Aula 07 - Medio Indireta de Distncias - Taqueometria

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TOPOGRAFIA I

Aula 07 – Medição indireta de


distâncias (Taqueometria ou
Estadimetria)
Professora: Helen Ribeiro Rodrigues
06 de maio de 2023
Varginha - MG
MEDIÇÃO INDIRETA DE DISTÂNCIAS (TAQUEOMETRIA OU
ESTADIMETRIA)
• O processo de medição indireta de distâncias é denominado Taqueometria ou
Estadimetria.
• É um método de levantamento em que as distâncias são determinadas com
os taqueômetros normais (teodolitos taqueométricos), isto é, pela leitura dos
fios horizontais extremos do retículo da luneta, denominados fios
estadimétricos ou retículos, projetados sobre uma régua graduada chamada
estádia ou régua taqueométrica ou estadimétrica e que é mantida
verticalmente sobre o ponto a determinar a leitura.

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MEDIÇÃO INDIRETA DE DISTÂNCIAS (TAQUEOMETRIA OU
ESTADIMETRIA)

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PRINCÍPIO GERAL DA ESTADIMETRIA
• Todos os teodolitos taqueométricos são construídos com base em princípios
trigonométricos.

• Na figura acima, por semelhança de triângulos, definimos que:

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PRINCÍPIO GERAL DA ESTADIMETRIA
• Sabendo que 𝑂𝑀 equivale a Distância Horizontal (DH) e que pela engenharia
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da luneta do teodolito ℎ= 100 𝑥 𝑓, temos:

• Como H é a diferença entre os retículos superior (RS) e inferior (RI), ou seja


𝐻=𝑅𝑆−𝑅𝐼, e que Z é o ângulo zenital, determinados que para a obtenção da
Distância Horizontal (DH) basta utilizar diretamente a fórmula:

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NÚMERO GERADOR DO APARELHO
• Para os teodolitos taqueométricos, a distância entre o retículo
superior e inferior (h) e a distância focal (f) para um mesmo
aparelho são invariáveis e, portanto, constantes.


• A relação é uma constante, geralmente representada pela
𝑓
letra “g” denominada de número gerado, constante
estadimétrica ou constante de multiplicação.

• Essa constante é característica de cada aparelho, sendo que a


grande maioria apresenta a distância entre os fios
estadimétricos de modo que a relação

= 100, portanto igual a centésima parte de distância focal da
𝑓
objetiva na luneta do aparelho.
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RÉGUA TAQUEOMÉTRICA
• A régua taqueométrica consiste em uma régua graduada
que permite inferir um determinado valor com precisão de
milímetros.

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RÉGUA TAQUEOMÉTRICA
• Como a régua determina a altura de um ponto no solo até um ponto na régua,
a leitura é feita a partir do pé da régua, que consiste no zero. Ou seja, a
medição é feita de baixo para cima.
• As marcações de metro consistem em algarismos romanos destacados
quando os números são cheios, como 1 m, 2 m, etc.

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RÉGUA TAQUEOMÉTRICA
• Quando existem decimais na leitura, as marcações são feitas por bolinhas em
cima de números arábicos (figura abaixo) que marcam os decímetros, por
exemplo, 1,4 m é marcado por um número quatro (4) com uma bolinha em
cima, ou 2,6 m é marcado por um número seis (6) com duas bolinhas em
cima.

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RÉGUA TAQUEOMÉTRICA
• As marcações destacadas na figura abaixo referem-se aos centímetros. Cada
marcação, branca ou preta, equivale a 1 cm.

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RÉGUA TAQUEOMÉTRICA
• Os milímetros devem ser obtidos pelo próprio operador, tomando como base
as marcações destacadas na figura abaixo.

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RÉGUA TAQUEOMÉTRICA
• Existem duas marcações que auxiliam numa rápida leitura da régua, sendo
elas destacadas na figura a seguir. Em qualquer parte da régua, após a leitura
do metro e do decímetro, utilizamos o esquema mostrado.

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LEITURA DOS RETÍCULOS
• A leitura do retículo é feita utilizando o fio como guia. Na figura a seguir, o
Retículo Superior se encontra em 1,080 m, o Inferior em 1,010 m e o Médio
em 1,046.
• Sendo o valor do Retículo Médio (RM) a média dos valores dos Retículos
Superior e Inferior (RS e RI, respectivamente), temos:
(𝑅𝑆+𝑅𝐼)
𝑅𝑀= 2

• No exemplo, a média de RS e RI é de 1,045 m, sendo uma diferença de


0,001 m em comparação com a leitura. Nesse caso, não há problemas, pois,
o limite de erro é de 0,002 m, para mais ou para menos.

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DIFERENÇA DE NÍVEL
• Diferença de Nível (DN) é a medida entre dois pontos, num plano vertical
perpendicular ao plano horizontal

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DIFERENÇA DE NÍVEL
• Considere uma visada de um ponto A para um ponto B, como mostra a figura
abaixo, temos a Distância Horizontal (DH), a Diferença de Nível (DN), a leitura
do Retículo Médio (RM), o Δ, que consiste na distância entre o ponto de
ângulo vertical (zenital) 90° com a leitura de RM e α, que consiste no ângulo
vertical (zenital) do RM.
𝐷𝑁+𝑅𝑀= Δ+Ai

• Logo:
𝐷𝑁= Δ+Ai−RM
• O Δ é obtido considerando o triângulo formado pelo ângulo zenital:

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DIFERENÇA DE NÍVEL
• O triângulo formado é um triângulo retângulo, logo, pode-se aplicar a função
trigonométrica da tangente para obtenção de Δ:
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜
𝑡𝑔 𝛼=
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒

Δ
𝑡𝑔 𝛼= 𝐷𝐻

• Como o ângulo realmente obtido é o zenital, utilizamos a função


trigonométrica cotangente para obter Δ, pois Z e α são ângulos
complementares:
Δ=DH x cotg 𝑍

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FÓRMULAS TAQUEOMÉTRICAS
• Resumidamente as fórmulas taqueométricas são:

𝐷𝐻=100 𝑥 (𝑅𝑆−𝑅𝐼) 𝑥 (𝑠𝑒𝑛𝑍)2

Δ=DH x cotg 𝑍

𝐷𝑁= Δ+Ai−RM

Onde:
DH = Distância Horizontal, em metros;
RS = Retículo Superior;
RI = Retículo Inferior;
Z = ângulo zenital;
Ai = altura do instrumento; e
RM = Retículo Médio.

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CADERNETA DE CAMPO DO LEVANTAMENTO
TAQUEOMÉTRICO
• A seguir, temos um exemplo de caderneta de campo do levantamento
taqueométrico:

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PRECISÃO NA MEDIÇÃO TAQUEOMÉTRICA
• Os erros nas medições taqueométricas podem ser classificados em
sistemáticos e acidentais. Os erros sistemáticos são: erro na graduação dos
círculos; e da excentricidade e de retificação. Os erros acidentais são: leituras
de ângulos; e leitura da mira.
• Como os erros sistemáticos dependem da qualidade dos instrumentos e dos
cuidados na manutenção e no reparo, consideram-se mais os erros
acidentais.

• As principais causas do erro na medida indireta são:


 Erro devido à leitura na mira: a precisão da leitura depende da distância em
que se visa a mira, da capacidade de aumento da luneta, da espessura dos
traços dos fios estadimétricos e da influência da refração atmosférica.
 Distância em que se visa a mira
 Capacidade de aumento da luneta
 Espessura dos fios estadimétricos
 Refração atmosférica
 Erros nas medições de ângulos verticais.
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PRECISÃO NA MEDIÇÃO TAQUEOMÉTRICA
• O erro na verticalidade da mira é o mais grave dos erros, sendo positivo ou
negativo, podendo ser diminuído ou com habilidade do auxiliar que segura a
régua ou colocando-se nível esférico na mira.
• Considerando que a mira esteja na vertical e que os erros nas medições dos
ângulos e na leitura dos fios estadimétricos são acidentais, é de esperar que
os erros variem com a raiz quadrada da distância.
• Em condições normais de operações, o erro provável na medição de
distância, no processo estadimétrico, com aparelho cujo a constante
estadimétrica é 100 e com aumento da luneta de 20 vezes temos:

𝑒=0,0002 𝑥 𝐷

Onde,
e = erro aceitável; e
D = Distância calculada do instrumento à mira.
Os melhores resultados são obtidos em distâncias menores que 200 metros.

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• EXEMPLO: Tome como exemplo o levantamento taqueométrico cuja
caderneta de campo está exposta no a seguir:

• Croqui da área:

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• O passo 1 consiste em calcular a Distância Horizontal (DH) entre o ponto
estacionado (E) e os demais pontos levantados (1, 2 e 3). Para isso,
utilizamos a fórmula:

𝐷𝐻 = 100 ∗ (𝑅𝑆−𝑅𝐼) ∗ (𝑠𝑒𝑛 𝑍)2

• Logo, calculamos as Distâncias Horizontais de A para o ponto 1 (DHA1), de A


para o ponto 2 (DHA2) e de A para o ponto 3 (DHA3):

𝐷𝐻𝐴1 =100 ∗ (1,044−0,956) ∗ (𝑠𝑒𝑛 84°45′25")² = 8,727 𝑚


𝐷𝐻𝐴2 = 100 ∗ (1,060−0,940) ∗ (𝑠𝑒𝑛 84°11′30")² = 11,877 𝑚
𝐷𝐻𝐴3 = 100 ∗ (1,080−0,920) ∗ (𝑠𝑒𝑛 82°29′10")² = 15,726 𝑚

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• O passo 2 consiste em calcular a Diferença de Nível (DN) entre o ponto
estacionado (E) e os demais pontos levantados (1, 2 e 3). Para isso,
calculamos Δ pela fórmula:

𝛥 = 𝐷𝐻 ∗ 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑍

𝛥𝐴1 = 8,727 ∗ 𝑐𝑜𝑡𝑔 84°45′25" = 0,801 𝑚


𝛥𝐴2 = 11,877 ∗ 𝑐𝑜𝑡𝑔 84°11′30" = 1,208 𝑚
𝛥𝐴3 = 15,726 ∗ 𝑐𝑜𝑡𝑔 82°29′10" = 2,074 𝑚

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• Para calcular a Diferença de Nível (DN) a utilizamos a fórmula:

𝐷𝑁 = 𝛥 + 𝐴𝑖 − 𝑅𝑀

• Logo, calculamos a Diferença de Nível (DN) de A para o ponto 1 (DNA1), de A


para o ponto 2 (DNA2) e de A para o ponto 3 (DNA3):

𝐷𝑁𝐴1 = 0,801 + 1,6 − 1 = 1,401 𝑚


𝐷𝑁𝐴2 = 1,208 + 1,6 − 1 = 1,808 𝑚
𝐷𝑁𝐴3 = 2,074 + 1,6 − 1 = 2,674 𝑚

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• O passo 3 consiste em calcular as coordenadas retangulares totais dos
pontos 1, 2 e 3. Para isso utilizamos a função Rec da calculadora

Para isso, siga o passo-a-passo a seguir:

1) Clicar no botão “SHIFT” e depois em “Pol(“ para


ativar a função Rec;
2) Digitar o valor da Distância Horizontal (DH)
(utilizando o ponto no lugar da vírgula para indicar os
decimais);
3) Clicar na vírgula “,”;
4) Digitar o Azimute utilizando o botão “ °’” “ para
separar grau, minuto e segundo;
5) Fechar os parênteses e clicar em igual;
6) O valor mostrado no visor da calculadora refere-se
ao valor da coordenada Y, em metros;
7) Clicar no botão “ALPHA”;
8) Clicar no botão “tan” (o botão “tan” ativa a função F),
e por fim em igual; e
9) O valor mostrado refere-se a coordenada X, em
metros.

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• Os valores das coordenadas parciais de cada alinhamento podem ser vistos
na tabela abaixo:

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• O passo 4 consiste em obter a área da poligonal pelo método de Gauss.
Observe o Quadro 3.

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• O passo 5 consiste em calcular as coordenadas retangulares parciais (ΔX e
ΔY). Para isso calculamos a diferença entre a coordenada de chegada e a
coordenada de partida do alinhamento, como mostram as fórmulas a seguir:

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EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• O passo 6 consiste em obter as coordenadas polares de cada alinhamento,
pois fornecem o Azimute e a Distância Horizontal.

Para isso utilizamos a função Pol da


calculadora.

Siga o passo-a-passo a seguir:


1) Clicar no botão “Pol(“ para ativar a
função Pol;
2) Digitar o valor da coordenada parcial Y;
3) Clicar na vírgula “,”;
4) Digitar o valor da coordenada parcial X;
5) Fechar os parênteses e clicar em igual.
6) O valor mostrado no visor da
calculadora refere-se a Distância
Horizontal (DH);
7) Clicamos no botão “ALPHA”;
8) Clicar no botão “tan” (o botão “tan” ativa
a função F), e por fim em igual; e
9) O valor mostrado refere-se ao Azimute,
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em graus.
EXEMPLO DE LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO
• Os valores das coordenadas polares de cada alinhamento podem ser vistos
na Tabela 2.

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ATIVIDADE - LEVANTAMENTO TAQUEOMÉTRICO

• Desenvolver o exercício sobre taqueometria disponibilizado no


SIGAA.
• Data de entrega: 20/05/2023
• Valor: 6,0 pontos

• Obs: entrega física (papel) e com


resolução dos exercícios

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