Declaratoria de Inexigibilidade DE COBRANÇA CLARO
Declaratoria de Inexigibilidade DE COBRANÇA CLARO
Declaratoria de Inexigibilidade DE COBRANÇA CLARO
Em face da CLARO S/A, empresa de direito privado, CNPJ nº 40.432.544/0001-47 com sede à
Rua Mena Barreto, nº 42, Botafogo, Rio de Janeiro - RJ, CEP: 22271-100 , pelos seguintes
fatos e fundamentos:
I- DOS FATOS
1
ao constrangimento de atuais moradores da localidade observarem cartas sucessivas da Claro
nos moldes de cobrança.
Por fim foi tentado um último contato com a Empresa Ré sob o protocolo nº
2012119047365, no dia 12/04/2012, visto que a mais de 4 meses o problema não foi
solucionado, persistindo os débitos. No entanto não houve sucesso, mas apenas a promessa
de análise.
Diante da negligência da empresa ré, não resta à autora outro caminho a não ser o
da justiça para a solução da sua lide.
O Art. 4º da mesma Lei, em seu bojo traz a politica nacional brasileira das relações
de consumo, que tem como escopo a defesa dos interesses econômicos e financeiros do
consumidor, além da dignidade, transparência nas relações, harmonia no relacionamento e bem
estar do consumidor.
Na mesma linha, o inciso II, letra C, traz à luz a presença do Estado em defesa do
cidadão, e ainda, o inciso III, consagra o contexto do Art. 51, IV, da CRFB, que trata com
célebre entendimento o principio da boa-fé e o equilíbrio nas relações de consumo entre o
consumidor e o fornecedor.
O Art. 6º do CDC, traz em seu bojo o rol dos direitos do Consumidor, que protegem a
incolumidade física e psíquica do consumidor, a efetiva compensação e reparação por danos
materiais e morais.
Assim, o conjunto normativo acima mencionado, determina que toda lesão aos
direitos do consumidor devem ser reparadas, conforme o art. 6º, VI.
2
“O dano moral é aquele que atinge os bens da personalidade, tais como a
honra, a liberdade, a saúde, a integridade psicológica, causando dor,
sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima (...).Também se incluem
nos novos direitos das personalidade os aspectos de sua vida privada, entre
eles a sua situação econômica, financeira (...)”.
“ Nesse ponto a razão se coloca ao lado daqueles que entendem que o dano
moral está ínsito na própria ofensa, decorre da gravidade do ilícito em si. Se a
ofensa é grave e de repercussão, por si só justifica a concessão de uma
satisfação de ordem pecuniária ao lesado. Em outras palavras, o dano moral
existe in re ipsa; deriva inexoravelmente do próprio fato ofensivo, de tal modo
que, provada a ofensa, ipso facto está demonstrado o dano moral à guisa de
uma presunção natural, uma presunção hominis ou facti, que decorre das
regras de experiência comum.
2 - Seja deferida a inversão do ônus da prova, com fulcro no art. 6º, inciso VIII, da Lei nº.
8.078/90;
3 - Seja julgado procedente o pedido autoral para declarar a inexigibilidade do débito imputado
a autora, uma vez que nunca existiu, conforme se observa dos documentos anexos;
4- Seja julgado procedente o pedido autoral para condenar a empresa ré a cancelar quaisquer
contratos existentes vinculados aos dados pessoais da autora referente a planos pós-pagos;
5 - Seja julgado procedente o pedido autoral para condenar a empresa ré a compensar a autora
pelos danos morais sofridos no montante de R$ 12.440,00
3
IV - PROVAS
Nestes termos,
P. Deferimento.
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