Terapia de Casal

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Qualquer relação longa já passou ou irá passar por uma

crise. É natural. No entanto, saber reconhecer quando ela


acontece para poder agir é o que vai determinar o futuro
do relacionamento. Toda relação duradoura passam por fases
difíceis. Algumas destas crises são temporárias e fáceis de resolver,
enquanto outras chegam como uma tempestade. Deixam-nos sem
rumo e podem culminar com o rompimento da relação.
Muitas vezes, após uma discussão acalorada com o nosso parceiro, a
primeira pergunta nos vem à cabeça é "A relação está em crise?". É
normal ter este pensamento, visto que os casais em crise costumam
brigar muito. No entanto, as discussões frequentes não são o único
sinal de que a relação não está a correr bem. Há muitos outro.
 Perda da vontade de estarmos juntos
Em uma relação saudável, é natural que cada tenha os seus próprios sonhos,
desejos e planos independentes. No entanto, se o casal abandonou projectos
em comum, que antes geravam ilusão, para cada um focar na sua própria vida
pode ser um sinal de crise. Não encontrar tempo para desfrutar um do outro e
crescer juntos significa que a relação já não é uma prioridade.
 Críticas constantes: Se tudo o que o teu parceiro faz parece
errado e as críticas são constantes, pode ser uma forte indício de
que a relação está a atravessar um período turbulento. Um sinal da
crise dos dois anos, por exemplo, é o aumento das críticas. Isto
acontece porque é precisamente nesta fase da relação que deixamos
de idealizar a outra pessoa para o vê-la realmente é.
Elgoibar, P; Euwema, M; Munduate, L; (2017). Conflict Management. Oxford Research
Encyclopedias https://oxfordre.com/view/10.1093/acrefore/9780190236557.001.0001/
acrefore-9780190236557-e-5

Dreu, C. K. W., Beersma, B., Steinel, W., & Van Kleef, G. A. (2007). The Psychology
of Negotiation: Basic processes and principles. In A. W. Kruglanski & E. T. Higgins
(Eds.), Social psychology: Handbook of basic principles (2nd ed., pp. 608-629). New
York: Guilford Press.

Matthew Anderson Miller, Relationship Crisis Solutions for Couples with Problems:
Fresh and Innovative Solutions for Couples With Problems; Matthew A. Miller (2019)
Conversas superficiais: Se já não sois capazes de abrir o coração e falar de
questões mais profundas como costumáveis fazer, isso pode significar que
estais a afastar-se emocionalmente. Se conversas que antes fluíam agora
terminam com respostas abruptas de "sim" ou "não", é um sinal que já não
sois confidentes um do outro, e que a ligação está mais fraca.

4. Menos sexo
Não somos máquinas e cada casal passa por fases em que a frequência das
relações sexuais diminui (seja por causa da chegada de um bebé, seja por
causa da elevada carga de trabalho ou por qualquer outra razão que gera
stress). Isto é normal. Mas se os encontros sexuais deixaram de ocorrer e isto
se tornou a regra, pode ser um problema. O sexo cria uma profunda ligação
física e emocional que é muito importante para a união do casal.
Muitas brigas
Passada a fase de lua-de-mel, praticamente todo casal discute. No entanto, há
uma diferença enorme entre uma discussão saudável e uma destrutiva. Se nos
magoarmos mutuamente com desprezo, crítica e ficamos na defensiva, é
impossível manter a proximidade e o afecto.

Por outro lado, quando um casal não briga por nada, pode também ser um
indício de algo não vai bem. Ou uma das partes desistiu de lutar pela
relação ou há alguém dominante, que tem todas as suas vontades satisfeitas, o
que também não é nada bom.

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6. Queda dos momentos positivos partilhados
Comíeis toda semana em restaurante diferente e agora apenas jantais em casa
(e com os dois a olhar para os seus telemóveis)? Há quanto tempo não dais
uma escapadela de fim-de-semana? Ao reduzir a quantidade destes momentos
felizes a dois, também irá reduzir a qualidade da relação.

Para que a vida de casal funcione é preciso ter uma enorme


capacidade de solucionar os problemas. Conheça os desafios
mais comuns das relações e aprenda a superá-los.
Por mais saudável que seja a relação de casal, é inevitável que ela passe por
momentos turbulentos. No entanto, a chave para o sucesso de uma vida a dois
está relacionada com a nossa capacidade de resolver os desafios que surgem
ao longo do tempo. À continuação, explicamos quais são os problemas mais
comuns dos relacionamentos e como encontrar uma solução para cada um
deles.
1. Brigas frequentes
Seja qual for o motivo, brigar demais é stressante, contraproducente e pode
causar um enorme desgaste na relação. Além disso, se as discussões são
sempre geradas por temas recorrentes, é sinal de que o casal não está a ser

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capaz de resolver os conflitos. E isso faz com que as discussões sejam sempre
pelos mesmos temas.
Solução: uma estratégia simples para reduzir a frequência e intensidade das
brigas é fazer com que o foco não se concentre nas acusações mútuas, mas
sim nas soluções. Como cada um pode contribuir para melhorar a relação? É
também essencial eliminar a ideia de que o outro é responsável pela tua
infelicidade e frustrações. Não é. Se uma relação não vair bem, cada parte tem
50% de responsabilidade. Mudar a forma de abordar os conflitos é
fundamental para a manutenção da harmonia entre os dois.
2. Incertezas sobre o futuro
Um planeia crescer na carreira, enquanto o outro quer tirar um ano sabático.
Um quer ter filhos nos próximos dois anos, enquanto o outro ainda vive com
os pais. Muitas vezes, cada membro da relação tem um plano diferente e isso
gera incerteza sobre o futuro, levando alguns casais a romper o
relacionamento.
Solução: viver significa uma multiplicidade de oportunidades que se perderão
por termos tomado certas decisões. A vida não é multidireccional e não
podemos ter tudo. O casal pode concluir que é melhor seguir caminhos
diferentes, mas antes de chegar a esse ponto, há muitas maneiras de ajustar as
vontades de cada um para que os sonhos individuais se tornem realidade.
Issoo não significa que uma das partes tenha de sacrificar os seus desejos para
o bem da relação. Significa navegar juntos nos projetos, descobrir como se
pode trabalhar no mesmo barco e fazer as mudanças necessárias para que
ambos tenham a oportunidade de ser feliz.
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3. Relação difícil com os sogros
Este é um problema delicado, mas muito comum. No entanto, é importante ter
em mente que teu parceiro não escolheu os seus pais, tu também não.
Portanto, se não sentes nenhuma ligação especial com os teus sogros, não
desista da relação por causa disso.
Solução: ver a situação em perspectiva. A mãe do teu parceiro pode não ser o
génio do design de interiores, uma grande cozinheira, ou uma especialista em
literatura, mas tenta olhar além desses detalhes. Busca valorizar como ela
criou teu companheiro e como isso reflecte na forma como ele te trata. No
final, isso é o que realmente importa. Se o teu parceiro te faz feliz e se tem
muitas qualidades é porque os seus pais desempenharam bem o papel de criá-
lo. Por outro lado, se os pais dele forem realmente desrespeitosos ou hostis,
não tens a obrigação de conviver com uma família que não é a tua. Afasta-te,
mas não exijas que ele faça o mesmo.
4. Sensação de falta de atenção e afeto
Nnhuma relação tem o dever de preencher as nossas lacunas. O outro vem
para somar, mas devemos sempre manter o autocuidado e tentar não depender
do nosso parceiro para ser uma pessoa realizada.
Solução: porém, se es uma pessoa independente e sentes que o teu parceiro
não te presta atenção suficiente, é importante não ter medo de dizer como te
sentes e como gostarías ser tratada. Dizer "adoro quando me olha dessa
forma" ou "não sei o que fazer e a sua opinião é muito importante para mim"

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são alguns exemplos de como uma comunicação efetiva pode te ajudar a ter
o teu parceiro mais próximo sem que isso signifique discutir.
5. Discussões sobre dinheiro
Os problemas relacionados com a vida financeira e com a distribuição dos
gastos costuma gerar muitas brigas. Por isso, é essencial saber como resolvê-
los.
Solução: o primeiro passo é tentar detectar o problema subjacente. Pode ser
que o teu parceiro ganhe mais ou menos do que ti, ou que ele seja mais
conservador na hora de gastar o seu dinheiro e isso está a afectar a relação.
Depois de identificar o problema, é o momento de tentar encontrar um
equilíbrio onde ambos se sintam confortáveis com os gastos. Também é
importante reflectir sobre crenças antigas e arraigadas (e que não fazem muito
sentido) e tentar estabelecer novos padrões de comportamento financeiro.
Achas que o homem deve sempre ganhar mais do que o mulher, ou deve pagar
por tudo? Se a resposta for sim, talvez deva mudar alguns conceitos pessoais.
6. Pouco sexo
Em relações longas, especialmente se o casal viver junto, o sexo pode virar
raridade. Isso é normal e poucos casais mantêm a frequência sexual da fase do
início da relação. No entanto, quando o sexo é muito escasso e o casal não se
sente confortável com isso, é importante começar a trabalhar uma estratégia
para recuperar a vida íntima.
Solução: o casal precisa de fazer um esforço para reforçar o laço e procurar
ter experiências que favoreçam o contacto sexual. Ou seja, cultivar a relação

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fora da cama. É importante reservar tempo para a diversão juntos, para fazer
novas actividades e sair da rotina. Uma simples escapadela de fim-de-semana
pode ajudar a acender a chama da paixão. Também é indicado falar sobre
sexo, sobre fantasias e considerar quebrar tabus. Tenha em mente que
qualquer relação sólida requer trabalho árduo, mas no final o esforço vale a
pena.
7. O tempo que passam juntos
Afirmar se o tempo que passam juntos é o bastante é muito pessoal, mas
normalmente sabemos quando esse tempo é negligenciado. Muitas vezes, o
mais difícil é encontrar um equilíbrio, já que também é pouco saudável fazer
tudo em casal, pois se perde a individualidade.

Solução: se estás sempre ocupada com trabalho ou simplesmente não


consegues encontrar tempo para estar sozinha com o seu parceiro, é essencial
planear melhor a rotina a dois. Pode ser interessante reservar 30 minutos por
dia para fazer algo divertido juntos, como cozinhar um prato diferente, beber
uma taça de vinho, dançar ou ouvir música. Para que esse tempo seja de
qualidade, tenta fazer uma desintoxicação digital e defina um horário para
desligar os telemóveis, a TV e os computadores. Isso ajudará a redescobrir o
prazer de prestar atenção um no outro e conversar. Nos fins-de-semana, é
possível planear com antecedência alguma actividade agradável. Não espere
as férias para desfrutar dos bons momentos a dois.
8. A comunicação não é eficaz

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Não só nas relações, mas todos os nossos problemas podem ser resolvidos se
soubermos como nos comunicar bem. Por vezes, pequenos conflitos acabam
em um enorme problema devido às dificuldades de comunicação.
Solução: para estabelecer uma comunicação eficaz, é importante ser assertivo.
Isso significa transmitir ao outro de forma firme, respeitosa e empática aquilo
que se quer dizer. Evite gritar, censurar, ironizar ou mesmo agredir com o
silêncio. Esse tipo de comportamento destrutivo só irá afastar teu parceiro.
Por outro lado, ao praticar a assertividade, será possível expressar tuas
necessidades de forma inteligente e o teu companheiro certamente irá te
endender melhor.

O que é a terapia de casal?


A terapia familiar e de casal tem por base uma intervenção sistémica, onde se trabalha
em conjunto com os diferentes elementos de uma família, tendo em conta as constantes
relações e interacções estabelecidas entre todos.

Estas consultas pretendem potenciar as competências das famílias, contribuindo para o


bem-estar de todos os seus elementos; ajudar e apoiar as famílias, no sentido de lidarem
da melhor forma possível com os desafios, com os quais se deparam ao longo do seu ciclo
vital.

Um espaço próprio para que todos os elementos constituintes de uma família possam
expor nas sessões as suas necessidades, objectivos e expectativas, implicando-os
activamente no processo de mudança. Têm indicação para sessões de terapia de casal
e/ou terapia familiar situações como: divórcio/separação ou conflito do casal; dificuldades
ao nível da sexualidade do casal; dificuldades no desempenho dos papéis parentais;
conflitos com os filhos na infância, adolescência ou idade adulta; doença crónica;

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perturbações do comportamento alimentar; toxicodependência; doença mental, entre
outros.

A terapia familiar e/ou de casal poderá ser feita com um terapeuta com a devida formação
na área e poderá ser feita em qualquer fase do ciclo de vida familiar, independentemente
da idade dos membros da família, etnia, religião ou orientação sexual.

Em famílias com filhos em diferentes faixas etárias poderá ajudar na interação entre todos
os seus elementos, potenciando uma melhoria significativa do ambiente familiar.

As técnicas utilizadas pelos terapeutas variam com as características da família e com os


motivos que levaram a família a procurar este tipo de ajuda, tratando-se, geralmente, de
uma intervenção delineada a curto prazo.

Indicações para a “Terapia de Casal”


A terapia de casal, idealmente, requer a participação dos dois elementos, mantendo-se “a
porta aberta” para a entrada e saída de outros elementos no processo terapêutico. Podem
ser agendadas sessões com mais elementos da família, e sessões individuais, sempre de
acordo com o caso em questão e com os implicados no processo terapêutico tendo em
vista a melhoria do relacionamento e das interações.

A frequência de psicoterapia individual por um dos membros do casal, ou mesmo dos dois,
poderá acontecer em simultâneo com a terapia de casal. Os dois processos são
compatíveis e podem acontecer ao mesmo tempo. Cabe ao terapeuta, em conjunto com a
família, ir delineando as metas e os objectivos da intervenção, clarificando em conjunto
com os intervenientes os resultados alcançados.

Motivos para procurar a “Terapia de


Casal”
Os casais podem procurar terapia de casal por diversos motivos, no entanto, é frequente
que existam temas transversais e semelhantes nos pedidos de ajuda, nomeadamente:

Dificuldades na comunicação

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A terapia de casal poderá servir para potenciar a comunicação entre casais. As
interacções existentes por vezes são cíclicas, saturadas e pouco claras. Os ajustes das
expectativas de mudança de ambos os parceiros, são aspectos que são muito trabalhados
no decorrer da terapia.

Também pode ajudar a resolver as diferenças nas expectativas de ambos os parceiros.

As Crenças e os Valores
Quando são muito distintas, interferem enormemente no quotidiano familiar,
nomeadamente quando há filhos em comum. O ajuste das crenças e valores “do nós” na
formação de uma nova família.

Gestão e economia doméstica


Os problemas financeiros são uma grande fonte de conflito nos relacionamentos. A terapia
de casal pode ajudar a promover o diálogo aberto e a transparência em torno dos hábitos
da gestão e economia doméstica da família, potenciando um melhor entendimento do
casal a esse nível.

UM + UM = TRÊS
Em terapia de casal, 1+1 = 3, uma vez que a esfera individual de cada um dos membros
do casal deve ser tida em conta a par e passo com a coexistência de uma esfera conjunta
(o nós). Por vezes o equilíbrio e a coexistência da esfera individual com a esfera conjunta
(onde entram os filhos e o tempo passado em conjunto) não é fácil de alcançar.

O Nascimento e a Morte de um Filho


A entrada e saída de elementos de um sistema familiar, afecta drasticamente o seu
funcionamento e é um factor de stress significativo, na vivência familiar. É muito importante
que os casais recorram a apoio, a fim de minimizarem o sofrimento que, muitas vezes, não
é fácil de ser verbalizado e vivido em conjunto, sem o devido apoio.

A Incapacidade para ter filhos

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As situações de incapacidade para ter filhos são extremamente desafiadoras para os
casais. A intervenção em terapia de casal ajuda significativamente a potenciar a
comunicação e o entendimento dos sentimentos coexistentes por ambos os membros.

Trabalhar essas mesmas dificuldades ou um projecto de vida alternativo ao da


parentalidade, poderá ser o objectivo da intervenção terapêutica.

Famílias reconstruídas | “Os Meus, os Teus e os


Nossos”
A ajuda terapêutica poderá minimizar conflitos existentes na nova família e
consciencializar os seus membros, das lealdades existentes e na criação de novos laços
afectivos entre todos. Potenciar as competências da nova família e ajudar os grandes
desafios que o novo sistema familiar enfrenta.

Família de origem
A terapia de casal poderá potenciar a minimização dos conflitos existentes com outros
membros da família alargada, como pais, tios e avós. A repor lealdades e a compreender
que face aos laços previamente existentes, por vezes na criação da nova família, há
desafios que idealmente devem ser entendidos e aceites.

Sexualidade
A vivência de uma sexualidade pouco gratificante e algum afastamento provocado pela
falta de intimidade, é o que leva muitos casais a procurarem ajuda. A terapia poderá servir
para a delineação de estratégias favoráveis, potenciando a partilha de sentimentos e
necessidades, a fim de melhorar este aspecto importante e potenciador de bem-estar
individual e em casal.

Problemas de saúde
Qualquer questão que afecte a saúde física ou saúde mental de um elemento da família,
poderá causar e colocar os casais e as famílias em situações extremamente frágeis. A
terapia poderá ajudar a lidar com o stress que estas situações trazem no seio da vivência
familiar.

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Desigualdade de género na família
A ausência de partilha de tarefas em casa e na ocupação com as tarefas inerentes à
parentalidade, é um tema muito frequente e que é bastante reflectido em conjunto nas
consultas de terapia de casal. Muitas vezes a simples reflexão com casal sobre esse tema,
leva a que ocorram alterações significativas nas dinâmicas existentes, passando a existir
uma efectiva partilha de responsabilidades, quer seja com as obrigações familiares, quer
com as tarefas diárias e necessárias a ter em conta no dia-a-dia da família.

Entre outros…

Benefícios da “Terapia de Casal”


Existem vários benefícios associados à terapia de casal. Evidencio alguns…

 Melhoria significativa ao nível da comunicação no casal, e na família - A


terapia de casal pode ajudar o casal a comunicar de uma forma mais eficaz e
eficiente. Potenciar a expressão dos sentimentos, expectativas, medos,
prioridades, valores e crenças, de uma forma mais aberta e saudável, permitindo o
fortalecimento da relação. A terapia pode ajudar o casal a comunicar um com o
outro sem se atacarem ou culparem mutuamente.

 Encontrar soluções conjuntas para os problemas identificados na relação


conjugal - O terapeuta pode ajudar o casal a identificar soluções para os
problemas que provocam conflitos recorrentes, falta de confiança e afastamento
num casal.

 Resolução de conflitos - A terapia de casal pode ajudar o casal a identificar as


causas dos conflitos e a encontrar soluções viáveis para a resolução dos mesmos.

 Fortalecer a amizade e o vínculo afectivo - A terapia de casal pode ajudar a


fortalecer a amizade, o vínculo afectivo, a ligação e a intimidade no casal.

 Eliminar um comportamento disfuncional - Na Terapia podem ser identificados


comportamentos disfuncionais e o processo terapêutico servir como uma ajuda na
sua eliminação.

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 Melhorar a satisfação no relacionamento - A terapia pode ajudar a melhorar a
qualidade geral do relacionamento, para que exista uma maior harmonia na
vivência familiar.

 Entre outros…

Quanto tempo para a intervenção?


A duração de um processo de terapia de casal pode variar mediante vários factores,
sendo o número de sessões necessárias, muito difícil de conseguir ser previsto, no início
de uma intervenção terapêutica.

Cada família tem a sua especificidade e o seu ritmo para a resolução das problemáticas.
Por isso, o tempo de intervenção pode variar de família para família, conforme os motivos
que os fazem procurar a terapia e o tempo que demoram a colocar em prática as soluções
encontradas em conjunto para a minimização das angústias e problemáticas existentes.

Terapia de casal: quando procurar um psicólogo?


Relacionamento nem sempre é um mar de rosas, isso todos nós sabemos. Porém,
existem momentos em que buscar a ajuda de um psicólogo através da terapia de
casal pode ser o último recurso para salvar a relação e, até mesmo, evitar um divórcio.

Diante da necessidade de tratar questões que atrapalham a vida a dois, é preciso tentar
compreender o outro em suas particularidades e aprender a conviver com as diferenças
em harmonia, mesmo que isso seja algo tão difícil quanto necessário.
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Muitas vezes, a rotina e os problemas em família (filhos, finanças, trabalho…), somados
à falta de compreensão e de respeito pela individualidade do outro, fazem com que os
companheiros percam a capacidade de diálogo. Divergências de pensamento e
diferentes visões de mundo, quando muito acentuadas, podem acabar levando uma
relação à crise.

A terapia de casal pode ser considerada uma forma de acolhimento, num ambiente
neutro, onde o casal pode expor suas questões, desabafar e construir saídas para as
dificuldades e impasses.

Aquelas longas conversas, que comumente acabam em brigas e acusações, são


facilitadas através da psicoterapia. O psicólogo, então, passa a fazer o papel de
mediador, e de forma cuidadosa, elabora questionamentos e induz à reflexão,
permitindo que o casal saia da zona de conflito e parta para a busca de soluções.

As sessões costumam ocorrer semanalmente, mas dependendo do caso e das limitações


do casal – sejam elas financeiras, profissionais ou familiares – , também pode ser que os
encontros ocorram quinzenalmente.

– Mas, e quando o casal já atingiu um nível de desentendimento que não cessa nem
durante a terapia?

Nesse caso, o terapeuta pode sugerir que algumas sessões sejam realizadas
individualmente, para tratar questões pontuais e, só depois, voltar a reunir o casal para
dar continuidade à terapia em conjunto.

De todo modo, a terapia de casal é uma oportunidade de perceber que, diferente do que
se pensa, nem sempre há falta de comunicação, mas um jeito equivocado de se
comunicar.

Terapia de casal e suas técnicas

E este é um ponto importante sobre a dinâmica da terapia a dois: a tentativa de


desenvolvimento de um diálogo construtivo, com uma linguagem clara e respeitosa,
com a percepção de escolha do melhor momento e lugar para a conversa, do tom de voz
certo e, principalmente, com uma escuta atenta e jamais deslegitimando o sentimento e
as falas do outro.

Elgoibar, P; Euwema, M; Munduate, L; (2017). Conflict Management. Oxford Research


Encyclopedias https://oxfordre.com/view/10.1093/acrefore/9780190236557.001.0001/
acrefore-9780190236557-e-5

Dreu, C. K. W., Beersma, B., Steinel, W., & Van Kleef, G. A. (2007). The Psychology
of Negotiation: Basic processes and principles. In A. W. Kruglanski & E. T. Higgins
(Eds.), Social psychology: Handbook of basic principles (2nd ed., pp. 608-629). New
York: Guilford Press.

Matthew Anderson Miller, Relationship Crisis Solutions for Couples with Problems:
Fresh and Innovative Solutions for Couples With Problems; Matthew A. Miller (2019)
Infelizmente, o conceito de comunicação não-violenta ainda não está plenamente
desenvolvido, e sequer sua prática. E é muito comum entre casais essa violência verbal,
que é onde, geralmente, todo o conflito se inicia.

Por isso, a terapia se faz necessária como forma de mostrar que é possível comunicar-se
de forma positiva, já que este é um dos alicerces mais importantes do relacionamento.

Como saber quando é hora de procurar ajuda?


A falta de reconhecimento dos limites do outro, de empatia e de compreensão das
reivindicações do parceiro ou da parceira, acaba deflagrando conflitos graves, gerando,
inclusive, o adoecimento de uma ou de ambas as partes e até dos filhos, que
inevitavelmente presenciam as brigas e discussões.

Ao perceber que não é mais possível resolver os impasses apenas entre o casal, e que as
tentativas de manter o relacionamento estão prestes a se esgotar, pode ser o momento de
optar pela terapia.

odavia, a terapia de casal pode ser feita de forma preventiva, quando pequenos impasses
começam a surgir, ou pelo simples fato de o casal desejar conhecer mais a si e ao outro,
para que a relação siga saudável.

Pensando dessa forma, seria importante buscar a ajuda de um psicólogo ao identificar as


primeiras divergências, caso elas sejam repetitivas e importantes. Assim, pode-se evitar
brigas mais sérias, e um desgaste na relação que seja mais complicado e doloroso de
resolver.

O objetivo central, contudo, é auxiliar o casal a desenvolver sua comunicação através de


recursos próprios, a fim de lidar melhor com as situações problemáticas. A intenção da
terapia de casal é encaminhar o par para a construção da autonomia na solução dos
impasses, e jamais criar uma relação de dependência com o terapeuta, de modo que este
se torne o responsável pela resolução das questões.

Elgoibar, P; Euwema, M; Munduate, L; (2017). Conflict Management. Oxford Research


Encyclopedias https://oxfordre.com/view/10.1093/acrefore/9780190236557.001.0001/
acrefore-9780190236557-e-5

Dreu, C. K. W., Beersma, B., Steinel, W., & Van Kleef, G. A. (2007). The Psychology
of Negotiation: Basic processes and principles. In A. W. Kruglanski & E. T. Higgins
(Eds.), Social psychology: Handbook of basic principles (2nd ed., pp. 608-629). New
York: Guilford Press.

Matthew Anderson Miller, Relationship Crisis Solutions for Couples with Problems:
Fresh and Innovative Solutions for Couples With Problems; Matthew A. Miller (2019)

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