou eu”?, e nos da identidade, que
meninos podem andar de
apresentamos ao mundo através disto. A formação da responderá a pergunta:
“quem sou eu”? forma curvada pela altura.
identidade se dá desde a infância, através do contato
Uma espinha pode ser o
com outras pessoas. Uma criança de cinco anos sabe seu nome e dos seus
motivo de muito choro
familiares, qual seu sexo biológico, reconhece sua imagem no espelho,
antes da festa, e o namoro
coisas que dizem respeito a sua identidade.
desfeito aos prantos hoje,
Mas com as grandes mudanças físicas da puberdade, incluindo a
com juras de amor eterno,
maturidade genital e consciência sexual, este adolescente não se percebe
já estará esquecido na
mais como fora outrora. A imagem mental que tem de si (como criança,
semana seguinte. Passam
incluindo seu corpo) terá que ser refeita, para aceitar as novas mudanças
mais tempo com a turma do
físicas e sentimentos libidinais como parte de si, mudando seu
que com a família. Vestem-
comportamento e sentimentos.
se como seu ídolo
No início desse processo, o adolescente passaria por uma difusão
preferido.
de papéis, identificando-se excessivamente com ídolos, lideres de grupos,
parecendo perder sua identidade própria, ao mesmo tempo em que se
rebela contra os pais na tentativa de separar sua identidade da de seus pais.
Aqui cresce, pela necessidade de pertencer a um grupo social, a importância
da turma ou do grupo de iguais, que ajuda o individuo a encontrar sua
identidade num contexto social.
Jean Piaget, como vimos nas teorias interacionistas, elaborou a
teoria do desenvolvimento cognitivo, que acontece em uma seqüência de
estágios universais que vão desde a imaturidade inicial do recém nascido até
o final da adolescência. Acreditava que com o acesso a idade adulta
terminariam as grandes mudanças evolutivas, o que hoje se contesta, pois
201
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
202
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
valorizadas por aquilo que têm e, não pelo que são Fonte: http://www.sxc.hu/pi
c/s/r/rr/rrruslan/1023366_m
(virtudes e valores). Aliado a isto, vivemos em uma eet_ruslan.jpg
203
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
REFERÊNCIAS
204
11
UNIDADE 11
AS INTERAÇÕES SOCIAIS EM SALA DE AULA: SUAS
IMPLICAÇÕES PARA O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO
Objetivo Geral
Maria Márcia Bicalho Noronha
Objetivo específico
Arcos e aviões
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Inventário dehabilidades
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Quadro 1:
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Fonte: Adaptado pelo NORONHA (2009), através do material constante do curso habilidades consultivas do contabilista,
do programa contabilizando sucesso, SEBRAE-Brasília, 2005.
209
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Asala deaula
Figura 81: A qualidade das interações realizadas em sala de aula irá repercutir no processo
de desenvolvimento das crianças.
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
Dinâmica degrupo
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Figura 83
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
PARA REFLETIR
Adinâmica externa do grupo Faça uma pequena relação
dos grupos dos quais você
Todo grupo existe dentro de um contexto. No caso em questão, a participa. Agora pense na
sala de aula, se situa dentro de uma instituição escolar. Para compreender a qualidade das trocas que
dinâmica do grupo da sala é preciso localizá-la dentro deste contexto e você tem estabelecido
compreender as forças externas atuantes nas suas interações. A instituição nestes grupos. É possível
escolar sofre a influência dos valores da sociedade a que pertence.As fazer algum nível de
expectativas da comunidade, os valores institucionais, o controle, a aproximação da sua
competição existente dentro da própria instituição, prestígio e posição social vivência em grupo com as
são forças externas que influem na dinâmica da sala de aula: na motivação, ideias expressas pela
nos objetivos, nos meios e nas atividades. poetisa?
213
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
O funcionamento do grupo
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Psicologia da Educação UAB/Unimontes
O queéser líder
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
deve ter uma boa capacidade de escuta dos desejos do grupo. O seu papel
também é de regulador , no sentido de ser “representante da lei que regula as
relações entre os membros, criando, dessa forma, um sistema autônomo,
democrático e auto-gestivo.” (PEREIRA, 1990).
Deve ficar atento as transferências, as identificações e suas
projeções, (rever conceitos da teoria psicanalítica) que os alunos depositam
na sua pessoa. Segundo Pereira 1990, o líder deve ficar atento a sua postura
no grupo, pois facilmente ele pode se desviar da sua verdadeira função e
tornar-se:
Justifique o impacto
O líder autêntico
favorável das estratégias
didáticas utilizadas por Este líder é o REPRESENTANTE DA LEI
professores democratas no Figura 87:O líder sedutor. no grupo. Uma lei que foi construída no
contexto do coletivo. Ele lembra ao grupo o “combinado”
desenvolvimento. por todos. Ele tem consciência do seu papel enquanto coordenador das
interações grupais, propulsionador do desenvolvimento do grupo, como
também tem conhecimento das suas limitações. O seu envolvimento com o
grupo é real, verdadeiro. Este líder tem maior compreensão da dimensão
afetiva e do seu papel no desenvolvimento do ser humano. É um líder que
consegue aliar a competência técnica à competência interpessoal. A
consequência deste tipo de liderança é a construção de um grupo sujeito.
Um grupo preparado para lidar com as dificuldades, como também capaz
de desfrutar o prazer e a alegria proporcionado pelas relações com as outras
pessoas.
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
218
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
219
RESUMO
221
REFERÊNCIAS
BÁSICA
BOCK, Ana Maria Bahia; Odair; TEIXEIRA, Maria. 1995. Psicologias: uma
introdução ao estudo da psicologia. 13.ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
COMPLEMENTAR
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Belo Horizonte: Edições do Campo Social,2003.
CAMPOS, Regina Helena de Freitas. Notas para uma história das idéias
psicológicas em Minas Gerais. In: CRP-4ª. Região –MG/ES. Psicologia
possíveis olhares outros afazeres. Belo Horizonte: CRP, 1992.
CHARLOT, Bernard. O sociólogo, o psicanalista e o professor. In.:
MRECH, Leny Magalhães (org.) O impacto da psicanálise na educação. São
Paulo: Editora Avercamp, 2005.
223
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
224
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
225
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
SKINNER, B.F. Walden II; uma sociedade do futuro. São Paulo: Herder,
1972.
SUPLEMENTAR
ABERASTURY, Arminda & KNOBEL, Mauricio.Tradução de Suzana M. G.
Ballve. Adolescência normal – um enfoque psicanalítico. 10ª ed. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1992.
226
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
227
ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
- AA
1) PROPOSTA DE AVALIAÇÃO
RESUMO ANALÍTICO
Identificação do trabalho
Disciplina: _____________________________________________________
Professor (es):___________________________________________________
Aluno (a): ______________________________________________________
Matrícula: __________ Período: __________ Data: __________
229
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
2) Por todos os argumentos que o Curso oferece, por toda a coerência que
devemos manter numa proposta de EaD, você terá liberdade para estruturar
uma linha de tempo sobre a Psicologia da Educação que lhe possibilite de
forma autônoma, produzir uma análise sobre os pressupostos filosóficos até
chegar ao entendimento da perspectiva da Psicologia científica. Estamos
cobrando o mínimo necessário a fim de averiguar sua aprendizagem,
permitindo, desta forma, que você se dedique ao máximo na realização do
trabalho. Dada a riqueza desta bibliografia, estamos abertos, para que todos,
se não alguns de vocês que queiram e possam se dedicar, apresentem como
proposta de conclusão da disciplina, um estudo realizado em sua cidade
sobre a Psicologia da Educação como disciplina de formação de professores
e que contribui ou não para a atuação deste profissional na perspectiva de
melhoria da aprendizagem dos seus alunos.
4) Observe o seu cotidiano e escolha uma situação social para ser analisada
de acordo com os pressupostos da teoria Behaviorista. Defina o
comportamento observado e o que mantém este comportamento
acontecendo.
230
Psicologia da Educação UAB/Unimontes
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
11) Quais as atitudes que um facilitador deve desenvolver para que haja a
aprendizagem significativa?
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233
2º Período
SOCIOLOGIA
DA EDUCAÇÃO
AUTORES
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 239
Unidade I: O surgimento e a consolidação da sociologia . . . . . . . . 243
1.1 Sociologia: aspecto conceitual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 243
1.2 A imaginação sociológica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 245
1.3 O contexto do surgimento da Sociologia. . . . . . . . . . . . . . . 247
1.4 O Positivismo como uma primeira Sociologia . . . . . . . . . . . 250
1.5 Os autores clássicos da Sociologia e a diversidade na explicação
da vida social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 254
1.6 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255
1.7 Vídeos sugeridos para debate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 256
Unidade II: A sociologia de Karl Marx. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
2.1 O contexto geral da obra de Karl Marx . . . . . . . . . . . . . . . . 258
2.2 Papel do cientista, objeto e método de análise . . . . . . . . . . 258
2.3 A Teoria dos Modos de Produção Social . . . . . . . . . . . . . . . 262
2.4 A divisão social do trabalho e classes sociais . . . . . . . . . . . . 265
2.5 A análise da sociedade capitalista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 270
2.6 Luta de classes, mercadoria e mais-valia . . . . . . . . . . . . . . . 271
2.7 Conceitos de alienação e ideologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 272
2.8 Atualidades do marxismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 274
2.9 Karl Marx e a educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 275
2.10 Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280
2.11 Vídeos sugeridos para debate . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 280
Unidade III: A sociologia de Émile Durkheim . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
3.1 Vida e obra do autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 281
3.2 Diálogo com o positivismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282
3.3 Instituições sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 284
3.4 Patologia social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286
3.5 Fatos sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 286
3.6 Mudança social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 288
3.7 Divisão do trabalho social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 291
3.8 Tipos de solidariedade social . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
3.9 Considerações sobre o método: a objetividade dos
fatos sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 293
3.10 Socialização e educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
239
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
240
Apresentação UAB/Unimontes
241
1
UNIDADE 1
Artes Visuais
243
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Como esse mundo surgiu? Por que nossas condições de vida são tão
diferentes daquelas de nossos pais e avós? Que direção as mudanças
tomarão no futuro? Essas questões são preocupações da sociologia, um
campo de estudo que conseqüentemente tem um papel fundamental na
cultura intelectual moderna.
A sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos e das
sociedades. É um empreendimento fascinante e irresistível, já que seu objeto
de estudo é nosso próprio comportamento como seres sociais. A
abrangência do estudo sociológico é extremamente vasta, incluindo desde a
análise de encontros ocasionais entre indivíduos na rua até a investigação de
processos sociais globais.
A maioria de nós vê o mundo a partir de características familiares a
nossas próprias vidas. A sociologia mostra a necessidade de assumir uma
visão mais ampla sobre por que somos como somos e por que agimos como
agimos. Ela nos ensina que aquilo que encaramos como natural, inevitável,
bom ou verdadeiro, pode não ser bem assim e que os “dados” de nossa vida
são fortemente influenciados por forças históricas e sociais. Entender os
modos sutis, porém complexos e profundos, pelos quais nossas vidas
individuais refletem os contextos de nossa experiência social é fundamental
para a abordagem sociológica.
A Sociologia é uma ciência que estuda o comportamento humano e
os processos de interação social que interligam o indivíduo em associações,
grupos e instituições sociais. Enquanto o indivíduo na sua singularidade é
estudado pela Psicologia, a Sociologia estuda os fenômenos que ocorrem
quando vários indivíduos se encontram em grupos de tamanhos diversos e
interagem no seu interior.
Os resultados da pesquisa sociológica não são de interesse apenas
de sociólogos. Cobrindo todas as áreas do convívio humano – desde as
relações na família até a organização das grandes empresas, o
comportamento político na sociedade até o comportamento religioso –, a
Sociologia pode vir a interessar, em diferentes graus de intensidade, a
administradores, políticos, empresários, juristas, professores em geral,
publicitários, jornalistas, planejadores, sacerdotes, mas também ao homem
comum.
A Sociologia somente começou a se consolidar enquanto ciência
inspirando-se em rigorosos procedimentos de pesquisa, a partir das
reflexões de Emile Durkheim (1864-1920). Só então, ela adquire forma e
vem sendo aperfeiçoada até hoje.
Como ciência, a Sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios
gerais válidos para todos os ramos do conhecimento científico, perseguindo
um corpo de idéias logicamente estruturadas entre si. A Sociologia, portanto,
pretende explicar o que acontece na sociedade, como um tipo de
conhecimento garantido pela observação sistemática dos fatos, podendo
transformar-se em instrumento de intervenção social.
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REFERÊNCIAS
BINETI, Saffo Testoni. Iluminismo. In: BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI,
Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política –Vol. 1. Tradução:
Ferreira, João (coord.).8. ed. Brasília: Editora UNB,1995. p. 605-611
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a) Dialética
Marx trabalha em suas obras com o método dialético e o
PARA REFLETIR
materialismo histórico. A dialética significava para os filósofos gregos antigos
Nos primeiros anos da
a arte de discutir ou a argumentação dialogada, e para Marx é pensar o
década de 1860,
movimento. Para Marx, pensar as mudanças naturais e sociais a partir da
acontecimentos
dialética é o mesmo que acreditar que no universo tudo é movimento e
espetaculares ocorridos no
transformação.
cenário internacional
Para entendermos a dialética em Marx e Engels é preciso
fizeram com que lideranças
buscar a discussão em Hegel. Para este autor alemão a dialética aborda o
sindicais e ativistas
movimento do espirito, e se realiza segundo um conjunto de três elementos
socialistas começassem a
inter-relacionados:
pensar em fundar uma
a tese é a idéia inicial ou a afirmação de uma idéia;
?
organização que reunisse os
a antítese, a negação da tese (afirmação de uma idéia oposta, mas
?
sentimentos universais em
relacionada à tese); e
favor da luta dos
? e a síntese, a negação da antítese, ou negação da negação. A síntese trabalhadores e das nações
decorre da resolução desta contradição numa nova idéia que englobe oprimidas. O resultado disso
elementos das duas anteriores. Isso significa que a tese é a uma nova unidade foi a criação da Primeira
que pode ser negada, e no processo de negação torna-se antítese, resultando Associação Internacional
em mudanças que se tornarão uma síntese, ou uma nova tese. dos Trabalhadores em
Esses são os elementos principais do sistema idealista hegeliano. Londres, no ano de 1864.
Karl Marx, juntamente com Friedrich Engels, serão os fundadores do
materialismo dialético, o qual inverterá o sistema idealista hegeliano,
postulando que não é o pensamento que determina as condições materiais,
mas as condições materiais que determinam o pensamento.
Aqui não partimos daquilo que os homens dizem, imaginam,
crêem, nem muito menos de que são nas palavras,
pensamento, imaginação e representação de outrem, para
atingir finalmente os homens em carne e osso. Não, aqui
partimos dos homens tomados em sua atividade real,
segundo o seu processo real de vida, representando também
o desenvolvimento dos reflexos e dos ecos
ideológicos desse processo vital. (MARX e ENGELS, 1992, p.
51).
Para Marx e Engels, a dialética é a ciência das leis gerais do
movimento tanto do mundo exterior quanto do pensamento humano. A
grande idéia fundamental é que o mundo não deve ser considerado como
um conjunto de coisas acabadas, mas como um conjunto de processos em
que as coisas, aparentemente estáveis, bem como seus reflexos mentais no
nosso cérebro, os conceitos, passam por uma série ininterrupta de
transformações.
Aplicando esse princípio ao processo de produção da vida social e
ao processo histórico, esses autores concluem que o homem, a partir do
trabalho, realiza a produção das suas necessidades, e ao mesmo tempo cria a
sociedade. Portanto, as transformações que o homem realiza (tanto
materiais quanto de idéias) são partes de um processo dialético. De acordo
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com essa concepção, não são as idéias ou os valores que os seres humanos
guardam que são as principais fontes da mudança social. Em vez disso, a
mudança social é estimulada primeiramente por influências econômicas.
(GIDDENS, 2005, p. 32)
Quadro 2
Te se Antítese Síntese
Sociedade feudal Transformações: Sociedade Capitalista
? negação das ?
instituições feudais
?
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SUPER -
ESTRUTURA
Todas as formas
de consciência
social: Estado, leis,
justiça, idéias e
costumes.
INFRA -ESTRUTURA
Relações Sociais de Produção + Forças
Produtivas
(Meios de Produção + Força de Trabalho
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Fonte: http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/3.recolectores.jpg
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expressam a divisão do
trabalho na sociedade
Inca, onde o Ayllu
representa o produtor, o
Curaca é o intermediá-
rio responsável por
coletar parte dos
produtos produzidos e
repassá-los para a
nobreza.
A terceira
forma é a propriedade
feudal ou por ordens. É
caracterizada pelo
trabalho servil, repousa-
da sobre a classe dos
camponeses avassala-
Figura 7: A divisão do trabalho na sociedade Inca.
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Fonte: http://br.geocities.com/a_capitalismo_2.jpg
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Alienação
Fonte: http://bp3.blogger.com/_U9c-kWSRqX4/R7IcPBUDh6I/AAAAAAAABzw
para Marx é a ação /nkT4rOY4Q2A/s1600-h/trabalhador-engrenagens-~-IND022.jpg
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Quadro 4
Autores Temas Ano
Pierre ? Estudo sobre os estudantes 1964
Bourdieu e universitários de Paris
Jean -Claude ? A reprodução: elemen tos para uma 1970
Passeron teoria do sistema de ensino
? Estudo da ação pedagógica e
violência simbólica
James ? Enquête nacional onde documenta 1966
Samuel as desigualdades escolares.
Coleman
Alain ? Movimento estudantil na Fran ça e 1967
Touraine e nos EUA
Seymour
Martin Lipset
Pierre ? Mobilidade – saber, a educação 1971
Dandurand como controle simbólico e
reprodução social.
Louis ? Aparelho ideológico escolar como 1971
Althusser principal rede de difusão da
inculcação da ideologia dominante
Samuel ? Defendem a tese de que a escola 1971
Bowles e serve para manutenção da divisão e 1972
Herbert social do trabalho ou em última
Gintis análise da divisão de classes.
Fonte: Dandurand e Olivier, 1991, p .122 –125)
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Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
REFERÊNCIAS
ARANHA, Antônia. Educação Integral – Educação Omnilateral. In:
FIDALGO, Fernando e MACHADO, Lucília. (Ed.) Dicionário de Educação
Profissional. Belo Horizonte: NETE-UFMG, 2000a. p. 126
_________. Educação Politécnica. In: FIDALGO, Fernando e MACHADO,
Lucília. (Ed.) Dicionário de Educação Profissional. Belo Horizonte: NETE-
UFMG, 2000b. p. 130
ARON, Raymond. O Marxismo de Marx. São Paulo: Arx, 2005.
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo:
Moderna, 1997.
DANDURAND, Pierre e OLIVIER, Émile. Os Paradigmas Perdidos – ensaio
sobre a Sociologia da Educação e seu objeto. Teoria e Educação. Porto
Alegre, Pannonica, n. 3, 1991. p .120 – 142.
GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artemed, 2005.
LALLEMENT, Michel. História das idéias sociológicas: das origens a Max
Weber. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. p.119.
LENIN, Vladimir I. O que é o marxismo? Porto Alegre: Movimento, 1980.
MARX, Karl. “Prefácio à contribuição à crítica da economia política”. In:
MARX, K. e ENGELS, F. Obras escolhidas. São Paulo: Alfa-Omega, 1977.
MARX, Karl; ENGELS, F. A ideologia Alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA,
Márcia Gardênia de. Um toque de clássicos – Marx, Durkheim e Weber.
Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002. (Coleção Aprender)
TOMAZI, Nelson Dacio (Coord). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual,
1993.
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3
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que os fatos sociais sejam exteriores aos indivíduos. Em outras palavras, eles
pré-existem. São construções coletivas, que agem sobre os indivíduos.
O caráter de coerção significa que os fatos sociais se impõem aos
indivíduos, conformam suas ações e pensamentos. Para Costa, “a força
coercitiva dos fatos sociais se torna evidente pelas 'sanções legais' ou
'espontâneas' a que o indivíduo está sujeito quando tenta rebelar-se contra
ela.” (2005, p. 81).
Os fatos sociais são formados pelas representações sociais. Isto é,
pelas maneiras de “como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a
rodeia”. (QUINTANEIRO; BARBOSA; OLIVEIRA, 2002, p. 18). Essas
“formas de atuar e de pensar não são obra do indivíduo [...] emanam de um
poder moral que o sobrepuja [...]” (DURKHEIM, 1994, p. 42).
Com essa definição do objeto de análise, Durkheim constrói o
campo de investigação científica da Sociologia, separando-o claramente das
abordagens filosófica e psicológica. Ortiz (1989) definiu Durkheim como o
arquiteto fundador da Sociologia.
Os indivíduos não são portadores de uma ação que, em si mesma,
encontra as razões do agir, do pensar e do sentir. Durkheim sugere uma
abordagem sociológica que assuma o pressuposto de que a fonte explicativa
da sociedade se encontra em estruturas coletivas, que conformam a vida
individual. Os fatos sociais superam os “espíritos individuais, exatamente do
mesmo modo como o todo supera as partes”. (DURKHEIM, 1994, p. 43).
Ortiz (1989) afirmou que em O Suicídio, de 1897, Durkheim
aplicou com rigor seu método, num campo analítico até então tido como da
Psicologia.
Nessa obra, ele demonstrou que uma atividade humana que seria,
aparentemente, feito puro da consciência individual, isto é uma decisão
eminentemente individual, é, na verdade, produto social. Em outras
palavras, as causas do suicídio “são de natureza sociológica e não
individual”.
Durkheim procurou elaborar uma tipologia dos suicídios. Os
suicídios egoísta, altruísta e anômico. O primeiro tipo estaria associado à
desagregação social, à fragilização de vínculos morais, familiares, que
levariam o indivíduo aos estados de melancolia, desamparo, depressão. O
segundo teria por base a idéia de dever cumprido. O terceiro derivaria de
um estado de ausência de regras e normas. Em todos os casos, ato suicida
seria conseqüência do ordenamento social. Portanto, objeto de análise da
Sociologia.
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B G CE
século XX, ou talvez vinte anos atrás.
As instituições sociais, erigidas para tornar fato aquilo que as
GLOSSÁRIO
A F sociedades compreendem e definem, ao longo da história, como o seu
ordenamento comportamental (agir, pensar, sentir) são submetidas,
Anomia: etimologicamente cotidianamente, aos tensionamentos advindos da relação entre os
tem origem grega
“espíritos” dos indivíduos e as representações sociais.
a+nomos, (a = ausência
Durkheim reconhece o comportamento inovador, a gênese das
+ nomos = lei, norma).
instituições sociais. Porém, “essa ação transformadora é tanto mais difícil
Anomia é um sentimento de
quanto maior o peso ou a centralidade que a regra, a crença ou a prática
falta de objetivos ou de
social que se quer modificar possuem na sociedade.” (QUINTANEIRO;
desespero, provocados pela
BARBOSA; OLIVEIRA, 2002, p. 21).
vida social moderna. Isso
A Sociologia de Durkheim foi bastante criticada por ser uma
deixa muitos indivíduos em
abordagem que privilegia o comportamento funcional das instituições
sociedades modernas
sociais e a relação entre esse e as possibilidades de coesão e harmonia social.
sentindo que suas vidas
Ou ainda, os riscos que transformações nas regras, normas e leis que regem a
cotidianas carecem de
vida em sociedade podem causar para a saúde social.
significado.
Porém, como vimos, embora a ênfase na mudança social não seja o
motor analítico de Durkheim, e os conflitos expressassem patologias sociais,
não é possível dizer que sua abordagem não forneça elementos para pensar
como as sociedades se transformam.
Não devemos esquecer que a segunda metade do século XIX e as
duas primeiras décadas do século XX foram momentos de intensas
transformações na Europa. As Regras do Método Sociológico, obra seminal
do pensamento de Durkheim foi escrita em 1895, quando já se vivenciava
intensamente na Inglaterra e, também na França, a consolidação de grandes
centros urbanos e industriais. Mais ainda, ocorreria entre 1914 e 1918 a
primeira grande Guerra Mundial. E em 1917 a insurreição comunista na
Rússia.
Imerso num ambiente de grandes conflitos e de mudanças
estruturais com vistas à consolidação do capitalismo industrial na Europa,
Durkheim viverá a perturbação analítica de responder à indagação: o que
rege a organização das sociedades? Quais as lógicas e dinâmicas de seu
funcionamento? O que faz com que se tenha coesão social e processo
harmônicos? O que leva à patologia e à desagregação social ou à anomia?
Ou qual é a ordem régia da mudança com coesão social?
Vejamos que não são questionamentos simples. São, antes,
inquietações profundas para um pensador como Durkheim. Por isso
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Fonte: http://www.adrenaline.com.br/forum/papo-cabeca/220030-1968-
ano-que-nao-terminou.html
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Fonte: http://www.adrenaline.com.br/forum/papo-cabeca/220030-1968-ano-que-nao-terminou.html
Figura 18: O corredor norte-americano John Carlos faz história nos Jogos
Olímpicos de 1968 ao erguer o punho cerrado com uma luva preta no pódio
para protestar contra o racismo.
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Fonte: http://www.badaueonline.com.br/dados/imagens/escola-criança.jpg
Fonte: http://ursasentada.blogspot.com/2008_12_01_archive.html
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Sociologia da Educação UAB/Unimontes
REFERÊNCIAS
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Paulo: Editora Moderna, 2005.
COSTA, Lúcio Flávio F. “A divisão do trabalho na perspectiva da Sociologia
clássica”. Cadernos de Ciências Sociais. Unimontes,Departamento de
Ciências Sociais, n° 02, ano 02, dez. 1996, p. 15-24.
DEMO, Pedro. Metodologia Científica em Ciências Sociais. São Paulo: Altas,
1995.
DURKHEIM, Émile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Martins
Fontes, 1995.
DURKHEIM, Émile. Educação e Sociologia. São Paulo: Melhoramentos,
1955.
DURKHEIM, Émile. Sociologia e Filosofia. São Paulo: Ícone Editora, 1994.
KONDER, Leandro; TURA, Maria de Lourdes Rangel (org). Sociologia para
Educadores. Volume 01. Rio de Janeiro: Quartel, 2001.
ORTIZ, Renato. Durkheim: arquiteto e herói fundador. Revista Brasileira de
Ciências Sociais. ANPOCS, N.11, v.4, 1989, p.5-22.
PIAGET, J. O juízo Moral na Criança. São Paulo: Summus, 1994.
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia de Oliveira; OLIVEIRA,
Márcia Gardênia de. Um toque de clássicos – Marx, Durkheim e Weber.
Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002. (Coleção Aprender)
Os miseráveis.
Na França, Jean Valjean é condenado a passar cinco anos na prisão por
roubar um pão. A pena vai aumentando devido às suas repetidas tentativas
de fuga, de forma que Jean Valjean acaba por passar dezenove anos na
prisão. Após cumprir a pena é posto em liberdade condicional, sendo que se
não se apresentar regularmente, nos termos da condicional, ficará preso por
toda a vida. Por isso, Valjean sente-se marginalizado por todos que encontra,
pois carrega o "passaporte amarelo" que o identifica como ex-presidiário. O
filme retrata a sociedade francesa onde os valores sociais estão presentes em
meio à tradição e a mudança.
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4
Sociologia da Educação
UNIDADE 4
A SOCIOLOGIA DE MAX WEBER
UAB/Unimontes
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PARA REFLETIR
Fonte: http://hangingodes.files.wordpress.
com/2007/12/weber.jpg
Max Weber nasceu no dia 21 de
Abril de 1864, na cidade de Erfurt, na
Alemanha. A influência da mãe, mulher culta Em 1919 as potências
e liberal, de fé protestante, e do pai jurista e européias assinaram o
político, permitiu ao jovem Weber crescer Tratado de Versalhes, que
em um espaço que o transmitiu o rigor da encerrou oficialmente a
formação protestante e o gosto pelo debate Primeira Guerra Mundial. O
político. Em 1869, sua família muda-se para Tratado impôs à Alemanha a
Berlim. A casa paterna era freqüentada por perda de uma parte de seu
personalidades acadêmicas e políticas, a território para nações
convivência em um ambiente erudito e vizinhas, todas as suas
Figura 21: Max Weber intelectual também contribuiu colônias, reconheceu a
decisivamente para sua formação. independência da Áustria,
Em 1882, Weber se inscreveu no curso de Direito da Universidade além de ser obrigada a
de Heidelberg, período em que estudou outras disciplinas, como Filosofia, restringir o tamanho do seu
História e Economia. Somente no final da sua carreira ocorreu uma exército. A pintura de
dedicação explícita à Sociologia, ainda que em seus primeiros trabalhos já Wiliam Orpen representa a
apresentassem aspectos sociológicos. Seu doutoramento ocorreu em assinatura do Tratado.
1889, com uma tese sobre as companhias comerciais da Idade Média. No
ano seguinte, volta para Berlim e atua como advogado. Nesse período
também escreve um tratado de análise sociológica e econômica do Império
Romano, intitulado “História das Instituições Agrárias”.
Além de se dedicar à vida acadêmica, Weber participou ativamente
da vida política alemã. Auxiliou na elaboração da Constituição da República
de Weimar, em 1919. No mesmo ano, integrou o corpo de delegados que
representaram a Alemanha durante o Tratado de Versalhes. Um intelectual
que embora não tenha ocupado nenhum cargo político, esteve presente em
todos os debates políticos do seu tempo.
No outono de 1894, assume a cadeira de Economia da
Universidade de Friburgo, onde trabalhou intensamente por dois anos, até
se transferir para Universidade de Heidelberg. De volta à sua antiga casa,
Weber tornou-se colega de seus ex-professores. Em 1898 começa a
apresentar sintomas de esgotamento psíquico, crise que o afastou das
atividades acadêmicas por praticamente cinco anos. Em 1903, recebe em
Heidelberg o título de professor honorário, fato que o permitiu organizar
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não deve ser considerado algo desejável. Podemos criar um tipo ideal de
político corrupto, ou mesmo de um assassino. Trata-se de um instrumento
que possui uma clara definição conceitual e nunca existirá na realidade
concreta; seu papel é selecionar explicitamente a dimensão do objeto que
será analisado e apresentar essa dimensão da forma mais pura possível.
É importante destacar que existe uma diferença entre tipo ideal e
demais conceitos descritivos. Os conceitos são utilizados para descrever e
sintetizar as características comuns de fenômenos empíricos. Por outro lado,
tipo ideal demarca unilateralmente certas características ou pontos de vista.
Por meio da combinação de determinados elementos e da abstração, todo
fenômeno descritivo pode ser transformado em um tipo ideal. Segundo
Giddens (1990), a passagem dos conceitos descritivos para tipos ideais,
ocorre quando passamos da classificação descritiva dos fenômenos para
análise explicativa ou teórica desses mesmos fenômenos.
Conforme QUINTANEIRO; BARBOSA; OLIVEIRA (2002), a
construção tipológica ideal weberiana só pode existir como utopia, na forma
de um modelo simplificado da realidade, onde alguns traços avaliados como
relevantes são colocados em evidência para determinar relações de
causalidade entre os fenômenos. Com esse instrumento o cientista social
pode construir um modelo de interpretação e de investigação, que o guiará
nos infinitos caminhos da realidade social.
Podemos analisar a realidade a nossa volta a partir da construção de
vários tipos ideais. Por exemplo, poderíamos criar um tipo ideal de Estado,
de educação superior, de Igreja, de conduta profissional, até mesmo de
professor ou aluno ideal. Na obra de Weber, encontraremos vários exemplos
de aplicação dos tipos ideais: tipos de ação social, tipos de relação social,
tipos de dominação, etc.
308
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
contemplativa, por exemplo, não se caracteriza como ação social, por que
não está orientada pela ação do outro, ou seja, ação sem o caráter “social”.
A ação social (incluindo tolerância ou omissão) orienta-se
pelas ações dos outros, as quais podem ser ações passadas,
presentes ou esperadas como sendo futuras (por exemplo:
vingança por ataques futuros). Os 'outros' podem ser
indivíduos e conhecidos ou até uma pluralidade de
indivíduos indeterminados e inteiramente desconhecidos (o
dinheiro, por exemplo, significa um bem de troca que o
agente admite no comércio porque a sua ação está orientada
pela expectativa de que muitos outros, embora
indeterminados e desconhecidos, estejam dispostos
também a aceitá-lo, por sua vez, numa troca futura).
(WEBER, 2001, p. 415).
Podemos entender que tudo que se encontra fora do plano
analítico da ação social não pertence mais ao campo das Ciências Socais,
mas filosófico. Segundo Nogueira (1999), o fenômeno na disciplina,
reconhecido como efetivamente real são as ações sociais. Weber acredita
que os problemas da Sociologia só devem ser tratados como tal, se puderem
ser traduzidos no plano da análise concreta das ações sociais. Não foi seu
objetivo construir uma teoria abstrata entre sujeitos e estruturas, ou
determinar características subjetivas entre agentes e situações.
Weber diz que toda ação social pode ser compreendida em quatro
categorias: 1) Racional em relação a fins; 2) Racional com relação a valores 3)
Afetiva; 4) Tradicional. São classificações que se aproximam da ação real,
tipos ideais puros, construídos para auxiliar a pesquisa sociológica.
Agir racionalmente com relação a fins significa dizer que o agente
disporá de todos os meios necessários para atingir um fim pré-estabelecido.
Nesse caso, o agente calcula racionalmente quais os resultados prováveis de
suas atitudes, mas sua ação individual tem como referência os sujeitos
externos e objetos do mundo exterior. Um agente econômico é um exemplo
clássico de um comportamento relacionado a fins; ao investir no mercado
financeiro, seu objetivo último, é o lucro. Para alcançá-lo traça estratégias,
que são a todo tempo recalculadas, a partir da atitude dos outros agentes que
fazem parte do mercado. As atitudes deste agente não são condicionadas
pela tradição, tão pouco por atitudes afetivas.
A ação racional com relação a valores é também um tipo de ação
racional, porque previamente o agente estipula objetivos coerentes. O
agente orienta suas atitudes segundo um ideal dominante, possui um
comportamento fiel às suas convicções. Um indivíduo que acredita em uma
crença religiosa pode seguir vários “mandamentos” como um ideal de vida,
por exemplo: sendo honesto e não roubando, vivendo a castidade antes do
casamento, não trabalhando no domingo, entre inúmeras outras condutas
possíveis. Em suma, a relação racional em relação a valores possui como
aspecto central a obediência a valores imperativos, que em certas situações
podem ser considerados irracionais, pois almejam mais o caráter absoluto da
309
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310
Sociologia da Educação UAB/Unimontes
significado. Weber vem nos dizer que instituições como o Estado, a Igreja, o
Matrimônio só existem sociologicamente, porque há ações sociais entre os
participantes que são carregadas de sentido. Weber realiza uma leitura
inovadora de instituições de “personalidade coletiva” da seguinte forma:
Para a Sociologia, a realidade Estado não se compõe
exclusiva ou justamente de seus elementos juridicamente
relevantes. E, em todo, não existe para ela uma
personalidade coletiva 'em ação'. Quando fala do 'Estado', da
'nação', ou das 'sociedades por ações' da 'família', da
'corporação militar' ou de outras 'formações' semelhantes,
refere-se meramente a determinado curso da ação social de
indivíduos. (WEBER, 1991, p. 09).
Agrupamentos coletivos como, torcidas de futebol, associações,
grupos religiosos possuem interesses que motivam racionalmente o grupo
seja em relação a valores. Numa empresa capitalista os interesses são
racionais em relação a fins. Além dos interesses racionais, há “conteúdos
comunitários”, ou seja, sentimentos de pertencimento a comunidade.
Nesses grupos, as condutas podem ser regulares, seja porque as atitudes
individuais se repetem, ou porque muitos as fazem, dando sentido
semelhante às suas condutas. Há, porém, no processo de racionalização da
conduta, a possibilidade de o agente, dentro do grupo, tomar consciência de
sua submissão e não aceitar a regularidade que o costume impõe à sua
conduta. (QUINTANEIRO; BARBOSA; OLIVEIRA, 2002).
Weber destaca dois tipos puros de relação social: “a relação
comunitária” e a “relação associativa”. A primeira refere-se ao tipo de ação
social em que a atitude do indivíduo repousa no sentimento subjetivo dos
participantes de pertencer (afetiva ou tradicionalmente) ao mesmo grupo. A
segunda acontece quando e na medida em que a atitude na ação social
repousa num ajuste ou numa união racionalmente motivados (com
referência a valores ou fins), repousa num ajuste ou numa união de
interesses racionalmente motivados com referência a valores ou fins.
Os dois tipos de relação social podem se dar em situações concretas
em diferentes esferas da vida social, envolvendo distintas constelações de
interesses ao mesmo tempo, podendo assumir inclusive caráter de
antagonismo e luta.
Weber (1991) destaca que toda relação social possui um conteúdo
significativo, que pode variar ao longo do tempo. Por exemplo, quando dois
partidos políticos pactuam um acordo de cooperação, não significa que
posteriormente não haja conflito de interesses. A “nova” relação entre
ambos criou “um novo conteúdo significativo”. Nesse caso, a relação social
passou de cooperação para conflito. Os conteúdos significativos também
podem ser pactuados. Quando dois partidos assinam um documento de
cooperação, observa-se que há por parte de ambos uma promessa de
conduta futura, que será durante todo tempo avaliada tendo com referência
o comportamento do outro.
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Figura 22: Getúlio Dornelles Vargas - Governou o Brasil por mais de 18 anos, sendo até
hoje o mais polêmico de todos os políticos brasileiros, graças ao carisma capaz de
mobilizar milhões de brasileiros.
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B G CE
sendo particular a formação educacional com relação à cultura e ao destino
nas diferentes posições sociais: Uma educação carismática: orientada para
GLOSSÁRIO
despertar a capacidade considerada como um dom puramente pessoal. O
carisma não se pode ensinar, nem adquirir, não se trata de uma tarefa de
A F
formação, mas sim de conversão: o aluno tem que negar-se em seu estado Estamento: constitui uma
atual e tratar de alcançar ou recuperar sua autêntica personalidade. (VILELA, forma de estratificação
2001) social com camadas sociais
mais fechadas do que as
O segundo sistema trata de uma educação formativa: orientada,
classes sociais, e são
sobretudo, para cultivar um determinado modo de vida que admita atitudes
reconhecidas por lei,
os comportamentos particulares. Este modo de vida pode ser muito diverso,
tradição e geralmente
pois constitui sempre um conjunto articulado de atitudes fundadas em um
ligadas ao conceito de
ethos que é, em cada caso característico, ascético, literário, musical ou
honra e prestígio. Para
científico. Assume a finalidade de educar para determinadas atitudes frente
Weber uma pessoa compõe
à vida (pode até vir acompanhado por um carisma e por um saber ou
um estamento quanto
conhecimento, mas não o exige). Se a educação carismática era a educação
compartilha com outras um
dos eleitos do destino, este segundo tipo é próprio de um grupo particular.
modo de vida específico,
Esse segundo tipo de sistema educativo constitui a instância
geralmente baseado no
reprodutora de uma categoria estamental, isto é, de uma categoria social
prestígio.
que define sua posição em termos de conduta de vida, o que se traduz em
prestígio. Este tipo de educação exige e favorece a adoção de técnicas
particulares de inculcação. Ser culto não é algo que está relacionado com o
saber, com o conhecimento, embora este necessariamente não precise estar
excluído, mas significa, sobretudo, estar familiarizado com a cultura, com as
maneiras de ser e agir do grupo.
O terceiro sistema foi denominado como educação racional para a
burocracia ou uma educação especializada, que está orientada para instruir
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Fonte: http://www.educateuk.org/images/tomorrowsworld1.jpg
ATIVIDADES
A formação do homem culto versus a formação do especialista é
Elabore um texto onde você uma questão presente nas sociedades capitalistas, na medida em que a
vai justificar a importância burocratização atinge tanto os setores públicos quanto os privados da
dos sistemas educacionais sociedade, atribuindo cada vez mais importância ao saber especializado.
em Weber. Justifique Os três tipos de educação descritos pelo autor expressam as
dizendo onde, na educação desigualdades intrínsecas às sociedades capitalistas a partir da coexistência
brasileira ou mundial atual, da educação racional-legal, da educação carismática e da educação que visa
torna-se importante o à formação do homem culto. (GONZALEZ, 2008)
carisma, o cultivo do saber
O grande mérito das lições de Weber para o entendimento da
humanístico e do saber
educação na atualidade, e que tem sido devidamente apropriada na
técnico racionalizado.
sociologia da educação, pode ser sintetizada em duas amplas dimensões.
De um lado, a abordagem do sistema escolar dentro do processo de
racionalidade burocrática, de seus mecanismos de organização e de suas
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REFERÊNCIAS
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Disponível em:
www.anped.org.br/reunioes/25/minicurso/educacaoteoriaweberiana.doc
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Márcia Gardênia de. Um toque de clássicos – Marx, Durkheim e Weber.
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UNIDADE 5
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Fonte: http://mensnewsdaily.com
Os indiferentes
Odeio os indiferentes.
Acredito que viver
significa tomar partido.
Indiferença é apatia,
parasitismo, covardia.
Não é vida.
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DICAS
5.4 DADOS BIOGRÁFICOS DE JOHN DEWEY
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REFERÊNCIAS
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JESUS, Antonio Tavares. O Pensamento e a Prática Escolar e Gramsci. São
333
Artes Visuais Caderno Didático - 2º Período
Mentes Perigosas
(EUA, 1995) O filme “Mentes Perigosas” conta a história verídica da ex-
fuzileira naval e professora Louanne Johnson. Sua trajetória em uma escola
norte-americana de Ensino Médio para alunos muito capazes, porém, com
grandes problemas sociais é abordada. Ao se deparar com esses alunos
problemáticos e sem interesse em se dedicar aos estudos, ela, que a
princípio mantinha uma postura tradicional de ensino, percebe que precisa
reformular sua prática pedagógica para criar um vínculo com seus alunos, a
fim de motivá-los. Ao transformar radicalmente a sua atitude dentro de sala
de aula, trazendo para suas aulas assuntos relevantes à realidade de mundo
de seus alunos, ela enfrenta automaticamente a resistência da direção da
escola que insiste na idéia de que os alunos devem, exclusivamente, se deter
ao programa educacional pré-estabelecido, e jamais participar de atividades
que não forem relacionadas a ele.
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RESUMO
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BÁSICA
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COMPLEMENTAR
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FIDALGO, Fernando e MACHADO, Lucília. (Ed.) Dicionário de Educação
Profissional. Belo Horizonte: NETE-UFMG, 2000a. p. 126
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http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/dewey/cap12.htm Acesso
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SUPLEMENTAR
IANNI, Octávio (org.). Marx. Coleção Grandes Cientistas Sociais. São Paulo:
Ática,1992
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ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
- AA
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