6 - Doenças Respiratorias

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 80

DOENÇAS DO APARELHO

RESPIRATÓRIO
Clarissa Maria de Pinho Matos
•2
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

• A DPOC se caracteriza por obstrução crônica ao fluxo aéreo,


não completamente reversível de progressão lenta,
associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões
a inalação de partículas ou gases tóxicos, causada
primariamente pelo tabagismo.

• Produz consequências sistêmicas significativas.

• O processo inflamatório crônico pode produzir alterações dos


brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite
obstrutiva) e parênquima pulmonar (enfisema pulmonar).
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

• ENFISEMA PULMONAR:

• É definido anatomicamente como um  de


volume, permanente dos espaços aéreos
distais ao bronquíolo terminal, acompanhado
de destruição das paredes alveolares.
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
•Obstrução brônquica no enfisema

•6
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

• BRONQUITE CRÔNICA

• Manifesta-se clinicamente por tosse e expectoração


na maioria dos dias, por pelo menos 3 meses
consecutivos por ano, em 2 anos sucessivos.

• Ocorre hipertrofia\hiperplasia das glândulas mucosas


nos grandes brônquios e alterações inflamatórias
crônicas nas pequenas vias aéreas
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA
•9
DPOC: FATORES DE RISCO

• Fumo
• Sexo
• Idade
• Fatores Sócio-econômicos
• Fumo (95% das causas)
• Individualidade
• Fatores Genéticos (1%)
• Infecções Respiratórias
• Poluição Atmosférica
• Ocupação (mineiradores de carvão, ouro e asbesto)
FISIOPATOLOGIA NA DPOC
• Anomalias fisiológicas que se tornam evidentes
durante o exercício – e posteriormente no repouso

 Hipersecreção mucosa e disfunção ciliar

 Limitação do fluxo aéreo e hiperinsuflação pulmonar


 Anomalias nas trocas gasosas
 Hipertensão pulmonar e Cor Pulmonale
Efeitos Sistêmicos
CAUSAS DA LIMITAÇÃO DO FLUXO AÉREO NA
DPOC

• IRREVERSÍVEIS
 Fibrose e estreitamento das VAs
 Perda do recolhimento elástico devido à destruição alveolar
 Destruição do suporte alveolar que mantém a permeabilidade das pequenas
VAs

• REVERSÍVEIS
 Acúmulo de células inflamatórias, muco e exsudato plasmático nos brônquios
 Contração do músculo liso nas VAs centrais e periféricas
 Hiperinsulflação dinâmica durante o exercício
DPOC: FISIOPATOLOGIA

Capacidade e Mecânica Ventilatórias:

• Obstrução ao fluxo aéreo


• CPT, CRF e VR estão  no Enfisema Pulmonar
• A resistência das vias aéreas está  no DPOC
• O recuo elástico está  no Enfisema
DPOC: FISIOPATOLOGIA
Circulação Pulmonar:

•  de pressão na artéria pulmonar devido ao  na


resistência vascular pulmonar
• Policitemia devido à hipoxemia
•  do trabalho VD leva ao Cor Pulmonale

Controle da Ventilação:
• O principal estímulo para  da ventilação no DPOC é a
hipoxemia e não o na PCO2
DPOC: DIAGNÓSTICO
EXAME FÍSICO:

• Inpecção: tórax hiperinsulflados, dispnéia, TE prolongado,


respiração com lábios semicerrados, uso de musculatura
acessória e cianose

• Retenção hídrica, edema de MMII, turgência jugular,


hepatomegalia são sinais de hipertensão pulmonar e cor
pulmonale

• Baqueteamento digital presente deve-se pensar em ca


brônquico ou bqectasia

• AR:  dos sons respiratórios, sibilos e crepitações


DPOC: DIAGNÓSTICO
Excluir outras
Tabagismo Tosse RADIOGRAFIA doenças
HISTÓRIA Dispnéia Sibilos DE TÓRAX Bolhas
Hiperinsuflação

VEF1
ESPIROMETRIA CVF
VEF1/CVF <90%

EXAME Hiperinsuflação
FÍSICO Murmúrio vesicular ↓
Sinais de cor
pulmonale Hipoxemia
GASOMETRIA
(Se SpO2 ≤ 90%) Hipercapnia
•Avaliação Radiológica do Tórax

•17
DPOC: DIAGNÓSTICO
EXAMES COMPLEMENTARES:

• RX de tórax de PA e Perfil
• ESPIROMETRIA
• GASOMETRIA
• PIMÁX e PEMÁX
• Dosagem de 1- antitripsina
• ECG e ECO
• Ht
• Exame de escarro
DPOC: TRATAMENTO

• Tratar: infecção, TEP, pneumotórax, ICC e


arritmias
• Melhorar a oxigenação: SpO2 > 90%
• Diminuir a resistência das Vias Aéreas:
broncodilatadores, corticóides e FISIOTERAPIA
RESPIRATÓRIA
• Melhorar a função da musculatura
respiratória: VNI, nutrição adequada ou VM
ASMA BRÔNQUICA

A ASMA é uma doença crônica das vias aéreas


caracterizada por:

• Obstrução das vias aéreas reversível (embora não


completamente em alguns pctes) espontaneamente
ou com tratamento
• Inflamação (mastócitos e eosinófilos)
• HRB
• Episódios recorrentes de sibilos, dispnéia, aperto no
peito particularmente à noite e pela manhã
ASMA BRÔNQUICA

• A limitação ao fluxo aéreo se deve a


broncoconstrição, edema, tampões de
muco e remodelamento

• Fatores predisponentes: atopia,


predisposição genética para resposta
mediada por IgE a aéroalergenos comuns
•local da
•obstrução

• Broncoconstrição

•22
ASMA BRÔNQUICA: PATOGÊNESE
ASMA BRÔNQUICA: PATOGÊNESE
ASMA: FISIOPATOLOGIA
Troca Gasosa:

• A hipoxemia é comum na asma e causada por


anormalidades V/Q
• Tanto o EMA quanto o Shunt são encontrados
• Os broncodilatadores podem  a hipoxemia, mas os
efeitos favoráveis dessas drogas sobre a resistência
das vias aéreas são superiores
• A PCO2 está normal ou , podendo  durante a crise
ASMA BRÔNQUICA X DPOC
ASMA BRÔNQUICA: TRATAMENTO

• Beta-Agonistas (salbutamol, brycanil, terbutalina)


• Metilxantinas (aminofilina)
• Corticosteróides (prednisolona, beclometasona)
• Parassimpaticolíticos (brometo de ipratrópio)
• Anti-Leucotrienos
BRONQUIECTASIAS

• Definição: é uma dilatação permanente dos


brônquios, causadas pela destruição dos
componentes elásticos e muscular das paredes
brônquica por inflamação crônica.

• Associada a episódios de infecção viral ou


bacteriana na infância, aspiração de corpo
estranho, neoplasias, anormalidades
hereditárias (FC, distúrbios com discinesia
ciliar).
BRONQUIECTASIAS: PATOGÊNESE

• Envolve principalmente os brônquios de médio


calibre, podendo estender-se para regiões mais
distais
• Os segmentos bronquiectásicos ficam cheios de
secreções purulentas e a mucosa fica
edemaciada, inflamada e ulcerada
• É bilateral em 30% dos casos
• Acomete mais o LI
• Classificam-se em: cilíndricas, varicosas e císticas
BRONQUIECTASIAS: PATOGÊNESE

OBSTRUÇÃO ↔ INFECÇÃO

LESÃO TECIDUAL BRONQUIECTASIAS

↓ clearance
Inflamação obstrução
Muco-cilar

Colonização ↑ secreção
bacteriana
•Bronquiectasias varicosas

•Bronquiecasias cilíndricas

•Bronquiectasias saculares
BRONQUIECTASIAS: DIAGNÓSTICO

• Manifestações clínicas: tosse, expectoração,


hemoptise, baqueteamento digital, cor pulmonale

• RX: imagens císticas, brônquios dilatados com


paredes espessadas, atelectasias. RX de seios da face

• Função Pulmonar: , pode aparecer componente


restritivo
• Hipoxemia
BRONQUIECTASIAS: TRATAMENTO

• Antibioticoterapia
• Mucolíticos
• FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
• Hidratação
• Ressecção Pulmonar

• PROFILAXIA: vacinação, tratamento da sinusite e


outras infecções respiratórias principalmente na
infância, controle das condições hereditárias,
remoção de corpo estranho
FIBROSE CÍSTICA
• Definição: é uma doença genética autossômica
recessiva causada por um defeito no gene CFTR
(regulador de condutância transmembrana)
• Essa proteína se localiza na superfície apical das
células epiteliais dos pulmões, pâncreas, ductos de
glândulas sudoríparas e vasos deferentes
• Caracterizada pela tríade:
– Obstrução do fluxo aéreo
– Insuficiência Pancreática
– Eletrólitos elevados no suor
• Afeta mais a raça branca
FIBROSE CÍSTICA: PATOGENIA

• A disfunção do canal de cloro leva a um distúrbio do


transporte de cloro através dos epitélios e a um
influxo de sódio para manter a eletroneutralidade,
com consequente influxo de água, o que leva a
desidratação com formação do muco espesso

• Ciclo vicioso: obstrução-infecção-inflamação

• Ocorre infiltrado inflamatório, hipertrofia e


hiperplasia de glândulas mucosas, levando a
bqectasias
FIBROSE CÍSTICA: PATOGENIA

• Na glândula sudorípara há uma falta de


reabsorção do cloro resultando em suor com
quantidades  de cloro e sódio

• No pâncreas é produzida uma secreção viscosa


que obstrui os ductos pancreáticos e pouco
alcalina, o que prejudica a neutralização do ácido
gástrico e a digestão
FIBROSE CÍSTICA: QUADRO CLÍNICO
• Tríade Clássica
• Tosse
• baqueteamento digital
• AR: crepitações, roncos e sibilos
• RX: hiperinsulflação Pulmonar, espessamento brônquico,
atelectasias e bqectasias, sinais de cor pulmonale em fase
avançada
• dor abdominal, cólicas, evacuações volumosas e fétidas
• Baixo ganho ponderal apesar de apetite voraz
• Desidratação e suor salgado
• Infertilidade masculina e  da feminina
FIBROSE CÍSTICA: DIAGNÓSTICO

• História familiar

• Dosagem elevada de eletrólitos no suor

• Teste do Pezinho (dosagem da tripsina


imunoreativa, enzima pancreática que reflui do
pâncreas para o sg secundária à obstrução
pancreática)
FIBROSE CÍSTICA:TRATAMENTO

• FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
• Antibioticoterapia
• Mucolíticos e broncodilatadores
• Suplementação de enzimas pancreáticas
• Nutrição
• Oxigenoterapia
• Transplante pulmonar ( do VEF1,, hipoxemia,
hipercapnia,  do número de exacerbações
pulmonares, pcte terminal, resistência aos
antibióticos)
DOENÇAS OBSTRUTIVAS: TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO

• Decúbito adequado
• Padrões Respiratórios Específicos
• Treinamento Muscular
• Manobras Cinésicas
• Higiene Brônquica
• Cinesioterapia Respiratória
• Broncodilatador se necessário
DOENÇAS RESTRITIVAS

• As doenças restritivas são aquelas nas quais a


expansão do pulmão é restringida por causa de
alterações do parênquima pulmonar ou por causa de
doença da pleura, da parede torácica ou do aparelho
neuromuscular

• São caracterizadas por uma CV  e um volume


pulmonar pequeno em repouso, mas não há  da
resistência das vias aéreas
• Podem ocorrer associações de distúrbios obstrutivos
e restritivos
DOENÇAS RESTRITIVAS

• O termo doença Pulmonar Intersticial refere-se a uma


categoria ampla de doenças pulmonares que são
agrupadas por causa da similaridade do quadro
clínico ( dispnéia), aspecto radiológico e das
características fisiológicas e funcionais ( distúrbio
restritivo).

• As anormalidades envolvem o interstício pulmonar e


algumas vezes ocorre comprometimento alveolar
associado
DOENÇAS RESTRITIVAS: CLASSIFICAÇÃO
• Etiologia Conhecida:
– Ocupacionais e Ambientais (Asbestose, Silicose,
Pneumoconioses dos mineradores de carvão,
Pneumonites de Hipersensibilidade)
– Drogas (amiodarona, O2 em altas concentrações)

• Etiologia Desconhecida:
– FPI
– Sarcoidose
– PNM Eosinofílicas
– Doenças do colágeno (Esclerodermia)
DOENÇAS RESTRITIVAS: PATOGENIA

Apesar da natureza heterogênea das doenças


intersticiais, todas tem patogênese comum:

• Ocorre agressão inicial com acúmulo de cél.


Inflamatórias e efetoras imunes no parênquima
alveolar = ALVEOLITE

• A alveolite cronifica e as estruturas alveolares são


danificadas e áreas do parênquima pulmonar são
substituídas por tecido fibroso
DOENÇAS RESTRITIVAS: FISIOPATOLOGIA

Troca Gasosa:

• Hipoxemia arterial que piora com o exercício


• Anormalidades da relação V/Q
•  a FR no repouso e exercício
•  da PCO2 em fases iniciais
DOENÇAS RESTRITIVAS: FISIOPATOLOGIA

Controle da Ventilação:

• Respiração rápida e superficial


• É possível que os reflexos se originem em
receptores irritantes e receptores J
•  da FR  o WR
• complacência pulmonar reduzida
DOENÇAS DA PLEURA

Grande número de patologias torácicas podem causar


alterações na pleura, e elas podem ser de 3 tipos:

•  e acúmulo do líquido pleural (derrame pleural,


hemotórax e quilotórax)
• Fibrose pleural com  dos movimentos dos pulmões
e ou diafragma (espessamento pleural, placas pleurais
e paquipleurite)
• Ar no espaço pleural ( pneumotórax)
DOENÇAS DA PLEURA: PNEUMOTÓRAX

• Pneumotórax é o acúmulo de ar na cavidade


pleural

• Pneumotórax Hipertensivo
• Pneumotórax Espontâneo (primário ou
secundário)
• Pneumotórax Traumático (fechado ou
penetrante)
• Pneumotórax Iatrogênico (comum)
PNEUMOTÓRAX: QUADRO CLÍNICO

• Dor Torácica (90% dos casos)


• Dispnéia ( súbita)
•  ou ausência do MV
•  ou ausência do FTV
• Hipersonoridade à percussão
• Abaulamento no hemitórax afetado
• Enfisema subcutâneo
• RX ( hipertranparência e ausência de vascularização)
PNEUMOTÓRAX: TRATAMENTO

Depende do tipo, tamanho e da presença ou não


de insuficiência respiratória
• Conservador : (repouso, analgésicos e
acompanhamento clínico), 30% de colapso
• Drenagem Pleural: (dreno tubular e sistema em selo d
,água), acima de 35% de colapso, pnmtx aberto,

hipertensivo, bilateral, ou que não melhore com tto.


conservador
• Cirúrgico: (pleurodese), fístula apesar de aspiração
contínua, recidivante, bilateral
DERRAME PLEURAL

• O derrame pleural é o acúmulo de líquido no espaço


pleural. Resulta de qualquer processo que altere a
dinâmica do líquido pleural, como:

•  da pressão hidrostática capilar (ICC)


•  da pressão oncótica capilar (hipoproteinemia)
• Alteração da permeabilidade da barreira Pleuro-
capilar (doenças inflamatórias)
• Obstrução linfática (neoplasias)
• Líquido de ascite para o espaço pleural (cirrose
hepática)
DERRAME PLEURAL: QUADRO CLÍNICO

• Dor Torácica ventilatório dependente


• Tosse
• Dispnéia
•  da expansibilidade no lado do derrame
•  do FTV
• Macicez à percussão
•  ou ausência do MV e som bronquial logo acima
• RX : hipotransparência, deslocamento da fissura,
elevação da cúpula frênica, desvio do mediastino e 
dos espaços IC
DERRAME PLEURAL: TRATAMENTO

• Toracocentese
• Drenagem fechada
• Pleurodese (DP sintomáticos, causados por
neoplasias)
DOENÇAS DA PAREDE TORÁCICA

• ESCOLIOSE
• ESPONDILITE ANQUILOSANTE
• DOENÇAS NEUROMUSCULARES
DOENÇAS NEUROMUSCULARES
DOENÇAS NEUROMUSCULARES
DOENÇAS NEUROMUSCULARES

FRAQUEZA MUSCULAR RESPIRATÓRIA é a principal


característica da doenças neuromusculares e leva a:

• Sintomas: dispnéia aos esforços, fadiga, ortopnéia ou


cor pulmonale
• Respiração rápida e superficial
• Hipoxemia
• Ventilação inadequada e Hipercapnia
• Distúrbio Restritivo
• tosse deficiente com dificuldade de expectoração
DOENÇAS RESTRITIVAS: TRATAMENTO
FISIOTERAPÊUTICO

• Decúbitos Seletivos
• Padrões Musculares Específicos
• Cinesioterapia Respiratória
• Manobras Cinésicas
• Treinamento Muscular
• Recursos para Reexpansão
DOENÇAS VASCULARES: EDEMA
PULMONAR

• Acúmulo anormal de líquido nos espaços


extravasculares e tecidos do pulmão.

• Complicação de doenças cardíacas e


pulmonares
EDEMA PULMONAR: FISIOPATOLOGIA
EDEMA PULMONAR: ETIOLOGIA
EDEMA PULMONAR: FISIOPATOLOGIA

MECÂNICA:

• O Edema Pulmonar  a distensibilidade pulmonar e


desvia a curva de pressão-volume para a direita
• A resistência das vias aéreas está 

TROCA GASOSA:
• Hipoxemia ( mais pronunciada no edema alveolar)
• PCO2 normal ou  , em fases avançadas hipercapnia
e acidose respiratória
EDEMA PULMONAR: FISIOPATOLOGIA

CONTROLE DA VENTILAÇÃO:
• Respiração rápida e superficial ( receptores J e
hipoxemia)

CIRCULAÇÃO PULMONAR:
•  da resistência vascular pulmonar, devido a
vasoconstrição hipóxica e  da resistência dos
vasos alveolares e extra-alveolares
EDEMA PULMONAR: QUADRO CLÍNICO

• Dispnéia
• Respiração rápida e superficial
• Tosse seca ( inicialmente, com expectoração
espumante em fase avançada)
• Cianose
• Crepitações
• RX: infiltrado intersticial e edema próximo ao hilo
pulmonar ( asas de morcego ou borboleta)
EDEMA PULMONAR:TRATAMENTO
• Oxigenoterapia
• Melhorar o desempenho de bomba do ventrículo
insuficiente (drogas inotrópicas, MP)
• Reduzir a sobrecarga cardíaca (repouso e agentes
vasodilatadores)
• Controlar a retenção de sal e água (limitar a
ingestão de sódio, diuréticos)
• Tratar os mecanismos causais
• VNI ou VM
DOENÇAS VASCULARES: EMBOLIA
PULMONAR

• É o movimento de um material particulado


através do lado direito do coração para a
circulação pulmonar, onde se aloja em uma ou
mais ramificações da artéria pulmonar

• É muito comum a relação entre TVP e TEP


• A maioria dos êmbolos pulmonares são trombos
venosos
• Êmbolos não trombóticos
DOENÇAS VASCULARES: EMBOLIA
PULMONAR

Origem dos trombos/êmbolos:


• Sistema venoso dos MMII : 90 a 95% dos casos,
seguimento fêmoro-ilíaco
• Sistema venoso dos MMSS: mais raro, acesso venoso,
usuários de drogas e compressão extrínseca tumoral
• Coração: disfunção ventricular direita, endocardite ou
fios de MP infectados
• Veias pélvicas: aborto, gravidez e doença prostática
EMBOLIA PULMONAR: PATOGÊNESE
Favorecem a formação de trombos venosos:
• ESTASE SANGUÍNEA ( imobilidade prolongada, ICC,
choque, hipovolemia, desidratação e veias varicosas)

• DISTÚRBIOS DA COAGULAÇÃO ( policitemia vera,


eritrofalcemia, doenças malignas, gravidez,
traumatismo recente, anticoncepcionais orais)

• ANORMALIDADES DA PAREDE VASCULAR (


traumatismo local e inflamação)
EMBOLIA PULMONAR: FISIOPATOLOGIA

• Hipoxemia por alteração V/Q

•  da PCO2

• Hipertensão Pulmonar e Cor Pulmonale


EMBOLIA PULMONAR:QUADRO CLÍNICO

QUADRO CLÍNICO DA TVP:


Muitos pacientes terão o quadro de embolia pulmonar
como manifestação inicial da TVP
• Edema
• Empastamento muscular
• Dor à palpação
• Rubor
• Flebite
• Aparecimento das colaterais superficiais
EMBOLIA PULMONAR:QUADRO CLÍNICO

Êmbolos pequenos:
• Podem passar desapercebidos. Eventos repetidos
podem  o leito capilar pulmonar e causar
hipertensão pulmonar
• Dispnéia com o exercício

Êmbolos de tamanho médio:


• Dor pleurítica acompanhada de dispnéia
• Achados compatíveis com DP e pneumonia
EMBOLIA PULMONAR:QUADRO CLÍNICO

Êmbolos maciços:
• Dor torácica, dispnéia, palidez, hipotensão
sistêmica e achados de cor pulmonale
• 30% fatal

Embolia com infarto pulmonar ( 10 a 15%):


• hemoptise, dor torácica ventilatório
dependente, atrito pleural e febre
EMBOLIA PULMONAR:DIAGNÒSTICO

• O diagnóstico baseado em sinais e sintomas


é pobre. Dor torácica, dispnéia, taquipnéia
e hemoptise são inespecíficas

• ECG, gasometria e RX de tórax são de baixo


valor diagnóstico
EMBOLIA PULMONAR:DIAGNÒSTICO
• Cintilografia Pulmonar de ventilação-perfusão:
normal, exclui diagnóstico de TEP. Cintilogafia de V/Q
anormal apóia o diagnóstico.
• Arteriografia Pulmonar: padrão áureo para o
diagnóstico de TEP, entretanto é procedimento
invasivo. Achado característico é o defeito de
enchimento, amputação da corrente radiopaca
• TC helicoidal e RNM

• Duplex- scan de MMII, Venografia e Pletismografia de


Impedância para diagnóstico de TVP
EMBOLIA PULMONAR:
DIAGNÒSTICO
EMBOLIA PULMONAR:TRATAMENTO

• Anticoagulantes ( heparina)
• Trombolíticos

• Cirúrgico (raro):
– Trombectomia Venosa (remoção mecânica do
trombo)
– Embolectomia Pulmonar ( embolia maciça)
– Interrupção Venosa da VCI ( preventiva)
EMBOLIA PULMONAR:PROFILAXIA

• Deambulação
• Exercícios para MMII
• Meias elásticas compressivas
• Heparina em baixas doses
ATELECTASIAS
O termo ATELECTASIA é aplicado a situação de
colabamento alveolar

MECANISMOS:
• Inadequada Força de Distensão Pulmonar (idoso, pós-
cirúrgico e doenças restritivas)
• Obstrução das Vias Aéreas (do transporte mucociliar,  do
volume de secreção,  da hidratação)
• Insuficiência de Surfactante ( edema pulmonar, fumaça,
anestésico, contusão pulmonar, SARA, O2 em altas concentrações
e respiração com baixos volumes pulmonares
ATELECTASIAS: QUADRO CLÍNICO

• Os sinais e sintomas variam com o tamanho da área


pulmonar envolvida, o estado prévio de saúde do
pcte, e a duração do problema
• Dispnéia
• tosse
• Taquipnéia
• Uso de musculatura acessória
• febre
• RX
• AR
ATELECTASIAS: TRATAMENTO

• Preventivo

• Curativo:
FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA

Você também pode gostar