Estenose Lombar

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 10

CENTRO DE ENSINO TÉCNICO

Estenose Lombar

MANAUS – AM
2022
CENTRO DE ENSINO TÉCNICO

Alexsandro Vinhort

Ana Beatriz

Joisiane Cristina TRDM 01/21

ESTENOSE LOMBAR

Trabalho solicitado pelo módulo de


Procedimento de Coluna,
administrada pelo professor
Nicássio para obtenção de nota
parcial.

MANAUS – AM
2022
ESTENOSE LOMBAR: O QUE É

A estenose do canal vertebral lombar caracteriza-se pelo


estreitamento do espaço central da coluna que contém as raízes
nervosas na região lombar, composta por 5 das 33 vértebras da
coluna vertebral.

O estreitamento espreme (comprime) os nervos que se deslocam


através da parte inferior das costas para as pernas. O canal medular
percorre o centro da coluna vertebral e contém a medula espinhal e o
feixe de nervos que desce a partir da parte inferior da medula
espinhal na região lombar. A palavra lombar significa parte inferior e
estenose significa estreitamento. A diminuição do diâmetro do canal
vertebral, causado pelo aumento de estruturas ósseas e dos
ligamentos, denominado hipertrofia, causa a compressão das
estruturas nervosas lombares e pode resultar em vários sintomas.

Ao longo da extensão da medula espinhal estão os nervos espinhais.


Nervos espinhais emergem das laterais através dos espaços entre as
vértebras para conectar os nervos por todo o corpo. A parte do nervo
espinhal mais próxima da medula espinhal é chamada de raiz nervosa
espinhal. Devido à sua posição, as raízes nervosas espinhais podem
ser espremidas (comprimidas) quando o canal medular estiver
estreitado, causando a dor.

Estenose lombar da coluna vertebral é uma causa comum de dor


lombar em idosos, podendo também causar ciática. A estenose da
coluna vertebral também se desenvolve em pessoas de meia-idade,
que nasceram com um canal medular estreito.

Tipos

Pode ser dividida em primária (congênita), rara, que acomete cerca


de 9% dos pacientes, ou secundária (adquirida), relacionada ao
espessamento das estruturas que circundam o saco dural, que
frequentemente é observada em pacientes acima dos 50 anos e é a
causa mais comum de cirurgia da coluna em pacientes acima dos 60
anos de idade.

As 5 vértebras lombares são enumeradas de L1 a L5, e os espaços


intervertebrais onde estão os discos são denominados L1-2, L2-3, L3-
4, etc. Os espaços L3-4 e L4-5 representam os pontos de estenose
mais frequentemente observados.

A estenose lombar pode ser classificada também quanto à localização


do ponto de estenose, ou seja, no centro do canal vertebral
denominada central, ou lateral (foraminal), espaço ósseo por onde as
raízes nervosas emergem da coluna vertebral em direção às pernas.

Causas:

As causas mais comuns de estenose lombar da coluna vertebral


incluem osteoartrite, espondilolistese e espondiloses. Outras causas
incluem espondilite anquilosante e Doença de Paget do osso.

A degeneração da coluna vertebral é um evento diretamente


associado ao processo natural de envelhecimento do ser humano.
Sua incidência aumenta proporcionalmente ao aumento da
expectativa de vida da população. Na coluna vertebral saudável,
suas estruturas, vértebras, discos intervertebrais, articulações,
ligamentos, músculos, atuam de maneira sincrônica na absorção e
distribuição das cargas permitindo também mobilidade em seus
segmentos.

Com o passar do tempo, componentes fundamentais para estas


funções, como colágeno e água têm suas proporções alteradas nos
tecidos afetando as propriedades biomecânicas da coluna. Assim,
além do risco aumentado de protusões e herniações discais, tecidos
que circundam a dura-máter e as raízes neurais, em especial o
ligamento amarelo e as facetas articulares, tendem a aumentar e
hipertrofiar ocupando espaços anteriormente livres, comprimindo
estruturas nervosas.
A estenose lombar é uma doença dinâmica, ou seja, depende da
posição da coluna lombar. Em extensão, como ocorre quando
estamos em pé, o canal vertebral diminui de diâmetro naturalmente
pela posição e curvatura da coluna nesta posição. Por outro lado ao
sentarmos, ocorre a “abertura” do canal vertebral secundária à
retificação lombar. Isto explica muito da sintomatologia e o porquê de
muitos pacientes conseguirem na posição sentada submeter-se a
grandes e longos esforços como andar de bicicleta porém não
conseguem caminhar curtas distâncias quando em atitude ereta.

SINTOMAS:

Os sintomas de estenose lombar da coluna vertebral variam


dependendo dos nervos afetados. As pessoas podem sentir dor,
formigamento, fraqueza e redução dos reflexos em um pé ou perna.

A dor pode ser sentida em toda a região lombar e piorar ao endireitar


as costas (como ao andar ou se inclinar para trás) e ser aliviada ao se
inclinar para frente ou sentar, e pode percorrer uma ou ambas as
pernas.

A dor também ocorre nas nádegas, coxas ou panturrilhas ao andar,


correr, subir escadas ou até mesmo ao ficar de pé. A dor não é
aliviada ao ficar de pé, mas ao flexionar as costas ou ao se sentar
(embora o formigamento possa persistir). Subir ladeiras é menos
doloroso do que descer, devido à leve flexão das costas.

Em casos raros, a compressão repentina de uma raiz nervosa pode


causar a síndrome de cauda equina. Se a cauda equina (o feixe de
nervos que se estende a partir da região lombar) for afetada, o
controle da bexiga e do intestino pode ser perdido. A parte inferior da
perna pode ficar paralisada, e a sensação pode ser perdida na virilha
e em torno dela. Caso esses sintomas sérios se desenvolvam, será
necessário assistência médica imediata.

O caráter dinâmico da estenose lombar explica bem esta


característica. Na posição ereta (em pé) o canal vertebral terá a área
diminuída ao contrário do que ocorre na posição sentada, onde o
canal vertebral aumenta seu diâmetro.

Por se tratar de uma doença degenerativa de evolução arrastada, a


sintomatologia também possui caráter lentamente progressivo.
Inicialmente os pacientes apresentam dificuldade para caminhar
distâncias longas, sem dor ao repouso, o que com o passar do tempo
evolui para dores à caminhadas cada vez mais curtas até o momento
que o simples ato de ficar em pé esteja altamente limitado pela dor.

Diagnóstico:

•Avaliação de um médico

•Às vezes, exames de imagem, estudos eletrodiagnósticos ou ambos

Os médicos normalmente fazem o diagnóstico de estenose lombar da


coluna vertebral com base na dor característica. Durante um exame
físico, os médicos verificam a força e os reflexos da pessoa.

Os médicos podem solicitar outros exames se as pessoas tiverem


fraqueza ou dormência ou se seus sintomas tiverem duração superior
a seis semanas. Ressonância magnética (RM) e tomografia
computadorizada (TC) são exames de imagem que podem ajudar os
médicos a identificar anomalias da coluna vertebral que estão
causando a estenose lombar da coluna vertebral.

A ressonância magnética é o principal exame complementar nestes


casos pois além de apresentar a localização e possíveis causas da
estenose, permite uma avaliação abrangente dos tecidos que
circundam a coluna vertebral.

Exames dos nervos e músculos (exames eletrodiagnósticos), como


estudos de condução nervosa e eletromiografia, podem ajudar os
médicos a identificar a raiz nervosa espinhal afetada e a gravidade da
lesão.

Algumas doenças podem cursar com sintomas muito similares aos da


estenose lombar. Entre elas estão a claudicação vascular (obstrução
das artérias das pernas), neuropatias periféricas e artrose de outras
articulações dos quadris e joelhos. Os diagnósticos diferenciais devem
ser excluídos ou identificados em avaliação criteriosa destes
pacientes.

Tratamento:

O plano terapêutico deve ser individualizado para cada paciente e a


sintomatologia que apresenta. Exceto em casos de urgência que
apresentem déficit neurológico agudo e/ou progressivo, ou seja,
perda de força muscular importante ou alteração esfincteriana (perda
de controle da urina e das fezes), inicialmente preconizamos
abordagem menos invasiva possível, através de medidas
conservadoras como fisioterapia, hidroterapia, acupuntura e
tratamento medicamentoso.

Aqueles pacientes que apresentarem persistência dos sintomas de


dor e/ou limitação funcional, traduzida na limitação de mobilidade e
independência, são candidatos ao tratamento cirúrgico que consiste
quase sempre na descompressão do canal e forames, liberando os
tecidos neurais que pode, na minoria dos casos, ser associada a
artrodese da coluna.
Medidas para aliviar a dor:

Um a dois dias de repouso no leito pode aliviar a dor. Repousos mais


duradouros enfraquecem os músculos centrais (músculos abdominais,
que vão da parte inferior da caixa torácica até a pelve, músculos na
parte posterior da coluna vertebral e músculos nas nádegas) e
aumentam a rigidez, piorando assim a dor nas costas e retardando a
recuperação. É recomendado dormir em uma posição confortável, em
um colchão mediano. Pessoas que dormem de costas podem colocar
um travesseiro embaixo dos joelhos. Pessoas que dormem de lado
devem utilizar um travesseiro para apoiar a cabeça em uma posição
neutra (sem inclinar para baixo em direção à cama ou para cima em
direção ao teto). Devem colocar outro travesseiro entre os joelhos
com os quadris e joelhos levemente dobrados se isso aliviar a dor nas
costas. As pessoas podem continuar a dormir de bruços se for
confortável para elas.

A aplicação de frio (como bolsas de gelo) ou calor (como uma bolsa


térmica) ou a administração de analgésicos vendidos sem prescrição
médica (como paracetamol e anti-inflamatórios não esteroides
[AINEs]) podem ajudar a aliviar a dor. Medicamentos, como
gabapentina, que reduzem a dor no nervo, anticonvulsivantes ou
certos antidepressivos podem ajudar algumas pessoas. Se a dor for
intensa ou persistir, os médicos podem administrar injeções de
corticosteroides no espaço epidural (entre a coluna e a camada
externa do tecido que cobre a medula espinhal).

Fisioterapia e o alongamento suave dos músculos isquiotibiais depois


do aquecimento pode ajudar a aliviar os espasmos musculares.
(Consulte também Dor na região lombar: prevenção.)

Cirurgia

Quando medidas para aliviar a dor não são eficazes em pessoas com
estenose lombar, pode ser necessária cirurgia para aliviar a pressão
sobre a medula espinhal e nervos espinhais. Um procedimento
cirúrgico é chamado laminectomia lombar. Nesse procedimento, uma
pequena incisão é criada na pele ao longo dos ossos (vértebras) na
parte inferior das costas. Os músculos são separados e o osso fica
exposto. A porção da vértebra chamada “lâmina” é removida, tirando
a pressão da medula e dos nervos espinhais. Às vezes, quando é
necessário remover a lâmina de várias vértebras, as vértebras podem
ser fundidas com outro fragmento ósseo. Em alguns casos, a pressão
pode ser aliviada com apenas um orifício na lâmina, em vez de
removê-la por completo. Esse procedimento é chamado laminotomia
lombar. Tanto a laminectomia lombar quanto a laminotomia lombar
podem ser feitas através de pequenas incisões, o que diminui o
tempo de recuperação.

Prevenção:

Não há evidência científica na literatura médica atual de medidas que


previnam o desenvolvimento da estenose do canal vertebral. No
entanto a manutenção de equilíbrio e tônus muscular lombar e
abdominal através da prática regular de exercícios específicos atuam
na prevenção de sobrecarga mecânica das estruturas da coluna
vertebral, diminuindo sintomas de dor na região lombar e na coluna
vertebral como um todo.
Referência bibliográfica

https://www.msdmanuals.com/pt-
br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos,-articulares-e-
musculares/dor-lombar-e-no-pesco%C3%A7o/estenose-lombar-da-
coluna-vertebral

https://www.einstein.br/Pages/Doenca.aspx?eid=259

https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ortopedia/estenose-
lombar/

Você também pode gostar