Ldia10 Kit Ficha Duvidas 02

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Fichas sobre dúvidas de sintaxe habituais

Distinguir classes e subclasses de «que»

A palavra «que» pode corresponder a:


• um determinante interrogativo, se especifica um nome, numa frase interrogativa;
• um pronome interrogativo, se introduz uma frase interrogativa, sem determinar um nome;
• um pronome relativo, se retoma um antecedente e desempenha, na oração em que ocorre,
uma função sintática (a mesma que o antecedente desempenharia na mesma posição);
• uma conjunção subordinativa completiva, introduzindo uma oração subordinada substan-
tiva completiva (que assume funções sintáticas próprias de grupos nominais, com maior
frequência, complemento direto e sujeito, e que pode ser substituída pelo pronome «isso»);
• uma conjunção subordinativa comparativa, introduzindo o segundo termo da compara-
ção que é iniciada na oração subordinante;
• uma conjunção subordinativa consecutiva, introduzindo a consequência do que é expresso
pela oração subordinante;
• uma conjunção subordinativa causal, estabelecendo uma relação de causa com o que
se refere na oração subordinante.

Associa a palavra «que» usada nas frases da coluna A à classe e subclasse que lhe corres-
pondem na coluna B.

Coluna A Coluna B

(A) Os passageiros que viajavam no comboio das oito 1. Determinante interrogativo


sofreram as consequências do atraso.
2. Pronome interrogativo
(B) O funcionário informou que chegariam daí a uma hora.
3. Pronome relativo
(C) O cansaço dos viajantes era tanto que muitos
adormeceram. 4. Conjunção subordinativa
completiva
(D) Que lhes irão dizer, quando finalmente chegarem?
5. Conjunção subordinativa
(E) Devemos sempre considerar esta possibilidade, que os comparativa
atrasos acontecem…
6. Conjunção subordinativa
(F) A viagem foi mais longa do que a de Vasco da Gama à consecutiva
Índia!
7. Conjunção subordinativa
(G) Que razão terá motivado a demora? causal

Identifica as frases em que «que» é uma conjunção subordinativa completiva.


(A) Desejava intensamente que todos me compreendessem.
(B) É notável que diversos músicos componham obras fenomenais em diferentes estilos.
(C) A reportagem sobre a nossa escola que foi transmitida ontem foi realmente interessante.
(D) O empenho de todos foi tão importante que mereceu uma recompensa do chefe.
(E) Todos os estudos realizados permitem confirmar que a vacina é segura.
(F) Que relatório leste a propósito da última experiência?
Distinguir classes e subclasses de «que»

Lê no texto.

É importante começar por dizer que sonhar não é nenhum privilégio dos humanos, já que os
restantes mamíferos também sonham. […] Diz-se que os répteis, muito provavelmente, também
sonham, já que têm no seu sistema nervoso o sítio onde está o aparelho dos sonhos. […]
Os sonhos são a prova de que o cérebro nunca para, nunca deixa de trabalhar, nem mesmo
5 de noite, quando estamos a dormir. […]
Às vezes, ouço dizer que o cérebro é o computador do nosso corpo, e acho um disparate!
O nosso cérebro é muito mais inteligente e complexo do que um computador! […]
Sabemos hoje que sonhar é importante para a saúde do nosso cérebro. Se se impedir uma
pessoa de dormir durante uns dias, ela vai adoecer com dores de cabeça e visões, fica
10 confusa. O mesmo acontece se a impedirmos de sonhar.
E há sinais físicos que mostram que estamos a sonhar. É quando, por exemplo, os nossos
olhos, debaixo das pálpebras, começam a agitar-se em movimentos rápidos. De 80 em 80 minu-
tos, o nosso cérebro põe-se a sonhar. […]
A Humanidade sempre se preocupou com os sonhos, tentando perceber o seu signifi-
15 cado. Há textos chineses e de outras culturas milenares que procuram chaves para os decifrar.
No século passado, o assunto foi muito estudado em Viena de Áustria e desde então muito se
avançou no conhecimento do funcionamento cerebral. Hoje em dia, estamos convencidos de
que os sonhos existem para não acordarmos.

MARMELADA, Luciano Carvalho, 2013. «Como é que os sonhos nos vêm à cabeça?».
In Trocado por Miúdos. Porto: Porto Editora (pp. 97-100)

Em cada um dos itens, seleciona a opção correta.


3.1. A primeira palavra «que», usada na linha 1, é uma conjunção
(A) subordinativa causal. (C) subordinativa comparativa.
(B) subordinativa consecutiva. (D) subordinativa completiva.

3.2. As palavras «que» usadas no terceiro parágrafo são


(A) conjunções subordinativas completivas, em ambos os casos.
(B) uma conjunção subordinativa completiva e uma conjunção subordinativa compa-
rativa, respetivamente.
(C) um pronome relativo e uma conjunção subordinativa completiva, respetivamente.
(D) um pronome relativo e uma conjunção subordinativa consecutiva, respetivamente.
3.3. As palavras «que» presentes em «E há sinais físicos que mostram que estamos a
sonhar.» (l. 11) são
(A) pronomes relativos, em ambos os casos.
(B) conjunções subordinativas completivas, em ambos os casos.
(C) um pronome relativo e uma conjunção subordinativa completiva, respetivamente.
(D) uma conjunção subordinativa completiva e uma conjunção subordinativa causal.
3.4. A única passagem em que «que» não é uma conjunção subordinativa completiva é
(A) «de que o cérebro nunca para» (l. 4).
(B) «que sonhar é importante para a saúde do nosso cérebro.» (l. 8)
(C) «que procuram chaves para os decifrar» (l. 15).
(D) «de que os sonhos existem para não acordarmos» (ll. 17-18)
Soluções

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Distinguir classes e subclasses de «que»


1. (A) 3.; (B) 4.; (C) 6.; (D) 2.; (E) 7.; (F) 5.; (G) 1.
2. (A), (B), (E).
3.1. (D); 3.2. (B); 3.3. (C); 3.4. (C).

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