Exemplo - Relato de Experiência
Exemplo - Relato de Experiência
Exemplo - Relato de Experiência
Campus Brasília
Curso de Tecnologia em Processos Gerenciais
Brasília - DF
Outubro /2020
JOZIEL GARCIA FONSECA
Brasília - DF
Outubro / 2020
JOZIEL GARCIA FONSECA
BANCA EXAMINADORA
À minha esposa, Jozuleide, com alegria e amor.
Aos meus filhos, Laura, Leonel e Davi que dão
sentido ao meu dispertar diário. Aos meus pais,
que sempre me ensinaram a buscar e
compartilhar o melhor de mim.
Agradecimentos
Ao meu orientador, Dr. Luciano Pereira da Silva, que sempre me deu suporte ao que
lhe coube, pelas suas correções e incentivos.
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................................8
2 REFERENCIAL TEÓRICO ......................................................................................10
2.1 Gestão de Estoques ............................................................................................10
2.2 O funcionamento de um posto de combustíveis .............................................14
3 METODOLOGIA ......................................................................................................18
4 GESTÃO DE ESTOQUES DE INFLAMÁVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM
POSTO REVENDEDOR DE COMBUSTÍVEIS...........................................................19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................24
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................25
1 INTRODUÇÃO
1
Setor de indústrias e abastecimento.
9
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2
O Lote Econômico de Compras LEC ou Economic Order Quantity – EOQ, em inglês, foi criado por
Harris (1913) e aprimorado por Wilson (1934).
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ter conhecimento dos custos de compras, manutenção e gastos totais. A equação do
LEC, é dada por:
2 ∗ 𝑄 ∗ 𝐶𝐶𝑒
𝐿𝐸𝐶 = √ (1)
𝐶𝑀𝑒
3
Segundo Coelho (2010), para que o LEC seja considerado, algumas suposições precisam ser
atendidas, como: a demanda considerada é conhecida e constante; não há restrições quanto ao
tamanho dos lotes (os caminhões de transporte não tem capacidade limitada e o fornecedor pode suprir
tudo o que desejarmos); os custos envolvidos são apenas de estocagem (por unidade) e de pedido
(por ordem de compra); o lead time (o tempo entre o momento do pedido e a chegada do produto) é
constante e conhecido, e não é considerada a possibilidade de agregar pedidos para mais de um
produto do mesmo fornecedor.
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ambientais e de segurança do trabalho que estão atrelados a bens inflamáveis. Além
disso, é crucial que se conheça as normas técnicas aplicadas a este ramo.
Art. 2º: Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes definições:
I - Posto Revendedor-PR: Instalação onde se exerça a atividade de revenda
varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível
e outros combustíveis automotivos, dispondo de equipamentos e sistemas
para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos
medidores.
II - Posto de Abastecimento-PA: Instalação que possua equipamentos e
sistemas para o armazenamento de combustível automotivo, com registrador
de volume apropriado para o abastecimento de equipamentos móveis,
veículos automotores terrestres, aeronaves, embarcações ou locomotivas; e
cujos produtos sejam destinados exclusivamente ao uso do detentor das
instalações ou de grupos fechados de pessoas físicas ou jurídicas,
previamente identificadas e associadas em forma de empresas, cooperativas,
condomínios, clubes ou assemelhados.
III - Instalação de Sistema Retalhista-ISR: Instalação com sistema de tanques
para o armazenamento de óleo diesel, e/ou óleo combustível, e/ou querosene
iluminante, destinada ao exercício da atividade de Transportador Revendedor
Retalhista.
IV - Posto Flutuante-PF: Toda embarcação sem propulsão empregada para
o armazenamento, distribuição e comércio de combustíveis que opera em
local fixo e determinado (CONAMA, 2000).
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necessitando de bombas para a transferência de material líquido. Os postos também
necessitam dos tanques de combustíveis, que poderão ser subterrâneos ou aéreos,
além de um espaço para que haja a transferência, ou seja, a descarga do produto. Na
estrutura também é necessário a existência de um tanque que recolhe e estoca óleo
lubrificante (SANTOS, 2005).
A estrutura de um posto de combustível pode ser demonstrada conforme
disposto na Figura 1, a seguir:
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Entre os combustíveis que apresentam maior consumo, tem-se a gasolina, que
possui em sua constituição variados hidrocarbonetos, metálicos, enxofre e nitrogênio
sendo ainda misturados outros compostos para auxiliar para que o combustível traga
melhor desempenho. Quanto aos demais produtos, o diesel é mais pesado que a
gasolina, já o álcool, tem-se o etílico anidro, do qual é um dos compostos da gasolina
(tipo A), e, ainda se tem o etílico hidratado, ofertado nos postos de combustíveis. A
Agencia Nacional de Petróleo – ANP regulamenta a produção desse combustível no
país (SOUZA, 2011).
Portanto, além da venda de produtos em postos de combustíveis de revenda,
existe toda uma estrutura e processos normativos para a implementação de uma
unidade em determinada região. A NBR 13786/2009 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT, 2009) preconiza que a criação de posto em determinada
área será inicialmente recomendada quando for avaliado o ambiente ao redor,
observando um perímetro de 100 metros.
As preocupações com os riscos causados ao meio ambiente por um posto de
combustíveis têm se tornado frequente, uma vez que se observa que o mundo tem
passado por constantes transformações, mudando a qualidade de vida dos seres
vivos. O uso de combustíveis, por um lado, oferece maior praticidade na locomoção,
abastecendo automóveis e máquinas entre outros equipamentos, mas também causa
diversos impactos ambientais.
Visando a minimização dos problemas citados no parágrafo anterior, foram
criadas normas que regulamentaram as questões ambientais e sanitárias atreladas
ao funcionamento de postos de combustíveis. Nesse sentido, a Resolução CONAMA4
nº 273/2000, em seu Art. 4º, destaca que o órgão ambiental competente exigirá as
seguintes licenças ambientais:
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A resolução estabelece as condições de regularização dos empreendimentos que possuem
reservatórios e armazenamento de combustíveis quanto às medidas de gestão e licenciamento
ambiental das atividades desenvolvidas.
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Licença de Operação: autoriza a operação da atividade, após a verificação
do efetivo cumprimento do que consta nas licenças anteriores, com as
medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para
a operação. As atividades objeto do licenciamento são as de armazenamento
e abastecimento de combustíveis, bem como outras a elas relacionadas, tais
como lavagem de veículos, troca de óleo, lubrificação de veículos e serviços
administrativos relacionados. Não devem ser contempladas no licenciamento
outras atividades usualmente associadas a esses empreendimentos, como
lojas de conveniência (a menos que abrigue atividades correlatas ao
abastecimento de combustíveis), oficinas, restaurantes, lanchonetes,
estacionamento, garagem e outras atividades comerciais (CONAMA, 2000).
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3 METODOLOGIA
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4 GESTÃO DE ESTOQUES DE INFLAMÁVEIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM
POSTO REVENDEDOR DE COMBUSTÍVEIS
Com base nas informações do Posto J, obtidas in loco, foi visto que o quadro
de funcionários do estabelecimento é composto por 23 colaboradores, alocados em
funções de gerente, subgerente, trocador de óleo, serviços gerais e frentistas, e com
perfis comunicativos, ágeis e proativos. O horário de funcionamento da empresa é de
6h às 22h, todos os dias da semana.
O Posto J, tem suas licenças renovadas a cada 2 anos, devendo sempre
apresentar os projetos do posto: de incêndio ao Corpo de Bombeiros Militar – CBM e
de meio ambiente ao Instituto Brasília Ambiental - IBRAN. A última inspeção realizada
pelos órgãos citados anteriormente, validou a licença até o ano de 2022.
O gerente da organização tem exercício há 5 anos no posto e conta com 10
anos de experiência na área. Ele atua na parte financeira, gestão de estoques e com
recursos humanos, visando sempre resultados satisfatórios aliados a boas condições
de trabalho e práticas sustentáveis.
A gestão de estoques do Posto J é feita através da tiragem das médias diárias
que servem de subsídios para a elaboração de pedidos para os dias seguintes. A
empresa se empenha para obter mais lucros/clientes utilizando meios disponíveis
ofertados pelas distribuidoras, como os App’s, que são aplicativos para smartphones
que viabilizam a diminuição do valor do combustível para aqueles que o adquirem. As
inovações tecnológicas têm favorecido muito no crescimento da empresa.
O controle de estoque de combustíveis é feito por um sistema de medição e
monitoramento automático de combustíveis, no qual passa informações das
quantidades diárias de entrada e saída e pelo LMC que também faz o registro
diariamente para análises posteriores relativas a perdas.
Inicialmente, antes da descarga, é feito o cálculo da quantidade de combustível
que está dento do tanque antes da descarga e logo após uma avaliação em termos
monetários quanto ao valor do total contido. Posteriormente, os gestores fazem a
comparação da diferença com o volume de combustíveis que acabou de ser adquirido,
resultando assim, na diferença baseada nesse cálculo.
Outra forma de desenvolvimento deste processo seria a conferência do
caminhão tanque, em que se confere se está carregado com o combustível até uma
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linha sinalizadora, e, assim, é verifica a existência de diferenças. Em caso positivo, o
posto completa o nível do caminhão com sua própria bomba e posteriormente, faz a
contagem da diferença, emitindo nota fiscal para o distribuidor, o que pagará a
diferença do que foi incluído.
O primeiro caso, pelo sistema eletrônico, se mostra mais célere, sendo utilizado
o segundo caso, no caminhão, apenas quando há diferença no registro do combustível
dentro do caminhão. A segunda possibilidade também tem sua validade, pois alguns
postos no mercado ainda fazem a medição manual, porém é um método que pode
gerar riscos à segurança dos colaboradores. Com o uso do sistema, os gestores
obtêm um controle mais garantido do estoque, afastando possibilidade de fraudes,
desvio de combustíveis, pois oferta um relatório automático e preciso, quanto a
volume, temperatura, evaporação, entre outros.
Quanto à armazenamento de combustíveis, foi observado que o posto possui
seis tanques subterrâneos (Figura 2), localizados em suas adjacências. Sendo que
dois dos tanques é bi compartimentado e armazena gasolina aditivada e diesel s-10,
gasolina aditivada e etanol.
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possuem capacidade para 15 mil litros cada, totalizando 60 mil litros, fazendo com que
o posto tenha uma capacidade para 120 mil litros de combustíveis.
Sendo assim, a estocagem é feita em tanques subterrâneos, os quais
apresentam maior durabilidade por serem produzidos com materiais mais resistentes,
podendo vir a ser substituído entre 15 a 20 anos de uso, fazendo os testes de
estanqueidade a cada 2 anos que são obrigatórios no processo de requisição da
Licença de Operação (LO) junto ao IBRAN.
O controle de estoque desses tanques é feito de acordo com a demanda diária,
baseado em parte no cálculo do Lote Econômico de Compras, pois há dias em que a
saída de um produto é maior que os demais. Sendo assim, a aferição do LEC
possibilita que sempre haja um estoque de segurança para suprir a necessidade do
mercado, e além disso auxilia no processo de redução dos gastos com estoque.
A seguir, na Figura 3, são demostradas, graficamente, as principais demandas
de combustíveis do Posto J, para uma semana, desconsiderando efeitos sazonais.
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
domingo segunda terça quarta quinta sexta sábado
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outros produtos alimentícios, e com um escritório administrativo em que são
desenvolvidas as atividades de administração e gerenciamento.
A empresa conta com motoristas próprios para reabastecer os tanques, os
quais se deslocam diariamente até uma base, onde fazem as compras e aquisições,
diminuindo os riscos de entregas. A adequação da empresa ao uso de aplicativos e
softwares em dispositivos inteligentes, foi bem aceita pelos clientes haja vista que
proporcionam descontos nas vendas e promovem a fidelização.
Em suma, observou-se que o controle de estoque se mostrou rigoroso,
reconhecendo a necessidade da recontagem diária da demanda para que sempre seja
mantido um estoque de segurança, bem como para que se possa acompanhar e
mitigar possíveis incertezas geradas pelas mutações ocorridas no mercado de
combustíveis.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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6 REFERÊNCIAS
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HARRIS, F.W. How Many Parts to Make at Once. Factory, The Magazine of
Management, v. 10, pp. 135-136,152, 1913.
WILSON, R.H. A Scientific Routine for Stock Control. Harvard Business Review,
13, 116-128, 1934.
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