Apostila IV - Medidas de Posição
Apostila IV - Medidas de Posição
Apostila IV - Medidas de Posição
Apostila IV
MEDIDAS DE POSIÇÃO
1. INTRODUÇÃO
O estudo que fizemos sobre distribuições de frequência, até agora, permite-nos
descrever, de modo geral, os grupos de valores que uma variável pode assumir. Dessa forma,
podemos localizar a maior concentração de valores de uma dada distribuição, isto é, se ela se
localiza no início, no meio ou no final da distribuição, ou ainda, se há uma distribuição por
igual.
Porém, para ressaltar as tendências características de cada distribuição, isoladamente ou
em confronto com outras, necessitamos introduzir conceitos que se expressem através de
números, que nos permitam traduzir essas tendências. Esses conceitos são denominados
elementos típicos da distribuição (CRESPO, 2002):
a. Medidas de posição;
b. Medidas de variabilidade ou dispersão;
c. Medidas de assimetria;
Dentre os elementos típicos, destacamos as medidas de posição, estatísticas que
representam uma série de dados, orientando-nos quanto à posição da distribuição em relação ao
eixo horizontal (eixo das abscissas).
As medidas de posição mais importantes são as medidas de tendência central, que
recebem tal denominação pelo fato de os dados observados tenderem, em geral, a se agrupar em
torno dos valores centrais (CRESPO, 2002). Dentre as medidas de tendência central,
destacamos:
a. A moda;
b. A mediana;
c. A média aritmética.
2. MEDIDAS DE POSIÇÃO
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Probabilidade e Estatística
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0 2
1 6
2 10
3 12
4 4
∑ = 34
2
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Mo =
onde:
ℓ* é o limite inferior da classe modal;
L* é o limite superior da classe modal.
Assim, para a distribuição:
Tabela 2.2
i Estaturas fi
1 150 |– 154 4
2 154 |– 158 9
3 158 |– 162 11 classe modal
4 162 |– 166 8
5 166 |– 170 5
6 170 |– 174 3
∑ = 40
Mo = = = = 160 cm
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valor situado de tal forma no conjunto que o separa em dois subconjuntos de mesmo número de
elementos (CRESPO, 2002).
Md = = = 11
Verificamos que, estando ordenados os valores de uma série e sendo n o número de
elementos da série, o valor mediano será:
4
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— Para a série {2, 6, 7, 10, 12, 13, 18, 21}, temos n = 8 e, consequentemente, =
= 4, e +1= + 1 = 5. Logo, a mediana é o ponto médio entre o 4° e 5°
Notas:
• O valor da mediana pode coincidir ou não com um elemento da série, como vimos.
Quando o número de elementos da série é ímpar, há coincidência. O mesmo não
acontece, porém, quando esse número é par.
• A mediana e a média aritmética não têm, necessariamente, o mesmo valor.
• A mediana, como vimos, depende da posição e não dos valores dos elementos na
série ordenada. Essa é uma das diferenças marcantes entre a mediana e a média (que
se deixa influenciar, e muito, por valores extremos).
Sendo:
= = 17
a frequência acumulada que contém a metade da soma da frequências é 18, que corresponde ao
valor 2 da variável, sendo este o valor mediano. Logo:
Md = 2 meninos
Nota:
• No caso de existir uma frequência cumulada (Fi), tal que:
Fi =
a mediana será dada por:
Md =
isto é, a mediana será a média entre o valor da variável correspondente a essa frequência
acumulada e o seguinte. Exemplo:
Tabela 2.4
xi fi Fk
12 1 1
14 2 3
15 1 4
16 2 6
17 1 7
20 1 8
∑=8
Temos:
= = 4 = F3
Logo:
Md = =
Md = = = 15,5
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a mediana – classe mediana. Tal classe será, evidentemente, aquela correspondente à frequência
acumulada que contém (CRESPO, 2002). Depois de definida a classe mediana, a moda será
dada por:
Md = ℓ* +
na qual:
ℓ* é o limite inferior da classe mediana;
F(ant) é a frequência acumulada da classe anterior à classe mediana;
f* é a frequência simples da classe mediana;
h* é a amplitude do intervalo da classe mediana.
Considerando a distribuição da Tabela 2.2, acrescida das frequências acumuladas:
Tabela 2.5
i Estaturas fi Fi
1 150 |– 154 4 4
2 154 |– 158 9 13
3 158 |– 162 11 24 classe mediana
4 162 |– 166 8 32
5 166 |– 170 5 37
6 170 |– 174 3 40
∑ = 40
temos:
= = 20
Md = 158 +
Md = 160,54 cm
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Nota:
Tabela 2.6
i Classes fi Fk
1 0 |– 10 1 1
2 10 |– 20 3 4
3 20 |– 30 9 13
4 30 |– 40 7 20
5 40 |– 50 4 24
6 50 |– 60 2 26
∑ = 26
Temos:
= = 13
Logo:
Md = L* = 30
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Às vezes, a média pode ser um número diferente de todos os números da série de dados
que ela representa. É o que acontece quando temos, por exemplo, os valores 2, 4, 8 e 9, para os
quais a média é 5. Esse será o número representativo dessa série de valores, embora não esteja
representado nos dados originais. Neste caso, costumamos dizer que a média não tem
existência concreta (CRESPO, 2002).
Tabela 2.7
N° de Meninos fi xifi
0 2 0
1 6 6
2 10 20
3 12 36
4 4 16
∑ = 34 ∑ = 78
Temos, então:
∑xifi = 78 e ∑fi = 34
Logo:
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= = 2,29
2,3 meninos
Tabela 2.8
i Estaturas fi xi xifi
= = 161 cm
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= Md = M o
3. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• CRESPO, A. A. Estatística Fácil. 17ª edição. São Paulo: Editora Saraiva, 2002.
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