Dialogos em Analise Do Comportamento Volume 3
Dialogos em Analise Do Comportamento Volume 3
Dialogos em Analise Do Comportamento Volume 3
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Diálogos em análise do comportamento - Volume 3
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Luziane de Fátima Kirchner
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Inclui bibliografia
ISBN 978-65-258-2115-3
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COLABORADORES
Jucimeri Thewes
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Paranaíba/MS)
Cecília Franches
Universidade de Brasília
CONSULTORES AD HOC
Vitória Bandeira
Consultório particular
Em sua última obra, publicada em 1989, um ano antes de seu falecimento,
Skinner discorre sobre alguns temas clássicos na Psicologia e, em particular, na
Análise do Comportamento. A releitura desses temas por Skinner nos fornece
as possibilidades e abrangência da Análise do Comportamento, sobretudo no
campo educacional.
Ao final do capítulo intitulado “A escola do futuro”, Skinner afirma
enfaticamente que “nós sabemos como construir escolas melhores”. Por melhores
escolas devemos entender não apenas a estrutura física do prédio, mobiliário,
funcionalidades, organização de atividades curriculares e extracurriculares.
Mas, sobretudo as condições programadas que tornem a aprendizagem uma
ocorrência efetiva para o indivíduo e para a sociedade, caracterizando-se pela
transferência do que foi aprendido na escola para outros ambientes.
A escola, assim como outros espaços nos quais ocorrem processos de
ensino e de aprendizagem (hospitais, consultórios, empresas, comunidades...)
deveria pautar suas ações em uma concepção alternativa à educação tradicional,
com o objetivo de preparar indivíduos para o enfrentamento de problemas atuais
e futuros tendo em vista a sobrevivência da espécie e do planeta.
PREFÁCIO
Referência
B. F. Skinner (1989). Recent issues in the analysis of behavior. London:
Pearson College Div. (1st edition)
É com alegria e satisfação que apresentamos o terceiro volume do livro
“Diálogos em Análise do Comportamento”, cujos capítulos são derivados de
Jornadas de Análise do Comportamento (JACs) organizadas por profissionais,
docentes-pesquisadores do Estado de Mato Grosso do Sul. A maior parte dos
autores dos capítulos apresentados abaixo estão vinculados a Instituições de
Ensino Superior, seja na categoria de docente, estudante de pós-graduação ou
iniciação científica, mas também há profissionais liberais que interagem com
pesquisas e práticas atuais da análise do comportamento. Somos gratos aos
autores que participaram das JAC’s, na modalidade de palestras, simpósios ou
mesas-redondas, e ainda forneceram suas contribuições no formato de capítulos.
Este livro reúne, portanto, nove destes capítulos nos quais as temáticas
estão prioritariamente relacionadas à Análise Experimental do Comportamento e
à análise aplicada ao campo do desenvolvimento humano e da educação.
No Capítulo 1, de autoria de Thais Porlan de Oliveira, são apresentados
alguns fundamentos da análise do comportamento para a compreensão
APRESENTAÇÃO
1990 e 2018). Com base nos resultados obtidos, os autores destacaram que,
para a maioria dos trabalhos levantados, os temas análise do comportamento
e medicalização não estão relacionados ou estão erroneamente empregados,
levando-se à conclusão de que o potencial teórico e empírico da análise do
comportamento não tem sido adequadamente empregado para discutir o
fenômeno da medicalização.
No Capítulo 5, de Maria Carolina Correa Martone, Ricardo Correa Martone
e Christiana Gonçalves Meira de Almeida, são apresentadas diferentes formas
de ensino de linguagem receptiva utilizadas nos programas de intervenção
intensiva e precoce para pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro
autista (TEA). O ensino da linguagem receptiva, ou comportamento de ouvinte,
em termos skinnerianos, é um pilar fundamental do tratamento de pessoas com
TEA. Uma das dificuldades na aprendizagem desse repertório tem sido atribuída
ao controle restrito de estímulos, também chamado de superseletividade, típico
em pessoas com TEA. Os autores discutem diferentes arranjos planejados, que
podem facilitar ou dificultar a ocorrência do controle restrito de estímulos durante
o treino de linguagem receptiva.
Maylla M. R. de S. Chaveiro, Lucas F. Córdova, e Mariana G. P.
Gouvea apresenta no Capítulo 6 o ‘debate descrição versus explicação’ para
entender o sistema explicativo adotado pelo Behaviorismo Radical e pela
Análise do Comportamento. Por meio das noções de ciência, como o produto
do comportamento do cientista e de relação funcional como modelo causal, os
autores defendem um modelo descritivista de explicação no sistema skinneriano.
No Capítulo 7, o autor Pablo Cardoso de Souza oferece uma revisão das
possibilidades da interpretação dos conceitos de resistência comportamental e
recaída a partir de modelos experimentais e estudos aplicados. Inicialmente,
o autor verifica a adequação da teoria de momentum comportamental para
explicar a resistência comportamental, por meio de uma ampla revisão da área.
Em relação ao conceito de recaída, são apresentados os modelos experimentais
clássicos de renovação, restabelecimento e ressurgência. Na sequência, o
autor discute uma forma alternativa para interpretar o conceito de recaída, por
meio da teoria do momentum comportamental. Ao longo da discussão desses
diferentes modelos experimentais, são elencadas sistematicamente as variáveis
que afetam a resistência comportamental e a recaída, à luz da pesquisa básica
e aplicada.
No capítulo 8, Jucimeri Thewes e Juliano S. V. Kanamota analisam a
venda de metilfenidato em uma cidade do interior de Mato Grosso do Sul. O
metilfenidato é um estimulante comumente prescrito para Transtorno de Déficit de
APRESENTAÇÃO
CAPÍTULO 2............................................................................ 13
EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO:
APROXIMAÇÕES E POSSIBILIDADES
Ana Alice Reis Pieretti
https://doi.org/10.22533/at.ed.1532416012
CAPÍTULO 3............................................................................27
O DESEMPENHO DE ESTUDANTES DE PSICOLOGIA EM UMA DISCIPLINA À
DISTÂNCIA BASEADA NO SISTEMA PERSONALIZADO DE ENSINO
Felipe Maciel dos Santos Souza
Maria Eliza Mazzilli Pereira
https://doi.org/10.22533/at.ed.1532416013
CAPÍTULO 4............................................................................ 41
SUMÁRIO
CAPÍTULO 5............................................................................ 51
ENSINO DE LINGUAGEM PARA CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
Maria Carolina Correa Martone
Ricardo Correa Martone
Christiana Gonçalves Meira de Almeida
https://doi.org/10.22533/at.ed.1532416015
CAPÍTULO 6............................................................................65
O COMPORTAMENTO DO CIENTISTA E O DESCREVER ENQUANTO
FORMATO EXPLICATIVO
Maylla Monnik Rodrigues De Sousa Chaveiro
Lucas Ferráz Córdova
Mariana Guidini Pezzi Gouvea
https://doi.org/10.22533/at.ed.1532416016
CAPÍTULO 7............................................................................74
RESISTÊNCIA COMPORTAMENTAL E RECAÍDA: ASPECTOS HISTÓRICOS,
CONCEITUAIS E EMPÍRICOS
Pablo Cardoso de Souza
https://doi.org/10.22533/at.ed.1532416017
CAPÍTULO 8............................................................................93
ANÁLISE DAS VENDAS DE METILFENIDATO EM UMA CIDADE DO INTERIOR
DO MATO GROSSO DO SUL
Jucimeri Thewes
Juliano Setsuo ViolinKanamota
https://doi.org/10.22533/at.ed.1532416018
FUNDAMENTOS DA ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO PARA O ESTUDO DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Comportamento é interação
Skinner (1953), em uma de suas mais famosas colocações sobre o comportamento,
disse:
Comportamento é um objeto de estudo difícil, não porque é inacessível, mas
porque é extremamente complexo. Uma vez que é um processo, e não uma
coisa, não pode facilmente ser imobilizado para observação. É mutável,
fluido e evanescente e por esta razão coloca enormes exigências sobre a
engenhosidade e energia do cientista. (p. 15)
Conclusão
O objetivo principal deste capítulo foi reunir e apresentar de maneira concisa
fundamentos que embasam a perspectiva da Análise do Comportamento (AC) que
são relevantes para a compreensão do desenvolvimento humano. Foram apontadas
características diferentes entre alguns aspectos relevantes para as compreensões
clássicas do desenvolvimento e alguns equívocos na forma como se expõe a AC em
alguns manuais tradicionais sobre desenvolvimento. Os fundamentos apresentados
envolveram especialmente a conceituação de comportamento enquanto interação e a
multideterminação dos comportamentos nos três níveis de seleção, que culminam em
olharmos para o indivíduo em desenvolvimento em constante mudança, na interação fluida
e ininterrupta com o seu ambiente, físico e social.
Por fim, devemos ponderar que a evolução dos estudos na Análise do
Comportamento com foco no desenvolvimento pode propiciar o avanço na descrição das
contingências em interação enquanto os indivíduos crescem e essa descrição não pode
ser estática: precisamos compreender o modo dinâmico e ininterrupto pelo qual nosso
repertório de comportamentos se torna sensível às mudanças que o ambiente nos propõe,
ou impõe. É essencial, portanto, que as investigações específicas da abordagem para o
desenvolvimento caminhem, cada vez mais, para a descrição detalhada de como ocorre a
mudança de sensibilidade às variáveis ambientais, ao longo do tempo.
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Aproximações e possibilidades
Ao observar uma aula de matemática de uma de suas filhas, Skinner percebeu que a
professora não seria capaz de reforçar o comportamento dos alunos de maneira adequada
a não ser que tivesse o auxílio de uma instrumentação (Skinner, 1984). Então, é possível
pensar que Skinner considerava o auxílio de instrumentos no processo de ensino.
Considerando o uso do EaD como uma modalidade de ensino e, também,
pensando nas propostas da Análise do Comportamento para educação apresentadas
acima, qual seriam as possibilidades de aproximação da EaD com as propostas analítico
comportamentais?
Giolo (2016) fez uma revisão bibliográfica com objetivo de observar e analisar a
produção sobre EaD na Análise do Comportamento. Seguindo os critérios apresentados
em sua metodologia, encontrou 40 artigos, publicados entre 1977 e 2014. Em relação ao
número de publicações por ano, aponta um número irregular de artigos até 2010, ano a partir
do qual observou um aumento de publicações com o tema de EaD na perspectiva analítico
O autor aponta, então, que as características do PSI são mais aceitas e empregadas
no ensino a distância do que no convencional, o que também permite o desenvolvimento de
um curso no formato EaD baseado no PSI.
O texto de Todorov, Moreira e Martone (2009) também traça alguns paralelos entre
a EaD e Análise do Comportamento (especificamente a proposta do PSI), de forma que
ambas seriam alternativas ao modelo tradicional e também mudam o papel do professor e
do aluno, este último passando a ser o protagonista no processo de ensino-aprendizagem.
Outra questão apontada no texto (Todorov, Moreira & Martone, 2009) como uma
semelhança entre a proposta de EaD e o PSI é que, ambas exigem uma adaptação
considerável do material e da forma como esse é apresentado para que os programadores
das disciplinas consigam adaptá-las aos pressupostos e ao formato desses métodos.
Enfim, a conclusão do artigo aponta que seria possível elaborar um curso a distância que
apresentasse as características fundamentais do PSI, de modo que a EaD até mesmo
poderia auxiliar na melhoria de um procedimento de ensino baseado nessa tecnologia de
ensino a partir de suas ferramentas de acompanhamento dos aprendizes.
Em outro artigo sobre o tema, chamado de “Delivering Instructional Content–at any
Distance–is not Teaching”(“Apresentar material instrucional -a qualquer distância - não é
ensinar” - tradução livre), Vargas (2012) discute sobre como a tecnologia trouxe novas
possibilidades de alcance da educação. Porém, apesar do maior alcance que as novas
ferramentas permitem, elas sozinhas não são suficientes para ensinar, é necessário se
pensar na instrução, ou seja, no método de ensino.
O autor discute que o problema não está, necessariamente, na massificação do
ensino e sim em como os comportamentos dos diversos alunos que serão ensinados são
variáveis. Para Vargas (2012), a variabilidade do comportamento seria o principal problema
a ser solucionado por um método de ensino. E a variabilidade é tão desafiadora por conta de
dois componentes, os quais seriam: (1) a cobrança social de que os repertórios dos alunos
sejam muito parecidos em alguns aspectos e muito diferentes em outros; (2) a necessidade
instrucional de que os alunos possam ter a experiência de entrar em contato diretamente
com o objeto que estão estudando. E, mesmo essas questões sendo levantadas como
importantes, segundo o autor, o ensino a distância não faz modificações em seus métodos
para solucionar o problema da variabilidade.
Outra questão que Vargas (2012) considera problemática tanto no ensino presencial
quanto a distância é o que ele chama de “Modelo de aula expositiva” (“The Lecture Model”).
Nesse modelo, o professor não fica tanto sob controle dos alunos, mas sim do conteúdo
1 Foram selecionadas algumas pesquisas para ilustrar o que está sendo pesquisado na área, não é um estado da arte
ou uma revisão de literatura sobre o tema
Referências
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Método
Aspectos éticos
Conforme consta em Brasil (2012), esta pesquisa, para ser executada, foi
submetida a análise do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. A análise
da pesquisa do ponto de vista ético foi concluída em 14 de abril de 2016, sendo emitido
o parecer sob o número de Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE)
53837316.6.0000.5159.
Participantes
Os participantes foram estudantes da disciplina Psicologia da Educação I, de uma
universidade privada da cidade de Dourados (MS), ministrada à distância. A disciplina
contou com 113 estudantes, dos quais 31 aceitaram assinar o Termo de Consentimento
Procedimentos do curso
A pesquisa englobou o conteúdo do segundo bimestre da disciplina, composto por
quatro unidades, cujos conteúdos estavam relacionados às abordagens psicológicas e
suas contribuições para a educação, como apresentado na Tabela 1.
O material de cada unidade foi composto por guia de estudo, texto e questões de
estudo sobre o texto, todos disponibilizados no ambiente virtual de aprendizagem. Os
procedimentos do curso envolveram, ainda, avaliações de unidades e prova bimestral. As
normas da Instituição preconizam que o professor deveria acessar o sistema diariamente
ou pelo menos três vezes na semana para verificar possíveis dúvidas e/ou questionamentos
dos alunos em quadro de avisos e/ou fórum. Ainda, de acordo com a IES, as dúvidas
postadas no quadro de avisos e/ou no fórum deveriam ser respondidas num prazo máximo
de 48 horas. Nesta pesquisa, as respostas a solicitações de avaliações e suas correções,
bem como as respostas à postagem de estudantes no quadro de avisos e/ou em fórum
deveriam ser dadas no período máximo de 24 horas. Embora o aluno pudesse seguir na
disciplina de acordo com o seu ritmo, conforme proposto no formato de ensino PSI, havia
data limite para a realização das provas bimestrais, bem como do exame.
Resultados e Discussão
A disciplina de Psicologia da Educação I foi oferecida totalmente na modalidade
EAD, para 113 alunos, sendo 28 participantes deste estudo. A taxa de evasão observada
no presente estudo foi de 12%. De acordo com Jacob (2000), problemas de natureza sócio-
econômica, como a ausência de condições financeiras, ainda que associadas a outras
razões, são fatores determinantes da evasão da rede de ensino privada. Esta pode ser
a razão das transferências de dois estudantes que interromperam a participação neste
estudo.
As solicitações e as correções de avaliação e reavaliação, e as respostas dadas
a mensagens postadas no quadro de avisos foram fornecidas em 24 horas. Quanto às
correções das avaliações, em somente uma ocasião o prazo de 24 horas não foi respeitado.
Durante o período da pesquisa, foram enviadas 110 avalições de unidades. Destas,
42 (39%) foram corrigidas pelo professor, 36 (33%) pelo monitor 1 e 32 (28%) pelo monitor
2. Esta pesquisa se desenvolveu durante nove semanas e abarcou quatro unidades da
disciplina de Psicologia da Educação I. Além disto, as correções foram feitas somente pelo
professor e pelos monitores. O fato de o professor ter realizado mais correções do que os
monitores, bem como o fato de ter acessado mais vezes o AVA, se deu porque os monitores
não acessavam o ambiente virtual no domingo.
A prova bimestral teve valor máximo de 7,5 pontos. Quinze participantes tiraram
nota igual a ou acima de 6,0. Desse total, quatro participantes (P2, P5, P9 e P27) tiraram
nota 7,0 (as maiores notas obtidas). Onze participantes tiveram nota abaixo de 6,0, sendo
que dois (P22 e P26) obtiveram a menor nota (4,5). P6 e P11 estão com nota 0,0, porém
estes são os participantes que não fizeram a prova bimestral por terem sido transferidos
para outra IES.
Na Tabela 2, apresentam-se os totais de erros e acertos das questões conforme seu
nível de exigência. O nível de exigência das questões variou entre 2 (compreensão) e 4
(análise).
Nota-se que a questão 5, que exigia o nível de compreensão, foi aquela em que
mais houve erros: 19 no total. Nas questões 8, 9 e 10 não ocorreram erros, sendo que nas
questões 8 e 10 exigia-se o nível de análise e na questão 9, o de compreensão. Por serem
questões abertas, sugere-se uma análise mais pormenorizada em futuras pesquisas.
As questões que exigiam o nível de compreensão foram aquelas em que os alunos
mais cometeram erros: 41 no total, distribuídos por quatro questões, como apresentado na
Tabela 2. Quanto ao nível de análise, que se supunha ser o mais difícil, percebe-se que os
participantes apresentaram menos erros: 12 no total.
Quanto às unidades, nota-se que as unidades 7, sobre Piaget, e 8, sobre Freud,
foram aquelas em que houve mais erros. Considerando-se que foi exigido 100% de acertos
do aluno em cada unidade para prosseguir na disciplina, de forma que o aluno só poderia
avançar quando demonstrasse domínio completo do material precedente, o rendimento dos
alunos na prova bimestral pode ter sido afetado pela quantidade de unidades concluídas
até a data da avaliação. Como se verá adiante, até a data da prova, P18, P25, P26 e P28
não haviam realizado todas as avaliações antes da data de realização da prova bimestral,
sendo que P18, P26 e P28 concluíram as unidades após a prova, e P25 não realizou todas
as unidades da disciplina (realizou somente as duas primeiras unidades).
Figura 3- Número de vezes que cada participante fez mais de uma avaliação de unidade e nota da
prova bimestral de cada participante. As barras indicam o número de reavaliações feitas e os círculos,
as notas da prova bimestral.
Figura 4- Número total de acessos ao AVA e nota da prova bimestral de cada participante. As barras
indicam número total de acessos e os pontos, as notas da prova bimestral.
Considerações finais
A EaD vem crescendo e proporciona uma nova plataforma para o processo de
ensino/aprendizagem, que requer a consideração de modelos pedagógicos alternativos.
Com a realização desta pesquisa, foram analisados os efeitos da aplicação de um PSI
(Sistema Personalizado de Ensino) sobre a aprendizagem dos alunos em uma disciplina,
de caráter obrigatório, do curso de Psicologia de uma universidade privada, oferecida à
distância, em relação a: (a) desempenho de participantes nas avaliações de unidade e
na prova bimestral; (b) possível relação entre o desempenho dos participantes e suas
interações com as oportunidades oferecidas no curso.
A adoção do PSI exigiu que os objetivos e o material da disciplina fossem revistos.
Inicialmente, foram formulados os objetivos comportamentais, pois, como Ribeiro
(2014) sugere, são eles que orientam o planejamento do processo de aprendizagem
e a programação das contingências de reforço, as quais devem estar intimamente
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Método
Esta pesquisa se caracteriza como uma revisão bibliográfica da literatura nacional.
Procurou-se identificar trabalhos nos quais tanto verbetes relacionados à Análise do
Comportamento quanto à medicalização são mencionados.
A pesquisa bibliográfica foi realizada na plataforma Google Acadêmico (https://
scholar.google.com.br/) que permite a pesquisa de trabalhos acadêmicos disponíveis online
por meio da busca por palavras-chaves que se encontram em qualquer parte do texto.
Foram utilizadas as palavras-chaves: análise do comportamento; behaviorismo;
farmacologia comportamental; análise funcional e comportamento operante. Cada termo
foi associado com a palavra-chave ‘medicalização’ nos campos de busca com o operador
booleano “&”.
Resultados
Foram encontrados um total de 237 publicações, 205 encontradas pela primeira
pesquisadora e 97 pela segunda. Deste montante, apenas 51 foram comuns a ambas.
Após a avaliação a partir dos critérios de inclusão, 87 publicações foram mantidas.
A Tabela 1 apresenta o total de publicações encontradas por cada descritor utilizado,
o número de publicações excluídas, o número de publicações mantidas e o índice de
aproveitamento de cada descritor.
Por meio da Tabela 1 é possível observar que com o uso dos descritores “Análise
do Comportamento” e “medicalização” foram encontradas 154 publicações, sendo que 110
foram excluídas e 44 mantidas, com um índice de aproveitamento de 28,5%. Com a busca
pelos descritores “análise funcional” e “medicalização” foram encontradas 42 publicações
Discussão
Os resultados desta revisão demonstram que foi necessário uma década entre
o início das discussões sobre do fenômeno da medicalização e da crítica analítica
comportamental acerca do modelo médico realizadas na década de 70 (Conrad, 1975;
Fester, 1979; Illich, 1975; Ullman & Krasner, 1972), até que o primeiro trabalho no qual
ambas são mencionadas fosse publicado no Brasil (Lima, 1990).
A partir de um início incipiente, é possível observar que trabalhos nos quais a
medicalização e a Análise do Comportamento são mencionadas e/ou discutidas tem
aumentado de frequência nos últimos dez anos. Mais de 50% das publicações encontradas
concentram-se entre 2014 e 2018 (Figura 1). É possível supor que este aumento acompanhe
o maior interesse e discussão acerca da medicalização na sociedade contemporânea
(Zorzanelli et al., 2014). Este aumento é caracterizado por uma diversidade de tipos de
publicações, destaque para a produção regular de dissertações de mestrado e o aumento
no número de artigos identificados em 2018 (Figura 2). É salutar ressaltar que a grande
maioria das teses e dissertações encontradas foram produzidas em universidades públicas,
federais ou estaduais.
Outro aspecto que merece destaque refere-se a decisões metodológicas adotadas
nesta pesquisa e os resultados decorrente destas decisões.
A plataforma Google Acadêmico (https://scholar.google.com.br/) foi escolhida por
identificar a ocorrência das palavras-chaves em quaisquer partes do texto e não apenas
no título, resumo ou palavras-chaves como o fazem as ferramentas de busca de bancos
de dados mais tradicionais. Apesar desta amplitude, o Google Acadêmico se mostrou uma
ferramenta pouco fidedigna, haja vista a enorme diferença entre os resultados encontrados
por cada uma das pesquisadoras. A relação entre amplitude e regularidade dos resultados
deve ser levado em consideração ao se escolher esta plataforma como ferramenta de
pesquisa em investigações subsequentes.
As palavras-chaves utilizadas, por sua vez, mostraram-se adequadas para a
identificação da literatura de interesse. No entanto, é necessário salientar a diferença nos
índices de aproveitamento das publicações encontradas com o uso de cada uma delas.
O maior número de publicações foi encontrado ao se utilizar a palavra-chave “Análise do
Comportamento” (154 publicações). No entanto, apenas 28,5% (Tabela 1) deste montante
referiam-se à Análise do Comportamento como ciência psicológica, as demais publicações
faziam referência ao ato de analisar o comportamento, de forma geral. O mesmo ocorreu
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Linguagem receptiva
Há muitos comportamentos diferentes que se encaixam na categoria de linguagem
receptiva. Skinner (1957) descreveu essa parte do processo de aquisição de linguagem
como comportamento de ouvinte. Ouvir envolve a emissão de repertórios sob controle dos
sons do ambiente, o que produz consequências, sobretudo no meio social, sendo passível
de ser reforçado por outras pessoas.
Cabe ao ouvinte de forma geral, servir como audiência para o falante, responder
ao comportamento do falante e compreender o que o falante diz. O modo mais comum
para avaliar esse repertório é determinar se o comportamento verbal do falante evoca
uma resposta específica não verbal do ouvinte, como por exemplo, atender a uma ação
solicitada do tipo “bata palmas” ou “vá ao banheiro” (Sundberg, 2016; Almeida & Gil, 2019).
Sobre a aprendizagem do repertório de ouvinte, Stemmer (1992) destaca que a
apresentação sistemática de estímulos verbais e estímulos não verbais (pareamentos
ostensivos entre palavras e aspectos do ambiente) são base para aprendizagem do
comportamento de ouvinte em crianças de desenvolvimento típico. Essas crianças
aprendem essas habilidades por intermédio de experiências com o ambiente, de forma
espontânea e menos estruturada. Por exemplo, uma criança é verbalmente instruída por
Dependência de dica
Para Green (2001) formas de ensino que limitam a escolha do estímulo incorreto
devem ser arranjadas para evitar que as crianças aprendam uma relação de forma incorreta
e tenham que ser ensinadas novamente. Analistas do comportamento têm investigado os
erros e suas implicações para a aprendizagem no âmbito de estudos sobre controle de
estímulos (e.g., Graff & Green, 2004; Dittlinger & Lerman, 2011). A aprendizagem sem
erro é uma área de estudo que abrange um conjunto de procedimentos onde a tarefa é
arranjada de forma a eliminar ou reduzir erros durante o processo de ensino (Mueller,
Palkovic, & Maynard, 2007) e tem sido largamente utilizada com crianças que apresentam
atrasos do desenvolvimento, incluindo o autismo.
A escolha do procedimento sem erro depende das características individuais da
criança e deve incluir a estratégia de esvanecimento da dica programada para a sua
retirada completa. Uma dica é um tipo de ajuda que encoraja a resposta que queremos que
o indivíduo realize e é utilizada temporariamente para evocar a resposta correta durante as
sessões iniciais do ensino de uma nova habilidade (Mueller, Palkovic, & Maynard, 2007).
O profissional pode escolher entre duas categorias de dicas: dicas de estímulo e dicas de
resposta (Grow & LeBlanc, 2013). As dicas de resposta são apresentadas antes ou durante
a execução de um comportamento-alvo. As três principais formas de dicas de resposta
são instruções verbais, modelação e condução física. Já as dicas de estímulo tornam o
estímulo discriminativo para o comportamento-alvo mais proeminente. Por exemplo, ao
torná-lo maior do que os outros estímulos ou movimentá-lo para próximo do aluno. Já nas
dicas de resposta, é o comportamento do profissional que ocasiona a resposta correta,
por exemplo, quando o instrutor aponta para o estímulo visual correto em um conjunto de
figuras ou guia fisicamente a criança à resposta correta.
Identificação de reforçadores
O último tópico considerado nesse texto diz respeito a motivação. Ela é um
componente chave para aumentar o interesse e engajamento da criança para aprender e é
essencial para minimizar dependência de dica e respostas sob controle restrito. Enquanto a
maior parte das pessoas é motivada a realizar suas tarefas diárias devido a uma combinação
de estímulos, tais como, elogios, satisfação com a atividade realizada ou retorno financeiro,
crianças autistas podem não responder sob controle de tais coisas (Mason, McGee,
Farmer-Dougan, & Risley, 1989). Assim, identificar estímulos e planejar os momentos
de sua apresentação aumentam a chance da criança realizar o que foi solicitado, sendo
portanto, parte importante da intervenção. Os possíveis estímulos reforçadores podem
incluir uma gama de itens ou atividades muito variadas: tipos de alimentos, brincadeiras,
Considerações Finais
A análise do comportamento aplicada historicamente se ocupou com diversos
problemas humanos, entre eles, o desenvolvimento de intervenções para reduzir ou eliminar
problemas severos de comportamento e ampliar o repertório de indivíduos com diagnóstico
de autismo e transtornos do desenvolvimento em geral (Baer, Wolf, & Risley, 1968).
O modelo EIBI para crianças autistas e com atrasos de desenvolvimento goza
de suporte empírico substancial (Copeland & Buch, 2013; Reichow, 2012) sendo que
nos últimos vinte anos foram publicados uma série de livros e manuais que descrevem
procedimentos e currículos de ensino (Barbera, 2007; Greer & Ross, 2008; Leaf &
McEachin, 1999; Lovaas, 2003; Maurice, Green, & Luce, 1996; Sundberg & Partington,
1998; Sundberg, 2008; Gomes & Silveira, 2018; Goyos, 2018).
Para Sundberg (2008) o foco primordial em um programa de intervenção para
crianças com autismo deve basear-se no desenvolvimento efetivo das habilidades de
linguagem, e o ensino da linguagem receptiva é um dos primeiros estágios recomendados
da intervenção. Ele ensina, em linhas gerais, a criança a responder de forma não vocal às
instruções de voz de outra pessoa.
Embora estudos (eg., Dube & McIlvane, 1999; Dunlap, Koegel, & Burke, 1981;
Lovaas, Schreibman, Koegel, & Rehm, 1971; Ploog, 2010) apontem como frequentes os
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O COMPORTAMENTO DO CIENTISTA E
O DESCREVER ENQUANTO FORMATO
EXPLICATIVO
A passagem sugere que a aproximação entre uma causa que produza o efeito na
ciência do comportamento pode ser incoerente. Ao invés disso, Skinner (1953/1998) propõe
uma relação de dependência entre eventos em termos de relação funcional. Acompanhando
a noção de regularidade apontada por Hume e Mach, relações funcionais no interior de
uma ciência do comportamento se referem a acompanhamentos constantes entre eventos
ambientais e ocorrências comportamentais. Nesse ponto, uma análise funcional do
comportamento não recorre a explicações mentalistas, por exemplo, sentimentos causando
comportamento ou explicações fisicalistas nas quais aspectos neuronais ou hormonais
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Resistência Comportamental
No âmbito da pesquisa básica, vários estudos foram desenvolvidos com o objetivo
de verificar empiricamente as condições sob as quais o comportamento pode se tornar
mais ou menos resistente às mudanças no ambiente (Doughty, Cirino, Da Silva, Okouchi
& Lattal, 2005; Thrailkill & Shahan, 2012; Craig, Nevin & Odum, 2014). As elaborações
conceituais e os dados obtidos na pesquisa básica acerca da resistência à mudança têm
sido utilizados por pesquisadores aplicados ou profissionais voltados ao tratamento de
comportamentos clinicamente relevantes e de caráter persistente (Vurbic & Bouton, 2014;
Pritchard, Hoerger & Mace, 2014).
No contexto experimental, a resistência à mudança é um efeito transitório de uma
história de reforçamento que se reflete em como o responder irá se ajustar a uma nova
contingência. No contexto aplicado é importante ressaltar que, como qualquer característica
do comportamento, a resistência à mudança não deve ser considerada a priori como
algo benéfico ou prejudicial. Por exemplo, considerando as habilidades acadêmicas
que um estudante do ensino básico deve desenvolver para a solução de problemas
apresentados em disciplinas de sua grade curricular, a persistência é algo favorável. Já em
relação a comportamentos disruptivos (e.g. autolesões, hiperatividade motora), portanto
incompatíveis com as atividades acadêmicas, a persistência desses comportamentos é
algo que se pretende reduzir.
É desejável a redução de comportamentos cuja persistência gera danos físicos
ou sociais, por exemplo, comportamentos autolesivos ou abuso de substâncias. No
que diz respeito à drogadição, não só a persistência, como também a recorrência e o
reaparecimento do comportamento problema, são evidências da pouca efetividade dos
tratamentos direcionados para esses casos. A constância com que um comportamento
já tratado reaparece faz com que alguns autores da área levantem questões acerca das
razões que fazem esse tipo de comportamento responder de maneira insipiente às diversas
formas de tratamento. Nesse sentido, o termo recaída (relapse) é utilizado na literatura na
tentativa de descrever comportamentos problemáticos, pouco responsivos ao tratamento
e que, mesmo depois de um tempo sem ocorrer, reaparecem de maneira cíclica (Masteller
& St. Peter, 2014).
Renovação
A renovação é modelo de reaparecimento de um operante extinto determinado pela
similaridade entre o contexto da aprendizagem, na fase de treino e o contexto da fase de
testes. Vurbic e Bouton (2014) em uma revisão de literatura relatam que o procedimento
Restabelecimento
No procedimento de restabelecimento, a resposta alvo é reforçada (fase A) e
colocada em extinção em seguida (fase B). Na última fase, os reforçadores são liberados
de maneira não contingente o que promove o restabelecimento da resposta extinta (fase
C). Pyszcynski e Shahan (2011) utilizaram o paradigma de restabelecimento para verificar a
recuperação da resposta alvo de pressionar a barra que produzia uma infusão intravenosa
Ressurgência
Para Pierce e Cheney (2004), a ressurgência foi defendida durante muito tempo
como o aumento da variedade de topografias induzido por extinção. Nesse sentido, um
dado comportamento alvo pode voltar a ocorrer em meio a outras classes de resposta
independentemente de ter sido reforçada no passado. Epstein (1983) realizou um estudo
pioneiro que demonstrou como uma resposta aprendida em uma história remota pode
emergir quando respostas adquiridas em uma história recente não produzem mais reforços.
No procedimento de ressurgência, pombos eram expostos a uma contingência em que a
resposta alvo de bicar um disco era reforçada na linha de base enquanto todas as outras
respostas entram em extinção. Na fase de eliminação a resposta alvo era colocada em
extinção enquanto uma resposta alternativa (pisar em um pedal) passava a ser reforçada.
Na fase de ressurgência, em que ambas as respostas estavam em extinção, observou se
maior recuperação da resposta alvo. Embora se pudesse argumentar que o aumento da
frequência da resposta alvo seja produto da variabilidade induzida por extinção, Epstein
adotou uma tática que o permitiu dizer que a ressurgência da resposta alvo foi determinada
pela história de reforçamento diferencial. Havia outro aparato (e.g. um pedal) que permitiria
a ocorrência de outras respostas, não reforçadas previamente, que pudessem ser induzidas
por extinção. Contudo, a resposta alvo ressurgiu de maneira sistemática em relação a
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Método Local
A pesquisa foi realizada na Secretaria de Vigilância Sanitária em uma cidade do
interior do estado de Mato Grosso do Sul.
Procedimento
A coleta dos dados foi por meio de uma pesquisa documental realizada durante o
segundo semestre de 2013. Durante este período foram investigados os relatórios mensais,
balanços trimestrais e anuais de venda do medicamento metilfenidato entre os anos de
2009 a 2012. O levantamento foi possível, devido à receita da venda do metilfenidato ficar
retida na farmácia ou drogaria no período de um mês, depois desse período as receitas são
encaminhas a Secretaria de Vigilância Sanitária do município, a qual faz um mapeamento
da venda do medicamento.
Foi levado em consideração o sigilo e a ética profissional, não sendo divulgado/
publicado, qualquer dado que possa identificar o proprietário ou a sua empresa. Não foram
divulgados/publicados os dados pessoais contidos nas receitas como, nome, endereço,
Resultados e Discussão
Segundo estimativa do IGBE, a cidade na qual a pesquisa foi realizada possui
população de 42.148 habitante, densidade demográfica de 7,44 hab/km2, com Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,721 (segundo censo de 2010) e está
localizada à leste do estado do Mato Grosso do Sul.
A Tabela 1 ilustra a quantidade de caixas de metilfenidato vendidas entre os anos de
2009 a 2012, o número de farmácias responsáveis por essas vendas e a média da venda
por farmácia. O cálculo da média de venda foi realizado devido ao número de farmácias
que vendem o metilfenidato, variarem de ano para ano.
• Usar recursos especiais, como gravador, retroprojetor, slides, etc. Esses recur-
sos podem ajudar na manutenção da atenção e, consequentemente no proces-
so de aprendizagem.
Considerações finais
Este trabalho teve como objetivo avaliar a venda de metilfenidato entre os anos
de 2009 a 2012 em uma cidade do interior do Mato Grosso do Sul. A análise das vendas
mensais neste período, demonstrou que a média de caixas vendidas tende a ser menor
durante períodos de recesso escolar. Esta variação, encontrada em nível municipal,
também foi observada ao analisar a venda de caixas de metilfenidato nos estados de São
Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro entre os anos de 2007 a 2014 (Gomes et al., 2019).
O metilfenidato é uma droga estimulante do sistema nervoso central e tem como
principais efeitos o aumento dos níveis de concentração e diminuição da atividade motora
de seus consumidores (ANVISA, 2014). Por conta de tais efeitos, é a droga primariamente
eleita para o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
(Coelho et al., 2014; Parecy & de Oliveira, 2010). Observa-se um aumento, mundial e
nacional, do diagnóstico deste transtorno e da produção e consumo de metilfenidato nos
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O OPERACIONALISMO NA ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO
Discussão
Ao apropriar o operacionalismo à Análise do Comportamento como uma ciência
experimental, Skinner rejeita o foco nominal e estabelece suas bases no controle de
fenômenos comportamentais, tanto públicos quanto privados, do leigo e do cientista (a
segunda díade talvez como mais importante para a presente discussão). A partir dessas
observações o cientista forma discriminações que construirão o ambiente experimental, bem
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