V de Gowin Espermatogenese

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Escola Secundária Pinheiro e Rosa ANO LETIVO 2023/2024

Biologia 12º ano de Escolaridade/Turma C e D


Nome: Carolina Santos nº:6 Data: 11-01-2024
A professora:
Observações:
ATIVIDADE PRÁTICA – Observação de preparações definitivas de cortes de testículos ao microscópio ótico

DOMÍNIO CONCETUAL DOMÍNIO METODOLÓGICO

Teoria: Reprodução humana; espermatogénese Discussão/Conclusão: A espermatogénese é a


gametogénese masculina, em que ocorre a produção de
Princípios: Reprodução humana é o processo pelo qual os seres Em que consiste a
espermatozoides nos testículos (túbulos seminíferos) a partir das
Humanos produzem descendentes. Esse processo envolve a fusão espermatogénese? espermatogónias, que se inicia na puberdade. Este processo
de gâmetas masculinos (espermatozoides) e femininos (óvulos), pelo divide-se em quatro fases: multiplicação, crescimento, maturação
que é uma reprodução sexuada, para formar um zigoto, que se e diferenciação. A multiplicação começa na puberdade e continua
durante toda a vida do homem e caracteriza-se pelas divisões
desenvolve e dá origem a um ser humano. mitóticas das espermatogónias que são células que têm origem
Espermatogénese é o processo de formação de espermatozoides, que são nas células germinativas, depois destas sofrerem mitose. As
os gâmetas masculinos, nos testículos, mais especificamente nos túbulos espermatogónias podem dividir-se por mitose e dar origem a
outras espermatogónias ou podem dividir-se por mitose e dar
seminíferos. A espermatogénese inicia-se nas espermatogónias e, a partir da origem a outras células da linha germinativa. A fase do
puberdade, estas células dividem-se por mitose e por meiose até dar origem a crescimento é caracterizada pelo aumento do volume celular das
espermatozoides. Ao longo das 4 fases da espermatogénese (multiplicação, espermatogónias, devido ao aumento da quantidade de
substâncias de reserva, passando estas a designar-se
crescimento, maturação e diferenciação) é possível encontrar os diferentes
espermatócitos primários. Estas células entram depois em meiose,
estádios de desenvolvimento das células da linha germinativa nos túbulos seminíferos. onde começa a fase da maturação. Os espermatócitos primários
Este processo é fundamental para a reprodução humana. sofrem a primeira divisão da meiose e passam a designar-se
espermatócitos secundários que são células haploides com menor
Conceitos: Espermatogénese; gametogénese; células de Sertoli; espermatogónias;
volume que os espermatócitos primários. Estes vão sofrer a
espermatócitos primários; espermatócitos secundários; espermatídios; espermatozoides;
células de Leydig; gâmetas; multiplicação; crescimento; maturação; diferenciação; mitose; segunda divisão da meiose e passar a designar-se espermatídios
meiose; células diploides; células haploides. que são células haploides com uma forma alongada. Finalmente, a
fase da diferenciação inicia-se quando os espermatídios se
Metodologia
deslocam para o lúmen dos túbulos seminíferos e sofrem a
1. Observe nas diferentes ampliações a preparação definitiva de espermiogénese, que é um processo de diferenciação que
cortes histológicos de testículos. transforma os espermatídios em espermatozoides que são os
2. Tire uma fotografia da estrutura interna do referido órgão de gâmetas masculinos e são divididos em três partes (cabeça, peça
forma a visualizar os diferentes túbulos seminíferos e outra onde intermédia e flagelo). Para além destas células existem as células
seja possível visualizar as diferentes células da linha germinativa. de Sertoli e as células de Leydig que são essenciais para o
3- Proceda à legendagem das diferentes estruturas observadas. funcionamento da espermatogénese.
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Resultados:

Interpretação dos resultados:

1. Considerando o lúmen do túbulo seminífero, refira…

a. a designação das células existentes.

É no interior dos túbulos seminíferos que ocorre a espermatogénese. No lúmen destes túbulos encontram-se diversas células em diferentes estádios da
espermatogénese. Na periferia dos túbulos encontram-se as espermatogónias. Estas células sofrem depois um aumento do volume celular passando a
designar-se espermatócitos primários. Cada espermatócito primário sofre a primeira divisão da meiose dando origem aos espermatócitos
secundários. Posteriormente estas células dão origem aos espermatídios, depois de sofrerem a segunda divisão da meiose. Finalmente os
espermatídios deslocam-se até ao lúmen dos túbulos seminíferos e dão origem aos espermatozoides. Para além das células da linha germinativa,
existem células somáticas de grandes dimensões no interior dos túbulos seminíferos que se designam células de Sertoli.
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b. a ploidia das referidas células.

As células na espermatogénese passam por diferentes estádios e mudanças de ploidia (número de conjuntos de cromossomas de uma célula). As
espermatogónias são células diploides, ou seja, têm 2n=46 cromossomas. Os espermatócitos primários também são células diploides (2n=46
cromossomas). Os espermatócitos secundários, por resultarem da primeira divisão da meiose, que é reducional, são células haploides, ou seja, têm
n=23 cromossomas. Os espermatídios e os espermatozoides também são células haploides (n= 23 cromossomas). Finalmente as células de Sertoli
são diploides (2n=46 cromossomas).

c. As fases da espermatogénese já experimentadas por essas células, justificando a sua localização.

A espermatogénese é dividida em 4 fases. A primeira é designada de multiplicação. Esta fase começa na puberdade e continua durante toda a vida do
homem e caracteriza-se pelas divisões mitóticas das espermatogónias, sendo que apenas metade das espermatogónias passam para a fase seguinte.
A segunda fase é designada de crescimento. Esta fase é caracterizada pelo aumento do volume celular das espermatogónias, devido ao aumento da
quantidade de substâncias de reserva, passando estas a designar-se espermatócitos primários. A terceira fase é designada de maturação. É nesta
fase que ocorre a meiose. Os espermatócitos primários sofrem a primeira divisão da meiose e passam a designar-se espermatócitos secundários,
sendo que um espermatócito primário dá origem a dois espermatócitos secundários, e estes vão sofrer a segunda divisão da meiose e passar a
designar-se espermatídios, sendo que cada espermatócito secundário origina dois espermatídios. Finalmente, a quarta fase é designada de
diferenciação. Nesta fase os espermatídios deslocam-se para o lúmen dos túbulos seminíferos e sofrem a espermiogénese, que é um processo de
diferenciação que transforma os espermatídios em espermatozoides. A espermatogénese ocorre da periferia dos túbulos seminíferos para o lúmen dos
túbulos seminíferos, pois é daqui que os espermatozoides são enviados para o epidídimo. Assim as espermatogónias são as células que se encontram
na periferia dos túbulos seminíferos e já experimentaram a primeira fase da espermatogénese, os espermatócitos primários encontram-se logo a seguir
às espermatogónias, mais próximo do lúmen e já experimentaram a primeira e a segunda fase da espermatogénese, os espermatócitos secundários e
os espermatídios encontram-se a seguir aos espermatócitos primários e já experimentaram a primeira, a segunda e a terceira fase da espermatogénese
e, por último, os espermatozoides estão junto ao lúmen e já experimentaram todas as quatro fases da espermatogénese.

2. Descreva a estrutura dos testículos observados ao MOC.

As estruturas dos testículos que foram observadas ao MOC designam-se túbulos seminíferos. No interior destas estruturas podem ser observadas as
células da linha germinativa em diferentes fases da espermatogénese, sendo essas células designadas por espermatogónias, espermatócitos primários,
espermatócitos secundários, espermatídios e espermatozoides. Para além destas células podemos observar as células de Sertoli e o lúmen dos
túmulos seminíferos. Fora destes túbulos, nos espaços intersticiais entre eles, encontram-se as células de Leydig.
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3. Caracterize as diferentes células observadas, de forma a justificar a legenda atribuída.

Nos túbulos seminíferos existem diversos tipos de células que desempenham papéis específicos na produção de espermatozoides e no suporte ao processo
reprodutivo masculino. As espermatogónias são células que se formam a partir da puberdade e que têm origem nas células germinativas, depois de
sofrerem mitose. As espermatogónias podem dividir-se por mitose e dar origem a outras espermatogónias ou podem dividir-se por mitose e dar origem a
outras células da linha germinativa. Estas células originadas a partir das espermatogónias são os espermatócitos primários. Estes têm um volume celular
maior que as espermatogónias pois vão sofrer o processo de meiose. Depois de sofrerem a primeira divisão da meiose, os espermatócitos primários dão
origem aos espermatócitos secundários que são células haploides com menor volume que os espermatócitos primários. Depois estas células sofrem a
segunda divisão da meiose e dão origem aos espermatídios, que também são células haploides e têm uma forma alongada. Os espermatídios depois vão
em direção ao lúmen dos túbulos seminíferos onde vão sofrer espermiogénese e dar origem aos espermatozoides. Estas células são os gâmetas
masculinos e são divididas em três partes. A cabeça, que contém o material genético e onde se encontra o acrossoma que armazena enzimas essenciais na
fecundação, a peça intermédia, que contém mitocôndrias que produzem energia e finalmente o flagelo que permite que o espermatozoide se desloque.
Ainda no interior dos túbulos seminíferos existem as células de Sertoli, células somáticas de grandes dimensões, que desempenham um papel crucial na
nutrição, suporte e regulação das células que se encontram nos diferentes estádios da espermatogénese. Finalmente, nos espaços intersticiais entre os
túbulos seminíferos, existem as células de Leydig que produzem a hormona testosterona quando estimuladas pela hormona luteinizante (LH) da
hipófise.

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