O documento descreve o movimento literário Arcadianismo no Brasil do século 18, que se inspirou nos ideais do Iluminismo e buscava uma linguagem simples e racional. Os principais poetas foram Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama, que exaltavam a vida pastoral e a natureza em oposição aos centros urbanos.
O documento descreve o movimento literário Arcadianismo no Brasil do século 18, que se inspirou nos ideais do Iluminismo e buscava uma linguagem simples e racional. Os principais poetas foram Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama, que exaltavam a vida pastoral e a natureza em oposição aos centros urbanos.
O documento descreve o movimento literário Arcadianismo no Brasil do século 18, que se inspirou nos ideais do Iluminismo e buscava uma linguagem simples e racional. Os principais poetas foram Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama, que exaltavam a vida pastoral e a natureza em oposição aos centros urbanos.
O documento descreve o movimento literário Arcadianismo no Brasil do século 18, que se inspirou nos ideais do Iluminismo e buscava uma linguagem simples e racional. Os principais poetas foram Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga e Basílio da Gama, que exaltavam a vida pastoral e a natureza em oposição aos centros urbanos.
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EREM JOAQUIM TÁVORA
DISCIPLINA: PORTUGUÊS (LITERATURA: ARCADISMO)
PROFESSORA: SANDRA Data: 03 / 09 / 2020 1º E
ARCADISMO • Pastoralismo: uso de pseudônimos de
pastores, dando mais verossimilhança à vida pastoril. ➢ O ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO • Retomada de temas greco-latinos: Movimento literário que valorizava a harmonia com a natureza e a simplicidade, Inutilia truncat (cortar o inútil): Segundo esse preceito, a poesia deveria abandonar a buscou inspiração na região lendária de Arcádia linguagem rebuscada, típica do movimento (Grécia antiga). De perfil conservador, buscava estético anterior, o Barroco. Deixando para restaurar as convenções da literatura greco- trás os paradoxos, antíteses e jogos latina. sintáticos da arte barroca, o arcadismo prezava por uma linguagem simples e clara. ➢ A EUROPA NO SÉCULO XVIII: SOB A LUZ DA Carpe diem (aproveitar o dia): Para os RAZÃO árcades, para que o homem atingisse a Iluminismo: movimento que tinha como plenitude, era necessário viver o presente, centro o homem e como mote a busca da “luz” que em harmonia com a natureza, como um o afastaria do obscurantismo. Teve como maior pastor de ovelhas ou um vaqueiro. A vida característica a Enciclopédia, que reunia os simples do campo e a possibilidade do ócio conhecimentos filosóficos e científicos adquiridos produtivo, ou seja, do respeito à necessidade até então. Rousseau, Montesquieu, Voltaire e de descanso para produzir grandes obras, Descartes foram nomes importantes no eram muito valorizados no neoclassicismo. Iluminismo. Fugere urbem (fugir da cidade): A cidade São características do Iluminismo: era vista, segundo a perspectiva dos árcades, como um espaço negativo, cheio de ilusões • Violentas perseguições religiosas _ católicos e conflitos, no qual o homem não poderia X protestantes. atingir sua plenitude. Por conta disso, seria • Grande impulso científico. necessário fugir do ambiente urbano. • Busca de explicações racionais. Locus amoenus (lugar ameno): Como uma Século das luzes (XVIII): marcado pela espécie de resposta ao preceito anterior ascensão da burguesia, pela Revolução francesa, (fugere urbem), o locus amoenus aponta pela queda do antigo regime e pela Revolução para o campo, espaço bucólico, como sendo Industrial, determinantes para o desenvolvimento o ideal para que o homem encontre sua das ideias filosóficas, políticas e sociais dos séculos plenitude, longe das ilusões e conflitos posteriores. criados pela cidade. Poesia árcade: tendo como cenário a vida Aurea mediocritas (equilíbrio do ouro): simples pastoril e a natureza, seus autores Segundo os escritores do arcadismo, uma combatiam o modo de vida aristocrático do antigo vida de luxo e ostentação, típica dos regime. ambientes urbanos, deveria ser evitada. O preceito Aurea mediocritas discorre O poema árcade foi um instrumento de justamente sobre essa visão de mundo, mudança social e, com sua simplicidade, alcançou apontando que os poetas deveriam exaltar o público em geral; também contribuiu para a uma vida simples, sem miséria ou riqueza, divulgação dos ideais iluministas. mas com equilíbrio. Características predominantes da produção (Fonte:brasilescolauol.com.br) literária árcade: • Racionalismo burguês: adoção de • Bucolismo: exaltação e idealização da linguagem direta, objetiva e clara, além de natureza como expressão máxima da vocábulos comuns e períodos curtos. beleza, em contraposição aos centros urbanos. ➢ ARCADISMO NO BRASIL Teve início em 1768, com o livro Obras poéticas, de Cláudio Manuel da Costa, e findou em 1836, com a primeira obra do Romantismo Os épicos árcades brasileiro, Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães. A épica árcade brasileira abriu caminho para No Século de Ouro proliferaram em Vila o nativismo dos textos românticos. Entre as obras Rica, cidade mineira, artistas e intelectuais que mais importantes estão O Uraguai, de Basílio da vinham de diversas regiões, impulsionados pela Gama, que narra a guerra entre portugueses e presença de profissionais do mercado do ouro. Eles espanhóis contra indígenas e jesuítas no Uruguai, e disseminavam a estética árcade e as ideias o épico Caramuru, de Frei José de Santa Rita iluministas. A cidade mineira tornou-se, então, Durão, com estrutura semelhante à de Os Lusíadas. centro de diversas rebeliões políticas, inclusive da Inconfidência mineira, que teve a participação de REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA alguns poetas. Ir além ENEM: resumos. 1ª edição, São Paulo, FTD, Essa escola literária teve como principais 2016. poetas Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Silva Alvarenga, Basílio da Gama e Frei de ➢ Poema de Cláudio Manuel Bandeira Santa Rita Durão. “Sou Pastor; não te nego; os meus montados São esses, que aí vês; vivo contente Cláudio Manuel da Costa Ao trazer entre a relva florescente • Maior representante da poesia A doce companhia dos meus gados; neoclássica. Ali me ouvem os troncos namorados, • Identificação com a cultura greco-latina e Em que se transformou a antiga gente; com o poeta classicista Camões. Qualquer deles o seu estrago sente; • Busca pela simplicidade. Como eu sinto também os meus cuidados. • O amor convive com a autorreflexão. Vós, ó troncos (lhes digo), que algum dia • Presença do melancólico, do sombrio, da Firmes vos contemplastes, e seguros desesperança e do sofrimento. Nos braços de uma bela companhia; • Transitoriedade e mutabilidade da vida e Consolai-vos comigo, ó troncos duros; das coisas. Que eu alegre algum tempo assim me via; • Emprego de metáforas, antíteses e E hoje os tratos de Amor choro perjuros.” inversões sintáticas. ➢ Poemas de Tomás Antônio Gonzaga Lira I (Marília de Dirceu) Parte I Tomás Antônio Gonzaga • É o mais conhecido poeta árcade da “Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, literatura brasileira. Que viva de guardar alheio gado; • Inspirou-se nos poetas em Camões. De tosco trato, d’ expressões grosseiro, • Dualidade crescente em sua produção Dos frios gelos, e dos sóis queimado. lírica, que culmina em uma tendência pré- Tenho próprio casal, e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; romântica. Das brancas ovelhinhas tiro o leite, Marilia de Dirceu Cartas chilenas E mais as finas lãs, de que me visto. (poesia lírica) (poesia satírica) Graças, Marília bela, O autor deixa clara a O autor satiriza o Graças à minha Estrela!” (...) transformação do seu governador da Lira XXXVII (Marília de Dirceu) Parte II olhar poético. Na Capitania das Minas primeira parte, a Gerais, Luís da Cunha “Meu sonoro passarinho presença da Menezes. Além de seu se sabes do meu tormento, simplicidade, um tom valor literário, a obra é e buscas dar-me, cantando, alegre e a esperança no um documento um doce contentamento, amor. Na segunda histórico sobre a vida parte, sentimentos social e política da Ah não cantes, mais não cantes, sombrios e região de Vila Rica. se me queres ser propício; melancólicos. eu te dou em que me faças muito maior benefício,” (...)