O Senhor Dos Tempos - 2° Ano

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O ANO – O SENHOR DOS TEMPOS

Peça para 2º ano

Sônia Mendes Corrêa – 1975


(Dentro do texto, há alguns versos de Gonçalves Dias, para serem cantados com a melodia

do Carrilhão do Relógio; há também trechos da Canção do Sol (Lied der Sonne), de Christian

Morgenster, em versão para o português de Ruth Salles; a música da canção do Inverno é

de Maria Helena Isnard.)

Personagens: O Coro e o Senhor dos Tempos; as Estações e o Sol; crianças.

(O Senhor dos Tempos está andando em volta, sem parar; seu Coro, em semicírculo. As

Estações em outro semicírculo, cada uma com túnica da cor determinada; o Sol está junto.

O Tempo pode estar de túnica branca, com uma capinha ou faixa da cor da Estação que está

aparecendo. As crianças não sabem quem é esse que passa sem parar.)

Crianças: – Quem será esse andando assim,

por todos os lados do meu jardim?

Quem será esse que passa,

no mesmo passo, sem parar,

nem mais depressa, nem mais devagar?

Tempo: – Vocês não sabem quem sou eu?

Nunca me viram por aqui?

Pois caminho por toda parte

e passo sempre no seu jardim.

Crianças: – Você nunca para?

Tempo: – Não, não!

Crianças: – Nunca se cansa?


Tempo: – Não, não!

Crianças: – Você quem é? Quem é você?

Tempo: – Venham, crianças, venham comigo!

Venham ver por onde sigo.

Vou mostrar o que se passa

em toda parte por onde sigo.

Vou mostrar o que se passa

em toda parte por onde passo.

Quanta beleza que vou mostrar!

Venham! Venham! Não posso esperar.

Crianças: – Quem será ele? Quem será?

Tempo: – Eu sou o Senhor dos Tempos.

Levo festas onde passo!

Outono: “O Sol desponta lá no horinzonte,

(canta) dourando a fonte e o prado e o monte ...

E um manto belo de vivas cores

adorna as flores entre verdores.”

(fala) – Pedra e homem, bicho e flor,

todos recebem o meu calor.

Eleve o cálice do seu coração!

Ali vou brilhar, brilhar,

e a Páscoa festejar!

Eu sou o Outono!
Tempo: – Eu sou o Senhor dos Tempos.

Levo festas onde passo!

Inverno: “Há névoa no horizonte,

(canta) no campo e sobre o monte,

no vale e sobre o mar.

Os pássaros se encolhem.

As plantas todas dormem.

É hora de pensar!”

(fala) – Pedra e homem, bicho e flor,

sentem falta do calor.

Acendo a grande fogueira,

com alegria, com emoção,

e festejo São João!

Eu sou o Inverno!

Tempo: – Eu sou o Senhor dos Tempos.

Levo festas onde passo!

Primavera: – Um raio E trêmulo

fulgura e puro,

no espaço se aviva,

esparso, s’esquiva,

de luz. rutila,

seduz!

– Pedra e homem, bicho e flor,

de novo chega o calor,

no meio de muitas flores.


Vindo em estrela cadente,

eis Micael, vidente!

Eu sou a Primavera!

Tempo: – Eu sou o Senhor dos Tempos.

Levo festas onde passo!

Verão: “Eu sou o Sol brilhando, levando a terra eu vou,

(canta) de noite e de dia. Bem firme no ar,

eu faço-a brilhar, e nela tudo crescerá.

Pedra e homem, bicho e flor, todos recebem meu calor.”

(som de sinos) – A festa, que agora trago,

sinos vão anunciar:

É Natal! É Natal! É Natal!

Eu sou o Verão!

Tempo: – Eu sou o Senhor dos Tempos.

Levo festas onde passo!

(Sugestão para o final. Pode ser dita antes da fala final do Tempo. Por sua vez, a fala final

do tempo pode ser dita por todos andando e saindo.)

Todos: – Esse, que passa sem parar,

é o Ano a passar ...

a passar ...

a passar ...

(Segue-se a fala final do Tempo, em saída, dita por todos.)


Tempo: – Eu sou o Senhor dos Tempos.

(todos) Levo festas onde passo!

(Repetem enquanto saem.)

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