Terapias Coletivas
Terapias Coletivas
Terapias Coletivas
FICHA CATALOGRÁFICA
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
AUTOR
• Graduação em Enfermagem;
• Pós Graduado em Enfermagem Cardiologia;
• Pós Graduado em acupuntura e técnicas complementares.
Formado em Enfermagem pela UniCesumar, Pós graduado em Enfermagem em
cardiologia pela Uningá. Pós graduado em acupuntura e técnicas complementares pela
UniCesumar.
Com projetos de extensão intitulados Identificação e Acompanhamento da Ocor-
rência de Pediculose e Escabiose em Crianças de Creches e Escolas da Periferia de
Mandaguari-PR e Acompanhamento de pessoas com câncer e suas famílias. Realização
de estudos na área de saúde coletiva e enfermagem psiquiátrica: conhecendo o Apoio
social as famílias preservadas do uso de drogas em uma comunidade vulnerável; razões
para o não uso de drogas em famílias que convivem com elevada circulação de drogas; O
Desvelar do Cuidado Paliativo na Dinâmica da família: um relato de experiência. Autor dos
livros “Fundamentos das práticas integrativas e complementares” e “Acupuntura e Auriculo-
terapia” pela Universidade Unifatecie.
3
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Na unidade I, iremos conhecer o Poder das Plantas para sua Saúde! Neste texto
apresentativo, vamos explorar os benefícios e as maravilhas dessa prática ancestral, onde
as plantas são as protagonistas no cuidado com a saúde. Prepare-se para descobrir o
incrível poder das ervas medicinais e como elas podem transformar sua vida.
Vamos mergulhar nos sabores revitalizantes dos chás, infusões e sucos naturais,
entendendo como essas bebidas podem nutrir nosso corpo, fornecer antioxidantes e auxiliar
na desintoxicação. Além disso, vamos desvendar os segredos da água, compreendendo
sua importância vital e como utilizá-la como base para as preparações fitoterápicas.
A Fitoterapia é muito mais do que apenas tomar chás. É um campo do conhecimen-
to que busca compreender as propriedades terapêuticas das plantas e como utilizá-las de
forma segura e eficaz. Vamos explorar os diferentes métodos de preparo, como infusões,
decocções e tinturas, assim como a dosagem correta para cada planta e condição de saúde.
Um dos grandes atrativos da Fitoterapia é seu papel no tratamento de doenças
crônicas não transmissíveis, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Ex-
ploraremos o uso das plantas medicinais como coadjuvantes no controle dessas condições,
mostrando como a natureza oferece recursos valiosos para uma vida saudável e equilibrada.
Na unidade II, apresento a vocês a Naturopatia, um sistema de medicina holística
que coloca a natureza e seus poderes curativos no centro do cuidado com a saúde. Pre-
parem-se para mergulhar em um universo de tratamentos naturais, hábitos saudáveis e
harmonia com o corpo e a mente.
A Naturopatia é uma abordagem de cuidados de saúde que valoriza a capacidade
intrínseca do corpo de se curar. Seu princípio fundamental é tratar a pessoa como um todo,
em vez de focar apenas nos sintomas. Através de uma combinação de terapias naturais,
como nutrição terapêutica, fitoterapia, acupuntura, terapia física e mental, entre outras, a
Naturopatia busca estimular a capacidade de autocura do organismo.
Além disso, a Naturopatia busca integrar o melhor dos dois mundos: a sabedoria
milenar dos métodos naturais e o avanço da ciência moderna. Os naturopatas baseiam
suas práticas em evidências científicas sólidas, combinando o conhecimento tradicional
com pesquisas atualizadas para fornecer tratamentos seguros e eficazes.
4
Na Unidade III, iremos conhecer sobre a homeopatia que é um sistema de medicina
alternativa que tem sido utilizado há mais de 200 anos. Fundada pelo médico alemão Sa-
muel Hahnemann, a homeopatia é baseada no princípio da “semelhança”: uma substância
que causa sintomas em uma pessoa saudável pode ser usada em doses muito diluídas
para tratar sintomas semelhantes em uma pessoa doente.
Na homeopatia, os medicamentos são preparados através de um processo de diluição
e agitação repetida, conhecido como “dinamização”. Acredita-se que essa dinamização libere
a energia curativa das substâncias, tornando-as mais potentes. Além disso, a homeopatia con-
sidera a individualidade do paciente, levando em conta não apenas os sintomas físicos, mas
também os aspectos emocionais e mentais, para prescrever um tratamento personalizado.
Apesar de sua popularidade, a homeopatia tem sido objeto de debates e controvér-
sias científicas. Muitos estudos clínicos têm mostrado resultados inconclusivos ou efeitos
placebo, o que levanta dúvidas sobre a eficácia da prática. No entanto, defensores da
homeopatia argumentam que sua abordagem holística e suave a torna uma opção segura
e benéfica, especialmente para condições crônicas ou problemas de saúde emocional.
Como em qualquer forma de tratamento, é importante consultar um profissional de saúde
qualificado antes de iniciar qualquer terapia homeopática.
Prezados alunos, chegou o momento de embarcarmos na Unidade #4 do nosso
curso, e tenho certeza de que vocês ficarão ainda mais empolgados com os temas que ex-
ploraremos desta vez. Preparem-se para mergulhar fundo no fascinante mundo da Terapia
Quântica e suas ramificações vibracionais.
5
bem-estar. Vocês conhecerão métodos, dispositivos e práticas terapêuticas que utilizam as
frequências e energias específicas para promover a harmonização e o alívio de sintomas.
Em seguida, vamos explorar o conceito de transmutação da consciência. Vocês
aprenderão sobre a capacidade de elevar nosso estado de consciência, expandindo nossa
percepção e compreensão sobre nós mesmos, o universo e a interconexão entre tudo
o que existe. Através de práticas terapêuticas quânticas, como meditação, visualização
criativa e reconexão com a natureza, buscaremos promover uma transformação profunda
em nossa consciência, trazendo clareza mental, cura de padrões negativos e abertura para
um estado de harmonia e paz interior.
E, por fim, vamos explorar as demais terapias vibracionais que complementam a
Terapia Quântica. Vocês terão a oportunidade de conhecer outras abordagens terapêuticas
que também consideram a influência das energias sutis e vibracionais em nossa saúde e
bem-estar. Aromaterapia, acupuntura, cromoterapia, musicoterapia e terapia com cristais
são apenas algumas das terapias que exploraremos, entendendo como cada uma delas
utiliza métodos e instrumentos específicos para estimular a harmonização e o equilíbrio do
nosso campo energético.
Preparados para essa imersão em um mundo vibrante de conhecimento? Tenho
certeza de que essa unidade será repleta de descobertas fascinantes e práticas terapêuti-
cas que ampliarão sua visão de mundo e cuidado com a saúde.
Então, vamos lá! Sigam entusiasmados e curiosos, pois uma jornada transforma-
dora os aguarda.
6
SUMÁRIO
UNIDADE 1
Fitoterapia
UNIDADE 2
Naturopatia
UNIDADE 3
Homeopatia
UNIDADE 4
Terapia Quântica
7
1
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
UNIDADE
FITOTERAPIA
Plano de Estudos
• Bebida saudável, conceito da água;
• Compreendendo a Fitoterapia;
• Fitoterapia no SUS;
• Uso de fitoterapia em doenças crônicas não transmissíveis.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a água e seus tipos.
• Compreender a trajetória da fitoterapia.
• Instruir sobre o uso da fitoterapia e a legislação da prática no SUS.
• Estabelecer um conhecimento do tratamento complementar em
doenças crônicas não transmissíveis.
INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo (a)!
Prezado (a) aluno (a), fico muito feliz de ter você aqui cursando esta disciplina tão
importante para a sua formação profissional. Serei seu guia dentro dos conhecimentos
nesta jornada.
Iniciaremos pelo tema da unidade 1, sobre as bebidas saudáveis e o conceito da
água. A busca por hábitos saudáveis tem se tornado cada vez mais presente na rotina das
pessoas, e as bebidas que consumimos diariamente têm um papel fundamental nessa busca.
Bebidas saudáveis são aquelas que possuem nutrientes benéficos à saúde, como vitaminas,
minerais e compostos bioativos. Além disso, o consumo adequado de água é essencial para
o bom funcionamento do organismo e para prevenir doenças. O conceito da água como uma
bebida saudável está relacionado ao seu papel na hidratação e em processos fisiológicos
importantes, como a regulação da temperatura corporal e a eliminação de toxinas.
Partiremos para o próximo tópico, ao qual diz respeito sobre a fitoterapia. A fitote-
rapia é uma prática de saúde que utiliza plantas medicinais e seus derivados para prevenir
e tratar doenças. Essa prática tem origem milenar e está presente em diversas culturas ao
redor do mundo. O uso de plantas medicinais possui um grande potencial terapêutico, pois
muitas dessas plantas possuem compostos bioativos que podem atuar de forma sinérgica
e oferecer benefícios à saúde. No entanto, é importante ressaltar que o uso de plantas
medicinais deve ser feito com cautela e orientação de profissionais de saúde capacitados,
pois alguns compostos presentes nas plantas podem apresentar riscos à saúde.
Com essa teoria já definida, iniciamos o conhecimento sobre a função do sus neste
contexto, sendo assim no tópico 3 a Fitoterapia no SUS. A Fitoterapia tem se consolida-
do como uma prática integrativa e complementar de saúde no Sistema Único de Saúde
(SUS) do Brasil, oferecendo uma alternativa de baixo custo e acessível aos tratamentos
convencionais e preservando a cultura e o conhecimento tradicional relacionado às plantas
medicinais. O SUS reconhece a importância da fitoterapia como uma alternativa terapêutica
segura e eficaz, promovendo a utilização de plantas medicinais no tratamento de diversas
patologias, desde que sejam prescritas por profissionais de saúde capacitados e utilizadas
de forma correta e segura.
Para finalizar, no tópico 4 iremos ver o uso dos fitoterápicos em ação, estudando
assim o uso de fitoterapia em doenças crônicas não transmissíveis.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 9
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) têm se tornado um grave pro-
blema de saúde pública em todo o mundo, e a fitoterapia tem se mostrado uma alternativa
promissora no tratamento dessas patologias. As DCNTs, como a diabetes, hipertensão
arterial e obesidade, estão relacionadas a hábitos de vida não saudáveis, como sedenta-
rismo, alimentação inadequada e estresse. A fitoterapia pode ajudar no tratamento dessas
patologias, seja através do uso de plantas medicinais com propriedades hipoglicemiantes,
hipotensoras e anti-inflamatórias, ou através da promoção de hábitos de vida saudáveis e
prevenção de doenças. No entanto, é importante ressaltar que o uso de plantas medicinais
no tratamento de DCNTs deve ser feito com cautela e orientação de profissionais de saúde
capacitados, pois alguns compostos presentes nas plantas podem interferir no tratamento
convencional e apresentar riscos à saúde.
Bons estudos.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 10
1
TÓPICO
BEBIDA SAUDÁVEL,
CONCEITO DA
ÁGUA
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 11
corpo por dentro e por fora. Em contrapartida, a água também pode ser um veículo para
introdução de toxinas.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 12
• Não contém microorganismos, vírus, bactérias ou parasitas, pois passou por
fervura.
• Não contém metais pesados ou substâncias químicas, pois essas substâncias
ficam depositadas no recipiente de fervura. Caso sejam voláteis, ficam presas no
filtro de carvão incorporado aos aparelhos de destilação.
• Se analisarmos com mais cuidado, é visto que a água destilada não contém
nenhum tipo de mineral, bem como cálcio e potássio, dessa forma, sendo então
classificada como isenta de toxinas.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 13
2
TÓPICO
COMPREENDENDO
A FITOTERAPIA
Para compreender melhor sobre a fitoterapia, é importante mencionar que muitas plan-
tas têm um grau importante de riqueza em nutrientes e acompanhadas por bioativos de efeitos
terapêuticos. Sendo assim, a fitoterapia está vinculada ao estudo desses itens e das suas
ações nos tratamentos de saúde e no beneficiamento do corpo humano (CARVALHO, 2019).
Seguindo a linha de raciocínio anteriormente, o autor reflete que as plantas produ-
zem naturalmente substâncias para o seu próprio desenvolvimento. Tanto para o cresci-
mento, sua reprodução, quanto para a defesa de adversidades ambientais.
Quando os benefícios relacionados a essas substâncias são evidenciadas, elas
podem ser utilizadas em medicamentos fitoterápicos, manipulados ou industrializados.
Ainda há opções com a planta in natura, como os chás (ANDREATINI, 2000).
É importante ressaltar que os compostos bioativos das plantas passam por um
processo de ensaios, análises e acompanhamento das instituições públicas de saúde para
garantir o uso adequado e seguro.
A história do uso de plantas medicinais mostra que essa prática já faz parte da
evolução humana, sendo considerado como os primeiros recursos terapêuticos utilizados
pela civilização. As antigas civilizações têm suas próprias referências históricas acerca
das plantas medicinais e, muito antes de aparecer qualquer forma de escrita, o homem já
utilizava as plantas tanto como alimento e outras como remédio (DORTA, 1998).
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 14
divina, pois seu uso fazia parte de rituais religiosos, em que lhes eram atribuídos poderes
de colocar os homens em contato direto com os deuses. Concluindo ainda que em uma
linha do tempo relacionada a referências históricas sobre plantas medicinais, podemos
verificar que existem relatos de seu uso em praticamente todas as antigas civilizações.
Sendo a primeira referência escrita sobre o uso de plantas como remédios, é encontrada na
obra chinesa Pen Ts’ao (“A Grande Fitoterapia”), de Shen Nung, que remonta a 2800 a.C.
No Egito antigo, têm-se relatos de papiros que mostram que, desde 2000 a.C., um
grande número de médicos utilizavam as plantas como remédio e consideravam a doença
como resultado de causas naturais e não como consequência dos poderes de espíritos
maléficos. No Papiro Ebers, que data de cerca de 1500 a.C., foram mencionadas cerca de
700 drogas diferentes, incluindo extratos de plantas, metais pesados, ao qual hoje sabemos
de seus perigos, como chumbo e cobre, e venenos de animais de várias procedências.
Neste mesmo papiro, mencionam-se ainda fórmulas específicas para doenças conhecidas
e, dentre as espécies que aparecem na lista, estão incluídas algumas utilizadas por fitote-
rapeutas até hoje (DA SILVA, 2016).
Outros estudos mostram que, desde 2300 a.C., os povos egípcios, assírios e he-
breus já cultivavam diversas ervas e traziam de suas conquistas territoriais tantas outras,
e com estas plantas criavam conhecimento de classes de medicamentos. Já na antiga
Grécia, as plantas e o seu valor terapêutico ou tóxico eram muito conhecidos por Hipó-
crates (460-377 a.C.), na época denominado o “Pai da Medicina”, ao qual reuniu em sua
obra “Corpus Hipocratium” uma ampla explicação dos conhecimentos médicos de seu
tempo, ciente de qual fitoterápico indicado para cada enfermidade obtendo um tratamento
adequado (MARTINS, 2000).
Ao direcionarmos para o Ocidente, registros apontam que a utilização da fitoterapia
é mais recente, sendo suas primeiras prescrições datadas do século V a.C. Porém no
começo da Era Cristã, podemos ver que o grego Dioscórides, em sua obra “De Matéria
Medica”, catalogou e ilustrou cerca de 600 tipos diferentes de plantas usadas para objetivo
terapêutico, onde descrevendo o mecanismo terapêutico de muitas delas (LORENZI, 2002).
Em um âmbito mais religioso, ao analisarmos na Bíblia, tanto no Antigo como no
Novo Testamento, é possível observar que há muitas referências que apontam plantas
curativas ou seus derivados, como, por exemplo, o aloés, o benjoim, a mirra, entre outros
(MARTINS, 2000). O autor completa mencionando que na Idade Média, os eventos históricos
que surgiram na Europa, como a ascensão e queda do Império Romano e o fortalecimento
da Igreja Católica, tinham uma enorme influência sobre todo o conhecimento existente
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 15
na época. Com tanto poder, a consequência desta influência, a medicina, o estudo e as
informações sobre as plantas medicinais se mantiveram isolados por um longo período.
Por uma questão de esquecimento no tempo, muitos estudantes importantes da
medicina natural foram deixados de lado, porém, com o auxílio das obras de Dioscórides,
Columela, Galeno e Plínio se tornaram consulta obrigatória para a época. Martins (2000)
segue afirmando que a arte de curar recebeu poderoso impulso dos alquimistas e, dentre
eles, destaca-se Paracelso, sendo quem lançou as bases da medicina natural, e ainda
foi um dos principais responsáveis pelo avanço da terapêutica. Dando continuidade no
estudo, foi a partir do século XIX que a técnica da fitoterapia teve maior avanço, devido ao
progresso científico na área da química, permitindo então analisar, e separar os princípios
ativos das plantas.
No Brasil não foi tão diferente assim, é possível perceber a presença do tratamento
fitoterápico no tratamento de doenças até os dias atuais, por influências da cultura africana,
indígena e europeia (CARVALHO, 2008).
A contribuição dos escravos africanos, com a tradição do uso de plantas medicinais,
em nosso país, se deu por meio das plantas que trouxeram consigo, que eram utilizadas em
rituais religiosos e também por suas propriedades farmacológicas. Carvalho (2008) explica
que os povos originários que viviam em nosso território, utilizavam grandes quantidades
de plantas medicinais e, por intermédio dos pajés, este conhecimento das ervas locais. Os
europeus ao qual vieram para o Brasil, se depararam com estes conhecimentos, passaram
a sentir a necessidade de viver do que a natureza lhes oferecia, e também pelo contato com
os povos originários que passaram a auxiliá-los.
Moraes (2020) relata que a partir deste conhecimento, até o século XX, no Brasil
se fazia grande uso das plantas medicinais para a cura de inúmeras patologias, sendo
esta prática uma tradição que foi sendo realizada ao longo dos tempos. No entanto, com
o aumento da industrialização, da urbanização e o catastrófico avanço da tecnologia em
função da elaboração de fármacos sintéticos.
A crença popular de que a utilização de plantas para tratar doenças obtinha resul-
tados satisfatórios, aos poucos foi sendo alterada pela crença de que o uso dos remédios
industrializados, atraíam as pessoas com a esperança de cura rápida e total. Atualmente
este panorama começa a ser modificado. Mesmo que as drogas sintéticas ainda represen-
tem a maioria dos medicamentos utilizados pela população, os fitoterápicos também têm
conseguido espaço cada vez maior na farmácia caseira (ÂNGELO, 2014).
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 16
3
TÓPICO
FITOTERAPIA
NO SUS
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 17
O Brasil tem um grande benefício quando analisado a sua dimensão, que é a sua
biodiversidade. Ao qual se detém um valioso conhecimento tradicional associado ao uso
de plantas medicinais, facilitando um grandioso banco de informações perante sua intensa
variedade de espécies vegetais, que faz com que as pesquisas e o próprio desenvolvimento
de medicamentos fitoterápicos possam ocorrer com destaque no amplo cenário científico
mundial (YUNES, 2001).
Franca (2008) reforça a citação anterior, dizendo que as plantas medicinais vêm
recebendo atenção especial ao passar dos anos, principalmente pelas diferentes respos-
tas em tratamentos e significados que assumem como um recurso biológico e cultural. Já
Veiga (2008) destaca o seu potencial genético da medicina alternativa de onde vem sendo
utilizado para desenvolvimento de novos medicamentos, sendo, portanto, uma alternativa
na assistência à saúde de muitas comunidades.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 18
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Outro marco importante foi a publicação da Relação
Nacional de Plantas Medicinais de Interesse para o SUS (RENISUS) (SIQUEIRA, 2018).
Quando analisamos a Portaria No 971 de 03 de maio de 2006, pode-se perceber
que essa portaria aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares,
segue o disposto no inciso II do Art. 198 da Constituição Federal, dispõe-se sobre a inte-
gralidade da atenção e ao Art. 3.º da Lei 8.080/90 aonde diz respeito às ações destinadas
a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social, como
fatores determinantes e condicionantes da saúde e ainda ao preconizado pela OMS com
relação ao estímulo ao uso da medicina tradicional (BRASIL, 2006).
Agora, ao nos aprofundarmos na questão desta portaria, temos a oportunidade de
aprender que em seu anexo esta portaria apresenta o histórico nacional relacionado com a
sua construção, conceitos acerca da medicina tradicional, inclusive o de plantas medicinais
e Fitoterapia, bem como seus objetivos e diretrizes (BRASIL, 2006).
Esta política obteve a sua aprovação por meio do Decreto n.° 5.813 de 22 de junho
de 2006. A importância dessa política tem como base suas diretrizes ao qual as ações são
voltadas na garantia do acesso seguro e uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos
em nosso país (BRASIL, 2006).
O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos estabelece ações, par-
cerias em torno dos objetivos comuns dela, que são voltados à garantia do aceso totalmente
seguro, e obviamente seu uso racional das plantas medicinais e fitoterápicos, assim como ao
fortalecimento da produção, ao uso sustentável da biodiversidade brasileira (BRASIL, 2008).
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 19
químicos, cerca de 25% dos pacientes diagnosticados como diabéticos correriam o risco de
agravar a sua doença por falta de insumo (MACEDO, 2016).
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 20
4
TÓPICO
USO DA FITOTERAPIA NO
TRATAMENTO DE DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 21
estudos revelam um rápido avanço de seus campos frente a sua evolução, verificando
várias substâncias ativas que puderam ser conhecidas e incorporadas na terapêutica. Ma-
cedo (2019), fixa sua explicação em que tal evolução perdura até hoje como medicamentos.
As circunstâncias climáticas muito variadas contribuem para que a flora brasileira
tenha inúmeras espécies vegetais, consideradas importantes matérias-primas, outras já
levadas para o lado da culinária (PEREIRA, 2012).
Da mesma forma, é reconhecido que uma alimentação rica em nutrientes essenciais
e acrescentada de compostos nutracêuticos, associado com um estilo de vida saudável,
desempenha uma ação preponderante na prevenção e/ou até a cura de doenças crônicas
não transmissíveis como: diabetes mellitus, doenças cardiovasculares (LIMA, 2012).
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 22
4.2 Uso da fitoterapia no tratamento da obesidade
A obesidade ao decorrer dos anos vem se tornando um enorme desafio da saúde públi-
ca, em vista de uma elevada porcentagem de mortalidade e os riscos favoráveis para diabetes
mellitus, hipertensão e disfunção cardíaca. Estima-se que para 2025 será de 2,5 bilhões de
cidadãos com sobrepeso, podendo chegar a 700 milhões de obesos. (MACEDO, 2019).
Pittler (2005), explica que os tratamentos complementares e alternativos para a
perda de peso incluem plantas medicinais e outras práticas de terapia alternativa, como por
exemplo: acupuntura, homeopatia e terapia do sono.
Existem alguns medicamentos que são utilizados para o tratamento da obesidade;
no entanto, nem sempre são benéficas.
BAHMANI (2016), afirma sobre a existência de plantas medicinais, para o trata-
mento e Sativus do açafrão,
• Nigella sativa, laminaria algas,
• chá-verde,
• Xanthigen,
• Oolong chá,
• Irvingia gabonensis,
• buckthorn mar,
• e mirtilos,gestão da obesidade. Ao qual foram vistas as ervas:
• Camellia sinensis,
Bahmani (2016), segue explicando que todas essas ervas vêm mostrando resulta-
dos positivos no tratamento anterior. Porém entre elas, especialmente estão:
• Nigella sativa,
• Camellia sinensis,
• Chá-verde.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 23
O mecanismo de ação da maioria das plantas de emagrecimento à base de plantas
ainda é desconhecido. No entanto, diminuição da diferenciação e proliferação de pré-adipóci-
tos, aumento do gasto de energia, diminuição da absorção de lipídios, diminuição da ingestão
de energia ou aumento da lipólise e diminuição da adipogênese foram indicados para estes.
A redução da ingestão de energia é causada pelo chá-verde e chá oolong agindo
na lípase pancreática. Os polifenóis derivados do extrato de chá incluem galato, epigalo-
catequina-3-galato, epicatequina-L e epicatequina-3-galato. Revela atividade inibitória da
lipase pancreática, resultando em redução de peso (YUN, 2010).
O autor continua explicando que as plantas Nigella sativa, Camellia sinensis e chá
oolong têm sido estudadas por seus potenciais efeitos na perda de peso e no tratamento da
obesidade. Esses estudos mostraram que essas plantas têm um efeito significativo na redu-
ção dos níveis de açúcar no sangue em jejum, colesterol de lipoproteína de baixa densidade
e triglicerídeos, que são fatores de risco para doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
Já Basu (2011), acredita que essas plantas possuem propriedades anti-hiperli-
pidêmicas que ajudam a prevenir o acúmulo excessivo de lipídios no organismo. Alguns
compostos presentes nessas plantas, como o epigallocatechin 3-galato encontrado no
chá-verde, podem aumentar a taxa metabólica e o metabolismo da gordura corporal, o que
pode ajudar na perda de peso.
Além disso, estudos sugerem que a Nigella sativa e o chá-verde têm efeitos bené-
ficos na oxidação celular e na diminuição da peroxidação lipídica no plasma ou no fígado.
Esses mecanismos parecem estar relacionados com o efeito antiobesidade dessas plantas,
já que a peroxidação lipídica pode levar a inflamação e danos nas células, levando a um
aumento de peso e outros problemas de saúde.
Basu (2011), reforça que o chá verde, em particular, é conhecido por ser uma planta
antioxidante superior e tem mostrado boa atividade antiobesidade em estudos clínicos. No en-
tanto, mais pesquisas são necessárias para determinar a eficácia e segurança dessas plantas
como tratamentos para a obesidade e outras doenças relacionadas à gordura corporal.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 24
“Após a aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e da Política Nacional de
Plantas Medicinais e Fitoterápicos em 2006, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Pau-
lo iniciou o curso “Plantas Medicinais” que posteriormente foi ampliado para o curso de “Plantas Medicinais
e Fitoterapia”, com o propósito de capacitar profissionais de saúde. Este estudo teve como objetivo avaliar o
impacto das edições de 2014 e 2015 do curso “Plantas Medicinais e Fitoterapia” nas práticas profissionais.”
Fonte: HARAGUCHI, L. M. M et al. Impacto da capacitação de profissionais da rede pública de saúde de São
Paulo na prática da fitoterapia. Revista brasileira de educação médica, v. 44, 2020.
É mais fácil sermos criticados por quem não tem coragem de concluir seu sonho, do que quem já chegou
no seu destino. Não desista, você está apenas começando.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 25
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A fitoterapia tem se consolidado como uma prática integrativa e complementar de
saúde no Brasil, oferecendo uma alternativa de baixo custo e acessível aos tratamentos
convencionais e preservando a cultura e o conhecimento tradicional relacionado às plantas
medicinais. No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados para que a fitoterapia
seja plenamente integrada à prática clínica e ao sistema de saúde brasileiro.
Um dos principais desafios é a falta de regulamentação e padronização dos produtos
fitoterápicos, o que pode levar a variações na qualidade e eficácia dos tratamentos. Além
disso, há a necessidade de investimentos em pesquisas científicas para avaliar a segurança
e eficácia dos tratamentos fitoterápicos, além de promover a capacitação dos profissionais
de saúde e a educação da população sobre o uso correto e seguro das plantas medicinais.
Outro desafio é a promoção da sustentabilidade e conservação da biodiversidade,
levando em consideração a importância das plantas medicinais para a saúde humana e
para o meio ambiente.
Para superar esses desafios, é preciso um esforço conjunto de profissionais de
saúde, pesquisadores, gestores públicos e da sociedade civil para promover o desenvolvi-
mento da fitoterapia no Brasil e garantir o acesso de qualidade e seguro aos tratamentos
fitoterápicos.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 26
LEITURA COMPLEMENTAR
Medicamentos fitoterápicos: prevalência, vantagens e desvantagens de uso
na prática clínica e perfil e avaliação dos usuários
Fonte: ESTEVES, C. O.; et al. Medicamentos fitoterápicos: prevalência, vantagens e desvantagens de uso na prática
clínica e perfil e avaliação dos usuários. Revista De Medicina, 99(5), 463-472, 2020. Disponível em: https://doi.
org/10.11606/issn.1679-9836.v99i5p463-472 Acesso em: 10 jun. 2023.
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 27
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Manual de Prescrição de fitoterápicos pelo nutricionista.
• Autor: Juliana da Silveira Gonçalves
• Editora: Atheneu
• Sinopse: O Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo Nutricio-
nista constitui um trabalho essencial para todos que buscam otimi-
zar seu atendimento nutricional com a prescrição de fitoterápicos e
plantas medicinais. É um verdadeiro manual de apoio para o dia a
dia da atividade profissional. Na atualidade, já é possível conhecer
o mecanismo de ação, a relação dose versus resposta, bem como
as indicações e os benefícios do uso de plantas medicinais. Seus
capítulos abrangem desde a introdução, conceitos, legislação
e bases farmacêuticas até a prescrição de fitoterápicos. Estão
agrupados em: Fitoterapia Aplicada à Nutrição; Fitoterapia nos
Sistemas Corporais; Tópicos Especiais em Fitoterapia e Anexos,
que apresentam informações resumidas sobre as plantas, além
de suas legislações. Manual de Prescrição de Fitoterápicos pelo
Nutricionista abrange um grande número de plantas medicinais e
compostos bioativos que podem ser aplicados de acordo com as
mais variadas necessidades individuais. Para tal, a autora utilizou a
criativa didática, alinhando os assuntos de acordo com perguntas:
“por que usar?” e/ou “para quem e qual a dosagem a ser prescri-
ta?”. O livro apresenta 25 capítulos, 8 anexos, em um total de 478
páginas. Uma obra completa sobre o tema para o seu público, que
abrange desde nutricionistas a diferentes profissionais da área da
saúde que atuam com prescrição de fitoterápicos.
FILME/VÍDEO
• Título: O Físico
• Ano: 2013
• Sinopse: Filme baseado no romance de Noah Gordon e que
narra a história de Rob J. Cole, o jovem aprendiz que decide
embarcar na maior aventura de sua vida e parte para a exóti-
ca Pérsia, onde pretende encontrar e estudar com o lendário
médico, cientista e filósofo Ibn Sina. Demonstrações sobre ampu-
tações relâmpago, extrações dentárias, curandeirismo, apendicite,
peste-negra e catarata, retratando todo o exercício de busca de
aprendizado que coloca o médico na busca e na investigação
para alcançar respostas. No elenco: Tom Payne, Ben Kingsley e
Stellan Skarsgåard, sob a direção de Philipp Stölzl
UNIDADE 1 FITOTERAPIA 28
2
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
UNIDADE
NATUROPATIA
Plano de Estudos
• Naturopatia - o tratamento de limpeza do corpo;
• Tratamento natural contra doenças;
• Tratamentos com naturopatia;
• Farmácia natural.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar sobre o conhecimento da naturopatia;
• Compreender os tipos de tratamentos de forma natural para
controle patológico;
• Estabelecer a importância da visão do terapeuta naturopata;
• Estudar as formas de cuidado para obter uma farmácia natural.
INTRODUÇÃO
Bem-vindo ao mundo fascinante da naturopatia, um sistema de medicina com-
plementar que busca a cura e o equilíbrio através de abordagens naturais e holísticas. A
naturopatia tem conquistado cada vez mais adeptos ao redor do mundo, oferecendo um
caminho alternativo para cuidar da saúde, promover a cura e prevenir doenças. Neste texto,
exploraremos os principais tópicos relacionados à naturopatia, desde o tratamento de lim-
peza do corpo até a farmácia natural. Vamos embarcar nessa jornada rumo ao bem-estar!
A naturopatia acredita que a saúde do corpo está intimamente ligada ao equilí-
brio interno e à capacidade de desintoxicação. Nesse sentido, o primeiro tópico aborda a
importância do tratamento de limpeza do corpo na naturopatia. Através de técnicas como
alimentação saudável, jejum intermitente, hidroterapia e fitoterapia, busca-se eliminar toxi-
nas acumuladas no organismo, restabelecendo a harmonia e a vitalidade. Esse processo
de limpeza promove a desobstrução dos órgãos, fortalece o sistema imunológico e melhora
a digestão, proporcionando uma base sólida para a saúde geral.
Um dos principais pilares da naturopatia é tratar as doenças de forma natural, esti-
mulando a capacidade intrínseca de autocura do corpo. Ao contrário dos tratamentos con-
vencionais, que muitas vezes focam apenas nos sintomas, a naturopatia busca identificar e
tratar as causas subjacentes das doenças. Através de métodos como nutrição terapêutica,
terapias de ervas medicinais, acupuntura, homeopatia e técnicas de relaxamento, a natu-
ropatia oferece um leque de opções para combater uma ampla variedade de condições de
saúde, desde problemas digestivos e alergias até distúrbios do sono e doenças crônicas.
Os tratamentos com naturopatia são personalizados e levam em consideração a
individualidade de cada pessoa. Os naturopatas utilizam uma abordagem abrangente, con-
siderando não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais, mentais
e espirituais. Isso significa que o tratamento vai além do alívio dos sintomas imediatos,
buscando restabelecer o equilíbrio global do indivíduo. Consultas detalhadas e exames
complementares são utilizados para avaliar o estado de saúde do paciente, permitindo que
o naturopata desenvolva um plano terapêutico personalizado, que pode incluir mudanças
na dieta, suplementos naturais, exercícios, terapias manuais e técnicas de relaxamento.
Uma das características distintivas da naturopatia é a utilização de uma “farmácia
natural”. Em vez de depender exclusivamente de medicamentos sintéticos, a naturopa-
tia faz uso de substâncias naturais, como ervas medicinais, óleos essenciais, vitaminas
UNIDADE 2 NATUROPATIA 30
e minerais, para promover a saúde e tratar doenças. Esses recursos naturais possuem
propriedades terapêuticas comprovadas, e são prescritos de acordo com as necessidades
individuais de cada paciente. A farmácia natural oferece uma alternativa segura e eficaz aos
tratamentos convencionais, reduzindo os efeitos colaterais e estimulando a harmonia entre
o corpo e a natureza.
Desta forma meus queridos alunos. A naturopatia oferece uma abordagem holística
e natural para a saúde e o bem-estar. Com o tratamento de limpeza do corpo, o combate às
doenças de forma natural, os tratamentos personalizados e a utilização da farmácia natural,
a naturopatia apresenta-se como uma alternativa complementar valiosa aos cuidados de
saúde convencionais. Se você está em busca de uma abordagem mais natural e integrativa
para sua saúde, a naturopatia pode ser a resposta que procura. Experimente essa jornada
de cura e descubra o poder da natureza em favor do seu bem-estar!
Bons estudos.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 31
1
TÓPICO
NATUROPATIA - O
TRATAMENTO DE
LIMPEZA DO CORPO
Kestler (2006), relata que o pesquisador e filósofo alemão Johann Wolfgang von
Gorethe havia mencionado que: A natureza é o único livro que oferece um conteúdo valioso
em todas as suas folhas. Justa (2022), segue a linha de raciocínio da citação anterior, fri-
sando que somente nas últimas décadas, alguns estudos científicos passaram a comprovar
o que essas mentes brilhantes e nossas avós já professavam há tempos: coisas simples,
como andar descalço na terra, respirar ar puro, tomar sol de manhã cedo, banhar-se em
águas minerais e ter uma alimentação rica em ingredientes frescos, podem sim prevenir
doenças, evitar transtornos psíquicos e ajudar o paciente a restabelecer a saúde caso
Boutenko (2016), diz que o segredo está em uma palavra: “desintoxicação”. Acre-
dita-se que vai muito além de suco detox. Para tanto, naturólogos e naturopatas defendem
a ação de um estilo de vida mais natural e propõem uma abordagem mais holística, a qual
profissionais lançam mão para diagnosticar, prevenir e tratar qualquer tipo de desequilíbrio.
ayurveda e meditação, até técnicas vistas com certa cautela pelo meio médico, como a
terapia com cristais e o prognóstico por meio da análise da íris (TELESI, 2016).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 32
1.1 História da Naturopatia
UNIDADE 2 NATUROPATIA 33
primeiro curso de bacharelado em naturopatia na Universidade do Sul de Santa Catarina,
em Florianópolis, teve como objetivo fornecer uma base sólida e aprimorar o estudo e o uso
de tratamentos naturais. Até então, esses tratamentos eram praticados de forma dispersa,
apesar do crescente interesse por essas práticas (STERN, 2014).
Com o passar do tempo, a naturopatia tem sido cada vez mais aceita e difundida no
Brasil. A Universidade Anhembi Morumbi foi pioneira ao lançar o primeiro curso de naturopatia
no estado de São Paulo e o segundo em todo o país. Além disso, duas entidades foram criadas
para apoiar os profissionais da área: a Associação Brasileira de Naturologia (Abrana), estabe-
lecida em 2004, e a Associação Paulista de Naturologia (Apanat), fundada em 2007. Estima-se
que atualmente existam cerca de 2 mil naturopatas formados no país (HELLMANN, 2014).
Barbosa (2022), relata que a partir de 2007, a naturopatia começou a ser ofereci-
da aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) como uma abordagem preventiva e
complementar aos tratamentos convencionais. O objetivo é identificar predisposições antes
do surgimento de doenças agudas e, quando possível, tratar os pacientes com terapias
alternativas e mudanças no estilo de vida.
A naturopatia também abrange várias Práticas Integrativas e Complementares (PICs),
tais como meditação, ioga e acupuntura. Essas terapias já estão sendo oferecidas pelo SUS,
ampliando ainda mais o acesso da população a essas práticas (MEDEIROS, 2017).
Catarucci (2013), explica que um dos princípios fundamentais da naturopatia é re-
conhecer a capacidade inata de autocura do ser humano. Seguindo essa linha de raciocínio,
Rodrigues (2020) informa que os naturopatas estudam o corpo, a mente e o histórico de vida
do paciente para identificar as causas do sofrimento por meio de uma visão holística, que difere
significativamente da abordagem convencional da medicina, que se concentra principalmente
nas doenças e seus sintomas. Em seguida, eles empregam técnicas como nutrição, mudanças
comportamentais e uma ampla variedade de Práticas Integrativas e Complementares (PICs).
Lopes (2020), expõe que dentre as opções terapêuticas disponíveis, a alimentação
desempenha um papel fundamental no processo de desintoxicação do corpo, agindo de dentro
para fora. O processo de desintoxicação, conhecido como “detox”, visa potencializar a função
do fígado, rins e intestino, órgãos responsáveis pela metabolização e eliminação de toxinas.
Para isso, Lopes (2020), frisa com excelência a importância que as refeições sejam
compostas principalmente por cereais, frutas e verduras frescas, livres de agrotóxicos. Por
outro lado, é recomendado evitar produtos com corantes, conservantes e outros aditivos
químicos, como alimentos não orgânicos, industrializados ou processados.
Já Coelho (2019), aponta que o estresse e a poluição também contribuem para
o acúmulo de toxinas no corpo. Para eliminar essas substâncias, são utilizadas técnicas
como massagem, hidroterapia, fitoterápicos, meditação, ioga e uma dieta que restaura o
equilíbrio natural do organismo.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 34
1.3 Diagnóstico e Indicações
Rodrigues (2020), aponta que a naturopatia é recomendada para uma ampla varie-
dade de problemas de saúde, sejam eles físicos, emocionais ou mentais, pois considera o pa-
ciente como um todo, não apenas focando na doença ou em seus sintomas. Essa abordagem
tem um caráter preventivo especial e busca identificar e tratar as causas subjacentes dos
problemas de saúde. A duração do tratamento varia dependendo da extensão da investigação
necessária para cada paciente e, principalmente, do comprometimento do paciente em fazer
mudanças em seus hábitos para se tornar parte ativa no processo de cura (VENTURA, 2016).
Segundo De Faria (2021) os pacientes que procuram um naturopata geralmente se
enquadram em três categorias: aqueles que buscam estratégias de promoção da saúde e
prevenção de doenças, aqueles que apresentam uma variedade de sintomas não resolvidos
pelos métodos convencionais e aqueles que foram diagnosticados com doenças graves e
estão buscando opções de tratamento.
Um conceito fundamental a ser seguido na naturopatia é a abordagem integrativa,
na qual o paciente é incentivado a se envolver ativamente no processo de cura. Isso envolve
o desenvolvimento da autonomia do paciente, tornando-o responsável por sua própria saú-
de. Essa abordagem permite que a pessoa aprofunde a autorreflexão, o autoconhecimento
e o autocuidado (DOS SANTOS, 2016).
Dessa forma, Greenberg (2010) afirma que o paciente pode aplicar certas práticas
em seu próprio ambiente, de forma mais tranquila e conveniente. Após o início do tratamento,
o profissional pode sugerir outras formas de cuidados que o paciente pode realizar por si
mesmo, como a utilização de água solarizada, elixires de cristais, chás e emplastros de argila.
E o que seriam essas abordagens?
1. Hidroterapia: A hidroterapia é uma prática que utiliza a água como agente te-
rapêutico para estimular a cura e aliviar diversos problemas de saúde. Através de banhos
terapêuticos, compressas, duchas e outras técnicas, a água promove relaxamento, melhora
a circulação sanguínea, alivia dores musculares e articulares, reduz o estresse e ajuda no
processo de desintoxicação do organismo. Essa abordagem suave e reconfortante propor-
ciona um efeito positivo no equilíbrio do corpo e da mente (MIRANDA,2018).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 35
2. Medicina Tradicional Chinesa: A medicina tradicional chinesa é uma abordagem
terapêutica milenar que visa restabelecer o equilíbrio do corpo, a partir da harmonização da
energia vital chamada de “qi”. Ela engloba práticas como a acupuntura, que estimula pontos
específicos do corpo através de agulhas finas, a acupressão, que utiliza a pressão dos
dedos nessas mesmas áreas, e a fitoterapia chinesa, que utiliza ervas e plantas medicinais
para tratar diferentes condições de saúde. Essa abordagem holística considera a conexão
entre os diversos sistemas do corpo e busca tratar a causa raiz dos problemas, ao invés de
apenas tratar os sintomas (ANDRADE, 2020).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 36
• Aumento da clareza mental e foco: A meditação auxilia no desenvolvimento
da concentração e na melhoria da capacidade de foco. Ela permite que você
treine sua mente para direcionar sua atenção para o momento presente, aumen-
tando a clareza mental e a produtividade.
• Melhoria da saúde emocional: A meditação promove uma maior consciência
emocional, ajudando a identificar e lidar com emoções negativas, como ansie-
dade e depressão. Ela estimula a autocompaixão e a aceitação, cultivando uma
atitude mais positiva em relação a si mesmo e aos outros.
• Aumento da resiliência: A prática regular da meditação fortalece a resiliência
emocional, ajudando a lidar melhor com situações estressantes e adversidades
da vida. Ela desenvolve a capacidade de lidar com desafios de forma mais equi-
librada e construtiva.
• Melhoria da qualidade do sono: A meditação é eficaz no combate à insônia
e na promoção de um sono mais tranquilo e reparador. Ela relaxa o corpo e a
mente, criando as condições ideais para uma noite de sono mais profunda e
revitalizante.
• Aumento da autoconsciência e autorreflexão: A meditação incentiva a
autoexploração e o autoconhecimento. Ela proporciona um espaço para a au-
torreflexão, permitindo que você se conheça melhor, entenda seus padrões de
pensamento e comportamento, e tome decisões mais conscientes.
• Promoção da saúde geral: A meditação está associada a uma série de bene-
fícios para a saúde física, incluindo a redução da pressão arterial, fortalecimento
do sistema imunológico e alívio de dores crônicas. Além disso, ela contribui para
um maior equilíbrio emocional, melhor qualidade de vida e bem-estar geral.
4. Ioga: A ioga é uma prática milenar originada na Índia, que combina posturas
físicas (asanas), técnicas de respiração (pranayama) e meditação. Ela busca promover a
integração entre o corpo e a mente, melhorar a flexibilidade, a força e o equilíbrio, além de
aliviar o estresse e a tensão muscular. A ioga também enfatiza a importância da conexão
com a respiração e o cultivo da consciência plena, proporcionando um senso de calma e
tranquilidade mental (FAJARDO, 2009).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 37
5. Geoterapia: A geoterapia é uma forma de terapia natural que utiliza o poder
terapêutico das argilas, pedras e cristais para promover o bem-estar físico, mental e emo-
cional. Essa prática tem sido utilizada ao longo da história em diversas culturas, devido às
propriedades curativas e energéticas desses elementos naturais (NAEH, 2020).
A argila é um dos principais recursos da geoterapia e possui benefícios para o corpo.
Ela é rica em minerais e oligoelementos, como silício, cálcio, ferro, potássio e magnésio, que
são absorvidos pela pele durante a aplicação. A argila auxilia na desintoxicação do corpo,
pois possui propriedades adsorventes, ou seja, ela é capaz de atrair e remover impurezas
e toxinas da pele. Além disso, ela possui propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias,
promovendo a regeneração celular e ajudando no tratamento de problemas de pele, como
acne e dermatites (NAEH,2020).
Gemelli (2011), aponta que as pedras e cristais também desempenham um papel
importante na geoterapia. Cada pedra possui uma vibração energética específica e proprie-
dades terapêuticas únicas. Essas pedras podem ser colocadas sobre o corpo em pontos
específicos, utilizadas em massagens ou até mesmo carregadas consigo como amuletos.
Elas ajudam a equilibrar e restaurar a energia dos chakras e dos meridianos, promovendo
o equilíbrio energético e auxiliando na harmonização do corpo e da mente.
Da Costa Santos (2022) explica que, no geral, a geoterapia beneficia o nosso corpo
de várias formas. Ela pode melhorar a circulação sanguínea, estimular o sistema linfático,
aliviar dores musculares e articulares, promover o relaxamento e o equilíbrio emocional,
além de ajudar no processo de desintoxicação do organismo. A aplicação de argilas, pedras
e cristais estimula o corpo a entrar em um estado de equilíbrio e autocura, ativando os
mecanismos naturais de regeneração e fortalecendo o sistema imunológico.
Dando seguimento da referência anterior, é importante ressaltar que a geoterapia
não substitui tratamentos médicos convencionais, mas pode ser utilizada como um comple-
mento terapêutico para promover o bem-estar e a saúde de forma natural.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 38
2
TÓPICO
TRATAMENTO
NATURAL CONTRA
DOENÇAS
Silva (2020) aponta que atualmente, muitas pessoas estão buscando alternativas
aos tratamentos convencionais para doenças agudas e crônicas, buscando abordagens
mais naturais e holísticas. Com isso, os tratamentos naturais oferecem uma abordagem
complementar ou mesmo uma opção primária para aqueles que desejam promover a cura
do corpo e da mente de maneira mais suave e equilibrada.
Silva (2020) continua explicando que esses tratamentos naturais têm como base
o uso de recursos encontrados na natureza, como ervas medicinais, alimentos orgânicos,
terapias manuais, técnicas de respiração, meditação, exercícios físicos suaves e outros
métodos terapêuticos. A referência ainda frisa que ao invés de focar apenas no alívio dos
sintomas, eles buscam tratar as causas subjacentes das doenças, fortalecendo o organis-
mo como um todo.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 39
defesas do organismo, auxiliando-o a combater as células cancerígenas e a prevenir a
recorrência da doença (MENDES, 2019).
Além disso, a naturopatia também pode ajudar a aliviar os efeitos colaterais dos tra-
tamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia. Terapias como a aromaterapia,
massoterapia e técnicas de relaxamento podem ser utilizadas para diminuir o estresse, me-
lhorar o sono, reduzir a fadiga e aumentar o bem-estar emocional do paciente (LOPES, 2020).
Schneidear (2015), explica que ao partirmos para um tratamento mais naturopata
na visão oncológica, calêndula é uma planta medicinal que possui propriedades anti-infla-
matórias, cicatrizantes e calmantes. Seu uso no pós-radioterapia pode trazer benefícios
significativos para pacientes que passaram por esse tipo de tratamento.
A calêndula é conhecida por sua capacidade de acalmar e regenerar a pele. Seus
compostos ativos, como os flavonoides e os óleos essenciais, ajudam a reduzir a inflama-
ção, acelerar o processo de cicatrização e aliviar o desconforto da pele irradiada, uma visão
muito importante para tratamento do efeito colateral da radioterapia Schneidear (2015).
Andrade (2022), explica que o uso tópico da calêndula, geralmente na forma de
cremes, loções ou pomadas, pode ser aplicado suavemente sobre a área afetada após a
radioterapia. A planta atua como um agente protetor e calmante, ajudando a aliviar a dor, a
coceira e a vermelhidão da pele irradiada. Além disso, a calêndula também pode ajudar a
prevenir infecções secundárias, devido às suas propriedades antibacterianas.
É importante ressaltar que o uso da calêndula no pós-radioterapia deve ser orienta-
do por um profissional de saúde, como um médico ou um naturopata, que poderá indicar a
forma correta de uso e a concentração adequada do extrato de calêndula.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 40
lizadas na naturopatia possuem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e relaxantes
musculares, que podem ajudar a reduzir a intensidade da dor (AMADO, 2020).
Além disso, a naturopatia busca identificar e tratar as causas subjacentes da dor
crônica, como desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais, estresse crônico, pro-
blemas posturais, entre outros. Ao abordar essas causas, a naturopatia busca promover a
cura e alívio da dor a longo prazo, em vez de apenas mascarar os sintomas. É importante
ressaltar que cada caso de dor crônica é único, e o tratamento de naturopatia é persona-
lizado de acordo com as necessidades individuais do paciente. Um profissional de saúde
naturopata qualificado irá realizar uma avaliação completa do paciente e desenvolver um
plano de tratamento adequado, levando em consideração a causa da dor, a saúde geral do
paciente e suas preferências individuais (AGGARWAL, 2020).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 41
Aggarwall (2020), aponta que a naturopatia pode desempenhar um papel impor-
tante na melhoria da tireoidite autoimune, como a doença de Hashimoto ou a tireoidite de
Hashimoto. Essas condições são caracterizadas por uma resposta autoimune em que o
sistema imunológico ataca a glândula tireoide.
A abordagem naturopática para a tireoidite autoimune envolve identificar e tratar as
causas subjacentes, bem como equilibrar o sistema imunológico e promover a saúde geral
da tireoide. Alguns dos aspectos-chave do tratamento naturopático incluem:
• Dieta e nutrição: A alimentação desempenha um papel crucial na saúde da
tireoide. Um profissional de saúde naturopata pode recomendar uma dieta rica
em nutrientes essenciais para a tireoide, como iodo, selênio, zinco e vitaminas do
complexo B. Além disso, certos alimentos inflamatórios, como glúten e laticínios,
podem ser evitados para reduzir a resposta autoimune (RIBEIRO, 2022).
• Gerenciamento do estresse: O estresse crônico pode afetar negativamente
a função da tireoide e a resposta imunológica. Técnicas de relaxamento, medi-
tação, ioga e exercícios respiratórios podem ser recomendados para reduzir o
estresse e promover o equilíbrio hormonal (KUREBAYASHI, 2020).
• Equilíbrio hormonal: A naturopatia pode ajudar a equilibrar os hormônios
da tireoide por meio do uso de suplementos naturais, como extratos de plantas
adaptogénicas, que ajudam a regular a função tireoidiana e reduzir a inflamação
(CERATTI, 2018).
• Detoxificação: A desintoxicação adequada do organismo pode ser benéfica
para reduzir a carga tóxica e a inflamação na tireoide. Métodos como a limpeza
do fígado, suporte aos processos de desintoxicação e a eliminação de toxinas
ambientais podem ser adotados (AGGARWALL, 2020).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 42
tégias terapêuticas que visam abordar as causas subjacentes da hipertensão e promover o
equilíbrio do corpo como um todo (DE SOUSA, 2021).
Um dos principais pilares da naturopatia no tratamento da hipertensão é a alimen-
tação saudável. Uma dieta adequada pode ajudar a reduzir a pressão arterial, melhorar a
saúde dos vasos sanguíneos e promover a saúde cardiovascular. Os naturopatas podem
recomendar uma dieta rica em alimentos naturais, como frutas, vegetais, grãos integrais,
legumes, nozes e sementes, que são fontes de nutrientes essenciais, fibras e antioxidantes.
Além disso, é importante limitar o consumo de alimentos processados, gorduras saturadas,
sódio e açúcares refinados, que podem contribuir para a hipertensão (DE SOUSA, 2021).
Outra abordagem terapêutica comumente utilizada na naturopatia para tratar a hi-
pertensão é o gerenciamento do estresse. O estresse crônico está associado ao aumento da
pressão arterial e pode agravar a hipertensão. Os naturopatas podem recomendar técnicas
de relaxamento, meditação, ioga, exercícios respiratórios e atividades físicas adequadas
para ajudar a reduzir o estresse, promover o equilíbrio emocional e diminuir a pressão
arterial (VORKAPIC, 2011)
A acupuntura também é uma modalidade terapêutica frequentemente utilizada pela
naturopatia no tratamento da hipertensão. A acupuntura envolve a inserção de agulhas finas
em pontos específicos do corpo para estimular o fluxo de energia e promover o equilíbrio.
Estudos sugerem que a acupuntura pode ajudar a reduzir a pressão arterial, melhorar a
função vascular e promover o relaxamento (COSTA JUNIOR, 2013).
Além dessas abordagens, a naturopatia pode recomendar o uso de suplementos
nutricionais, ervas medicinais e terapias naturais, como a aromaterapia, que podem ajudar
a reduzir a hipertensão e promover a saúde cardiovascular.
Existem diversos alimentos naturais que podem auxiliar na redução da pressão
arterial. Alguns exemplos incluem:
1. Alho: O alho tem sido amplamente estudado por seus efeitos benéficos na saúde
cardiovascular, incluindo sua capacidade de auxiliar no combate à pressão alta. O principal
componente ativo do alho é o dissulfeto de dialilo, que possui propriedades vasodilatadoras
e antioxidantes (COSTA, 2020).
Lima (2018) aponta que quando consumido, o alho pode promover a dilatação dos
vasos sanguíneos, o que resulta em uma redução da resistência ao fluxo sanguíneo e,
consequentemente, da pressão arterial. Essa ação vasodilatadora é atribuída à capacidade
do dissulfeto de dialilo de aumentar a produção de óxido nítrico, uma substância que relaxa
as paredes dos vasos sanguíneos.
Além disso, o alho também exerce efeitos antioxidantes, o que significa que ele
ajuda a combater os radicais livres e reduzir o estresse oxidativo nas células. Isso é im-
UNIDADE 2 NATUROPATIA 43
portante, pois o estresse oxidativo está associado ao desenvolvimento e progressão de
doenças cardiovasculares, incluindo a hipertensão (LIMA, 2018).
3. Frutas cítricas: Frutas como laranjas, limões e toranjas são fontes de vitamina
C e antioxidantes, que ajudam a fortalecer os vasos sanguíneos e reduzir a pressão arterial
(ANJO, 2020).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 44
5. As nozes: Sementes e aveia podem desempenhar um papel importante no
combate à pressão alta devido às suas propriedades nutricionais benéficas (DOMINGUES,
2023).
• As nozes: São ricas em ácidos graxos ômega-3, que têm propriedades anti-in-
flamatórias e podem ajudar a reduzir a pressão arterial. Além disso, elas são uma
boa fonte de arginina, um aminoácido que ajuda a relaxar os vasos sanguíneos,
melhorando o fluxo sanguíneo e diminuindo a pressão arterial (EIDT, 2021).
• Sementes: Sementes como linhaça, chia e girassol são fontes de ácidos graxos
ômega-3 e ômega-6, bem como de minerais como magnésio e potássio. Esses
nutrientes desempenham um papel na regulação da pressão arterial, ajudando a
reduzi-la (EIDT, 2021).
• Aveia: A aveia é um alimento rico em fibras solúveis, conhecidas como beta
glucanas. Essas fibras solúveis ajudam a reduzir os níveis de colesterol e,
consequentemente, podem contribuir para a redução da pressão arterial. Além
disso, a aveia é uma fonte de magnésio, um mineral que desempenha um papel
importante no relaxamento dos vasos sanguíneos (BIAGIO, 2020).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 45
3
TÓPICO
TRATAMENTOS COM
NATUROPATIA
Pegado (2020), aponta que a naturopatia é vista como uma abordagem complementar
e alternativa aos cuidados de saúde convencionais. Ela é baseada em princípios de medicina
natural e holística, que enfatizam a capacidade inata do corpo de curar-se e a importância de
tratar a causa subjacente de uma doença, em vez de apenas tratar os sintomas.
Oliveira (2022), afirma que há pessoas que buscam a naturopatia como uma opção
de tratamento devido à sua abordagem mais natural e holística. Encontrando benefícios na
atenção individualizada, no foco na prevenção e no uso de terapias naturais. No entanto, é
essencial que os pacientes sejam informados e busquem profissionais qualificados e expe-
rientes ao considerar a naturopatia como parte de seu plano de tratamento para doenças.
A naturopatia é um sistema de medicina complementar e alternativa que busca
promover a saúde e tratar doenças por meio de abordagens naturais e holísticas. Os na-
turopatas acreditam que o corpo tem uma capacidade inata de cura e que o papel do
terapeuta é ajudar a facilitar esse processo (BRITO, 2019).
A abordagem da naturopatia para o tratamento de doenças envolve diversos as-
pectos, incluindo:
UNIDADE 2 NATUROPATIA 46
• Tratamento individualizado: Com base nas informações coletadas, o na-
turopata desenvolve um plano de tratamento individualizado para abordar as
necessidades específicas do paciente. Isso pode incluir mudanças na dieta e
estilo de vida, suplementos nutricionais, fitoterapia (uso de plantas medicinais),
homeopatia, terapia de manipulação do corpo, hidroterapia, entre outros (NO-
GUEIRA, 2018).
• Ênfase na prevenção: A naturopatia enfatiza a prevenção de doenças, in-
centivando o paciente a adotar um estilo de vida saudável e equilibrado. Isso
pode envolver orientações sobre alimentação adequada, atividade física regular,
gerenciamento do estresse e melhoria da qualidade do sono (CERATTI, 2018).
• Abordagem holística: A naturopatia considera o paciente como um todo, le-
vando em conta os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais da pessoa.
Os naturopatas acreditam que uma doença pode resultar em um desequilíbrio
nessas áreas e buscam restaurar a harmonia global (CERATTI, 2018).
• Colaboração com outras disciplinas: Os naturopatas podem trabalhar em
conjunto com profissionais de saúde convencionais para garantir um cuidado
abrangente ao paciente. Eles podem encaminhar o paciente a especialistas mé-
dicos quando necessário e integrar abordagens naturopáticas com tratamentos
convencionais (CRUZ, 2016).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 47
apenas os sintomas manifestados, mas também as causas subjacentes e o estado geral
de saúde do indivíduo. Dessa forma, busca-se fortalecer o sistema imunológico, reduzir a
inflamação, aliviar a dor e melhorar o bem-estar geral (COCCHIARA, 2019).
Martins (2016), explica que um dos aspectos-chave do tratamento naturopático
para a dor de garganta é a fitoterapia, que consiste no uso de plantas medicinais com
propriedades terapêuticas. Certas plantas, como a equinácea, o alcaçuz, a camomila e a
sálvia, são conhecidas por suas propriedades anti-inflamatórias, antimicrobianas e analgé-
sicas. Essas plantas podem ser utilizadas na forma de chás, gargarejos ou tinturas, com o
intuito de aliviar a inflamação, combater os agentes patogênicos e promover a cicatrização
da mucosa da garganta.
Almeida (2022), afirma que além da fitoterapia, a aromaterapia é outra abordagem
utilizada na naturopatia para tratar a dor de garganta. Os óleos essenciais, como o de
hortelã-pimenta, o de eucalipto e o de tomilho, são reconhecidos por suas propriedades
antimicrobianas e analgésicas. A inalação desses óleos essenciais ou a realização de
gargarejos com soluções contendo esses componentes pode proporcionar alívio da dor,
redução da inflamação e diminuição dos sintomas associados à dor de garganta.
A hidroterapia também desempenha um papel importante no tratamento naturopá-
tico da dor de garganta. A aplicação de compressas quentes na região do pescoço pode
ajudar a aliviar a dor, relaxar os músculos e melhorar a circulação local. A utilização de
água morna com sal em gargarejos também pode ser benéfica, pois auxilia na redução do
inchaço e da dor (MARQUES, 2023).
A naturopatia pode oferecer abordagens para aliviar a dor de garganta sem a ne-
cessidade de antibióticos, especialmente se a causa for viral ou leve. Aqui estão algumas
opções comumente utilizadas na naturopatia para tratar a dor de garganta:
1. Gargarejos: Fazer gargarejos com água salgada morna pode ajudar a aliviar a
dor e a inflamação da garganta. Dissolva meia colher de chá de sal em um copo de água
morna e faça o gargarejo várias vezes ao dia. Você também pode adicionar algumas gotas
de própolis (uma substância natural produzida pelas abelhas) na solução para obter um
efeito antimicrobiano adicional (FERREIRA, 2019).
2. Chás de ervas: Alguns chás de ervas podem ser benéficos para acalmar a dor
de garganta. O chá de camomila, por exemplo, tem propriedades anti-inflamatórias e pode
ajudar a aliviar a dor. O chá de sálvia também pode ser útil, pois tem propriedades antimi-
crobianas. Beba esses chás mornos várias vezes ao dia, adicionando mel para melhorar o
sabor e suas propriedades calmantes (MARTINS, 2016).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 48
3. Compressas quentes: Aplicar compressas quentes na área externa do pescoço
pode proporcionar alívio para a dor de garganta. Molhe uma toalha limpa em água morna
(não muito quente para evitar queimaduras) e coloque-a no pescoço por alguns minutos.
Isso pode ajudar a relaxar os músculos e a reduzir a dor (BORTOLUZZI, 2020).
4. Hidratação: Beber líquidos quentes, como sopas e caldos, pode ajudar a aliviar
a dor de garganta e manter o corpo hidratado. A hidratação adequada é importante para a
recuperação e para manter a garganta úmida, diminuindo o desconforto (MARTINS, 2016).
5. Mel e limão: Misturar uma colher de chá de mel com suco de limão em água
quente pode ajudar a aliviar a dor de garganta. O mel possui propriedades antibacterianas e
suavizantes, enquanto o limão fornece vitamina C, que pode apoiar o sistema imunológico
(LEOCÁDIO, 2020).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 49
Uma das abordagens-chave utilizadas na naturopatia para tratar a rinite é a fitotera-
pia. A fitoterapia envolve o uso de plantas medicinais com propriedades terapêuticas, como
a equinácea, o sabugueiro, a urtiga e a camomila. Essas plantas podem ser administradas
na forma de chás, extratos ou cápsulas, com o intuito de fortalecer o sistema imunológico,
reduzir a inflamação das vias nasais e aliviar os sintomas da rinite (DE SOUZA LIMA, 2021).
Além da fitoterapia, a naturopatia utiliza outras modalidades terapêuticas para au-
xiliar no tratamento da rinite. A aromaterapia, por exemplo, emprega óleos essenciais com
propriedades anti-inflamatórias e descongestionantes, como o óleo de eucalipto, o óleo
de hortelã-pimenta e o óleo de lavanda. A inalação desses óleos ou a aplicação tópica em
pontos específicos pode ajudar a desobstruir as vias nasais, reduzir a inflamação e aliviar
os sintomas da rinite (DE SOUZA LIMA, 2021).
Além disso, a nutrição desempenha um papel fundamental no tratamento natu-
ropático da rinite. A adoção de uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes, como
frutas, vegetais, grãos integrais e alimentos ricos em ômega-3, pode fortalecer o sistema
imunológico e reduzir a inflamação nas vias nasais. Alimentos ricos em vitamina C, como
laranjas, kiwis e morangos, e alimentos com propriedades anti-inflamatórias, como gengibre
e cúrcuma, também podem ser recomendados para ajudar a aliviar os sintomas da rinite
(DE SOUZA SULTANUN, 2021).
A Ayurveda, um antigo sistema de medicina tradicional da Índia, oferece medidas
terapêuticas que podem ajudar a atenuar as alergias. De acordo com a Ayurveda, as aler-
gias são consideradas um desequilíbrio dos doshas (Vata, Pitta e Kapha) e o tratamento
visa equilibrar os doshas para aliviar os sintomas alérgicos (MISHRA, 2019).
Aqui estão algumas medidas ayurvédicas que podem ser úteis:
• Dieta adequada ao dosha: Seguir uma dieta adequada ao seu dosha pode
ajudar a equilibrar o sistema imunológico e reduzir as reações alérgicas. Por
exemplo, uma dieta que seja calmante e anti-inflamatória pode ser recomendada
para pessoas com dosha Pitta predominante, enquanto uma dieta equilibrada e
nutritiva pode ser benéfica para pessoas com dosha Vata ou Kapha predominante
(DEVEZA, 2013).
• Chás e infusões: Alguns chás e infusões podem ajudar a acalmar as reações
alérgicas. Por exemplo, o chá de gengibre com limão e mel pode ajudar a aliviar
a congestão nasal e a fortalecer o sistema imunológico. O chá de hortelã-pimenta
ou o chá de camomila também podem ser benéficos para acalmar a irritação e a
inflamação (FABIANO, 2017).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 50
• Nasya (terapia nasal): A terapia nasal conhecida como Nasya é comumente
usada na Ayurveda para tratar alergias e doenças respiratórias. Consiste na
aplicação de óleo medicado ou gotas nasais à base de ervas para lubrificar e
desobstruir as vias respiratórias superiores, reduzindo os sintomas alérgicos
(MCINTYRE, 2020).
• Pranayama (técnicas de respiração): Pranayama é uma prática de controle
da respiração que pode ajudar a acalmar o sistema nervoso e melhorar a capa-
cidade respiratória. Técnicas como a respiração alternada pelas narinas (Nadi
Shodhana) ou a respiração profunda e lenta (Bhramari) podem ser benéficas
para aliviar os sintomas alérgicos (MCINTYRE, 2020).
• Uso de ervas e especiarias: A Ayurveda valoriza o uso de ervas e especiarias
para promover a saúde e aliviar os sintomas das alergias. Algumas opções in-
cluem o uso de cúrcuma, alcaçuz, gengibre, cardamomo e pimenta-do-reino, que
possuem propriedades anti-inflamatórias e podem ajudar a aliviar a congestão e
a inflamação nas vias respiratória (AGGARWALL, 2020).
UNIDADE 2 NATUROPATIA 51
Os benefícios da ioga vão além do alívio das dores. A prática regular da ioga pode
melhorar a força e a flexibilidade muscular, a postura, a resistência e o equilíbrio. Ela
também pode promover a saúde cardiovascular, melhorar a função respiratória, reduzir a
pressão arterial e fortalecer o sistema imunológico. Além disso, a ioga tem sido associada à
redução do estresse, da ansiedade e da insônia, à melhoria da saúde mental e à promoção
do bem-estar geral (MEDEIROS, 2017).
Sanches (2017), aponta que existem inúmeros exercícios de ioga que podem bene-
ficiar a estrutura do corpo de várias maneiras. Aqui estão alguns exemplos:
UNIDADE 2 NATUROPATIA 52
4
TÓPICO
FARMÁCIA
NATURAL
Ter uma farmácia natural em casa é uma prática cada vez mais valorizada, pois
oferece uma série de benefícios para a saúde e o bem-estar. Uma farmácia natural consiste
em cultivar e utilizar plantas medicinais e fitoterápicos para prevenir e tratar diversos proble-
mas de saúde de forma natural e segura (LÓPES, 2017).
Uma das principais vantagens de ter uma farmácia natural em casa é a disponibi-
lidade imediata de remédios naturais para tratar condições comuns. As plantas medicinais
possuem propriedades terapêuticas que podem aliviar sintomas, fortalecer o sistema imuno-
lógico e promover a saúde de maneira geral. Além disso, muitas vezes são mais acessíveis e
têm menos efeitos colaterais em comparação aos medicamentos sintéticos (LÓPES, 2017).
No entanto, é importante destacar que nem todas as condições de saúde podem
ser tratadas exclusivamente com remédios naturais. Em casos mais graves ou crônicos, é
fundamental buscar orientação médica adequada e combinar o uso de remédios naturais
com tratamentos convencionais, quando necessário (BARBOSA, 2017).
Quando se trata do cultivo de plantas medicinais, é importante aprender sobre
métodos naturais para combater pragas e doenças de maneira segura. Existem várias
abordagens naturais, como o uso de repelentes naturais à base de óleos essenciais,
plantas repelentes de insetos, como a citronela, ou mesmo o controle manual das pragas,
removendo-as manualmente das plantas (SANTOMAURO, 2022).
É importante evitar o uso de pesticidas químicos, pois eles podem prejudicar a
saúde humana e o meio ambiente.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 53
• Azia
A erva-cidreira, cujo nome científico é Melissa officinalis, é uma planta medicinal
conhecida por suas propriedades relaxantes e calmantes. Ela é amplamente utilizada para
tratar diversas condições de saúde (BORTOLUZZI, 2020).
A referência anterior destaca que as indicações da erva-cidreira incluem o alívio de
sintomas relacionados à ansiedade, estresse, insônia e distúrbios digestivos, como cólicas
e gases. Ela também pode ser usada para acalmar o sistema nervoso, promover a digestão
saudável e aliviar dores de cabeça e enxaquecas leves.
Sarrico (2022), explica que para preparar o chá de erva-cidreira, você pode seguir
estes passos simples:
1. Ferva uma xícara de água.
2. Adicione uma colher de chá de folhas secas de erva-cidreira na água fervente.
3. Deixe em infusão por cerca de 5 a 10 minutos.
4. Coe a infusão e está pronto para beber.
• Gastrite
(BORTOLUZZI, 2020) aponta que o nome científico da espinheira-santa é Mayte-
nus ilicifolia. Ela é uma planta medicinal nativa da América do Sul, amplamente utilizada na
medicina popular devido às suas propriedades medicinais.
A espinheira-santa é indicada principalmente para problemas digestivos, como
úlceras gástricas, gastrite, azia, má digestão e refluxo. Ela possui compostos que ajudam a
UNIDADE 2 NATUROPATIA 54
proteger a mucosa do estômago, reduzindo a inflamação e promovendo a cicatrização de
lesões (BORTOLUZZI, 2020).
Sarrico (2022), aponta que o chá de espinheira-santa é preparado da seguinte forma:
1. Ferva uma xícara de água.
2. Adicione uma colher de chá das folhas secas de espinheira-santa na água fervente.
3. Deixe em infusão por cerca de 10 minutos.
4. Coe o chá e está pronto para ser consumido.
Sarrico (2022) ainda afirma que a posologia recomendada para o chá de espinheira-
-santa varia, mas geralmente é recomendado tomar 1 a 3 xícaras ao dia, após as refeições
principais. No entanto, é importante seguir as instruções do fabricante ou as orientações
de um profissional de saúde qualificado, pois a posologia pode variar de acordo com a
condição específica e a resposta individual.
Em questão de contra indicações, a espinheira-santa é considerada segura para a
maioria das pessoas quando consumida nas doses recomendadas. No entanto, algumas
precauções devem ser observadas (BORTOLUZZI, 2020):
- Mulheres grávidas ou lactantes devem evitar o uso da espinheira-santa, pois não
há informações suficientes sobre sua segurança durante esses períodos.
- Pessoas com histórico de alergia a plantas da família Celastraceae, à qual a
espinheira-santa pertence, devem evitar o seu uso.
- É sempre recomendável consultar um profissional de saúde antes de iniciar qual-
quer tratamento com plantas medicinais, especialmente se você tiver condições médicas
pré-existentes ou estiver tomando outros medicamentos, para evitar interações indesejadas
ou efeitos adversos.
• Refluxo
O nome científico do gengibre é Zingiber officinale. É uma planta medicinal ampla-
mente conhecida e utilizada por suas propriedades terapêuticas. O gengibre é indicado para
uma variedade de condições, incluindo náuseas, vômitos, desconforto gastrointestinal, dor
muscular, inflamação e resfriados. Ele possui compostos ativos, como gingerol e shogaol, que
têm propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e antimicrobianas (BORTOLUZZI, 2020).
Sarrico (2022) explica que o chá de gengibre pode ser preparado da seguinte forma:
1. Descasque e corte em fatias finas a medida de uma colher de chá de gengibre fresco.
2. Ferva uma xícara de água.
3. Adicione as fatias de gengibre à água fervente.
4. Deixe em infusão por cerca de 5 a 10 minutos.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 55
5. Coe o chá e está pronto para ser consumido.
Sarrico (2022) enfatiza que em questão da posologia recomendada para o chá
de gengibre pode variar dependendo da finalidade. Para aliviar náuseas ou desconforto
gastrointestinal, pode-se tomar de 1 a 2 xícaras de chá de gengibre por dia. Para outros
fins, como alívio da dor ou inflamação, recomenda-se consultar um profissional de saúde
para determinar a dosagem adequada.
Em relação às contraindicações, o gengibre é considerado seguro para a maioria
das pessoas quando consumido nas doses recomendadas. No entanto, algumas precau-
ções devem ser observadas (BORTOLUZZI, 2020):
- Pessoas com problemas de coagulação sanguínea ou que estão tomando medi-
camentos anticoagulantes devem evitar o consumo excessivo de gengibre, pois ele pode
ter um efeito anticoagulante.
- Mulheres grávidas devem consultar um profissional de saúde antes de consumir
gengibre em quantidades elevadas, pois pode aumentar o risco de contrações uterinas.
- Pessoas com histórico de cálculos biliares devem evitar o uso excessivo de gen-
gibre, pois ele pode estimular a produção de bile.
• Diabetes
O nome científico da erva pata de vaca é Bauhinia forficata. Ela é uma planta me-
dicinal nativa do Brasil, conhecida por suas propriedades terapêuticas. A erva pata de vaca
é amplamente utilizada para ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue em pessoas
com diabetes tipo 2. Suas propriedades hipoglicemiantes podem auxiliar na regulação dos
níveis de glicose e melhorar a sensibilidade à insulina (BORTOLUZZI, 2020).
Sarrico (2022), explica que o chá de erva pata de vaca pode ser preparado da
seguinte forma:
1. Ferva uma xícara de água.
2. Adicione uma colher de chá das folhas secas da erva pata de vaca na água
fervente.
3. Deixe em infusão por cerca de 5 a 10 minutos.
4. Coe o chá e está pronto para ser consumido.
Sarrico (2022), aponta a necessidade do conhecimento da posologia, sendo reco-
mendada para o chá de erva pata de vaca pode variar, mas geralmente é indicado tomar
de 1 a 3 xícaras por dia. No entanto, é importante seguir as instruções do fabricante ou as
orientações de um profissional de saúde qualificado, pois a dosagem pode depender da
resposta individual e das necessidades específicas.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 56
Em relação às contraindicações, a erva pata de vaca é considerada segura para a
maioria das pessoas quando consumida nas doses recomendadas. No entanto, é importan-
te considerar o seguinte (BORTOLUZZI, 2020):
- Pessoas que já estão tomando medicamentos para redução da glicose no sangue,
devem ter cuidado ao usar a erva pata de vaca, pois ela pode potencializar o efeito desses
medicamentos, levando a uma redução excessiva dos níveis de açúcar no sangue.
- Mulheres grávidas ou lactantes devem evitar o uso da erva pata de vaca, pois não
há informações suficientes sobre sua segurança durante esses períodos.
• Colesterol
O nome científico do açafrão-da-terra é curcuma longa. Ele é uma planta herbácea
perene da família do gengibre, conhecida por suas propriedades medicinais e seu uso na
culinária. O açafrão-da-terra é indicado para uma variedade de condições, sendo mais
conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Ele pode ser utilizado
como um auxiliar no tratamento de distúrbios digestivos, artrite, doenças cardiovasculares,
problemas de pele e no fortalecimento do sistema imunológico ((BORTOLUZZI, 2020).
Para preparar o chá de açafrão-da-terra, siga os seguintes passos (SARRICO,
2022):
1. Ferva uma xícara de água.
2. Adicione meia colher de chá de açafrão-da-terra em pó na água fervente.
3. Deixe em infusão por cerca de 5 minutos.
4. Coe o chá e está pronto para ser consumido.
A posologia recomendada para o chá de açafrão-da-terra pode variar, mas geralmen-
te é indicado tomar de 1 a 2 xícaras por dia. No entanto, é importante seguir as instruções do
fabricante ou as orientações de um profissional de saúde qualificado, pois a dosagem pode
depender da condição específica e da resposta individual (SARRICO, 2022).
Em relação às contraindicações, o açafrão-da-terra é considerado seguro para a
maioria das pessoas quando consumido em quantidades alimentares normais. No entanto,
em doses muito altas, pode causar desconforto gastrointestinal. Além disso, algumas pre-
cauções devem ser observadas (BORTOLUZZI, 2020):
- Pessoas que têm problemas de coagulação sanguínea ou estão tomando medi-
camentos anticoagulantes devem evitar o consumo excessivo de açafrão-da-terra, pois ele
pode ter um efeito anticoagulante.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 57
- Mulheres grávidas ou lactantes devem consultar um profissional de saúde antes
de consumir grandes quantidades de açafrão-da-terra, pois não há informações suficientes
sobre sua segurança durante esses períodos.
• Prisão de ventre
O nome científico do sene é Cassia angustifolia. Ele é uma planta nativa do Oriente
Médio e possui propriedades laxativas.
O sene é comumente utilizado como um laxante natural para tratar a constipação
ocasional. Ele contém compostos chamados senosídeos, que estimulam os movimentos
intestinais e promovem a eliminação das fezes. No entanto, é importante notar que o sene
deve ser usado apenas em casos de constipação temporária e não deve ser utilizado regu-
larmente, pois pode causar dependência.
O chá de sene pode ser preparado da seguinte forma:
1. Ferva uma xícara de água.
2. Adicione 1-2 gramas das folhas secas de sene na água fervente.
3. Deixe em infusão por cerca de 10-15 minutos.
4. Coe o chá e está pronto para ser consumido.
A posologia do chá de sene pode variar dependendo da gravidade da constipação,
mas geralmente é recomendado tomar uma xícara à noite antes de dormir. É importante
seguir as instruções de dosagem do produto específico que está sendo utilizado, pois a
quantidade de sene pode variar entre diferentes produtos.
No entanto, o uso prolongado ou abusivo de sene pode levar a efeitos colaterais
indesejáveis e prejudiciais à saúde. Portanto, é importante observar as seguintes contrain-
dicações:
- O sene não deve ser usado por longos períodos de tempo, pois pode causar
dependência e enfraquecimento dos músculos intestinais.
- O uso excessivo de sene pode levar a cólicas abdominais, desidratação, desequi-
líbrio eletrolítico e dependência laxante.
- O sene não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou lactantes, crianças e pes-
soas com doenças inflamatórias intestinais, obstrução intestinal, apendicite, hemorróidas
ou condições abdominais agudas.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 58
“Objetivou-se conhecer as proximidades e os distanciamentos entre as formações de Naturologia no Brasil
e de Naturopatia no Canadá e Estados Unidos da América a partir de suas grades curriculares. Trata-se de
um estudo qualitativo, classificando-se em descritivo segundo seus objetivos, e documental segundo seus
meios. Foram comparadas as grades curriculares das instituições de ensino que oferecem as formações em
nível de graduação em Naturologia e Naturopatia. Analisaram-se documentos provenientes de seis insti-
tuições, sendo duas brasileiras, duas Estadunidenses e duas Canadenses, por meio de Análise de Conteúdo
Temático, a partir de quatro categorias dadas a priori: (1) Doutrina Médica; (2) Morfologia e Dinâmica
Vital; (3) Sistema Diagnóstico e (4) Sistema Terapêutico. Como resultados, entende-se que a Naturologia,
no Brasil, e a Naturopatia, no Canadá e Estados Unidos, se aproximam enquanto Doutrina Médica. Todavia,
estas distanciam-se quanto aos conteúdos referentes às categorias Morfologia e Dinâmica Vital, Sistema
Diagnóstico e Sistema Terapêutico. Fatores culturais e aspectos legais nos diferentes países contribuem
para o distanciamento. Por conseguinte, pode-se inferir que ambas possuem a mesma raiz visto que se
aproximam enquanto filosofia e concepções de saúde, porém distanciam-se enquanto alcance de atuação
e práticas de intervenção”.
“Acredite em si mesmo, tenha coragem e determinação, não tenha medo, pois cada passo em direção aos
seus objetivos é um passo que te deixa mais próximo ao seu sucesso, e acredite, quanto mais perto do seu
sucesso, mais barulho você faz. “
UNIDADE 2 NATUROPATIA 59
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na era moderna, onde a tecnologia e a ciência avançam a passos largos, encon-
tramos um retorno às raízes, uma busca pelo equilíbrio e pela conexão com a natureza.
É nesse contexto que a naturopatia surge como uma abordagem holística para a saúde e
o bem-estar. Mas não se engane, a naturopatia é muito mais do que uma simples moda
passageira; ela tem suas raízes profundamente entrelaçadas na história da humanidade.
Ao explorar a história da naturopatia, somos levados a civilizações antigas onde as
práticas naturais de cura eram a base do cuidado da saúde. Desde a medicina tradicional chi-
nesa, com sua abordagem energética e uso de ervas medicinais, até as tradições ayurvédicas
da Índia, que valorizam a harmonia entre mente, corpo e espírito, vemos um respeito pela
sabedoria ancestral e pela capacidade de autossanar que existe dentro de cada um de nós.
No cerne da naturopatia está a ideia de que o corpo tem uma capacidade inata de
se curar e se equilibrar. Ao adotar uma abordagem holística, a naturopatia considera não
apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais, mentais e espirituais da
saúde. É uma filosofia que reconhece a interconexão entre todos os aspectos da nossa vida
e a influência que eles exercem sobre a nossa saúde e bem-estar.
Quando nós voltamos para as receitas naturais, encontramos um verdadeiro te-
souro de possibilidades. Desde chás e infusões de ervas medicinais até cataplasmas e
compressas, as receitas naturais nos oferecem uma maneira segura e eficaz de cuidar de
nós mesmos. Essas receitas, muitas vezes transmitidas de geração em geração, trazem
consigo a sabedoria acumulada ao longo dos séculos.
No entanto, é importante lembrar que a naturopatia não é uma solução milagrosa
para todos os males. Ela pode ser uma ferramenta poderosa de apoio à saúde, mas deve
ser utilizada de forma responsável e complementar aos cuidados médicos convencionais.
Cada indivíduo é único, e o que funciona para um pode não funcionar da mesma forma
para outro. É fundamental buscar orientação de profissionais qualificados, que possam
personalizar as abordagens terapêuticas de acordo com as necessidades individuais.
No fim das contas, a naturopatia nos lembra da importância de honrar a natureza,
incluindo a natureza humana. Ela nos convida a buscar o equilíbrio e a harmonia, reconhe-
cendo que a saúde vai além da ausência de doença. É um convite para nos conectarmos
com nossa essência, adotando escolhas conscientes e cultivando um estilo de vida saudável.
Portanto, que possamos abraçar a sabedoria da naturopatia, explorar suas possibi-
lidades e encontrar o caminho que nos conduza à saúde integral. Que cada receita natural
seja um lembrete de nossa conexão com a natureza e uma forma de nutrir nosso corpo,
mente e espírito. E assim, seguindo nessa jornada de autodescoberta e bem-estar, até o
próximo módulo, onde novas experiências e conhecimentos nos aguardam.
Que a sabedoria da naturopatia nos inspire a cuidar de nós mesmos e a viver em
harmonia com a natureza. Até o próximo módulo, onde continuaremos nossa jornada em
busca de saúde e equilíbrio.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 60
LEITURA COMPLEMENTAR
SAÚDE E EQUILÍBRIO ATRAVÉS DAS TERAPIAS INTEGRATIVAS: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Fonte: GALLI, K. S. B et al. Saúde e equilíbrio através das terapias integrativas: relato de experiência. Revista de
Enfermagem, v. 8, n. 8, p. 245-255, 2012.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 61
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: O Guia Completo das Plantas Medicinais: Ervas De A A Z
Para Tratar Doenças, Restabelecer A Saúde E O Bem-Estar
• Autor: David Hoffman
• Editora: Cultrix
• Sinopse: Neste guia abrangente e bem fundamentado, o médico
herbalista David Hoffmann oferece um tratamento natural e sem
contraindicações para ajudar você a recuperar e manter a saúde e
o bem-estar. Orientações claras e minuciosas mostram como diag-
nosticar e tratar com segurança uma ampla variedade de distúrbios
- desde prisão de ventre, TPM e depressão, rinite, diabetes e tensão
nervosa - sem nenhum efeito colateral nocivo. Uma obra para você
promover a sua saúde e bem-estar, com um dos tratamentos mais
acessíveis e completos que a natureza nos deu.
FILME/VÍDEO
• Título: Dallas Buyers Club
• Ano: 2013
• Sinopse: “Clube de Compra de Dallas” é um drama biográfico que
narra a história de Ron Woodroof, um eletricista texano diagnosti-
cado com AIDS nos anos 80. Diante das limitações dos tratamentos
convencionais, ele parte em busca de alternativas, estabelecendo
um clube de compra de medicamentos não autorizados pela FDA.
Enfrentando obstáculos legais e preconceitos, Ron forma uma
inesperada amizade com Rayon, uma transexual soropositiva, e
juntos eles desafiam o sistema médico e lutam pelos direitos dos
doentes de AIDS, deixando um legado de compaixão e resiliência.
UNIDADE 2 NATUROPATIA 62
3
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
UNIDADE
HOMEOPATIA
Plano de Estudos
• Surgimento da Homeopatia.
• Tratamento Natural contra Doenças.
• Aplicação da Homeopatia.
• Homeopatia e o SUS.
Objetivos da Aprendizagem
• Compreender o momento histórico do nascimento da homeopatia
• Aprender sobre os tratamentos de forma natural contra as doenças.
• Estabelecer a importância da aplicação da homeopatia.
• Estudar sobre os benefícios e desafios enfrentados da homeopatia
no SUS
INTRODUÇÃO
Descubra o Poder da Homeopatia: Uma Abordagem Natural e Holística para a Saúde.
Você já ouviu falar em homeopatia? Essa fascinante abordagem terapêutica, tem
despertado cada vez mais interesse em pessoas que buscam alternativas naturais para cui-
dar da saúde. Com suas raízes no século XVIII, a homeopatia tem conquistado seguidores
ao redor do mundo devido aos seus princípios únicos e resultados surpreendentes.
Mas afinal, o que é homeopatia? É um sistema de medicina alternativa que se
baseia no princípio de “o semelhante cura o semelhante”. Em outras palavras, a ideia cen-
tral é tratar uma doença usando uma substância que, em doses mais elevadas, poderia
causar sintomas semelhantes àqueles que a pessoa está experimentando. Isso pode soar
intrigante, não é mesmo?
Agora você deve estar se perguntando, como a homeopatia é aplicada e onde
encontrar profissionais especializados nessa área. A homeopatia é amplamente utilizada
em todo o mundo, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, onde pacientes
têm acesso a essa abordagem terapêutica complementar de forma gratuita. Muitos médi-
cos e profissionais de saúde também estão se especializando em homeopatia, oferecendo
tratamentos integrativos aos seus pacientes.
Se você está curioso para saber mais sobre homeopatia, seus princípios, aplicação
e benefícios, você está no lugar certo. Ao explorar esse fascinante campo da medicina
natural, você descobrirá uma forma diferente de cuidar da saúde, vamos para os tópicos?
Você já se perguntou como algumas pessoas encontram alívio para suas doenças de
forma natural? A homeopatia, uma abordagem terapêutica fascinante, tem conquistado cada
vez mais adeptos em todo o mundo. Mas você sabia que sua origem remonta ao século XVIII?
Foi nessa época que o médico alemão Samuel Hahnemann desenvolveu os princí-
pios fundamentais da homeopatia. Movido pelo desejo de encontrar tratamentos mais suaves
e eficazes, Hahnemann realizou uma descoberta surpreendente: “o semelhante cura o se-
melhante”. Em outras palavras, ele percebeu que uma substância capaz de causar sintomas
em uma pessoa saudável poderia, em doses diluídas, ser capaz de tratar esses mesmos
sintomas em uma pessoa doente. Essa ideia revolucionária foi a base da homeopatia.
Em um mundo onde muitos tratamentos médicos são baseados em medicamentos
sintéticos e intervenções invasivas, a homeopatia se destaca por sua abordagem natural e
holística. Ela reconhece a capacidade do corpo de se curar e busca estimular esse processo
de autocura, utilizando medicamentos homeopáticos altamente diluídos.
Esses medicamentos são feitos a partir de substâncias naturais, como plantas,
minerais e animais, e passam por um processo especial de diluição e agitação chamado
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 64
“dinamização”. Isso significa que, além de serem seguros e livres de efeitos colaterais inde-
sejados, eles são capazes de estimular as defesas naturais do corpo, fortalecendo-o contra
doenças e promovendo a saúde de forma suave e equilibrada.
A homeopatia pode ser aplicada em uma ampla variedade de condições de saú-
de, desde doenças crônicas até problemas agudos. Ela aborda não apenas os sintomas
físicos, mas também os aspectos emocionais e mentais que influenciam a saúde de uma
pessoa. Dessa forma, a homeopatia oferece um tratamento verdadeiramente abrangente,
considerando o indivíduo como um todo.
Além disso, a homeopatia é conhecida por sua abordagem personalizada. Cada
pessoa é única, e o tratamento homeopático leva em consideração não apenas os sintomas,
mas também a constituição e as características individuais do paciente. Isso significa que o
mesmo problema de saúde pode ser tratado de maneira diferente em pessoas diferentes,
com medicamentos homeopáticos específicos para cada caso.
Uma das grandes vantagens da homeopatia é que ela está disponível para todos,
inclusive através do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Isso significa que os pacientes
têm acesso a essa abordagem terapêutica complementar de forma gratuita, proporcionando
opções de tratamento mais amplas e naturais.
A inclusão da homeopatia no SUS demonstra o reconhecimento e a valorização
dessa prática terapêutica no âmbito da saúde pública. Profissionais especializados estão
disponíveis para oferecer tratamentos homeopáticos integrativos, contribuindo para o cui-
dado integral e a promoção da saúde da população.
A homeopatia é uma jornada rumo à saúde natural e equilíbrio. Se você está curioso
para saber mais sobre essa abordagem terapêutica fascinante, seus princípios, aplicações
e benefícios, mergulhe nesse universo e descubra uma forma mais suave e holística de
cuidar de si mesmo. Sua saúde agradecerá!
Bons Estudos
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 65
1
TÓPICO
SURGIMENTO DA
HOMEOPATIA
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 66
únicas de cada paciente. O médico homeopata realiza uma avaliação minuciosa da saúde
do indivíduo, levando em consideração não apenas os sintomas físicos, mas também os
aspectos emocionais, mentais e sociais. A partir dessas informações, é selecionado o re-
médio homeopático mais adequado, considerando a totalidade do paciente (SATO, 2020).
A Homeopatia ganhou popularidade rapidamente devido aos seus resultados posi-
tivos e à abordagem individualizada de tratamento. No entanto, seu crescimento também
enfrentou críticas e controvérsias, principalmente por causa das altas diluições utilizadas
nos medicamentos homeopáticos, que muitas vezes são tão diluídos que não contêm mais
traços detectáveis da substância original (RAYA, 2021).
Apesar das controvérsias, a Homeopatia continua sendo uma opção terapêutica
utilizada por muitos pacientes em todo o mundo. Seu enfoque holístico, individualizado
e de estímulo à autorregulação do organismo continua a atrair aqueles que buscam uma
abordagem complementar ou alternativa à medicina convencional (LIRA, 2020).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 67
A Homeopatia busca tratar a causa subjacente dos sintomas, estimulando o sistema de
cura do organismo, em vez de simplesmente suprimir os sintomas (REIS, 2016).
4. Medicamentos de Primeira Linha: Na Homeopatia, existem medicamentos de
primeira linha que são frequentemente prescritos para condições comuns. Esses medi-
camentos são selecionados com base em sua eficácia e segurança, e são amplamente
utilizados em casos de resfriados, alergias, dores de cabeça, problemas digestivos e outras
condições agudas (REIS, 2018).
5. Terapia de Longo Prazo: A Homeopatia também é aplicada como uma terapia
de longo prazo para doenças crônicas. Nesses casos, o médico homeopata realiza uma
análise completa da saúde do paciente, incluindo a história médica, os sintomas físicos,
emocionais e mentais. Com base nessa avaliação abrangente, um tratamento homeopático
personalizado é prescrito para abordar a doença de forma holística (REIS, 2018).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 68
para cada paciente, levando em consideração sua constituição individual e a totalidade dos
sintomas apresentados.
Além disso, a Homeopatia valoriza a prevenção e o estímulo à saúde integral. Os
médicos homeopatas trabalham em parceria com os pacientes, fornecendo orientações
sobre hábitos de vida saudáveis, nutrição adequada, exercícios físicos e técnicas de rela-
xamento. Eles também buscam identificar fatores de estresse e desequilíbrios emocionais,
que podem estar contribuindo para os sintomas apresentados, e oferecem suporte emocio-
nal e terapêutico (BARROS, 2006).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 69
2
TÓPICO
TRATAMENTO
NATURAL CONTRA
DOENÇAS
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 70
2.1 Fundamentos da Homeopatia
Um princípio fundamental de tratamento na Homeopatia é o uso de medicamentos
específicos que são selecionados com base na lei dos semelhantes. Esse princípio afirma
que uma substância capaz de causar sintomas semelhantes aos de uma determinada
doença em uma pessoa saudável pode ser usada para tratar esses mesmos sintomas em
uma pessoa doente (LIRA, 2020).
O tratamento homeopático envolve uma avaliação abrangente do paciente, consi-
derando não apenas os sintomas físicos, mas também os aspectos emocionais, mentais e
individuais. O médico homeopata busca entender a totalidade dos sintomas e identificar os
desequilíbrios subjacentes que podem estar contribuindo para a doença (ZAMBERLAM, 2021).
Com base nessa avaliação, é prescrito um medicamento homeopático altamente
diluído e dinamizado, que é escolhido com base na individualidade do paciente. O medica-
mento homeopático visa estimular a capacidade de autorregulação e cura do organismo,
desencadeando uma resposta de cura específica para o paciente (SERRA, 2016).
O princípio de tratamento na Homeopatia também envolve o acompanhamento
regular do paciente. Durante as consultas de acompanhamento, o médico avalia a resposta
do paciente ao tratamento, faz ajustes na prescrição, se necessário, e monitora o progresso
ao longo do tempo (TEIXEIRA, 2017).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 71
entender não apenas os sintomas da doença, mas também os fatores que contribuem para
o desequilíbrio (TEIXEIRA, 2019).
4. Totalidade dos Sintomas: A Homeopatia considera a totalidade dos sintomas
do paciente. Em vez de focar apenas nos sintomas físicos, a Homeopatia busca compreen-
der a interconexão dos sintomas em diferentes níveis - físico, emocional e mental. Essa
abordagem holística permite uma compreensão mais completa do paciente e auxilia na
seleção do medicamento homeopático mais adequado (TEIXEIRA, 2021).
5. Estímulo à Cura: A Homeopatia busca estimular a capacidade inata do orga-
nismo de se curar. Em vez de suprimir os sintomas, o objetivo é ativar o processo de
cura natural do corpo. Acredita-se que os medicamentos homeopáticos, por meio de suas
propriedades energéticas, possam estimular o organismo a reequilibrar-se e restaurar sua
saúde. O tratamento homeopático busca fortalecer o sistema imunológico, aumentar a
vitalidade e promover o equilíbrio emocional e mental (BRACCINI, 2019).
Além desses princípios, a Homeopatia também leva em consideração outros as-
pectos importantes, como a história individual do paciente, o ambiente em que vive e sua
predisposição genética. Esses elementos auxiliam na compreensão do quadro clínico e no
desenvolvimento de um tratamento personalizado e adequado (AZAMBUJA, 2018).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 72
3
TÓPICO
APLICAÇÃO DA
HOMEOPATIA
camentos são obtidos a partir de substâncias naturais, como plantas, minerais e alguns
produtos animais. Essas substâncias passam por um processo de diluição e potencializa-
ção, que visa liberar suas propriedades curativas e torná-las seguras para uso terapêutico.
além de suas origens e históricos de uso na medicina tradicional (FELIPETTE LIMA, 2015).
características individuais de cada paciente. Cada pessoa é única e apresenta uma com-
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 73
3.1 Homeopatia e baixa imunidade
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 74
É importante ressaltar que a homeopatia não se limita apenas ao tratamento dos
sintomas físicos de baixa imunidade, mas também leva em consideração a história individual,
os aspectos emocionais e mentais do paciente. Isso ocorre porque a homeopatia acredita
que o estado emocional e mental de uma pessoa desempenha um papel fundamental na
saúde geral e na função do sistema imunológico.
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 75
O autor anterior mantém explicando que os remédios homeopáticos utilizados para
tratar a síndrome do pânico podem incluir substâncias naturais como Aconitum napellus,
Argentum nitricum, Arsenicum album, Gelsemium, entre outros. Essas substâncias são
diluídas em diferentes potências para evitar efeitos colaterais indesejados, e a escolha do
remédio e da potência adequada é feita com base na análise completa do paciente.
1. Aconitum napellus: Também conhecido como “aconitum” ou “napelo”, é um
remédio homeopático derivado da planta Aconitum napellus, conhecida como beladona-
-dos-alpes. É frequentemente usado para tratar sintomas agudos, como ansiedade, medo
intenso, ataques de pânico repentinos e palpitações cardíacas. Pode ser indicado para
pessoas que experimentam um início súbito de sintomas e que têm um medo intenso de
morrer (DA COSTA LACERDA, 2021).
2. Argentum nitricum: Este medicamento é obtido a partir do nitrato de prata. É
usado principalmente para tratar a ansiedade antecipatória e os medos associados. Pes-
soas que podem se beneficiar do Argentum nitricum geralmente apresentam um estado
de agitação mental e física, acompanhado de palpitações, tremores, tonturas e diarreia
devido à ansiedade. É frequentemente utilizado para tratar ansiedade antes de eventos
como exames, apresentações ou voos (DA COSTA LACERDA, 2021).
3. Arsenicum album: Originado do arsênico branco, o Arsenicum album é frequen-
temente prescrito para tratar ansiedade e medo excessivos, especialmente relacionados
à saúde, morte e doenças graves. As pessoas que podem se beneficiar deste remédio
homeopático costumam ser muito preocupadas, meticulosas e têm tendência a se sentirem
inseguras. Podem experimentar sintomas como tremores, insônia, sensação de queimação
no estômago e desejo por pequenos goles de água (ANDENA, 2023).
4. Gelsemium: Obtido a partir da planta Gelsemium sempervirens, também conhe-
cida como “jasmim-amarelo”, o Gelsemium é utilizado no tratamento de sintomas de ansie-
dade e medo intensos que estão associados a um estado de fraqueza e exaustão. Pessoas
que se beneficiam deste remédio homeopático geralmente apresentam uma sensação de
apatia, falta de motivação, tremores e medo de perder o controle em situações desafiado-
ras, como falar em público ou enfrentar eventos estressantes (RODRIGUES, 2022).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 76
4
TÓPICO
HOMEOPATIA
E O SUS
Galhardi (2013), informa que a homeopatia tem uma história de evolução dentro
do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. O SUS é o sistema de saúde público do país,
responsável por fornecer serviços de saúde para a população de forma gratuita e universal.
Com isso Barro (2006), segue a mesma linha de raciocínio da citação anterior,
afirmando que a homeopatia foi incluída oficialmente no SUS em 2006, por meio da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Essa política reconhece e
regulamenta o uso de diferentes práticas terapêuticas, incluindo a homeopatia, como parte
do sistema de saúde brasileiro. A PNPIC visa promover a integração de práticas tradicionais
e complementares à medicina convencional, buscando ampliar as opções terapêuticas
disponíveis aos usuários do SUS.
Da Silva (2021), relata que a inclusão da homeopatia no SUS trouxe benefícios sig-
nificativos para os pacientes. A partir dessa regulamentação, tornou-se possível o acesso
gratuito aos medicamentos homeopáticos em algumas unidades de saúde que oferecem
o serviço. Além disso, os médicos homeopatas foram reconhecidos como profissionais de
saúde habilitados para atuar dentro do sistema público.
A evolução da homeopatia no SUS envolveu o fortalecimento da capacitação de
profissionais de saúde nessa área, a criação de núcleos de pesquisa em homeopatia, a
elaboração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, bem como a ampliação da oferta
de serviços homeopáticos em diferentes regiões do país (DA SILVA, 2021).
Sendo assim, atualmente, o SUS conta com diversos centros de referência em
homeopatia distribuídos pelo Brasil. Esses centros oferecem atendimento médico ho-
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 77
meopático, fornecendo consultas e tratamento para diferentes condições de saúde. Além
disso, a homeopatia é praticada em algumas unidades básicas de saúde e em ambulatórios
especializados, contribuindo para a ampliação do acesso da população aos benefícios
dessa terapia (DA SILVA, 2021).
No entanto, é importante ressaltar que a oferta de serviços homeopáticos pode
variar de acordo com a região e a disponibilidade de profissionais capacitados. Apesar
dos avanços, ainda existem desafios a serem superados, como a ampliação da oferta de
serviços homeopáticos em áreas mais remotas e a garantia de uma formação adequada de
profissionais de saúde nessa área.
A evolução da homeopatia no SUS reflete o reconhecimento gradual da importân-
cia das terapias complementares e integrativas, incluindo a homeopatia, como alternati-
vas terapêuticas válidas. Essa abordagem amplia as opções de tratamento disponíveis,
promovendo uma abordagem mais holística e individualizada para a saúde dos pacientes
atendidos pelo SUS (AMORIM, 2020).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 78
muitas regiões do Brasil, especialmente em áreas remotas, cuidados homeopáticos e para
a dependência de práticas médicas convencionais (GUIMARÃES, 2022).
A capacitação e a formação de médicos homeopatas são outro desafio. A homeopa-
tia ainda não é amplamente integrada às grades curriculares das faculdades de medicina no
Brasil, o que limita o número de médicos com conhecimento e habilidades nessa área. A falta
de investimento na formação de profissionais homeopatas pode dificultar a expansão dos
serviços e a qualificação dos médicos homeopatas em todo o país (DO NASCIMENTO, 2022).
Almeida (2022), relata que a integração da homeopatia com a medicina conven-
cional também representa um desafio. Ainda existem obstáculos na comunicação e co-
laboração entre os profissionais de saúde, o que pode afetar a continuidade do cuidado
e a coordenação dos tratamentos. A falta de uma abordagem integrada entre a medicina
convencional e a homeopatia pode dificultar o trabalho conjunto de médicos homeopatas e
outros especialistas em benefício dos pacientes.
Por fim, o financiamento adequado dos serviços homeopáticos também é um de-
safio. A falta de reembolso pelo sistema de saúde e a dependência de recursos próprios
dos pacientes podem dificultar o acesso e a sustentabilidade dos serviços homeopáticos. A
ausência de políticas de financiamento claras e abrangentes pode limitar o crescimento e a
disseminação da homeopatia no Brasil (ROCHA, 2023).
A inclusão da homeopatia no Sistema Único de Saúde (SUS) traz uma série de bene-
fícios significativos. A homeopatia é uma abordagem terapêutica que se baseia nos princípios
da semelhança, individualização e estímulo à capacidade de autorregulação do organismo. Sua
inclusão no SUS amplia as opções de tratamento disponíveis para a população brasileira, pro-
movendo uma abordagem mais holística e individualizada no cuidado à saúde (BARROS, 2006).
Um dos principais benefícios da homeopatia no SUS é a possibilidade de oferecer
uma terapia complementar e integrativa. A homeopatia pode ser utilizada em conjunto com
outras modalidades de tratamento, como a medicina convencional, potencializando os re-
sultados terapêuticos. Essa integração contribui para uma visão mais abrangente da saúde
e uma abordagem multidimensional no cuidado dos pacientes (TEIXEIRA, 2021).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 79
A homeopatia é conhecida por seu enfoque na prevenção e tratamento de doenças
crônicas. Ao utilizar medicamentos homeopáticos adequados, é possível estimular o sistema
imunológico e a capacidade de autorregulação do organismo, ajudando a prevenir doenças
e a promover o equilíbrio do corpo e da mente. Isso pode resultar em uma melhoria signi-
ficativa na qualidade de vida dos pacientes, reduzindo a dependência de medicamentos
sintomáticos (FERREIRA, 2021).
Além disso, Dantas (2023), aponta que a homeopatia pode trazer benefícios para
o tratamento de condições agudas, como resfriados, gripes, dores de cabeça e distúrbios
gastrointestinais. Os medicamentos homeopáticos são escolhidos de acordo com a totalida-
de dos sintomas apresentados pelo paciente, considerando suas características individuais
e a natureza peculiar de sua condição. Essa abordagem personalizada pode resultar em
uma resposta terapêutica mais eficaz e duradoura.
A homeopatia também se destaca por sua abordagem segura e livre de efeitos
colaterais indesejados. Os medicamentos homeopáticos são altamente diluídos e dinami-
zados, o que os torna seguros mesmo para crianças, idosos e mulheres grávidas. Isso é
especialmente relevante no contexto do SUS, que busca oferecer tratamentos seguros e
acessíveis para toda a população (DANTAS, 2021).
Outro benefício importante da homeopatia é o potencial de reduzir a sobrecarga dos
serviços de saúde. Ao oferecer uma terapia complementar e integrativa, a homeopatia pode con-
tribuir para a redução da dependência de medicamentos convencionais e para a prevenção de
doenças crônicas, aliviando a demanda por serviços médicos e hospitalares (DANTAS, 2021).
Além disso, a inclusão da homeopatia no SUS abre espaço para pesquisas e estudos
científicos sobre sua eficácia e mecanismos de ação. A realização de pesquisas bem condu-
zidas pode fornecer evidências mais robustas sobre a eficácia e a segurança da homeopatia,
contribuindo para uma melhor compreensão dessa prática terapêutica (PEREIRA, 2021).
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 80
“A homeopatia foi reconhecida como especialidade médica em 1980. Após a criação do SUS, alguns estados
e municípios brasileiros começaram a oferecer atendimento homeopático aos usuários dos serviços públi-
cos de saúde. Em 2006, foi editada a Portaria 971, que assegura o acesso à homeopatia a estes usuários,
entre outras práticas integrativas e complementares. Diante disso, investigamos as percepções de estudan-
tes dos cursos de Farmácia, Medicina e Odontologia sobre a homeopatia e sua prática no SUS, tendo por
fundamento a teoria das representações sociais. Estas representações foram construídas com os seguintes
parâmetros: a homeopatia como terapêutica; a relação entre a homeopatia, no SUS e o princípio da inte-
gralidade. Os estudantes souberam relacionar o atendimento integral ao sujeito à compreensão de suas
necessidades a partir de sua realidade. Constatou-se desconhecimento sobre os pressupostos teóricos da
homeopatia e o não reconhecimento da incorporação da homeopatia no SUS, para a maioria dos estudan-
tes. Pode ser sugerido que a inserção dos futuros profissionais no contexto das atividades em saúde e o
acesso a outras racionalidades permitiriam uma escolha mais lúcida de suas práticas profissionais.”
“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio.”
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 81
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A homeopatia é um sistema de medicina alternativa que surgiu no final do século
XVIII, criado pelo médico alemão Samuel Hahnemann. Ele desenvolveu a teoria dos seme-
lhantes, baseada no princípio de que “o semelhante cura o semelhante”. Essa abordagem
terapêutica difere dos métodos convencionais de tratamento, pois utiliza substâncias alta-
mente diluídas e dinamizadas, conhecidas como medicamentos homeopáticos.
A homeopatia é amplamente reconhecida por seu enfoque no tratamento natural
de doenças. Os medicamentos homeopáticos são feitos a partir de substâncias de origem
vegetal, mineral ou animal, diluídas em água ou álcool e subsequentemente dinamizadas.
Essas substâncias são selecionadas com base na semelhança dos sintomas apresentados
pelo paciente com os efeitos que elas podem produzir em indivíduos saudáveis. Acredita-
-se que a administração dessas substâncias estimule a capacidade de autorregulação do
organismo, desencadeando um processo de cura natural.
Ela pode ser utilizada no tratamento de doenças agudas, como resfriados, gripes, dores
população brasileira. A inclusão da homeopatia no SUS permite que mais pessoas tenham
acesso a uma terapia complementar e integrativa, que visa tratar o indivíduo como um todo,
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 82
No entanto, é importante ressaltar que a implementação e a expansão da ho-
mentar, que pode proporcionar benefícios significativos no tratamento de uma ampla gama
existam desafios, a homeopatia no SUS tem o potencial de contribuir para uma saúde mais
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 83
LEITURA COMPLEMENTAR
Homeopatia: ciência, filosofia e arte de curar
Fonte: TEIXEIRA, M. Z. Homeopatia: ciência, filosofia e arte de curar. Revista De Medicina, 85(2), 30-43, 2006.
Disponível em: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v85i2p30-43 Acesso em: 10 jun. 2023.
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 84
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
• Título: Guia de medicina homeopática
• Autor: Dr. Nilo Cairo
• Editora: Cienbook
• Sinopse: O guia abrange tanto profissionais da área médica
quanto pacientes leigos em busca de orientações terapêuticas. A
25ª edição preserva o conteúdo clássico, mas foi atualizada de
acordo com a nova ortografia. Além disso, o projeto gráfico foi pen-
sado para facilitar o acesso às informações sobre medicamentos
e enfermidades. Desde as origens da Homeopatia até a descrição
completa dos medicamentos e suas indicações terapêuticas para
diferentes tipos de doenças, esta obra atende tanto aos profis-
sionais da área de saúde, como medicina, medicina veterinária,
odontologia e farmácia, quanto a interessados em buscar o resta-
belecimento de sua saúde por meio dos princípios oferecidos pela
Medicina Homeopática.
FILME/VÍDEO
• Título: Nise - O Coração da Loucura
• Ano: 2016.
• Sinopse: Ao voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico no
subúrbio do Rio de Janeiro, após sair da prisão, a doutora Nise da
Silveira (Gloria Pires) propõe uma nova forma de tratamento aos
pacientes que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque
e lobotomia. Seus colegas de trabalho discordam do seu meio de
tratamento e a isolam, restando a ela assumir o abandonado Setor
de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de lidar
com os pacientes, através do amor e da arte.
UNIDADE 3 HOMEOPATIA 85
4
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
.............................................................
UNIDADE
TERAPIA
QUÂNTICA
Plano de Estudos
• Origem da terapia quântica.
• Campo vibratório.
• Transmutação da consciência.
• Demais terapias vibracionais.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a história do início do estudo da terapia
quântica.
• Compreender sobre o contexto do campo vibracional e alterações
celulares.
• Estabelecer a importância da existência sobre o poder da
transmutação da consciência.
• Ter ciência das demais terapias com poder de cura na vibração
celular.
INTRODUÇÃO
Bem-vindo (a), aluno (a), a uma jornada fascinante pelo mundo da Terapia Quân-
tica e suas ramificações vibracionais! Preparem-se para explorar conceitos inovadores e
descobrir as maravilhas por trás dessas práticas terapêuticas que têm conquistado cada
vez mais espaço no cenário atual.
Vamos iniciar compreendendo a origem da Terapia Quântica. Essa abordagem
terapêutica tem suas raízes na física quântica, uma área da ciência que estuda o compor-
tamento das partículas subatômicas e suas interações energéticas.
No campo da Terapia Quântica, parte-se do princípio de que tudo no universo é
composto por energia, incluindo os seres humanos. Com base nessa perspectiva, a Terapia
Quântica busca compreender e utilizar as propriedades vibracionais e energéticas para
promover o equilíbrio e a cura.
O campo vibratório é uma peça-chave na Terapia Quântica. Ele representa o con-
junto de energias e frequências que envolvem um ser vivo, influenciando sua saúde física,
mental e emocional. Segundo essa perspectiva, cada pessoa possui um campo vibratório
único e individual.
A Terapia Quântica utiliza diversas técnicas, como a emissão de frequências es-
pecíficas e o uso de dispositivos vibracionais, para interagir com o campo vibratório dos
indivíduos. Essa interação visa restaurar o equilíbrio energético, aliviar sintomas, promover
o bem-estar e estimular o processo de autocura.
A transmutação da consciência é um conceito central na Terapia Quântica. Ela se
refere à capacidade de elevar o estado de consciência de uma pessoa, expandindo sua per-
cepção e compreensão sobre si mesma, o universo e a interconexão entre tudo o que existe.
Através de práticas terapêuticas quânticas, como a meditação, a visualização criativa
e a reconexão com a natureza, busca-se promover uma transformação profunda na consciên-
cia. Isso pode resultar em uma maior clareza mental, um sentido de propósito mais elevado, a
cura de padrões negativos e a abertura para um estado de harmonia e paz interior.
Além da Terapia Quântica, existem diversas outras terapias vibracionais que mere-
cem nossa atenção. Cada uma delas aborda a influência das energias sutis e vibracionais
em nossa saúde e bem-estar. Dentre as mais conhecidas, podemos citar a acupuntura, a
cromoterapia, a aromaterapia, a musicoterapia e a terapia com cristais.
ORIGEM DA
TERAPIA QUÂNTICA
CAMPO
VIBRATÓRIO
Agora vamos explorar o domínio vibratório. O ser humano é constituído por uma
matriz energética complexa, na qual a atividade contínua e giratória do núcleo atômico no
interior das células desempenha um papel crucial. Essa rotação incessante pode ser afeta-
da por diversos fatores, tais como desequilíbrios emocionais, resultando em alterações no
campo vibratório da pessoa. Consequentemente, podem surgir desequilíbrios potenciais
nos níveis físico, mental e espiritual (RAMOS, 2015).
É importante ressaltar que o campo vibratório de uma pessoa pode ser transmitido a ou-
tros indivíduos, bem como a objetos e ambientes circundantes. No entanto, é possível modificar
esse campo vibratório por meio da mudança de pensamentos e comportamentos, visando alcan-
çar um estado de equilíbrio. Além disso, práticas como meditação e psicoterapia são exemplos de
abordagens que podem auxiliar na busca desse equilíbrio vibratório (RAMOS, 2015).
Peruzzo (2014), afirma em seu estudo que o campo vibratório é um conceito fun-
damental na compreensão dos fenômenos energéticos e da interação entre os diversos
elementos presentes no universo. Para compreendermos de forma mais abrangente esse
conceito, é necessário adentrar em alguns princípios fundamentais da física quântica e da
teoria das vibrações.
TRANSMUTAÇÃO
DA CONSCIÊNCIA
é fundamental compreender que, assim que expressamos algo, seja positivo ou negativo,
Por exemplo, quando uma pessoa se nega a realizar algo, mesmo sem tentar pre-
viamente, isso provoca uma resposta automática em seu cérebro, que passa a entender que
essa tarefa. Portanto, é de suma importância adotar exercícios de afirmação positiva, subs-
exemplo, pode-se realizar uma abordagem que envolve identificar os objetivos para uma
vel. O primeiro passo é realizar uma inspiração lenta e profunda, contando de um a quatro.
Em seguida, o ar é retido nos pulmões por quatro segundos e, finalmente, é feita uma
expiração lenta e controlada, que se prolonga por até oito segundos. Esse exercício pode
ser repetido até sete vezes para obter os benefícios desejados (MARTINS, 2021).
DEMAIS TERAPIAS
VIBRACIONAIS
A etapa preparatória para uma sessão de Reiki compreende uma série de pro-
cedimentos. O terapeuta, com amplo domínio da técnica, realizará a remoção da carga
energética do ambiente. Posteriormente, o paciente assumirá a posição deitada, permitindo
ao terapeuta a aplicação da imposição das mãos. Durante todo o desenrolar da sessão, o
terapeuta exercerá um papel ativo, auxiliando o paciente a manter-se engajado em aspectos
específicos, tais como a supressão da irritabilidade, a desconsideração de preocupações, o
cultivo da gratidão, da gentileza e do amor (STEIN, 2003).
Outra modalidade terapêutica que envolve a imposição das mãos é a Johrei, de
origem chinesa. Nessa prática, o terapeuta realiza a transmissão de energia por meio do
toque direto (SAAD, 2020).
No âmbito da terapia floral, o foco reside na busca da cura emocional do paciente.
Os florais são capazes de promover a harmonização dos aspectos emocionais do indivíduo,
atuando no bloqueio de sentimento de culpa, tristeza, ansiedade e até mesmo depressão.
Esta terapia foi concebida por Edward Bach, que identificou a possibilidade de substân-
cias naturais energizarem e conduzirem à cura, passando por quatro estágios distintos:
relaxamento, reconhecimento, resistência e renovação. Bach desenvolveu um total de 38
essências a partir de flores silvestres, enquanto os florais de Saint Germain se destacam
por possuir uma energia vibratória de alta potência, propiciando ao indivíduo uma jornada
de autoconhecimento. A título de exemplo, mencionam-se o Mimulus e o Cherry Plum, indi-
cados para o enfrentamento do medo, o Gentian, para combater o desânimo, o Impatiens,
recomendado para indivíduos que se isolam, e o Centaury, apropriado para aqueles que
apresentam submissão excessiva (SCHEFFER, 1981).
Fonte: DOS SANTOS, J. M. C. G.; LOPES, P. Q. Teoria quântica e terapia vibracional, uma nova visão a ser in-
serida nas práticas integrativas e complementares: uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Práticas
Integrativas e Complementares em Saúde, [S. l.], v. 5, n. 5, p. 142–176, 2016.
“Tolo é quem acha que a felicidade não é um destino a ser alcançado, grandioso é quem encara que é a
maneira de viver o caminho.”
Fonte: VELLOSO, A. F. Medicinas alternativas e holísticas e a política nacional de práticas integrativas e complementares
em saúde- desafios da atualidade. Rev Bras Med Fam Comunidade. 22º de junho de 2012 [citado 27º de junho de
2023];7(1):5. Disponível em: https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/506 Acesso em: 10 jun. 2023.
FILME/VÍDEO
• Título: A Cabana
• Ano: 2017.
• Sinopse: Após sofrer uma tragédia familiar, Mack Phillips mergulha
em uma profunda depressão que o leva a questionar suas crenças
mais íntimas. Enfrentando uma crise de fé, ele recebe uma carta
misteriosa instigando-o a ir a uma cabana abandonada nas florestas
do Oregon. Apesar de suas dúvidas, Mack decide embarcar nessa
jornada até a cabana e lá encontra um trio enigmático de estranhos
liderados por uma mulher chamada Papa. Através desse encontro,
Mack descobre verdades importantes que transformarão sua com-
preensão sobre sua tragédia e mudarão sua vida para sempre.
105
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AGGARWAL, A. Fígado: Detox, Gordura No Fígado & Doenças Crônicas: Dieta & Re-
médios Naturais Para O Fígado, Síndrome Do Intestino Permeável, Perda De Peso, Saúde
Mental, Hormônios, Câncer & Cuidados Com A Pele. Dr. Ameet Aggarwal ND, 2020.
ALVES, J. P.; CORREIA, G. W. B. Além das 4 paredes: bioenergética social. 1. ed. Recife:
Libertas, 2015.
106
ANDRADE, F. S. O uso de plantas medicinais e fitoterápicos em unidades do sus no
município de São Felipe. BA, 2018.
BAHMANI, M et al. Obesity phytotherapy: review of native herbs used in traditional medicine
for obesity. Journal of evidence-based complementary & alternative medicine, v. 21, n.
3, p. 228-234, 2016.
107
BARROS, N. F. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS: uma
ação de inclusão. Ciência & Saúde Coletiva, v. 11, p. 850-850, 2006.
BASU, A et al. Green tea minimally affects biomarkers of inflammation in obese subjects
with metabolic syndrome. Nutrition, v. 27, n. 2, p. 206-213, 2011.
BOUTENKO, V. Detox total 7 dias: O plano simples com receitas de sucos e sopas para
limpar seu corpo, emagrecer e se sentir melhor. Editora Gente Liv e Edit Ltd, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 971, maio de 2006. Aprova as Práticas Integrativas
e complementares. Brasília: Ministério da Saúde, 2006a.
108
BRASIL. Portaria Interministerial nº 2.960. Aprova o Programa Nacional de Plantas Medi-
cinais e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 dez. Seção 1, nº 240, p.56, 2008.
109
CHAVES, T. C. B et al. Ineficiência da Thuja occidentalis no tratamento dos poxvirus aviá-
rios. Ciência Rural, v. 36, p. 1334-1336, 2006.
COCCHIARA, Rosario Andrea et al. The use of yoga to manage stress and burnout in heal-
thcare workers: a systematic review. Journal of clinical medicine, v. 8, n. 3, p. 284, 2019.
COLALTO, C. What phytotherapy needs: Evidence-based guidelines for better clinical prac-
tice. Phytotherapy research, v. 32, n. 3, p. 413-425, 2018.
110
DA COSTA LACERDA, E; LOBO, L. C; GUIMARÃES, L. Homeopatia no tratamento da
ansiedade. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, v. 7, n. 9,
p. 652-664, 2021.
DA COSTA SANTOS, H. M et al. Análise das argilas para uso estético e medicinal Analysis
of clay for aesthetic and medicinal use. Brazilian Journal of Development, v. 8, n. 4, p.
31448-31467, 2022.
111
DE ALMEIDA, B. A. D et al. Chá, reza e benzeção. Revista de Ciências da Saúde Básica
e Aplicada, v. 5, p. 1-15, 2022.
DE FARIA, Ana Eliza Durães et al. Terapias alternativas e complementares e seu uso na
odontologia–revisão de literatura alternative and complementary therapies and its use in
dentistry-literature review. Revista da Faculdade de Odontologia da Universidade Fede-
ral da Bahia, v. 51, n. 1, 2021.
112
DEVEZA, Antonio Cesar Ribeiro Silva. Ayurveda–a medicina clássica indiana. Revista de
Medicina, v. 92, n. 3, p. 156-165, 2013.
DORTA, E. J.; Introdução. In: Escala Rural: especialdeplantas medicinais. 1(4):1-62. São
Paulo: Escala Ltda; 1998.
ELDIN, S.; DUNFORD, A. Fitoterapia na atenção primária a saúde. São Paulo: Manole;
2001.
113
EUZÉBIO, J. D; OLIVEIRA, M. P. R. Manifestações bucais na infância de doenças infec-
tocontagiosas: conhecer para reconhecer. 2021.
FERRAZ, Ana Caroline Hadlich; LUDWIG, Daniel Brustolin. Os desafios para a aceitação
da homeopatia como uma prática integrativa e complementar no SUS. Infarma-Ciências
Farmacêuticas, v. 32, n. 3, p. 223-231, 2020.
114
FRANÇA, I. S. X et al. Medicina popular: benefícios e malefícios das plantas medicinais.
Revista brasileira de enfermagem, v. 61, p. 201-208, 2008.
115
HELLMANN, F. Termalismo social no sistema único de saúde: ampliando ações e olhares
quanto ao uso terapêutico da água. Cadernos de Naturologia e Terapias Complementa-
res, v. 3, n. 5, p. 9-11, 2014.
KESTLER, I. M. F. Johann Wolfgang von Goethe: arte e natureza, poesia e ciência. His-
tória, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 13, p. 39-54, 2006.
116
LIMA, A. R. N et al. Efeitos do Alho (Allium Sativum L.) Sobre a Hipertensão Arterial Sistê-
mica. International Journal of Nutrology, v. 11, n. S 01, p. Trab354, 2018.
LIMA, R. K. et al. Bactericidal and antioxidant activity of essential oils from Myristica fragrans
Houtt and Salvia microphylla HBK. Journal of the American Oil Chemists’ Society, v. 89,
n. 3, p. 523-528, 2012.
LÓPEZ, G. B. Plantas medicinales: Una farmacia natural para la salud pública. Paideia XXI,
v. 6, n. 7, p. 159-170, 2017.
LOWEN, A.; LOWEN, L. Exercícios de bioenergética. O caminho para uma saúde vibran-
te. 8. ed. Tradução de Vera Lúcia Marinho e Suzana Domingues de Castro. São Paulo:
Ágora, 1985.
LUVISON, Aline; MAEYAMA, Marcos Aurélio; NILSON, Luana Gabriele. Análise das Práti-
cas Integrativas e Complementares em saúde sob a luz da integralidade. Brazilian Journal
of Health Review, v. 3, n. 2, p. 2634-2650, 2020.
117
MACEDO, W. L. R. Uso da fitoterapia no tratamento de doenças crônicas não transmissí-
veis: revisão integrativa. Revista Brasileira Interdisciplinar de Saúde, 2019.
MACHADO, Milena Pereira Melo et al. Análise de água dos bebedouros do Instituto Federal
Fluminense campus Campos Guarus. Confict, v. 14, n. 1, 2022.
MARQUES, Júlio César Silva; DANTAS, Luciana Arantes; DE SOUSA, Tainara Leal. EFI-
CÁCIA DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO DO PARKINSON. Revista Multidisciplinar
do Nordeste Mineiro, v. 3, p. 03, 2023.
MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J.E. Plantas medicinais.
Viçosa: Ed. UFV, 2000.
118
MENDES, D. S et al. Benefícios das práticas integrativas e complementares no cuidado de
enfermagem/Benefits of integrative and complementary practices in nursing care/Beneficios
de las prácticas integrativas y complementarias en el cuidado de enfermería. Journal Heal-
th NPEPS, v. 4, n. 1, p. 302-318, 2019.
119
NETO, D.; ROSSI, T. Homeopatia: uma revisão da literatura. Revista de Ensino e Cultura,
v. 1, n. 4, p. 111, 2018.
OURIVES, E. DNA da cocriação: Sintonize seu Novo Eu. São Paulo: Gente, 2020.
120
PETROVSKA, B. B. Historical review of medicinal plants’ usage. Pharmacognosy re-
views, v. 6, n. 11, p. 1, 2012.
RANGEL, Camila Felipe et al. A Homeopatia Em Crianças Com Doenças Respiratórias. RE-
VISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO–SÃO GONÇALO, v. 6, n. 12, 2023.
121
RIBEIRO, C. S. S; COGHETTO, C. C; ROSA, C. B. Recomendações nutricionais no tra-
tamento da Doença de Hashimoto. ANAIS DA MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO
CESUCA-ISSN 2317-5915, n. 16, p. 705-705, 2022.
122
SANCHES, R. L. Curar o corpo, salvar a alma: as representações do Yoga no Brasil.
Universidade Federal da Grande Dourados, 2017.
SARRICO, Leonardo Damas et al. Um estudo do uso de chás da hortelã (Mentha x Villosa
Huds), folha de Maracujá (Passiflora Edulis), Camomila-vulgar (Matricaria Chamomilla L.)
E de Erva-cidreira (Melissa Officinalis) no auxílio ao tratamento e prevenção à ansiedade:
uma revisão bibliográ: A study of the use of mint (Mentha x Villosa Huds), passion fruit
leaf (Passiflora Edulis), Chamomile (Matricaria Chamomilla L.) and Lemon balm (Melissa
Officinalis) teas in the treatment and prevention of anxiety: a bibliographic review. Brazilian
Journal of Development, v. 8, n. 9, p. 61985-62005, 2022.
SCHEFFER, M. Terapia floral do Dr. Bach: Teoria e prática. Tradução de Octavio Mendes
Cajado. São Paulo: Pensamento, 1981.
123
SILVA, H. G. N.; et al. Retrato sociocultural: o uso de plantas medicinais por pacientes
idosos com diabetes melittus tipo 2. Revista Interdisciplinar, v. 11, n. 4, p. 21-29, 2018.
SILVA, José Adailton Lima et al. Obtenção de água potável a partir do uso da energia solar
disponível na região do semiárido paraibano. Revista ESPACIOS| Vol. 37 (Nº 32), 2016.
SIQUEIRA, Ana Bolena Luna; MARTINS, René Duarte. Prescrição fitoterápica por nutricio-
nistas: percepção e adequação à prática. VITTALLE-Revista de Ciências da Saúde, v. 30,
n. 1, p. 72-83, 2018.
STEIN, D. Reiki essencial. Manual completo sobre uma antiga arte de cura. Tradução de
Renata Maria Matosinho Wentzcovitch. São Paulo: Pensamento, 2003.
124
STERN, F. L. Reflexões sobre o uso da nomenclatura “medicina tradicional” pela Naturo-
logia. Cadernos de Naturologia e Terapias Complementares, v. 3, n. 4, p. 53-63, 2014.
UNITED NATIONS – UN. Committee on Economic, Social and Cultural Rights. General
Comment 15: The right to water (Twenty-ninth session, 2003). Geneva, 2003.
125
VOLPINI, C. P et al. Avaliação do conhecimento de estudantes do curso de farmácia do
Unianchieta sobre prescrição farmacêutica. Revista Multidisciplinar da Saúde, v. 3, n. 3,
p. 8-21, 2021.
126
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
Praça Brasil , 250 - Centro
CEP 87702 - 320
Paranavaí - PR - Brasil
TELEFONE (44) 3045 - 9898