Aula 01 - Álgebra Elementar - EN 2024
Aula 01 - Álgebra Elementar - EN 2024
Aula 01 - Álgebra Elementar - EN 2024
2024
AULA 01
Álgebra Elementar
Prof. Victor So
Prof. Victor So
Sumário
APRESENTAÇÃO 5
2.3. DESIGUALDADES 11
3.1. PROPRIEDADES 13
3.1.1. SOMA E MULTIPLICAÇÃO 13
3.1.2. DESIGUALDADES 14
3.2. DIVISIBILIDADE 16
4.4. POTENCIAÇÃO 47
4.5. RADICIAÇÃO 48
4.5.1. OPERAÇÕES USUAIS 48
5.2. APLICAÇÃO 55
6. POLINÔMIOS SIMÉTRICOS 58
7. DESIGUALDADE 64
8. QUESTÕES NÍVEL 1 73
GABARITO 78
RESOLUÇÃO 79
GABARITO 108
RESOLUÇÃO 108
GABARITO 125
RESOLUÇÃO 125
APRESENTAÇÃO
Olá.
Nessa aula iniciaremos o estudo da álgebra. Estudaremos conceitos de números naturais,
inteiros, racionais, irracionais e reais. Também veremos desigualdades e princípio da indução.
Não teremos muitas questões da prova nesses assuntos, mas veremos mais adiante que
eles servirão como base para conseguirmos aprofundar a matéria no nível que a prova cobra. É
muito importante que você entenda cada conceito e resolva muitos exercícios para fixação, pois
elas o ajudarão a resolver os exercícios mais avançados.
Caso tenha alguma dúvida entre em contato conosco através do fórum de dúvidas do
Estratégia ou se preferir:
O PIF demonstra que se a propriedade é válida para algum 𝐾 ∈ ℕ e, também, é válida para
o seu sucessor, então ela será válida para todo número natural, já que 𝐾 é um termo generalizado
do conjunto dos números naturais.
Vamos ver na prática como esse princípio pode ser aplicado.
Calma, aluno(a). Coloquei esse exercício na teoria para você ver na prática como usamos o
PIF. Ela será muito útil para provar propriedades de alguns assuntos que veremos durante o curso.
Quando estudarmos técnicas de fatoração, você conseguirá facilmente usar o PIF.
1 + 2 + 5 = (1 + 2 ) + 5 = 1 + (2 + 5) = 8
2 ∙ 3 ∙ 4 = (2 ∙ 3) ∙ 4 = 2 ∙ (3 ∙ 4) = 24
b) Comutativa:
𝑎+𝑏 =𝑏+𝑎
𝑎𝑏 = 𝑏𝑎
A propriedade da comutativa diz que a ordem dos fatores não altera o produto e a soma.
Então podemos simplesmente trocar os números de lugar que o resultado será o mesmo.
c) Distributiva
𝑎(𝑏 + 𝑐 ) = 𝑎𝑏 + 𝑎𝑐
Essa propriedade é conhecida como a “técnica do chuveirinho”. Veja:
2.3. DESIGUALDADES
Para finalizarmos o estudo do conjunto dos números naturais, vamos estudar as
propriedades de desigualdades. Vamos usar os seguintes sinais:
= para representar o sinal de igual
> para representar o sinal de maior
< para representar o sinal de menor
≤ para representar o sinal de menor ou igual
≥ para representar o sinal de maior ou igual
Um bizu para memorizar esses sinais: a flecha sempre aponta para o menor número.
Exemplos:
I) 1 < 3
Lê-se 1 é menor que 3. Perceba a flecha “ < ” apontando para o número 1.
II) 1 < 2 < 3 < 4 < 5 < 6 < 7 < 8 < 9
III) 9 > 8 > 7 > 6 > 5 > 4 > 3 > 2 > 1
Vamos definir os números 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℕ.
Temos as seguintes propriedades de desigualdade:
a) Transitividade:
𝑎<𝑏𝑒𝑏<𝑐→𝑎<𝑐
Se 𝑎 é menor que 𝑏 e 𝑏 é menor que 𝑐, decorre que 𝑎 é menor que 𝑐.
Exemplo:
1<5𝑒5<7→1<7
b) Tricotomia
𝑎 < 𝑏 𝑜𝑢 𝑎 = 𝑏 𝑜𝑢 𝑎 > 𝑏
Essa propriedade diz sobre as únicas três possibilidades da relação de desigualdade.
Vamos analisar as relações de desigualdade entre 10 e 2.
As únicas possibilidades são:
1) 10 < 2? Não.
2) 10 = 2? Não.
3) 10 > 2? Sim.
Essas propriedades são válidas para os números naturais! Veremos mais adiante que no conjunto
dos inteiros, podemos modificar algumas desigualdades.
3.1. PROPRIEDADES
b) Associativa
𝑎 + (𝑏 + 𝑐 ) = (𝑎 + 𝑏 ) + 𝑐
𝑎(𝑏𝑐 ) = (𝑎𝑏)𝑐
c) Distributiva
𝑎(𝑏 + 𝑐 ) = 𝑎𝑏 + 𝑎𝑐
𝑎∙1=𝑎
f) Elemento simétrico
𝑥 + 𝑎 = 0 ⇒ 𝑥 = −𝑎
−𝑎 é denominado simétrico do número 𝑎.
g) Se 𝑐 ≠ 0:
𝑎𝑐 = 𝑏𝑐 ⇒ 𝑎 = 𝑏
Essa propriedade é conhecida como lei do corte, veja:
𝑎𝑐 = 𝑏𝑐 ⇒ 𝑎𝑐 = 𝑏𝑐 ⇒ 𝑎 = 𝑏
h) 𝑎 ∙ 0 = 0
i) (−𝑎)𝑏 = −𝑎𝑏
j) (−𝑎)(−𝑏) = 𝑎𝑏
k) 𝑎𝑏 = 0 → 𝑎 = 0 𝑜𝑢 𝑏 = 0
3.1.2. DESIGUALDADES
a) Tricotomia dos Inteiros
𝑎 ∈ ℤ → 𝑎 > 0 𝑜𝑢 𝑎 = 0 𝑜𝑢 𝑎 < 0
b) Translação
Se 𝑎 ≥ 𝑏 e 𝑐 ∈ ℤ ⇒ 𝑎 + 𝑐 ≥ 𝑏 + 𝑐
Essa propriedade é válida também para outros sinais de desigualdade.
c) Se 𝑎 > 𝑏 𝑒 𝑐 > 0
𝑎𝑐 > 𝑏𝑐
Essa propriedade é válida também para outros sinais de desigualdade com uma restrição.
Devemos ter 𝑐 > 0, isto é, 𝑐 deve ser positivo.
d) Se 𝑎 > 𝑏 𝑒 𝑐 < 0
𝑎𝑐 < 𝑏𝑐
Atenção! Essa propriedade modifica os sinais de desigualdade! Quando multiplicamos
ambos os lados por um termo 𝑐 negativo, trocamos a desigualdade: o maior (>) troca para o
menor (<) e o menor (<) troca para o maior (>).
e) Transitividade
𝑎≥𝑏
{ →𝑎+𝑐 ≥𝑏+𝑑
𝑐≥𝑑
Demonstração:
Usando a propriedade da translação:
+𝑐
𝑎 ≥𝑏→ 𝑎+𝑐 ≥𝑏+𝑐
+𝑏
𝑐 ≥𝑑→ 𝑏+𝑐 ≥𝑏+𝑑
Desse modo:
𝑎+𝑐 ≥𝑏+𝑐 ≥𝑏+𝑑
𝑎+𝑐 ≥𝑏+𝑑
Quanto mais para a direita o número estiver, maior ele será. Quanto mais para a
esquerda o número estiver, menor ele será. Lembre a ordem dos números! Ela será
necessária quando analisarmos intervalos de solução de uma equação.
b) F.
−5 está mais a esquerda de −2, logo −5 < −2.
c) F.
Essa afirmação diz que −5 é maior ou igual a −2. Como ele não é nem maior e nem
igual, a assertiva é falsa.
d) V.
Essa afirmação diz que −5 é menor ou igual a −2. Sabemos que −5 não é igual a −2,
mas −5 é menor do que −2. Logo, ela é verdadeira.
Atenção! Quando temos ≤, analisamos as duas possibilidades. Lembra da lógica das
proposições? 𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑜𝑢 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 será verdadeira quando qualquer uma das proposições for
verdadeira!
e) V.
1 não é maior que 1, mas 1 é igual a 1! Logo, essa afirmação é verdadeira.
Gabarito: a) V. b) F. c) F. d) V. e) V.
3.2. DIVISIBILIDADE
Na divisão de um inteiro 𝑎 pelo inteiro 𝑏 podemos escrever a seguinte equação,
considerando 𝑏 > 0:
𝑎 = 𝑏𝑞 + 𝑟
𝑞 é chamado de quociente e 𝑟 é chamado de resto.
Você provavelmente aprendeu no ensino fundamental da seguinte forma:
Divisibilidade por 2
Um número é divisível por 2 quando ele é par.
Exemplo:
4 é divisível por 2, pois 4 é par.
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos seus algarismos é múltiplo de 3.
Exemplo:
312 é divisível por 3, pois 3 + 1 + 2 = 6. 6 é divisível por 3.
Divisibilidade por 5
Um número é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplo:
20 é divisível por 5, pois termina em 0.
c) 336 ⇒ 3 + 3 + 6 = 12
e) 338 ⇒ 3 + 3 + 8 = 14
Desses números, o único que é divisível por 3 é 336, pois a soma de seus algarismos
resulta em 12 que é divisível por 3. Logo, o nosso gabarito é a letra (c).
Gabarito: “c”.
Usando a mesma ideia da divisibilidade por 2, podemos modelar 𝑛 de forma que o fator
3 apareça na expressão.
Temos que provar três casos:
𝑛 = 3𝑘, 𝑛 = 3𝑘 + 1 𝑒 𝑛 = 3𝑘 + 2
Vamos substituir 𝑛 e isolar o fator 3 na expressão para cada caso.
1) 𝑛 = 3𝑘
𝑛(𝑛 + 1)(𝑛 + 2)
3𝑘(3𝑘 + 1)(3𝑘 + 2)
2) 𝑛 = 3𝑘 + 1
𝑛(𝑛 + 1)(𝑛 + 2)
(3𝑘 + 1)((3𝑘 + 1) + 1)((3𝑘 + 1) + 2)
(3𝑘 + 1)(3𝑘 + 2)(3𝑘 + 3)
(3𝑘 + 1)(3𝑘 + 2)[3(𝑘 + 1)]
3(3𝑘 + 1)(3𝑘 + 2)(𝑘 + 1)
3) 𝑛 = 3𝑘 + 2
𝑛(𝑛 + 1)(𝑛 + 2)
(3𝑘 + 2)((3𝑘 + 2) + 1)((3𝑘 + 2) + 2)
(3𝑘 + 2)(3𝑘 + 3)(3𝑘 + 4)
(3𝑘 + 2)[3(𝑘 + 1)](3𝑘 + 4)
3(3𝑘 + 2)(𝑘 + 1)(3𝑘 + 4)
40 2
20
O quociente obtido é 20. Então devemos dividir esse número pelo menor divisor primo.
Repetimos a operação e dividimos o quociente por 2:
40 2
20 2
10
40 2
20 2
10 2
40 2
20 2
10 2
5 5
40 = 23 ∙ 51
Usando a fórmula:
𝑄(40) = (3 + 1) ∙ (1 + 1) = 4 ∙ 2 = 8
Perceba que a quantidade de divisores de 40 são os seguintes números:
⏟0 , 21 , 22 , 23 , 5
{2 ⏟0 , 51 }
4 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 2 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠
𝑄(40) 8
𝑃(40) = √40 = √40 = 404 = 2560000
3.5.1. PROPRIEDADES
a) 𝑚𝑑𝑐 (𝑛, 𝑛) = 𝑛, ∀𝑛 ∈ ℕ∗
b) 𝑚𝑑𝑐 (𝑚, 𝑛) = 𝑚𝑑𝑐 (𝑛, 𝑚), ∀𝑚, 𝑛 ∈ ℕ não ambos nulos
c) 𝑚𝑑𝑐 (𝑛, 0) = 𝑛, ∀𝑛 ∈ ℕ∗
𝑎 𝑏
𝑞1
𝑎 𝑏
𝑞1
𝑎 𝑏
𝑟1
𝑞1
𝑎 𝑏 𝑟1
𝑟1
𝑞1 𝑞2
𝑎 𝑏 𝑟1
𝑟1
𝑞1 𝑞2
𝑎 𝑏 𝑟1
𝑟1 𝑟2
⋮
𝑚𝑑𝑐 (𝑎, 𝑏) = 𝑚𝑑𝑐(𝑏, 𝑟1 ) = 𝑚𝑑𝑐 (𝑟1 , 𝑟2 ) = ⋯ = 𝑚𝑑𝑐 (𝑟𝑛−1 , 𝑟𝑛 ) = 𝑚𝑑𝑐 (𝑟𝑛 , 0) = 𝑟𝑛
𝑞1 𝑞2 𝑞𝑛 𝑞𝑛+1
𝑎 𝑏 𝑟1 … 𝑟𝑛−2 𝑟𝑛−1 𝑟𝑛
𝑟1 𝑟2 𝑟𝑛 0
6. Calcule o MDC:
a) Entre 12 e 20
b) Entre 3 e 11
c) Entre 11352 e 40
Resolução:
a) Decomposição de 12 e 20 em fatores primos:
12 = 2 ∙ 2 ∙ 3 = 22 ∙ 3
20 = 2 ∙ 2 ∙ 5 = 22 ∙ 5
Veja que o maior número que está ao mesmo tempo nas duas decomposições é 22 .
Assim, 𝑚𝑑𝑐 (12, 20) = 22 .
Gabarito: a) 𝟐𝟐 b) 𝟏 c) 𝟖
Método 1:
|𝑎𝑏|
𝑚𝑚𝑐(𝑎, 𝑏) =
𝑚𝑑𝑐(𝑎, 𝑏)
24 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 = 23 ∙ 3
36 = 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 3 = 22 ∙ 32
𝑚𝑑𝑐(24, 36) = 22 ∙ 3
|24 ∙ 36| |23 ∙ 3 ∙ 22 ∙ 32 | 23 ∙ 3 ∙ 22 ∙ 32
𝑚𝑚𝑐(24, 36) = = 2
= 2
= 23 ∙ 32 = 72
𝑚𝑑𝑐 (24, 36) 2 ∙3 2 ∙3
Método 2:
max{𝛼1 ,𝛽1 } max{𝛼2 ,𝛽2 } max{𝛼3 ,𝛽3 } max{𝛼𝑘 ,𝛽𝑘 }
𝑚𝑚𝑐(𝑎, 𝑏) = 𝑝1 ∙ 𝑝2 ∙ 𝑝3 ∙ … ∙ 𝑝𝑘
24 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 3 = 23 ∙ 31
36 = 2 ∙ 2 ∙ 3 ∙ 3 = 22 ∙ 32
𝑝1 = 2 ⇒ max{3, 2} = 3
𝑝2 = 3 ⇒ max{1, 2} = 2
𝑚𝑚𝑐 (24, 36) = 23 ∙ 32 = 72
36, 24 2
18, 12
Repetimos o procedimento com a próxima linha até que a linha obtida tenha apenas o
número 1.
36, 24 2
18, 12 2
9, 6 2
9, 3 3
3, 1 3
1, 1
Perceba as duas barras “| |” no produto 𝑎𝑏. |𝑎𝑏| é o módulo do número 𝑎𝑏. Quando usamos
ela no número 𝑎𝑏, estamos dizendo que queremos apenas o valor absoluto do inteiro, isto é, o valor
positivo do número. Estudaremos melhor esse assunto na aula de Módulos.
Exemplo de módulos:
|−3| = 3
|5| = 5
3.7.1. PROPRIEDADES
Para 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑 ∈ ℤ:
I) Adição:
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
{ ⇒ 𝑎 ± 𝑐 ≡ 𝑏 ± 𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑐 ≡ 𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
II) Multiplicação:
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
{ ⇒ 𝑎𝑐 ≡ 𝑏𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑐 ≡ 𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
Para 𝑘 ∈ ℤ:
III) Adição de uma constante:
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎 ± 𝑘 ≡ 𝑏 ± 𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
IV) Multiplicação de uma constante:
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎𝑘 ≡ 𝑏𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
V) Potência:
Seja 𝑚 ∈ ℕ:
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎𝑚 ≡ 𝑏𝑚 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
Demonstração:
I) 𝑎 ± 𝑐 ≡ 𝑏 ± 𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎 = 𝑛𝑥 + 𝑏, 𝑥 ∈ ℤ
𝑐 ≡ 𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑐 = 𝑛𝑦 + 𝑑, 𝑦 ∈ ℤ
Somando e subtraindo as duas expressões:
𝑎 ± 𝑐 = (𝑥 ± 𝑦 )𝑛 + (𝑏 ± 𝑑 )
Usando a definição de congruência:
𝑎 ± 𝑐 ≡ 𝑏 ± 𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
II) 𝑎𝑐 ≡ 𝑏𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎 = 𝑛𝑥 + 𝑏, 𝑥 ∈ ℤ
𝑐 ≡ 𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑐 = 𝑛𝑦 + 𝑑, 𝑦 ∈ ℤ
Multiplicando as duas expressões:
𝑎𝑐 = 𝑛2 𝑥𝑦 + 𝑛𝑥𝑑 + 𝑛𝑦𝑏 + 𝑏𝑑
𝑎𝑐 = 𝑛(𝑛𝑥𝑦 + 𝑥𝑑 + 𝑦𝑏) + 𝑏𝑑
⇒ 𝑎𝑐 ≡ 𝑏𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
III) 𝑎 ± 𝑘 ≡ 𝑏 ± 𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎 = 𝑛𝑥 + 𝑏, 𝑥 ∈ ℤ
Somando e subtraindo 𝑘 ∈ ℤ na expressão:
𝑎 ± 𝑘 = 𝑛𝑥 + 𝑏 ± 𝑘
⇒ 𝑎 ± 𝑘 ≡ 𝑏 ± 𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
IV) 𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎𝑘 ≡ 𝑏𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎 = 𝑛𝑥 + 𝑏, 𝑥 ∈ ℤ
Multiplicando 𝑘 ∈ ℤ na expressão:
𝑎𝑘 = (𝑛𝑥 + 𝑏)𝑘
𝑎𝑘 = 𝑛(𝑥𝑘 ) + 𝑏𝑘
⇒ 𝑎𝑘 ≡ 𝑏𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
V) 𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎𝑚 ≡ 𝑏𝑚 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
Vamos usar a propriedade (II) e provar por PIF.
1) Testando para 𝑚 = 1:
𝑎1 ≡ 𝑏1 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
É válida para 𝑚 = 1.
2) Suponha que a propriedade é válida para 𝑘 ∈ ℕ:
𝑎𝑘 ≡ 𝑏𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
Da definição de congruência:
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
Usando a propriedade (II):
𝑎𝑐 ≡ 𝑏𝑑 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑎𝑘 𝑎 ≡ 𝑏𝑘 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
𝑎𝑘+1 ≡ 𝑏𝑘+1 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
Logo, a propriedade é válida para 𝑘 + 1.
Disso, concluímos que a propriedade é válida ∀𝑚 ∈ ℕ.
⋮
(𝑝 − 2)𝑎 ≡ 𝑟𝑝−2 (𝑚𝑜𝑑 𝑝)
(𝑝 − 1)𝑎 ≡ 𝑟𝑝−1 (𝑚𝑜𝑑 𝑝)
Vamos provar que 𝑟𝑖 ≠ 𝑟𝑗 para 𝑖, 𝑗 ∈ [1, 𝑝 − 1], isto é, todos os restos acima possuem
valores diferentes. Assim, todos os múltiplos de 𝑎 acima devem ser incongruentes entre si, dois a
dois.
Suponha que existam dois múltiplos de 𝑎 congruentes entre si módulo 𝑝. Desse modo:
Para 𝑛 ≠ 𝑚, 𝑛, 𝑚 ∈ ℕ e 𝑛, 𝑚 ∈ [1, 𝑝 − 1]:
𝑛𝑎 ≡ 𝑚𝑎 (𝑚𝑜𝑑 𝑝)
Usando a propriedade:
𝑎 ≡ 𝑏 (𝑚𝑜𝑑 𝑛) ⇒ 𝑎 ± 𝑘 ≡ 𝑏 ± 𝑘 (𝑚𝑜𝑑 𝑛)
Temos:
𝑛𝑎 − 𝑚𝑎 ≡ 𝑚𝑎 − 𝑚𝑎(𝑚𝑜𝑑 𝑝)
𝑛𝑎 − 𝑚𝑎 ≡ 0(𝑚𝑜𝑑 𝑝)
(𝑛 − 𝑚)𝑎 ≡ 0(𝑚𝑜𝑑 𝑝)
Como 𝑝 não divide 𝑎:
𝑛 − 𝑚 ≡ 0(𝑚𝑜𝑑 𝑝)
⇒ 𝑛 ≡ 𝑚(𝑚𝑜𝑑 𝑝)
𝑛, 𝑚 < 𝑝:
⇒𝑛=𝑚
Chegamos a um absurdo, pois pela hipótese 𝑛 ≠ 𝑚.
Logo, os números (𝑎, 2𝑎, … , (𝑝 − 1)𝑎) são incongruentes entre si, dois a dois.
Os possíveis valores do resto da divisão de 𝑎 por 𝑝 pertencem ao conjunto:
{1, 2, 3, … , 𝑝 − 1}
Então, usando a propriedade (II) e multiplicando todas as congruências, obtemos:
𝑎 ∙ 2𝑎 ∙ 3𝑎 ∙ … ∙ (𝑝 − 1)𝑎 ≡ 𝑟1 ∙ 𝑟2 ∙ 𝑟3 ∙ … ∙ 𝑟𝑝−1 (𝑚𝑜𝑑 𝑝)
Como os restos são distintos entre si, o produto dos restos pode ser reescrito da seguinte
forma:
𝑎 ∙ 2𝑎 ∙ 3𝑎 ∙ … ∙ (𝑝 − 1)𝑎 ≡ 1 ∙ 2 ∙ 3 ∙ … ∙ (𝑝 − 1) (𝑚𝑜𝑑 𝑝)
Assim:
𝑎𝑝−1 ∙ 1 ∙ 2 ∙ 3 ∙ … ∙ (𝑝 − 1) ≡ 1 ∙ 2 ∙ 3 ∙ … ∙ (𝑝 − 1) (𝑚𝑜𝑑 𝑝)
b) 34 ≡ ( ) (𝑚𝑜𝑑 7)
c) −64 ≡ ( ) (𝑚𝑜𝑑 3)
d) −11 ≡ ( ) (𝑚𝑜𝑑 5)
e) 1021 ≡ ( ) (𝑚𝑜𝑑 2)
f) 7589 ≡ ( ) (𝑚𝑜𝑑 15)
Resolução:
a) 21 ≡ 1 (𝑚𝑜𝑑 5)
21 = 5 ∙ 4 + 1
b) 34 ≡ 6 (𝑚𝑜𝑑 7)
34 = 7 ∙ 4 + 6
Também poderia ser:
34 = 7 ∙ 5 − 1 ⇒ 34 ≡ −1 (𝑚𝑜𝑑 7)
c) −64 ≡ −1 (𝑚𝑜𝑑 3)
−64 = 3 ∙ (−21) − 1
d) −11 ≡ −1 (𝑚𝑜𝑑 5)
−11 = 5 ∙ (−2) − 1
e) 1021 ≡ 1 (𝑚𝑜𝑑 2)
1021 = 2 ∙ 510 + 1
f) 7589 ≡ 14 (𝑚𝑜𝑑 15)
7589 = 15 ∙ 505 + 14
Os números reais, representados por ℝ, formam o segundo maior conjunto dos conjuntos
numéricos. Veja que ℕ ⊂ ℤ ⊂ ℚ ⊂ ℝ e ℝ = ℚ ∪ 𝕀.
O conjunto dos reais é formado pelo conjunto dos racionais e o conjunto dos irracionais.
Vamos estudar mais a fundo cada um deles.
𝑎 𝑐
= ⇔ 𝑎𝑑 = 𝑏𝑐
𝑏 𝑑
b) Adição
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐
+ =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑
O bizu para decorar essa fórmula é lembrar que o resultado dessa soma será o produto dos
denominadores. A partir daí, podemos raciocinar dessa forma:
Primeiro, vamos relembrar que podemos escrever uma expressão algébrica de diversas
maneiras, contando que o resultado não se altere!
Por exemplo:
𝑎 𝑎𝑑
Então, podemos escrever = , pois isso não altera seu valor. Usando o mesmo raciocínio
𝑏 𝑏𝑑
para a segunda fração, obtemos:
𝑐 𝑏𝑐
=
𝑑 𝑏𝑑
Note que os denominadores se igualaram!
Agora podemos somar as frações:
𝑎 𝑐 𝑎𝑑 𝑏𝑐 𝑎𝑑 + 𝑏𝑐
+ = + =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑 𝑏𝑑 𝑏𝑑
c) Multiplicação
𝑎 𝑐 𝑎𝑐
∙ =
𝑏 𝑑 𝑏𝑑
4.1.2. PROPRIEDADES
Se 𝑎, 𝑐, 𝑒 ∈ ℤ 𝑒 𝑏, 𝑑, 𝑓 ∈ ℤ∗ :
a) Associativa
𝑎 𝑐 𝑒 𝑎 𝑐 𝑒
( + )+ = +( + )
𝑏 𝑑 𝑓 𝑏 𝑑 𝑓
𝑎 𝑐 𝑒 𝑎 𝑐 𝑒
( ∙ )∙ = ∙( ∙ )
𝑏 𝑑 𝑓 𝑏 𝑑 𝑓
b) Comutativa
𝑎 𝑐 𝑐 𝑎
+ = +
𝑏 𝑑 𝑑 𝑏
𝑎 𝑐 𝑐 𝑎
∙ = ∙
𝑏 𝑑 𝑑 𝑏
d) Elemento simétrico
𝑎 𝑎
+ (− ) = 0
𝑏 𝑏
f) Distributiva
𝑎 𝑐 𝑒 𝑎 𝑐 𝑎 𝑒
∙( + )= ∙ + ∙
𝑏 𝑑 𝑓 𝑏 𝑑 𝑏 𝑓
Se 𝒙 é um número irracional, então ele não poderá ser escrito como uma fração de
irredutível.
Perceba que por essa definição, não podemos escrever um número irracional 𝑥 como
𝑝
𝑥=
𝑞
Em que 𝑝 ∈ ℤ e 𝑞 ∈ ℤ∗ , com 𝑝 e 𝑞 primos entre si.
Podemos também encontrar números irracionais através dessa definição:
Se 𝑝 é um número primo, inteiro e positivo, então √𝑝 é irracional.
Por que essa relação é válida?
Se 𝑝 é um número primo, então ele não pode ser escrito como fator de outros números
além dele mesmo. Então, não podemos escrever 𝑝 = 𝑞2 (𝑞 ∈ ℚ) para torná-lo um número
racional (√𝑝 = √𝑞2 = 𝑞 ∈ ℚ).
Exemplos de números irracionais algébricos:
√2 = 1,4142135623 …
√3 = 1,7320508075 …
√5 = 2,2360679774 …
√7 = 2,6457513110 …
Em algumas questões será necessário calcular o valor numérico dos números irracionais para fazer
comparações com os números reais, então vale a pena decorar o valor dos seguintes números:
√2 ≈ 1,4
√3 ≈ 1,7
√5 ≈ 2,2
√7 ≈ 2,6
Para prová-la, basta mostrar que ~𝑞 é falsa e, assim, 𝑞 será verdadeira. Isso fará com que
𝑝 → 𝑞 seja uma proposição verdadeira. A estrutura de um teorema é da seguinte forma:
𝑝
⏟ → ⏟
𝑞
ℎ𝑖𝑝ó𝑡𝑒𝑠𝑒 𝑡𝑒𝑠𝑒
Vamos demonstrar pelo método do absurdo. Inicialmente, negaremos a tese. Suponha que
𝑎 + 𝑏 < 2√𝑎𝑏
Note que podemos escrever 𝑎 = √𝑎2 e 𝑏 = √𝑏2 , logo:
Absurdo! 𝑎 e 𝑏 não podem ser pares ao mesmo tempo, pois ambos são primos entre si.
∴ √2 é irracional
2
11. Se 𝑎 é par, então 𝑎 é par.
Resolução:
Vamos supor que 𝑎 não seja par, ou seja, 𝑎 é ímpar.
Se 𝑎 é ímpar, podemos escrever:
𝑎 = 2𝑘 + 1, 𝑘 ∈ ℤ
Elevando 𝑎 ao quadrado, obtemos:
𝑎2 = (2𝑘 + 1)2 = 4𝑘 2 + 4𝑘 + 1 = 2(2𝑘 2 + 2𝑘 ) + 1
2𝑘 2 + 2𝑘 é um inteiro, então vamos definir:
2𝑘 2 + 2𝑘 = 𝛽 ∈ ℤ
Substituindo em 𝑎2 :
𝑎2 = 2𝛽 + 1
Como 𝛽 ∈ ℤ, então 𝑎2 é ímpar. Mas da hipótese inicial, 𝑎2 é par. Logo, chegamos a um
absurdo.
Disso, concluímos que 𝑎 é par.
Os números naturais podem ser representados ao longo de uma reta. Sabemos que os
números naturais são os números 0, 1, 2, 3, … Então se escrevermos todos os números naturais
ao longo da reta, teremos os pontos distribuídos conforme a figura acima. Apenas esses pontos
serão elementos do conjunto dos naturais.
Perceba que os números estão organizados de forma crescente, quanto mais a direita
maior o número natural.
A reta dos números inteiros é semelhante à reta dos naturais e incluem também os
números inteiros negativos. Ela está representada na figura acima. Esses números são também
pontos ao longo da reta.
O conjunto dos números reais inclui todos os números racionais e irracionais. Esses
números, quando escritos ao longo de uma reta, preenchem a sua totalidade. Assim, qualquer
ponto que nós escolhermos ao longo da reta estará presente no conjunto dos reais. Essa reta é
chamada de reta real ou reta numérica.
Os números estão ordenados ao longo da reta.
Podemos escolher um intervalo ao longo da reta com essa notação:
[1, 3] = {𝑥 ∈ ℝ|1 ≤ 𝑥 ≤ 3}
Graficamente:
4.4. POTENCIAÇÃO
Veremos esse assunto com mais detalhes na aula de Potenciação e Radiciação. Por hora,
basta saber a sua definição:
Exemplos:
1) 23 = 2 ∙ 2 ∙ 2 = 8
2) 34 = 3 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 3 = 81
3) 22 ∙ 53 = 2 ∙ 2 ∙ 5 ∙ 5 ∙ 5 = 4 ∙ 125 = 500
4) (𝑎𝑏𝑐)3 = 𝑎3 𝑏3 𝑐 3
5) (𝑎𝑏)2 = 𝑎2 𝑏2
6) 𝑎6 = (𝑎2 )3 = (𝑎3 )2
4.5. RADICIAÇÃO
Também estudaremos esse assunto na aula de Potenciação e Radiciação. Vamos ver sua
definição:
1
𝑛
𝑎 ∈ ℝ 𝑒 𝑛 ∈ ℕ ∗ , 𝑎 𝑛 = √𝑎
Para essa aula, vamos usar apenas 𝑛 = 2.
√𝑎 é dito raiz quadrada de 𝑎
2) Translação
𝑎 ≥𝑏𝑒𝑐 ∈ℝ⇔𝑎+𝑐 ≥𝑏+𝑐
3) Produto da desigualdade
𝑎 ≥ 𝑏 𝑒 𝑐 ≥ 0 → 𝑎𝑐 ≥ 𝑏𝑐
𝑎 ≥ 𝑏 𝑒 𝑐 ≤ 0 → 𝑎𝑐 ≤ 𝑏𝑐
4) Inversa
1 1
𝑎 ≥ 𝑏 𝑒 𝑎𝑏 > 0 → ≤
𝑎 𝑏
5) Transitividade
𝑎≥𝑏𝑒𝑏≥𝑐→𝑎≥𝑐
6) Soma da desigualdade
𝑎 ≥𝑏𝑒𝑐 ≥𝑑 →𝑎+𝑐 ≥𝑏+𝑑
7) Potenciação
𝑎 ≥ 𝑏 𝑒 𝑎, 𝑏 > 0 → 𝑎2 ≥ 𝑏2
A fatoração será muito útil durante a resolução de várias questões dos vestibulares e
conhecer os produtos notáveis farão com que você ganhe tempo na hora de resolver as questões.
Quando vemos, por exemplo, (𝑎 + 2)2 , podemos aplicar diretamente a fórmula do quadrado da
soma de dois termos e escrever (𝑎 + 2)2 = 𝑎2 + 2𝑎 ∙ 2 + 22 .
Aprenderemos a demonstrar os principais produtos notáveis e fatorações. É importante
que você decore alguns deles, mas caso esqueça, você pode desenvolver as expressões aplicando
a propriedade da distributiva e encontrar suas fórmulas.
a) 𝑎(𝑥 + 𝑦) = 𝑎𝑥 + 𝑎𝑦
b) (𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2
c) (𝑎 − 𝑏)2 = 𝑎2 − 2𝑎𝑏 + 𝑏2
d) 𝑎2 − 𝑏2 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏)
e) (𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎3 + 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 + 𝑏3
f) (𝑎 − 𝑏)3 = 𝑎3 − 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 − 𝑏3
g) 𝑎3 + 𝑏3 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
h) 𝑎3 − 𝑏3 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
i) 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 − 3𝑎𝑏𝑐 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 − 𝑎𝑏 − 𝑎𝑐 − 𝑏𝑐 )
j) 𝑎𝑛 − 𝑏𝑛 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛−2 𝑏 + ⋯ + 𝑏𝑛−2 𝑎 + 𝑏𝑛−1 )
k) 𝑎2𝑚+1 + 𝑏2𝑚+1 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎2𝑚 − 𝑎2𝑚−1 𝑏 + ⋯ − 𝑏2𝑚−1 𝑎 + 𝑏2𝑚 )
Demonstração:
a) 𝑎(𝑥 + 𝑦) = 𝑎𝑥 + 𝑎𝑦
O primeiro produto notável pode ser encontrado aplicando a propriedade da distributiva
diretamente (técnica do “chuveirinho”).
b) (𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2
c) (𝑎 − 𝑏)2 = 𝑎2 − 2𝑎𝑏 + 𝑏2
Situação análoga à (b), a única diferença é a presença do sinal negativo em 𝑏. Aplicando a
distributiva:
(𝑎 − 𝑏)2 = 𝑎2 − 𝑎𝑏 − 𝑏𝑎 + 𝑏2 = 𝑎2 − 2𝑎𝑏 + 𝑏2
d) (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏) = 𝑎2 − 𝑏2
Distributiva:
(𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏) = 𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏𝑎 − 𝑏2 = 𝑎2 − 𝑏2
e) (𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎3 + 𝑏3 + 3𝑎𝑏(𝑎 + 𝑏)
(𝑎 + 𝑏)3 lê-se 𝑎 mais 𝑏 elevado ao cubo.
Podemos escrever (𝑎 + 𝑏)3 = (𝑎 + 𝑏)2 (𝑎 + 𝑏) e, assim, usar o produto notável
(𝑏) (𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2
na expressão:
(𝑎 + 𝑏 )2 (𝑎 + 𝑏 )
(𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2 )(𝑎 + 𝑏)
(𝑎3 + 𝑎2 𝑏 + 2𝑎2 𝑏 + 2𝑎𝑏2 + 𝑏2 𝑎 + 𝑏3 )
𝑎3 + 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 + 𝑏3
Colocando 3𝑎𝑏 em evidência:
𝑎3 + 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 + 𝑏3 = 𝑎3 + 3𝑎𝑏(𝑎 + 𝑏) + 𝑏3 = 𝑎3 + 𝑏3 + 3𝑎𝑏(𝑎 + 𝑏)
f) (𝑎 − 𝑏)3 = 𝑎3 − 𝑏3 − 3𝑎𝑏(𝑎 − 𝑏)
Situação análoga à letra (e):
(𝑎 − 𝑏 ) 3
(𝑎 − 𝑏 )2 (𝑎 − 𝑏 )
(𝑎2 − 2𝑎𝑏 + 𝑏2 )(𝑎 − 𝑏)
(𝑎3 − 𝑎2 𝑏 − 2𝑎2 𝑏 + 2𝑎𝑏2 + 𝑏2 𝑎 − 𝑏3 )
𝑎3 − 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 − 𝑏3
Vamos colocar −3𝑎𝑏 em evidência:
𝑎3 − 3𝑎𝑏(𝑎 − 𝑏) − 𝑏3
𝑎3 − 𝑏3 − 3𝑎𝑏(𝑎 − 𝑏)
g) 𝑎3 + 𝑏3 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
Vamos manipular a expressão 𝑎3 + 𝑏3 :
𝑎3 + 𝑏3
Somando e subtraindo os termos 𝑎2 𝑏 𝑒 𝑎𝑏2 da expressão, temos:
𝑎3 + 𝑏3 + 𝑎2 𝑏 − 𝑎2 𝑏 + 𝑎𝑏2 − 𝑎𝑏2
Fatorando a expressão:
𝑎3 + 𝑎2 𝑏 + 𝑎𝑏2 + 𝑏3 − 𝑎2 𝑏 − 𝑎𝑏2
𝑎2 (𝑎 + 𝑏) + 𝑏2 (𝑎 + 𝑏) − 𝑎𝑏(𝑎 + 𝑏)
(𝑎 + 𝑏)(𝑎2 + 𝑏2 − 𝑎𝑏)
(𝑎 + 𝑏)(𝑎2 − 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
h) 𝑎3 − 𝑏3 = (𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
Usaremos a mesma ideia usada em (g):
𝑎3 − 𝑏3
𝑎3 − 𝑏3 + 𝑎2 𝑏 − 𝑎2 𝑏 + 𝑎𝑏2 − 𝑎𝑏2
𝑎3 − 𝑎2 𝑏 + 𝑎𝑏2 − 𝑏3 + 𝑎2 𝑏 − 𝑎𝑏2
Fatorando a expressão:
𝑎2 (𝑎 − 𝑏) + 𝑏2 (𝑎 − 𝑏) + 𝑎𝑏(𝑎 − 𝑏)
(𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑏2 + 𝑎𝑏)
(𝑎 − 𝑏)(𝑎2 + 𝑎𝑏 + 𝑏2 )
i) 𝑎3 + 𝑏3 + 𝑐 3 − 3𝑎𝑏𝑐 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 − 𝑎𝑏 − 𝑎𝑐 − 𝑏𝑐 )
Vamos usar o seguinte produto notável: (𝑥 + 𝑦)3 = 𝑥 3 + 𝑦 3 + 3𝑥 2 𝑦 + 3𝑥𝑦 2
𝐴+𝐵
2𝑚+1 2𝑚 2𝑚−1 2 2𝑚−2 3
=𝑎 −𝑎 𝑏+𝑎 𝑏 − ⋯+ 𝑏 𝑎 − 𝑏2𝑚−1 𝑎2 + 𝑏2𝑚 𝑎 + 𝑎2𝑚 𝑏 − 𝑎2𝑚−1 𝑏2
2𝑚−2 3 2𝑚−1 2
+𝑎 𝑏 − ⋯+ 𝑏 𝑎 − 𝑏2𝑚 𝑎 + 𝑏2𝑚+1
Calculemos o Δ:
Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 = (−4)2 − 4 ⋅ 1 ⋅ 3 = 16 − 12 = 4 ∴ Δ = 4
Assim, temos as seguintes raízes:
−(−4) ± √4 4 ± 2
𝑥= = ⇒ 𝑥1 = 1 ou 𝑥2 = 3
2⋅1 2
Encontramos duas raízes distintas, 1 e 3, logo, podemos escrever:
𝑥 2 − 4𝑥 + 3 = (𝑥 − 1)(𝑥 − 3)
5.2. APLICAÇÃO
Agora que conhecemos diversas fatorações e produtos notáveis, podemos ver na prática
como usamos esses artifícios nos problemas matemáticos (isso será muito útil para acelerar os
cálculos nas questões de matemática!). Vejamos alguns exemplos de aplicações.
5.2.a) Simplifique
(√2 + √3)(√2 − √3)
Resolução:
Veja que essa expressão lembra o produto notável:
(𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏) = 𝑎2 − 𝑏2
Assim, temos:
2 2
(√2 + √3)(√2 − √3) = √2 − √3 = 2 − 3 = −1
1 1
5.2.c) Sabendo que 𝑥 + = 10, calcule o valor de 𝑥 2 + .
𝑥 𝑥2
Resolução:
1
Veja que elevando 𝑥 + = 10 ao quadrado, obtemos:
𝑥
1 2 1 1
(𝑥 + ) = 102 ⇒ 𝑥 2 + 2 ⋅ 𝑥 ⋅ + 2 = 100
𝑥 𝑥 𝑥
1 1
𝑥 2 + 2 + 2 = 100 ⇒ 𝑥 2 + 2 = 100 − 2 = 98
𝑥 𝑥
1
∴ 𝑥 2 + 2 = 98
𝑥
12. Fatore:
⇒ 𝑥 3 + 𝑦 3 + 𝑧 3 = 3𝑥𝑦𝑧
Veja que
3 3 3 3
𝑥 = √45 + 29√2 + √45 − 29√2 ⇒ 𝑥 − √45 + 29√2 − √45 − 29√2 = 0
3
𝑥 3 − (45 + 29√2) − (45 − 29√2) = 3𝑥 √(45 + 29√2)(45 − 29√2)
3
𝑥 3 − 45 − 29√2 − 45 + 29√2 = 3𝑥 √452 − 292 ⋅ 2
3
𝑥 3 − 90 = 3𝑥 √2025 − 841 ⋅ 2
3
𝑥 3 − 90 = 3𝑥 √2025 − 1682
3
𝑥 3 − 90 = 3𝑥 √343
3
𝑥 3 − 3𝑥 √73 − 90 = 0
𝑥 3 − 21𝑥 − 90 = 0
*Caso você seja um aluno iniciante, não se assuste com os próximos passos. Nesse momento,
devemos fatorar a equação. Ainda estudaremos as diversas técnica de como encontrar as raízes
de uma equação e como simplificá-la. O importante aqui é entender a ideia do problema.
Por inspeção, podemos verificar que 𝑥 = 6 é raiz, assim, podemos tentar fatorar a equação
procurando esse fator:
*A técnica mais fácil para simplificar a equação seria aplicando o algoritmo de Briot-Ruffini
(veremos em aulas futuras):
⇒ (𝑥 − 6)(𝑥 2 + 6𝑥 + 15) = 0
Assim, veja que 𝑥 = 6 é uma raiz e as outras devem estar na expressão quadrática.
Analisando o Δ da equação:
𝑥 2 + 6𝑥 + 15 = 0
Portanto, podemos concluir que essa equação não possui raízes reais. Logo:
3 3
𝑥 = √45 + 29√2 + √45 − 29√2 = 6
Gabarito: Demonstração.
6. POLINÔMIOS SIMÉTRICOS
Vamos estudar uma ferramenta muito útil para resolver questões algébricas de fatoração,
os polinômios simétricos.
Vamos apresentar aqui uma técnica para calcular o valor dos polinômios simétricos da
forma
𝑆𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑦 𝑛 ; 𝑛 = 0, 1, 2, …
Inicialmente, usaremos dois polinômios simétricos elementares:
𝜎1 = 𝑥 + 𝑦
𝜎2 = 𝑥𝑦
Vamos fatorar 𝑆𝑛 e tentar encontrar um padrão:
𝑆𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑦 𝑛 = (𝑥 + 𝑦)(𝑥 𝑛−1 + 𝑦 𝑛−1 ) − 𝑥𝑦 𝑛−1 − 𝑥 𝑛−1 𝑦
𝑆𝑛 = (⏟𝑥 + 𝑦) (⏟𝑥 𝑛−1 + 𝑦 𝑛−1 ) − 𝑥𝑦
⏟ (⏟𝑥 𝑛−2 + 𝑦 𝑛−2 )
𝜎1 𝑆𝑛−1 𝜎2 𝑆𝑛−2
∴ 𝑆𝑛 = 𝜎1 𝑆𝑛−1 − 𝜎2 𝑆𝑛−2 ; 𝑛 ≥ 2
Assim, encontramos uma fórmula de recorrência que nos permite calcular 𝑆𝑛 em função
de 𝜎1 e 𝜎2 para qualquer valor de 𝑛 ≥ 2. Para isso, devemos assumir:
𝑆0 = 𝑥 0 + 𝑦 0 = 2
𝑆1 = 𝑥 + 𝑦 = 𝜎1
Com isso, temos:
𝑆2 = 𝜎1 𝑆1 − 𝜎2 𝑆0 = 𝜎1 𝜎1 − 𝜎2 2 = 𝜎12 − 2𝜎2
𝑆3 = 𝜎1 𝑆2 − 𝜎2 𝑆1 = 𝜎1 (𝜎12 − 2𝜎2 ) − 𝜎2 𝜎1 = 𝜎13 − 3𝜎1 𝜎2
Vejamos um exemplo.
1 1
6.1.a) Calcule o valor de 𝑥 5 + sabendo que 𝑥 + = 3.
𝑥5 𝑥
Resolução:
Queremos saber o valor de
1
𝑆5 = 𝑥 5 +
𝑥5
Usando a fórmula de recorrência:
𝑆5 = 𝜎1 𝑆4 − 𝜎2 𝑆3
Temos:
1
𝜎1 = 𝑥 + =3
𝑥
1
𝜎2 = 𝑥 ⋅ = 1
𝑥
Da lei de recorrência:
𝑆4 = 𝜎1 𝑆3 − 𝜎2 𝑆2
𝑆3 = 𝜎1 𝑆2 − 𝜎2 𝑆1
𝑆2 = 𝜎1 𝑆1 − 𝜎2 𝑆0 = 𝜎12 − 2𝜎2
⇒ 𝑆2 = 32 − 2 = 7
⇒ 𝑆3 = 𝜎1 𝑆2 − 𝜎2 𝑆1 = 3 ⋅ 7 − 1 ⋅ 3 = 18
⇒ 𝑆4 = 𝜎1 𝑆3 − 𝜎2 𝑆2 = 3 ⋅ 18 − 1 ⋅ 7 = 47
⇒ 𝑆5 = 𝜎1 𝑆4 − 𝜎2 𝑆3 = 3 ⋅ 47 − 1 ⋅ 18 = 123
∴ 𝑆5 = 123
Em uma equação quadrática, podemos aplicar as relações de Girard para obter a soma e o produto
de suas raízes. Para isso, dada a equação 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 = 0 cujas raízes são 𝑥1 e 𝑥2 , temos:
𝑏
𝑆 = 𝑥1 + 𝑥2 = −
𝑎
𝑐
𝑃 = 𝑥1 𝑥2 =
𝑎
Usando essas relações, podemos obter 𝜎1 e 𝜎2 .
*Relações de Girard será estudado mais a fundo em equações algébricas.
Para 𝑛 ≥ 3, temos:
𝑆𝑛 = 𝑥 𝑛 + 𝑦 𝑛 + 𝑧 𝑛
= (𝑥 + 𝑦 + 𝑧)(𝑥 𝑛−1 + 𝑦 𝑛−1 + 𝑧 𝑛−1 ) − 𝑥𝑦 𝑛−1 − 𝑥𝑧 𝑛−1 − 𝑥 𝑛−1 𝑦 − 𝑦𝑧 𝑛−1 − 𝑧𝑥 𝑛−1 − 𝑧𝑦 𝑛−1
= (𝑥 + 𝑦 + 𝑧)(𝑥 𝑛−1 + 𝑦 𝑛−1 + 𝑧 𝑛−1 ) − (𝑥𝑦 + 𝑥𝑧 + 𝑦𝑧)(𝑥 𝑛−2 + 𝑦 𝑛−2 + 𝑧 𝑛−2 )
+ 𝑥𝑦𝑧 (𝑥 𝑛−3 + 𝑦 𝑛−3 + 𝑧 𝑛−3 )
∴ 𝑆𝑛 = 𝜎1 𝑆𝑛−1 − 𝜎2 𝑆𝑛−2 + 𝜎3 𝑆𝑛−3 ; 𝑛 ≥ 3
Exercícios de Fixação
14. Se 𝑥1 e 𝑥2 são soluções da equação 𝑥 2 − 3𝑥 + 1 = 0, determine o valor de 𝑥14 + 𝑥24 .
Resolução:
Vamos obter 𝜎1 e 𝜎2 usando as relações de Girard:
𝑏 −3
𝜎1 = 𝑥1 + 𝑥2 = − = − =3
𝑎 1
𝑐 1
𝜎2 = 𝑥1 𝑥2 = = =1
𝑎 1
A questão pede:
𝑆4 = 𝑥14 + 𝑥24
Usando a lei de recorrência:
𝑆4 = 𝜎1 𝑆3 − 𝜎2 𝑆2
𝑆3 = 𝜎1 𝑆2 − 𝜎2 𝑆1
𝑆2 = 𝜎12 − 2𝜎2 = 32 − 2 ⋅ 1 = 7
⇒ 𝑆3 = 3 ⋅ 7 − 1 ⋅ 3 = 21 − 3 = 18
⇒ 𝑆4 = 3 ⋅ 18 − 1 ⋅ 7 = 47
Gabarito: 𝑺𝟒 = 𝟒𝟕
Resolução:
A questão nos dá:
𝑆1 = 𝜎1 = 𝑎
𝑆2 = 𝑏2
𝑆3 = 𝑎3
Usando a lei de recorrência:
𝑆3 = 𝜎1 𝑆2 − 𝜎2 𝑆1 + 𝜎3 𝑆0 ⇒ 𝑎3 = 𝑎 ⋅ 𝑏2 − 𝜎2 ⋅ 𝑎 + 𝜎3 ⋅ 3 (𝑒𝑞. 𝐼)
Da primeira equação, podemos elevar ao quadrado para encontrar 𝜎2 :
(𝑥 + 𝑦 + 𝑧)2 = 𝑎2 ⇒ 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 + 2(𝑥𝑦 + 𝑥𝑧 + 𝑦𝑧) = 𝑎2
𝑎2 −𝑏2
⇒ 𝑏2 + 2𝜎2 = 𝑎2 ⇒ 𝜎2 =
2
Substituindo na segunda:
𝑎2 −𝑏2
𝑥𝑦 + 𝑥𝑧 + 𝑦𝑧 =
2
𝑎2 −𝑏2
𝑥 (𝑦 + 𝑧) + 𝑦𝑧 =
2
1 1 𝑎2 −𝑏2
𝑥 (𝑎 − 𝑥 ) + [ 𝑎 (𝑎 2 − 𝑏 2 )] =
𝑥 2 2
1 𝑎2 −𝑏2
𝑎𝑥 − 𝑥 2 + 𝑎 (𝑎 2 − 𝑏 2 ) =
2𝑥 2
2 3 2 2)
2𝑎𝑥 − 2𝑥 + 𝑎(𝑎 − 𝑏 = (𝑎 − 𝑏 2 ) 𝑥
2
(2𝑥 2 + 𝑎2 − 𝑏2 )(𝑥 − 𝑎) = 0
As raízes são:
𝑥1 = 𝑎
𝑏2 −𝑎2 𝑏2 −𝑎2
2𝑥 2 + 𝑎2 − 𝑏2 = 0 ⇒ 𝑥 2 = ⇒ 𝑥2,3 = ±√
2 2
Encontramos 3 possíveis valores para 𝑥. Como o polinômio é simétrico, temos que todas
𝑏2 −𝑎2 𝑏2 −𝑎 2
as soluções serão as triplas ordenadas formadas pelos elementos {𝑎; √ ; −√ }.
2 2
𝑏 2 −𝑎2 𝑏2 −𝑎2
Gabarito: Todas as triplas ordenadas com os elementos {𝑎; √ ; −√ }.
2 2
Resolução:
Do sistema, temos:
𝜎1 = 1
𝑆3 + 𝜎3 = 𝑆4 + 1
Da lei de recorrência:
𝑆3 = 𝜎13 − 3𝜎1 𝜎2 + 3𝜎3 = 1 − 3𝜎2 + 3𝜎3
𝑆4 = 𝜎1 𝑆3 − 𝜎2 𝑆2 + 𝜎3 𝑆1
𝑆4 = 𝜎1 (𝜎13 − 3𝜎1 𝜎2 + 3𝜎3 ) − 𝜎2 (𝜎12 − 2𝜎2 ) + 𝜎3 𝜎1
⇒ 𝑆4 = 𝜎14 − 4𝜎12 𝜎2 + 4𝜎1 𝜎3 + 2𝜎22 = 1 − 4𝜎2 + 4𝜎3 + 2𝜎22
Substituindo na equação:
𝑆3 + 𝜎3 = 𝑆4 + 1
1 − 3𝜎2 + 3𝜎3 + 𝜎3 = 1 − 4𝜎2 + 4𝜎3 + 2𝜎22 + 1
⇒ 2𝜎22 − 𝜎2 + 1 = 0
Analisando o Δ:
Δ = (−1)2 − 4 ⋅ 2 ⋅ 1 = −7 < 0
Como Δ < 0, temos que não existe 𝜎2 ∈ ℝ que satisfaz a equação. Portanto, não
existem soluções reais.
Gabarito: Não há solução.
7. DESIGUALDADE
Vamos iniciar o estudo das desigualdades. Esse assunto pode nos ajudar a resolver diversas
questões que pedem para analisar máximos e mínimos. Vejamos os principais e suas respectivas
demonstrações.
𝑎2 + 𝑏2 ≥ 2𝑎𝑏
𝑎2 + 𝑏2
≥ 𝑎𝑏
2
Fazendo 𝑎2 = 𝑥 e 𝑏2 = 𝑦, encontramos:
𝑥+𝑦
≥ √𝑥𝑦
2
∴ 𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑘−1 + 𝑥𝑘 + 𝑥𝑘+1 ≥ 𝑘 + 1
Demonstração:
Para 𝑎1 , 𝑎2 , … , 𝑎𝑛 ∈ ℝ e 𝑏1 , 𝑏2 , … , 𝑏𝑛 ∈ ℝ:
(𝑎1 𝑥 + 𝑏1 )2 ≥ 0
( )2
{ 𝑎2 𝑥 + 𝑏2 ≥ 0
⋮
(𝑎𝑛 𝑥 + 𝑏𝑛 )2 ≥ 0
𝑎12 𝑥 2 + 2𝑎1 𝑏1 𝑥 + 𝑏12 ≥ 0
2 2 2
{ 𝑎2 𝑥 + 2𝑎2 𝑏2 𝑥 + 𝑏2 ≥ 0
⋮
𝑎𝑛 𝑥 + 2𝑎𝑛 𝑏𝑛 𝑥 + 𝑏𝑛2 ≥ 0
2 2
Preste atenção nessa desigualdade, pois ela é a mais cobrada nos vestibulares militares!
Para 𝑥1 , 𝑥2 , … , 𝑥𝑛 ∈ ℝ∗+ :
𝑴𝑸 ≥ 𝑴𝑨 ≥ 𝑴𝑮 ≥ 𝑴𝑯
Onde:
2) 𝑀𝐴 ≥ 𝑀𝐺
Pela definição de 𝑀𝐺 :
𝑀𝐺 = 𝑛√𝑥1 ∙ 𝑥2 ∙ … ∙ 𝑥𝑛 ⇒ 𝑀𝐺𝑛 = 𝑥1 ∙ 𝑥2 ∙ … ∙ 𝑥𝑛
Dividindo a igualdade por 𝑀𝐺𝑛 :
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
∙ ∙ …∙ =1
𝑀𝐺 𝑀𝐺 𝑀𝐺
Usando o teorema de Cauchy:
𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛 𝑥1 𝑥2 𝑥𝑛
∙ ∙…∙ =1⇒ + + ⋯+ ≥𝑛
𝑀𝐺 𝑀𝐺 𝑀𝐺 𝑀𝐺 𝑀𝐺 𝑀𝐺
Logo:
𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛
≥ 𝑀𝐺
𝑛
∴ 𝑀𝐴 ≥ 𝑀𝐺
3) 𝑀𝐺 ≥ 𝑀𝐻
Sabemos que 𝑀𝐴 ≥ 𝑀𝐺 , então:
𝑥1 + 𝑥2 + ⋯ + 𝑥𝑛 𝑛
≥ √𝑥1 ∙ 𝑥2 ∙ … ∙ 𝑥𝑛
𝑛
1
Substituindo 𝑥𝑖 = , 0 < 𝑖 < 𝑛, temos:
𝑎𝑖
1 1 1
( + + ⋯+ ) 𝑛 1 1 1
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛
≥ √ ∙ ∙…∙
𝑛 𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛
1 1 1
( + + ⋯+ ) 1
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛
≥𝑛
𝑛 √𝑎1 ∙ 𝑎2 ∙ … ∙ 𝑎𝑛
𝑛
𝑛
√𝑎1 ∙ 𝑎2 ∙ … ∙ 𝑎𝑛 ≥ 1 1 1
+ + ⋯+
𝑎1 𝑎2 𝑎𝑛
∴ 𝑀𝐺 ≥ 𝑀𝐻
Assim, provamos que:
𝑀𝑄 ≥ 𝑀𝐴 ≥ 𝑀𝐺 ≥ 𝑀𝐻
Exercícios de Fixação
18. Demonstre para 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ∗+ :
𝑎2 +𝑏2 𝑎+𝑏 2𝑎𝑏
√ ≥ ≥ √𝑎𝑏 ≥
2 2 𝑎+𝑏
Resolução:
Demonstração vista na aula teórica. Basta fazer 𝑛 = 2 e provar:
𝑀𝑄 ≥ 𝑀𝐴 ≥ 𝑀𝐺 ≥ 𝑀𝐻
Gabarito: Demonstração
Resolução:
Sabemos que qualquer diferença de números elevado ao quadrado é maior ou igual a
zero, logo:
(𝑎 − 𝑏 ) 2 ≥ 0
𝑎2 − 2𝑎𝑏 + 𝑏2 ≥ 0
𝑎2 + 𝑏2 ≥ 2𝑎𝑏
Dividindo ambos os lados por 𝑎𝑏 > 0:
𝑎2 +𝑏2
≥2
𝑎𝑏
𝑎 𝑏
∴ + ≥2
𝑏 𝑎
Gabarito: Demonstração
(1 + 𝑎 + 𝑎 2 )2 < 3(1 + 𝑎 2 + 𝑎 4 )
Gabarito: Demonstração
21. Sabe-se que a média aritmética de 5 números inteiros distintos, estritamente positivos,
é 16. Calcule o maior valor que um desses números pode assumir.
Resolução:
Sejam 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑒, 5 números inteiros positivos e distintos. Então, de acordo com o
enunciado:
𝑎+𝑏+𝑐+𝑑+𝑒
= 16 ⇒ 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 = 80
5
Supondo que 𝑎 seja o maior inteiro positivo, temos que ele assumirá o máximo valor
quando 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 for mínimo. Isso acontece quando esses números são consecutivos.
Supondo que 𝑏 é o menor deles:
𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 = 𝑏 + (𝑏 + 1) + (𝑏 + 2) + (𝑏 + 3) = 4𝑏 + 6
⇒ 𝑎 + 4𝑏 + 6 = 80
𝑎 = 74 − 4𝑏
Como todos os números são estritamente positivos, vemos que o menor valor inteiro
que 𝑏 pode assumir é 𝑏 = 1, desse modo:
𝑎 = 74 − 4
𝑎 = 70
Gabarito: 𝟕𝟎
𝑥 𝑦 4
22. (ITA/2002) Mostre que ( + 2 + ) > 𝐶8,4 , para quaisquer 𝑥 e 𝑦 reais positivos.
𝑦 𝑥
𝑥 𝑦 4
( + 2 + ) ≥ (4)4
𝑦 𝑥
𝑥 𝑦 4
( + 2 + ) ≥ 256 > 70
𝑦 𝑥
Gabarito: Demonstração
23. Se 𝒙 e 𝒚 são número reais positivos, então qual o menor valor da expressão abaixo?
𝟏𝟐 𝟏𝟖
+ + 𝒙𝒚
𝒙 𝒚
Resolução:
12 18
𝑥 + 𝑦 + 𝑥𝑦 3 12 18
≥√ ⋅ ⋅ 𝑥𝑦
3 𝑥 𝑦
12 18 3
+ + 𝑥𝑦 ≥ 3 √216
𝑥 𝑦
12 18
+ + 𝑥𝑦 ≥ 3 ⋅ 6
𝑥 𝑦
12 18
+ + 𝑥𝑦 ≥ 18
𝑥 𝑦
Portanto:
𝑓𝑚𝑖𝑛 (𝑥, 𝑦) = 18
Gabarito: 18
𝟑
24. Calcule o menor valor da expressão 𝟔𝒙 + 𝒙𝟐, sabendo que 𝒙 > 𝟎.
Resolução:
Note que
3 3
6𝑥 + 2
= 3𝑥 + 3𝑥 + 2
𝑥 𝑥
Assim, podemos escrever:
𝑀𝐴 ≥ 𝑀𝐺
3
3𝑥 + 3𝑥 +
𝑥 2 ≥ 3√3𝑥 ⋅ 3𝑥 ⋅ 3
3 𝑥2
3 3
3𝑥 + 3𝑥 + 2
≥ 3 √27
𝑥
24
3𝑥 + 3𝑥 + ≥9
𝑥2
∴ 𝑓𝑚𝑖𝑛 (𝑥) = 9
Gabarito: 9
[𝑓(𝑥)]2 = 𝑥 2 (1 − 𝑥 2 )
Usando 𝑀𝐺 ≤ 𝑀𝐴:
(𝑥 2 + (1 − 𝑥 2 ))
√𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ) ≤
2
1
√𝑥 2 (1 − 𝑥 2 ) ≤
2
Como 0 < 𝑥 < 1, temos:
1
⇒ 𝑥√1 − 𝑥 2 ≤
2
Portanto:
1
𝑓𝑚𝑎𝑥 =
2
Gabarito: 1/2
8. QUESTÕES NÍVEL 1
1. (Exercício de Fixação)
Fatore as seguintes expressões:
a) 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 − 𝟗𝒚𝟐 − 𝟐𝒙𝒚
b) 𝒙𝟔 − 𝒚𝟔
c) 𝟐𝒂𝒃 − 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐
d) 𝒂𝟒 + 𝒃𝟒
e) 𝒙𝟔 + 𝟏
f) 𝒙𝟔 − 𝟏
g) 𝒙𝟒 + 𝒙𝟐 + 𝟏
h) 𝒂𝟒 − 𝒂𝟑 + 𝒂𝟐 − 𝟏
i) 𝒂𝟐 − 𝟔𝒂 + 𝟗
j) 𝟏𝟔𝒂𝟒 − 𝟏𝟕𝒂𝟐 𝒃𝟐 + 𝒃𝟒
k) 𝒂𝟒 + 𝟒𝒃𝟒
l) (𝒙 + 𝒚)(𝒂𝟐 − 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 ) + (𝒙 + 𝒚)𝟑 (𝒂 − 𝒃)𝟑
m) 𝒂𝟓 + 𝒃𝟓 − 𝒂𝒃𝟒 − 𝒂𝟒 𝒃
n) (𝒙 − 𝒚)𝟑 + (𝒚 − 𝒛)𝟑 − (𝒙 − 𝒛)𝟑
o) 𝟐𝒙𝟏𝟒 − 𝟓𝟏𝟐𝒙𝟔
p) 𝒙𝟔 + 𝟑𝒙𝟑 − 𝟒
q) 𝒙𝒚𝟐 + 𝒘(𝒛 − 𝒚) − 𝒙𝒚𝒛
r) 𝒂𝟑 + 𝒃𝟑 + 𝒄𝟑 − 𝟑𝒂𝒃𝒄
2. (Exercício de Fixação)
𝒂𝟐 +𝟕
Para quais valores de 𝒂 ∈ ℤ, a fração é um número inteiro?
𝒂+𝟑
3. (Exercício de Fixação)
Simplifique:
𝒂𝟔 +𝟐𝒂𝟑 𝒃𝟑 +𝒃𝟔
a) 𝒂𝟔 −𝒃𝟔
𝒂𝟐 𝒂 𝒂
b) 𝒂𝟐 −𝟏 − 𝒂−𝟏 + 𝒂+𝟏
𝒂𝟗 −𝒃𝟗
c) 𝒂𝟑 −𝒃𝟑
𝒂(𝒃+𝒄) 𝒃(𝒂+𝒄) 𝒄(𝒂+𝒃)
d) (𝒂−𝒃)(𝒂−𝒄) + (𝒃−𝒄)(𝒃−𝒂) + (𝒄−𝒂)(𝒄−𝒃)
4. (Exercício de Fixação)
Prove que as seguintes afirmações são verdadeiras:
a) (𝒏𝟓 − 𝒏) ⋮ 𝟑𝟎
b) (𝟐𝒏𝟑 + 𝟑𝒏𝟐 + 𝒏) ⋮ 𝟔
5. (Exercício de Fixação)
Use o PIF para demonstrar as seguintes afirmações:
𝒏(𝒏+𝟏)
a) 𝟏 + 𝟐 + 𝟑 + ⋯ + 𝒏 = , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
𝟐
𝒏(𝒏+𝟏)(𝟐𝒏+𝟏)
b) 𝟏𝟐 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒏𝟐 = , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
𝟔
𝒏(𝒏+𝟏) 𝟐
c) 𝟏𝟑 + 𝟐𝟑 + ⋯ + 𝒏𝟑 = [ ] , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
𝟐
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
d) 𝟏∙𝟐∙𝟑 + 𝟐∙𝟑∙𝟒 + 𝟑∙𝟒∙𝟓 + ⋯ + 𝒏(𝒏+𝟏)(𝒏+𝟐) = 𝟐 [𝟐 − (𝒏+𝟏)(𝒏+𝟐)] , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
e) 𝒏(𝒏 + 𝟏)(𝒏 + 𝟐) ⋮ 𝟔, ∀𝒏 ∈ ℕ
f) 𝒏𝟐 + 𝒏 ⋮ 𝟐, ∀𝒏 ∈ ℕ
g) 𝟐𝒏 ≥ 𝒏 + 𝟏, ∀𝒏 ∈ ℕ∗
6. (CN/2002)
a) 11
b) 12
c) 13
d) 14
e) 15
7. (CN/2000)
𝟑 𝟏
a) √− 𝟑
𝟑 𝟐
b) √𝟑
c) 0
d) 1
e) −𝟏
8. (CN/2001)
b) √𝒙
c) 𝟐√𝒙 − 𝟏
d) 𝟐√𝒙
e) 𝟑
9. (CN/2002)
a) √𝟏𝟎
b) 𝟒
c) 𝟐√𝟐
d) √𝟓 + 𝟏
e) √𝟑 + 𝟐
10. (CN/2011)
𝟑
O número real √𝟐𝟔 − 𝟏𝟓√𝟑 é igual a
a) 𝟓 − √𝟑
b) √𝟕 − 𝟒√𝟑
c) 𝟑 − √𝟐
d) √𝟏𝟑 − 𝟑√𝟑
e) 𝟐
11. (EEAR/2000)
𝟐
𝟐𝒂𝟐 𝒙
Simplificando ⋅ (𝒂𝟐 𝒙𝟐 )−𝟑 , com 𝒂 > 𝟎 e 𝒙 > 𝟎, temos
𝟑
𝟑
𝟐𝒂 √𝒂𝟐 𝒙𝟐
a) 𝟑𝒙
𝟑
𝟐 √𝒂𝟐 𝒙𝟐
b) 𝟑𝒂𝒙
𝟑
𝟐𝒙 √𝒂𝟐 𝒙𝟐
c) 𝟑𝒂
𝟑
𝟐 √𝒂𝟐 𝒙𝟐
d) 𝟑𝒙
12. (EEAR/2001)
𝟑 𝟒 𝟐
Efetuando (−𝟐𝟒 ) − 𝟑 ⋅ (−𝟏𝟓 )𝟓 − 𝟓𝟎 , obtemos
a) 10
b) 12
c) 4
d) −𝟏𝟐
13. (EEAR/2001)
√𝒂 ⋅ √𝒂 + √𝒂 ⋅ √𝒂 − √𝒂 ⋅ √𝒂 + 𝟏
,
√𝒂𝟐 − 𝟏
O seu valor é:
a) √𝒂 + 𝟏
b) 𝒂 + 𝟏
c) 𝒂 − 𝟏
d) 𝒂
14. (EEAR/2002)
𝒂−𝟒 −𝒃−𝟒
A fração 𝒂−𝟐 −𝒃−𝟐 é igual a
a) 𝒂−𝟔 − 𝒃−𝟔
b) 𝒂−𝟐 − 𝒃−𝟐
c) 𝒂−𝟐 + 𝒃−𝟐
d) 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐
15. (EEAR/2002)
√𝟏𝟒𝟒÷𝟎,𝟔 𝟑 𝟏
O valor da expressão − 𝟒 {𝟐 − 𝟏, 𝟓 ÷ (𝟏 + 𝟐)} é igual a:
𝟐,𝟒⋅𝟏𝟎
𝟏
a) 𝟏𝟐
𝟕
b) 𝟏𝟐
𝟐
c) − 𝟑
𝟐
d) 𝟓
16. (EEAR/2002)
a) múltiplo de 2
b) múltiplo de 3
GABARITO
1. a) (𝑥 − 4𝑦)(𝑥 + 2𝑦)
b) (𝑥 − 𝑦)(𝑥 + 𝑦)(𝑥 2 + 𝑦 2 − 𝑥𝑦)(𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑥𝑦)
c) (𝑐 − 𝑎 + 𝑏)(𝑐 + 𝑎 − 𝑏)
d) (𝑎2 + 𝑏2 − √2𝑎𝑏)(𝑎2 + 𝑏2 + √2𝑎𝑏)
e) (𝑥 2 + 1)(𝑥 2 + 1 − √3𝑥)(𝑥 2 + 1 + √3𝑥)
f) (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)(𝑥 2 − 𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑥 + 1)
g) (𝑥 2 − 𝑥 + 1)(𝑥 2 + 𝑥 + 1)
h) (𝑎 − 1)(𝑎3 + 𝑎 + 1)
i) (𝑎 − 3)2
j) (4𝑎 − 𝑏)(4𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏)(𝑎 + 𝑏)
k) [(𝑎 − 𝑏)2 + 𝑏2 ][(𝑎 + 𝑏)2 + 𝑏2 ]
l) (𝑥 + 𝑦)(𝑎 − 𝑏)2 [1 + (𝑥 + 𝑦)2 (𝑎 − 𝑏)]
m) (𝑎2 + 𝑏2 )(𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏)2
n) 3(𝑦 − 𝑧)(𝑥 − 𝑦)(𝑧 − 𝑥)
o) 2𝑥 6 (𝑥 − 2)(𝑥 + 2)(𝑥 2 + 4)(𝑥 2 + 4 − √8𝑥)(𝑥 2 + 4 + √8𝑥)
p) (𝑥 3 + 4)(𝑥 − 1)(𝑥 2 + 𝑥 + 1)
q) (𝑧 − 𝑦)(−𝑥𝑦 + 𝑤)
r) (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )(𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 − 𝑎𝑏 − 𝑎𝑐 − 𝑏𝑐 )
2. 𝑎 ∈ {−19, −11, −7, −5, −4, −2, −1, 1, 5, 13}
(𝑎+𝑏)(𝑎2 −𝑎𝑏+𝑏2 )
3. a) (𝑎−𝑏)(𝑎2
+𝑎𝑏+𝑏2 )
𝑎(𝑎−2)
b) (𝑎−1)(𝑎+1)
c) 𝑎6 + 𝑎3 𝑏3 + 𝑏6
d) −1
4. Demonstração.
5. Prova por PIF.
6. d
7. c
8. a
9. d
10. b
11. d
12. c
13. d
14. c
15. a
16. a
RESOLUÇÃO
1. (Exercício de Fixação)
Fatore as seguintes expressões:
a) 𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 − 𝟗𝒚𝟐 − 𝟐𝒙𝒚
b) 𝒙𝟔 − 𝒚𝟔
c) 𝟐𝒂𝒃 − 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐
d) 𝒂𝟒 + 𝒃𝟒
e) 𝒙𝟔 + 𝟏
f) 𝒙𝟔 − 𝟏
g) 𝒙𝟒 + 𝒙𝟐 + 𝟏
h) 𝒂𝟒 − 𝒂𝟑 + 𝒂𝟐 − 𝟏
i) 𝒂𝟐 − 𝟔𝒂 + 𝟗
j) 𝟏𝟔𝒂𝟒 − 𝟏𝟕𝒂𝟐 𝒃𝟐 + 𝒃𝟒
k) 𝒂𝟒 + 𝟒𝒃𝟒
l) (𝒙 + 𝒚)(𝒂𝟐 − 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 ) + (𝒙 + 𝒚)𝟑 (𝒂 − 𝒃)𝟑
m) 𝒂𝟓 + 𝒃𝟓 − 𝒂𝒃𝟒 − 𝒂𝟒 𝒃
n) (𝒙 − 𝒚)𝟑 + (𝒚 − 𝒛)𝟑 − (𝒙 − 𝒛)𝟑
o) 𝟐𝒙𝟏𝟒 − 𝟓𝟏𝟐𝒙𝟔
p) 𝒙𝟔 + 𝟑𝒙𝟑 − 𝟒
b) 𝒙𝟔 − 𝒚𝟔
Vamos usar 𝒂𝟑 − 𝒃𝟑 = (𝒂 − 𝒃)(𝒂𝟐 + 𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 ):
(𝒙𝟐 − 𝒚𝟐 )[(𝒙𝟐 )𝟐 + 𝒙𝟐 𝒚𝟐 + (𝒚𝟐 )𝟐 ]
(𝒙 − 𝒚)(𝒙 + 𝒚)(𝒙𝟒 + 𝒙𝟐 𝒚𝟐 + 𝒚𝟒 )
(𝒙 − 𝒚)(𝒙 + 𝒚)(𝒙𝟒 + 𝒙𝟐 𝒚𝟐 + 𝒚𝟒 + 𝒙𝟐 𝒚𝟐 − 𝒙𝟐 𝒚𝟐 )
(𝒙 − 𝒚)(𝒙 + 𝒚)(𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟐 𝒚𝟐 + 𝒚𝟒 − 𝒙𝟐 𝒚𝟐 )
(𝒙 − 𝒚)(𝒙 + 𝒚)[(𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 )𝟐 − (𝒙𝒚)𝟐 ]
(𝒙 − 𝒚)(𝒙 + 𝒚)(𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 − 𝒙𝒚)(𝒙𝟐 + 𝒚𝟐 + 𝒙𝒚)
c) 𝟐𝒂𝒃 − 𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐
Vamos organizar os termos:
𝒄𝟐 − (𝒂𝟐 − 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 )
𝒄𝟐 − (𝒂 − 𝒃)𝟐
[𝒄 − (𝒂 − 𝒃)][𝒄 + (𝒂 − 𝒃)]
(𝒄 − 𝒂 + 𝒃)(𝒄 + 𝒂 − 𝒃)
d) 𝒂𝟒 + 𝒃𝟒
𝒂𝟒 + 𝒃𝟒 + 𝟐𝒂𝟐 𝒃𝟐 − 𝟐𝒂𝟐 𝒃𝟐
𝟐
(𝒂𝟒 + 𝟐𝒂𝟐 𝒃𝟐 + 𝒃𝟒 ) − (√𝟐𝒂𝒃)
𝟐
(𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 )𝟐 − (√𝟐𝒂𝒃)
(𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 − √𝟐𝒂𝒃)(𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 + √𝟐𝒂𝒃)
e) 𝒙𝟔 + 𝟏
Note que 𝒙𝟔 + 𝟏 = 𝒙𝟔 + 𝟏𝟔 . Sabendo que 𝒂𝟑 + 𝒃𝟑 = (𝒂 + 𝒃)(𝒂𝟐 − 𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 ), temos:
𝒙 𝟔 + 𝟏𝟔
(𝒙𝟐 )𝟑 + (𝟏𝟐 )𝟑
(𝒙𝟐 + 𝟏𝟐 )((𝒙𝟐 )𝟐 − 𝒙𝟐 𝟏𝟐 + (𝟏𝟐 )𝟐 )
(𝒙𝟐 + 𝟏)(𝒙𝟒 − 𝒙𝟐 + 𝟏)
(𝒙𝟐 + 𝟏)(𝒙𝟒 − 𝒙𝟐 + 𝟏 − 𝟐𝒙𝟐 + 𝟐𝒙𝟐 )
(𝒙𝟐 + 𝟏)(𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝟏 − 𝟑𝒙𝟐 )
(𝒙𝟐 + 𝟏)[(𝒙𝟐 + 𝟏)𝟐 − 𝟑𝒙𝟐 ]
(𝒙𝟐 + 𝟏)[(𝒙𝟐 + 𝟏)𝟐 − (√𝟑𝒙)𝟐 ]
(𝒙𝟐 + 𝟏)(𝒙𝟐 + 𝟏 − √𝟑𝒙)(𝒙𝟐 + 𝟏 + √𝟑𝒙)
f) 𝒙𝟔 − 𝟏
Vamos fatorar usando: 𝒂𝟑 − 𝒃𝟑 = (𝒂 − 𝒃)(𝒂𝟐 + 𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 )
𝒙 𝟔 − 𝟏𝟔
(𝒙𝟐 )𝟑 − (𝟏𝟐 )𝟑
(𝒙𝟐 − 𝟏𝟐 )((𝒙𝟐 )𝟐 + 𝒙𝟐 𝟏𝟐 + (𝟏𝟐 )𝟐 )
(𝒙 − 𝟏)(𝒙 + 𝟏)(𝒙𝟒 + 𝒙𝟐 + 𝟏)
(𝒙 − 𝟏)(𝒙 + 𝟏)(𝒙𝟒 + 𝒙𝟐 + 𝟏 + 𝒙𝟐 − 𝒙𝟐 )
(𝒙 − 𝟏)(𝒙 + 𝟏)(𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝟏 − 𝒙𝟐 )
(𝒙 − 𝟏)(𝒙 + 𝟏)[(𝒙𝟐 + 𝟏)𝟐 − 𝒙𝟐 ]
(𝒙 − 𝟏)(𝒙 + 𝟏)(𝒙𝟐 + 𝟏 − 𝒙)(𝒙𝟐 + 𝟏 + 𝒙)
(𝒙 − 𝟏)(𝒙 + 𝟏)(𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟏)(𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏)
g) 𝒙𝟒 + 𝒙𝟐 + 𝟏
𝒙𝟒 + 𝒙 𝟐 + 𝟏 + 𝒙𝟐 − 𝒙𝟐
𝒙𝟒 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝟏 − 𝒙𝟐
(𝒙𝟐 + 𝟏)𝟐 − 𝒙𝟐
(𝒙𝟐 + 𝟏 − 𝒙)(𝒙𝟐 + 𝟏 + 𝒙)
(𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟏)(𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏)
h) 𝒂𝟒 − 𝒂𝟑 + 𝒂𝟐 − 𝟏
𝒂𝟑 (𝒂 − 𝟏) + (𝒂 − 𝟏)(𝒂 + 𝟏)
(𝒂 − 𝟏)[𝒂𝟑 + (𝒂 + 𝟏)]
(𝒂 − 𝟏)(𝒂𝟑 + 𝒂 + 𝟏)
i) 𝒂𝟐 − 𝟔𝒂 + 𝟗
(𝒂 − 𝟑)𝟐
j) 𝟏𝟔𝒂𝟒 − 𝟏𝟕𝒂𝟐 𝒃𝟐 + 𝒃𝟒
𝟏𝟔𝒂𝟒 − 𝟏𝟔𝒂𝟐 𝒃𝟐 − 𝒂𝟐 𝒃𝟐 + 𝒃𝟒
𝟏𝟔𝒂𝟐 (𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 ) − 𝒃𝟐 (𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 )
(𝟏𝟔𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 )(𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 )
(𝟒𝒂 − 𝒃)(𝟒𝒂 + 𝒃)(𝒂 − 𝒃)(𝒂 + 𝒃)
k) 𝒂𝟒 + 𝟒𝒃𝟒
𝒂𝟒 + 𝟒𝒃𝟒 + 𝟒𝒂𝟐 𝒃𝟐 − 𝟒𝒂𝟐 𝒃𝟐
(𝒂𝟐 + 𝟐𝒃𝟐 )𝟐 − (𝟐𝒂𝒃)𝟐
(𝒂𝟐 + 𝟐𝒃𝟐 − 𝟐𝒂𝒃)(𝒂𝟐 + 𝟐𝒃𝟐 + 𝟐𝒂𝒃)
[(𝒂 − 𝒃)𝟐 + 𝒃𝟐 ][(𝒂 + 𝒃)𝟐 + 𝒃𝟐 ]
m) 𝒂𝟓 + 𝒃𝟓 − 𝒂𝒃𝟒 − 𝒂𝟒 𝒃
𝒂𝟓 − 𝒂𝒃𝟒 + 𝒃𝟓 − 𝒂𝟒 𝒃
𝒂(𝒂𝟒 − 𝒃𝟒 ) + 𝒃(𝒃𝟒 − 𝒂𝟒 )
𝒂(𝒂𝟒 − 𝒃𝟒 ) − 𝒃(𝒂𝟒 − 𝒃𝟒 )
(𝒂𝟒 − 𝒃𝟒 )(𝒂 − 𝒃)
(𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 )(𝒂𝟐 − 𝒃𝟐 )(𝒂 − 𝒃)
(𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 )(𝒂 + 𝒃)(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒃)
(𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 )(𝒂 + 𝒃)(𝒂 − 𝒃)𝟐
o) 𝟐𝒙𝟏𝟒 − 𝟓𝟏𝟐𝒙𝟔
𝟐𝒙𝟔 (𝒙𝟖 − 𝟐𝟓𝟔)
𝟐𝒙𝟔 (𝒙𝟖 − 𝟐𝟖 )
𝟐𝒙𝟔 (𝒙𝟒 − 𝟐𝟒 )(𝒙𝟒 + 𝟐𝟒 )
𝟐𝒙𝟔 (𝒙𝟐 − 𝟐𝟐 )(𝒙𝟐 + 𝟐𝟐 )(𝒙𝟒 + 𝟐𝟒 )
𝟐𝒙𝟔 (𝒙 − 𝟐)(𝒙 + 𝟐)(𝒙𝟐 + 𝟒)(𝒙𝟒 + 𝟏𝟔)
𝟐𝒙𝟔 (𝒙 − 𝟐)(𝒙 + 𝟐)(𝒙𝟐 + 𝟒)(𝒙𝟒 + 𝟏𝟔 + 𝟖𝒙𝟐 − 𝟖𝒙𝟐 )
𝟐
𝟐𝒙𝟔 (𝒙 − 𝟐)(𝒙 + 𝟐)(𝒙𝟐 + 𝟒) [(𝒙𝟐 + 𝟒)𝟐 − (√𝟖𝒙) ]
𝟐𝒙𝟔 (𝒙 − 𝟐)(𝒙 + 𝟐)(𝒙𝟐 + 𝟒)(𝒙𝟐 + 𝟒 − √𝟖𝒙)(𝒙𝟐 + 𝟒 + √𝟖𝒙)
p) 𝒙𝟔 + 𝟑𝒙𝟑 − 𝟒
𝒙𝟔 + 𝟑𝒙𝟑 − 𝟒 + 𝒙𝟑 − 𝒙𝟑
𝒙𝟔 − 𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟑 − 𝟒
𝒙𝟑 (𝒙𝟑 − 𝟏) + 𝟒(𝒙𝟑 − 𝟏)
(𝒙𝟑 + 𝟒)(𝒙𝟑 − 𝟏)
(𝒙𝟑 + 𝟒)(𝒙 − 𝟏)(𝒙𝟐 + 𝒙 + 𝟏)
r) 𝒂𝟑 + 𝒃𝟑 + 𝒄𝟑 − 𝟑𝒂𝒃𝒄
(𝒂 + 𝒃)𝟑 = 𝒂𝟑 + 𝒃𝟑 + 𝟑𝒂𝟐 𝒃 + 𝟑𝒂𝒃𝟐
𝒂𝟑 + 𝒃𝟑 + 𝒄𝟑 − 𝟑𝒂𝒃𝒄 + 𝟑𝒂𝟐 𝒃 − 𝟑𝒂𝟐 𝒃 + 𝟑𝒂𝒃𝟐 − 𝟑𝒂𝒃𝟐
(𝒂 + 𝒃)𝟑 + 𝒄𝟑 − 𝟑𝒂𝒃𝒄 − 𝟑𝒂𝟐 𝒃 − 𝟑𝒂𝒃𝟐
(𝒂 + 𝒃)𝟑 + 𝒄𝟑 − 𝟑𝒂𝒃(𝒄 + 𝒂 + 𝒃)
(𝒂 + 𝒃 + 𝒄)[(𝒂 + 𝒃)𝟐 − (𝒂 + 𝒃)𝒄 + 𝒄𝟐 ] − 𝟑𝒂𝒃(𝒂 + 𝒃 + 𝒄)
(𝒂 + 𝒃 + 𝒄)(𝒂𝟐 + 𝟐𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 − 𝒂𝒄 − 𝒃𝒄 + 𝒄𝟐 − 𝟑𝒂𝒃)
(𝒂 + 𝒃 + 𝒄)(𝒂𝟐 + 𝒃𝟐 + 𝒄𝟐 − 𝒂𝒃 − 𝒂𝒄 − 𝒃𝒄)
(𝑎 + 3)2 = 𝑎2 + 6𝑎 + 9
Assim, precisamos adicionar 6𝑎 + 9 no numerador:
𝑎2 + 7 + (6𝑎 + 9) − (6𝑎 + 9)
𝑎+3
Organizando os termos:
𝑎2 + 6𝑎 + 9 − 6𝑎 − 9 + 7
𝑎+3
(𝑎2 + 6𝑎 + 9) − 6𝑎 − 2
𝑎+3
2
Fatorando 𝑎 + 6𝑎 + 9:
(𝑎 + 3)2 − (6𝑎 + 2)
𝑎+3
Simplificando:
(6𝑎 + 2)
𝑎+3−
𝑎+3
Podemos usar a mesma ideia para remover o elemento 6𝑎 da fração, vamos multiplicar
(𝑎 + 3) por 6:
6(𝑎 + 3) = 6𝑎 + 18
Devemos adicionar 18 no numerador:
(6𝑎 + 2 + 18 − 18)
𝑎+3−
𝑎+3
(6𝑎 + 18 − 16)
𝑎+3−
𝑎+3
[6(𝑎 + 3) − 16]
𝑎+3−
𝑎+3
Simplificando 𝑎 + 3:
(−16)
𝑎+3−6−
𝑎+3
16
𝑎−3+
𝑎+3
16
Logo, precisamos encontrar os valores de 𝑎 inteiros que tornem um número inteiro.
𝑎+3
16 deve ser divisível por 𝑎 + 3.
Vamos fatorar 16:
16 2
8 2
4 2
2 2
16 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2
Os valores inteiros que dividem 16 são os números positivos e negativos que podem ser
formados pelos fatores de 16: ±1 (20 ), ±2 (21 ), ±4 (22 ), ±8 (23 ), ±16 (24 ).
Para descobrir os valores de 𝑎, devemos igualar 𝑎 + 3 a ±1, ±2, ±4, ±8, ±16. Vamos
usar a tabela:
𝒂+𝟑 𝒂
1 −2
−1 −4
2 −1
−2 −5
4 1
−4 −7
8 5
−8 −11
16 13
−16 −19
𝒂𝟔 − 𝒃𝟔
𝒂𝟐 𝒂 𝒂
b) 𝒂𝟐 −𝟏 − 𝒂−𝟏 + 𝒂+𝟏
𝒂 ≠ ±𝟏
𝟐
𝒂 𝒂 𝒂
𝟐
− +
𝒂 −𝟏 𝒂−𝟏 𝒂+𝟏
𝒂𝟐 − 𝒂(𝒂 + 𝟏) + 𝒂(𝒂 − 𝟏)
𝒂𝟐 − 𝟏
𝒂 − 𝒂 − 𝒂 + 𝒂𝟐 − 𝒂
𝟐 𝟐
(𝒂 − 𝟏)(𝒂 + 𝟏)
𝒂𝟐 − 𝟐𝒂
(𝒂 − 𝟏)(𝒂 + 𝟏)
𝒂(𝒂 − 𝟐)
(𝒂 − 𝟏)(𝒂 + 𝟏)
𝒂𝟗 −𝒃𝟗
c) 𝒂𝟑 −𝒃𝟑
𝒂≠𝒃
𝒂𝟗 − 𝒃𝟗
𝒂𝟑 − 𝒃𝟑
(𝒂 − 𝒃 )(𝒂𝟔 + 𝒂𝟑 𝒃𝟑 + 𝒃𝟔 )
𝟑 𝟑
(𝒂𝟑 − 𝒃𝟑 )
𝒂𝟔 + 𝒂𝟑 𝒃𝟑 + 𝒃𝟔
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
𝟐 (𝒂
𝒃 − 𝒄) + 𝒂𝒄(𝒂 − 𝒄) − 𝒃(𝒂𝟐 − 𝒄𝟐 )
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
𝟐 (𝒂
𝒃 − 𝒄) + 𝒂𝒄(𝒂 − 𝒄) − 𝒃(𝒂 − 𝒄)(𝒂 + 𝒄)
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
(𝒂 − 𝒄)[𝒃𝟐 + 𝒂𝒄 − 𝒃(𝒂 + 𝒄)]
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
(𝒂 − 𝒄)[𝒃𝟐 + 𝒂𝒄 − 𝒂𝒃 − 𝒃𝒄]
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
(𝒂 − 𝒄)(−𝒂𝒃 + 𝒃𝟐 + 𝒂𝒄 − 𝒃𝒄)
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
(𝒂 − 𝒄)[(−𝒃)(𝒂 − 𝒃) + 𝒄(𝒂 − 𝒃)]
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
(𝒂 − 𝒄)(𝒂 − 𝒃)(𝒄 − 𝒃)
(𝒂 − 𝒃)(𝒂 − 𝒄)(𝒃 − 𝒄)
𝒄−𝒃
𝒃−𝒄
(−𝟏)(𝒃 − 𝒄)
= −𝟏
𝒃−𝒄
𝒏 = 𝟐𝒌
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
𝟐𝒌(𝟐𝒌 − 𝟏)(𝟐𝒌 + 𝟏)((𝟐𝒌)𝟐 + 𝟏)
Perceba a presença do fator 2 na expressão.
𝒏 = 𝟐𝒌 + 𝟏
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
(𝟐𝒌 + 𝟏)((𝟐𝒌 + 𝟏) − 𝟏)((𝟐𝒌 + 𝟏) + 𝟏)((𝟐𝒌 + 𝟏)𝟐 + 𝟏)
(𝟐𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌)(𝟐𝒌 + 𝟐)((𝟐𝒌 + 𝟏)𝟐 + 𝟏)
Agora, vamos analisar sua divisibilidade por 𝟑. Devemos substituir 𝒏 = 𝟑𝒌, 𝒏 = 𝟑𝒌 + 𝟏, 𝒏 =
𝟑𝒌 + 𝟐 e encontrar o fator 𝟑 na expressão.
𝒏 = 𝟑𝒌
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
𝟑𝒌(𝟑𝒌 − 𝟏)(𝟑𝒌 + 𝟏)((𝟑𝒌)𝟐 + 𝟏)
𝒏 = 𝟑𝒌 + 𝟏
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟏) − 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟏) + 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟏)𝟐 + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟏)(𝟑𝒌)(𝟑𝒌 + 𝟐)((𝟑𝒌 + 𝟏)𝟐 + 𝟏)
𝒏 = 𝟑𝒌 + 𝟐
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟐)((𝟑𝒌 + 𝟐) − 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟐) + 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟐)𝟐 + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟐)(𝟑𝒌 + 𝟏)(𝟑𝒌 + 𝟑)((𝟑𝒌 + 𝟐)𝟐 + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟐)(𝟑𝒌 + 𝟏)𝟑(𝒌 + 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟐)𝟐 + 𝟏)
Por último, falta analisar sua divisibilidade por 5. Vamos substituir 𝒏 = 𝟓𝒌, 𝒏 = 𝟓𝒌 + 𝟏, 𝒏 =
𝟓𝒌 + 𝟐, 𝒏 = 𝟓𝒌 + 𝟑 𝐞 𝒏 = 𝟓𝒌 + 𝟒 e encontrar o fator 𝟓 na expressão.
𝒏 = 𝟓𝒌
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
𝒏 = 𝟓𝒌 + 𝟏
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟏) − 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟏) + 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟏)𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟏)(𝟓𝒌)(𝟓𝒌 + 𝟐)((𝟓𝒌 + 𝟏)𝟐 + 𝟏)
𝒏 = 𝟓𝒌 + 𝟐
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟐)((𝟓𝒌 + 𝟐) − 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟐) + 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟐)𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟐)(𝟓𝒌 + 𝟏)(𝟓𝒌 + 𝟑)((𝟓𝒌)𝟐 + 𝟐𝟎𝒌 + 𝟒 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟐)(𝟓𝒌 + 𝟏)(𝟓𝒌 + 𝟑)(𝟐𝟓𝒌𝟐 + 𝟐𝟎𝒌 + 𝟓)
(𝟓𝒌 + 𝟐)(𝟓𝒌 + 𝟏)(𝟓𝒌 + 𝟑)𝟓(𝟓𝒌𝟐 + 𝟒𝒌 + 𝟏)
𝒏 = 𝟓𝒌 + 𝟑
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟑)((𝟓𝒌 + 𝟑) − 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟑) + 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟑)𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟑)(𝟓𝒌 + 𝟐)(𝟓𝒌 + 𝟒)((𝟓𝒌)𝟐 + 𝟑𝟎𝒌 + 𝟗 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟑)(𝟓𝒌 + 𝟐)(𝟓𝒌 + 𝟒)(𝟐𝟓𝒌𝟐 + 𝟑𝟎𝒌 + 𝟏𝟎)
(𝟓𝒌 + 𝟑)(𝟓𝒌 + 𝟐)(𝟓𝒌 + 𝟒)𝟓(𝟓𝒌𝟐 + 𝟔𝒌 + 𝟐)
𝒏 = 𝟓𝒌 + 𝟒
𝒏(𝒏 − 𝟏)(𝒏 + 𝟏)(𝒏𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟒)((𝟓𝒌 + 𝟒) − 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟒) + 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟒)𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟒)(𝟓𝒌 + 𝟑)(𝟓𝒌 + 𝟓)((𝟓𝒌 + 𝟒)𝟐 + 𝟏)
(𝟓𝒌 + 𝟒)(𝟓𝒌 + 𝟑)𝟓(𝒌 + 𝟏)((𝟓𝒌 + 𝟒)𝟐 + 𝟏)
Fizemos surgir os fatores 𝟐, 𝟑 𝐞 𝟓 na expressão, logo ela é divisível pelos três ao mesmo tempo:
(𝒏𝟓 − 𝒏) ⋮ 𝟐 ∙ 𝟑 ∙ 𝟓
∴ (𝒏𝟓 − 𝒏) ⋮ 𝟑𝟎
b) (𝟐𝒏𝟑 + 𝟑𝒏𝟐 + 𝒏) ⋮ 𝟔
Para provar que essa expressão é divisível por 6, devemos provar sua divisibilidade para 2 e 3.
Primeiro, vamos fatorar a expressão 𝟐𝒏𝟑 + 𝟑𝒏𝟐 + 𝒏:
𝟐𝒏𝟑 + 𝟑𝒏𝟐 + 𝒏
𝒏(𝟐𝒏𝟐 + 𝟑𝒏 + 𝟏)
𝒏(𝟐𝒏𝟐 + 𝟐𝒏 + 𝒏 + 𝟏)
𝒏[𝟐𝒏(𝒏 + 𝟏) + (𝒏 + 𝟏)]
𝒏(𝟐𝒏 + 𝟏)(𝒏 + 𝟏)
𝒏 = 𝟐𝒌 + 𝟏
𝒏(𝟐𝒏 + 𝟏)(𝒏 + 𝟏)
(𝟐𝒌 + 𝟏)(𝟐(𝟐𝒌 + 𝟏) + 𝟏)((𝟐𝒌 + 𝟏) + 𝟏)
(𝟐𝒌 + 𝟏)(𝟒𝒌 + 𝟐 + 𝟏)(𝟐𝒌 + 𝟐)
(𝟐𝒌 + 𝟏)(𝟒𝒌 + 𝟑)𝟐(𝒌 + 𝟏)
𝒏 = 𝟑𝒌 + 𝟏
𝒏(𝟐𝒏 + 𝟏)(𝒏 + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟏)(𝟐(𝟑𝒌 + 𝟏) + 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟏) + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟏)(𝟔𝒌 + 𝟐 + 𝟏)(𝟑𝒌 + 𝟐)
(𝟑𝒌 + 𝟏)(𝟔𝒌 + 𝟑)(𝟑𝒌 + 𝟐)
(𝟑𝒌 + 𝟏)𝟑(𝟐𝒌 + 𝟏)(𝟑𝒌 + 𝟐)
𝒏 = 𝟑𝒌 + 𝟐
𝒏(𝟐𝒏 + 𝟏)(𝒏 + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟐)(𝟐(𝟑𝒌 + 𝟐) + 𝟏)((𝟑𝒌 + 𝟐) + 𝟏)
(𝟑𝒌 + 𝟐)(𝟔𝒌 + 𝟒 + 𝟏)(𝟑𝒌 + 𝟑)
(𝟑𝒌 + 𝟐)(𝟔𝒌 + 𝟓)𝟑(𝒌 + 𝟏)
Gabarito: Demonstração.
5. (Fixação)
Use o PIF para demonstrar as seguintes afirmações:
𝒏(𝒏+𝟏)
a) 𝟏 + 𝟐 + 𝟑 + ⋯ + 𝒏 = , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
𝟐
𝒏(𝒏+𝟏)(𝟐𝒏+𝟏)
b) 𝟏𝟐 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒏𝟐 = , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
𝟔
𝒏(𝒏+𝟏) 𝟐
c) 𝟏𝟑 + 𝟐𝟑 + ⋯ + 𝒏𝟑 = [ ] , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
𝟐
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
d) 𝟏∙𝟐∙𝟑 + 𝟐∙𝟑∙𝟒 + 𝟑∙𝟒∙𝟓 + ⋯ + 𝒏(𝒏+𝟏)(𝒏+𝟐) = 𝟐 [𝟐 − (𝒏+𝟏)(𝒏+𝟐)] , ∀𝒏 ∈ ℕ∗
e) 𝒏(𝒏 + 𝟏)(𝒏 + 𝟐) ⋮ 𝟔, ∀𝒏 ∈ ℕ
f) 𝒏𝟐 + 𝒏 ⋮ 𝟐, ∀𝒏 ∈ ℕ
g) 𝟐𝒏 ≥ 𝒏 + 𝟏, ∀𝒏 ∈ ℕ∗
Comentários
𝒏(𝒏+𝟏)
a) 𝟏 + 𝟐 + 𝟑 + ⋯ + 𝒏 = 𝟐
Para provar por PIF, devemos seguir duas etapas:
1) 𝑷(𝒏𝟎 ) é válida. Para algum 𝒏𝟎 ∈ ℕ.
𝟐) Para 𝑲 ∈ ℕ, se 𝑷(𝑲) é válida, então 𝑷(𝑲 + 𝟏) também é válida.
Vamos verificar a primeira etapa:
𝟏+𝟏
1) 𝒏 = 𝟏 ⇒ 𝟏 = 𝟏 ∙ 𝟐 = 𝟏, logo a equação é válida para 𝒏 = 𝟏.
2) Vamos supor válida para 𝒌 ∈ ℕ:
𝒌(𝒌+𝟏)
Hipótese: 𝒌 ∈ ℕ, 𝟏 + 𝟐 + 𝟑 + ⋯ + 𝒌 = 𝟐
Então, devemos provar que é válida também para 𝒌 + 𝟏:
(𝒌+𝟏)((𝒌+𝟏)+𝟏) (𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)
Tese: 𝟏 + 𝟐 + 𝟑 + ⋯ + 𝒌 + 𝟏 = =
𝟐 𝟐
Para provar a teste, vamos usar a hipótese e somar 𝒌 + 𝟏 nos dois lados da igualdade:
𝒌(𝒌 + 𝟏)
𝟏+𝟐+𝟑+⋯+𝒌 =
𝟐
𝒌(𝒌 + 𝟏)
𝟏 + 𝟐 + 𝟑 + ⋯ + 𝒌 + (𝒌 + 𝟏) = + (𝒌 + 𝟏)
𝟐
Vamos fatorar o lado direito da igualdade e ver se chegamos à tese:
𝒌(𝒌 + 𝟏)
+ (𝒌 + 𝟏)
𝟐
𝒌
(𝒌 + 𝟏) ( + 𝟏)
𝟐
(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)
𝟐
Essa é a nossa tese.
Partindo da hipótese válida para 𝒌 ∈ ℕ, provamos que ela também é válida para 𝒌 + 𝟏.
𝒏(𝒏+𝟏)(𝟐𝒏+𝟏)
b) 𝟏𝟐 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒏𝟐 = 𝟔
Vamos primeiro verificar a validade da propriedade.
(𝟏+𝟏)(𝟐∙𝟏+𝟏) 𝟐∙𝟑
1) 𝒏 = 𝟏 ⇒ 𝟏𝟐 = 𝟏 ∙ = =𝟏
𝟔 𝟔
Generalizando o resultado, vamos criar nossa hipótese e a tese.
𝒌(𝒌+𝟏)(𝟐𝒌+𝟏)
2) Hipótese: Para 𝒌 ∈ ℕ, 𝟏𝟐 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒌𝟐 = é válida.
𝟔
Tese: Também é válida para 𝒌 + 𝟏 ∈ ℕ ⇒ 𝟏 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒌𝟐 + (𝒌 + 𝟏)𝟐 =
𝟐
(𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)(𝟐(𝒌+𝟏)+𝟏) (𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)(𝟐𝒌+𝟑)
=
𝟔 𝟔
Da hipótese, temos:
𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌 + 𝟏)
𝟏𝟐 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒌𝟐 =
𝟔
Somando (𝒌 + 𝟏)𝟐 em ambos os lados da equação:
𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌 + 𝟏)
𝟏𝟐 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒌𝟐 + (𝒌 + 𝟏)𝟐 = + (𝒌 + 𝟏)𝟐
𝟔
𝒌(𝒌+𝟏)(𝟐𝒌+𝟏)
Vamos simplificar + (𝒌 + 𝟏)𝟐 :
𝟔
𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌 + 𝟏)
+ (𝒌 + 𝟏)𝟐
𝟔
𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌 + 𝟏) + 𝟔(𝒌 + 𝟏)𝟐
𝟔
(𝒌 + 𝟏)[𝒌(𝟐𝒌 + 𝟏) + 𝟔(𝒌 + 𝟏)]
𝟔
(𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌𝟐 + 𝒌 + 𝟔𝒌 + 𝟔)
𝟔
(𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌𝟐 + 𝟒𝒌 + 𝟑𝒌 + 𝟔)
𝟔
(𝒌 + 𝟏)(𝟐𝒌(𝒌 + 𝟐) + 𝟑(𝒌 + 𝟐))
𝟔
(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝟐𝒌 + 𝟑)
𝟔
(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝟐𝒌 + 𝟑)
∴ 𝟏𝟐 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟐 + ⋯ + 𝒌𝟐 + (𝒌 + 𝟏)𝟐 =
𝟔
Essa é a nossa tese, logo está provada por indução que ela é válida ∀𝒏 ∈ ℕ.
𝒏(𝒏+𝟏) 𝟐
c) 𝟏𝟑 + 𝟐𝟑 + ⋯ + 𝒏𝟑 = [ ]
𝟐
𝟏(𝟏+𝟏) 𝟐
1) 𝒏 = 𝟏 ⇒ 𝟏𝟑 = [ 𝟐
] ⇒𝟏=𝟏
𝒌(𝒌+𝟏) 𝟐
2) Hipótese: Para 𝒌 ∈ ℕ, 𝟏𝟑 + 𝟐𝟑 + ⋯ + 𝒌𝟑 = [ ] é válida.
𝟐
(𝒌+𝟏)(𝒌+𝟏+𝟏) 𝟐
Tese: Também é válida para 𝒌 + 𝟏 ∈ ℕ ⇒ 𝟏𝟑 + 𝟐𝟑 + ⋯ + 𝒌𝟑 + (𝒌 + 𝟏)𝟑 = [ ] =
𝟐
(𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐) 𝟐
[ ]
𝟐
Da hipótese, temos:
𝟐
𝟑 𝟑
𝒌(𝒌 + 𝟏)
𝟑
𝟏 +𝟐 +⋯+𝒌 = [ ]
𝟐
Somando (𝒌 + 𝟏)𝟑 nos dois lados da equação:
𝟐
𝒌(𝒌 + 𝟏)
𝟏 + 𝟐 + ⋯ + 𝒌 + (𝒌 + 𝟏)𝟑 = [
𝟑 𝟑 𝟑
] + (𝒌 + 𝟏)𝟑
𝟐
𝒌(𝒌+𝟏) 𝟐
Vamos simplificar [ ] + (𝒌 + 𝟏)𝟑 :
𝟐
𝟐
𝒌(𝒌 + 𝟏)
[ ] + (𝒌 + 𝟏)𝟑
𝟐
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
d) 𝟏∙𝟐∙𝟑 + 𝟐∙𝟑∙𝟒 + 𝟑∙𝟒∙𝟓 + ⋯ + 𝒏(𝒏+𝟏)(𝒏+𝟐) = 𝟐 [𝟐 − (𝒏+𝟏)(𝒏+𝟐)]
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟏) 𝒏 = 𝟏 ⇒ 𝟏(𝟏+𝟏)(𝟏+𝟐) = 𝟐 [𝟐 − (𝟏+𝟏)(𝟏+𝟐)]
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟒 𝟐 𝟏
= ( − )= ( )= =
𝟔 𝟐 𝟐 𝟔 𝟐 𝟏𝟐 𝟏𝟐 𝟔
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
𝟐) Hipótese: Para 𝒌 ∈ ℕ ⇒ 𝟏∙𝟐∙𝟑 + 𝟐∙𝟑∙𝟒 + 𝟑∙𝟒∙𝟓 + ⋯ + 𝒌(𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐) = 𝟐 [𝟐 − (𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)]
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
Tese: Para 𝒌 + 𝟏 ∈ ℕ ⇒ 𝟏∙𝟐∙𝟑 + 𝟐∙𝟑∙𝟒 + 𝟑∙𝟒∙𝟓 + ⋯ + (𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)(𝒌+𝟑) = 𝟐 [𝟐 − (𝒌+𝟐)(𝒌+𝟑)]
Da hipótese, temos:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
+ + +⋯+ = [ − ]
𝟏∙𝟐∙𝟑 𝟐∙𝟑∙𝟒 𝟑∙𝟒∙𝟓 𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) 𝟐 𝟐 (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)
𝟏
Somando (𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)(𝒌+𝟑) nos dois lados da equação:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
+ + + ⋯+ + =
𝟏∙𝟐∙𝟑 𝟐∙𝟑∙𝟒 𝟑∙𝟒∙𝟓 𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
[ − ]+
𝟐 𝟐 (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
Vamos simplificar 𝟐 [𝟐 − (𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)] + (𝒌+𝟏)(𝒌+𝟐)(𝒌+𝟑):
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
[ − ]+
𝟐 𝟐 (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
( )− +
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 (𝒌 + 𝟑) 𝟐
( )− +
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑) 𝟐(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 −(𝒌 + 𝟑) + 𝟐
( )+
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 −𝒌 − 𝟑 + 𝟐
( )+
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 −𝒌 − 𝟏
( )+
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 −(𝒌 + 𝟏)
( )+
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 −𝟏
( )+
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 𝟏
( )−
𝟐 𝟐 𝟐(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
𝟏 𝟏 𝟏
[ − ]
𝟐 𝟐 (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
∴ + + + ⋯+ = [ − ]
𝟏∙𝟐∙𝟑 𝟐∙𝟑∙𝟒 𝟑∙𝟒∙𝟓 (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑) 𝟐 𝟐 (𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
Essa é a nossa tese, logo está provada por indução.
e) 𝒏(𝒏 + 𝟏)(𝒏 + 𝟐) ⋮ 𝟔
𝟏) 𝒏 = 𝟎 ⇒ 𝟎(𝟎 + 𝟏)(𝟎 + 𝟐) = 𝟎 ⋮ 𝟔, logo é válida para 𝒏 = 𝟎.
𝟐) Hipótese: 𝒌 ∈ ℕ ⇒ 𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) ⋮ 𝟔 é válida.
Tese: 𝒌 + 𝟏 ∈ ℕ ⇒ (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑) ⋮ 𝟔
(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑)
Aplicando a distributiva no termo (𝒌 + 𝟑):
𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) + 𝟑(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)
Pela hipótese, 𝒌(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) é divisível por 6.
Resta provar que 𝟑(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) é divisível por 6. Para isso, precisamos provar que ela é
divisível por 2 e por 3. Já sabemos que ela é divisível por 3 devido à presença do fator 3 na expressão.
Então, devemos provar que ela é divisível por 2.
Perceba que (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) é o produto de dois números consecutivos. Esse produto será
resultado de um número par multiplicado por um número ímpar. Nos números pares sempre
teremos a presença do fator 2. Logo, esse produto é divisível por 2.
𝟑(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) ⋮ 𝟔
∴ (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐)(𝒌 + 𝟑) ⋮ 𝟔 também é válida
Portanto está provada a propriedade por indução.
f) 𝒏𝟐 + 𝒏 ⋮ 𝟐
Vamos fatorar 𝒏𝟐 + 𝒏.
𝒏𝟐 + 𝒏 = 𝒏(𝒏 + 𝟏)
𝟏) 𝒏 = 𝟎 ⇒ 𝟎(𝟎 + 𝟏) = 𝟎 ⋮ 𝟐, a propriedade é válida para 𝒏 = 𝟎.
𝟐) Hipótese: 𝒌 ∈ ℕ, 𝒌(𝒌 + 𝟏) ⋮ 𝟐 é válida.
Tese: 𝒌 + 𝟏 ∈ ℕ, (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) ⋮ 𝟐 também é válida.
Vamos analisar (𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐):
(𝒌 + 𝟏)(𝒌 + 𝟐) = (𝒌 + 𝟏)𝒌 + (𝒌 + 𝟏)𝟐
𝒌(𝒌 + 𝟏) + 𝟐(𝒌 + 𝟏)
g) 𝟐𝒏 ≥ 𝒏 + 𝟏
𝟏) 𝒏 = 𝟏 ⇒ 𝟐 ≥ 𝟐. Logo, ela é válida para 𝒏 = 𝟏.
𝟐) Hipótese: 𝒌 ∈ ℕ, 𝟐𝒌 ≥ 𝒌 + 𝟏 é válida para 𝒌.
Tese: 𝟐(𝒌 + 𝟏) ≥ 𝒌 + 𝟐 é válida para 𝒌 + 𝟏.
Da hipótese, temos:
𝟐𝒌 ≥ 𝒌 + 𝟏
Pela propriedade da translação, podemos somar 1 nos dois lados da desigualdade:
𝟐𝒌 + 𝟏 ≥ 𝒌 + 𝟏 + 𝟏
𝟐𝒌 + 𝟏 ≥ 𝒌 + 𝟐
Mas 𝟐(𝒌 + 𝟏) = 𝟐𝒌 + 𝟐 > 𝟐𝒌 + 𝟏
Pela propriedade da transitividade:
𝟐(𝒌 + 𝟏) > 𝟐𝒌 + 𝟏 𝒆 𝟐𝒌 + 𝟏 ≥ 𝒌 + 𝟐 → 𝟐(𝒌 + 𝟏) ≥ 𝒌 + 𝟐
∴Da hipótese chegamos à tese e está provada a indução.
Gabarito: Prova por PIF.
6. (CN/2002)
Se 𝒂, 𝒃 e 𝒄 são algarismos distintos, no sistema de numeração decimal existe um único número de
dois algarismos (𝒂𝒃) tal que (𝒂𝒃)𝟐 − (𝒃𝒂)𝟐 = (𝒄𝒄)𝟐 . O valor de (𝒂 + 𝒃 + 𝒄) é igual a:
a) 11
b) 12
c) 13
d) 14
e) 15
Comentários
Como estamos trabalhando com o sistema de numeração decimal, podemos escrever:
(𝑎𝑏)2 − (𝑏𝑎)2 = (𝑐𝑐 )2
(𝑎 ⋅ 10 + 𝑏)2 − (𝑏 ⋅ 10 + 𝑎)2 = (𝑐 ⋅ 10 + 𝑐 )2
100𝑎2 + 20𝑎𝑏 + 𝑏2 − (100𝑏2 + 20𝑎𝑏 + 𝑎2 ) = (11𝑐 )2
100𝑎2 + 20𝑎𝑏 + 𝑏2 − 100𝑏2 − 20𝑎𝑏 − 𝑎2 = 121𝑐 2
99𝑎2 − 99𝑏2 = 121𝑐 2
99(𝑎2 − 𝑏2 ) = 121𝑐 2
9(𝑎2 − 𝑏2 ) = 11𝑐 2
Sendo 𝑎, 𝑏, 𝑐 algarismos distintos do sistema decimal, temos 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ {1,2,3,4,5,6,7,8,9}.
Para a equação acima, devemos ter:
𝑐2 = 9 ⇒ 𝑐 = 3
𝑎2 − 𝑏2 = 11 ⇒ 𝑎2 = 11 + 𝑏2
Agora devemos testar as possibilidades e verificar qual valor de 𝑏 implica em 𝑎2 = 11 +
𝑏2 ser um quadrado perfeito:
𝒃 𝟏𝟏 + 𝒃𝟐
1 12
2 15
4 27
5 36
6 47
7 60
8 75
9 92
Das possibilidades acima, apenas 𝑏 = 5 torna 𝑎2 um quadrado perfeito. Logo, devemos ter
𝑏 = 5 e 𝑎2 = 36 ⇒ 𝑎 = 6. A soma pedida é
𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 6 + 5 + 3 = 14
Gabarito: “d”
7. (CN/2000)
𝟑 𝟏
a) √− 𝟑
𝟑 𝟐
b) √𝟑
c) 0
d) 1
e) −𝟏
Comentários
√25 5
( +3) ( +3)
2 2
3 16 16 3 −2 3 16 16 1 4 2
( √− + ⋅ (0,333 … + 1) − (− ) ) = ( √− + ⋅ ( + 1) − (− ) )
27 9 4 27 9 3 3
5+6 11
( ) ( )
2 2
3 16 16 1 + 3 16 3 16 16 4 16
= ( √− + ⋅( )− ) = ( √− + ⋅ − )
27 9 3 9 27 9 3 9
11 11
( ) ( )
2 2
3 16 64 16 3 48 48
= ( √− + − ) = (√ − ) =0
27 27 9 27 27
Gabarito: “c”
8. (CN/2001)
a) 2
b) √𝒙
c) 𝟐√𝒙 − 𝟏
d) 𝟐√𝒙
e) 𝟑
Comentários
2 2
𝑦 2 = 2𝑥 − 2√𝑥 2 − 4(𝑥 − 1)
𝑦 2 = 2𝑥 − 2√𝑥 2 − 4𝑥 + 4
𝑦 2 = 2𝑥 − 2√(𝑥 − 2)2
𝑦 2 = 2𝑥 − 2|𝑥 − 2|
Como 𝑥 ∈ ]2, 3[, temos que 𝑥 − 2 > 0, logo:
𝑦 2 = 2𝑥 − 2(𝑥 − 2) = 2𝑥 − 2𝑥 + 4 = 4
∴ 𝑦 = ±2
Gabarito: “a”
9. (CN/2002)
a) √𝟏𝟎
b) 𝟒
c) 𝟐√𝟐
d) √𝟓 + 𝟏
e) √𝟑 + 𝟐
Comentários
Seja 𝑥 = 𝑎 + 𝑏. Assim, temos:
𝑥 2 = (√4 − √10 + 2√5) + 2√4 − √10 + 2√5 ⋅ √4 + √10 + 2√5 + (√4 + √10 + 2√5)
2
𝑥 2 = 8 + 2√6 − 2√5 = 8 + 2√5 + 1 − 2√5 = 8 + 2√√5 + (−1)2 − 2√5
2
𝑥 2 = 8 + 2√(√5 − 1)
2
𝑥 2 = 8 + 2(√5 − 1) = 6 + 2√5 = (√5 + 1)
∴ 𝑥 = √5 + 1
Gabarito: “d”
10. (CN/2011)
𝟑
O número real √𝟐𝟔 − 𝟏𝟓√𝟑 é igual a
a) 𝟓 − √𝟑
b) √𝟕 − 𝟒√𝟑
c) 𝟑 − √𝟐
d) √𝟏𝟑 − 𝟑√𝟑
e) 𝟐
Comentários
Note que nas alternativas não temos a raiz cúbica, vamos usar a seguinte fatoração para
simplificar o número dado:
(𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎3 + 3𝑎2 𝑏 + 3𝑎𝑏2 + 𝑏3 = 𝑎(𝑎2 + 3𝑏2 ) + 𝑏(3𝑎2 + 𝑏2 )
3 3
Temos que descobrir 𝑎 e 𝑏 tal que √26 − 15√3 = √(𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎 + 𝑏. Assim, temos:
26 − 15√3 = (𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎(𝑎2 + 3𝑏2 ) + 𝑏(3𝑎2 + 𝑏2 )
Para termos o fator √3 na expressão, devemos ter 𝑏 = ±√3. Perceba que (3𝑎2 + 𝑏2 )
sempre será um número positivo, assim, devemos ter 𝑏 = −√3. Substituindo:
2 2
26 − 15√3 = 𝑎 (𝑎2 + 3(−√3) ) − √3 (3𝑎2 + (−√3) ) = 𝑎(𝑎2 + 9) − √3(3𝑎2 + 3)
Igualando os termos:
26 = 𝑎(𝑎2 + 9)
{
−15√3 = −√3(3𝑎2 + 3)
Resolvendo a segunda equação:
−15√3 = −√3(3𝑎2 + 3) ⇒ 15 = 3𝑎2 + 3 ⇒ 12 = 3𝑎2 ⇒ 4 = 𝑎2 ⇒ 𝑎 = ±2
Novamente, como na equação 26 = 𝑎(𝑎2 + 9) temos que (𝑎2 + 9) é um número positivo,
devemos ter 𝑎 = 2. Logo, testando esse valor:
26 = 2(22 + 9) = 2(4 + 9) = 26 (𝑣𝑒𝑟𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖𝑟𝑜)
Portanto, temos:
3
√26 − 15√3 = 3√(𝑎 + 𝑏)3 = 𝑎 + 𝑏 = 2 − √3
Analisando as alternativas, não encontramos esse valor. Então, vamos tentar escrevê-lo
dentro de um radical:
2
2 − √3 = √(2 − √3) = √4 − 4√3 + 3 = √7 − 4√3
Comentários
2𝑎2 𝑥 2 2𝑎2 𝑥 1 2𝑎2 𝑥 1 2 (2−4) (1−4) 2 6−4 3−4
⋅ (𝑎 2 𝑥 2 )− 3 = ⋅ 2 = ⋅ 4 4 = ⋅𝑎 3 ⋅𝑥 3 = ⋅𝑎 3 ⋅𝑥 3
3 3 2 2
(𝑎 𝑥 )3 3 3 3
𝑎3 𝑥 3
3 3 3 3
2 2 1 2√𝑎2 2√𝑎2 √𝑥 2 2√𝑎2 𝑥 2
= ⋅ 𝑎 3 ⋅ 𝑥 −3 = 3 = 3 ⋅ 3 =
3 3 √𝑥 3 √𝑥 √𝑥 2 3𝑥
Gabarito: “d”
12. (EEAR/2001)
𝟑 𝟒 𝟐
Efetuando (−𝟐𝟒 ) − 𝟑 ⋅ (−𝟏𝟓 )𝟓 − 𝟓𝟎 , obtemos
a) 10
b) 12
c) 4
d) −𝟏𝟐
Comentários
Cuidado! Potências de expoente par serão sempre positivas!
3 4 2
(−24 ) − 3 ⋅ (−15 )5 − 50 = 23 − 3 ⋅ (−1)2 − 1 = 8 − 3 − 1 = 8 − 4 = 4
Gabarito: “c”
13. (EEAR/2001)
√𝒂 ⋅ √𝒂 + √𝒂 ⋅ √𝒂 − √𝒂 ⋅ √𝒂 + 𝟏
,
√𝒂𝟐 − 𝟏
O seu valor é:
a) √𝒂 + 𝟏
b) 𝒂 + 𝟏
c) 𝒂 − 𝟏
d) 𝒂
Comentários
Vamos simplificar a expressão:
2
√𝑎 ⋅ √𝑎 + √𝑎 ⋅ √𝑎 − √𝑎 ⋅ √𝑎 + 1 √𝑎 ⋅ √𝑎2 − √𝑎 ⋅ √𝑎 + 1 √𝑎 ⋅ √𝑎2 − 𝑎 ⋅ √𝑎 + 1
= =
√𝑎2 − 1 √𝑎 − 1 ⋅ √𝑎 + 1 √𝑎 − 1 ⋅ √𝑎 + 1
√𝑎 ⋅ √𝑎 ⋅ √𝑎 − 1 2
= = √𝑎 = 𝑎
√𝑎 − 1
Gabarito: “d”
14. (EEAR/2002)
𝒂−𝟒 −𝒃−𝟒
A fração 𝒂−𝟐 −𝒃−𝟐 é igual a
a) 𝒂−𝟔 − 𝒃−𝟔
b) 𝒂−𝟐 − 𝒃−𝟐
c) 𝒂−𝟐 + 𝒃−𝟐
d) 𝒂𝟐 + 𝒃𝟐
Comentários
Simplificando a expressão:
𝑎−4 − 𝑏 −4 (𝑎−2 − 𝑏 −2 )(𝑎−2 + 𝑏 −2 )
−2 −2
= −2 −2
= 𝑎−2 + 𝑏 −2
𝑎 −𝑏 𝑎 −𝑏
Gabarito: “c”
15. (EEAR/2002)
√𝟏𝟒𝟒÷𝟎,𝟔 𝟑 𝟏
O valor da expressão − 𝟒 {𝟐 − 𝟏, 𝟓 ÷ (𝟏 + 𝟐)} é igual a:
𝟐,𝟒⋅𝟏𝟎
𝟏
a) 𝟏𝟐
𝟕
b) 𝟏𝟐
𝟐
c) − 𝟑
𝟐
d) 𝟓
Comentários
Simplificando a expressão:
√144 ÷ 0,6 3 1 12 ÷ 0,6 3 2+1
− {2 − 1,5 ÷ (1 + )} = − {2 − 1,5 ÷ ( )}
2,4 ⋅ 10 4 2 2,4 ⋅ 10 4 2
20 3 3 20 3
= − {2 − 1,5 ÷ ( )} = − {2 − 1,5 ÷ (1,5)}
2,4 ⋅ 10 4 2 24 4
20 3 5 3 20 − 18 2 1
= − {2 − 1} = − = = =
24 4 6 4 24 24 12
Gabarito: “a”
16. (EEAR/2002)
a) múltiplo de 2
b) múltiplo de 3
9. QUESTÕES NÍVEL 2
17. (AFA/2018)
Na reta dos números reais abaixo, estão representados os números 𝒎, 𝒏 e 𝒑.
A sequência correta é
a) V-V-F
b) F-V-V
c) F-F-F
d) V-F-V
18. (AFA/2017)
Sejam os números reais
√(−𝟏)𝟐 ⋅ 𝟎, 𝟏𝟐𝟐𝟐 …
𝒂=
(𝟏, 𝟐)−𝟏
𝒃 = comprimento de uma circunferência de raio 1
a) {𝒂, 𝒄} ⊂ ℚ
b) 𝒄 ∈ (ℤ ∩ ℕ)
c) (ℝ − ℚ) {𝐛, 𝐜}
d) {𝒂, 𝒄} ⊂ (ℝ ∩ ℚ)
19. (AFA/2013)
𝑨 = (ℕ ∪ 𝕀) − (ℝ ∩ ℤ)
𝑩 = ℚ − (ℤ − ℕ)
𝑫 = (ℕ ∪ 𝕀) ∪ (ℚ − ℕ)
Das alternativas abaixo, a que apresenta elementos que pertencem aos conjuntos 𝑨, 𝑩 𝒆 𝑫, nesta
ordem, é
𝟓
a) −𝟑; 𝟎, 𝟓 e 𝟐
b) √𝟐𝟎; √𝟏𝟎 e √𝟓
c) −√𝟏𝟎; −𝟓 e 𝟐
√𝟑
d) ;𝟑e ̅̅̅̅
𝟐, 𝟑𝟏
𝟐
20. (AFA/2011)
Se 𝜶 = √𝟐 ⋅ √𝟐 + √𝟐 ⋅ √𝟐 + √𝟐 + √𝟐 ⋅ √𝟐 − √𝟐 + √𝟐, então
a) 𝜶 ∈ (ℝ − ℕ)
c) 𝜶 ∈ [(ℚ − ℤ) ∪ (ℝ − ℚ)]
d) [(ℤ ∪ ℚ) ∩ (ℝ − ℕ)] ⊃ 𝜶
a) 𝟒𝟕
b) 𝟏𝟒𝟐
c) 𝟐𝟖𝟗
d) 𝟑𝟑𝟑
e) 𝟒𝟐𝟖
Considere uma fração cuja soma de seus termos é 7. Somando-se três unidades ao seu numerador
e retirando-se três unidades de seu denominador, obtém-se a fração inversa da primeira. Qual é o
denominador da nova fração?
a) 𝟏
b) 𝟐
c) 𝟑
d) 𝟒
e) 𝟓
2º) se a renda bruta anual é maior ou igual a 𝑹$ 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 e menor que 𝑹$ 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 é taxado
em 𝟏𝟎%;
3º) se a renda bruta anual é maior ou igual a 𝑹$ 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 é taxado em 𝟐𝟎%.
A pessoa que ganhou no ano 𝑹$ 𝟏𝟕. 𝟑𝟕𝟎, 𝟎𝟎 após ser descontado o imposto, tem duas
possibilidades para o rendimento bruto. A diferença entre esses rendimentos é
a) 𝑹$ 𝟏𝟕. 𝟑𝟕𝟎, 𝟎𝟎
b) 𝑹$ 𝟏𝟓. 𝟒𝟏𝟎, 𝟒𝟎
c) 𝑹$ 𝟑. 𝟖𝟒𝟎, 𝟓𝟎
d) 𝑹$ 𝟐. 𝟒𝟏𝟐, 𝟓𝟎
e) 𝑹$ 𝟏. 𝟐𝟎𝟔, 𝟔𝟎
24. (EFOMM/2019)
Numa equação, encontramos o valor de 𝟖𝟖𝟒. Para chegar a esse resultado, somamos os quadrados
de dois números pares, consecutivos e positivos. Determine o quociente da divisão do maior pelo
menor
a) 𝟎, 𝟖𝟕.
b) 𝟎, 𝟗𝟓.
c) 𝟏, 𝟎𝟑.
d) 𝟏, 𝟎𝟕.
e) 𝟏, 𝟏𝟎.
25. (EFOMM/2018)
Um aluno do 1º ano da EFOMM fez compras em 5 lojas. Em cada loja, gastou metade do que possuía
e pagou, após cada compra, 𝑹$ 𝟐, 𝟎𝟎 de estacionamento. Se, após toda essa atividade, ainda ficou
com 𝑹$ 𝟐𝟎, 𝟎𝟎, a quantia que ele possuía inicialmente era de
a) 𝑹$ 𝟖𝟏𝟒, 𝟎𝟎.
b) 𝑹$ 𝟖𝟎𝟒, 𝟎𝟎.
c) 𝑹$ 𝟕𝟔𝟒, 𝟎𝟎.
d) 𝑹$ 𝟕𝟏𝟒, 𝟎𝟎.
e) 𝑹$ 𝟕𝟎𝟒, 𝟎𝟎.
26. (EFOMM/2013)
Durante o Treinamento Físico Militar na Marinha, o uniforme usado é tênis branco, short azul e
camiseta branca. Sabe-se que um determinado militar comprou um par de tênis, dois shortes e três
camisetas por 𝑹$𝟏𝟎𝟎, 𝟎𝟎. E depois, dois pares de tênis, cinco shortes e oito camisetas por
𝑹$𝟐𝟑𝟓, 𝟎𝟎. Quanto, então, custaria para o militar um par de tênis, um short e uma camiseta?
a) 𝑹$𝟓𝟎, 𝟎𝟎.
b) 𝑹$𝟓𝟓, 𝟎𝟎.
c) 𝑹$𝟔𝟎, 𝟎𝟎.
d) 𝑹$𝟔𝟓, 𝟎𝟎.
e) 𝑹$𝟕𝟎, 𝟎𝟎.
27. (EFOMM/2009)
Qual é o número inteiro cujo produto por 9 é um número natural composto apenas pelo algarismo
1?
a) 123459
b) 1234569
c) 12345679
d) 12345789
e) 123456789
GABARITO
17. a
18. c
19. d
20. b
21. e
22. b
23. d
24. e
25. c
26. d
27. c
RESOLUÇÃO
17. (AFA/2018)
A sequência correta é
a) V-V-F
b) F-V-V
c) F-F-F
d) V-F-V
Comentários
Analisando cada proposição:
𝑚−𝑛
I. √ não é um número real.
𝑝
𝑚−𝑛
√ é raiz quadrada de um número negativo
𝑝
𝑝
III. é, necessariamente, um número racional.
𝑛
a) {𝒂, 𝒄} ⊂ ℚ
b) 𝒄 ∈ (ℤ ∩ ℕ)
c) (ℝ − ℚ) {𝐛, 𝐜}
d) {𝒂, 𝒄} ⊂ (ℝ ∩ ℚ)
Comentários
Calculando o valor numérico de 𝑎, 𝑏, 𝑐, obtemos:
12 − 1 11
√(−1)2 ⋅ 0,1222 … √1 ⋅ ( 90 ) (90) 11 12 11 6 11 1 11
𝑎= = = = ⋅ = ⋅ = ⋅ =
(1,2)−1 12 −1 10 90 10 90 5 15 5 75
( ) 12
10
O comprimento de uma circunferência é dado por 2𝜋𝑅, sendo 𝑅 o raio da circunferência
(ainda veremos na aula de geometria plana). Assim, temos:
𝑏 = 2𝜋𝑅 = 2𝜋 ⋅ 1 = 2𝜋
𝑐 = √12 ⋅ √90 ⋅ √160 ⋅ √147 = √3 ⋅ 4 ⋅ √9 ⋅ 10 ⋅ √16 ⋅ 10 ⋅ √49 ⋅ 3
2 2
⇒ 𝑐 = 2√3 ⋅ 3√10 ⋅ 4√10 ⋅ 7√3 = 168 ⋅ √3 ⋅ √10 = 168 ⋅ 3 ⋅ 10 = 5040
Analisando as alternativas:
a) 𝑎 = 11/75 e 𝑐 = 5040 são números racionais, logo, verdadeira.
b) ℤ ∩ ℕ = ℕ, como 𝑐 = 5040 ∈ ℕ, temos alternativa verdadeira.
c) ℝ − ℚ é o conjunto dos irracionais e apenas 𝑏 é irracional, logo, alternativa falsa.
d) ℝ ∩ ℚ = ℚ, como 𝑎, 𝑐 ∈ ℚ, temos alternativa verdadeira.
Gabarito: “c”
19. (AFA/2013)
Considere os seguintes conjuntos numéricos ℕ, ℤ, ℚ, ℝ, 𝕀 = ℝ − ℚ e considere também os seguintes
conjuntos:
𝑨 = (ℕ ∪ 𝕀) − (ℝ ∩ ℤ)
𝑩 = ℚ − (ℤ − ℕ)
𝑫 = (ℕ ∪ 𝕀) ∪ (ℚ − ℕ)
Das alternativas abaixo, a que apresenta elementos que pertencem aos conjuntos 𝑨, 𝑩 𝒆 𝑫, nesta
ordem, é
𝟓
a) −𝟑; 𝟎, 𝟓 e 𝟐
b) √𝟐𝟎; √𝟏𝟎 e √𝟓
c) −√𝟏𝟎; −𝟓 e 𝟐
√𝟑
d) ;𝟑e 𝟐, ̅̅̅̅
𝟑𝟏
𝟐
Comentários
3 ∈ 𝐵 (3 é racional positivo)
2, 31 ∈ 𝐷 (2, 31 é racional, pois é dízima periódica), logo, verdadeira.
Gabarito: “d”
20. (AFA/2011)
Se 𝜶 = √𝟐 ⋅ √𝟐 + √𝟐 ⋅ √𝟐 + √𝟐 + √𝟐 ⋅ √𝟐 − √𝟐 + √𝟐, então
a) 𝜶 ∈ (ℝ − ℕ)
c) 𝜶 ∈ [(ℚ − ℤ) ∪ (ℝ − ℚ)]
d) [(ℤ ∪ ℚ) ∩ (ℝ − ℕ)] ⊃ 𝜶
Comentários
Simplificando a expressão:
𝛼 = √2 ⋅ √2 + √2 ⋅ √2 + √2 + √2 ⋅ √2 − √2 + √2
𝛼 = √2 ⋅ √2 + √2 ⋅ √(22 − √2 + √2 )
𝛼 = √2 ⋅ √2 + √2 ⋅ √4 − (2 + √2)
𝛼 = √2 ⋅ √2 + √2 ⋅ √2 − √2
2
𝛼 = √2 ⋅ √22 − √2 = √2 ⋅ √4 − 2 = √2 ⋅ √2 = 2
Analisando as alternativas:
a) 2 ∈ ℕ, logo 𝛼 ∉ (ℝ − ℕ). Falsa.
b) 𝛼 = 2, logo pode ser escrito na forma 2𝑘, 𝑘 ∈ ℤ. Verdadeira.
c) 𝛼 ∈ ℤ e 𝛼 ∈ ℚ, logo, 𝛼 ∉ [(ℚ − ℤ) ∪ (ℝ − ℚ)]. Falsa.
d) Como 𝛼 = 2 ∈ ℕ, temos que [(ℤ ∪ ℚ) ∩ (ℝ − ℕ)] ⊅ 𝛼. Falsa.
Gabarito: “b”
21. (Escola Naval/2018)
a) 𝟒𝟕
b) 𝟏𝟒𝟐
c) 𝟐𝟖𝟗
d) 𝟑𝟑𝟑
e) 𝟒𝟐𝟖
Comentários
Seja 𝐴 e 𝐵 o conjunto dos inteiros entre 1 e 1000 divisíveis por 3 e por 7, respectivamente.
Assim, queremos saber o número de elementos de 𝐴 ∪ 𝐵 e pelo princípio da inclusão e exclusão,
temos:
𝑛 (𝐴 ∪ 𝐵 ) = 𝑛 (𝐴 ) + 𝑛 (𝐵 ) − 𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 )
A quantidade de números inteiros entre 1 e 1000 divisíveis por 3 é
1000
𝑛 (𝐴 ) = ⌊ ⌋ = 333
3
A quantidade de números inteiros entre 1 e 1000 divisíveis por 7 é
1000
𝑛 (𝐵 ) = ⌊ ⌋ = 142
7
A quantidade de números inteiros entre 1 e 1000 divisíveis por 3 e 7, ou seja, 21 é
1000
𝑛 (𝐴 ∩ 𝐵 ) = ⌊ ⌋ = 47
21
Portanto, 𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ) é
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 333 + 142 − 47 = 428
Gabarito: “e”.
22. (Escola Naval/2013)
Considere uma fração cuja soma de seus termos é 7. Somando-se três unidades ao seu numerador
e retirando-se três unidades de seu denominador, obtém-se a fração inversa da primeira. Qual é o
denominador da nova fração?
a) 𝟏
b) 𝟐
c) 𝟑
d) 𝟒
e) 𝟓
Comentários
De acordo com o enunciado, temos:
𝑎
𝑥=
𝑏
𝑎 + 𝑏 = 7 ⇒ 𝑎 = 7 − 𝑏 (𝑒𝑞. 𝐼)
𝑎+3 𝑏
= ⇒ 𝑎(𝑎 + 3) = 𝑏(𝑏 − 3) (𝑒𝑞. 𝐼𝐼)
𝑏−3 𝑎
Substituindo a 𝑒𝑞. 𝐼 na 𝑒𝑞. 𝐼𝐼:
(7 − 𝑏)(7 − 𝑏 + 3) = 𝑏(𝑏 − 3)
(7 − 𝑏)(10 − 𝑏) = 𝑏(𝑏 − 3)
70 − 17𝑏 + 𝑏2 = 𝑏2 − 3𝑏
70 = 14𝑏 ∴ 𝑏 = 5
𝑎 =7−𝑏 =7−5=2∴ 𝑎 =2
Portanto, o denominador da nova fração é 𝑎 = 2.
Gabarito: “b”.
1º) se a renda bruta anual é menor que 𝑹$ 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 não é taxado;
2º) se a renda bruta anual é maior ou igual a 𝑹$ 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 e menor que 𝑹$ 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 é taxado
em 𝟏𝟎%;
3º) se a renda bruta anual é maior ou igual a 𝑹$ 𝟐𝟎. 𝟎𝟎𝟎, 𝟎𝟎 é taxado em 𝟐𝟎%.
A pessoa que ganhou no ano 𝑹$ 𝟏𝟕. 𝟑𝟕𝟎, 𝟎𝟎 após ser descontado o imposto, tem duas
possibilidades para o rendimento bruto. A diferença entre esses rendimentos é
a) 𝑹$ 𝟏𝟕. 𝟑𝟕𝟎, 𝟎𝟎
b) 𝑹$ 𝟏𝟓. 𝟒𝟏𝟎, 𝟒𝟎
c) 𝑹$ 𝟑. 𝟖𝟒𝟎, 𝟓𝟎
d) 𝑹$ 𝟐. 𝟒𝟏𝟐, 𝟓𝟎
e) 𝑹$ 𝟏. 𝟐𝟎𝟔, 𝟔𝟎
Comentários
As duas possibilidades para o rendimento são:
a) renda bruta anual 𝑥 entre 10000 e 20000
Nesse caso, temos:
10
𝑥 − 10%𝑥 = 17370 ⇒ 𝑥 − 𝑥 = 17370 ⇒ 𝑥 − 0,1𝑥 = 17370 ⇒ 0,9𝑥 = 17370
100
17370
∴𝑥= = 19300
0,9
Numa equação, encontramos o valor de 𝟖𝟖𝟒. Para chegar a esse resultado, somamos os quadrados
de dois números pares, consecutivos e positivos. Determine o quociente da divisão do maior pelo
menor
a) 𝟎, 𝟖𝟕.
b) 𝟎, 𝟗𝟓.
c) 𝟏, 𝟎𝟑.
d) 𝟏, 𝟎𝟕.
e) 𝟏, 𝟏𝟎.
Comentários
Sejam 𝑥 e 𝑥 + 2 os dois números pares, consecutivos e positivos. Somando os quadrados
desses números e igualando a 884, obtemos:
𝑥 2 + (𝑥 + 2)2 = 884
𝑥 2 + 𝑥 2 + 4𝑥 + 4 = 884
2𝑥 2 + 4𝑥 + 4 − 884 = 0
2𝑥 2 + 4𝑥 − 880 = 0
⇒ 𝑥 2 + 2𝑥 − 440 = 0
Resolvendo a equação e encontrando as raízes:
Δ = 𝑏2 − 4𝑎𝑐 = 22 − 4 ⋅ 1 ⋅ (−440) = 4 + 1760 = 1764
−𝑏 ± √Δ −2 ± √1764 −2 ± 42
𝑥= = = ⇒ 𝑥1 = 20 𝑜𝑢 𝑥2 = −22
2𝑎 2⋅1 2
Como 𝑥 é um número positivo, a única possibilidade é 𝑥 = 20. Assim, quociente da divisão
do maior pelo menor é
22 11
= = 1,1
20 10
Gabarito: “e”.
25. (EFOMM/2018)
Um aluno do 1º ano da EFOMM fez compras em 5 lojas. Em cada loja, gastou metade do que possuía
e pagou, após cada compra, 𝑹$ 𝟐, 𝟎𝟎 de estacionamento. Se, após toda essa atividade, ainda ficou
com 𝑹$ 𝟐𝟎, 𝟎𝟎, a quantia que ele possuía inicialmente era de
a) 𝑹$ 𝟖𝟏𝟒, 𝟎𝟎.
b) 𝑹$ 𝟖𝟎𝟒, 𝟎𝟎.
c) 𝑹$ 𝟕𝟔𝟒, 𝟎𝟎.
d) 𝑹$ 𝟕𝟏𝟒, 𝟎𝟎.
e) 𝑹$ 𝟕𝟎𝟒, 𝟎𝟎.
Comentários
O bizu nessa questão é fazer o processo inverso das compras. Usando os 20 reais que
sobraram após todas as compras, somamos a esse valor R$ 2,00 e dobramos o valor obtido para
saber quanto ele tinha antes de entrar na quinta loja, repetimos esse procedimento até se chegar
no valor antes da primeira loja.
𝑙𝑜𝑗𝑎 5: (20 + 2) ⋅ 2 = 44
𝑙𝑜𝑗𝑎 4: (44 + 2) ⋅ 2 = 92
𝑙𝑜𝑗𝑎 3: (92 + 2) ⋅ 2 = 188
𝑙𝑜𝑗𝑎 2: (188 + 2) ⋅ 2 = 380
𝑙𝑜𝑗𝑎 1: (380 + 2) ⋅ 2 = 764
Gabarito: “c”
26. (EFOMM/2013)
Durante o Treinamento Físico Militar na Marinha, o uniforme usado é tênis branco, short azul e
camiseta branca. Sabe-se que um determinado militar comprou um par de tênis, dois shortes e três
camisetas por 𝑹$𝟏𝟎𝟎, 𝟎𝟎. E depois, dois pares de tênis, cinco shortes e oito camisetas por
𝑹$𝟐𝟑𝟓, 𝟎𝟎. Quanto, então, custaria para o militar um par de tênis, um short e uma camiseta?
a) 𝑹$𝟓𝟎, 𝟎𝟎.
b) 𝑹$𝟓𝟓, 𝟎𝟎.
c) 𝑹$𝟔𝟎, 𝟎𝟎.
d) 𝑹$𝟔𝟓, 𝟎𝟎.
e) 𝑹$𝟕𝟎, 𝟎𝟎.
Comentários
Sejam 𝑡, 𝑠, 𝑐 o preço de um tênis branco, um short e uma camiseta branca,
respectivamente. Do enunciado, temos:
𝑡 + 2𝑠 + 3𝑐 = 100 𝑡 + 2𝑠 = 100 − 3𝑐
{ ⇒{
2𝑡 + 5𝑠 + 8𝑐 = 235 2𝑡 + 5𝑠 = 235 − 8𝑐
Multiplicando a primeira equação por −2:
−2𝑡 − 4𝑠 = −200 + 6𝑐
⇒{
2𝑡 + 5𝑠 = 235 − 8𝑐
Somando as duas equações para obter 𝑠:
𝑠 = 35 − 2𝑐
Qual é o número inteiro cujo produto por 9 é um número natural composto apenas pelo algarismo
1?
a) 123459
b) 1234569
c) 12345679
d) 12345789
e) 123456789
Comentários
Queremos encontrar 𝑥 tal que 𝑥 ⋅ 9 = 11111 …, para isso, podemos tomar o número
natural composto apenas pelo algarismo 1 e dividí-lo por 9:
11111 …
𝑥=
9
Como não sabemos quantos algarismos 1 temos, devemos inserir o algarismo 1 e efetuar
as divisões até obtermos um resto nulo, dessa forma:
111111111. . . 9
−9 12345679
21
−18
31
−27
41
−36
51
−45
61
−54
71
−63
81
−81
0
Portanto, o quociente encontrado é 𝑥 = 12345679.
Gabarito: “c”
I. Todo número inteiro positivo pode ser escrito, de maneira única, na forma 𝟐𝒌−𝟏 (𝟐𝒎 − 𝟏), em que
𝒌 e 𝒎 são inteiros positivos
II. Existe um número inteiro primo 𝒑 tal que √𝒑 é um número racional
É (são) verdadeira(s)
29. (ITA/2014/Modificada)
Das afirmações:
I. Se 𝒙, 𝒚 ∈ ℝ\ℚ, com 𝒚 ≠ −𝒙, então 𝒙 + 𝒚 ∈ ℝ\ℚ
É (são) verdadeira(s):
30. (ITA/2012)
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
31. (ITA/2005)
a) 𝒙 ∈ ]𝟎, 𝟐[
b) 𝒙 é racional
c) √𝟐𝒙 é irracional
d) 𝒙𝟐 é irracional
e) 𝒙 ∈ ]𝟐, 𝟑[
32. (ITA/2002)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) Todas.
A solução de uma equação algébrica é 802. Para chegar a esse resultado, somou-se os quadrados de
dois números ímpares, consecutivos e positivos. Determine o quociente da divisão do maior pelo
menor, aproximadamente.
a) 𝟏, 𝟏𝟎𝟓
b) 𝟏, 𝟎𝟓𝟕
c) 𝟏, 𝟐𝟎𝟒
d) 𝟏, 𝟏𝟖𝟏
e) 𝟏, 𝟑𝟎𝟐
c) Quadrado perfeito
d) Cubo perfeito
e) Primo
a) 𝟏𝟎
b) 𝟏𝟐
c) 𝟏𝟒
d) 𝟏𝟔
e) 𝟏𝟖
Considere o inteiro
𝑵 = 𝟗 + 𝟗𝟗 + 𝟗𝟗𝟗 + ⋯ + ⏟
𝟗𝟗 … 𝟗𝟗
𝟑𝟐𝟏 𝒅í𝒈𝒊𝒕𝒐𝒔
a) 𝟑𝟐𝟏
b) 𝟑𝟒𝟐
c) 𝟕𝟐𝟗
d) 𝟗𝟗𝟗
e) 𝟏𝟎𝟐𝟏
a) 𝟏𝟖𝟒
b) 𝟏𝟕𝟒
c) 𝟏𝟓𝟒
d) 𝟏𝟒𝟒
e) 𝟏𝟑𝟒
Sabendo que 𝒂 é um número real positivo qualquer, analise as afirmações a seguir e classifique-as
em verdadeiro ou falso, marcando a alternativa que tenha a sequência correta de I a III:
𝒏−𝒎
I. √ não é um número real.
𝒑
𝒑
II. 𝒏 não necessariamente é um número racional.
a) V-V-V
b) F-V-F
c) F-V-V
d) V-F-V
a) 251
b) 252
c) 253
d) 254
e) 255
O número de divisores de 321750 que, por sua vez, são divisíveis por 5 é:
a) 𝟕𝟐
b) 𝟑𝟐
c) 𝟔𝟒
d) 𝟔𝟑
e) 𝟑𝟔
b) Infinito
c) Unitário
d) Vazio
b. 𝟔𝟖𝟗
c. 𝟖𝟒𝟎
d. 𝟔𝟑𝟎
e. 𝟏𝟑𝟗
a. 𝟐𝟎𝟐𝟎
b. 𝟏𝟎𝟏𝟎
c. 𝟏𝟎𝟏
d. 𝟐
e. 𝟏
I. −𝟐 ≤ 𝒙𝒊 ≤ 𝟏, para 𝒊 = 𝟏, 𝟐, … , 𝒏;
II. 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 + ⋯ + 𝒙𝒏 = 𝟑𝟏;
a) −𝟓 e 𝟑𝟏
b) 𝟎 e 𝟏𝟐𝟎
c) −𝟏𝟎 e 𝟗𝟗
d) −𝟑𝟓 e 𝟒𝟔
e) 𝟎 e 𝟏𝟑𝟖
a) 70
b) 280
c) 210
d) 140
e) 350
a) 25
b) 97
c) 193
d) 171
e) 175
Seja 𝒇(𝒌) = 𝒌𝟑 + 𝟔𝒌𝟐 + 𝟏𝟏𝒌 + 𝟔 e seja 𝑿 o conjunto de inteiros {𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑, … , 𝟑𝟎}. O número de
elementos 𝒏 de 𝑿, tais que 𝒇(𝒏) deixa resto zero quando dividido por 12 é:
a) 19
b) 18
c) 17
d) 22
e) 23
GABARITO
28. I.V II. F
29. I. F e II. F
30. e
31. b
32. d
33. A
34. C
35. D
36. B
37. A
38. C
39. C
40. A
41. C
42. B
43. D
44. A
45. A
46. D
47. E
RESOLUÇÃO
28. (ITA/2017/Modificada)
Das afirmações:
I. Todo número inteiro positivo pode ser escrito, de maneira única, na forma 𝟐𝒌−𝟏 (𝟐𝒎 − 𝟏), em que
𝒌 e 𝒎 são inteiros positivos
II. Existe um número inteiro primo 𝒑 tal que √𝒑 é um número racional
É (são) verdadeira(s)
Comentários
𝑘−1
𝑛 = 2⏟ (2𝑚
⏟ − 1)
𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟
2𝑚 − 1 pode assumir os valores: (1, 3, 5, 7, … ). Ele é a parte ímpar, pois 2𝑚 é um número par e
subtraindo 1 deste número, temos um número ímpar.
Note que podemos representar todos os números inteiros positivos nesse formato de número.
Para representar números pares, fazemos 𝑘 ≠ 1 e obtemos múltiplos de 2: 𝑛 = 2𝑘−1 (2𝑚 − 1).
∴Verdadeira.
II. Pela definição de número irracional, sabemos que se 𝑝 é primo então √𝑝 é irracional.
∴Falsa.
Gabarito: I. V II. F
29. (ITA/2014/Modificada)
Das afirmações:
É (são) verdadeira(s):
Comentários
I. 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ\ℚ → 𝑥 + 𝑦 ∈ ℝ\ℚ
𝑥 + 𝑦 = (1 + √2) + (1 − √2) = 2 ∈ ℚ
𝑥 + 𝑦 é racional
∴Falsa.
𝑥𝑦 = 0 ∙ √2 = 0 ∈ ℚ
𝑥𝑦 é um número racional
∴Falsa
Gabarito: I. F e II. F
30. (ITA/2012)
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
Comentários
I. 𝑟1 − 𝑟2 é racional.
𝑟1 + 𝑟2 + 𝑟3 é racional → 𝑟3 é racional.
∴Verdadeira.
II. 𝑟3 é racional
∴Verdadeira.
(𝑟1 + 𝑟2 ) + (𝑟1 − 𝑟2 )
(𝑟1 + 𝑟2 ) + (𝑟1 − 𝑟2 ) = 2𝑟1 ⇒ 𝑟1 =
2
𝑟1 é a soma de dois números racionais, logo ele também é racional.
(𝑟1 + 𝑟2 ) − (𝑟1 − 𝑟2 )
(𝑟1 + 𝑟2 ) − (𝑟1 − 𝑟2 ) = 2𝑟2 ⇒ 𝑟2 =
2
𝑟2 é a subtração de dois números racionais, portanto ele é racional.
∴Verdadeira.
Gabarito: “e”.
31. (ITA/2005)
a) 𝒙 ∈ ]𝟎, 𝟐[
b) 𝒙 é racional
c) √𝟐𝒙 é irracional
d) 𝒙𝟐 é irracional
e) 𝒙 ∈ ]𝟐, 𝟑[
Comentários
𝑥 = √7 − 4√3 + √3
√4 − 4√3 + 3 + √3
2
√(2 − √3) + √3
(2 − √3) + √3 = 2
∴ 𝑥 é racional.
Gabarito: “b”.
32. (ITA/2002)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e III.
e) Todas.
Comentários
I. Temos duas inequações com o conectivo “e”, vamos verificar se a desigualdade é verdadeira:
𝒙 > 𝟒 ⇒ 𝒙𝟐 > 𝟏𝟔
Como a condição é 𝒙 > 𝟒 e 𝒚 < 𝟐, podemos somar as duas inequações. Assim, obtemos:
𝒙𝟐 − 𝟐𝒚 > 𝟏𝟐
∴Verdadeira.
II. A diferença nessa afirmação é a presença do conectivo “ou”. Essa afirmação diz que qualquer
uma das proposições podem ser válidas para que 𝒙𝟐 − 𝟐𝒚 > 𝟏𝟐.Provamos na afirmação acima
que as duas condições devem ser satisfeitas ao mesmo tempo para que a consequência seja
verdadeira.
∴Falsa.
III. 𝒙𝟐 < 𝟏
𝒙𝟐 − 𝟐𝒚 < 𝟏 − 𝟐√𝟐
Portanto:
𝟏 − 𝟐√𝟐 < 𝟎
𝒙𝟐 − 𝟐𝒚 < 𝟎
∴Verdadeira.
Gabarito: “d”.
A solução de uma equação algébrica é 802. Para chegar a esse resultado, somou-se os quadrados de
dois números ímpares, consecutivos e positivos. Determine o quociente da divisão do maior pelo
menor, aproximadamente.
a) 𝟏, 𝟏𝟎𝟓
b) 𝟏, 𝟎𝟓𝟕
c) 𝟏, 𝟐𝟎𝟒
d) 𝟏, 𝟏𝟖𝟏
e) 𝟏, 𝟑𝟎𝟐
Comentários
800
⇒ 8𝑘 2 + 2 = 802 ⇒ 8𝑘 2 = 800 ⇒ 𝑘 2 = = 100
8
⇒ 𝑘 = 10
21
≈ 1,105
19
Gabarito: “a”.
a) Um número par
c) Quadrado perfeito
d) Cubo perfeito
e) Primo
Comentários
Gabarito: “c”.
a) 𝟏𝟎
b) 𝟏𝟐
c) 𝟏𝟒
d) 𝟏𝟔
e) 𝟏𝟖
Comentários
𝑑 − 3 = 7𝑘 ↔ 𝑑 = 7𝑘 + 3, 𝑘 ∈ ℤ
Assim, o menor valor que 𝑎 pode assumir é 1735, cuja soma dos dígitos é 1 + 7 + 3 + 5 = 16
Gabarito: “D”.
Considere o inteiro
𝑵 = 𝟗 + 𝟗𝟗 + 𝟗𝟗𝟗 + ⋯ + ⏟
𝟗𝟗 … 𝟗𝟗
𝟑𝟐𝟏 𝒅í𝒈𝒊𝒕𝒐𝒔
a) 𝟑𝟐𝟏
b) 𝟑𝟒𝟐
c) 𝟕𝟐𝟗
d) 𝟗𝟗𝟗
e) 𝟏𝟎𝟐𝟏
Comentários
Note o seguinte
𝑁 = 11.
⏟ .11 0 − 321 = 11.
⏟ .11 0789
321 318
1 + 1 + ⋯ + 1 + 0 + 7 + 8 + 9 = 342
⏟
318
Gabarito: “B”.
a) 𝟏𝟖𝟒
b) 𝟏𝟕𝟒
c) 𝟏𝟓𝟒
d) 𝟏𝟒𝟒
e) 𝟏𝟑𝟒
Comentários
1 + 2 + 3 + ⋯ + 𝑛 [(𝑛 + 1)(𝑛)] 𝑛 + 1
= =
𝑛 2𝑛 2
Seguindo o mesmo raciocínio, teremos que, ao retirarmos 𝒎, o resultado será
𝒏(𝒏 + 𝟏)
[(𝟏 + 𝟐 + 𝟑 + ⋯ + 𝒏) − 𝒎] − 𝒎 𝟏𝟑𝟒
= 𝟐 = (∗)
𝒏−𝟏 𝒏−𝟏 𝟏𝟏
𝟏𝟑𝟒
Vamos analisar o intervalo em que se encontra. Se retirarmos o número 𝟏
𝟏𝟏
𝒏𝟐 + 𝒏
𝟏𝟑𝟒 [
𝟐 − 𝟏] 𝒏 + 𝟐
≤ =
𝟏𝟏 𝒏−𝟏 𝟐
Agora, se retirarmos o 𝒏
𝒏𝟐 + 𝒏
[
𝟏𝟑𝟒 𝟐 − 𝒏] 𝒏
≥ =
𝟏𝟏 𝒏−𝟏 𝟐
Daí
𝒏 𝟏𝟑𝟒 𝒏 + 𝟐
≤ ≤
𝟐 𝟏𝟏 𝟐
𝟏𝟑𝟒
Temos que ≈ 𝟏𝟐, 𝟐. Assim
𝟏𝟏
𝒏 ≤ 𝟐𝟒, 𝟐 ≤ 𝒏 + 𝟐
Com isso, temos que 𝒏 pode ser 𝟐𝟐, 𝟐𝟑 𝒐𝒖 𝟐𝟒. No entanto, note que 𝒏 − 𝟏 é 𝒎ú𝒍𝒕𝒊𝒑𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝟏𝟏,
por (∗). Assim, temos que 𝒏 = 𝟐𝟑.
𝟐𝟑(𝟐𝟑 + 𝟏)
[ − 𝒎] 𝟏𝟑𝟒
𝟐
= → 𝟐𝟔𝟖 = 𝟐𝟑 ∙ 𝟏𝟐 − 𝒎 → 𝒎 = 𝟖
𝟐𝟑 − 𝟏 𝟏𝟏
Logo, 𝒎 ∙ 𝒏 = 𝟐𝟑 ∙ 𝟖 = 𝟏𝟖𝟒
Gabarito: “A”.
Sabendo que 𝒂 é um número real positivo qualquer, analise as afirmações a seguir e classifique-as
em verdadeiro ou falso, marcando a alternativa que tenha a sequência correta de I a III:
𝒏−𝒎
I. √ não é um número real.
𝒑
𝒑
II. 𝒏 não necessariamente é um número racional.
a) V-V-V
b) F-V-F
c) F-V-V
d) V-F-V
Comentários
I. Vemos que como 𝑎 > 0, a reta cresce realmente para a direita. Portanto
Como 𝑝 > 0:
𝑛−𝑚 𝑛−𝑚
⇒ >0⇒√ ∈ℝ
𝑝 𝑝
𝑝 𝑎√2
= = −√6 ∉ ℚ
𝑛 − 𝑎
√3
Portanto, essa afirmativa é verdadeira.
⇒𝑝+𝑚=0∈ℤ
Gabarito: “c”
a) 251
b) 252
c) 253
d) 254
e) 255
Comentários
Pois 10𝑛−1 é o menor número com 𝑛 dígitos e 10𝑛 é o primeiro número com 𝑛 + 1 dígitos.
Veja para o caso de números de 2 dígitos: quaisquer deles é maior ou igual a 10 e menor que
100. Assim, se 𝑥 do enunciado tem 2020 dígitos:
8 8 2019 2020
8 8
⇒ √102019 ≤ √𝑥 < √102020 ⇒ 10 8 ≤ √𝑥 < 10 8
2019 2019
= 252,375 > 252 ⇒ 10 8 > 10252
8
2020 2020
= 252,5 < 253 ⇒ 10 8 < 10253
8
Portanto:
2019 2020
8 8
10252 < 10 8 ≤ √𝑥 < 10 8 < 10253 ⇒ 10252 < √𝑥 < 10253
Gabarito: “c”.
O número de divisores de 321750 que, por sua vez, são divisíveis por 5 é:
a) 𝟕𝟐
b) 𝟑𝟐
c) 𝟔𝟒
d) 𝟔𝟑
e) 𝟑𝟔
Comentários
Como queremos a quantidade de divisores desse número que são divisíveis por 5 (múltiplos
de 5) então queremos montar números da forma:
2𝑎 ⋅ 3𝑏 ⋅ 5𝑐 ⋅ 11𝑑 ⋅ 13𝑒
𝑎 = 0 𝑜𝑢 1
𝑏 = 0, 1 𝑜𝑢 2
𝑐 = 1, 2 𝑜𝑢 3
𝑑 = 0 𝑜𝑢 1
𝑒 = 0 𝑜𝑢 1
Perceba que o expoente 𝑐 que acompanha o número 5 não pode ser 0 pois queremos
divisores de 321750 que sejam múltiplos de 5. Assim, temos 2 possibilidades para 𝑎 e, 3
possibilidades para 𝑏 e, 3 possibilidades para 𝑐 e, 2 possibilidades para 𝑑 e, 2 possibilidades para
𝑒. Pelo princípio multiplicativo, teremos no total:
2 ⋅ 3 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 2 = 8 ⋅ 9 = 72 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑒 5
Gabarito: “a”.
b) Infinito
c) Unitário
d) Vazio
Vamos começar lembrando que 1 não é primo. Assim, vamos tentar fatorar a expressão de 𝑝,
que é uma soma de cubos:
𝑝 = 𝑛3 + 𝑘 6
𝑝 = 𝑛3 + 𝑘 6 = (𝑛 + 𝑘 2 )(𝑛2 − 𝑛𝑘 2 + 𝑘 4 )
Entretanto, o produto de dois números naturais resultando em 𝑝 só pode ser ele multiplicado
por 1, pois ele é primo! Assim, precisamos decidir qual dos fatores acima é 𝑝 e qual é 1. Observe
que se o fator 𝑛 + 𝑘 2 for 1:
𝑛 + 𝑘2 = 1
𝑝 = 03 + 16 = 1
𝑝 = 13 + 06 = 1
𝑛≥1
𝑘2 ≥ 1
⇒ 𝑛 + 𝑘2 ≥ 2
Portanto, é preciso que 𝑛 + 𝑘 2 seja o número primo, pois ele é maior que 1. Assim, teremos:
𝑝 = (𝑛 + 𝑘 2 )(𝑛2 − 𝑛𝑘 2 + 𝑘 4 )
Onde:
𝑛 + 𝑘2 = 𝑝
{
𝑛2 − 𝑛𝑘 2 + 𝑘 4 = 1
Analisando a segunda equação e completando quadrados:
𝑘4 3𝑘 4
𝑛2 − 𝑛𝑘 2 + 𝑘 4 = 1 ⇒ (𝑛2 − 𝑛𝑘 2 + )+ = 1 ⇒ (4𝑛2 − 4𝑛𝑘 2 + 𝑘 4 ) + 3𝑘 2 = 4
4 4
⇒ (2𝑛 − 𝑘 2 )2 + 3𝑘 2 = 4
𝑘 2 ≥ 1 ⇒ 3𝑘 2 ≥ 3
Portanto, se escolhermos algum 𝑘 ≥ 2, teremos que o lado esquerdo será maior que o lado
direto, pois para 𝑘 = 2, 3𝑘 2 = 12 > 4. Além disso, esse lado está somado com um termo
positivo (2𝑛 − 𝑘)2 , logo será definitivamente maior que o lado direito. Assim, o único valor de 𝑘
que satisfaz a equação emoldurada é 𝑘 = 1.
⇒ 𝑘=1
𝑛 ≥ 1 ⇒ 2𝑛 ≥ 2 ⇒ 2𝑛 − 1 ≥ 1 > 0
⇒ 2𝑛 − 1 = 1 ⇒ 2𝑛 = 2 ⇒ 𝑛 = 1
𝑝 = 𝑛3 + 𝑘 6 = 13 + 16 = 2
Gabarito: “c”.
b. 𝟔𝟖𝟗
c. 𝟖𝟒𝟎
d. 𝟔𝟑𝟎
e. 𝟏𝟑𝟗
Comentários
𝟐𝟐𝟒 + 𝟒 ∙ 𝟑𝟒 𝟔𝟑𝟒
=
𝟏𝟔𝟒 + 𝟒 ∙ 𝟑𝟒 𝟏𝟕𝟖
𝟑𝟒𝟒 + 𝟒 ∙ 𝟑𝟒 𝟏𝟑𝟕𝟖
=
𝟐𝟖𝟒 + 𝟒 ∙ 𝟑𝟒 𝟔𝟑𝟒
Logo, nossa expressão será da seguinte forma
b. 𝟏𝟎𝟏𝟎
c. 𝟏𝟎𝟏
d. 𝟐
e. 𝟏
Comentários
Abrindo a expressão
𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 = 2(𝑥 + 𝑧 − 1) → 𝑥 2 − 2𝑥 + 𝑦 2 + 𝑧 2 − 2𝑧 + 2 = 0
(𝑥 2 − 2 ∙ 1 ∙ 𝑥 + 12 ) + (𝑦 2 + 2 ∙ 0 ∙ 𝑦 + 02 ) + (𝑧 2 − 2 ∙ 1 ∙ 𝑧 + 12 ) = 0
𝑥−1=0 𝑥=1
{𝑦 − 0 = 0 → {𝑦 = 0
𝑧−1=0 𝑧=1
Logo
Gabarito: “D”.
II. 𝒙𝟏 + 𝒙𝟐 + ⋯ + 𝒙𝒏 = 𝟑𝟏;
a) −𝟓 e 𝟑𝟏
b) 𝟎 e 𝟏𝟐𝟎
c) −𝟏𝟎 e 𝟗𝟗
d) −𝟑𝟓 e 𝟒𝟔
e) 𝟎 e 𝟏𝟑𝟖
Comentários
−2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 = 31
{
4𝑎 + 𝑏 + 𝑐 = 69
Resolvendo o sistema, encontramos:
𝑎 = 50 − 𝑐
𝑏 = 3𝑐 − 131
Como 𝑎 ≥ 0 e 𝑏 ≥ 0:
50 − 𝑐 ≥ 0 ⇒ 𝑐 ≤ 50
131
3𝑐 − 131 ≥ 0 ⇒ 𝑐 ≥ = 43,66
3
Portanto:
44 ≤ 𝑐 ≤ 50
Analisando a expressão:
𝑓(44) = 6 ⋅ 44 − 269 = −5
𝑓(50) = 6 ⋅ 50 − 269 = 31
Gabarito: A
a) 70
b) 280
c) 210
d) 140
e) 350
Comentários
Para resolver essa questão, leiamos com atenção o enunciado: “Sejam 𝑎 e 𝑏 números inteiros tais
que satisfazem a seguinte expressão: 𝑎3 + 𝑏 3 + (𝑎 + 𝑏)3 + 30𝑎𝑏 = 2000.” Vemos que são
dadas duas incógnitas inteiras e uma expressão cúbica (de grau 3) envolvendo-as. Continua:
“Assim, um possível valor para 7(𝑎 + 𝑏) é...”. Nesse último trecho destacado, observa-se que se
pede apenas um possível valor de 7(𝑎 + 𝑏), o que já deveria chamar a atenção do leitor ao fato
de que podem existir mais de um valor para essa expressão, porém você deveria marcar apenas
a que estiver entre as alternativas. Obviamente, para a questão não ser anulada, só deve existir
uma alternativa correta.
Sabemos que:
𝑥 3 − 𝑦 3 = (𝑥 − 𝑦)(𝑥 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦 2 )
Assim:
Portanto, pelo menos um dos fatores deve ser 0 para que satisfaça a equação. Dessa maneira:
𝑎 + 𝑏 − 10 = 0
{ 𝑜𝑢
2(𝑎 + 𝑏)2 + 20(𝑎 + 𝑏) + 200 − 3𝑎𝑏 = 0
7 ⋅ (𝑎 + 𝑏) = 70
Ao olhar as alternativas, encontramos a letra a). Portanto, a resposta correta é a letra a).
Gabarito: “a”.
a) 25
b) 97
c) 193
d) 171
e) 175
Comentários
Nesse tipo de questão é sempre analisar os números inteiros dados nas expressões. No caso
da expressão dada no enunciado, se analisarmos o número 28224 veremos que ele é quadrado
perfeito:
Como 𝑚 𝑒 𝑛 ∈ ℕ:
𝑛 − 168 = 7𝑎
{ ⇒ 342 = 7𝑏 − 7𝑎 ⇒ 336 = 7𝑎 (7𝑏−𝑎 − 1) , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑚 = 𝑎 + 𝑏
𝑛 + 168 = 7𝑏
7𝑎 = 7 𝑎=1
⇒ 336 = 7 ⋅ 48 = 7𝑎 (7𝑏−𝑎 − 1) ⇒ { 𝑏−𝑎 ⇒ { 𝑏−𝑎
7 − 1 = 48 7 = 49 = 72
𝑎=1
⇒{
𝑏−𝑎 =2⇒ 𝑏 =3
𝑛 − 168 = 7𝑎 = 7 ⇒ 𝑛 = 175
𝑚 =𝑎+𝑏 =1+3=4
Portanto:
𝑛 − 𝑚 = 175 − 4 = 171
Gabarito: “d”
Seja 𝒇(𝒌) = 𝒌𝟑 + 𝟔𝒌𝟐 + 𝟏𝟏𝒌 + 𝟔 e seja 𝑿 o conjunto de inteiros {𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑, … , 𝟑𝟎}. O número de
elementos 𝒏 de 𝑿, tais que 𝒇(𝒏) deixa resto zero quando dividido por 12 é:
a) 19
b) 18
c) 17
d) 22
e) 23
Comentários
Temos uma função polinomial 𝑓 do terceiro grau. Normalmente esse tipo de equação de grau
3 em questões de concursos têm raízes triviais. Perceba que −1 é raiz de 𝑓. Vamos fatorar a
expressão de 𝑓 em busca do fator 𝑘 − (−1) = 𝑘 + 1:
𝑓(𝑘) = 𝑘 3 + 6𝑘 2 + 11𝑘 + 6 = 𝑘 3 + 𝑘 2 + 5𝑘 2 + 5𝑘 + 6𝑘 + 6
Agora, veja que as raízes de 𝑘 2 + 5𝑘 + 6, por soma e produto, são −2 𝑒 − 3. Dessa maneira,
podemos escrever:
𝑘 2 + 5𝑘 + 6 = (𝑘 + 2)(𝑘 + 3)
Desse modo, temos o produto de três números consecutivos se 𝑘 for inteiro. Obviamente,
com certeza, um desses três números consecutivos é múltiplo de 3, pois os únicos restos que
podem deixar na divisão por 3 é 0, 1 e 2. Se considerarmos que 𝑘 possui quaisquer desses restos
na divisão por 3, veremos que entre 𝑘 + 1, 𝑘 + 2 𝑒 𝑘 + 3, algum deles deixará resto 0. Dessa
maneira 𝑓(𝑘) é múltiplo de 3 para qualquer 𝑘. O mesmo podemos afirmar para a multiplicidade
em 2. Dessa forma, sempre, 𝑓(𝑘) é múltiplo de 2 e 3, isto é, múltiplo de 6 para 𝑘 inteiro.
Entretanto, queremos que 𝑓(𝑘) seja múltiplo de 12. Portanto, não basta ser múltiplo de 2 e
3. Queremos os casos em que esse número é múltiplo de 4 também. Assim, vamos analisar as
possibilidades para 𝑓(𝑘), explorando todas as possibilidades para 𝑘:
i) Se 𝑘 é ímpar:
(𝑘
⏟ + 1) (𝑘
⏟ + 2) (𝑘
⏟ + 3) = 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜 𝑑𝑒 4
𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟
(𝑘 + 1) ⏟
⏟ (𝑘 + 2) ⏟
(𝑘 + 3) = ⏟
(𝑘 + 1) ⏟
(2𝑚 + 2) ⏟
(𝑘 + 3) = ⏟
(𝑘 + 1) ⏟ (𝑘 + 3)
2(𝑚 + 1) ⏟
í𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟
(𝑘 + 1) ⏟
⇒⏟ (𝑘 + 3) = 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜 𝑑𝑒 4
2(𝑚 + 1) ⏟
í𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟
(𝑘
⏟ + 1) (𝑘
⏟ + 2) (𝑘
⏟ + 3) = (4𝑚
⏟ + 1) (4𝑚
⏟ + 2) (4𝑚
⏟ + 3) = 𝑛ã𝑜 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜 𝑑𝑒 4
í𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟 𝑝𝑎𝑟 í𝑚𝑝𝑎𝑟
Perceba que nesse caso 𝑓(𝑘) não pode ser múltiplo de quatro pois é o produto de três
números que deixam restos 1, 2 e 3, respectivamente, na divisão por 4. Dessa maneira, os únicos
casos que resultam em múltiplos de 4 (e 3, como já falado acima) e, portanto, de 12, são todos
os ímpares e todos os pares excluindo os múltiplos de 4 (basta retirar os múltiplos de 4).
Gabarito: “e”.