12 - Modelo de Memoriais - Prescrição

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00ª VARA

CRIMINAL DA COMARCA DE CIDADE-UF

Por artigos de Razões Finais diz o acusado TAL, por seu defensor dativo
(nomeado às fls. 00), o seguinte em seu favor:

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS

Em decorrência da peça vestibular de fls. 00, firmada pelo ilustre representante


do Ministério Público, o acusado está sendo processado como incurso nas
sanções do Art. 129, caput, combinado com os artigos 69, caput, e 29, caput,
todos do Código Penal Brasileiro.

PRELIMINARMENTE

Consideração merece ser feita sobre a extinção da punibilidade, pela prescrição.


Os fatos narrados na denúncia ocorreram em data TAL, sendo a denúncia
oferecida em data TAL. O fato ilícito capitulado na denúncia tem como pena
detenção de três meses a um ano. Ocorrido o crime, nasce para o Estado a
pretensão de punir o autor do fato criminoso. Essa pretensão deve, no entanto,
ser exercida dentro de determinado lapso temporal, que varia de acordo com a
figura criminosa composta pelo legislador e segundo o critério do máximo
cominado em abstrato para a pena privativa de liberdade.

A prescrição da pretensão punitiva trata-se de matéria de ordem pública e, com


tal, deve ser declarada de ofício pelo Juiz ou Tribunal. Possível é, nos termos do
Artigo 61 do Código de Processo Penal, reconhecer a prescrição em qualquer
fase do processo.

Portanto, nada impede possa o Magistrado pronunciar-se, através de


declaração, antes mesmo da sentença, sobre a causa extintiva da punibilidade,
solução ademais, mais simples, rápida, e que nenhum prejuízo traz às partes.
Em razão do exposto, espera o denunciado seja acatada a preliminar, declarada
a extinção da punibilidade pela prescrição, com o arquivamento do processo,
sem julgamento do mérito.

NO MÉRITO

É improcedente e injusta a ação penal movida contra sua pessoa, uma vez que
o processo foi alicerçado em meras presunções. Vê-se que a acusação levada a
efeito não pode subsistir, já que nos presentes autos, nada existe capaz de
legitimar a condenação.

O direito de defesa não surge do ânimo delituoso do agressor, mas diretamente


da necessidade de conservar a si próprio.

A testemunha presencial TAL em seu depoimento às fls. 00 diz o seguinte:

Dos fatos narrados, denota-se que o acusado não cometeu qualquer ilícito.
Inescusável a conduta de quem, ante a desavença entre sua irmã e outrem,
interfere na questão, agredindo o desafeto daquela. Não é punível o fato
quando não se pode exigir do agente conduta diversa.

Não há que se falar em lesão corporal se, com ânimo meramente defensivo,
reage fisicamente o acusado contra injusta agressão.

Um mero Juízo de suspeita, embora baste para o oferecimento da denúncia, é


imprestável para aperfeiçoar a condenação.

A causa da Justiça é a verdade, e a condenação do inocente constitui a maior


desgraça para a sociedade e para o condenado.

A prova para servir de alicerce a um Juízo condenatório deve ser clara, precisa,
sem quaisquer sombra de dúvidas e que traga o selo irrebatível da verdade.
Em conclusão, a favor do acusado evocam-se provas que, por Justiça, exclui
definitivamente qualquer presunção de ilicitude.

Acrescente-se, ainda, que o Artigo 386 - VI do Código de Processo Penal


determina, expressamente, que o Juiz deve absolver quando não houve prova
suficiente para a condenação.

Diante do exposto e por tudo que dos autos consta, espera o denunciado que
estas alegações sejam recebidas para o fim de ser rejeitada a denúncia de fls.
00 por improcedente, com a absolvição por ser imperativo de Justiça.

Termos em que,

Pede Deferimento.

CIDADE, 00, MÊS, ANO

ADVOGADO

OAB Nº

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