Técnicas Cirurgicas OFICIAL
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Cura da Ferida:
• O processo cicatricial = eventos moleculares + eventos celulares – restauração do tecido
lesado.
• Início: extravasamento do plasma, com a coagulação e agregação plaquetária (a água
liberada no momento da lesão é o plasma).
• “Final”: reepitelização e remodelagem do tecido lesado – restaurar a funcionalidade tecidual.
Fases da cicatrização:
• Fase inicial: hemostasia e inflamação.
• Fase proliferativa: fibroplasia, neoangiogenese (formação de novos vasos para que
estimule novamente a formação de colágeno), epitelização (mudança do tecido).
• Fase tardia: remodelação.
Fase inflamatória:
• Fase trombocitica: ocorre uma grande agregação plaquetária formando o trombo. O
principal objetivo da formação do trombo é que caso você for ferido você não morra
sangrando, então na formação de trombo temos agregação plaquetária, onde precisamos
ter a cascata de coagulação ativa para que as plaquetas juntas com o fator 8 e o fator 5
consiga formar um trombo plaquetário para pararmos de sangrar.
• Fase granulocitica: fagocitose de bactérias (formação de pus).
• Fase macrofásica: quando ocorre a ativação do processo cicatricial: macrófago.
Quando falamos de fase granulocitica e macrofásica são duas fases que estão trabalhando juntas.
Pois se temos granulócitos precisamos de macrófagos para fazer o englobamento. Os macrófagos
irão levar a apoptose celular tentando matar a bactéria que está ali.
• Sinais clínicos: Hiperemia, calor, edema e dor (olhando a cicatriz do lado externo).
Essas fases não ocorrem separadamente, elas ocorrem intermediadas, uma em sequência da
outra. Não dá para saber certamente quando termina uma fase e inicia a outra, mas tem
características especificas.
Conforme o gráfico: se
pensarmos por uma escala de
dias iniciamos com a fase
inflamatória, seguida de uma
queda gradual. Quando iniciamos
a fase proliferativa a inflamatória
ainda está em processo, sendo
assim ainda temos a coagulação,
ativação do trombo plaquetário.
Na fase proliferativa ainda temos
a fibroplasia, angiogênese,
reepitelização de um colágeno
ainda imaturo. Chegando no
ápice do processo de proliferação
inicia-se a mudança desse
colágeno, onde o colágeno imaturo passa por um colágeno de alta resistência do tipo 1 para o tipo
2.
Portanto, o processo inicia com a lesão em seguida a inflamação, proliferação e matriz de
remodelação e termina até mais ou menos 300 dias. Uma cicatriz para estar madura ela leva em
torno de 6 meses a 1 ano, porque ocorre todo esse processo de mudança no tecido celular.
Existem biografias que ao invés de usar 3 fases usam 4 fases, mas são as mesmas só subdividem.
Logo na escala de tempo das quatro fases da cicatrização e os muitos outros processos que
ocorrem em cada fase em que qualquer desvio de normalidade nestes processos, pode acarretar
demora na cicatrização e consequentemente à formação de cicatriz.
E nas fases que ocorrem a alteração processo cicatricial, ou seja, na fase 2, que é a fase de
angiogênese onde está iniciando o processo cicatricial e temos uma infecção que a fase
granulocítica não conseguiu resolver provavelmente está fase de granulação com formação de pus
na ferida operatória vai interferir no processo final de cicatrização, onde esse processo pode ficar
mais lento ou o resultado final desta reparação será pior.
Exemplos: cicatriz com mais de 8h, onde a pessoa não colocou nenhuma substância na lesão,
mas a pessoa mora no sítio e vai no dia seguinte para suturar é considerado uma cicatriz
contaminada.
Já as limpas quando a pessoa lesiona o tecido na hora e vai para o hospital para suturar,
isso é uma ferida limpa. Limpa contaminada a pessoa tem um corte e colocou açúcar e foi para o
hospital ou quando a pessoa se cortou e umas 6-7hs procurou o hospital e essa ferida ficou aberta
esse tempo todo então é uma limpa contaminada.
As contaminadas têm o corte a mais de 8h e começou a ter uma pequena formação de pus,
com aspecto meio purulento, mas ainda não tem a coleção de pus. A infectada a pessoa se cortou
a dias atras 7-8 dias e a pessoa procurou o hospital já com a coleção purulenta, ou seja, uma
grande quantidade de pus nessa cicatriz.
Precoces: Tardias:
• infecção; • eventração;
• hemorragia (hematoma); • quelóide;
• coleção de líquidos (seroma); • granuloma de corpo estranho
• deiscência de sutura (abertura); • dor local;
• evisceração (saída das vísceras para
fora da cavidade abdominal);
Queloide: é um crescimento
anormal de tecido cicatricial que se
forma no local de um traumatismo,
corte ou cirurgia de pele. Nada
mais é que deposito de colágeno
não respeitando os limites da
borda da lesão.
O queloide pode afetar os
dois sexos igualmente, embora
exista uma maior incidência em
mulheres. Indivíduos com
pigmentação mais escura,
pessoas negras e pessoas asiáticas são mais propensos a desenvolver queloides.
A frequência de queloides em pessoas com pele mais pigmentada é 15 vezes maior do que
em pessoas com pele menos pigmentada.
A idade média de seu início gira entre 10 e 30 anos. As pessoas em extrema idade raramente
desenvolvem queloides.
O processo de cicatrização se
ele ocorresse na forma normal ele
ocorreria na linha pontilhada, se temos
uma hiper proliferação de colágeno
temos um aumento dessa cicatriz
ficando mais volumosa. Na cicatriz
hipertrófica o colágeno sobe, mas
depois ele regride, ou seja, não vão
depositar, depositar... A cicatriz
queloidiana não ela inicia um processo
e vai fazendo o deposito de colágeno
por um grande período. Por exemplo:
pessoas que colocam piercing e não
tratam a queloide ficando aquela bola, a queloide é tratada com intervenção cirúrgica para encerrar
o processo cicatricial, tirando a borda e vendo quais são os fatores que interferiam no processo de
colágeno, ou seja, será que interferiu porque aquela pessoa foi exposta ao sol, ou foi só a matriz
de colágeno, se for só a matriz de colágeno podemos estimular a produção menor de colágeno
inibindo com corticoide. Se temos uma matriz menor de colágeno menos queloide vamos ter. por
isso Cicatricure, Contractubex normalmente associam a corticoide para diminuir a probabilidade de
formar uma cicatriz hipertrófica e cicatriz queloidiana. Ex: se a pessoa faz a retirada de uma pinta,
e vemos que ela tem queloide no braço, devemos nos planejar para essa cirurgia, pois a tensão
piora o processo cicatricial, devendo fazer uma tensão ideal, usando um fio que tem a capacidade
de tensionar sem ter um aumento grande de tensão tecidual para que estimule a morte celular e
nem que também deixe frouxo com a diminuição da tensão. Outro fator importante é as orientações
do pós-operatório, evitar exposição ao sol, evitar infectar a ferida, usar o corticoide precoce após o
sétimo dia pois já passou a fase inflamatória, está terminando a fase granulocítica e está iniciando
a fase de remodelação.
A resposta orgânica a infecção: ou seja, se eu tenho 2 pacientes diabéticos – o que vai fazer
com que um tenha infecção pós-operatória e o outro não. Depende de:
1. Da virulência (capacidade de um microrganismo de causar uma doença – saber se o
microrganismo tem uma baixa ou alta capacidade de causar doença) e do número do
microrganismo infectante;
2. Do meio em que a infecção se desenvolverá – dependendo do local do corpo onde a infecção
ocorrer, pode ser mais ou menos grave. Exemplo: uma infecção de pele é diferente de uma
infecção óssea, pois a óssea responde mais lentamente ao tratamento então será uma
infecção mais grave do que a de pele.
3. Dos mecanismos de defesa do hospedeiro (barreiras à infecção) – resposta imune a
infecção;
• Mecânicas - barreiras (paredes que separam o agente dos tecidos estéreis);
• Humorais (IgG, IgM e IgA);
• Celulares (macrófagos e neutrófilos);
• Citocinas (liberadas pelos macrófagos);
Todas essas respostas, são uma sequência de eventos que vão determinar se aquele
paciente vai ter uma infecção de grande comprometimento ou leve.
4. Presença de fatores que levam à imunossupressão: idoso, diabetes, desnutrição,
leucopenia, corticoterapia, radio e quimioterapia.
Pré-operatório:
• Preparo do paciente e hospitalização pré-operatória curta;
• Lavagem das mãos e antebraços da equipe cirúrgica;
• Controle de pessoal contaminado ou infectado no ambiente hospitalar;
• Esterilização do material cirúrgico;
• Profilaxia antimicrobiana;
• Cuidados de antissepsia e técnica adequada na instalação de cateter venoso central;
Intra-operatório:
• Ventilação adequada na sala cirúrgica;
• Limpeza e desinfecção das superfícies na sala cirúrgica;
• Roupas e vestimentas cirúrgicas apropriadas;
• Assepsia e técnica cirúrgica apropriada;
• Cuidados de antissepsia na intubação orotraqueal e na passagem de sonda vesical;
• Duração do ato operatório, quanto mais tempo com o paciente aberto, maior a chance de
uma infecção;
Pós-operatório:
• Proteção e curativos da ferida cirúrgica;
• Vigilância epidemiológica – nos hospitais, existe uma comissão de infecção chamada CCIH;
Comissão de controle de infecção hospitalar (CCIH): tem por função observar o número de
infecções que estão ocorrendo dentro do hospital para saber se está dentro dos 10% aceitáveis ou
se está tendo maior número de infecções por determinados casos. Caso o número de casos seja
maior do que o aceitável, essa comissão interfere para saber o que está acontecendo, ou seja,
verifica a limpeza (assepsia de cirurgias, equipe cirúrgica, materiais, etc.), a rede de saneamento
(como está a água do hospital), etc.
RESUMO: para ter uma menor taxa de infecções e complicações no pós-operatório, deve ter o
ambiente, o hospedeiro e o cirurgião atuando de forma coordenada para que as infecções sejam
evitadas, ou seja, toda a limpeza de forma correta (material cirúrgico, EPI’s correto, ambiente,
paciente, equipe cirúrgica).
Classificação das cirurgias quanto às infecções: as cirurgias podem ser classificadas em limpa,
limpa contaminada, contaminada e suja ou infectada.
• Limpa: não há manipulação do trato respiratório, gastrointestinal, genital e urinário. Respeita
a técnica séptica e não há inflamação. Exemplo: herniorrafia umbilical, redução de mama
sem prótese, retirada de nevos na perna.
• Limpa contaminada: ocorre a abertura sem contaminação – sem infecção. Exemplo:
amidalectomia, correção de desvio de septo, ou seja, faz a manipulação do trato, mas sem
sinais de infecção.
• Contaminada: já havia um processo de extravasamento importante. Exemplo: trato
gastrointestinal que já tem extravasamento de fezes, trato urinário que já tem
extravasamento de urina. Pode ocorrer também caso houver uma quebra de assepsia
(perfuração da lesão) e se a cirurgia demorar mais de 5 horas para ocorrer. Exemplo: cirurgia
de vesícula e gastrotomia, ou seja, faz a abertura da cavidade e extravasamento de líquido.
• Suja ou infectada: são aquelas que já tem tecidos desvitalizados, que possuem
contaminação grande de cavidade. Exemplo: apendicite que já tem pus, cirurgias que já tem
tecido necrosado, traumas penetrantes que são classificados com mais de 5 horas (facada
que demorou mais de 5 horas para operar, mesmo que não tiver extravasamento).
Antibioticoterapia: mais característica para infecções de sítio cirúrgico (ISC), as quais são
determinadas pelo tipo de cirurgia que será feita.
Como desconfiar que a infecção houve no CC? Depois que a infecção está instalada, os
sintomas mais comuns pós-operatórios são:
• Dor desproporcional aos achados do exame físico;
• Bolhas violáceas;
• Hemorragia cutânea;
• Amolecimento da pele – pode estar relacionado a presença de abscesso;
• Presença de ar em subcutâneo;
• Febre após 4 dias de cirurgia (até 48 horas não pensar em infecção de sítio cirúrgico).
Se o paciente está com a cavidade abdominal ou qualquer outra estrutura operada e começa
a sentir muita dor, a pele começa a amolecer, começa a ter ar no subcutâneo, deve-se pensar que
esse paciente já estava tendo uma infecção de sítio operatório (tardia – após 7 dias de cirurgia).
Infecções intra-abdominais: infecção não restrita a parede abdominal, conhecidas como sepse
(resposta inflamatória grave) intra-abdominal, apresentam-se como peritonites bacterianas difusas
ou abscessos intra-abdominais, habitualmente causadas por perfuração traumática ou inflamatória
das vísceras, deiscências de suturas, obstruções ou isquemias intestinais, inflamação e infecção
de útero e anexos (trompa e ovários).
Tratamento: medidas de suporte (hidratação, antibioticoterapia de largo espectro) e novas
intervenções cirúrgicas para desbridamento – lavagem da cavidade abdominal, remoção da causa
infecciosa e drenagem de abscessos intraperitoneais.
Drenos: o dreno deve ser feito sempre que uma infecção apresenta coleção (muito pus). O dreno
é um tubo cirúrgico que é acoplado a um recipiente e normalmente é utilizado para remover o pus,
sangue ou outros fluidos de uma incisão. Pode ser utilizado para profilaxia (evitando a infecção) ou
atuar com a infecção já instalada. Podem ser classificados em:
• Dreno aberto. Exemplo: Penrose;
• Dreno de sucção fechada;
• Dreno de reservatório;
• Cateteres para drenagem de abscesso;
Dreno de Penrose: dreno de borracha, tipo látex. Mais comum utilizado
para pele e utilizado em cirurgias que implicas em possível acúmulo local
de líquidos infectados, ou não, no período pós-operatório. Seu orifício de
passagem deve ser amplo e ser posicionado à menor distancia da loja a
ser drenada, não utilizando o dreno por meio da incisão cirúrgica e, sim,
por meio de uma contra incisão. Ele não puxa o líquido, mas cria uma
passagem para o líquido passar (estimula a saída do líquido) por meio
gravitacional, ou seja, não possui força de pressão negativa. Exemplo de
utilização: cirurgia de descolamento de pele, hérnia volumosa.
Tipos de drenos:
RESUMO – DRENOS: Os drenos podem ser tubulares (Portovac) ou laminares (Penrose), podem
ter sistemas diferentes e é uma ferramenta que tem por função a coleta de líquidos dentro de uma
cavidade, seja ela externa ou interna.
Tétano: o tétano acidental é uma infecção causada por uma bactéria encontrada na natureza e
não é contagiosa. A bactéria pode ser encontrada na pele, fezes, terra, galhos, plantas baixas, água
suja, poeira.
Transmissão: não é de pessoa a pessoa. Ocorre, geralmente, pela contaminação de um
ferimento da pele ou mucosa. O período de incubação (tempo que os sintomas levam para aparecer
desde a infecção) é curto, em média de 5 a 15 dias, mas pode variar de 3 a 21 dias.
Se o paciente possuir características de risco de contaminação por tétano, deve-se pensar
na profilaxia. Existem 2 tipos de profilaxia para esse caso: experimentos de mínimos risco de tétano
(mais superficiais, limpos, sem presença de corpos estranhos) e experimentos de alto risco (sujos,
contaminados, pacientes com presença de sujeira no ferimento), ou seja, duas formas de pensar:
se o paciente tem a carteira vacinal ok, se não precisa de soro ou vacina. Independentemente da
conduta, o paciente deve ter os mesmos cuidados – limpeza da ferida, retirada de todo material da
ferida (restos de sujeiras – metais, madeira... babosa).
Quando falamos de vias aéreas, estamos falando de suporte de ventilação para um paciente
que tenha sinais de descompensação da via respiratória.
Qual o melhor dispositivo para garantir a via aérea segura de um paciente? Depende do que
o paciente precisa. Para escolher o dispositivo ideal, é necessário primeiro analisar o paciente.
RELEMBRANDO – anatomia da via aérea superior:
SATURAÇÃO DE O2
• Normal - 95% - 99%.
• Hipóxia Leve - 91% - 94%.
• Hipóxia Moderada- menor que 91%.
Obs: A gasometria verifica o nível de O2 na corrente sanguínea (sangue arterial), por isso é correto
dizer hipoxemia, pois hipoxemia é na C.S.
Antes de ter a hipoxia, consequentemente eu tive hipoxemia, mas o oxímetro está no tecido, por
isso digo hipoxia.
Antes de pensar qual via de O2 vou ofertar para o paciente, preciso verificar se ele está em
respiração espontânea ou não.
Conceitos básicos:
• Ventilação: entrada e saída de ar entre as unidades funcionais dos pulmões, alvéolos, e o
meio externo.
• Oxigenação: participação do oxigênio molecular no processo de obtenção de oxigênio. Este
conceito se relaciona, dentre outros fatores com a saturação de oxigênio.
• Saturação de Oxigênio (SatO2): porcentagem de hemoglobina que está ligada a moléculas
de oxigênio.
• Fração inspirada de 02 (FiO): porcentagem de oxigênio no ar inspirado. Em ar ambiente,
ao nível do mar, temos uma FiO, de 21%.
Ventilação não invasiva: tem a capacidade de fazer uma pressão contínua que vai interferir na
inspiração ou na expiração, ou seja, controla os movimentos da respiração.
Indicações:
• Insuficiência respiratória;
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
• Edema agudo pulmão;
• Asma;
• Síndrome do desconforto respiratório agudo;
• Traumatismo torácico;
• Pneumonia;
Contraindicações:
• PCR;
• Perda da consciência;
• Cirurgias na face;
• Traumas e queimaduras na face;
• Obstrução das vias aéreas;
Ventilação não invasiva – tipos: sempre é vedado para manter o total controle. CPAP e BIPAP
são os principais.
• CPAP: funciona aplicando uma pressão contínua durante a respiração e faz com que o
paciente consiga ajustar o seu suporte de acordo com sua necessidade, isso significa que é
utilizado somente um nível de pressão, não sendo possível ajustar a quantidade de vezes
que a pessoa vai respirar. Exemplo: paciente obeso com apneia do sono, nível de saturação
cai dormindo para 80-92 e respira mal. O CPAP vai fazer o controle dos ritmos respiratórios
e vai ofertar oxigênio para que o paciente faça uma troca suficiente.
• BIPAP: favorece a respiração através da aplicação da pressão positiva em dois níveis, ou
seja, ajuda a pessoa durante a fase de inspiração e expiração, podendo ser controlada a
frequência respiratória a partir de uma predefinição. Exemplo: paciente com atelectasia,
pulmão com expansibilidade errada e é necessário o controle da expiração e inspiração.
• Capacete: DPOC e COVID.
• PAV / VAPS: funciona se adaptando as necessidades respiratórias da pessoa, por isso, o
fluxo de ar, a frequência respiratória e a pressão que exerce nas vias respiratórias muda de
acordo com o esforço que a pessoa faz para respirar. Exemplo: paciente melhora e o
aparelho reconhece e readapta o volume de oxigênio que é mandado para ele.
Dispositivos de oxigenação ideais para pacientes que não possuem ventilação espontânea:
para esses pacientes, é indicado 3 acessos às vias aéreas: permeabilização (obstrução), proteção
(de broncoaspiração) e ventilação (troca).
• Métodos de permeabilização: é feito através de 3 questões: manobras manuais (Jaw
Thrust e Chin Lift), equipamentos básicos e equipamentos avançados. 1) garantir via aérea
pérvia, ou seja, passando ar. As manobras manuais são feitas por supor que houve uma
parada da respiração por falta de permeabilização – sem passagem de ar.
Contraindicação: suspeita de trauma cervical (só vou fazer a tração da mandíbula,
não vou fazer hiperextensão).
Inclinação da cabeça com elevação do mento - É a manobra mais eficaz. O socorrista
coloca uma de suas mãos na fronte da vítima e a utiliza para inclinar a cabeça para trás, os
dedos da outra mão são colocados no queixo da vítima e são utilizados para deslocar a
mandíbula para cima e frente. Esta manobra não deve ser utilizada na suspeita de lesão
cervical.
• Dispositivos básicos:
o Cânulas orofaríngeas ou cânula de
Guedel: são divididas por tamanhos e podem
ser mais retas ou curvas. Como passar uma
cânula: abaixo o mento, direciona a cânula no
sentido curvado para a região da úvula, faz
giro de 45 graus, desce e se encaixa na
região da valécula. A cânula garante que a
língua não “caia” tampando a via aérea.
o Cânulas nasofaríngeas: caso não seja possível a
passagem da cânula orofaríngea, pode ser utilizada a
cânula nasofaríngea. Deve-se analisar se o paciente não
tem desvio de septo, sangramento ou catarro e faz a
passagem. É uma cânula mais maleável.
Obs: posição lateral de segurança: impede a queda da língua e permite que vômito, sangue e
secreções saiam pela boca sem obstruir as vias aéreas. Indicada quando o socorrista tem várias
vítimas de uma vez. SOCORRO BÁSICO, MULTIPLAS VÍTIMAS.
Obstrução de vias aéreas por corpo estranho (detalhes em Suporte Básico de Vida):
• Obstrução completa: Grave dificuldade respiratória, cianose, incapacidade de tossir, respirar
e falar. Conduta: Manobra de Heimlich e varredura digital da orofaringe.
• Vítimas conscientes: obstrução incompleta, capacidade para emitir sons (tossir ou falar).
• Vítimas inconscientes: retirada sobre visualização direta por laringoscopia.
Combitube:
• Não garante que vai segurar 100% o vomito (regurgitação).
• Via azul e branca, cada um tem um balonete, e os dois tem
frenestas.
• Tubo do recém-formado.
• Pode chegar a fazer a ventilação, mas não faz a proteção das
vias aéreas.
• Como saber onde ele está? ausculta.
• Usado de forma EMERGENCIAL, provisório.
Máscara laríngea:
• Vantagem: fácil passagem, mas NÃO É SOLUÇÃO DO
DIA A DIA.
• Desvantagens: não faz proteção total das vias aéreas
no caso de vir um vomito muito forte.
• Via aérea difícil.
• Em casos que não está conseguindo entubar;
EMERGENCIA.
• Tumor de cordas vocais, paciente que engoliu uma
tampinha, ELA NÃO É uma boa opção.
Indicações da Máscara Laríngea na Via Aérea Difícil:
• Como conduto para intubação traqueal com fibra óptica no paciente acordado;
• Na situação de não emergência (paciente anestesiado que não pode ser intubado, mas pode
ser ventilado);
• Na situação de emergência "não intubo, não ventilo", como um dispositivo salva-vidas;
Obs: oxigenação é nível baixo de satO2. Ventilação é dificuldade na troca, ou seja, na entrada e
saída de ar.
Preditores de intubação: olhar para o paciente e ver se vai ser uma intubação fácil ou difícil.
LEMON – LARINGOSCOPIA:
1. L: LOOK: ver, só de ver, laringoscopia difícil. Visualmente. Impressão do médico sobre a
dificuldade da intubação. Essa impressão pode ser devido a deformidades anatômicas,
sangramentos, obesidade, paciente agitado, pescoço curto, entre outros.
2. E: evaluate (evolução)- ventilação 3-3-2: abertura bucal maior que 3cm. Distância
hiperextensão do pescoço tiromentoniana acima de 3cm. Distancias entre os ossos hioides
acima de 2cm. Isso significa que o paciente vai ter uma exposição da glote maior. Paciente
com tétano, trismo.
3. M: mallampati: abertura bucal conforme a visualização da úvula e palato mole.
Classe | - palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis
Classe II - palato mole, fauce e úvula visíveis;
Classe III - palato mole e base da úvula visíveis;
Classe IV - palato mole totalmente não visível.
Um score igual ou maior que 3 está associado a uma via aérea difícil.
4. O: Obstrução: Obstrução de via aérea superior é um marcador importante de via aérea
difícil. Os 4 sinais indiretos cardinais são: voz abafada, salivação excessiva, estridor e
dispneia. Queimadura de via área que esteja causando edema da região da laringe. Sinais
obstrutivos.
5. N: Neck: Mobilidade, hiperextensão. possibilidade de hiperextensão adequada do pescoço.
Obs: um preditor negativo não exclui a intubação laringoscopia, pois se não ninguém seria
entubado. um preditor negativo faz-se necessário uma preparação maior, mas não exclui a
intubação orotraqueal.
Obs: abrir e testar os balonetes. Sempre pegar mais de um tamanho e deixar ao lado. Exemplo: 7
/ 7,5 / 8.
Coloquei o tubo e está correto, sempre fixo o tubo, pedir uma radiografia (se em ambiente
hospitalar) para posição do tubo. Hoje em dia usa-se mais o controle de oxigenação e ventilação,
pelo próprio monitor (capinografo) consigo saber se o paciente está com uma boa troca ou não e
se o tubo está bem-posicionado ou não.
Geralmente o tamanho que o tubo vai ficar é entre a região da orelha até a região da nasal
e até o osso hioide. Normalmente para adulto 22cm.
Pós Intubação:
• Fixar o TT com equipamentos comerciais especialmente desenhado para esse fim
(preferível).
• Alternativamente, fixar com fita adesiva ou cadarço.
• Fora do ambiente hospitalar, considerar imobilizar a coluna cervical.
• Confirmação radiográfica da posição do tudo.
• Oxigenar, ventilar.
Não deu certo a intubação orotraqueal, qual outra opção? INTUBAÇÃO NASOTRAQUEAL
• Intubação bem mais difícil.
• Geralmente feita por anestesistas.
• Tubo especial, um pouco mais maleável, mais fino do que os
orostraqueais.
Indicações de cricotiroideostomia:
• Via aérea difícil.
• Trauma maxilo-facial, no caso de acidente de carro que o paciente é lançado.
• Politrauma.
• Obstrução respiratória por corpo estranho, angioedema. Exemplo: carne que entalou.
Contraindicações da cricotiroideostomia:
• Dificuldade de visualizar as estruturas.
• Tumor laríngeo.
• Infecção.
• Lesões que façam alterações da região
cervical.
• Trauma laríngeo.
• Criança menor que 12 anos ou 9 anos em
algumas biografias, pois risco de perda da
capacidade fonação por lesão das cordas
vocais.
• Infecção de laringe importante, exemplo pus.
Obs: principais vantagens- melhor suporte ventilatório, melhor controle das infecções,
consequentemente reduzindo tempo de internação do paciente.
RESUMO:
• Paciente não responsivo, não respirando: primeira coisa: observar se esse paciente tem
permeabilidade de vias aéreas, manobras (hiperextensão com elevação do mento, ou
apenas tração do mento), observar se tem corpos estranhos, se permeabilização através de
manobras manuais não foi efetiva, devo pensar em dispositivos básicos de permeabilização
(cânula oral ou de Guedel ou cânula nasofaringe para tentar segurar a base da língua).
Dispositivos avançados: combitube e máscara laríngea. Combitube a vantagem é que
qualquer uma das duas vias ele faz ventilação e desvantagem é que não faz proteção de
vias aéreas, ele é bom para via aérea difícil de uso provisório. Máscara laríngea: vai ventilar
o paciente, mas não faz proteção de via aérea contra regurgitação, ela é de uso provisório.
Agora pensando em uma via que vai garantir proteção e ventilação e troca, vou utilizar a
intubação Orotraqueal, porém vou ter os preditores de uma intubação difícil (focamos no
LEMON).
Quando o paciente for para intubação orotraqueal, primeiro devo checar o material,
sempre pegar um tubo maior e um menor, ver se no carrinho de parada tem laringoscópio,
seringa de 20 para insuflação, AMBU, fonte de O2, material para fixação do tubo. Paciente
posicionado: hiperextensão cervical, coxim occipital ou coxim na região de trapézio
dependendo da anatomia do paciente, para ter uma boa visualização da glote. Peguei meu
laringoscópio de lâmina curva, texto a luz, pego com a mão não dominante e com a mão
dominante pego o tubo, visualizei as cordas vocais, introduzo o tubo, insuflo o cuff, ausculta
da região epigástrica, depois bases e depois ápices, testei e está funcionante eu vou fixar o
tubo e depois checagem se o tubo está correto através de um parâmetro, ou pelo aparelho
respirador, computador ou checagem através do raio X.
Manuseio cirúrgico da via aérea, dois critérios, a Cricotireoideostomia e a
Traqueostomia. A cricotireoideostomia de punção e a cricotireoideostomia cirúrgica e coloca
a cânula. Traqueostomia, cânula com cuff, indicado para pacientes com trauma de face,
tumor laríngeo, intubação orotraqueal de longa data, não precisa ser definitiva, boa
perspectiva para melhorar a ventilação, diminui o risco de infecção respiratória e
consequentemente diminui o tempo de internação hospitalar.
Via de acesso somente ao sistema venoso, ou seja, sistema de veias, não incluindo nada arterial,
diferente, por exemplo, de uma PAM, que se trata da medida arterial média.
Punção Venosa Periférica: Via indispensável em situações de urgência para administração de
medicamentos, uso de drogas vasoativas, uso de parenterais (quando se fala de acessos venosos
centrais). Ou seja, boa via de administração indispensável em emergências, que permite à equipe
uma via de acesso capaz de prover a infusão de grandes volumes ao paciente; alternativa segura
e com absorção mais rápida comparada com outras vias, como a oral, retal, subcutânea; via de
boa resposta numa reposição volêmica;
As vias de acesso preferenciais são as veias dos membros superiores do antebraço, por
acomodar cateteres mais calibrosos. Além disso:
• Se queremos uma via de acesso mais rápida, o quanto antes essa medicação estiver na
corrente sanguínea, levando para o coração e depois para o Sistema Nervoso Central,
melhor será nossa resposta. Se eu pego um acesso no pé, por exemplo, eu preciso que
esse vaso leve todo sangue para a veia cava inferior, para depois ir para o fígado,
aumentando o tempo de metabolização dessa droga, por isso preferencia-se os vasos
superiores;
• Retorno venoso, já que no membro inferior o retorno venoso é mais lento pela questão
gravitacional e pelo fator da formação das válvulas venosas;
• Maior risco de infecções, já que temos mais chances de pegar infecção quando se fala da
cintura para baixo (acesso femoral, por exemplo, considerado temporário, pelo maior risco
de infecção, por questão de urina, fezes, e a localização).
PARA RELEMBRAR: quando se pensa nos capilares: artéria mais grossa, de textura mais firme,
menos colabável;
Veias: parede mais fina, pode se colabar e tem válvulas. Pode ocorrer de fazer a punção no
lugar certo, mas, por estar com a válvula fechada, não tem um refluxo suficiente de sangue. Isso
pode ser resolvido mexendo um pouco o cateter;
Preferencialmente sempre se usa jelco do que o escalpe, já que quando estamos com uma
agulha dentro da veia, aumenta-se a chance de trauma e de perder esse acesso. Se temos um
tubo que é maleável, de um material que não vai ter um risco de fazer trauma na parede daquele
vaso, menos riscos vamos ter de perder o acesso, de fazer uma lesão das túnicas medianas da
veia, uma flebite;
Esses acessos são divididos por calibre. Vaso mais fino, jelco 24, 23. Os de número 18, 14
já são jelcos mais calibrosos. A veia precisa ter calibre suficiente para que esse material fique no
centro dela e continue o fluxo do sangue, você não vai obstruir aquela veia. Então, calibre do vaso
tem que ser superior ao número do jelco que você escolhe e não igual, se não vai obstruir;
Descrição da técnica: primeiro de tudo, sempre que vamos fazer um acesso, orienta o paciente
sobre o que vai acontecer, como vai ocorrer, que pode ter dor, que pode causar um pouco de
incômodo na hora da passagem da medicação. Exemplo do porquê isso é importante: caso um
paciente mal orientado puxe o braço, ou tente tracionar o braço, você perde esse acesso;
Separo meu material numa bandeja estéril. Quando se fala do material para acesso venoso
central: precisa estar paramentado e com materiais todos esterilizados. No venoso periférico,
material somente limpo, não precisa obrigatoriamente estar esterilizado; higiene das mãos também
entra nessa parte;
Agora vou escolher o acesso que vou pegar, vou olhar aquele braço, onde que o braço dele
tem um vaso que seja melhor. Normalmente pega-se com mais facilidade o M venoso, mas no dia
a dia é ruim, já que o paciente pode ficar tracionando o braço e acabar lesionando aquele vaso;
Escolheu, agora vê se aquela veia tem condições de ser puncionada. Por exemplo: se eu
tiver uma infecção local, uma erisipela, uma inflamação ativa daquele local, uma queimadura
naquele local, você evita, caso tenha outra opção;
Calço minha luva de procedimento; passo algodão com álcool 70 ou clorexidina, fazendo ali
uma degermação; garroteio o membro que vai ser puncionado (garroteio a fim de parar o retorno
venoso) 5 cm acima do local onde será puncionado; quando garroteio, preciso esperar para que o
sangue venha refluindo, bata nesse garrote e não consiga passar e, consequentemente, faça
parada, estase;
Pedir para o paciente manter o braço imóvel; sempre tracionar a pele para baixo e com a
mão dominante pego o acesso; tracionar já que paciente idoso ou com a pele mais flácida, pode
ficar mexendo a pele em vez de conseguir localizar a veia;
Introduziu o cateter, coloquei o bisel, tem que ter retorno venoso. Teve o retorno venoso,
retiro o garrote. Após isso vou conectar o dispositivo que vai estar com o soro fisiológico para que
o paciente comece a receber a medicação;
Importante: sempre que eu ja tive um retorno venoso, conectei ao meu sistema de soro, eu
lavo aquele sistema, porque o sangue é muito mais viscoso. O sangue que fica no dispositivo
externo pode fazer coagulação. Faço salinização (esse termo porque é com soro fisiológico). Isso
diminui a chance de ocorrer obstrução da via do acesso.
Agora vou observar para ver se essa medicação está realmente indo para o vaso, se está
refluindo sangue (em caso de perda de acesso), se essa medicação não está entrando subcutânea;
Após isso eu fixo o dispositivo, retiro minhas luvas, higienizo e coloco a data e o horário de
punção;
IMPORTANTE: Punção também é via de contaminação para o paciente, então o ideal é que
os acessos venosos periféricos, caso apresentem intercorrências (não perder acesso, não
apresentou sinais de flebite), sejam mantidos no máximo de 72 horas a 92, mas o ideal é 72. Isso
porque a própria via do acesso vai começar a ter colonização pelo staphylococcus aureus ou uma
contaminação ainda maior, como, por exemplo, no ambiente hospitalar (uma bandeja suja,
material). Dessa forma você está levando uma bactéria para dentro da corrente sanguínea. O ideal
é repuncionar, troca da via de acesso.
OBS: Por que não faz arterial? Mais profunda, mais difícil de acesso, punção de artéria é
maior pressão, maior risco de sangramento, por isso deve-se tomar mais cuidado ao se fazer uma
PAM, se não pode dar um hematoma. Além de que na artéria, se você faz lesão de túnica média,
aumenta a chance de formar um aneurisma, romper aquela artéria. Na veia isso não acontece, já
que as veias são mais periféricas, mais superficiais, mais fáceis de controlar sangramento. No
venoso o sangue e o medicamento vão no mesmo fluxo, na artéria não.
Vantagens:
• Absorção rápida; muito mais rápida que a oral, subcutânea;
• Administração de altos volumes em curto espaço de tempo, o que vai depender do calibre
do vaso. Quanto mais calibroso for o vaso, mais rápido será o tempo de gotejamento;
• Administração de substâncias que poderiam ser irritantes por outras vias de acesso;
• Possibilidade de administrar medicamento em pacientes impossibilitados de deglutir.
Exemplo: pacientes com distúrbio de nutrição, pode fazer a nutrição parenteral- lembrando
que parenteral é central;
Desvantagens:
• Acidentes no local da punção: inflamação local, flebites, abcessos, hematomas e esclerose
(ficar fibrótica- rígida, endurecida) da veia por repetidas punções no mesmo local;
• Embolia por: injeção de ar, não pode colocar ar dentro do sistema, nem substância oleosa,
óleo ou coágulo sanguíneo;
• Complicações locais da terapia endovenosa: edema, dor; não quer dizer que sejam erros do
procedimento;
ACESSOS VENOSOS CENTRAIS: Também quer entrar na circulação venosa, porém na parte
central. A ponta do cateter vai ser posicionada na veia cava superior ou inferior, independente do
local de inserção periférica. Antes estávamos falando de um sistema em que sua ponta estava 1cm,
1,5 do local da punção. No venoso central a ponta desse cateter fica dentro do coração, por isso
sempre checa através de um raio x onde está a ponta desse cateter.
Via muito mais rápida de administração, porém com maior risco para o paciente.
Normalmente coloca de 18 a 22 cm de cateter, depende do tamanho do seu paciente.
Principais indicações:
• Monitorização hemodinâmica invasiva (exemplo: cateter de Swan-Ganz, capazes de ver a
pressão da artéria pulmonar, pressão do débito cardíaco, diluição, pressão da veia cava
inferior, ou seja, além de auxiliar na administração de medicação, controle de monitorização
desse paciente);
• Via de acesso que faz infusão extremamente rápida de medicação, já que possui vaso mais
calibroso do que os periféricos, com comunicação direta com o coração;
• Terapia substitutiva renal (paciente que tem uma fístula renal pode usar via de cateter renal
para fazer diálise);
• Pode ser usado por mais tempo para ser via de acesso de administração de quimioterápicos
(portocath- acesso venoso central que fica com uma região periférica subcutânea) Obs:
quimioterápico não pode ser feito em via periférica, já que esclerosa o vaso e perde o
acesso);
• Reposição de sangue;
• Estimulação cardíaca;
• Pacientes que não tem acesso venoso periférico;
Materiais: o acesso pode ser de uma via ou de dupla via, isso vai depender da sua intenção. Se
você quer um cateter para diálise, para administração de medicação. No dia a dia: cateter dupla
via. Ele tem ponta mais longa, tem um fio guia, um dilatador, uma agulha de punção e fixador.
Anatomia: quando pensa em veia jugular interna, pode fazer a punção anterior ou posterior.
Anterior significa que está pegando antes da cabeça longa do esternocleidomastoideo. Posterior,
abaixo da cabeça longa do esternocleidomastóideo.
Então, paciente deitado, coloca o paciente
com as pernas mais elevadas, para aumentar o
retorno venoso e deixar a veia mais túrgida.
Paciente vira o rosto para o lado oposto onde você
vai puncionar localiza-se primeiro o músculo, o
ECOM. Entre a inserção da cabeça longa e
cabeça curta do ECOM, forma um triângulo. A
ponta desse triângulo é a região onde a cabeça
jugular interna é mais superficial. Se eu tentar
puncionar a veia jugular interna no final, quase
entrando próximo a clavícula, ela é mais profunda
e tem mais chance de fazer uma lesão chamada
pneumotórax, porque ali é o ápice do pulmão.
Então, sempre punciona no início desse triângulo,
no começo dele.
Jugular Externa, algumas literaturas até
consideram uma via externa pelo seu calibre. Para
essa veia, coloca-se o paciente de lado, pernas
elevadas, punciona uma cabeça, entro na falha do
meu triângulo.
Procedimento:
Fazer o mesmo esquema como se
fosse uma cirurgia, com uso de touca,
capote, luva, tudo estéril, lavagem de mão
completa; faz antissepsia, deixa a região
do ECOM visível, identifica a
carótidacoloco paciente com as pernas
elevadas (posição Trendelenburg);
Faz infiltração da pele com solução
anestésica (lidocaína) em vaso constritor
na pele subcutânea;
Com uma agulha fina, adaptada a
uma seringa com solução fisiológica,
coloca a sua agulha a mais ou menos 30
cm da pele; achei a cabeça do
esternocleidomastoide eu afundo, afasta
um pouco a cabeça com a mão não
dominante e entra lentamente com a
solução fisiológica na seringa, aspirando,
direcionando a ponta da sua agulha para o mamilo homolateral; isso vai fazer com que você consiga
pegar ela bem no início (início do triângulo formado);
Puncionei, ainda estou com agulha de punção. Agora vou olhar na minha agulha o quanto
ela entrou, ou seja, qual a profundidade desse vaso, da pele até eu atingi-lo. Se for, por exemplo,
1 cm, vou tirar aquela agulha, pegar uma agulha mais calibrosa, que é a agulha que vai passar o
fio guia, vou puncionar na mesma direção, no mesmo movimento, refluir. Tiro a minha agulha, passo
o fio guia, vou deixar o fio guia descer (pelo menos 30 cm), retiro a agulha e seguro só o fio guia;
Agora passo o dilatador, as vezes preciso passar o bisturi e dar um pequeno pique na pele
para o dilatador passar. O dilatador vai fazer um cano entre o subcutâneo até essa veia, sendo que
o dilatador vai entrar mais ou menos 1,5 cm, dilatador não entra inteiro, dilata o subcutâneo e o
início do vaso;
Tiro o dilatador, continuo segurando o fio guia, passo o acesso profundo; após isso começo
tirar o fio guia para conectar meu acesso a uma solução salina a fim de fazer lavagem. Testo, abaixo
a solução salina, retornou sangue, está posicionado correto.
Por fim, vou para a fixação: na fixação eu encapo essa pontinha, pego o nylon e fixo isso na
pele. Fica um ponto de cada lado fixando esse acesso na pele.
Contraindicações:
• Discrasia sanguínea grave, anticoagulação terapêutica; exemplo: se tenho paciente que está
com plaqueta de 20.000, que tem deficiência de fator 5, que está com NR alargado, chance
de fazer erro de punção muito grande, corrige a discrasia, depois punciona;
• Endarterectomia de carótida ipsilateral (alteração relacionada à anatomia);
• Tumores cervicais ou aqueles com extensão intravascular para o átrio direito (não pode
puncionar tumor, linfonodo, abscesso);
Vantagens:
SUBCLÁVIA: Coloca-se paciente pernas elevadas, palpa a clavícula. Entre o peitoral maior e
deltoide, forma-se um triângulo, essa é a região onde a subclávia é mais periférica, mais anterior,
mais fácil de puncionar. Na subclávia você fica lateral ao paciente, agulha vindo de cima para baixo.
FEMORAL:
• Crista ilíaca anterossuperior, sínfise
púbica, abaixo do ligamento inguinal, vem
a bainha femoral (como se fosse uma teia
de aranha que junta todo esse feixe
vascular, artéria e veia, mais o nervo
femoral);
• Abaixo dela começa a vir a formação do
nervo, artéria e veia;
• Dica: subo de nave, desço de van,
quando é periférico: nervo lateral, artéria
e veia. Quando é de cima: veia, artéria e
nervo;
• Nervo mais lateral, 2 a 3 cm abaixo do ligamento inguinal. Já sai da bainha, já consigo
puncionar. Senti a artéria, vou margeando medial até sentir a veia. O restante do
procedimento é o mesmo;
Desvantagens:
• Mais chance de contaminação pela própria localização;
• Dificuldade: obeso, mais gordura, mais profundo esse acesso. Faço raio x para confirmar
também, porque a ponta do cateter tem que ficar na cava inferior;
• OBS: Depois da femoral, vem veia ilíaca; ilíaca se junta à esquerda e à ilíaca direita e forma
a veia cava inferior. Tem que ficar acima da bifurcação da ilíaca. Cateter com dificuldade
para subir: placa de ateroma, alteração anatômica, encurtamento.
ACESSO INTRAÓSSEO: pouco usado, traumas ou crianças que não tem outro acesso.