Aprendendo A Viver Como Jesus
Aprendendo A Viver Como Jesus
Aprendendo A Viver Como Jesus
CHRISTOPHER J. H. WRIGHT
W933a
Wright, Christopher J. H.
Aprendendo a viver como Jesus : um novo olhar sobre o
fruto do espírito / Christopher J. H. Wright ; tradução Susana
Klassen. - 1. ed. - São Paulo : Mundo Cristão, 2019.
192 p.
Prefácio 7
Introdução 11
1. Amor 23
2. Alegria 41
3. Paz 63
4. Paciência 79
5. Amabilidade 95
6. Bondade 113
7. Fidelidade 131
8. Mansidão 147
9. Domínio próprio 167
Conclusão 179
Chris Wright
Diretor de Ministérios Internacionais
Langham Partnership
Junho de 2015
Pai celeste, peço que neste dia eu viva em tua presença e te agrade cada
vez mais.
Senhor Jesus, peço que neste dia eu tome tua cruz e te siga.
Espírito Santo, peço que neste dia me enchas de ti e faças teu fruto
amadurecer em minha vida: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio.
Essa era a oração que John Stott fazia todas as manhãs, assim
que acordava. Não causa surpresa, portanto, muitos que con-
viviam com Stott dizerem que ele era a pessoa mais semelhan-
te a Cristo que conheciam. Deus respondeu a sua oração diária
ao fazer que o fruto do Espírito amadurecesse em sua vida. E
o que o Espírito de Deus faz, acima de tudo, é tornar aqueles
que depositam sua fé em Jesus cada vez mais semelhantes a
esse Jesus que amam e seguem e em quem confiam. Aliás, po-
demos dizer que o fruto do Espírito, com seus nove aspectos
descritos em Gálatas 5.22-23, é um belo retrato de Jesus. Afi-
nal, evidentemente Jesus era cheio do Espírito de Deus, e é
Cristo que habita em nós por meio do Espírito. Logo, quanto
mais estamos cheios do Espírito de Deus, e quanto mais o Es-
pírito amadurece seu fruto em nós, mais semelhantes a Cristo
nos tornamos.
Essa também era a oração do apóstolo Paulo. Não sabemos
se, como John Stott, ele a expressava todos os dias para si mes-
mo, mas certamente era o que ansiava ver acontecer em outros
1
Quando Paulo inverte a ordem habitual “Jesus Cristo” e escreve “Cristo
Jesus”, deseja enfatizar que “Cristo” não é um simples sobrenome. É a tra-
dução grega do termo hebraico “messias”, isto é, o ungido. Portanto, em
algumas ocasiões é proveitoso traduzir “Cristo Jesus” por “Messias Jesus”
para destacar a tônica daquilo que Paulo quer dizer ao associar Jesus às
magníficas promessas do Antigo Testamento. Jesus é aquele que, como Mes-
sias, personifica e representa Israel como seu Rei, Senhor e Salvador. Logo,
quando pertencemos ao Messias (ou seja, quando estamos “em Cristo”),
pertencemos ao povo de Deus.
Por isso digo: deixem que o Espírito guie sua vida. Assim, não satis-
farão os anseios de sua natureza humana. A natureza humana dese-
ja fazer exatamente o oposto do que o Espírito quer, e o Espírito nos
impele na direção contrária àquela desejada pela natureza humana.
Essas duas forças se confrontam o tempo todo, de modo que vocês
não têm liberdade de pôr em prática o que intentam fazer.2 Quando,
porém, são guiados pelo Espírito, não estão debaixo da lei.
2
A tradução da NVT (“vocês não têm liberdade de pôr em prática o que
intentam fazer”) é preferível à tradução mais antiga e mais comum (“para
que não façais o que, porventura, seja do vosso querer”, RA). A argumen-
tação de Paulo aqui não é a mesma de Romanos 7.19, versículo no qual ele
lamenta que, mesmo quando sabe o que deve fazer e deseja fazê-lo (em
obediência à lei de Deus), descobre que não o faz. Aqui em Gálatas, o argu-
mento é de que o Espírito nos guardará de satisfazer os desejos da carne,
isto é, nos impedirá de fazer tudo o que desejamos, conforme nossa volição
decaída e egoísta.