PLANIamento
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4.º Ano
Universidade Pedagógica
Maputo
2024
Índice
1.Introdução................................................................................................................................................3
Objectivos....................................................................................................................................................4
Objectivo geral:.......................................................................................................................................4
Objectivos específicos:............................................................................................................................4
Metodologia do Trabalho........................................................................................................................5
Cidade......................................................................................................................................................5
Cidade da Beira............................................................................................................................................5
Urbanização/Povoação............................................................................................................................6
Após a independência.................................................................................................................................7
Clima........................................................................................................................................................7
Economia da Cidade da Beira......................................................................................................................7
Demografia..................................................................................................................................................8
Política e Administração..............................................................................................................................8
Religião........................................................................................................................................................8
Educação.................................................................................................................................................9
Turismo....................................................................................................................................................9
Reserva Nacional de Marromeu................................................................................................................10
Desporto................................................................................................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................................10
Bibliografia................................................................................................................................................12
1.Introdução
No presente trabalho de pesquisa irei falar da cidade da beira, Beira a cidade do Futuro de
Moçambique, tal como a cidade da Beira é apelidada desde o início da escritura da história
contemporânea Moçambicana, sendo este ano 2023 o seu 116º aniversário de elevação da urbe a
actual categoria.
2. Objectivos
5.1. Urbanização/Povoação
A povoação foi fundada pelos portugueses em 1887, numa área conhecida pelo nome de
Aruângua, e logo suplantou Sofala como principal porto no território da actual província de
Sofala. Originalmente chamada Chiveve, o nome de um rio local, foi rebaptizada para
homenagear o Príncipe da Beira, Dom Luís Filipe, primogénito de D. Carlos I que, em 1907, foi
o primeiro membro da família real portuguesa a visitar Moçambique, trazendo de Lisboa o
decreto real que elevava Beira à categoria de cidade.
Tradicionalmente, o príncipe herdeiro de Portugal levava o título de Príncipe da Beira, província
histórica de Portugal. A administração portuguesa construiu um porto e famílias portuguesas se
estabeleceram na localidade recém-formada, e começaram a desenvolver actividades comerciais.
A cidade passou a ser administrada pela Companhia de Moçambique, fundada em 1891 e que
tinha sua sede em Beira. Foi então construída uma ferrovia que ligava à então Rodésia, aberta em
1899. Em 20 de Agosto de 1907, Beira era elevada à condição de cidade.
Antes da independência, a Beira era destaque por seu porto marítimo bem equipado, uma das
principais instalações de seu tipo em toda a África Oriental, e também pelo turismo, pesca e
comércio.
6. Após a independência
Após a independência de Portugal em 1975, a maioria dos portugueses deixaram a cidade.
Moçambique foi devastado por uma guerra civil entre 1976 e 1992, chegando próximo ao caos
total em dois anos e gerando fome, doença e miséria. O Grande Hotel foi ocupado por cerca de
1.000 beirenses desabrigados, e no fim da guerra civil, a cidade estava bastante degradada. Em
2000, inundações em Moçambique devastaram Beira e as regiões próximas, deixando milhões de
desabrigados e causando graves danos à economia local.
A cidade está localizada numa região pantanosa, junto à foz do Rio Púnguè, e sobre
alongamentos de dunas de areia ao longo da costa do Índico. A vegetação natural é caracterizada
por terras baixas e litoral com mangais.
7. Clima
A cidade da Beira é caracterizada por um clima tropical húmido chuvoso de savana, com
temperaturas elevadas e húmidas no verão, especialmente durante a estação das monções de
verão (hemisfério sul) de Outubro a Fevereiro.
Os principais produtos de exportação do porto são açúcar, tabaco, milho, algodão, fibra de pita
agave, cromo, minério de ferro, cobre, chumbo, carvão. O Corredor da Beira contém também um
oleoduto que liga o porto da Beira ao Zimbabué. A cidade da Beira é o segundo maior parque
industrial do país logo após a Matola.
9. Demografia
De acordo com o censo de 2007, Beira possuía uma população total de 431.583 habitantes, sendo
219.624 homens e 211.959 mulheres. Um total de 259.728 habitantes tinha 15 ou mais anos de
idade. A população da cidade da Beira pertence na sua maioria ao grupo Bangwe, resultante do
cruzamento ocorrido entre os Machangas, Matewes e Podzos do vale do Zambeze. A maioria da
população é cristã, havendo também um elevado número de muçulmanos e hindus.
10.Política e Administração
A Beira foi o único município que não foi ganho pelo Partido Frelimo. Daviz fundou o partido
Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Daviz Simango sucedeu a Chivavice
Muchangage, o primeiro Presidente de Conselho Municipal eleito em 1998 pelo Partido Frelimo.
O município encontra-se dividido em cinco postos administrativos: Urbano nº 1, Urbano nº 2,
Urbano nº 3, Urbano nº 4 e Urbano nº 5, que se dividem em 26 bairros: Macúti, Palmeiras,
Ponta-Gêa, Chaimite, Pioneiros, Esturro, Matacuane, Macurungo, Munhava, Central, Mananga,
Vaz, Maraza, Chota, Alto da Manga, Nhaconjua, Chingussura, Vila Massane, Inhamízua,
Matadouro, Mungassa, Ndunda, Manga-Mascarenha, Muave, Nhangau, Nhangoma e Tchonja.
11.Religião
A Arquidiocese da Beira, em latim: Archidioecesis Beirensis, é uma sede metropolitana católica
de rito latino, com sede nesta cidade e criada em 4 de junho de 1984.
12. Educação
A nível do ensino superior privado, a cidade abriga várias faculdades e outros serviços da
Universidade Católica de Moçambique (UCM), uma universidade privada que foi fundada pela
Igreja Católica em 1996. Na Beira encontram-se a Faculdade de Economia e Gestão, a Faculdade
de Ciências de Saúde, o Centro de Ensino à Distância, o Centro de Pesquisa em Gestão e
Economia Aplicada (Gea-Consult), o Centro Santo Agostinho, o Centro de Investigação
Geográfica (CIG) e o Centro de Investigação de Doenças Infecciosas (CIDI). A cidade ainda é
sede do Instituto Superior de Ciências e Tecnologias Alberto Chipande (ISCTAC), fundada em
2011 e da Universidade Jean Piaget de Moçambique (UNIPIAGET), fundada em 2002,
pertencente ao Instituto Piaget de Portugal.
13. Turismo
O turismo é uma indústria em potencial para a Beira, mas os retornos são, até ao momento,
limitados. Os atractivos turísticos da Beira incluem a Catedral da Beira, a Estação Ferroviária, o
Farol do Rio Macúti, a Praia Macúti e mesmo o Grande Hotel. A Beira é a porta de entrada para
o Parque Nacional da Gorongosa, um dos principais parques nacionais de Moçambique, situado
a 170 km a noroeste da cidade. A cidade já possui uma infra-estrutura adequada para o turismo
internacional. Já possui igualmente restaurantes e hotéis de padrão turístico e a segurança pública
é considerada eficiente.
14. Desporto
Beira possui vários clubes e arenas desportivas. Algumas equipas de futebol disputaram ou
disputam o Campeonato Moçambicano de Futebol, o Moçambola. De entre as infra-estruturas
desportivas está o campo do Ferroviário da Beira e o Clube de Golfe. O único título obtido por
uma equipa da cidade no campeonato, disputado desde 1976, foi conquistado pelo Grupo
Desportivo da Companhia Têxtil do Punguè em 1981 e este ano pelo Ferroviário da beira.
15.Conclusão
Chegamos, as pessoas são atraídas para as cidades como centros de cultura, aprendizado e
oportunidades económicas. Mas a urbanização também tem custos, especialmente quando ocorre
rapidamente. As primeiras cidades surgiram há milhares de anos em áreas onde a terra era fértil,
diferente dos nossos dias, nas zonas rurais e que podemos praticar a agricultura.
Em suma, cidade da Beira, cidade tornou-se próspera em virtude dos elevados rendimentos
providenciados pela sua interface ferro-portuário que a ligava à Rodésia/Zimbabwe e constituía a
base da sua riqueza, atraindo jovens ambiciosos e talentosos arquitectos e engenheiros civis
portugueses que construíram uma urbe paradoxal, repleta de edifícios modernistas emblemáticos,
plenos de complexas e pouco ortodoxas soluções técnicas que preenchem um plano urbanístico
único na África colonial portuguesa.
16.Bibliografia
Milheiro, A.V., Ferreira, J.F., (2009). A Joyous Architecture: as exposições de
arquitectura moderna brasileira em Portugal e a sua influência nos territórios português e
africano. In 8º;
Seminário Docomomo Brasil, Cidade Moderna e Contemporânea: Síntese e Paradoxo das
Artes. Rio de Janeiro
Amaral, I. (1969). Beira, cidade e Porto do Índico. Finisterra Revista Portuguesa de
Geografia, 4(7), 76-93.
Miranda, E. (2012). No caminho de uma arquitetura racional: infraestruturas modernas
em Moçambique. In Colóquio Internacional Portugal-Brasil-África: Urbanismo e
Arquitectura: do Ecletismo ao Modernismo. Lisboa