E-Book - 3 Passos para A Redenção - Editora Molokai
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. 2.
e condenado a uma espécie de morte civil e religio-
sa. Deste modo, ao sermos interpelados com o milagre
do leproso, temos o símbolo do pecado, a verdadeira
impureza do coração, aquilo que nos afasta de Deus,
remediado: os pecados que cometemos afastam-nos de
Deus e, se não forem humildemente confessados na mi-
sericórdia divina, chegam até a causar a morte da alma.
Este milagre assume então um grande valor simbólico.
Jesus, como profetizara Isaías, é o Servo do Senhor que
“levava sobre si as nossas enfermidades, carregava as
nossas dores (Is 53, 4).” Continua Bento:
. 3.
Examinai-vos a vós mesmos, e vede
se estais na fé (2 Cor 13,5)
O pecador, imerso na prática do pecado, muitas ve-
zes se torna insensível à gravidade de suas ações. Este
é o fluxo do ato cotidiano quando temos cultivado o
hábito de olharmo-nos com seriedade e cautela. Quan-
do mantemos engessados a capacidade de diagnosticar
nossas falhas, percebê-las como tal e, finalmente, de nos
arrepender para convergirmos ao Caminho.
. 5.
Podemos resumir em uma única palavra: CONVER-
SÃO. Mas encerrar o assunto de forma tão sucinta se-
ria correr um grande risco. O homem, mais do que
nunca acostumado com a superficialidade, tornou-se
incapaz de meditar sozinho sobre a verdade das coisas.
Entre suas causas está o fato de que nossos referenciais
se esvaziaram. Outro fato é que nossa capacidade ima-
ginativa, ou abstrata, carece de extensão. Como, então,
entender a verdade do que se é CONVERSÃO?
. 6.
dos grandes santos. Entender a conversão primeira ou
exclusivamente neste sentido é um grande erro. Como
está nas Sagradas Escrituras: “Muitos serão chamados,
mas poucos são os escolhidos.” (Mt 22, 14). No sentido
próprio da palavra, conversão é, antes de qualquer coi-
sa, um ato iminente e total.
. 7.
Prima conversio fit per fidem - “convertei-vos, isto é,
crede!”
. 8.
É certo que para deixar de cometer pecados não nos
basta essa afirmação, tão pouco o aceite pacífico de
nossa fraqueza é suficiente. É por isso que o homem
que se converte, ainda que volte a cair, cairá contra sua
vontade.
. 9.
parados para enxergar a vida pela lente divina devemos,
se possível todas as noites, meditar sobre nossas falhas,
dispormo-nos a, no dia seguinte, evitá-las com todas as
nossas forças pedindo a graça que apenas um coração
puro de pecado é capaz de receber.
— Fulton Sheen
. 10 .
“Vá e não peques mais” (Jo 8, 11)
O reconhecimento da culpa tem uma finalidade e não
pode ser confundido com a indevida martirização do
pecador. Se por um lado devemos, sim, reconhecer nos-
sos pecados, nossa fraqueza e nossa insuficiência, não
podemos nos permitir que paremos aí, como se nos
bastasse a chaga sem a cicatriz. A cicatriz é a misericór-
dia, e este olhar é fundamental para um bom exame e a
conquista duradoura dos efeitos da confissão:
. 12 .
Fulton Sheen, ao nos orientar que nos concentremos
mais na cura que em nossos pecado, nos entrega o antí-
doto contra as garras do puritanismo que desvia nosso
olhar da justiça e da misericórdia. O puritano, curvan-
do-se a si mesmo, é seduzido pelo próprio ego, motiva-
do ora por suas supostas virtudes, ora por um intenso
sentimento de culpa quanto a sua insuficiência. Talvez
seja interessante nos debruçarmos brevemente acerca
das duas naturezas do puritano.
. 13 .
Por isso, não podemos esquecer que no sacramen-
to da penitência testemunhamos a misericórdia divina,
temos nossas almas purificadas e temos a chance de
nos tornarmos santuários da luz Divina. Ao ajoelhar-
mo-nos honestamente diante do confessor, o penitente
não apenas recebe o perdão divino, mas também encon-
tra fortaleza para resistir às tentações futuras por meio
das graças que são concebidas pelo perdão.
. 14 .
temos mais do que qualquer outro mal;
e) Deve ser confiante, inseparável da esperança de
perdão.
f) Deve estar verdadeiramente determinado a não
mais cometer os pecados que confessou.
. 15 .
As escrituras dizem que a caridade
vem do coração puro (Tm 1,5)
A Missa é o ápice da nossa fé, o momento em que
somos convidados a nos unir ao grande sacrifício de
amor de Jesus Cristo na cruz. Assim como Abel, Sa-
lomão e Melquisedeque ofereceram sacrifícios a Deus
em um ato de profunda devoção, nós também somos
chamados a oferecer a Deus o nosso coração em amor
e gratidão.
. 17 .
a Ele em amor e gratidão, prometendo amá-Lo e servi-
-Lo com todo o nosso ser.
. 18 .
EXAME DE CONSCIÊNCIA
extraído do devocionário rumo à santidade
. 19 .
1. Amar a Deus sobre todas as coisas.
Se quis penetrar os mistérios da Fé com demasiada
curiosidade.
Se se demorou voluntariamente em alguma dúvida con-
tra a Fé.
Se zombou de coisas santas ou gracejou com elas.
Se se serviu de palavras da Sagrada Escritura para brin-
cadeiras.
Se falou sem respeito de Deus, dos Santos, ou com le-
viandade ou escárnio dos ministros do Senhor, das Ce-
rimônias da Igreja ou de outras coisas sagradas.
Se se deixou levar pelo desânimo nas aflições, securas
ou dificuldades; se alimentou pensamentos de tristeza;
se, por desconfiança do socorro divino, abandonou o
cuidado do adiantamento espiritual.
Se tem contado unicamente com as próprias for-
ças para o cumprimento de seus deveres, negligen-
ciando implorar o auxílio de Deus.
Se teve pouco cuidado em evitar os pecados ve-
niais, por presunção da misericórdia divina.
Se não tem amado a Deus de todo o coração e
acima de todas as coisas, fazendo pouco caso das
faltas pequenas, ou conservando uma afeição des-
regrada por alguma criatura.
Se tem descuidado de fazer de tempos em tempos
atos de fé, esperança e caridade.
Se tem sido negligente em preparar-se para a san-
. 20 .
ta Comunhão, e se se tem apresentado a ela com
um espírito indevoto e pouco recolhido.
Se tem ido se confessar sem nenhum sentimen-
to de contrição e de firme propósito, tranquili-
zando-se porque não tinha senão faltas leves para
acusar.
Se escondeu em Confissão algum pecado ou se
procurou falsas atenuantes para diminuir a gravi-
dade de sua culpa.
Se deixou de cumprir em todo ou em parte a Peni-
tência imposta pelo confessor, e qual foi a causa.
Se, estando na Missa, tem tido voluntariamente distra-
ções, especificando se foram numerosas, prolongadas, e
se era em domingo ou dia de festa.
Se, na igreja, ou em outros lugares santos, tem cometido
irreverências com risadas, palavras inúteis, olhares para
um lado e outro, posição pouco conveniente.
Se se descuidou em dirigir a intenção, em suas principais
ações, à glória de Deus, e se as tem feito sem reflexão,
sem nenhum motivo sobrenatural.
Se se tem esforçado em não reconhecer os desígnios de
Deus sobre si, com receio de ser obrigado a segui-los.
Se tem feito o bem por respeito humano ou se, pelo
contrário, pelo mesmo motivo, deixou de cumprir o seu
dever.
Se tem criticado os sermões dos pregadores, e se os nem
julgado por seu próprio espírito, aderindo-se mais aos
ornamentos da verdade do que à própria verdade.
. 21 .
2. Pecados contra o próximo
Se tem sido negligente em repelir os pensamentos de
suspeita ou juízo temerário.
Se tem tido aversão ou ódio de outrem, e se não fez es-
forços para dissipar este sentimento mau ou para amar
as pessoas que naturalmente desagradam.
Se tem julgado fácil e temerariamente os outros que têm
aversão por si, e acreditado que tal era a razão do seu
proceder para consigo.
Se se tem entretido voluntariamente ou por negligência
em sentimentos de rancor contra aqueles que o ofende-
ram.
Se teve desejos de vingança contra alguém, e se formou
a resolução de pô-los em execução.
Se tem censurado injustamente ou sem necessidade a
conduta do seu próximo, se se tem queixado dos pe-
quenos desgostos que recebeu dele, sobretudo se foi em
público.
Se a seu próximo tem dado repreensões amargas ou in-
justas, se lhe tem dito palavras ásperas ou sequer inju-
riosas.
Se só ou diante de outras pessoas tem-lhe dado sinais de
desprezo, se tem zombado dele em sua ausência, e se o
fez mesmo em sua presença.
Se fez algum mexerico, perturbando assim a boa harmo-
nia entre os outros, e por que motivo.
Se deu escândalo e como.
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m exame de consciência
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impuros; se leu, propositadamente e com malícia, algu-
ma coisa impura; se, com complacência, deu atenção a
conversas livres; se cometeu faltas contra o pudor.
Se tem sido muito aferrado ao seu próprio juízo, se sus-
tentou sua opinião com altivez ou contrariou com per-
tinácia os sentimentos do próximo.
Se teve vergonha de aparecer em público em companhia
de seus pais ou de pessoas de condição humilde.
Se não reprimiu imediatamente os ímpetos de cólera ou
impaciência.
Se cometeu atos de gula, bebendo ou comendo em ex-
cesso, por pura sensualidade, ou fora das refeições, sem
necessidade.
Se comeu, por sensualidade, coisas contrárias à saúde
ou, em tempo de jejum, coisas proibidas pelas leis da
Igreja.
Se por preguiça não se levantou à hora devida.
Se por comodidade deixou de cumprir deveres do seu
estado.
Primeiro Mandamento
Se tem omitido frequentemente suas orações cotidianas
por negligência.
Se se tem voluntariamente distraído em suas orações.
Se consentiu deliberadamente em dúvidas contra a Fé.
Se tem propositadamente deixado de ouvir a Palavra de
Deus.
. 24 .
Se tem guardado ou lido livros ou escritos hostis à reli-
gião.
Se tem falado contra a religião ou deixado de defendê-la
quando era seu dever.
Se tem criticado pessoas ou práticas eclesiásticas, ou
consentido que outros o fizessem em sua presença.
Se se tem deixado levar pelo desânimo.
Se tem murmurado contra as disposições da Divina Pro-
vidência.
Se tem seguido práticas supersticiosas, por convicção ou
por leviandade.
Se tem assistido a reuniões de espiritismo ou pedido e
usado remédios aconselhados pelos espíritas. Quantas
vezes?
Segundo Mandamento
Se tem pronunciado, por ira ou por leviandade, o nome
de Deus ou dos Santos.
Se tem o costume de proferir nomes santos sem justa
razão.
Se tem jurado falso.
Se tem jurado sem necessidade.
Se tem proferido maldições ou imprecações contra al-
guém, abusando ao mesmo tempo dos nomes de Deus
ou dos Santos.
Se tem travado conversas injuriosas a Deus, aos Santos e
às coisas sagradas (blasfêmias). Quantas vezes?
. 25 .
Terceiro Mandamento
Se tem faltado à Missa nos domingos e festas de guarda.
Por que motivo?
Se por sua culpa chegou tarde à Missa ou se se retirou
antes de ela ter acabado.
Se assistiu à Missa sem atenção.
Se se comportou mal na igreja.
Se tem trabalhado nos domingos e dias santos, sem para
isso ter necessidade.
Se obrigou outros a trabalhar. Durante quanto tempo?
Quantas vezes?
Quarto Mandamento
Se faltou ao respeito a seus pais ou superiores. Se chegou
a maltratá-los por palavras ou ações. Se lhes desejou o
mal. Se falou mal deles.
Se de propósito lhes causou tristeza, ou se deliberada-
mente os ofendeu. Se lhes faltou à obediência em maté-
ria grave.
Se cometeu faltas de caridade contra seus irmãos ou ou-
tros parentes.
Quinto Mandamento
Se tem injuriado o próximo.
Se se tem irado contra alguém.
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Se ofendeu propositadamente o próximo.
Se procurou ter rixas com os outros.
Se guarda ódio de alguém. Há quanto tempo?
Se entretém sentimentos de rancor e malquerença contra
alguém.
Se desejou mal a alguém.
Se chegou a fazer mal ao próximo, prejudicando sua saú-
de.
Se desejou a morte para alguém.
Se desejou a morte para si mesmo.
Se prejudicou propositadamente a própria saúde, por
desânimo, por desejo de morrer, por capricho ou para
subtrair-se às suas obrigações.
Se deixou faltar a seus doentes o trato necessário.
Se maltratou animais por gosto, por ira ou para se dis-
trair.
Se deu escândalo ao próximo. Ou se foi a causa de ele
pecar. Quantas vezes?
Se cometeu excessos na comida e bebida. Quantas vezes?
Se tem o vício de se embriagar.
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Se cantou ou escutou músicas sensuais.
Se as tem ensinado a outros.
Se tem lido livros ou escritos impuros.
Se tem olhado coisas desonestas com má intenção, por
curiosidade ou simplesmente por falta de vigilância.
Se tem tomado parte em divertimentos perigosos à pu-
reza: danças, filmes, programas de TV ou internet.
Se tem praticado ações impuras. Só ou com outros?
Se tem permitido que outros fizessem tais coisas consi-
go. Se tem circunstâncias especiais a acusar com relação
a estes pecados.
Na dúvida se alguma coisa é contra a virtude da pureza,
peça ao confessor que lhe dê os esclarecimentos neces-
sários.
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Se tem tido inveja.
Se tem saldado as suas contas e dívidas.
Se pagou aos seus empregados o salário justo.
Se retém bens que possui injustamente.
Oitavo Mandamento
Se tem mentido.
Causou dano a alguém com suas mentiras?
Tem divulgado sem necessidade as faltas e defeitos se-
cretos do próximo?
Se tem exagerado os pecados verdadeiros dele.
Tem-lhe atribuído faltas supostas? Tem resultado daí um
prejuízo notável para a reputação, para a fortuna do pró-
ximo?
Se tem permitido que outros falassem mal do próximo.
Tem escutado com gosto tais conversas?
Se tem semeado discórdia entre amigos por mexericos.
Tem tido suspeitas injustas ou juízos temerários?
Tem violado segredos de ofício? Segredos que lhe foram
confiados?
Resultaram da sua indiscrição prejuízos para o próximo,
quer na sua fortuna, quer na sua reputação?
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Se tem sido duro e sem caridade para com os pobres.
Se tem tido inveja.
Se tem-se alegrado com a infelicidade de outrem?
Se tem jejuado, nos dias de jejum propriamente dito.
Se tem observado a lei da abstinência nos dias prescritos
pela Igreja.
Tem faltado a seus deveres de estado, na qualidade de
esposo, pai ou mãe, superior ou súdito?
Que faltas cometeu no exercício de sua profissão?
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PARA A CONTRIÇÃO
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Ato para Excitar a Contrição
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mas particularmente depois da minha última Confis-
são, tanto aqueles de que me lembro, como todos os
de que não tenho memória nem conhecimento; eu os
detesto e deles me arrependo de todo o coração.
Depois da Confissão
Quão suave Sois, Senhor, para os que Vos procuram!
Quão grandes são o Vosso amor e a Vossa bondade!
Confio que pelos merecimentos infinitos de Vosso pre-
ciosíssimo Sangue já perdoastes os meus pecados. Posso
contar-me entre Vossos filhos! Oh! Dia feliz da minha
vida! Oh! Momento afortunado! Não permitais, Pai de
misericórdia, que eu me esqueça jamais deste inefável
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benefício. Proponho firmemente evitar o pecado, para
nunca mais perder a Vossa graça; abençoai, Senhor, este
meu propósito e fortalecei-me, para que nunca mais
torne a cair. Ó Maria, minha Mãe, rogai por mim e am-
parai-me. Santos e Anjos do Céu, intercedei por mim.
Amém.
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