Aula 3 - Período Composto

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Prof.

Fernando Lira
@professorfernandolira

Língua Portuguesa
BNB
Aula 3 – Relações de coordenação entre
orações e entre termos da oração.
Relações de subordinação entre orações e
entre termos da oração.
Os períodos são formados através das
orações.
Orações são frases que apresentam
verbo ou locução verbal.
Maria saiu cedo de casa.
verbo

José ficou fazendo sua tarefa de casa.


locução verbal
Carlos comeu seu jantar.
período simples

Carlos comeu seu jantar e foi dormir cedo.


verbo período composto locução verbal
O período composto será classificado de
duas maneiras:

•Período composto por coordenação;

•Período composto por subordinação.


O período composto por coordenação apresenta
orações independentes que estão relacionadas
através do contexto da frase.

Ex.: Estou comprando um protetor solar, depois


irei à praia.
•Podemos dizer:

1. Estou comprando um protetor solar.

2. Irei à praia.

Separando as duas, vemos que elas são


independentes.
•As orações coordenadas do período
composto podem ser classificadas
como:

1. Coordenadas assindéticas;

2. Coordenadas sindéticas.
Coordenadas Assindéticas

São orações coordenadas entre si e que não são


ligadas através de nenhum conectivo. Estão
apenas justapostas.

Ex.: Estou comprando um protetor solar, depois


irei à praia.
Coordenadas Sindéticas

Ao contrário da anterior, são orações coordenadas


entre si, mas que são ligadas através de uma
conjunção coordenativa. Esse caráter vai trazer
para esse tipo de oração uma classificação:
aditivas

adversativas

alternativas

conclusivas

explicativas
Orações Coordenadas Sindéticas
Aditivas: e, nem, mas também, como também, assim
como, ademais, outrossim, além de, bem como,
tampouco.
-Não só cantei como também dancei.

-Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.

-Comprei o protetor solar e fui à praia.


Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: e,
mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no
entanto, por outro lado, em contrapartida, senão.

-Fiquei muito cansado, contudo me diverti bastante.

-“É ferida que dói e não se sente”

-Não comprei o protetor solar, no entanto fui à praia.


Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ou… ou;
ora…ora; quer…quer; seja…seja, já...já.
-Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.

-Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias


carreiras diferentes.

-Quer eu durma, quer eu fique acordado, ficarei no


quarto.
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: logo,
portanto, por fim, por conseguinte, enfim, pois(após o
verbo), assim, então, em suma, dessarte, destarte.

-Passei no vestibular, portanto irei comemorar.

-Concluí o meu projeto, logo posso descansar.

-Tomou muito sol, por conseguinte ficou adoentada.


Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: isto é, ou
seja, a saber, na verdade, pois(antes do verbo),
porque, porquanto, já que, uma vez que, visto que.

-Só passei na prova, porquanto me esforcei por muito


tempo.
-Só fiquei triste, porque você não viajou comigo.
-Não fui à praia, pois queria descansar durante o
Domingo.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
•EXEMPLO: Você me convenceu de que o trabalho era
fácil.
OP (oração principal) Você me convenceu

OS (oração subordinada) de que o trabalho era fácil.

Esta oração pode ser transformada num termo (função


substantiva = objeto indireto):
da facilidade do trabalho.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

•Possuem valor de um substantivo e exercem em


relação à oração principal as seguintes funções
sintáticas:
Sujeito
Objeto direto
Objeto indireto
Predicativo
Complemento nominal
Aposto
•Estrutura da oração principal • Classificação da subordinada
1. verbo de lig. + predicativo 1. SUBJETIVA
•Seria bom que você voltasse para mim.
2. verbo unipessoal 2. SUBJETIVA
•Convém que ele nos ajude.
3. verbo de lig. + particípio 3. SUBJETIVA
•Ficou acertado que eles virão amanhã.
4. sujeito + VTD 4. OBJETIVA DIRETA
• Você viu se ele estava na festa?
5. sujeito + VTI 5. OBJETIVA INDIRETA
• Não concordo com que ele jogue.
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

6. Sujeito + verbo de ligação • 6. PREDICATIVA


• A verdade é • que você nos enganou.
7. Sujeito + verbo + nome • 7. COMPLETIVA NOMINAL
• Estou certo • de que você nos enganou.
8. Sujeito + verbo + nome + • 8. APOSITIVA
pontuação
• Só te pedi uma coisa: • que você me apoiasse.
Orações Subordinadas Adjetivas

Os pronomes relativos (que, o qual, a qual, os quais, as


quais, quem, onde, cujo, cujos, cuja, cujas, etc.) são os
conectivos que iniciam as orações subordinadas
adjetivas no período.
Dependendo do sentido que as orações
subordinadas adjetivas têm no texto, elas
podem ser classificadas como:
EXPLICATIVAS

RESTRITIVAS
Explicativas

São as orações que servem para esclarecer


melhor o sentido do termo que se refere,
explicando detalhadamente sua
característica principal. Aparecem separadas
por vírgulas, travessões ou parênteses.
Exemplos:
O problema, que era de fácil resolução, deixou os
alunos apreensivos.

Oração Principal: O problema deixou os alunos


apreensivos.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que era de
fácil resolução
Exemplos:
O aluno, que era irresponsável, vivia faltando às
aulas.

Oração Principal: O aluno vivia faltando às aulas


Oração subordinada adjetiva explicativa: que era
irresponsável
Restritivas

Delimitam o significado do antecedente. É


indispensável ao sentido o período. NÃO vem
separada por pontuação.
Exemplos:
Os políticos que são honestos merecem nosso
respeito.
Oração Principal: Os políticos merecem nosso
respeito
Oração subordinada adjetiva restritiva: que são
honestos
De acordo com a oração, não são todos os políticos
que merecem respeito, mas apenas um conjunto
restrito, ou seja, aqueles que são honestos.
Exemplos:
Ele implantou o sistema que nós desenvolvemos.
Oração Principal: Ele implantou o sistema
Oração subordinada adjetiva restritiva: que nós
desenvolvemos.
A oração que nós desenvolvemos restringe o
significado da palavra sistema. Ele não implantou um
sistema qualquer e sim um sistema específico, ou seja,
o que nós desenvolvemos.
Orações Subordinadas Adverbiais

Para finalizar o estudo das orações


subordinadas, estudaremos hoje as orações
subordinadas adverbiais. Elas funcionam como
adjunto adverbial, ou seja, são orações que
indicam a existência de uma circunstância.
1- Causal
• Funciona como adjunto adverbial de causa. Principais
conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma
vez que, como, haja vista, que, por + verbo.
Exemplos:
- Saímos rapidamente, visto que estava armando um
tremendo temporal.
- Como estava chovendo, não saímos de casa.
- Por ter chegado atrasada, não pôde entrar na palestra.
2- Comparativa
• Funciona como adjunto adverbial de comparação.
Geralmente, o verbo fica subentendido. É iniciada
por uma conjunção subordinativa comparativa. São
elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto,
como, tal qual, tão como.

Exemplo:

- Vinícius era mais esforçado que o irmão.

- Leal é tão esforçado como o irmão.


3- Concessiva
• Funciona como adjunto adverbial de concessão.
Principais conjunções: embora, conquanto, não
obstante, apesar de, se bem que, mesmo que, posto
que, ainda que, em que pese, por mais que, malgrado,
ainda assim, mesmo assim, a despeito de.
Exemplos:
- Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a
prova.
- Mesmo que ele tenha razão, posicionar-me-ei contrário
às suas ideias.
4- Condicional
Funciona como adjunto adverbial de condição.
Conjunções: se, a menos que, desde que, caso,
contanto que, logo que, assim que. Também pode
ser iniciada pela preposição a, estando o verbo no
infinitivo.
Exemplos:
- Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.
- Contanto que se esforce, conquistará aquela garota.
- A continuar agindo dessa maneira, tudo se
dificultará.
5- Conformativa
• Funciona como adjunto adverbial de
conformidade. Conjunções: como, conforme,
segundo, consoante, de acordo com.

Exemplos:

- Pintamos sua casa, conforme havia pedido.

- Como combinamos ontem, eis os documentos.


6- Consecutiva
• Funciona como adjunto adverbial de consequência.
• É iniciada pela conjunção subordinativa consecutiva
que. Na oração principal normalmente surge um
advérbio de intensidade tal, tanto, tamanho(a):
(tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.
Exemplos:
- Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.
- Ele é de tamanha capacidade, que a todos encanta.
7- Temporal:
• Funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada
por uma conjunção subordinativa temporal ou por uma
locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas:
quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que,
logo que, mal. Também pode ser iniciada por ao,
estando o verbo no infinitivo.
• Exemplos:

- Fico triste, sempre que os alunos chegam atrasados.


- Ao terminar essa discussão, sairemos daqui.
8- Final
• Funciona como adjunto adverbial de finalidade. É
iniciada por uma conjunção subordinativa final ou por
uma locução conjuntiva subordinativa final. São elas:
a fim de que, para que, porque. Também pode ser
iniciada pela preposição para, estando o verbo no
infinitivo.

Exemplos:
- Aqui estamos para estudar.
- “Eu vim para que todos tenham vida.”
9- Proporcional:

• Funciona como adjunto adverbial de proporção. É


iniciada por uma locução conjuntiva subordinativa
proporcional. São elas: à proporção que, à medida
que, quanto mais..., quanto menos

Exemplo:
- À medida que o tempo passa, mais experientes
ficamos.

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