PAR - Unidade 4

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Curso

Plano de Ações
Articuladas - PAR
Caderno de estudos: Unidade IV
Assessor de Educação Corporativa Designers instrucionais Designers gráficos
Carlos Alfredo Sitta Fortini Elenita Rodrigues da Silva Luz Fernando B. P. Simon – Labtime/UFG
Maysa Barreto Ornelas Thaynara A. Rabelo Alves – Labtime/UFG
Coordenadoras do Projeto Thaynara A. Rabelo Alves – Labtime/UFG
Andreia Couto Ribeiro Ilustrador
Maria Angélica Floriano Pedrosa Revisoras Jonathas Ramos – Labtime/UFG
Conteudistas Lana Karla Duques Neves
Ana Luiza Cruz Sá Barreto Maria Angélica Floriano Pedrosa Diagramadores
Andressa Maria Rodrigues Klosovski Nadia Mara Silva Leitao Fernando B. P. Simon – Labtime/UFG
Eriane de Araujo Dantas Sarah de Oliveira Santana Thaynara A. Rabelo Alves – Labtime/UFG
Iara da Paixao Correa Teixeira
Marcia Soares de Oliveira
Tayana Ferreira Machado

P712 Plano de Ações Articuladas – PAR: Caderno de estudos / Programa


Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE.
Assessoria de Educação Corporativa. - 1. ed. - Brasília : MEC, FNDE, 2019.

170 p.: il. color. – (Formação pela Escola)

1. 1. Politica educacional – Brasil. 2. Planejamento educacional - Brasil. I.


Plano de Ações Articuladas (Brasil). II. Programa Nacional de Formação
Continuada a Distância nas Ações do FNDE. II. Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (Brasil). III. Título. IV. Série.

CDU 37.014.5(81)
Unidade IV
Etapas da elaboração
do PAR no Simec
Sumário
Unidade IV – Etapas da elaboração do PAR no Simec ________________________________________________________5
Introdução _________________________________________________________________________________________________ 5
4.1 Etapa Preparatória _________________________________________________________________________________________ 5
4.2 Diagnóstico _____________________________________________________________________________________________ 15
4.3 Planejamento ____________________________________________________________________________________________22
4.4 Termo de compromisso ____________________________________________________________________________________ 26
4.5 Transferência de recursos __________________________________________________________________________________ 27

Ampliando seus horizontes ________________________________________________________________________________ 29


Referências ________________________________________________________________________________________________ 29
Glossário __________________________________________________________________________________________________ 39
Lista de siglas ______________________________________________________________________________________________ 41
Unidade IV – Etapas da elaboração do PAR no Simec

Introdução

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


Nesta Unidade, você vai conhecer a estrutura do Plano de Ações Articuladas (PAR) no Sistema Integrado de Monitoramento,
Execução e Controle (Simec), identificando cada uma das etapas, desde a Preparatória, passando pela do Diagnóstico e finalizan-
do com a do Planejamento. Vai conhecer, ainda, as principais características do termo de compromisso, documento que viabiliza
a efetivação das ações propostas no PAR, e que contribui para a melhoria dos indicadores educacionais de sua localidade.
Após percorrer esse caminho, você estará apto a contribuir ativamente no planejamento do PAR e nas ações educacionais de
seu município, estado ou do Distrito Federal, além de conhecer um instrumento fundamental de planejamento educacional.

4.1 Etapa Preparatória


Esta é a etapa inicial para que o município, o estado e o Distrito Federal possa elaborar o seu PAR. É nela que são preenchidas
e confirmadas várias informações básicas sobre o ente. Estão divididas da seguinte forma: “Dados da Unidade, Plano Nacional de
Educação, Questões Estratégicas, Execução e Acompanhamento e Pendências. Trata-se de uma etapa determinante, pois essas
5
informações são as norteadoras do contato do MEC e do FNDE b) Equipe – são os dados cadastrais da Equipe Técnica da Pre-
com os entes federados. Somente após o término dessa etapa, feitura ou da Secretaria Municipal/Estadual de Educação, da
será possível passar à fase de Diagnóstico. Equipe Local e dos nutricionistas.
Vamos conhecer mais aprofundadamente o conteúdo de c) Conselhos – diz respeito aos dados cadastrais do Conse-
cada tópico. lho de Acompanhamento e Controle Social (CACS-Fundeb),
dos Conselheiros de Educação e do Conselho de Alimentação
4.1.1 Dados da Unidade Escolar (CAE).

?
Os Dados da Unidade são as informações cadastrais da
entidade e de seus respectivos dirigentes, dos integrantes da Como esses dados são cadastrados?
Equipe Técnica e dos Conselhos. Elas são muito importantes, Como faço para atualizar esses dados?
porque representam o principal meio de contato do MEC e do
FNDE com os responsáveis pelo PAR em seu município, estado
ou Distrito Federal.
Todos os dados da Prefeitura, do(a) Prefeito(a), do(a)
Secretário(a) Estadual/Distrital e da Secretaria Municipal/Esta-
dual/Distrital de Educação são oriundos do sistema de cadas-
tro e habilitação de entes e entidades junto ao FNDE. Caso haja
necessidade de alteração de dados, ou algum campo esteja
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

sem preenchimento, o município, estado ou DF deve entrar


em contato com o FNDE para os ajustes necessários. Se a atua-
lização for referente ao CNPJ, CPF, Nome ou Razão Social, será
preciso contatar a Receita Federal do Brasil (RFB), uma vez que
essas informações são alimentadas no sistema de cadastro e
habilitação a partir da base de dados da Receita.
Já o cadastro do dirigente municipal de educação, ao con-
trário dos anteriores, é realizado diretamente no Simec pelo
prefeito(a). Uma vez efetuado o cadastramento, o sistema
Nessa etapa, é importante que você atente para o preenchi- envia a senha de acesso ao e-mail cadastrado.
mento correto das informações a seguir:
Os dados da equipe referem-se ao cadastro dos integrantes
a) Dirigentes – referem-se aos dados cadastrais da Prefeitura, da Equipe Técnica, da Equipe Local e da Equipe de Nutricionis-
do(a) Prefeito(a), da Secretaria Municipal de Educação e do(a) tas. A responsabilidade pelo cadastro dessas equipes é do(a)
Dirigente Municipal de Educação (DME). prefeito(a) ou do dirigente municipal de educação.
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? Você sabe qual a diferença entre Equipe Técnica e
Equipe Local?


Representante do Quadro Técnico-administrativo das
Escolas.
Representante dos Conselhos Escolares.
• Representante dos Coordenadores ou Supervisores
Escolares.
A Equipe Técnica é responsável por auxiliar o dirigente muni- • Representante dos Diretores de Escola.
cipal/estadual/distrital de educação na elaboração, implemen-
tação, execução e monitoramento do PAR. A Equipe Local tem • Representante dos Professores da Zona Rural.
como função o acompanhamento da implementação do PAR • Representante dos Professores da Zona Urbana.
no estado, no Distrito Federal e no município. No caso da Equi-
pe Técnica, podem ser cadastrados até 3 técnicos.
Outros segmentos podem ser convidados para integrarem
a Equipe Local, como, por exemplo, um técnico da secretaria
de planejamento da prefeitura municipal, um representante da
rede estadual de educação e outros. Não há limite para o cadas-

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


tramento de integrantes no sistema. O importante é valorizar a
participação democrática, orientando e fortalecendo a gestão
da educação básica pública de sua localidade.
O cadastro da Equipe de Nutricionistas passou a ser feito no
Simec em substituição ao Sistema de Cadastro de Nutricionis-
tas do PNAE (Sinutri). O objetivo dessa mudança foi facilitar o
processo de vinculação e desvinculação dos nutricionistas do
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), além de
A Equipe Local deverá contemplar a presença dos seguintes evitar possíveis erros no preenchimento dos dados.
segmentos:
Outra informação que compõe os Dados da Unidade refere-
-se aos dados cadastrais do Conselho de Acompanhamento
• Representante da Secretaria Estadual/Municipal/Dis- e Controle Social, o CACS-Fundeb. As informações desse con-
trital de Educação. selho são provenientes do Sistema CACS-Fundeb, disponível
• Representante do Conselho Estadual/Municipal/Dis­ no portal do FNDE para cadastramento dos conselheiros do
trital de Educação. Fundeb. Sempre que houver alguma alteração na composi-
ção do colegiado, as informações devem ser atualizadas nesse

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?
Sistema. Mais à frente, na Unidade VI, você verá qual o papel do
controle social no PAR.
O que é Conselho de Alimentação Escolar (CAE)?

? O que é Conselho Municipal/Estadual/Distrital de


Educação?
O CAE é responsável pelo controle social do PNAE. Para
o desempenho dessa função, o CAE tem como atribuição
acompanhar a aquisição dos produtos, a qualidade da
alimentação ofertada aos alunos, as condições higiênico-
O Conselho Municipal ou Estadual de Educação é “um
sanitárias em que os alimentos são armazenados, preparados
instrumento de participação da sociedade civil na avaliação,
e servidos, a distribuição e o consumo, a execução financeira
definição e fiscalização das políticas educacionais, dentre
e a tarefa de avaliação da prestação de contas das Entidades
outras ações”, conforme definido pelo Ministério da Educação
Executoras (EEx) e emissão do Parecer Conclusivo.
(MEC). Caso o município possua Conselho Municipal de
Educação, os seus membros devem ser informados no Simec.
Caso não o possua, deverá ser assinalada no Simec a seguinte
informação: “Este município não possui Conselho Municipal
de Educação, tendo as respectivas funções efetuadas pelo
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

Conselho Estadual de Educação.”

Os dados do CAE, do presidente do conselho e dos conse-


lheiros devem ser cadastrados no Simec. As informações refe-
rentes ao conselho a serem inseridas são as relacionadas ao
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endereço e ao ato legal que designa os membros do respec- com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação
tivo conselho. Ainda deverão ser inseridos os dados do presi- (Undime), criando uma Rede de Assistência Técnica, com o
dente do conselho e dos conselheiros, com a informação se objetivo de orientar as Comissões Coordenadoras locais para
são membros titulares ou suplentes, com a obrigatoriedade de a elaboração dos planos.
anexação da ata ou do ofício de indicação do representante.

As informações detalhadas sobre o cadastramento


dos Dados da Unidade estão disponíveis do Manu-
al de Diagnóstico do PAR, no endereço eletrônico:
http://www.fnde.gov.br/programas/par/areas-
-para-gestores/manuais.

4.1.2 Plano Nacional de Educação


Como você já viu nas unidades anteriores, o atual Plano

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


Nacional de Educação (PNE) foi instituído pela Lei nº 13.005,
de 25 de junho de 2014, para uma vigência de dez anos. Você
também já sabe que o PNE (2014 – 2024) determina as diretri- Algumas características fundamentais acerca dos planos
zes, as metas e as estratégias para a política educacional para o estaduais/municipais/distrital de educação devem ser obser-
período de uma década. vadas:

?
• O plano municipal deve estar alinhado ao plano do
Qual a relação do PNE com os planos municipais, seu estado e ao PNE. Por conseguinte, o plano esta-
dual também deve guardar consonância com o PNE.
estaduais e distrital de educação e com o PAR?
• O plano, como o próprio nome define, deve ser do
município, e não apenas da rede ou do sistema muni-
cipal de educação e deve atender às necessidades
educacionais do cidadão daquela localidade. Da mes-
Após a publicação do PNE, os esforços foram direcionados ma forma, o plano estadual deve ser do estado referi-
para a elaboração ou adequação dos planos estaduais, distri- do e atender às necessidades educacionais do estado.
tal e municipais de educação, que devem seguir na mesma
• Deve possuir caráter intersetorial, ou seja, deve
direção que o Plano Nacional. O MEC atuou em parceria com
ser elaborado em parceira com as instituições
o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e
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O PAR pode ser definido como uma ferramenta de gestão
governamentais e contar com a participação ativa da para o planejamento da política educacional dos estados, do
sociedade. Distrito Federal e dos municípios para um período de quatro
anos. É um planejamento plurianual das políticas educacionais
• Deve estar articulado aos demais instrumentos de pla-
locais em que os entes elaboram o plano de trabalho a fim de
nejamentos locais: Plano Plurianual (PPA), Lei de Dire-
desenvolver ações que contribuam para a ampliação da oferta,
trizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária Anual
a permanência e melhoria das condições escolares e, conse-
(LOA), Plano de Ações Articuladas (PAR), entre outros.
quentemente, para a melhoria da educação básica. O plano de
• Deve ter legitimidade, isto é, precisa contar com o trabalho é o instrumento de diagnóstico e planejamento da
apoio de todos na sua elaboração e posteriormente, política educacional.
para monitorar seus resultados e impulsionar a sua
Assim podemos estabelecer a correlação entre esses instru-
concretização, por meio da mobilização da sociedade
mentos da gestão educacional, conforme esquema na Figura
ao longo dos seus dez anos de vigência.
7, a seguir:

A Lei nº 13.005/2014, que aprovou o PNE, prevê em seu art. Figura 7 – Relação entre PNE, planos (municipal/estadual/
8º a participação da comunidade educacional e da sociedade distrital) e PAR
civil na elaboração e adequação dos planos. Assim, é impor-
tante a participação da sociedade tornando o processo de
elaboração ou adequação dos planos democrático e partici- PNE
pativo. A recomendação do MEC é de que todos os cidadãos
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

devem participar do processo de elaboração ou adequação


do Plano do seu município ou estado. Essa participação se PEE/ PME
dá por intermédio de entidades ligadas à educação como a
Associação de Pais, Alunos e Professores, Associação de Pais
e Amigos dos Excepcionais, Associação de Pais e Mestres e
sindicatos. Você pode, ainda, se informar junto à Comissão PAR
Coordenadora responsável pela elaboração ou adequação
do plano na sua localidade para obter informações sobre o
andamento das atividades e como você poderá participar ati-
vamente desse processo. Note que os instrumentos de planejamento da política edu-
A Lei nº 12.695, de 25 de julho de 2012, diz que o PAR tem o cacional guardam estreita relação entre si e conformidade com
objetivo de “promover a melhoria da qualidade da educação o PNE. Dessa forma, o PAR deve ser elaborado em consonância
básica pública, observadas as metas, diretrizes e estratégias com o PNE e com os planos estaduais, distrital e municipais
do Plano Nacional de Educação”. de educação. Assim, tendo como documento de referência o
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PAR, o Governo Federal, por meio do MEC e do FNDE, prioriza e profissionais para a rede de ensino, a educação de jovens e
apoia as ações educacionais propostas pelos entes. adultos (EJA), a educação especial e a assistência técnica da
secretaria de educação do estado, para o caso dos municípios.
O FNDE tem como missão apoiar técnica e financeiramen-
te os entes federados a formular seus respectivos planos, ava-
liando as necessidades educacionais de suas redes de ensino,
abrangendo de forma sistêmica as etapas e modalidades da
educação básica.
O PAR é, portanto, um instrumento de planejamento, elabo-
rado por um período plurianual, que favorece a continuidade
das políticas educacionais independentemente das mudanças
de gestão e constitui-se como importante elemento de políti-
cas de Estado na educação brasileira.

As informações detalhadas para o preenchi-


mento da aba PNE estão disponíveis no Manual
de Diagnóstico do PAR, no endereço eletrônico:

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


http://www.fnde.gov.br/programas/par/areas-
-para-gestores/manuais. Há, ainda, questões complementares ao PNE, que devem
ser preenchidas pelo ente. Os dados a serem informados são
relacionados ao monitoramento da permanência das crianças
4.1.3 Questões Estratégicas na educação infantil e dos jovens nas etapas finais da educa-
ção básica, à assistência às crianças e jovens com deficiência ou
As questões estratégicas correspondem a um conjunto de transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
informações e documentações acerca da estrutura e da orga- superdotação, à escolarização de jovens e adultos articulada à
nização da educação local. As questões apontadas são funda- educação profissional, à forma de admissão dos profissionais
mentais para a construção do diagnóstico e contribuem para a do magistério e dos planos de carreira, à formulação dos docu-
construção da qualidade do ensino do município, do estado e mentos da organização escolar, e ainda, quanto à autonomia
do Distrito Federal. dos estabelecimentos de ensino.
São apontadas questões relacionadas à organização e ao É importante que a equipe responsável por prestar essas
funcionamento da educação do ente e também aquelas que informações no município, no estado e no Distrito Federal
dizem respeito à participação democrática da sociedade edu- tenha pleno conhecimento da realidade local, a fim de possi-
cacional. O ente deve, ainda, informar sobre a formação dos bilitar que as informações retratem as necessidades educacio-
professores da educação básica, os planos de carreira para nais de suas respectivas redes de ensino, garantindo os melho-
os profissionais da educação, as formas de contratação dos res resultados para a educação.
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As informações detalhadas para o preenchimento
da aba Questões Estratégicas estão disponíveis
no Manual de Diagnóstico do PAR, no endereço
eletrônico:
http://www.fnde.gov.br/programas/par/areas-
-para-gestores/manuais.

4.1.4 Execução e Acompanhamento


Para iniciarmos nossa conversa é necessário que você pen-
se a respeito de conceitos fundamentais para a compreensão
de uma política pública. Podemos afirmar, portanto, que as políticas públicas envol-
vem uma série de decisões que possuem impactos sobre a rea-

?
lidade da qual fazem parte. Assim, os governos precisam ter
legitimidade e capacidade para impor ou fazer com que a sua
O que é política pública? política de governo seja bem aceita pela maioria dos segmen-
Quais são as fases de um ciclo de política pública? tos da sociedade.
A política pública passa por diversos estágios. Seguindo
uma visão mais detalhada, Saravia (2006) a divide em sete eta-
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

pas, a seguir:
Primeiramente, você deve compreender o conceito de polí-
tica pública e conhecer suas fases ou estágios. 1. Definição da agenda - é a inclusão de determinado assunto
ou necessidade social na lista de prioridades do poder público.
Um conceito mais amplo foi proposto por Jenkins (1978),
citado por Howlett, Ramesh e Perl (2013), que define política 2. Elaboração - consiste na identificação e delimitação de um
pública como: problema atual ou potencial. Nessa etapa podem ser apon-
tadas as possíveis alternativas para a solução do problema, a
avaliação dos custos e o estabelecimento de prioridades.
(...) um conjunto de decisões interrelacionadas, tomadas por
um ator ou um grupo de atores políticos, e que dizem respeito 3. Formulação - inclui a seleção e especificação da alternati-
à seleção de objetos e dos meios necessários, para alcançá-los, va considerada mais conveniente, seguida de declaração que
dentro de uma situação específica em que o alvo dessas decisões explicita a decisão adotada, definindo seus objetivos e seu
estaria, em princípio, ao alcance desses atores. marco jurídico, administrativo e financeiro.

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4. Implementação - é o planejamento e a organização do aparelho administrativo e dos recursos humanos, financeiros, materiais
e tecnológicos necessários para execução da política. Trata-se da preparação para pôr em prática a política pública, a elaboração
de todos os planos, programas e projetos que permitirão executá-la.
5. Execução - conjunto de ações destinado a atingir os objetivos estabelecidos pela política. É pôr em prática efetiva a política, é
a sua realização.
6. Acompanhamento - processo sistemático de supervisão da execução de uma atividade (e de seus diversos componentes), que
tem como objetivo fornecer a informação necessária para introduzir eventuais correções a fim de assegurar a consecução dos
objetivos estabelecidos.
7. Avaliação - consiste na mensuração e análise, a posteriori, dos efeitos produzidos na sociedade pelas políticas públicas, espe-
cialmente, no que diz respeito às realizações obtidas e às consequências previstas e não previstas. Muitos autores defendem que
a avaliação deve perfazer todas as etapas do ciclo.

Veja a Figura 8, a seguir, elaborada para que você entenda melhor o ciclo de políticas públicas:

Figura 8 – Ciclo de políticas públicas

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


Definição da
agenda

Avaliação Elaboração

Ciclo de
Ciclo de políticas
Políticas
Públicas
públicas

Acompanhamento Formulação

Execução Implementação

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Agora que você assimilou o ciclo de política pública, pode cumprimento da vinculação dos recursos destinados à educa-
perceber a importância das fases descritas anteriormente para ção. Também estão disponíveis dados relacionados ao Progra-
a boa execução dos recursos públicos destinados à educação ma Nacional do Transporte Escolar (PNATE).
do seu município ou estado. No PAR, a execução e o acompa-
Ao longo deste curso você tem percebido que o Simec é um
nhamento das ações de seu município/estado estão dispo-
importante instrumento para que os gestores tenham acesso
níveis no Simec, ferramenta na qual você pode ter acesso a
a informações que vão permitir verificar se as ações do PAR
informações essenciais para o monitoramento dos termos de
estão sendo efetivamente executadas. O sistema ainda pode
compromisso firmados entre o MEC/FNDE e o ente federado.
auxiliá-los na tomada de decisão e no monitoramento dos ter-
São dados importantes como, por exemplo, a data de vigência
mos firmados com o MEC/FNDE. A boa execução e o acompa-
dos termos celebrados, os valores empenhados, os pagamen-
nhamento da política pública são fundamentais para o atingi-
tos efetivados, além de dados bancários, saldos e informações
mento dos objetivos que motivaram a formação da agenda.
a respeito do envio da prestação de contas.

As informações detalhadas sobre a aba Execução


e Acompanhamento estão disponíveis no Manual
de Diagnóstico do PAR, no endereço eletrônico:
http://www.fnde.gov.br/programas/par/areas-
-para-gestores/manuais.
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

4.1.5 Pendências
O objetivo dos gestores municipais/estaduais/distrital no
campo educacional é ofertar uma educação de qualidade a
toda a população. Para que esse objetivo seja atingido, o muni-
cípio/estado/Distrito Federal deverá preencher alguns requisi-
tos que, além de contribuírem para o cumprimento das metas
estabelecidas no seu planejamento educacional, ainda podem
dar acesso a recursos transferidos por meio do PAR.
Por meio do Simec, ainda é possível ao ente solicitar desem- Para a execução das ações do PAR, algumas questões impor-
bolso para determinado termo e obter outras informações tantes devem ser observadas pelo ente, como, por exemplo,
importantes sobre os documentos de obras do PAR, verificar estar com a situação regularizada em relação aos programas
os dados do Siope, no que se refere às receitas vinculadas à do FNDE e à execução físico-financeira dos termos de compro-
educação e às despesas do ente com a educação, e, ainda, ao misso do PAR.
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?
eficiência na gestão dos recursos públicos, como é o caso da
regularidade no monitoramento das obras e dos termos fir-
Quais pendências podem impedir a
mados, da obrigatoriedade de prestar contas e de declarar os
execução das ações do PAR? gastos com a educação (Siope). Perpassam, ainda, pela gestão
democrática quando inserem a questão da participação da
comunidade escolar por meio do CACS e do CAE no rol de exi-
gências de regularidade para a execução das ações do PAR.

Você vai conhecer agora as pendências que devem ser


observadas pelos gestores na execução das ações do PAR:

• Irregularidade nas obras do PAR (inconformidades e


restrições).
• Falta de monitoramento dos termos de compromisso
e das obras.
• Habilitação irregular junto ao FNDE.

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


• Irregularidade do Conselho de Alimentação Escolar
(CAE).
• Irregularidade do Conselho de Acompanhamento de
Controle Social (CACS). É fundamental que os gestores deem atenção total para
• Ausência de Plano Municipal/Estadual/Distrital de manter a sua situação regularizada com as ações da educa-
Educação. ção a fim de possibilitar o apoio financeiro do MEC/FNDE no
desenvolvimento educacional do seu município/estado/Distri-
• Irregularidade quanto a declaração de dados ao Sis- to Federal.
tema de Informações sobre Orçamentos Públicos em
Educação (Siope).
4.2 Diagnóstico
• Irregularidade quanto à prestação de contas.
Como você viu nas unidades anteriores, o PAR é elabora-
do a partir da utilização do instrumento de diagnóstico, que
Como você pode perceber, a regularização das pendências consiste na coleta de informações quantitativas e qualitativas
listadas acima é de fundamental importância para a melho- relacionadas à rede municipal, estadual ou distrital de edu-
ria da qualidade da educação ofertada à população. Elas cação. Nessa fase, a Equipe Técnica tem o primeiro contato
estão direta ou indiretamente vinculadas à transparência e à com as quatro dimensões do PAR. Dentro de cada uma dessas
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dimensões estão as áreas correspondentes e dentro de cada de um sistema de ensino, sobre os quais se emite juízo de valor
área, estão os indicadores. e que, em seu conjunto, expressam a totalidade da realidade
local.
Você se lembra das quatro dimensões do PAR, estudadas na
Unidade II? Vamos revê-las e analisar a sua relação com as áre-
as, os indicadores e as metas dos planos municipais/estaduais/
distrital de educação.

4.2.1 Dimensões
Você teve a oportunidade de conhecer as dimensões do
PAR na Unidade III. Vamos relembrar o que significa cada uma
delas e o seu conceito no âmbito do PAR?

? O que são as dimensões no âmbito do PAR?


Quais são as dimensões do PAR?
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

Na Dimensão Gestão Educacional, são abordados assuntos


relacionados ao planejamento e à organização dos sistemas
Relembrando de ensino, aos normativos que regulamentam a avaliação e
a oferta educacional da localidade, à supervisão e ao acom-
As quatro dimensões do PAR são: panhamento da realização do trabalho pedagógico, ao perfil
do profissional de educação da rede de ensino, à gestão dos
1. Gestão Educacional recursos públicos destinados à educação, aos programas de
apoio ao estudante e, ainda, à gestão democrática e à existên-
2. Formação de Profissionais de Educação cia de mecanismos de controle social na localidade.
3. Práticas Pedagógicas e Avaliação
Na Dimensão Formação de Profissionais de Educação
4. Infraestrutura Física e Recursos Pedagógicos são diagnosticadas as políticas de valorização do profissional
docente, referentes ao plano de carreira, remuneração e condi-
As dimensões são agrupamentos de grandes traços ou
ções de trabalho dos profissionais da educação que atuam na
características referentes aos aspectos de uma instituição ou
rede de ensino, contemplando todas as etapas da educação
16
básica, identificando, assim, a necessidade de capacitação 4.2.3 Indicadores Qualitativos
desses profissionais para a melhoria da qualidade do ensino
Os indicadores podem ser definidos, de maneira bem sim-
ofertado. ples, como um meio cuja finalidade é apontar ou mostrar algo.
Na Dimensão Práticas Pedagógicas e Avaliação são abor- Você sabia que no seu dia a dia você convive com vários indi-
dados aspectos relacionados à organização do ensino, à políti- cadores? Por exemplo, ao assistir o noticiário nos deparamos
ca de ampliação da jornada escolar (escola em tempo integral), com afirmações do tipo: “Cresce a taxa de desemprego no país”
à correção do fluxo, ao atendimento aos jovens e adultos na ou “A temperatura registrada na tarde de hoje na capital foi de
rede de ensino, à avaliação da aprendizagem e à assistência 32° C”. Então, os indicadores estão presentes na vida das pesso-
individualizada a alunos com dificuldade, à elaboração e orga- as, das empresas e das organizações públicas ou privadas.
nização de práticas pedagógicas. Ainda podem ser diagnos-
ticados aspectos relacionados à utilização de recursos peda-
gógicos para o desenvolvimento de práticas pedagógicas de
forma a assegurar a aprendizagem do aluno e superar as desi-
gualdades educacionais, proporcionando o direito à educação
de grupos sociais identificados como vulneráveis na garantia
de seu direito à educação.

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


Na Dimensão Infraestrutura Física e Recursos Pedagógi-
cos são levantadas informações a respeito das condições da
rede física escolar e do uso de tecnologias. Nessa dimensão
são identificadas, por exemplo, a existência de bibliotecas, a O Guia Metodológico Indicadores de Programas, elaborado
acessibilidade arquitetônica e a infraestrutura física existen- pelo então Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
te bem como as condições das escolas. Com relação ao uso (MPOG), agora integrante da pasta do Ministério da Economia
das tecnologias educacionais são verificadas a usabilidade do (ME), conceitua o termo indicadores sob o ponto de vista de
computador na aprendizagem, o acesso à internet e, ainda, a políticas públicas como:
existência de salas multifuncionais para atendimento educa-
cional especializado.
(...) instrumentos que permitem identificar e medir aspectos
relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema
4.2.2 Áreas ou resultado de uma intervenção na realidade. A principal finali-
As áreas tratam de um conjunto de características comuns dade de um indicador é traduzir, de forma mensurável, determi-
usadas para agrupar, com coerência lógica, os indicadores. Elas nado aspecto de uma realidade dada (situação social) ou cons-
são um detalhamento da Dimensão, mas não são objetos de truída (ação de governo), de maneira a tornar operacional a sua
avaliação e pontuação. observação e avaliação. (BRASIL, 2010).

17
Os indicadores podem ser quantitativos, quando são expres- Esses autores reforçam a importância da mobilização social
sos por números, ou qualitativos, quando medem as mudan- nas etapas que permeiam o ciclo de política pública a fim de
ças nas atitudes e no comportamento. São exemplos de indi- produzir programas indutores da qualidade da educação.
cadores quantitativos: índices de alfabetização, rendimento Assim, podemos dizer que os indicadores representam
(renda) domiciliar médio, número de crianças em escolas. Já os aspectos da realidade que se pretende avaliar. Eles expres-
indicadores qualitativos incluem os níveis de participação ou a sam a realidade a ser observada, medida e analisada. Como
capacidade de se tomarem decisões.
já dissemos, existem indicadores para cada área do PAR. Esses
Minayo (2008) afirma que os indicadores qualitativos indicadores auxiliam, indicam para o ente, o MEC e o FNDE a
“devem ser construídos de forma participativa e considerados realidade, e apontam aspectos possíveis de serem aprimora-
como balizas avaliativas, que permitem mapear com mais pro- dos a partir das ações do PAR com o objetivo de melhorar a
fundidade a natureza das mudanças ocorridas e em processo.” qualidade da educação básica pública brasileira por meio do
Reforçando esse princípio, Demo ressalta que: cumprimento das metas do PNE.
Cada um dos indicadores do Diagnóstico e seus componen-
(...) a participação dos sujeitos é essencial para a construção de tes apontam aspectos desejáveis de boas políticas de educa-
indicadores, pois a participação política no cotidiano é o cerne da ção em suas várias dimensões.
dimensão humana de qualidade, da capacidade de se autogerir, Nas quatro dimensões do PAR, existem vários indicadores
da criatividade que desenha caminhos futuros, da autodetermi- relacionados e devidamente organizados. Para cada um dos
nação e da autopromoção dos sujeitos. (DEMO, 2002). indicadores, é apresentada a sua descrição, assim como as
metas do PME/PEE relacionadas. O ente deverá ainda analisar
quais componentes do indicador estão em consonância com
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

a realidade da sua rede de ensino e assinalar esses fatores no


Simec. É disponibilizado, ainda, o campo Justificativa, para
que o ente insira suas considerações a respeito do indicador
analisado.
Veja um exemplo dessa relação, no Quadro 14, a seguir:

Quadro 14 – Diagnóstico PAR


Dimensão 1. Gestão Educacional

Área 1.6 Gestão de Programas de Apoio ao


estudante

Indicador 1.6.1 Existência de transporte escolar


adequado aos educandos da rede pública
18 Descrição do Todo educando em idade escolar deve ter
indicador acesso à creche ou escola que possa
Área 1.6 Gestão de Programas de Apoio ao
estudante

Indicador 1.6.1 Existência de transporte escolar


adequado aos educandos da rede pública
Esse modelo se repete para todas as quatro dimensões do
Descrição do Todo educando em idade escolar deve ter
indicador acesso à creche ou escola que possa PAR a serem analisadas. A Justificativa deve ser clara e expli-
frequentar com o transporte adequado citar o motivo da seleção dos componentes do indicador ana-
(realizado em veículos fabricados para o lisado. Deve-se, ainda, informar a real demanda, em números
transporte de passageiro, observando as
determinações do código de trânsito absolutos, porcentagem, entre outros dados descritivos que
brasileiro), sem ônus para si ou sua permitam ao MEC conhecer as especificidades locais.
família, caso a unidade educacional não
esteja próxima da sua casa, conforme
legislação nacional.
DICA! Revise o assunto Dimensões do PAR na Unidade III
Metas do PME
relacionadas Meta 8 x Meta 9 x Meta 10 x Meta 11
a esse indicador
4.2.4 Indicadores X Metas dos planos
Componentes do A organização do transporte escolar
Indicador permite o atendimento suficiente das A meta representa um caminho para se chegar a um obje-
necessidades locais. tivo. É o nível de desempenho que se espera alcançar ao ser
comparado com o indicador. No PAR, devem ser identificadas

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


as metas dos Planos Nacional e Municipal/Estadual/Distrital
O transporte se dá com segurança, que se relacionam com cada indicador.
conforto e acessibilidade, conforme
legislação em vigor.

Os mecanismos de colaboração entre o


estado e os municípios, bem como os
parâmetros para o atendimento, estão
aprovados em instrumento formalizado
para a gestão conjunta do transporte
escolar.

Há participação efetiva do Conselho de


Acompanhamento e Controle Social do
Fundeb (CACS) no diagnóstico e
acompanhamento do transporte escolar.

Justificativa* (Aqui, o ente deve explicitar de forma


detalhada e concisa o porquê dos
componentes selecionados). Veja um exemplo de um indicador e as metas estabelecidas
para ele em um município fictício, na Tabela 2 a seguir, para
Fonte: SIMEC, 2018.
* campo de preenchimento obrigatório pelo ente.
que você visualize essa relação:
19
Tabela 2 – Relação Indicador X Metas dos planos

Dimensão: Práticas Pedagógicas e Avaliação

Indicador: Implantação e organização do ensino obrigatório dos 4 aos 17 anos em regime de


colaboração federativa.
Metas do PNE relacionadas a esse indicador:
Meta 1 Meta 2 Meta 3

Universalizar, até 2016, a educação Universalizar o ensino fundamental Universalizar, até 2016, o
infantil na pré-escola para as de 9 (nove) anos para toda a atendimento escolar para toda a
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) população de 6 (seis) a 14 população de 15 (quinze) a 17
anos de idade e ampliar a oferta de (quatorze) anos e garantir que pelo (dezessete) anos e elevar, até o final
educação infantil em creches de menos 95% (noventa e cinco por do período de vigência deste PNE, a
forma a atender, no mínimo, 50% cento) dos alunos concluam essa taxa líquida de matrículas no ensino
(cinquenta por cento) das crianças etapa na idade recomendada, até o médio para 85% (oitenta e cinco por
de até 3 (três) anos até o final da último ano de vigência deste PNE. cento).
vigência deste PNE.

Metas do PME relacionadas a esse indicador


Percentual da população de 4 a 5 Percentual de pessoas de 6 a 14 Percentual da população de 15 a 17
anos que frequenta a escola/ anos que frequentam ou que já anos que frequenta a escola ou já
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

creche (taxa de atendimento concluíram o ensino fundamental concluiu a educação básica.


escolar). (taxa de escolarização líquida
ajustada).

Situação Meta Situação Meta Situação Meta


atual Prevista atual Prevista atual Prevista
59,4% 100% 95,6% 98,5% 82,6% 82%

Percentual da população de 0 a 3 Percentual de pessoas de 16 anos Percentual da população de 15 a 17


anos que frequenta a escola/creche com pelo menos o Ensino anos que frequenta o ensino médio
(taxa de atendimento escolar). Fundamental concluído. ou possui educação básica
completa.

Situação Meta Situação Meta Situação Meta


atual Prevista atual Prevista atual Prevista
25,9% 70,0% 54,2% 85% 45,2% 85%
Fonte: Simec, 2018.
20
Assim, os esforços do ente deverão ser orientados para o atingimento da meta prevista, partindo da situação atual. Percebe-se
a importância de um diagnóstico bem elaborado para que se estabeleçam metas atingíveis e que possam orientar a melhoria da
situação atual.

4.2.5 Componentes do indicador


Os componentes do indicador são considerações feitas a respeito do assunto tratado no indicador que darão indícios da situ-
ação atual do município, estado ou Distrito Federal. Essas informações servirão de base para identificar as necessidades do ente a
fim de possibilitar a oferta de acesso a programas que serão financiados por meio de termos de compromisso com recursos oriun-
dos das transferências voluntárias para os entes federados. Para cada indicador, um ou mais componentes podem ser válidos.
Veja um exemplo de questões a serem analisadas que fazem parte dos componentes de um indicador, no Quadro 15 a seguir:

Quadro 15 – Relação indicador X componentes

Dimensão: Gestão Educacional

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


Área: Planejamento, organização da gestão e iniciativas de colaboração regional.

Indicador: Existência de lei atualizada que organiza o sistema de ensino.

Componentes do indicador

O sistema municipal A lei que organiza o O município tem lei A lei que explicita a
de ensino está sistema municipal atualizada que explicita vinculação ao sistema
organizado em lei de ensino define as sua vinculação ao estadual de ensino
atualizada, em responsabilidades sistema estadual de define as
sintonia com a do município na ensino, em sintonia responsabilidades do
Constituição Federal relação com o com a Constituição município na relação
e com a LDB. estado. Federal e a LDB. com o estado.

Fonte: Simec, 2018.

Pelo exemplo citado, é possível perceber que essas informações devem ser respondidas após uma análise cuidadosa, e os entes
devem ter o compromisso de informar a real situação de sua municipalidade. Pela extensão e importância das questões aborda-
das, é possível, ainda, compreender a necessidade de uma análise detalhada de cada item no preenchimento do Diagnóstico do
PAR e no estabelecimento das metas, bem como na identificação das metas relacionadas aos planos educacionais.
21
Você agora vai conhecer como se dá o Planejamento do
PAR.

4.3.1 Estrutura das iniciativas do PAR


Como já visto, o PAR está estruturado tendo como base as
suas quatro dimensões. Cada dimensão possui um rol de inicia-
tivas, que são as ações que poderão ser implementadas pelos
entes a fim de melhorar os indicadores educacionais vincula-
dos àquela dimensão. Por exemplo, construções, ampliação e
reformas, aquisição de equipamentos pedagógicos e de apoio
à gestão educacional, formação de profissionais, realização de
eventos, entre outros.
Veja alguns exemplos de iniciativas para cada uma das
Vale ressaltar que o Diagnóstico consiste em importan- dimensões, no Quadro 16 a seguir.
te etapa do PAR e deve ser preenchido de forma a retratar a
real situação educacional do município, estado ou do Distrito Quadro 16 – Dimensão x Iniciativas
Federal, a fim de possibilitar a concretização de ações que via-
bilizarão a melhoria da qualidade do ensino. Dimensão Iniciativas
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

Gestão Capacitar profissionais a distância


Educacional
As informações detalhadas para o preenchimento Contratar especialistas ou serviços -
da aba Diagnóstico estão disponíveis no Manual Alfabetização e EJA
de Diagnóstico do PAR, no endereço eletrônico:
http://www.fnde.gov.br/programas/par/areas- Realizar Etapa da Conferência Nacional
-para-gestores/manuais. de Educação (Conae)

Realizar eventos (seminário/conferência/


oficina) - Alfabetização e EJA
4.3 Planejamento Formação de Apoio para Programa de melhoria de
Profissionais resultados de proficiência dos
Após a conclusão do preenchimento do Diagnóstico da de Educação estudantes da Educação Básica
situação da rede municipal/estadual/distrital de educação,
chegou a hora de iniciar a elaboração do PAR propriamente Formar profissionais - Formação
dita, ou seja, o Planejamento. É nessa fase que as prioridades continuada - Diversidade
serão estabelecidas a partir do Diagnóstico feito.
22 Apoio para gestão acadêmica e
pedagógica das ações de formação de
Formar profissionais - Formação
continuada - Diversidade

Apoio para gestão acadêmica e Tabela 3 – Percentuais do componente do indicador para


pedagógica das ações de formação de um município
professores, coordenadores
pedagógicos, articuladores de
aprendizagem e mediadores da escola Componentes do Indicador Percentual
no âmbito do PNAIC/PNME.
Indique o percentual de escolas da rede de
educação infantil, na área urbana, que
Realizar eventos formativos (seminário/ possuem prédios com infraestrutura física 12%
conferência/oficina) com foco na Base apropriada para realização das atividades
Nacional Comum Curricular, em a que se destinam.
colaboração com os municípios.

Realizar eventos (seminário/ conferência/ Indique o percentual de escolas de rede de


Práticas educação infantil, na área urbana, com
Pedagógicas oficina) - Alfabetização e EJA 20%
instalações que apresentam condições
da Educação adequadas de segurança, habitabilidade e
Contratar Especialistas ou Serviços - sustentabilidade.
Educação Especial
Indique o percentual de escolas de rede de
Adquirir/reproduzir/produzir/imprimir educação infantil, na área urbana, que
material - Alfabetização e EJA possuem salas de atividades e demais 15%

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


instalações em quantidades suficientes e
Infraestrutura Construir escola e creche compatíveis com a faixa etária dos
Física e usuários.
Recursos Adquirir ônibus escolar
Pegagógicos Indique o percentual de unidades de
Adquirir mobiliários de sala de aula educação infantil, na área urbana, que
apresentam condições para oferta de 15%
Fonte: Simec, 2018. educação em tempo integral.
Fonte: Simec, 2018.
4.3.2 Relação com o Diagnóstico
Para que você possa compreender melhor a relação da ini- Como você pode verificar a partir da análise dos dados da
ciativa com o Diagnóstico, vamos exemplificar. Tabela 3, esse município tem carência de infraestrutura física
Suponha que um determinado município tenha informado para a oferta de educação infantil na área urbana. Essa infor-
em seu diagnóstico, na Dimensão Infraestrutura Física e Recur- mação foi prestada no Diagnóstico e pode ser constatada por
sos Pedagógicos, em relação ao Indicador: Infraestrutura físi- meio dos baixos percentuais apontados para cada um dos
ca existente: condições das unidades escolares que ofertam a componentes do indicador analisado. Assim, ao preencher as
educação infantil na área urbana, os percentuais para cada um iniciativas, informa-se a necessidade de construção de creches
dos componentes do indicador, conforme Tabela 3. a fim de aumentar a oferta de vagas na educação infantil. Essa
23
ação irá contribuir para o atingimento das metas 1; 5 e 20 do analisados com cuidado e por uma equipe capacitada, para
PNE. que possam contribuir para a criação e o acompanhamento de
ações voltadas à melhoria da qualidade da educação e dos ser-
viços oferecidos à sociedade local pela escola.

4.3.4 Cadastro das iniciativas

? Como cadastrar as iniciativas do PAR?

Como você pôde verificar, na estrutura do PAR, há uma vin-


culação entre as iniciativas e as dimensões. As dimensões cor-
4.3.3 Indicadores Demográficos e Educacionais respondem a temas estratégicos do PAR, e as iniciativas são as
As informações demográficas e educacionais referem-se intervenções que, uma vez implementadas, podem contribuir
a um conjunto de dados que retratam o perfil da população para a melhoria dos indicadores relacionados às dimensões.
e fornecem estatísticas sobre a educação e a rede de ensi- Partindo dessa informação, agora você vai aprender como
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

no. São tabelas que contêm informações importantes para o ocorre o cadastro das iniciativas no Planejamento do PAR. Para
ente, como, por exemplo: Índice de Desenvolvimento da Edu- se cadastrar uma iniciativa, é preciso, primeiramente, verificar
cação Básica (Ideb); número de escolas por etapa de ensino, em qual das quatro Dimensões do PAR você pretende atuar
por modalidade de ensino e por localização (urbana/rural); após a análise do Diagnóstico do seu município/estado ou do
número de escolas rurais em áreas específicas; condições de Distrito Federal.
atendimento; funções dos docentes por modalidade e etapa Por exemplo, iniciando pelo Diagnóstico realizado para a
de ensino; matrículas por etapa, modalidade e turno; taxas de Dimensão “Gestão Educacional”, pode-se cadastrar a iniciati-
rendimento, matrículas em turmas de correção de fluxo, entre va “Capacitar profissionais a distância”. Ao cadastrá-la, o ente
outras. recebe do sistema as informações sobre o ciclo do PAR, os anos
Esses indicadores fornecem à equipe responsável pelo Pla- referenciados a esse ciclo, as áreas relacionadas no MEC e no
nejamento do PAR dados relacionados ao contexto socioe­ FNDE responsáveis pelo apoio técnico para a implementação
conômico, além de informações sobre as condições relati- da iniciativa, o programa ao qual pertence a iniciativa, o tipo
vas ao processo de ensino-aprendizagem. São instrumentos de atendimento (global ou por escolas), entre outras.
úteis para o acompanhamento e o monitoramento de aspec- No Quadro 17, você poderá visualizar um exemplo dessas
tos importantes dos sistemas educacionais. Eles devem ser informações vinculadas à iniciativa:
24
Quadro 17 – Informações disponíveis no cadastro das 4.3.5 – Cronograma e itens de composição
iniciativas
O próximo passo no Planejamento de uma iniciativa é infor-
Dimensão Gestão Educacional mar o período no qual se pretende executá-la e quais itens de
composição serão necessários para isso, ou seja, qual o seu cro-
Iniciativa Capacitar profissionais a distância nograma de execução. Por exemplo, no caso do 3º ciclo do PAR,
Áreas SECADI - Secretaria de Educação Continuada, a disponibilidade é até 2020. Dessa forma, deve ser indicado
relacionadas Alfabetização, Diversidade e Inclusão em quais anos pretende-se executar aquele planejamento.
Programa Educação Inclusiva Na Unidade III, você teve a oportunidade de conhecer um
Fonte: Simec, 2018. pouco sobre as iniciativas e os itens de composição. Os itens
de composição são os itens necessários e disponíveis para que
as iniciativas possam ser executadas. Podem ser itens de capi-
No momento de cadastramento das iniciativas deverá, tal, como equipamentos, ou de custeio, como contratação de
ainda, ser informado para qual etapa, modalidade e quais palestrantes, por exemplo. O rol é extenso. A disponibilidade
desdobramentos será a solicitação. Ou seja, é nesse momento de itens de composição varia conforme a Dimensão, a iniciati-
que você informa a qual público será destinada aquela inicia- va e, em alguns casos, a etapa e modalidade para a qual a ini-
tiva. Por exemplo: você seleciona a Dimensão 1- “Gestão Edu- ciativa está sendo cadastrada, como é o caso do mobiliário de

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


cacional”; iniciativa “Capacitar profissionais a distância”; etapa: sala de aula, que dependerá da altura média dos estudantes.
“Ensino fundamental”; modalidade – “Educação especial”; des- Os mobiliários para as séries iniciais do ensino fundamental
dobramento – “Não se aplica”. Concluído o cadastramento, sua provavelmente terão especificações diferentes dos mobiliários
iniciativa ficará como a do Quadro 18 a seguir: para o ensino médio. Portanto, o ente deve estar sempre aten-
to no momento da solicitação dos itens de composição.
Quadro 18 – Exemplo de iniciativa cadastrada

Dimensão Iniciativa Programa

1 Capacitar Educação
profissionais Inclusiva
a distância -
Educação Especial

Etapa Modalidade Desdobramento

Ensino Educação Não se aplica


Fundamental Especial
Fonte: Simec, 2018.
25
As informações detalhadas para o cadastro das iniciativas estão disponíveis no
Manual de Planejamento do PAR, no endereço eletrônico: http://www.fnde.gov.br/
programas/par/areas-para-gestores/manuais.

4.3.6 Finalizar o Planejamento do PAR


A etapa de Planejamento do PAR é finalizada após o preenchimento das iniciativas selecionadas pela Equipe Técnica. Vale lem-
brar, contudo, que o PAR só poderá ser finalizado depois de sanadas todas as pendências, conforme você já viu nessa unidade.
Se o PAR tiver sido preenchido pela Equipe Técnica, esse Plano deverá ser apresentado ao prefeito(a) ou secretário(a) de educa-
ção para que ele(a) aprove e finalize o Planejamento, pois será ele(a) que assinará o termo de compromisso representando o ente
federado. Somente com a senha do prefeito(a) ou do secretário(a), é possível finalizar as iniciativas.

4.4 Termo de compromisso


Após a finalização do planejamento do PAR, as equipes do MEC e do FNDE identificam as necessidades apresentadas pelos
entes em seu plano e verificam a viabilidade das propostas. Se aprovadas, as ações de assistência financeira, poderão ser objeto
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

de um termo de compromisso, conforme você já viu na Unidade II.

Município/ Estado/Distrito Federal Diagnóstico

Planejamento

Avaliação da viabilidade e aprovação MEC / FNDE

FNDE e Ente Termo de compromisso

26
Relembrando 4.5 Transferência de recursos
O termo de compromisso é o documento firmado entre Estamos chegando ao final desta Unidade. Após o caminho
o FNDE e o ente federativo que oficializa o compromisso de percorrido desde a Etapa Preparatória, passando pelo Diag-
prestação de assistência financeira por meio da transferência nóstico, pelo Planejamento e pela pactuação por meio do ter-
direta de recursos, com a finalidade de prestar apoio financei- mo de compromisso, é chegado o momento de o ente efetiva-
ro à execução das ações do PAR aprovadas. Esse instrumento mente receber os recursos financeiros.
está previsto na Lei nº 12.695/2012 e sua celebração dispensa a Primeiramente, antes mesmo da geração de um termo de
necessidade de convênio, ajuste, acordo ou contrato. compromisso, é atribuído um empenho de despesa para cada
iniciativa aprovada. Nesse momento, é aberta uma conta cor-
rente específica para o termo de compromisso, pelo próprio
sistema, e em nome do ente federado, por meio da qual será
realizada a transferência direta dos recursos financeiros.
Apenas a validação do termo de compromisso, contudo,
não garante o repasse dos recursos financeiros. Para que isso
ocorra, o ente federado deverá monitorar, no Simec, a execu-

Unidade IV - Etapas da elaboração do PAR no Simec


ção da iniciativa. Para tanto, deverão ser anexados todos os
documentos que comprovem a execução, principalmente con-
tratos e notas fiscais. Os recursos repassados somente poderão
ser utilizados para o pagamento das despesas pactuadas no
termo de compromisso.

O termo de compromisso materializa a pactuação que via-


bilizará a transferência dos recursos aos estados, ao Distrito
Federal e aos municípios, a fim de melhorar a realidade da
educação oferecida à comunidade. Ele deve ser aceito, eletro-
nicamente, no Simec pelo prefeito ou secretário estadual de
educação. Somente com esse aceite o documento passa a ser
válido e o ente poderá dar início à execução das ações pactu-
adas.
27
O ente recebedor do recurso tem o dever e a responsabi- • Os entes devem ficar atentos para regularizar suas
lidade de executar os recursos financeiros transferidos pelo pendências junto ao PAR, pois são fatores impeditivos
FNDE/MEC, exclusivamente, no cumprimento das ações pac- à pactuação de novos termos de compromisso entre
tuadas no termo de compromisso. Deve, ainda, cumprir fiel- o ente e o FNDE, e de recebimento de recursos finan-
mente o cronograma de execução estabelecido na pactuação, ceiros.
dentre outras obrigações previstas no próprio termo.
• Os recursos financeiros transferidos pelo FNDE devem
O acompanhamento e o controle social da transferência
ser utilizados, exclusivamente, no cumprimento das
e da aplicação dos recursos repassados para a execução das
ações pactuadas no termo de compromisso.
ações do PAR, previstas no termo de compromisso, serão exer-
cidos em âmbito municipal/estadual/distrital pelos conselhos
de controle social, que possuem em sua composição mem-
bros representantes do governo e da sociedade civil. Você vai
aprender mais sobre esse assunto na Unidade VI. Unidade IV em síntese
Nesta unidade, você conheceu as estruturas do Plano de
Recomendações Ações Articuladas e identificou os componentes essenciais nas
Etapas de Diagnóstico e Planejamento do Plano de seu municí-
pio, estado ou do Distrito Federal. Verificou a intrínseca relação
• A atualização de dados dos entes, seus dirigentes, as do Plano Nacional de Educação com o PAR e com os planos
Equipes Técnica e Local, e as que compõem os con- municipal/estadual/distrital de educação. Ainda conheceu a
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

selhos do CACS-Fundeb e do CAE são fundamentais importância de realização de um diagnóstico fiel à realidade
para a comunicação entre os entes e o MEC/FNDE. local para a consecução das ações do PAR. Você viu, também,
• A Equipe Local deve ser composta por membros que que o PAR é uma ferramenta de planejamento das ações edu-
representem vários segmentos da sociedade. O diri- cacionais e que o termo de compromisso é o instrumento de
gente municipal de educação deve, obrigatoriamen- pactuação entre o FNDE e os entes, com o objetivo de concre-
te, compor a Equipe. Já a Equipe Técnica deve ser tizar as ações propostas no PAR, viabilizando a transferência
composta por três pessoas indicadas pelo prefeito ou de recursos que contribuirão para a consecução das metas do
secretário de educação (no caso dos estados e do Dis- PNE e melhoria dos indicadores educacionais da localidade.
trito Federal).
• A criação e o fortalecimento dos conselhos de educa-
ção são fundamentais, pois esses são instrumentos de
participação da sociedade civil na definição, elabora-
ção, acompanhamento e fiscalização da política edu-
cacional local.

28
Ampliando seus horizontes

A leitura dos conteúdos deste curso, certamente, não é suficiente para resolver problemas no planejamento, execução e presta-
ção de contas do PAR em seu município ou estado, mas o auxiliará a compreender todas as etapas envolvidas no Plano, de forma
que você esteja, assim, habilitado a executá-lo ou a acompanhar a sua execução, para a melhoria da educação em sua esfera de
atuação.
Quanto maior clareza você tiver sobre todas as etapas do PAR, mais efetiva poderá ser sua participação no diagnóstico, planeja-
mento, execução e prestação de contas do Plano, para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.
Daí o nosso convite para que você expanda seus horizontes, a começar com a leitura das publicações a seguir.

Referências

Banco Interamericano de Desenvolvimento, Infraestructura Escolar y Aprendizajes en la Educación Básica Latinoamericana:


Un análisis a partir del SERCE. Disponível em: https://www.iadb.org/pt/noticias/artigos/2011-10-18/infraestrutura-escolar-e-
reducacionais-america-latina%2C9615.html. Acesso em: 6 ago. 2018.

BATEMAN, T. S.; SNELL S. A. Administração: construindo vantagem competitiva. 1ª ed. São Paulo: Atlas S/A, 1998.

BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N; PASQUINO, G. Dicionário de Política. 4ª. Ed./ Brasília, DF: Editora da Universidade, vol. 1 e 2. (Verbetes:
Estado Moderno, Governo).

Ampliando seus horizontes


BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília, DF, 5 out. 1988. Seção 1. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 11 jul. 2018.

BRASIL. Decreto n° 6.094, de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela
Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das famílias
e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da
qualidade da educação básica. Brasília, DF, 25 abr. 2007a. Seção 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/decreto/d6094.htm. Acesso em: 31 ago. 2018.

29
BRASIL. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Imprensa Nacional,
1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 25 jul. 2018.
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCivil_03/Leis/L4320compilado.htm.
Acesso em: 3 ago. 2018.
BRASIL. Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de
Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 31 dez. 1990. Seção 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.
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BRASIL. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências.
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 1993. Seção 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
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BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da]
República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1996a. Seção 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l9394.htm. Acesso em: 11 jul. 2018.
BRASIL. Lei n° 9.424, de 24 de dezembro de 1996. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério, na forma prevista no art. 60, § 7º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e dá outras
providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 dez. 1996b. Seção 1. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9424.htm. Acesso em: 8 jul. 2018.
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

BRASIL. Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, de que trata o art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
altera a Lei no 10.195, de 14 de fevereiro de 2001; revoga dispositivos das Leis no 9.424, de 24 de dezembro de 1996, 10.880, de
9 de junho de 2004, e nº 10.845, de 5 de março de 2004; e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do
Brasil, Brasília, DF, 22 jun. 2007b. Seção 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11494.
htm. Acesso em: 8 jul. 2018.
BRASIL. Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5°, no inciso
II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei
no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 18 nov. 2011a. Seção 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm. Acesso em: 8 jul. 2018.
BRASIL. Lei nº 12.695, de 25 de julho de 2012: dispõe sobre o apoio técnico ou financeiro da União no âmbito do Plano de Ações
Articuladas; altera a Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009, para incluir os polos presenciais do sistema Universidade Aberta

30
do Brasil na assistência financeira do Programa Dinheiro Direto na Escola; altera a Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007, para
contemplar com recursos do Fundeb as instituições comunitárias que atuam na educação do campo; altera a Lei no 10.880, de 9
de junho de 2004, para dispor sobre a assistência financeira da União no âmbito do Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino
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procedimentos para a operacionalização da assistência financeira suplementar e voluntária a projetos educacionais, no âmbito

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educação básica dos Estados, Municípios e Distrito Federal, no âmbito do Plano de Ações Articuladas – PAR, quanto à dimensão
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e voluntária a projetos educacionais, no âmbito do Plano de Metas do PDE. Brasília, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.
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Todos pela Educação. Brasília, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/par/legislacao. Acesso em: 18 jul. 2018.

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_____. Prestação de Contas – Orientações Gerais
_____. Manual CACS-Fundeb – Orientações Gerais
_____. Manual do Usuário – Emendas Parlamentares 2018 – PAR 2016/2020
_____. Reprogramação de subações de Termos de Compromisso do PAR 2011/2014
_____. PAR Fale Conosco – Manual do Usuário (Gestor)
_____. PAR Fale Conosco – Manual do Usuário (Público)
_____. Manual da Etapa de Planejamento – PAR Ciclo 2016-2019 – Versão I – set/2017
_____. Manual da Etapa de Diagnóstico – PAR Ciclo 2016-2019 – Versão II – set/2017
_____. Manual da Etapa de Diagnóstico – PAR Ciclo 2016-2019 – Versão I – jan/2016
_____. Manual de Atualização do PAR 2013
_____. Manual de Elaboração Municipal
_____. Manual de Orientações para Acompanhamento da Execução Físico Financeira do PAR no Simec
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

http://www.fnde.gov.br/programas/par/areas-para-gestores/monitoramento
Manual de Monitoramento de Obras 2.0:
_____. Cartilha de Obras Convencionais
_____. Manual de Monitoramento de Obras 2.0, de 03/2014

Sites pesquisados:

http://www.portaltransparencia.gov.br/perguntas-frequentes/controle-social. Acesso em: 22 jul. 2018.


http://portal.mec.gov.br/pro-conselho/legislacao. Acesso em: 24 jul. 2018.
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38
Glossário

Ata de registro de preços (ARP): é um documento formal que obriga as empresas vencedoras da licitação a assumirem o
compromisso de fornecimento a preços e prazos registrados previamente, utilizado na contratação de bens e serviços. A
contratação só é realizada quando melhor convier aos órgãos e às entidades que integram a ata.

Atendimento educacional especializado (AEE): tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e
de acessibilidade que eliminem as barreiras e permitam a plena participação dos estudantes, considerando suas necessidades
específicas. As atividades desenvolvidas no AEE diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas
à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos estudantes com vistas à autonomia e
independência na escola e fora dela. São exemplos práticos de atendimento educacional especializado: o ensino da Língua
Brasileira de Sinais (Libras) e do código Braille, a introdução e formação do aluno na utilização de recursos de tecnologia assistiva,
como a comunicação alternativa e os recursos de acessibilidade ao computador, a orientação e mobilidade, a preparação e
disponibilização ao aluno de material pedagógico acessível, entre outros.

Benefício de Prestação Continuada (BPC): é um benefício da assistência social no Brasil, prestado pelo Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) e previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Consiste em uma renda de um salário mínimo para
idosos e deficientes que não possam se manter e não possam ser mantidos por suas famílias.

Convênio: acordo que disciplina a transferência de recursos financeiros entre órgão ou entidade da administração pública federal,
direta ou indireta, e órgão ou entidade da administração pública estadual, do Distrito Federal ou municipal, direta ou indireta,
consórcios públicos, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando à execução de programa de governo, envolvendo
a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação.

Despesas de capital: são as relacionadas com aquisição de máquinas, equipamentos, realização de obras, aquisição de
participações acionárias de empresas, aquisição de imóveis, concessão de empréstimos para investimento. Uma despesa de
capital concorre para a formação ou aumento do capital do Estado.

Despesas de custeio: são as que se referem à manutenção das atividades dos órgãos públicos, abrangendo, basicamente, os
gastos com pessoal, material de consumo e serviços de terceiros.

Efetividade: diz respeito ao impacto da implementação das políticas, à relação causa-efeito entre o procedimento da implantação
e o resultado social ocasionado.

Glossário
Eficácia: fica evidenciada quando os resultados de determinada política pública alcançam seu objetivo.

Eficiência: relaciona-se com o gasto racional dos recursos públicos para obtenção do bem público.
39
Formação continuada: formação voltada para a atualização e aprofundamento de conhecimentos; aperfeiçoamento profissional
que deve ser promovido de forma contínua.

Formação inicial: ponto de partida para o ingresso no mercado de trabalho, habilitando o indivíduo à atuação em determinada
área do conhecimento.

Orçamento público: é o instrumento utilizado pelo Governo Federal para planejar a utilização do dinheiro arrecadado com os
tributos. Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além de especificar gastos e investimentos
que foram priorizados pelos poderes.

Pactuação: ação ou efeito de pactuar, de estabelecer um pacto, um acordo ou contrato.

Proinfância: Programa Nacional de Restruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil,
criado em 2007, para transferir recursos financeiros, em caráter suplementar, ao DF e aos municípios, visando à construção e à
aquisição de equipamentos e mobiliários para creches e pré-escolas públicas.

Registro de Preços Nacional (RPN): modelo de gestão compartilhada de compras, por meio do Sistema de Registro de Preços
(SRP), em que o FNDE presta assistência técnica aos sistemas de ensino, visando ao atendimento de suas demandas por bens,
obras e serviços, especialmente as inscritas no PAR.

Transferências voluntárias: são os repasses de recursos de custeio ou de capital a outro ente da federação, a título de cooperação,
auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional ou legal.
Curso Plano de Ações Articuladas – PAR

40
Lista de siglas

CACS: Conselho de Acompanhamento e Controle Social


CAE: Conselho de Alimentação Escolar
EMTI: Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral
Fundef: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
Fundeb: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Magistério
Ideb: Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
LAI: Lei de Acesso à Informação
LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
PAR: Plano de Ações Articuladas
Pefem: Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio
Peja: Programa Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos
PNATE: Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar
Reestfísica: Programa de Apoio à Reestruturação da Rede Física Pública da Educação Básica
Simec: Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle
SUS: Sistema Único de Saúde

Lista de siglas
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Programa Nacional de Formação Continuada
a Distância nas Ações do FNDE

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