APS Neurofuncional CAMILA
APS Neurofuncional CAMILA
APS Neurofuncional CAMILA
FISIOTERAPIA
APS
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
ARACAJU-SE
2023
ANTÔNIO CARLOS TEIXEIRA JÚNIOR, ANTÔNIO VIEIRA DE JESUS,, LUANA
MAIZA PAIXÃO DE OLIVEIRA, MARIA CLARA FRANCA SANTOS ,IASMIM
LORENA SILVA DOS SANTOS, ICARO ROCHA MACHADO , VALERIA CRISTIANE
DA SILVA SANTOS, KARINY SANTOS PRATA SOUZA
APS
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
ARACAJU-SE
2023
Sumário
1. Patologia 1
2. caso clínico 1
2.1. Anamnese 1
3. A avaliação fisioterapêutica e exame físico: 2
4. Sinais Vitais: 2
5. Neurológico: 2
6. condutas 2
6.1. Necessidades 2
6.2. Controle de tronco 3
6.3. Lombar e membros inferiores 3
6.4. Fortalecimento 4
7. bibliografia 4
7.1. Exercício de treinamento, força e equilíbrio: 4
7.2. Controle de tronco/ cuidados domiciliares/ controle motor: 5
7.3. Epidemiologia do AVC 5
1. PATOLOGIA
Segundo o artigo “Stroke Epidemiology and Risk Factor Management”, o AVC é a 5º
principal causa de morte nos Estados Unidos, o Acidente Vascular Cerebral decorre
da alteração do fluxo sanguíneo ao cérebro. Responsável pela morte de células
nervosas da região cerebral atingida, o AVC pode se originar de uma obstrução de
vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico (responsável por 85%
dos casos), ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular
hemorrágico. O grupo com maior incidência de AVC são adultos ou idosos, do sexo
masculino da cor negra e essa patologia tem como característica a perda súbita da
força, paresia e paralisia e/ou em um dos lados do corpo, dificuldade repentina de
falar ou compreender o que se fala, perda visual (particularmente quando afeta um
lado só), tontura ou desequilíbrio súbitos, dor de cabeça intensa. O tratamento com
medicamentos anticoagulantes pode minimizar danos cerebrais, outros tratamentos
concentram-se em limitar complicações e prevenir mais acidentes vasculares
cerebrais (o tratamento pode ajudar, mas não tem cura). Essa doença requer um
diagnóstico médico, sempre requer exames laboratoriais ou de imagem, necessita
de atendimento de emergência.
2. CASO CLÍNICO
2.1. Anamnese
Paciente J.J.F sexo Masculino, 02 filhos, casado, 68 anos, trabalha como feirante,
pardo, reside na cidade Aracaju-SE. Chegou ao Centro de Saúde Ninota Garcia, no
dia 03/11/23 para avaliação Fisioterapêutica com diagnóstico de AVC há 1 ano e 9
meses, havia realizado 20 sessões de fisioterapia o paciente relatou que, no dia do
AVC iria realizar sua atividade física, caminhada, mas ao tentar iniciar a atividade, o
paciente sentiu tontura e desistiu de realizar a atividade. Foi ao hospital sozinho,
porém logo foi liberado e encaminhado a um neurologista onde foi indicado o
acompanhamento de fisioterapeutas. Paciente obeso , Hipertenso faz uso da
medicação Losartana Potássica 50mg uma vez ao dia, nega Diabetes Mellitus e
outras comorbidades. Atualmente, o paciente queixa-se de dores nas costas ao
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levantar-se e quando deambula em longa distância, ele apresenta dor em membro
inferior esquerdo.
4. SINAIS VITAIS:
Pressão arterial: 140/90 mmHg, SPO2: 97%, Frequência Cardíaca: 65 Bpm.
5. NEUROLÓGICO:
Paciente com alteração de força nos isquiotibiais, reflexos e sensibilidade térmica,
tátil e dolorosa preservadas, ausência de movimentos involuntários.
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6. CONDUTAS
6.1. Necessidades
Diante da necessidade e do desejo dele, a elaboração do tratamento foi baseada em
aliviar as dores lombares, amenizar a anteriorização da cervico-torácica vista na
inspeção estática, caminhar por longas distâncias, fortalecimento de isquiotibiais
visto nas manobras deficitárias de Barré e Mingazzini e ganho de amplitude de
movimento no tornozelo,e melhora de mobilidade do quadril.
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6.3. Lombar e membros inferiores
Foram realizados exercícios de dissociação de quadril para aliviar a dor lombar e
exercício para o quadril com a técnica de kabat por causa da queda da pelve. O
exercício para dor lombar foi realizado em decúbito dorsal com uma bola suíça
apoiando os membros inferiores e o paciente irá realizar ativamente movimentos no
eixo craniocaudal e laterolateral e alongamentos passivos com a extensão de
quadril. Treinamento de marcha com a técnica de kabat para antero-elevação e
póstero-depressão de quadril com o paciente em decúbito lateral, o fisioterapeuta irá
segurar na espinha ilíaca ântero superior promovendo uma resistência no
movimento do paciente, que vai levar seu quadril para frente e para cima, o
movimento da volta seria com a resistência em cima do glúteo e o paciente irá jogar
o quadril para trás. Para ganhar dorsiflexão, será utilizado a técnica de mulligan,
onde o fisioterapeuta irá realizar o movimento de dorsiflexão passiva e leves
oscilações na região do tálus. Na revisão sistemática “Os benefícios do método
Kabat nas disfunções neurológicas” foi apresentado diversos estudos sobre os
benefícios desse método para pacientes que sofreram um AVC, principalmente para
membros inferiores, tendo obtido resultados satisfatórios para redução de dor
visando o ciclo de contração e relaxamento muscular utilizando exercícios de forma
concêntrica, excêntrica e isométrica. Foi confirmado que utilizando o método Kabat
com padrões diagonais melhora o movimento de dorsiflexão contribuindo assim para
marcha de forma consciente e funcional.
6.4. Fortalecimento
Após o resultado das manobras deficitárias e do grau de força, foi constatada
fraqueza dos isquiotibiais; então o fortalecimento de isquiotibiais é com o paciente
em ortostase, flexionando o joelho com resistência de uma caneleira, também é
realizado o fortalecimento de isquiotibiais em decúbito ventral e o paciente
realizando a flexão de joelho, a elevação pélvica com o paciente em decúbito dorsal,
ele irá elevar a pelve utilizando os músculos do glúteo e isquiotibiais. Portanto, a
conduta de fortalecimento de isquiotibiais, foi necessário visto que ele segura o
movimento nas fases de balanço; é baseado no artigo “Adaptive Physical Activity For
Stroke: An Early-Stage Randomized Controlled Trial In The United States”, onde foi
comparado dois grupos: um realizou as atividades e outro somente recebeu os
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cuidados diários, o grupo que realizou os exercícios houve melhoras significativas na
mobilidade, força e equilíbrio.
7. BIBLIOGRAFIA
The effectiveness of trunk training on trunk control, sitting and standing balance and
mobility post-stroke: a systematic review and meta-analysis (Tamaya Van
Criekinge,2019)