O texto resume um sermão do Padre Antônio Vieira no qual ele critica os estilos modernos de pregação por serem artificiais e complexos. Ele defende que o estilo deve ser simples e natural, como o do céu que usa as estrelas para pregar de forma harmoniosa. O Padre usa exemplos de contrastes para ilustrar seu ponto sobre a necessidade de simplicidade no estilo de pregação.
O texto resume um sermão do Padre Antônio Vieira no qual ele critica os estilos modernos de pregação por serem artificiais e complexos. Ele defende que o estilo deve ser simples e natural, como o do céu que usa as estrelas para pregar de forma harmoniosa. O Padre usa exemplos de contrastes para ilustrar seu ponto sobre a necessidade de simplicidade no estilo de pregação.
Descrição original:
10 exercícios sobre o movimento literário Barroco.
O texto resume um sermão do Padre Antônio Vieira no qual ele critica os estilos modernos de pregação por serem artificiais e complexos. Ele defende que o estilo deve ser simples e natural, como o do céu que usa as estrelas para pregar de forma harmoniosa. O Padre usa exemplos de contrastes para ilustrar seu ponto sobre a necessidade de simplicidade no estilo de pregação.
O texto resume um sermão do Padre Antônio Vieira no qual ele critica os estilos modernos de pregação por serem artificiais e complexos. Ele defende que o estilo deve ser simples e natural, como o do céu que usa as estrelas para pregar de forma harmoniosa. O Padre usa exemplos de contrastes para ilustrar seu ponto sobre a necessidade de simplicidade no estilo de pregação.
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LITERATURA – BARROCO – 10/05/2023 ideologia e da literatura da Contrarreforma.
b) Como é comum nos sermões, o pregador faz uso de perguntas
1. São características do movimento Barroco na literatura brasileira: que ele não responde, recurso que permite provocar a reflexão e estimular o raciocínio lógico do ouvinte. a) culto do contraste; o ser humano dividido entre os apelos do c) O sermão desenvolve a temática religiosa e, ao mesmo tempo, corpo e os da alma; linguagem ornamental e rebuscada. predomina nele uma das características do estilo barroco: o b) culto do contraste; linguagem simples; predomínio da razão conceptismo, visto que sua principal preocupação é a estética da sobre a emoção. expressão. c) temas mitológicos; equilíbrio e simplicidade; bucolismo. d) O segmento “Se de uma parte está branco, de outra há de estar d) subjetivismo; evasão e escapismo; sentimentalismo. negro; se de uma parte está dia, de outra há de estar noite? Se e) temas mitológicos; sentimentalismo; linguagem ornamental e de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de rebuscada. uma parte dizem desceu, da outra hão de dizer subiu” se refere 2. O crítico Antonio Candido considera que nossa literatura só ao paradoxo, um exemplo de figura de linguagem. passou a existir como sistema, ou seja, como uma articulação e) No primeiro parágrafo, o orador faz alusão a uma comparação dinâmica entre autores, obras e público plenamente constituída, a feita por Jesus em suas palavras, aludindo ao método de pregar partir do século do Iluminismo, o que leva esse crítico a considerar de Jesus, que consistia em utilizar correspondências de difícil que compreensão, para que seu discurso só fosse assimilado e compreendido após profunda meditação. a) nossa literatura representou-se como sistema a partir dos textos escritos pelos missionários e viajantes do início do período 4. Assinale, a seguir, a alternativa que, pela linguagem e pelas colonial. ideias, apresenta um texto pertencente ao movimento Barroco. b) tal articulação dinâmica só deu a ver seus primeiros sinais com a a) “Quem deixa o trato pastoril amado Pela ingrata, civil ficção nacionalista de José de Alencar e de Machado de Assis. correspondência, Ou desconhece o rosto da violência, Ou do c) os poemas circulantes de Gregório de Matos e os sermões do retiro a paz não tem provado.” Padre Vieira constituíram manifestações literárias b) “Que me resta, meu Deus? Morra comigo A estrela de meus assistemáticas. cândidos amores, Já não vejo no meu peito morto Um punhado d) os poetas Tomás Antônio Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, sequer de murchas flores!” confinados no estilo barroco, não integram esse sistema. c) “O todo sem a parte não é todo; A parte sem o todo não é e) nossa literatura amadureceu de fato quando da eclosão dos parte; Mas se a parte o faz todo, sendo parte, Não se diga que primeiros movimentos abolicionistas e republicanos. parte, sendo o todo.” 3. “Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo d) “Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, tão dificultoso, um estilo tão afetado, um estilo tão encontrado a em qu'estrela tu t'escondes Embuçado nos céus? Há dois mil toda arte e a toda natureza? Boa razão é também essa. O estilo há anos te mandei meu grito, Que embalde desde então corre o de ser muito fácil e muito natural. Por isso, Cristo comparou o pregar infinito...” ao semear. Compara Cristo o pregar ao semear, porque o semear é 5. Para muitos escritores [brasileiros] do século XVII e de grande uma arte que tem mais de natureza que de arte. parte do XVIII, a linguagem metafórica e os jogos de argúcia do Já que falo contra os estilos modernos, quero alegar por mim o estilo espírito barroco eram maneiras normais de comunicar a sua do mais antigo pregador que houve no Mundo. E qual foi ele? O mais impressão a respeito do mundo e da alma. E isto só poderia ser antigo pregador que houve no Mundo foi o Céu. Suposto que o Céu favorecido pelas condições do ambiente, formado de contrastes é pregador, deve ter sermões e deve ter palavras. E quais são estes entre a inteligência do homem culto e o primitivismo reinante, entre sermões e estas palavras do Céu? As palavras são as estrelas, os a grandeza das tarefas e a pequenez dos recursos, entre a aparência sermões são a composição, a ordem, a harmonia e o curso delas. O e a realidade. Como a desproporção gera o senso dos extremos e pregar há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou das oposições, esses escritores se adaptaram com vantagem a uma azuleja. Não fez Deus o céu em xadrez de estrelas, como os moda literária que lhes permitia empregar ousadamente a antítese, pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras. Se de uma parte a hipérbole, as distorções mais violentas da forma e do conceito. está branco, de outra há de estar negro; se de uma parte está dia, Para eles, o estilo barroco foi uma linguagem providencial e, por isso, de outra há de estar noite? Se de uma parte dizem luz, da outra hão gerou modalidades tão tenazes de pensamento e expressão que, de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão de apesar da passagem das modas literárias, muito delas permaneceu dizer subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas como algo congenial ao país. palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com o No Brasil, sobretudo naqueles séculos, esse estilo equivalia a uma seu contrário? Mas dir-me-eis: Padre, os pregadores de hoje não visão — graças à qual foi possível ampliar o domínio do espírito sobre pregam do Evangelho, não pregam das Sagradas Escrituras? Pois a realidade, atribuindo-se sentido alegórico à flora, magia à fauna, como não pregam a palavra de Deus? Esse é o mal. Pregam palavras grandeza sobre-humana aos atos. Poderoso fator ideológico, ele de Deus, mas não pregam a Palavra de Deus”. compensa de certo modo a pobreza dos recursos e das realizações; O texto acima é um excerto do famoso “Sermão da Sexagésima”, do e, ao dar transcendência às coisas, a fatos e a pessoas, transpõe a Padre Antônio Vieira, orador sacro do século XVII, pertencente as realidade local à escala do sonho. literaturas portuguesa e brasileira. Nesse momento do sermão, o orador questiona se o estilo da época é uma das causas da A partir do texto precedente, julgue os itens a seguir, considerando dificuldade de os sermões convencerem religiosamente o público. as relações entre o estilo barroco e a realidade brasileira do século XVII. Sobre o texto e suas relações literárias, assinale a afirmativa correta. O contraste “entre a aparência e a realidade” diz respeito tanto às a) O orador mescla sua preocupação religiosa com a estética contradições da vida social brasileira no século XVII quanto a um barroca, fazendo de seus sermões a expressão máxima do dos eixos centrais do estilo barroco: “o senso dos extremos e das Barroco em prosa sacra e um dos principais meios de difusão da oposições”. ( ) Certo ( ) Errado O mal, que fora encubro, ou que desminto, De acordo com o texto, uma das contribuições da literatura barroca Dentro no coração é que o sustento: para a sociedade da época foi evidenciar que a linguagem figurada Com que, para penar é sentimento, e alegórica podia ampliar a compreensão da realidade nacional Para não se entender, é labirinto. contraditória. ( ) Certo ( ) Errado Ninguém sufoca a voz nos seus retiros; A “antítese, a hipérbole, as distorções mais violentas da forma e do Da tempestade é o estrondo efeito: conceito” estão entre as características que mais evidenciaram o Lá tem ecos a terra, o mar suspiros. contraste entre o estilo barroco e a realidade nacional. Mas oh do meu segredo alto conceito! ( ) Certo ( ) Errado Pois não me chegam a vir à boca os tiros Dos combates que vão dentro no peito. 6. Assinale a alternativa que corresponda, corretamente, às Gregório de Matos e Guerra características da escultura, abaixo, considerando que se trata de No soneto, o eu lírico: uma produção barroca. a) expressa um conflito que confirma a imagem pública do poeta, conhecido pelo epíteto de “o Boca do Inferno”. b) opta por sufocar a própria voz como estratégia apaziguadora de suas perturbações de foro íntimo. c) explora a censura que o autor sofreu em sua época, ao ser impedido de dar expressão aos seus sentimentos. d) estabelece, nos tercetos, um contraponto semântico entre as metáforas da natureza e da guerra. e) revela-se como um ser atormentado, ao mesmo tempo que omite a natureza de seu sofrimento. 9. (UNICAMP) “ O vento da vida, por mais que cresça, nunca pode chegar a ser bonança; o vento da fortuna pode chegar a ser tempestade, e tão grande tempestade, que se afogue nela o mesmo vento da vida.” (Antônio Vieira, “Sermão de quarta-feira de cinza do ano de 1672”, em A Arte de Morrer. São Paulo: Nova Alexandria, 1994, p. 56.) I. Predomínio de temas religiosos; riqueza nos detalhes e formas; No sermão proferido na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, expressões dramáticas das personagens retratadas. em Roma, Vieira recorre a uma metáfora para chamar a atenção dos II. Onipresença e dinamismo, intensidade sem limites, evidência da fiéis sobre a morte. Assinale a alternativa que expressa a mensagem violência e do drama, combinação da escultura com a veiculada pela imagem do vento. arquitetura. III. Buscava representar o homem tal como ele é na realidade. a) A vida dos fiéis é comparável à tranquilidade da brisa em alto- Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade mar. (retoma da técnica do contraposto) Profundidade e perspectiva. b) A fortuna dos fiéis é comparável à força das intempéries Estudo da anatomia e do caráter humano: representação mais marítimas. perfeita do corpo humano. c) A fortuna dos fiéis é comparável à felicidade eterna. d) A vida dos fiéis é comparável à ventura dos navegadores. a) Apenas a I está correta. b) Apenas a I e II estão corretas. 10. (ENEM) c) A I, II e III estão corretas. Quantos há que os telhados têm vidrosos d) Nenhuma das alternativas. E deixam de atirar sua pedrada, De sua mesma telha receiosos. 7. Uma das características da arte literária barroca é o Gongorismo, definido como: Adeus, praia, adeus, ribeira, a) O aspecto construtivo do Barroco, voltado para o jogo das ideias De regatões tabaquista, e dos conceitos. Que vende gato por lebre b) A preocupação com as associações inesperadas, seguindo um Querendo enganar a vista. raciocínio lógico, racionalista. c) O reflexo do dilema em que vivia o homem do seiscentismo (os Nenhum modo de desculpa anos de 1600). Daí as preferências por temas opostos: espírito e Tendes, que valer-vos possa: matéria, perdão e pecado, bem e mal, céu e inferno. Tudo isso Que se o cão entra na igreja, gerava a preocupação com a brevidade da vida. É porque acha aberta a porta. d) Nenhuma das alternativas. GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. 8. (FUVEST) a) enumerar atitudes. Largo em sentir, em respirar sucinto, b) descrever costumes. Peno, e calo, tão fino, e tão atento, c) demonstrar sabedoria. Que fazendo disfarce do tormento d) recomendar precaução. Mostro que o não padeço, e sei que o sinto. e) criticar comportamentos.