Cirurgia Infantil - Parte I
Cirurgia Infantil - Parte I
Cirurgia Infantil - Parte I
o Pâncreas anular;
o Pré-natal: USG (polidrâmnio + coto o Bridas de LADD;
esofágico dilatado); o Duplicação duodenal;
o Pós-natal: clínico (impossibilidade de o Veia porta anterior;
progredir a sonda);
• Apresentação clínica:
• Tratamento:
o Vômitos precoces e biliosos;
o Tratamento cirúrgico: ressecção da fístula
o Distensão abdominal discreta ou apenas
anastomose esofágica término-terminal;
em andar superior;
o Impossibilidade de anastomose T-T: tubo
• Diagnóstico:
gástrico ou esofagocolonplastia;
• Medidas clínicas pré-operatórias:
o Elevar o tronco;
o Sonda esofágica em aspiração;
o Nutrição parenteral + ATB amplo espectro;
• Complicações:
o Distúrbios de motilidade e DRGE (25-50%);
o Estenose (15-30%);
o Deiscência de anastomose (1-20%);
o Polidrâmnio materno;
o Traqueomalácia (8-15%);
o Sinal da dupla bolha (USG pré-natal e rx
Obstrução Duodenal após nascimento): altamente sugestivo de
• Costumam estar associadas à alterações obstrução duodenal;
cromossômicas (30%), especialmente a o Dupla bolha ao rx + ausência de gás no
síndrome de down; restante do intestino: fecha dx de atresia
duodenal;
• Tratamento: ▪ Obstrução baixa – grande distensão
gasosa;
Íleo Meconial
• Obstrução intestinal mecânica por mecônio
muito espesso impactado no íleo;
• Quadro obstrutivo praticamente exclusivo de o Rx abdome: inespecífico;
fibrose cística; o Distensão de alças de delgado;
• 80-90% têm diagnóstico de FC; o Pouco ou nenhum nível hidroaéreo;
• Apresentação clínica: o Imagem com aspecto de vidro triturado ou
o Não complicada: obstrução mecânica; bolhas de sabão;
• Tratamento:
o Substâncias hipertônicas por via retal
(gastrografina): sucesso de 75%;
o Cirurgia: ausência de resposta ao tto clínico
// sinais de perfuração; • Tratamento:
Doença de Hirschsprung
• Agangliose intestinal congênita: alteração da
inervação parassimpática do intestino;
• Segmento acometido torna-se aperistáltico e
espástico: fino e contraído;
• Segmento proximal à Agangliose: dilatado,
hipertrófico e espesso;
• Tipicamente, acomete o retossigmoide (80%);
• Apresentação clínica: Malformações Anorretais
o Sem eliminação de mecônio em até 48
• Anomalias da região perineal que vão desde
horas após o nascimento;
estenose anal a persistência de cloaca;
o Exame físico: fezes palpáveis no cólon, mas
• Mais frequentes:
ampola retal vazia // após o toque, pode
haver eliminação de fezes explosivas; o Meninos: ânus imperfurado com fístula
retouretral // ânus imperfurado com fístula
o Enterocolite: complicação mais temível e
retoperineal (cutânea);
pode levar a óbito (mais comum em RN e
lactentes com doença não corrigida: o Meninas: ânus imperfurado com fístula
retovestibular // ânus imperfurado com
▪ Febre;
fístula retoperineal (cutânea);
▪ Queda do estado geral;
• Em 60% dos casos está associada a outras
▪ Diarreia com odor pútrido; malformações congênitas – VACTERL;
▪ Hematoquezia;
• Apresentação clínica:
• Apresentação clínica: não tratados: o Anus impérvio: eliminação de mecônio
o Constipação intestinal crônica; ausente ou por fístula;
o Distensão abdominal;
o Déficit de crescimento;
o Peristaltismo visível de caráter progressivo;
• Diagnóstico:
• Tratamento: • Tratamento:
o Colostomia descompressiva imediata e o Envolver a Onfalocele com gaze ou
adiamento da correção definitiva da compressa umedecida morna;
anomalia; o Descompressão gástrica (SNG);
o Anorretoplastia sem colostomia; o Hidratação;
o O elemento que define a estratégia o ATB endovenoso;
cirúrgica é, basicamente, a altura da fístula; o Cirurgia: tratamento definitivo – redução
o Eliminação de mecônio pelo períneo: de conteúdo herniário quando há perda de
fístula baixa – Anorretoplastia; domicílio – silo protético;
o Eliminação de mecônio pela uretra ou
vagina: fístula alta – cirurgia em dois
tempos;
o Casos que não podemos identificar a
fístula: esperar 24h (até 48h) para que haja
eliminação de mecônio;
o Se impossibilidade de identificar a fístula
persistir: invertograma; o
o Invertograma: Wangesteen-rice;
Gastrosquise
▪ Distância do fundo cego-pele;
• Defeito da parede abdominal;
• Evisceração de conteúdo intra-abdominal;
• Paramediana direita: umbigo medial ao
defeito;
• Costuma ser inferior ao da Onfalocele (4 cm);
• Alças não são recobertas por âmnio ou
peritônio parietal: edema, espessamento e
aspecto borrachoso;
• Menos frequente com outras anomalias;
• Fígado não pode fazer parte do conteúdo
▪ < 1 cm: cirurgia em tempo único; eviscerado;
▪ > 1 cm: cirurgia em dois tempos;
Onfalocele
• Defeito da parede abdominal;
• Evisceração de conteúdo intra-abdominal
(fígado 30%);
• Linha média: altura do anel umbilical;
• Revestida por peritônio parietal e âmnio:
umbigo no ápice do defeito; • Diagnóstico diferencial:
• Também na Onfalocele: rotação intestinal
incompleta // pode haver perda de domicílio;
• Tratamento:
o Envolver a criança com bolsa plástica estéril
com soro aquecido;
o Descompressão gástrica (SNG);
o Hidratação;
o ATB endovenoso;
o Cirurgia: tratamento definitivo;