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Passagem de

Sonda Enteral
Manual Operacional Hospital Irmandade
de Misericórdia do Jahu

Gercilene Cristiane Silveira


Fernando Gomes Romeiro
Hospital Irmandade de Misericórdia do Jahu
Departamento de Enfermagem

Autores:

Gercilene Cristiane Silveira


Enfermeira em Educação Permanente e EMTN

978-85-65318-54-9 (E-Book)
Dr. Fernando Gomes Romeiro
Médico Gastroenterologista

Prefixo Editorial: 65318


Número ISBN: 978-85-65318-54-9
Título: Passagem de sonda enteral: manual operacional Hospital de
Misericórdia de Jahu
Tipo de Suporte: E-book
Formato Ebook: PDF

Diagramação e Editoração:

Dra. Ana Silvia Sartori Barraviera Seabra Ferreira


Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância e Tecnologias da Informação em Saúde - NEAD.TIS - FMB

i
Apresentação

Este manual tem por objetivo padronizar a técnica de


passagem de sonda nasoenteral realizada pelo
enfermeiro colaborador do Hospital Irmandade de
Misericórdia do Jahu, abordando pontos relevantes para a
segurança do paciente e cuidados com a sonda.

Dispositivo para Alimentação Enteral

Na portaria nº120 de 14 de abril de 2009 o Ministério da


Saúde recomenda que o profissional que presta cuidado
em saúde deve ter conhecimento para manusear e manter
cuidados adequados durante a evolução da terapia
enteral, promovendo conforto e segurança para o
paciente.

Quando a alimentação pela via oral sofre redução


importante ou a ingestão alimentar é insuficiente para a
nutrição do paciente torna-se necessária a terapia de
nutrição enteral, através de sonda nasoenteral usada
especificamente para essa finalidade.

Legenda:

¹ cm – centímetro – unidade de comprimento.

² ml - mililitro

ii
1 TÉCNIC
A
SONDA DE PASSAG
NASOEN EM DE
TERAL
Técnica de Passagem da Sonda

Etapa 1:

O ideal é que o paciente fique em jejum por pelo menos 4 horas antes da passagem
da sonda enteral, pois a presença de alimentos no estômago pode causar vômitos
durante o procedimento.

Deve-se orientar paciente e familiares sobre a necessidade de receber os nutrientes


pela via enteral, mostrando a sonda e os incentivando a manipulá-la.

Perguntar ao cliente ou acompanhante sobre problemas como dificuldade para


respirar ou desvio de septo.

Obter autorização do paciente ou do acompanhante para realização do procedimento.


Etapa 2:

Conferir o procedimento conforme prescrição médica;

Organizar os materiais (Figura 1) em bandeja no carro de apoio aos procedimentos:

- Equipamentos de proteção individual: óculos, máscara, avental de manga longa e


luvas de procedimento (1);

- Sonda de nutrição enteral (2);

- Toalha de rosto ou papel toalha (3);

- Fita adesiva e cordonê para fixação (4); Figura 1: Materiais


5
- Seringa de 20ml (5); 11 1
4
- Solução fisiológica de NaCl a
0,9% (6);

- Lidocaína em gel (7); 7


- Tesoura sem ponta (7);

- Hastes flexíveis (8); 9

- Lanterna clínica (9);


3
- Estetoscópio (10);
2
- Um pacote de compressa gaze (11); 2
6 8 10
- Biombo.

5
Etapa 3:

- Isolar a cama com biombo garantindo privacidade durante o procedimento;

- Verificar o uso de prótese dentárias móveis pelo(a) paciente, solicitando que as


retire. Se não puderem ser removidas pelo(a) paciente use os equipamentos de
proteção individual e retire-as;

- Elevar a cabeceira do(a) paciente para a posição de Fowler a 45º;

- Colocar equipamento de proteção individual: óculos, máscara, avental de manga


longa e luvas de procedimentos;

- Cobrir a região anterior do tórax com toalha de rosto ou papel toalha;

- Cortar alguns pedaços de fita adesiva e deixar na bandeja;

- Medir a extensão da sonda a ser introduzida, Figura 2: Medição

colocando sua extremidade distal na ponta do


nariz do paciente enquanto o restante dela
percorre em linha reta a distância do nariz até o
lobo inferior da orelha e de lá até o apêndice
xifoide. Depois acrescente mais 20 a 25 cm para
o posicionamento duodenal (Figura 2);

- Marcar este ponto na sonda enrolando nesse


local um pedaço de fita adesiva;

- Injetar solução líquida (solução fisiológica) na


sonda sem retirar o fio-guia para lubrificá-la,
favorecendo a retirada do fio-guia após sua
passagem;

- Inspecionar as narinas com a lanterna clínica;

- Realizar higiene com hastes flexíveis na narina mais pérvia e introduzir lidocaína
gel (Figura 3);

6
Figura 3: Limpeza e introdução de lidocaína gel

Figura 4: Lubrificação da sonda enteral

- Lubrificar a sonda enteral utilizando


compressa gaze e lidocaína gel (Figura 4);

Figura 5: Introdução da sonda

- Introduzir a sonda na narina escolhida, pedindo


para que o paciente tente deglutir sua ponta,
introduzindo-a até o local onde foi feita a marcação.
Havendo muita tosse nesse momento retire a sonda
e espere para reiniciar o procedimento após a
recuperação do paciente (Figura 5);

7
Figura 6: Teste de ausculta com seringa

- Conectar uma seringa de 20 ml, aspire


delicadamente o conteúdo gástrico e a
seguir injete 20 ml de ar pela sonda
enquanto é feita a ausculta do quadrante
abdominal superior esquerdo (Figura 6)
para se certificar quanto ao
posicionamento da sonda no estômago.
Lembrar que a ausculta da entrada do ar
pela sonda não garante seu
posicionamento adequado e que é
necessária a confirmação radiológica
antes de qualquer infusão através dela;

Figura 7: Retirando o fio guia

- Retirar o fio guia, tracionando-o firmemente


e segurando a sonda para evitar que se
desloque (Figura 7);

- Fechar a sonda;

-Abaixar a cabeceira da cama em 30º e


posicione o paciente em decúbito lateral
direito para facilitar a migração da sonda para
o duodeno;

8
Figura 8: Sonda fixada

- Fixar a sonda utilizando fita adesiva colada


sobre a fronte e o dorso nasal. A sonda deve
ser fixada à fita adesiva com auxílio do
cordonê, mas sem atrapalhar a visão do
paciente (Figura 8);

-Retirar os equipamentos de proteção


individual – luvas de procedimentos, máscara
e óculos de proteção;

-Lavar as mãos;

- O médico deverá solicitar o Raio-X abdominal para verificar o posicionamento


da sonda;

- Checar a prescrição médica e realizar anotação na evolução de enfermagem;

- Após realização do Raio-X abdominal o médico deverá analisar a imagem e


liberar o uso da sonda, anotando a liberação na prescrição médica;

- A enfermagem apenas poderá liberar a dieta ou medicação via sonda após


checagem na prescrição;

- A anotação do relatório de enfermagem inclui: hora do procedimento, número do


cateter, volume e aspecto da secreção drenada e intercorrências. Colocar
assinatura e carimbo do enfermeiro.

9
Observação:

- A realização da higiene oral é essencial.

- Atenção com irritação do orifício nasal evitando lesões no local.

- Em caso da sonda nasoenteral ficar enrolada na boca, deve-se retirá-la


imediatamente para que seja repassada a seguir (Figura 9).

Figura 9: Sonda enrolada na boca

10
Referências bibliográficas

DOVERA,Themis Maria Dresh da Silveira. Nutrição Aplicada ao Curso de


Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2007.

KOCH,R.et al. Técnicas Básicas de Enfermagem. 22.ed. Curitiba: Século


XXI,2004.

TAYLOR C, Lillis C, LeMone P. Fundamentos de Enfermagem: a arte e a ciência


do cuidado de enfermagem. 5º ed. Trad. Regina Machado Garcez, Ana Thorrel.
Porto Alegre: Artmed,2007.

MATSUBA CST. Acessos para Nutrição Parenteral e Enteral. In Baract EC,


Bernardo WM. Programa de atualização baseado em diretrizes da AMB (
PRODIRETRIZES). Porto Alegre (RS): Artmed;2013. Cap.3;v.2.

VOLPATO, Andrea.;PASSOS.Vanda. Técnicas Básicas de Enfermagem. 4º ed.


São Paulo: Martinari,2015.

Agência Vigilância Sanitária Disponível em:


<http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/manual_%20trato_respirat%F3ri
o.pdf> Acessado em: 12nov.2017.

Imagens:

http://www.freepik.com

Figura 2: Clara Fumes - NEAD.TIS

Figuras 1, 3-9: Acervo da autora

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