Apostila Adoracao
Apostila Adoracao
Apostila Adoracao
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Introdução …………...…….....…………….......……………...…..……….02
Capítulo 1.......................................................................................................03
Capítulo 2.......................................................................................................06
Capítulo 3.......................................................................................................10
Capítulo 4.......................................................................................................15
Referências Bibliográficas.............................................................................19
Introdução
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“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento” (Mt 22:37)
Deus criou o homem para ser um adorador, ainda que muitos infelizmente, não
cumpram o propósito de adorá-lo, estão sempre pré dispostos à adorar alguma coisa,
pessoa ou outro deus.
O Senhor Jesus declarou que o primeiro grande mandamento é adorar ao Deus
Todo-Poderoso.
Portanto, o alvo desta classe é leva-lo a reconhecer e aprender que você foi
planejado por Deus para a Sua adoração.
A adoração, reconhecida e praticada por todos os crentes, é um dos propósitos
necessários à vida da igreja local. Embora o princípio da adoração seja valorizado na vida
espiritual do crente, sua conceituação e prática muitas vezes apresenta algumas distorções,
mitos e paradigmas antigos.
Assim, o objetivo deste curso é refletir sobre o tema e a prática da adoração, tendo
como base alguns conceitos bíblicos de adoração e a visão de igreja dirigida por propósitos.
Boa Aula!
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Capítulo 1
“Tu criastes todas as coisas, e é para o teu agrado que elas existem e foram criadas”
(Ap 4:11)
No instante em que você nasceu neste mundo, Deus estava lá como testemunha
invisível, sorrindo ao assistir seu nascimento. Ele quis que você vivesse, e sua chegada
lhe deu enorme prazer. Deus não precisava criar você, mas escolheu criá-lo para a
satisfação dele. Você existe para benefício, glória, propósito e prazer de Deus. A Bíblia
diz em Ef 1:5 que “Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de
Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade”.
Dar prazer ao coração de Deus é o que se chama “adorar”. A Bíblia diz no Sl 147:11
que “O Senhor se agrada somente daqueles que o adoram e confiam em seu amor”.
Muitas pessoas imaginam que adoração é somente cantar, orar e ouvir uma mensagem .
Outras imaginam um cerimonial, ceia, ou talvez imagine curas, milagres e experiências
arrebatadoras. Certamente que adoração pode incluir esses elementos, mais vai muito
além dessas manifestações. ADORAÇÃO É UM ESTILO DE VIDA.
Adoração é muito mais do que música. Para muitas pessoas adorar é apenas um
sinônimo de música. Por exemplo: em todos os momentos do culto em uma
igreja há um ato de adoração: a oração, a leitura da Bíblia, os cânticos, a
declaração de fé, o silêncio, manter-se quieto, ouvir uma pregação, tomar notas,
ofertar, saudar os irmãos, etc. Portanto, adoração é muito mais do que música.
Adoração é muito mais do que um estilo musical. Adoração não tem relação
com estilo, volume ou andamento da música. Deus ama todos os tipos de música
que glorificam o seu nome, porque foi Ele quem inventou todas: rápidas e
lentas, altas e suaves, antigas e modernas. É provável que você não goste de
todas mas Deus gosta! Se ela é oferecida a Deus em Espírito e em Verdade,
então é um ato de adoração.
A Adoração não é para nosso benefício. A adoração não é para você é para
Deus, é evidente que existem benefícios na adoração para você, mas nós não
adoramos para a nossa satisfação. Nossa motivação é glorificar e agradar ao
nosso Criador.
No capítulo 29 de Isaías, Deus reclama de uma adoração sem entusiasmo e
hipócrita. As pessoas estavam oferecendo a Deus orações insípidas, louvores
fingidos, palavras vazias e rituais artificiais sem que seu significado fosse
levado pela consideração. O coração de Deus não é tocado pela tradição na
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adoração, mas pela paixão e pelo empenho. A Bíblia diz em Isaías 29:13: “Esse
povo se aproxima de mim com a boca e me honra com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim. A adoração que me prestam é feita só de regras
ensinadas por homens”.
A adoração não é parte de sua vida; ela é a sua vida. Você não deve adorar a
Deus somente nos cultos na igreja, pois a Bíblia diz no Sl 105:4 : “Procurem a
ajuda do Senhor; estejam sempre na sua presença” e “Cantem glórias e louvem
ao Senhor desde o nascer até o pôr do sol” (Sl 113:3).
Na Bíblia as pessoas louvavam a Deus no trabalho, em casa, na batalha, na
prisão e até mesmo na cama! Louvar a Deus deveria ser sua primeira atividade,
assim que abrisse os olhos pela manhã, e a sua última atividade , ao fechá-los à
noite. Davi disse: “Eu agradecerei ao Senhor o tempo todo. A minha boca
sempre o louvará” (Sl 34:1) . Cada atividade pode ser transformada em um ato
de adoração, quando você a faz para louvar, glorificar e agradar a Deus (I Co
10:31).
O OBJETIVO DA ADORAÇÃO
Um dos nossos objetivos de vida é fazer Deus sorrir. Mas o que faz Deus sorrir?
Deus sorri quando usamos nossas habilidades. Deus quer que venhamos usar
nossas habilidades para seu louvor, qualquer coisa que você faça com exceção
do pecado pode ser feita para glória de Deus (I Co 10:31).
A ESSÊNCIA DA ADORAÇÃO
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“Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se
ofereçam completamente a Deus como um sacrifício vivo, dedicado ao seu serviço e
agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer a Deus” (Rm
12:1 NTLH)
O ato de rendição pessoal é conhecido de muitas formas: consagração, fazer de Jesus o seu
Senhor, carregar a cruz, morrer para si próprio, submeter-se ao Espírito Santo. O que o
Senhor Jesus quer de fato é a sua vida, ou seja, 100% dela. Saiba que 95% não é suficiente
para Ele.
Portanto, render-se não é resignação passiva, fatalismo ou desculpa para a preguiça.
Significa sacrificar a vida ou sofrer, a fim de mudar o que precisa ser mudado, Deus
freqüentemente chama pessoas que se entregaram a Ele, para batalhar em Seu nome;
render-se não é para covardes ou subservientes. Render-se não é suprir a própria
personalidade; Deus quer utilizar sua personalidade singular. Em vez de diminuí-la, render-
se a aprimora.
A rendição não é um trabalho fácil, mas árduo, é uma intensa guerra contra a nossa
natureza egoísta.
A Benção da rendição.
Quando você se rende a Deus o maior beneficiado é você mesmo. Veja abaixo as bênçãos
que aquele que se rende a Deus recebe:
Render-se a Deus é a única maneira de viver , nada mais funciona, pois como Stanley Jones
disse: “Se você não se rende a Cristo se rende ao caos”.
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Capítulo 2
OBSTÁCULOS A ADORAÇÃO
Atitude incoerente
Exterioridades e tradicionalismo
Rotina
Mundanismo
Pecados não confessados
Desinteresse
Ingratidão
Preguiça
Negligência
5. Deus requer que sejamos sensíveis aos temores, às necessidades e dúvidas dos sem-
igrejas quando eles estão presentes em nossos cultos (I Co 14:23; 10:32; Cl 4:5).
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7. É melhor especializar seu culto de acordo com seu propósito. Ex: O propósito da
IBAV é tornar o culto de Domingo evangelístico, a fim de atrair os sem-igreja.
11. No culto ocorre um grande processo de comunicação entre Deus e as pessoas (Is
6:8).
Formas de comunicação: verbal, visual e musical.
12. Podemos adorar a Deus com outras expressões artísticas, além das formas musicais.
A música porém é um elemento muito importante na celebração. Ela sensibiliza o
coração das pessoas, preparando-as para a mensagem. Não podemos subestimar o
potencial das artes no culto a Deus.
13. O culto evangelístico deve ser encarado como adição ao evangelismo pessoal, não
como substituto.
14. É necessário que existam crentes maduros e com coração aberto para realizar um
culto voltado para os sem-igreja e se alegrar (I Co 14:19,20).
Há uma tensão entre “serviço” e “servir-nos” (Mt 20:28)
EFEITOS DA ADORAÇÃO
Se alguém nos perguntasse a razão dos cristãos passarem tantas horas preciosas sentados
nos templos, cantando, orando e ouvindo mensagens, teríamos uma resposta fácil: Deus
ordena que O adoremos. À luz do preço infinito da salvação pago na cruz, todo sacrifício de
tempo, dinheiro e esforço físico sempre será pequeno. A gratidão dos filhos de Deus pela
adoção e co-herança com Cristo não permite medir esforços. Adoramos a Deus porque
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amamos e cremos firmemente que Ele deseja nossas fracas tentativas de expressar nossas
ações de graça e dedicação.
Mas, adorar tem um valor extra. Com muita razão, um escritor desconhecido disse: “A
adoração transforma o adorador na imagem do deus diante do qual ele se curva”. Esta
conseqüência precisa ser cuidadosamente focalizada.
Se alguém fizer do dinheiro seu deus, para ele as pessoas serão desvalorizadas em prol da
ganância. Paulo advertiu Timóteo: “Os que querem ficar ricos caem em tentação e
cilada...as quais afogam os homens na ruína e perdição” (I Tm 6:9).
Se uma outra pessoa tiver a saúde e o bem-estar do corpo como seu deus, ela trocará o culto
cristão por uma praia, montanhas, clubes. Suas economias financiarão a compra de
vitaminas e alimentos sadios. Livros que orientam os leitores acerca de cuidados com o
corpo físico substituirão a Bíblia. Os adeptos desta forma de pensamento mudarão assim a
afirmação do apóstolo Paulo: “O exercício físico para tudo é proveitoso, mas a piedade para
pouco é proveitosa...” A verdadeira afirmação do apóstolo em I Tm 4:8 diz: “O exercício
físico é de pouco proveito; a piedade, porém, para tudo é proveitosa, porque tem promessa
da vida presente e da futura”.
Se alguém elevar sua família ao trono supremo e perante ela se curvar, certamente será
despedaçado pelas vontades divergentes e conflitantes que ali florescerão. Não foi apenas
de forma teórica que Jesus declarou: “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mt 6:24).
Qualquer que seja o deus que cultuamos, dele aprenderemos como viver. Assim, J.B.
Philips alerta-nos para os efeitos de uma adoração voltada para um “senhor” deste mundo.
Uma vez que a maioria das pessoas não adora ao Deus verdadeiro, não é de admirar que os
valores da palavra de Deus sejam deturpados.
Todavia, à medida que a adoração é verdadeira e oferecida pelo Espírito ao único Deus,
haverá efeitos provocados pelos benefícios dessa comunhão. Eis alguns:
3 – Santificação. O terceiro efeito notável que o contato com Deus produz é a busca da
santificação. O resultado da íntima comunhão com Deus cria o desejo de colocar a honra de
Deus acima da própria segurança física. ªW.Tozer disse: Torna-se mais desejável ser santo
do que ser feliz”.
4 – Visão Transformada. O homem que normalmente vive na presença do único Deus terá
sua visão do mudada. Aos poucos, enxergará tudo do ponto de vista divino.
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6 – Preocupação com a Alegria de Deus. Um efeito deve ser almejado acima de todos os
outros. Diz respeito a Deus, não principalmente a nós. Deus procura verdadeiros adoradores
que O glorifiquem. Se O adorarmos de acordo com suas normas, ele se alegra “Porque dele
e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente” (Rm
11:36).
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Capítulo 3
“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento” (Mt 22:37)
1. Adoração é um propósito bíblico que deve ser alvo de todo crente, em qualquer
ministério.
(Ef 1:5,6; 1:12; Jo 4:23,24)
2. A adoração deve ser um meio de atrair para Deus pessoas sem igreja.
(Sl 40:3; 96:2,3; Cl 4:5)
3. Adoração é uma ferramenta que, orientada pelos dons do Espírito, traz edificação
para o corpo de Cristo.
(Ef 4:11,12; I Co 14:12, 12:4-7)
4. OS CINCO PROPÓSITOS
Círculos de Compromisso
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a. Comunidade: sociedade não cristã.
b. Multidão: os que vêm ao culto regularmente.
c. Congregação: os membros.
d. Comprometidos: os que assumem compromisso com a maturidade.
e. Núcleo: os que são ativos em ministérios.
“Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa
espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a
Deus, por meio de Jesus Cristo” (I Pe 2:5)
Cultuar é:
Culto é:
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1. Ministério e comunicação: o adorador serve dedicando-se ao Senhor através de um
grande processo dialógico, ou seja, ele fala com Deus e Deus fala com ele,
corrigindo-o, transformando-o e entregando-lhe novos desafios.
2. Essencialmente a celebração dos atos de Deus na história: criação, providência,
intercessão, cruz, ressurreição, etc.
3. Sinônimo de vida. O culto não pode estar limitado a rituais, credos e sacramentos. O
culto acontece quando percebemos a presença de Deus em nossa vida e a ela
reagimos.
4. Diálogo, ação de Deus e resposta de nosso coração. Durante o momento de
adoração no culto, é Deus quem toma a iniciativa, e o coração do adorador
responde.
5. Oferta. Receber bênçãos de Deus não deve ser o propósito último do culto, mas
ofertar-se a Deus. Culto é entrega, é oferta viva. Se procedermos diferentemente, o
culto pode estar sendo prestado não a Deus, mas ao homem e a sua necessidade
pessoal (Sl 96:8).
VERDADEIRA ADORAÇÃO
ADORAÇÃO INTEGRAL
Salmos 95:1-8 nos mostra que a adoração que Deus deseja de nós deve ser apresentada:
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2. Com ações de graça (Sl 95:2a)
3. Com louvor (Sl 95:2b)
4. Com exaltação (Sl 95:3)
5. Com humilhação (Sl 95:6)
6. Com obediência (Sl 95:7-9)
7. Com arrependimento (Sl 95:10,11)
Bateria e piano
Voz e instrumentos
Expressão corporal e danças
Pandeiros e palmas
Palavras e silêncio
Corpo e alma
Hinos e Cânticos
Talentos e bens.
O texto de Joel 2:12-17 afirma que nossa adoração faz sentido para Deus quando existe:
ADORAÇÃO COMUNITÁRIA
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“AME o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu
entendimento e de todas as suas forças” (Mc 12:30)
Uma mulher samaritana certa vez tentou ponderar com Jesus sobre o melhor momento,
lugar e forma de adorar. Jesus respondeu que essas questões externas não tinham
importância. Onde você adora não é tão importante quanto por que você adora e o quanto
de si mesmo você oferece a Deus quando adora. A Bíblia diz: “Sejamos agradecidos, e
adoremos a Deus de um modo que o agrade” (Hb 12:28).
Nossa adoração deve ser baseada na verdade das Escrituras. Jesus disse à mulher
samaritana: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São
estes os adoradores que o Pai procura” (Jo 4:23). “Adorar em verdade” significa
adorar a Deus tal como Ele é verdadeiramente revelado na Bíblia.
Quando Jesus disse que você deveria “adorar em espírito”, ele não estava se referindo
ao Espírito Santo, mas ao seu espírito. Feito à imagem de Deus, você é um espírito que
habita em um corpo, e Deus concebeu esse espírito para que se comunicasse com ele.
Adoração é o seu espírito correspondendo com o Espírito de Deus. Quando Jesus disse
Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o teu coração, de toda a sua alma, ele queria dizer
que a adoração deveria ser genuína e sincera. A adoração agradável a Deus é
profundamente emocional e profundamente doutrinária: usamos tanto o coração quanto
a cabeça. Quando adoramos Deus olha para além de nossas palavras para ver a postura
de nossos corações. A Bíblia diz: “O homem vê a aparência, mas o Senhor vê o
coração” (I Sm 16:7b).
A ordem de Jesus Amem a Deus de toda a sua mente é repetida quatro vezes no Novo
Testamento. Deus não se agrada do cântico descuidado, preces mecânicas com frases
feitas ou exclamações desatentas de “Louvado seja o Senhor”, porque não podemos
pensar em nada melhor para dizer no momento. Se a adoração for mecânica, não
significará nada. Você deve envolver a sua mente. Jesus chamou as orações desatentas
de vãs repetições.
Na adoração, devemos “oferecer nossos corpos como sacrifício vivo”. Agora, nós
normalmente associamos o conceito de “sacrifício” com algo morto, mas Deus quer que
você seja sacrifício vivo. Ele quer que você viva por Ele! No Antigo Testamento, Deus
se agradou dos muitos sacrifícios de adoração, porque eles profetizavam o sacrifício de
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Jesus por nós na cruz. Hoje em dia, Deus se agrada de sacrifícios de adoração
diferentes: ações de graças, louvor, humildade, arrependimento, oferta de dinheiro,
oração, serviço aos outros e ajuda aos necessitados.
A verdadeira adoração implica em custo. Davi sabia disso quando disse: “Eu não vou
oferecer ao Senhor, meu Deus, sacrifícios que não me custaram nada” ( II Sm 24:24).
Capítulo 4
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Os magos que foram assistir o nascimento de Jesus “alegraram-se com grande e intenso
júbilo”. Os discípulos voltaram para Jerusalém com “grande júbilo”. A alegria que eles
experimentavam eram indizível e cheia de glória. O gozo que sentiam não parecia ter
limites. A felicidade transbordava-lhes da alma para o espírito, a ponte de terem a sensação
de que não estavam mais com os pés na terra. Essa é a experiência dos adoradores.
Quando adoramos Jesus, nosso coração deve encher-se de um santo gozo. E o que produz
essa jubilosa adoração é nos maravilharmos cada vez mais com o Senhor Jesus, com sua
beleza e sua glórias. Com muita freqüência, no momento em que nos inclinamos diante dele
para adorá-lo, nossa mente se acha atravancada pelos problemas da vida e pelos temores do
amanhã. Por isso nossas atitudes e atos são inertes, sem emoção e alegria. Mas quando
avistamos Jesus, o gozo que ele nos transmite associa-se ao júbilo que sentimos por estar
em sua presença, e esse gozo em dose dupla explode em nosso interior, erguendo-nos a
níveis de êxtase cada vez mais elevados.
Um dos erros de que o povo de Israel foi advertido e que lhe atrairia calamidades está
registrado em Dt 28:47. Parece que alguns crentes acham-se predispostos a levar a vida
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sempre em “tom menor”, apesar de todas as bênçãos de que gozam. Mas Jesus afirmou:
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10:10).
O que Ele promete aí não é abundância de coisas, mas, sim, uma vida em abundância”.
Existem pessoas que moram em barracos e vivem cheias de gozo, enquanto outras habitam
em mansões e são totalmente infelizes. Só aqueles que vivem em Jesus têm a promessa de
acesso à vida abundante, uma vida cheia de júbilo.
Quando alguém se nega a adorar Jesus é porque não está plenamente convencido de que
Ele é Deus. Enxerga-o pela mesma ótica dos líderes religiosos da época dele. Vêem-no
como um mestre, um homem importante, um homem enviado por Deus. Tais atributos
podem até inspirar uma atitude de respeito, mas não despertam profundos atos de adoração.
Entretanto, quando vemos Jesus como Emanuel, ‘Deus conosco’, nossa alma tem uma
reação completamente diferente.
O gozo nos sobrevém quando reconhecemos que Deus e Cristo são inseparáveis, quando
vemos concretizar-se o desejo de Paulo em (Ef 3:17-19).
O verdadeiro adorador deve estar plenamente consciente do Senhor, de sua beleza e glória.
Quando nossa alma entende bem o que Jesus é, sua presença parece tornar-se mais sensível.
Essa presença enche o nosso coração do gozo do Senhor, que, por sua vez é a nossa força.
Mas existem momentos de adoração em que as palavras comuns são insuficientes para
expressar os sentimentos da alma grata e feliz. Nem mesmo a linguagem acadêmica é
eloqüente o bastante para extravasar a alegria interior. Então recorremos à palavra que a
Bíblia nos dá: Aleluia!
“Alegrem-se, porém, e regozijem-se para sempre no que vou criar, porque vou criar
Jerusalém para regozijo, e seu povo para alegria. Por Jerusalém me regozijarei e em meu
povo terei prazer...” Isaías 65:18,19 (NVI)
Por isso, quando estamos na presença de Deus devemos ter sempre um coração alegre e
festivo. Não há nada mais terrível do que estar na presença de Deus de mal-humor e triste.
Deus deseja que seus filhos sejam alegres, mesmo diante de circunstâncias adversas. A
nossa alegria não deve ter nenhuma motivação exterior e sim aquela que vem do Espírito
Santo em nossa vida (Gl. 5:22). Esta alegria não é superficial e sim verdadeira, fruto da
transformação que o Espírito de Deus opera em nosso coração. O Pr Carlitos Paes diz que
as nossas celebrações não podem ser um funeral e sim um festival. A palavra bíblica é
clara: “Alegrei-me com os que me disseram: Vamos à casa do SENHOR!” (Sl. 112:1).
Deus é aquele que cria a alegria e o regozijo.
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Deus se alegra por Seus filhos e por isso Ele deseja que os Seus, quando reunidos em Sua
casa, permitam que o Espírito Santo os leve a desfrutar desta alegria na adoração.
Desta forma entendemos que a adoração e a alegria estão intimamente ligadas. Porém isso
deve ser entendido da forma correta. Esta alegria só ocorre verdadeiramente no coração do
contrito, do adorador que reconhece a soberania de Deus e que, aos Seus pés, reconhece
que depende única e exclusivamente dEle. Quando falamos de alegria não estamos nos
referindo a baderna ou a celebrações que transparecem uma falsa espiritualidade. Tire de
sua mente todas as formas pré-fabricadas de celebração, seja ela tradicional ou mais
avivada. Quando falamos de alegria pensamos no coração do adorador que está vivendo a
adoração como estilo de vida, com uma atitude correta. Este experimenta a grande alegria
do Senhor. Neemias 12:27,43 diz o seguinte: “Por ocasião da dedicação dos muros de
Jerusalém, os levitas foram procurados e trazidos de onde moravam para Jerusalém para
celebrarem a dedicação alegremente, com cânticos e ações de graças, ao som de
címbalos, harpas e liras...E naquele dia, contentes como estavam, ofereceram grandes
sacrifícios, pois Deus os enchera de grande alegria. As mulheres e as crianças também se
alegraram, e os sons da alegria de Jerusalém podiam ser ouvidos de longe”. Que festa
deve ter sido isto. Foi Deus quem colocou a alegria no coração do povo. Ela não foi
motivada por nenhum outro fator. A verdadeira adoração nasce no coração transformado
pelo Senhor. A partir disso Ele põe a alegria que é uma das qualidades do caráter de
Cristo.
Deus se alegra por Seus filhos e por isso Ele deseja que os Seus, quando reunidos em Sua
casa, permitam que o Espírito Santo os leve a desfrutar desta alegria na adoração. A casa
do Senhor deve ser cheia de alegria. Como disse o Salmista: “Então irei ao altar de Deus,
a Deus, a fonte da minha plena alegria. Com harpa te louvarei, ó Deus, meu Deus!” (Sl.
43:4).
Por isso, toda vez que estiver vindo à Casa de Deus, venha com o coração aberto para
receber a alegria de Deus, mesmo que você não esteja se sentindo assim. Lembre-se que é
dEle que vem esta alegria. “Sim, coisas grandiosas fez o SENHOR por nós, por isso
estamos alegres.” (Sl. 126:3).
No decorrer dos séculos, o povo de Deus tem expressado sua fé em dezenas de milhares de
canções. Algumas são manifestações de exaltação e louvor, cantadas em ritmos alegres.
Existem aquelas que ganham popularidade por pouco tempo, enquanto outras, como Tu és
fiel, há muitos anos se tornaram clássicos e são entoadas em diversos continentes e em
várias línguas. Outras ainda registram os grandes feitos de Deus, e muitas são orações,
confissões humildes. Há também as que declaram quem é Deus e as que nos lembram o seu
caráter e suas promessas.
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De todas as canções de adoração já escritas, as que compõem o livro da Bíblia conhecido
como Salmos são as mais famosas. Essa coleção de 150 hinos há milhares de anos serve de
inspiração para o povo de Deus e servirá para você aprender a expressar a sua adoração a
Deus. As mensagens encontradas nos salmos muito se assemelham às dos hinos e cânticos
dos nossos dias: expressam enorme alegria, declarações sinceras de confiança, louvor,
adoração, agradecimento, confissão, etc. Contudo, seja qual for o tema do salmo, sua leitura
nos ajuda a aprofundar o nosso relacionamento com Deus.
Os salmos nos desafiam a confiar nele, a andar em obediência, a encher o coração de louvor
e a viver com fé e esperança. Observe as palavras do salmista:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
_________________________________________________________________________
WARREN, Rick; Uma Vida com Propósitos. Editora Vida; 2003 – São Paulo.
WARREN, Rick; Uma Igreja com Propósitos. Editora Vida; 1997 – São Paulo.
CORNWALL, Judson; Adoração como Jesus ensinou. Editora Betânia; 1995 – Minas
Gerais.
HYBELS, Bill; Série Interções – Salmos. Editora Vida; 2002 – São Paulo
SHEDD, Russell; Adoração Bíblica; Edições Vida Nova; 1997 – São Paulo
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PAES, Carlito & COSTA, Sidney; Adoração com Propósitos; Editora Vida; 2003 – São
Paulo .
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