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MATÉRIA: Filosofia e Sociologia – Indústria cultural

Profª Ma. Luana Xavier

1. (Uece 2019) “A crescente proletarizaçã o dos obra de arte, a unidade de sua presença no
homens de hoje e a crescente formaçã o das pró prio local onde se encontra. É a essa presença,
massas sã o dois lados de um mesmo ú nica, no entanto, e só a ela que se acha vinculada
acontecimento. O fascismo procura organizar as toda a sua histó ria.”
massas proletarizadas recém-surgidas sem tocar (BENJAMIN, W. A obra de arte na é poca de suas té cnicas de reproduçã o.
In: ARANHA, M. L. Filosofar com textos: temas e histó ria da Filosofia. Sã o
nas relaçõ es de propriedade, por cuja aboliçã o Paulo: Moderna, 2012, p. 82).
elas pressionam. Ele vê sua salvaçã o em deixar as
massas alcançarem a sua expressã o (de modo A partir do texto citado, assinale o que for
algum seu direito). As massas possuem um correto.
direito à mudança das relaçõ es de propriedade; o
fascismo busca dar-lhe uma expressã o0 1) Para o filó sofo, a reproduçã o em escala das
conservando essas relaçõ es. O fascismo resulta, obras de arte as desvincula de seu tempo
consequentemente, em uma estetizaçã o da vida histó rico.
política.” 0 2) Para o filó sofo, as técnicas de reproduçã o
BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade té cnica. artística retiraram a originalidade das obras de
Porto Alegre: Zouk, 2012, p. 117.
arte.
0 4) Para o filó sofo, as técnicas de reproduçã o
Considerando o que diz Benjamin sobre os efeitos
artística nã o conseguem produzir obras de
sociais da reprodutibilidade técnica dos objetos
mesmo nível artístico daquelas obras elaboradas
de fruiçã o estética, é correto afirmar que
antes do século XX, visto que essas técnicas se
a) o fascismo elimina a luta de classes, pois unifica a perderam ao longo do tempo.
todos sob uma mesma bandeira e com a mesma0 8) Para o filó sofo, a arte cinematográ fica e as
camisa, unindo a naçã o no amor pela pá tria e reproduçõ es artísticas sã o exemplos da perfeita
seus símbolos, tornando a política mais bela. vinculaçã o da arte com o seu tempo.
b) a luta de classes é um elemento constitutivo do 16) Para o filó sofo, a obra de arte está ligada
fascismo, que cria a propriedade privada e, diretamente ao seu momento histó rico de
portanto, estabelece antagonismos sociais criaçã o, o que é uma marca de sua originalidade.
insuperá veis pela política.
3. (Enem PPL 2017) A crítica é uma questã o de
c) a obra de arte tecnicamente reproduzida
distâ ncia certa. O olhar hoje mais essencial, o
apresenta uma necessá ria superaçã o do fascismo,
olho mercantil que penetra no coraçã o das coisas,
pois a contemplaçã o estética popularizada
chama-se propaganda. Esta arrasa o espaço livre
conduz as massas para um estado de gozo
da contemplaçã o e aproxima tanto as coisas,
apolítico.
coloca-as tã o debaixo do nariz quanto o
d) o fascismo organiza o proletariado como massa,
automó vel que sai da tela de cinema e cresce,
mas nã o põ e em questã o sua condiçã o de classe,
gigantesco, tremeluzindo em direçã o a nó s. E, do
tornando a relaçã o social mera aparência de
mesmo modo que o cinema nã o oferece mó veis e
unidade, sob símbolos, cores e gritos
fachadas a uma observaçã o crítica completa, mas
estandardizados — estetizaçã o.
dá apenas a sua espetacular, rígida e repentina
2. (Uem 2018) “Com o advento do século XX, as proximidade, também a propaganda autêntica
técnicas de reproduçã o atingiram tal nível que, transporta as coisas para primeiro plano e tem
em decorrência, ficaram em condiçõ es nã o um ritmo que corresponde ao de um bom filme.
BENJAMIN, W. Rua de mã o ú nica: infâ ncia berlinense – 1900. Belo
apenas de se dedicar a todas as obras de arte do Horizonte: Autê ntica, 2013 (adaptado).
passado e de modificar de modo bem profundo os
seus meios de influência, mas de elas pró prias se O texto apresenta um entendimento do filó sofo
imporem, como formas originais de arte. Com Walter Benjamin, segundo o qual a propaganda
respeito a isso, nada é mais esclarecedor do que o dificulta o procedimento de aná lise crítica em
critério pelo qual duas de suas manifestaçõ es virtude do(a)
diferentes – a reproduçã o da obra de arte e a arte
cinematográ fica – reagiram sobre as formas a) cará ter ilusó rio das imagens.
tradicionais de arte. À mais perfeita reproduçã o b) evoluçã o constante da tecnologia.
falta sempre algo: o hic et nunc (aqui e agora) da c) aspecto efêmero dos acontecimentos.
d) conteú do objetivo das informaçõ es.
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e) natureza emancipadora das opiniõ es. se Walter Benjamin, que se dedicou particularmente à
reflexã o sobre a estética. Sobre a Escola de Frankfurt e
4. (Uem 2013) Assinale o que for correto. Walter Benjamin, assinale o que for correto.

01) Como há uma separaçã o clara entre o que é a) Walter Benjamin nã o se interessava pela teoria crítica,
pois concebia a obra de arte e o belo artístico como
verdadeiro, portanto campo do juízo científico, e manifestaçõ es do espírito absoluto e, por isso, nã o
do que é belo, campo do juízo estético, poucos poderiam ser objeto de crítica.
filó sofos se dedicaram à investigaçã o do juízo do b) O substantivo “esté tica” foi introduzido por Walter
gosto. Benjamin para defender a tese de que as obras de arte
02) Walter Benjamin ponderava, em uma visã o sã o representaçõ es confusas, incapazes de serem
otimista da sociedade industrial, que a conceituadas e analisadas.
reproduçã o técnica da obra de arte – em livros, c) Walter Benjamin retoma, no livro A obra de arte na
é poca da reprodutibilidade técnica, o pensamento do
nas artes grá ficas, na fotografia, no rá dio e no filó sofo Paul Valé ry, que considerava o homem moderno
cinema – propiciaria um movimento de um ser fragmentado que nã o consegue viver plenamente
democratizaçã o da cultura e das artes. todas as suas dimensõ es.
04) Kant, ao investigar os problemas da d) Os integrantes da Escola de Frankfurt, com exceçã o de
subjetividade do juízo do gosto, considerava a Walter Benjamin, nã o se preocuparam com a questã o
beleza como uma categoria universal da razã o e, cultural da produçã o artística, por acreditarem que a
a partir da discussã o sobre a beleza, propunha obra de arte nã o é o objeto da filosofia.
ser possível atingir um juízo estético possível de
ser compartilhado por todos. 7. (Uel 2010) Observe a fotografia e leia o texto a seguir:
08) Os iluministas consideravam que era na
contemplaçã o desinteressada da obra que se
dava o sentimento estético, porém tal
contemplaçã o dependia do refinamento da
sensibilidade, que deveria ser alcançado pela
educaçã o.
16) A arte midiá tica, que atinge um nú mero muito
maior de indivíduos, proporciona uma maior
concordâ ncia de opiniõ es no que se refere ao
juízo do gosto. Tal fato prova que a arte de massa
é mais verdadeira do que as manifestaçõ es
individualizadas, que propiciam juízos de valor
muito mais particulares.

5. (Unimontes 2012) Considerado o inventor da


crítica moderna, Walter Benjamin teve uma vida
atribulada, marcada por dificuldades pessoais e
trá gicas circunstâ ncias políticas. Colaborou e A né voa que recobre os primó rdios da fotografia é
participou de movimentos importantes, entre menos espessa que a que obscurece as origens da
eles, a Uniã o Livre dos Estudantes. Unindo-se a imprensa; já se pressentia, no caso da fotografia, que a
outros pensadores por amizade, deu início, em hora da sua invençã o chegara, e vá rios pesquisadores,
1930, a um grupo de pesquisa que ficou trabalhando independentemente, visavam o mesmo
objetivo: fixar as imagens da câ mera obscura, que eram
conhecido mundialmente. Com qual nome ficou conhecidas pelo menos desde Leonardo (Da Vinci).
conhecido o grupo a que pertenceu Walter (BENJAMIN, W. Obras Escolhidas. Magia e Té cnica, Arte e Política. Sã o
Benjamin? Paulo: Brasiliense, 1996, p. 91.)

Com base na obra de Walter Benjamin, no texto e nos


a) Escola de Viena.
conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
b) Escola de Frankfurt.
c) Escola de Marburgo. I. O domínio do processo té cnico de fixaçã o das imagens
d) Escola Eleata. teve sua trajetó ria retardada devido à s reaçõ es de
natureza religiosa que fizeram com que a fotografia
6. (Uem 2011) A Escola de Frankfurt tem sua origem no surgisse apenas na segunda metade do século XIX.
Instituto de Pesquisa Social, fundado em 1923. Entre os
pensadores expoentes da Escola de Frankfurt, destaca-

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II. Em virtude da expectativa gerada pela descoberta da 9. (Uel 2007) “Em suma, o que é a aura? É uma figura
fotografia no sé culo XIX, o seu cará ter artístico, desde o singular, composta de elementos espaciais e temporais:
início, torna-se evidente entre os pintores. a apariçã o ú nica de uma coisa distante, por mais perto
III. A presença do rosto humano nas fotos antigas que ela esteja. Observar, em repouso, numa tarde de
representa um ú ltimo traço da aura, isto é, aquilo que verã o, uma cadeia de montanhas no horizonte, ou um
significa a existê ncia ú nica da obra de arte. galho, que projeta sua sombra sobre nó s, significa
IV. O valor de exposiçã o triunfa sobre o valor de culto à respirar a aura dessas montanhas, desse galho. Graças a
medida que a figura humana se torna ausente nas essa definiçã o, é fá cil identificar os fatores sociais
fotografias. específicos que condicionam o declínio atual da aura. Ele
deriva de duas circunstâ ncias, estreitamente ligadas à
Assinale a alternativa correta. crescente difusã o e intensidade dos movimentos de
massas. Fazer as coisas ‘ficarem mais pró ximas’ é uma
a) Somente as afirmativas I e II sã o corretas. preocupaçã o tã o apaixonada das massas modernas
b) Somente as afirmativas I e III sã o corretas. como sua tendência a superar o cará ter ú nico de todos
c) Somente as afirmativas III e IV sã o corretas. os fatos atravé s da sua reprodutibilidade”.
d) Somente as afirmativas I, II e IV sã o corretas. Fonte: BENJAMIN, W. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade
té cnica”. In: Magia e Té cnica, Arte e Política. Obras Escolhidas. Traduçã o
e) Somente as afirmativas II, III e IV sã o corretas. de Sé rgio Paulo Rouanet. Sã o Paulo: Brasiliense, 1985, p. 170.

8. (Uel 2009) Com base no pensamento estético de


Adorno e Benjamin, considere as afirmativas a seguir. Com base no texto e nos conhecimentos sobre Benjamin,
assinale a alternativa correta:
I. Apesar de terem o mesmo ponto de partida, a saber, a
aná lise crítica das té cnicas de reproduçã o, Adorno e a) Ao passar do campo religioso ao esté tico, a obra de arte
Benjamin chegam a conclusõ es distintas. Adorno perdeu sua aura.
entende que a reprodutibilidade das obras de arte é algo b) Ao se tornarem autô nomas, as obras de arte perderam
negativo, pois transforma esta ú ltima em mercadoria; sua qualidade aurá tica.
para Benjamin, apesar de a reprodutibilidade ter c) O declínio da aura decorre do desejo de diminuir a
aspectos negativos, uma forma de arte como o cinema distâ ncia e a transcendê ncia dos objetos artísticos.
pode ser usada potencialmente em favor da classe d) O valor de culto de uma obra de arte suscita a
operá ria. reprodutibilidade té cnica.
II. Para Adorno, o discurso revolucioná rio na arte torna esta e) O declínio da aura nã o tem relaçã o com as
forma de expressã o humana instrumentalista, e isto transformaçõ es contemporâ neas.
significa abolir a pró pria arte. Por seu turno, Benjamin
considerava que os novos meios de comunicaçã o nã o 10. (Uel 2006) Analise as imagens a seguir.
deveriam ser substituídos, mas sim transformados ou
subvertidos segundo os interesses da comunicaçã o
burguesa.
III. Para Adorno, a noçã o de aura na obra de arte preservava
a consciê ncia de que a realidade poderia ser melhor, mas
o processo de massificaçã o da arte dissolveu tal noçã o e,
com ela, a dimensã o crítica da arte. Para Benjamin, a
perda da aura destruiu a unicidade e a singularidade da
obra de arte, que perde o seu valor de culto e se torna
acessível.
IV. Adorno vê positivamente a reprodutibilidade da arte, já
que a obra de arte se transforma em mercadoria
padronizada que possibilita a todos o acesso e o
desenvolvimento do gosto esté tico autô nomo; para
Benjamin, a reproduçã o tem como dimensã o negativa
essencial o fato de impossibilitar à s massas o acesso à s
obras. As imagens I e II representam duas formas artísticas de
um fenô meno que provocou mudanças significativas na
Assinale a alternativa correta. arte, sobretudo a partir do século XX: a
reprodutibilidade té cnica.
a) Somente as afirmativas I e II sã o corretas. Com base nas imagens e nos conhecimentos sobre a
b) Somente as afirmativas I e III sã o corretas. reprodutibilidade té cnica em Walter Benjamin, é correto
c) Somente as afirmativas II e IV sã o corretas. afirmar:
d) Somente as afirmativas I, III e IV sã o corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV sã o corretas. a) A reproduçã o das obras de arte começa no final do
sé culo XIX com o surgimento da fotografia e do cinema,

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pois até entã o as obras nã o eram copiadas, por motivos a) O resgate da aura artística da obra de arte promovido
religiosos e místicos. pela reprodutibilidade té cnica amplia sua funçã o
b) Na passagem do período burguê s para a sociedade de potencialmente democratizadora, permitindo o acesso
massas, o declínio da aura que ocorre na arte pode ser de um nú mero maior de pessoas à sua contemplaçã o.
creditado a fatores sociais, como o desejo de ter as b) O declínio da aura da obra de arte, decorrente de sua
coisas mais pró ximas e superar aquilo que é ú nico. crescente elitizaçã o e das novas técnicas de reproduçã o
c) A perda da aura retira da arte o seu papel crítico no em série, reforça seu valor tradicional de culto e amplia
interior da sociedade de consumo, isto ocorre porque a a percepçã o esté tica das coletividades humanas.
reprodutibilidade té cnica destró i a possibilidade de c) A arte, na sociedade primitiva, tinha por finalidade
exposiçã o das obras. atender aos rituais religiosos, por isso possuía um
d) Desde o período medieval, o valor de exposiçã o das cará ter aurá tico vinculado ao valor de culto, o qual se
obras de arte é fator preponderante, visto que o perde com o avanço da reprodutibilidade técnica, na
desempenho de sua funçã o religiosa exigia que a arte é poca moderna.
aparecesse de forma bem visível aos espectadores que a d) O cinema manifesta-se como uma obra de arte aurá tica,
cultuavam. pois suscita em cada um dos espectadores uma forma
e) O cinema desempenha um importante papel político de singular e ú nica de se relacionar com o objeto artístico
conscientizaçã o dos espectadores, uma vez que seu no interior do qual mergulha e nele se distrai.
cará ter expositivo tornou-se cultual ao recuperar a e) O que determina o esvaziamento da aura da obra de
dimensã o aurá tica. arte reproduzida tecnicamente é a sua reclusã o e a
perda do valor de exposiçã o, o que restringe o acesso
11. (Ufma 2005) “A rua era das mais animadas da das massas, que se tornaram alienadas.
cidade; por todo o dia estivera cheia de gente. Mas agora,
ao anoitecer, a multidã o crescia de um minuto para
outro; e quando se acenderam os lampiõ es de gá s, duas
densas, compactas correntes de transeuntes cruzavam Gabarito:
diante do café . Jamais me sentira num estado de â nimo
como o daquela tarde; e saboreei a nova emoçã o que de
mim se apossara ante o oceano daquelas cabeças em 1. D
movimento. Pouco a pouco perdi de vista o que
acontecia no ambiente em que me encontrava e 22. 01 + 02 + 16 = 19.
abandonei-me completamente à contemplaçã o da cena
externa.” 33. A
(Walter Benjamin – Sobre alguns temas em Baudelaire)
4. 02 + 04 + 08 = 14.
O texto nos leva a uma compreensã o de estética como:
5. B
a) uma concepçã o de que o belo nã o está em uma forma
definida, mas na plasticidade do cotidiano. 6. C
b) um estudo do caos humano representado pela multidã o e
suas relaçõ es econô micas. 7. C
c) estabelecimento de um padrã o de beleza para a obra de
arte. 8. B
d) técnica de reproduçã o da obra de arte em massa.
e) imitaçã o do mundo sensível. 9. C

12. (Uel 2011) Leia os textos a seguir. 10. B

11. A
[...] seria possível reconstituir a histó ria da arte a partir
do confronto de dois polos, no interior da pró pria obra
12. C
de arte, e ver o conteú do dessa histó ria na variaçã o do
peso conferido seja a um polo, seja a outro. Os dois polos
sã o o valor de culto da obra e seu valor de exposiçã o. [...]
À medida que as obras de arte se emancipam do seu uso
ritual, aumentam as ocasiõ es para que elas sejam
expostas. (p. 172).
(BENJAMIN, W. “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade té cnica -
Primeira versã o”. In: Magia e té cnica, arte e política: ensaios sobre
literatura e histó ria da cultura. 7. ed. Sã o Paulo: Brasiliense, 1994.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o


pensamento de Walter Benjamin, é correto afirmar:

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